Ficha Corrida

15/01/2015

Direito de direita

Há um velho adágio que ainda tem passagem no Poder Judiciário, em todos os níveis, quem do tempo dos tempos bíblicos e teve maior voga com os romanos: “dar a César o que é de César, a Deus o que é divino”, “dar a cada um o que é seu”. Aos reis, o poder real; aos plebeus, a rua; ao rico, a riqueza, aos pobre, a pobreza.

A Globo e seus funcionários, como o Fluminense, jogam em casa na justiça do Rio. Da mesma forma em São Paulo, os grupos mafiomidiáticos jogam como o guri dono da bola.

Os mesmos que abraçaram a causa do Charlie Hebdo, da liberdade de expressão, hiPÓcritas, não só professam mas judicializam a censura.

Só idiotas não percebem a influência dos assoCIAdos do Instituto Millenium para cima das instituições que deveriam ser republicanas.

Lembro de quando Luis Fernando Veríssimo foi suspenso na Zero Hora, da famiglia Sirotsky, por ter chamado Collor de “ponto de interrogação bem penteado”.

Estes são nossos paladinos da liberdade de expre$$ão.

Kamel e Nassif: quem se dá bem ?

Paulo Nogueira compara decisões na Justiça

Falta de objetividade e de coerência nas decisões da Justiça

De Paulo Nogueira, no DCM: Kamel versus Nassif: a diferença de tratamento que a Justiça dá a casos semelhantes
Da Justiça se espera ao menos uma coisa: que seja coerente nas decisões.
É a única forma que os cidadãos têm de medir eventuais consequências jurídicas de suas ações.
Estou falando isso a propósito da decisão da Justiça do Rio de condenar Luís Nassif a pagar 50 mil reais de indenização para Ali Kamel, diretor de jornalismo da TV Globo.
A juíza Larissa Pinheiro Schueler baseou sua decisão no fato de Nassif haver afirmado que Ali Kamel é “manipulador” e faz “jornalismo de hipóteses”. Isso, segundo ela, extrapolaria o “direito à informação”.
Aplique esta mesma lógica não apenas para Nassif, mas para a mídia em geral. Não faz muito tempo, no âmbito da mesma Globo de Kamel, os nordestinos foram chamados de “bovinos” por Diogo Mainardi.
Se “manipulador” custa 50 mil reais, qual seria a indenização para “bovinos”? Ou, já que falamos de Mainardi, de “anta”, como ele tratava rotineiramente Lula em seus dias de colunista da Veja?
A Justiça deveria, em tese, ser igual para todos, mas é mais igual para alguns do que para outros.
Há uma decisão jurídica recente que demonstra isso com brutal precisão.
O jornalista Augusto Nunes, o Brad Pitt de Taquaritinga, foi processado por Collor. Quer dizer: Collor fez o que Kamel fez.
Com uma diferença: perto do que Nunes disse dele, Nassif arremessou flores na direção de Kamel.
Começa no título: “O farsante escorraçado da Presidência acha que o bandido vai prender o xerife”.
Um trecho: “… o agora senador Fernando Collor, destaque do PTB na bancada do cangaço, quer confiscar a lógica, expropriar os fatos, transformar a CPMI do Cachoeira em órgão de repressão à imprensa independente e, no fim do filme, tornar-se também o primeiro bandido a prender o xerife.”
O site Consultor Jurídico noticiou o caso assim:
“Na sentença, a juíza Andrea Ferraz Musa, da 2ª Vara Cível do Foro de Pinheiros, disse que, em um estado democrático, o jornalista tem o direito de exercer a crítica, ainda que de forma contundente.
(…) “Embora carregada e passional, não entendo que houve excesso nas expressões usadas pelo jornalista réu, considerando o contexto da matéria crítica jornalística. Assim, embora contenha certa carga demeritória, não transborda os limites constitucionais do direito de informação e crítica”, disse a juíza.
(…) No pedido de indenização, Collor alegou que foi absolvido de todas as acusações de corrupção pelo Supremo Tribunal Federal e que há anos vem sendo perseguido pela Abril.
A juíza, entretanto, considerou irrelevante a decisão do STF. “As ações políticas do homem público estão sempre passíveis de análise por parte da população e da imprensa. O julgamento do STF não proíbe a imprensa ou a população de ter sua opinião pessoal sobre assunto de relevância histórica nacional”, justificou.”
Um momento. Ou melhor: dois momentos. “Irrelevante” a decisão do STF? Então você é absolvido de acusações na mais alta corte do país e mesmo assim isso não vale nada? Podem continuar a chamar você de bandido sem nenhuma consequência?
A juíza aplicou uma espetacular bofetada moral no STF em sua sentença. Como para Augusto Nunes, também para ela não houve nenhuma consequência.
Se um juiz trata assim uma decisão da Suprema Corte, qual o grau de respeito que os cidadãos comuns devem ter pela Justiça?
O segundo momento é por conta da expressão “certa carga demeritória”. Raras vezes vi uma expressão tão ridícula para insultos e assassinato de imagem.
Regular a mídia é, também, estabelecer parâmetros objetivos para críticas e acusações feitas por jornalistas.
Não é possível que “manipulador” custe 50 mil reais e “bandido”, “chefe de bando”, “farsante”  e “destaque da bancada do cangaço” zero.
Quando você tem sentenças tão opostas, é porque reinam o caos e a subjetividade.
A única coisa que une o desfecho dos dois casos é que jornalistas de grandes empresas de mídia se deram muito bem.
Isso é bom para eles e as empresas nas quais trabalham.
Para a sociedade, é uma lástima.

Kamel e Nassif: quem se dá bem ? | Conversa Afiada

17/12/2014

Em São Paulo falta água; em Minas, liberdade!

Libertas_Quae_sera_tamen

O episódio mais emblemático da subordinação do jornal Estado de Minas aos irmãos Neves (Andrea e Aécio) foi revelado por ocasião da briga de bugio com José Serra. Estavam disputando quem sairia candidato pelo PSDB para enfrentar Lula. O que Andrea Neves fazia em Minas, Serra fazia e faz em São Paulo. Tanto que Serra conseguiu perpetrar por mãos de aluguel o antológico artigo “Pó pará, governador”, que dizia de Aécio tudo aquilo que era corrente mas não explicitado. Como em Minas quem manda é quem paga, Andrea Neves conseguiu com que o Estado de Minas levantasse do pó o pupilo nocauteado: “Minas a reboque, não”.

Enquanto Serra e Aécio brigam, as penas da tucanada voam. O jus sperneandis do PSDB mineiro, que não consegue resolver a síndrome de abstinência do maluco das alterosas, já recebeu da Folha serrista o epíteto do ano: Tapetão Natalino

Parece que o pânico bateu nas redações dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium. A RBS, passadas as eleições, detonou com 130 jornalistas. Na sequência, o Inspetor da Ditadura, Paulo Santana, conseguiu defenestrar Kenny Braga. Agora fico sabendo que o articulista Moisés Mendes, um dos últimos que sabiam escrever na Zero Hora, foi saído. A Folha botou pra correr a Eliane Cantanhêde, junto com outros menos notórios. A Globo botou também não deixou por menos e acabou com seu “Amor Estranho Amor”… Coincidentemente, o helicóptero do pó teve o mesmo destino do filme…

Liberdade, em Minas, é palavrão!

Editor do jornal Estado de Minas é censurado e pede demissão

Na terça-feira (16) João Paulo Cunha, um respeitado jornalista dos temas cultura e política, pediu demissão de um dos mais tradicionais meios de comunicação de Minas Gerais, o Estado de Minas; a demissão de João Paulo aconteceu após uma conversa entre ele e a diretoria do jornal, em que a chefia deixou claro que ele não poderia mais escrever sobre política; por considerar a atitude uma manifestação de censura sobre o seu trabalho, o jornalista não aceitou continuar no cargo e pediu demissão

17 de Dezembro de 2014 às 20:35

emBrasil de Fato Na terça-feira (16) João Paulo Cunha, um respeitado jornalista dos temas cultura e política, pediu demissão de um dos mais tradicionais meios de comunicação de Minas Gerais, o Estado de Minas. A notícia traz à tona a “onda de censura” implantada no jornalismo mineiro, fato comentado, documentado e denunciado por jornalistas mineiros há anos.

A demissão de João Paulo aconteceu após uma conversa entre ele e a diretoria do jornal, em que a chefia deixou claro que ele não poderia mais escrever de política. Por considerar a atitude uma manifestação de censura sobre o seu trabalho, o jornalista não aceitou continuar no cargo e pediu demissão.

“Acho inadmissível que um jornal censure seus profissionais. A luta histórica que tivemos no Brasil é para termos o jornalismo como instrumento de cidadania”, afirma o jornalista. O motivo da censura seria a sua opinião política, diferente da linha adotada pelo jornal, que segundo ele é “francamente explícita a favor de Aécio Neves”.

No artigo “Síndrome de Capitu”, publicado no suplemento semanal “Pensar” no dia 5, João Paulo criticou a recente movimentação para um golpe político, elaborado pela oposição à presidência, e defendeu a Reforma Política como “agenda prioritária para a sociedade”. “A coluna que ele escreveu deve ter desagradado interesses do jornal e de alguns políticos, que fizeram uma represália a ele”, acredita Kerison Lopes, presidente do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais.

“Pensar continua sendo perigoso”

No estado, episódios de censura não têm acontecido apenas nas redações de jornais. A professora Beatriz Cerqueira, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT MG), foi alvo de 17 processos contra uma campanha publicitária sobre a educação mineira. Os processos foram movidos pela coligação do PSDB ao governo do estado. “Em Minas, pensar continua sendo um ato muito perigoso, quase um terrorismo contra o Estado”, afirma Beatriz.

“Infelizmente, o Estado de Minas perde qualidade e credibilidade com essa atitude”, afirmou o presidente do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, Kerison Lopes. Ele conta que, na manhã de quarta-feira (17), dezenas de leitores e jornalistas procuraram o sindicato para dar depoimentos descontentes com a saída de João Paulo. “A gente espera que esse seja o último caso de censura da era tucana em Minas, mas talvez seja o mais emblemático, pelo que João Paulo representa para o jornalismo mineiro”.

Daniel Camargos, jornalista do caderno de política do Estado de Minas, diz que a despedida de João Paulo foi comovente. “Quando ele se despedia das pessoas formou uma imensa roda em torno dele. Todos querendo saber o que havia ocorrido. Ele explicou e a reação final de toda a redação foi levantar e bater palmas”, conta. “Hoje (17) muita gente, mas muita gente mesmo, veio de camisa branca de malha. Uma maneira de homenagear o João Paulo, que se vestia constantemente assim”.

Juarez Guimarães, professor de Ciências Políticas da UFMG, acredita que este seja o caso de censura mais simbólico dos últimos tempos. “A falta de pluralismo dos donos da comunicação de Minas Gerais é uma afronta ao princípio de liberdade que funda a história dos mineiros”.

Entrevista com João Paulo Cunha

Formado em filosofia, psicologia e jornalismo, João Paulo Cunha trabalha há 25 anos como jornalista, sendo 18 deles no jornal Estado de Minas. Atualmente, era editor chefe do caderno de Cultura, além do caderno TV, Divirta-se e do suplemento que circula aos sábados, o Pensar. Em 2011, João Paulo lançou o livro “Em busca do Presente”, com artigos publicados na sua coluna “Olhar”.

Brasil de Fato – Na sua opinião, o que motivou a censura jornalística a você?

João Paulo – O jornal, como todos, tem uma linha editorial própria, sobre a realidade política, social e econômica. Isso é legítimo. Como eu tenho uma linha de pensamento diferente, que discordava do jornal, avisaram que eu estava a partir daquele momento proibido de escrever ideias sobre política.

Pra você, é admissível que donos de um jornal ditem o que os jornalistas vão escrever?Não. Acho inadmissível que um jornal censure seus profissionais. A luta histórica que tivemos no Brasil é para termos o jornalismo como instrumento de cidadania. Ao censurar a imprensa ou o jornalista, você está tirando dele o mais importante, que é a liberdade de expressão e a possibilidade de trazer várias visões de mundo.

Sempre há denúncias de que há censura no Estado de Minas, inclusive durante as eleições. Isso realmente acontece?

Na minha área de trabalho, que é a cultura, nunca tive nenhum tipo de cerceamento com relação aos conteúdos. Mas ficou nítida nessa última eleição uma linha explícita a favor de Aécio Neves, sempre positivando as ações dele, e críticas e negativas a Dilma Rousseff. Hoje há um nítido direcionamento, que favorece Aécio.

Por que isso prejudica o jornalismo?

A base do nosso trabalho é ampliar a capacidade das pessoas de se relacionar com o mundo, para tomar suas decisões da melhor forma e viver em sociedade. Quanto mais informação ele divulga, maior o compromisso do jornal com a sociedade. Se você limita as ideias a apenas uma posição, você está impedindo que o jornalismo faça o que é sua função essencial: levar informação de qualidade, reflexão e visão de mundo plural pra todas as pessoas.

Editor do jornal Estado de Minas é censurado e pede demissão | Brasil 24/7

15/10/2013

Quando o assunto tem interesse, Folha resume em três parágrafos

Filed under: Liberdade de Expressão,Liberdade made in USA! — Gilmar Crestani @ 8:00 am
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A Folha não quer discutir jornalismo, e por isso pratica jornalismo de aluguel. Pagou, levou. Quando o assunto diz respeito à forma como a sociedade precisa saber como funciona os mecanismos que impulsionam as máquinas que trocam informação, ou silêncio ou murmúrio. Não levanta a voz, não tem bandeira.Tudo para não atingir o fígado dos vira-latas e vira-bostas que alugam suas penas aos grupos mafiomidiáticos. Logo os EUA, que são exemplo para tudo, mas que de verdade só tem o terrorismo que espalham pelo mundo. Falam da falta de liberdade em Cuba, e a liberdade nos EUA, mas Yoani Sánchez pode voltar pra casa. Já Greenwald, Assange, Bradley Manning e Edwar Snowden, não!

Jornalismo se corrompeu com acordos, diz Greenwald

Repórter do ‘Guardian’ deu palestra no Rio

DO RIO

O jornalista americano Glen Greenwald, 46, disse que algumas instituições jornalísticas no mundo se corromperam ao fazer acordos com governos, deixando de lado a publicação de histórias de interesse público.

A declaração foi dada ontem pelo jornalista do jornal "The Guardian" na Conferência Global de Jornalismo Investigativo da Abraji. Greenwald ficou conhecido por reportagens sobre os documentos produzidos pela agência NSA dos EUA cedidos pelo ex-espião Edward Snowden.

Greenwald falou do "The New York Times", que durante 15 meses reteve a informação de que o governo americano investigava cidadãos sem autorização: "Deixaram o [George W.] Bush ser reeleito. Obedeceram ao ditador".

30/07/2011

A Falha de São Paulo censura

Filed under: FSP — Gilmar Crestani @ 10:32 pm
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Folha mantém censura contra blog

Por Renato Rovai, em seu blog na Revista Fórum:
Ontem à noite estive com o Raphael Tsavko, o Lino Bocchini e o Mário Bocchini num debate que foi transmitido pelo Twitter pela TV do pessoal do Fora do Eixo. Na ocasião, discutimos o processo que o Lino e o Mário estão sendo vítimas. Eles parodiaram o jornal Folha de S. Paulo e fizeram um blog com o nome de fAlha de S.Paulo. Claro, uma mera piada, típica das sociedades democráticas.
Algo que a Folha costuma fazer na coluna daquele que talvez seja seu melhor colunista, o José Simão.
Mas o jornal processou o Mário e o Lino e por isso o fAlha completou ontem 300 dias fora do ar. Ou seja, a Folha censurou o fAlha e está fazendo o Lino e o Mário gastarem o que não têm para se defenderem.
Algo que mostra como nossos jornais são coerentes com a defesa que fazem da liberdade de imprensa.
E por acaso vocês leram algum texto desses colunistas marrentos que vivem atacando a censura? Daqueles que se esgoelam pra dizer que regulamentação é censura?
Imagina, nesses casos eles viram ladies. Não abrem o bico. Quando o “doutor patrão” tá no meio eles escondem seus “ideais” no meio das pernas.
Mas para o debate de ontem, o Lino enviou um convite a Folha, aos cuidados do jornalista Vinicius Mota. Merece ser lido:
*****
Vinicius, bom dia.
Escrevo por orientação dos atendentes da Secretaria de Redação, que me passaram seu e-mail e informaram que todo convite para jornalistas ou outros profissionais da Folha participarem de programas e eventos precisam de sua autorização.
Gostaria de convidar um representante da Folha de S.Paulo para participar do programa Desculpe a Nossa Falha, que é transmitido pelo twitter toda quarta-feira à noite. O programa é homônimo do site que mantenho com meu irmão após nosso site original (o Falha de S.Paulo) ter sido cassado pela Justiça a mando da Folha. Fiz um post curto e didático explicando a atração, por conta da edição da semana passada: http://tinyurl.com/3ht6ybm
A ideia geral do programa é dar visibilidade aos diferentes casos de pessoas que sofrem algum tipo de ameaça/perseguição na internet. A maioria dos casos passa pela Justiça, mas há um pouco de tudo, até gente que apanhou por conta de suas postagens. Já entrevistamos, por exemplo, o jornalista Esmael Morais, que acumula mais de R$ 500 mil em multas e é perseguido pelo governador do Paraná. Falamos também com Emílio Gusmão, blogueiro de Ilhéus com 17 processos nas costas abertos pelo poder público municipal por conta de suas denúncias. Essa semana vamos abordar o processo da Folha contra a Falha, aproveitando uma efeméride: exatamente na quarta completamos 300 dias censurados por conta da ação da Folha.
Com o uso da estrutura da casa Fora do Eixo de São Paulo (caso não conheça, recomendo essa reportagem – http://revistatrip.uol.com.br/revista/199/reportagens/ministerio-da-cultura.html), de onde fazemos a transmissão, podemos entrevistar pessoas que não estão no estúdio, recurso que não existe na twitcam convencional. Ou seja, o representante da empresa não precisa ir pessoalmente, o que facilita bastante: basta a pessoa designada estar disponível via Skype no horário combinado.
Achamos muito importante que o jornal faça uso do espaço que estamos abrindo, uma vez que partilhamos do entendimento da Folha de que o chamado “outro lado” é sagrado tem que ser ouvindo sempre. E, nesse programa em específico, certamente algumas pessoas externarão posições contrárias às defendidas pelo jornal.
Por fim, peço desculpas pelo pedido próximo à data do programa, mas sei que você está mais do que acostumado a prazos ainda mais apertados, afinal estamos falando de um veículo diário…
Você pode, por gentileza, confirmar o recebimento deste e-mail?
Aguardo seu retorno,
Muitíssimo obrigado pela atenção e boa semana,
Lino Bocchini

*****
Resposta da Folha:
Caro Lino Bocchini,
A Folha agradece o convite, mas não participará do programa.
Grato,
Vinicius Mota.

Altamiro Borges

04/07/2011

Para censurar, Credicard, mas liberdade não tem preço

Filed under: Democracia made in USA,WikiLeaks — Gilmar Crestani @ 9:22 am
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”Enfrentamos a privatização da censura”

Representante do site afirma que o governo dos EUA quer sufocá-los pressionando grandes empresas e nos tribunais

04 de julho de 2011 | 0h 00

Renato Cruz – O Estado de S.Paulo

ENTREVISTA

Epitacio Pessoa/AE

Epitacio Pessoa/AE

Mudança. Hrafnsson considera o WikiLeaks um reflexo da transição do jornal impresso para os novos meios de comunicação

Kristinn Hrafnsson, Porta-voz do WikiLeaks

No ano passado, o WikiLeaks foi presença constante na imprensa mundial, revelando informações confidenciais sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque, sobre a prisão de Guantánamo e sobre mensagens de serviço diplomático dos Estados Unidos. Neste ano, a vida do WikiLeaks não está fácil.

Seu fundador, Julian Assange, sofre processo de extradição do Reino Unido para a Suécia, onde é acusado de crimes sexuais. A Mastercard e a Visa bloquearam as doações ao site desde o fim de 2010. Além disso, o sistema de submissão de documentos ao WikiLeaks está fora do ar, depois de ter sido sabotado por um ex-funcionário.

"Somos fortes o bastante para resistir a isso, porque a opinião pública está do nosso lado", disse ao Estado Kristinn Hrafnsson, porta-voz do WikiLeaks. Ele acusa os Estados Unidos de estarem promovendo uma "privatização da censura", ao pressionar grandes empresas a agirem contra o WikiLeaks. O jornalista islandês fez ontem uma apresentação na Pública, agência de jornalismo investigativo sem fins lucrativos, em São Paulo. A seguir, trechos da entrevista.

O que aconteceu neste ano, que vocês têm publicado menos?

Três coisas estão nos desacelerando e causando problemas. A primeira, é claro, é o caso de extradição que Julian Assange, nosso editor-chefe, está enfrentando. Neste momento, ele se encontra em prisão domiciliar por vários meses, com liberdade limitada. Isso nos torna mais lentos de alguma forma. Em segundo lugar, sofremos ataques muito sérios de gigantes financeiros. Em dezembro do ano passado, a Visa e a Mastercard decidiram fechar o canal de doações que eram nossa única fonte de recursos. Isso nos prejudicou financeiramente. Não temos os recursos que esperamos para expandir nossa atuação. Além disso, estamos sob constante ameaça de ações legais do governo americano, que tenta construir um caso contra nós, com base na lei antiespionagem. Existe um grande júri trabalhando nesse caso em Alexandria, Virginia. Falando de tecnologia, nosso sistema de submissão de documentos foi sabotado por um ex-colaborador. Vamos levar algum tempo para reprogramá-lo. Por sermos uma organização pequena, decidimos que não é uma prioridade. Seria injusto para os informantes, se recebêssemos material sem conseguir trabalhar direito. Temos de ter certeza de que não existe traço de informação que possa levar ao informante.

O que estão fazendo para resolver esses problemas?

Anunciamos na sexta-feira à noite que demandamos da Visa e da Mastercard que reabram o canal de doações. Se não fizerem isso, tomaremos medidas legais. Levaremos uma reclamação à corte europeia sobre o abuso sério da posição dominante que eles têm na Europa. Juntas, a Visa e a Mastercard detêm 96% do mercado, o que é uma violação muito séria do Tratado Europeu, artigos 101 e 102. Se a Comissão Europeia decidir que existe um desrespeito ao tratado, isso pode levar a uma multa de 2% a 10% do faturamento total das empresas.

Os governos tentam estrangulá-los financeiramente e nos tribunais?

Com certeza. Estamos brigando, de um lado, com a única superpotência do mundo e os maiores gigantes financeiros, de outro. Sabemos que pessoas importantes do governo americano têm ligado para empresas, agindo basicamente para nos bloquear. Isso é público. Joe Lieberman (presidente do Comitê de Segurança Interna do Senado Americano) teve contato de seu escritório com a Amazon, que hospedava nosso material, para que deixasse de fazê-lo. Tenho certeza de que a mesma coisa se aplica a outras companhias. O que está acontecendo é, basicamente, a privatização da censura. O governo coloca uma pressão forte para que esses gigantes poderosos ajam.

Qual foi o impacto do WikiLeaks no jornalismo?

Foi extraordinário. No ano passado, quando passamos a publicar este material muito importante do Departamento de Estado (dos Estados Unidos) e do Pentágono, começamos a trabalhar com jornalistas que passaram a reconhecer a importância desse conceito. Também houve hostilidade, uma resistência em admitir que fazemos parte da comunidade jornalística. Mas, devagar e gradualmente, isso está mudando. O impacto que vimos foi a aceitação da ideia de que é possível criar uma plataforma segura para informantes anônimos submeterem material para ser divulgado ao público geral. Muitos grupos de mídia estão criando suas próprias plataformas e também estamos vendo o surgimento de outros sites guiados pelos mesmos princípios. Um colega meu contou mais de 20, como BalkanLeaks e OpenLeaks. Existem vários.

E o que mudou para as empresas jornalísticas?

Estamos colocando pressão nos grupos de mídia estabelecidos para que eles trabalhem juntos, mais do que antes. Foi espetacular, em outubro do ano passado, quando tivemos a colaboração de nove grupos de mídia, incluindo o WikiLeaks. Estamos falando sobre o New York Times, o Guardian, Der Spiegel na Alemanha, El País na Espanha, Le Monde na França, o Bureau of Investigative Journalism e o Channel 4 no Reino Unido e a Al Jazeera. Foi uma aliança que nunca houve na história. Ter todos esses grupos de mídia trabalhando no mesmo projeto, compartilhando descobertas e recursos entre eles, é extraordinário. Esse é o espírito que lançamos e que será um modelo para o futuro. Porque mesmo os grandes grupos de mídia do mundo são pequenos quando comparados às organizações que precisam ser monitoradas e levadas a prestar contas. Se os grupos de mídia trabalharem em conjunto no jornalismo investigativo, conseguiremos um ótimo resultado.

O sr. disse que o WikiLeaks é um grupo de mídia. Mas vocês são um grupo jornalístico ou uma fonte para jornalistas?

Somos editores. Temos acesso a informações. Desde o ano passado, e o WikiLeaks existe desde 2006, o aspecto de análise do material e a decisão de publicação do material é feito dentro do WikiLeaks. É o caso de assuntos muito importantes, como o caso do colapso do Kaupthing Bank, na Islândia, meu país, e o caso de corrupção e assassinatos ilegais pelo governo queniano, que foram analisados pelo WikiLeaks em colaboração com a mídia tradicional. Fazemos jornalismo, em grande colaboração com os meios estabelecidos.

Há quem critique a colaboração entre o WikiLeaks e os meios estabelecidos, dizendo que a informação deveria ser divulgada diretamente ao público.

Estamos basicamente trabalhando dentro das regras da comunidade jornalística. Temos acesso a um conhecimento muito importante e, pela natureza competitiva do ambiente da mídia, com um certo grau de exclusividade, é possível conseguir um compromisso mais forte de recursos maiores, em termos jornalísticos. Nossa prioridade, e nosso compromisso com as fontes, é oferecer a informação para o maior número possível de pessoas. Procuramos maneiras de fazer isso. Mas isso não quer dizer que agiremos sempre dessa forma. Quero trabalhar mais no espírito da nova mídia, e temos feito isso. A Pública (agência sem fins lucrativos) é um exemplo disso.

O sr. vê o WikiLeaks como uma resposta a essa transição do jornalismo impresso para os novos meios?

De alguma forma, sim. É um reflexo disso. Não é segredo que o jornalismo investigativo está declinando em todo o mundo, nos últimos dez anos, por falta de recursos e de profissionais. Ao mesmo tempo, os governos têm aumentado o nível de sigilo, principalmente depois do 11 de setembro. As empresas também estão crescendo em tamanho, e em paralelo a isso vemos uma privatização de atividades públicas. Antes, o que era público e aberto está sendo colocado sob domínio do setor privado, que não é guiado pelos mesmos princípios de informação livre e pública. Diante desse cenário, o WikiLeaks é uma ideia que chegou no momento certo. De certa forma, é um reflexo dessa situação.

QUEM É

Jornalista investigativo islandês, Kristinn Hrafnsson trabalhou para a RÚV, televisão estatal de seu país, onde produziu reportagens sobre o colapso do Kaupthing Bank, com base em documentos divulgados pelo WikiLeaks. Tornou-se porta-voz da organização em meados do ano passado, depois de seu contrato com a TV não ser renovado.

”Enfrentamos a privatização da censura” – brasil – Estadao.com.br

04/05/2011

Dobradinha à moda siciliana

Filed under: Cosa Nostra,Direita,Ditadura,Estadão,Instituto Millenium — Gilmar Crestani @ 8:45 am
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Estadão e Instituto Millenium fazem dobradinha na defesa do que eles entendem por liberdade de imprensa. Sigilo judicial é censura. Isto é, a decisões judiciais só devem ser respeitadas quando favoráveis aos interesses desses grupos mafiomidiáticos. O Instituto Millenium é um nepote da SIP, aos cuidados dos herdeiros da Operação Bandeirantes – OBAN. Essa gente, patrocinadora de ditaduras, torturadores e censores, agora querem nos ensinar o que seja liberdade.

Censura ainda é ameaça ao jornalismo no Brasil

Casos como o da decisão judicial contra o ‘Estado’ revelam persistência de obstáculos para o livre exercício da divulgação de informações no País

03 de maio de 2011 | 23h 00

Gabriel Manzano, de O Estado de S. Paulo

O caso da censura imposta ao Estado pelo Judiciário "é emblemático de como é difícil, atualmente, fazer jornalismo investigativo no País". E isso "é uma pena", porque o Brasil vive "um cenário de amplas liberdades como há muito não se via". A avaliação é do diretor de Desenvolvimento Editorial do Estado, Roberto Gazzi, que participou nesta terça-feira, 3, do Fórum Democracia e Liberdade, promovido pelo Instituto Millenium em São Paulo para marcar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.

A afirmação foi dada durante debate sobre Jornalismo Investigativo e Democracia, em mesa na qual estavam o jornalista Eugênio Bucci e Cláudio Weber Abramo, da ONG Transparência Brasil. Em discussão, os desafios que enfrentam os jornais, tendo de custear a busca de informação e enfrentar pressões de setores contrários às investigações.

Abramo e Bucci fizeram depoimentos pouco otimistas. O primeiro destacou que "cerca de 80%" dos 820 jornais diários brasileiros são de cidades pequenas e dependem de dinheiro público. "Essa imprensa está nas mãos dos caciques em cada região", citando como exemplos "Sarney, Collor, Jader Barbalho, Alves ou Maia, Tasso".

Bucci citou a morte de Osama Bin Laden para questionar a transparência das informações: "Como saber em que condições aquilo realmente ocorreu?". E cobrou transparência das próprias empresas, principalmente a respeito de suas fontes de receita, já que, ressaltou, parte da publicidade é paga por estatais. "Como falar em jornalismo investigativo nessa condição?"

Censura ainda é ameaça ao jornalismo no Brasil – politica – Estadao.com.br

21/04/2011

Berlusconi & Estadão

Filed under: Cosa Nostra,Estadão — Gilmar Crestani @ 10:00 am
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Note a semelhança de comportamento do Primeiro Ministro Italiano, Silvio Berlusconi, com o Estadão. Pego com a mão na botija, por certo de silicone, de algumas “minorenes”, menores, Silvio Berlusconi partiu para cima do Poder Judiciário. E não só por causa do seu envolvimento com prostitutas menores de idade. Também pelo fato de ser o dono do grupo de mídia chamado Mediaset. Silvio Berlusconi é uma espécie de Capo dei Capi do século XXI. Ao ser confrontado com as leis, procura desacreditar quem as aplica. Se não consegue, usa da maioria no parlamento para modificar a lei a fim de que estejam adequadas aos seus interesses. O Estadão, ao ser impedido pelo Judiciário de veicular informações obtidas de forma ilegal, mafiosamente, chama isso de censura.

Il cattivo esempio di Silvio

Il manifesto contro i giudici

Il manifesto contro i giudici

Prima di capitolare, Roberto Lassini, l’uomo del manifesto giudici come le Bierre, si è lasciato scappare la frase chiave di questa storia. Erano le 8 e 55 di martedì 19 aprile, lui usciva da un interrogatorio in procura. Ecco che ha detto: “E’ forte, è vero – diceva del manifesto e dello slogan – ma riprende quanto detto da Silvio Berlusconi sul brigatismo giudiziario di certi magistrati”.

L’emulazione, sta qui il rischio. Che fa venire in mente alcuni, piccoli, interrogativi. Che succederebbe se tutti gli imputati chiamassero i loro supporter per manifestare davanti ai tribunali? Pensate se lo facesse la mafia in Sicilia, la ‘ndrangheta in Calabria, la camorra in Campania. Che succederebbe se ogni imputato contestasse pesantemente i suoi pm e i suoi giudici augurandosi interventi e sanzioni disciplinari proposte dal ministro della Giustizia?  Che succederebbe se, anziché rispettare i giudici e le sentenze, tutti le contestassero non per le vie ordinarie, ma con insulti e improperi? Che succederebbe se chi incappa nelle maglie della giustizia pretendesse di far cambiare le leggi, ritoccare i reati, abbassare la prescrizione? Sarebbe il  caos.

Il cattivo esempio di Silvio » Liana Milella – Blog – Repubblica.it

15/04/2011

Samba de uma nota só

Filed under: Ditadura,Estadão,Instituto Millenium — Gilmar Crestani @ 8:40 am
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Na ditadura sim havia liberdade. Decisão desfavorável ao Estadão? Essas coisas não aconteciam na ditadura…

Este cavalo de batalha ainda vai derrubar a famiglia Mesquita. O Estadão deveria de recorrer ao tribunal do Instituto Millenium

”Estado” está sob censura há 623 dias

15 de abril de 2011 | 0h 00

– O Estado de S.Paulo

Desde 29 de janeiro de 2010, o Estado aguarda definição judicial sobre o processo que o impede de divulgar informações sobre a Operação Boi Barrica, pela qual a Polícia Federal investigou a atuação do empresário Fernando Sarney. A pedido do empresário, que é filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o jornal foi proibido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF), em julho de 2009, de noticiar a operação da PF.

No dia 18 de dezembro de 2009, o empresário anunciou à Justiça sua desistência da ação, mas o Estado não aceitou. No dia 29 de janeiro de 2010, o advogado Manuel Alceu Affonso Ferreira apresentou ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal manifestação em nome do jornal pelo prosseguimento da ação, a fim de que ela tenha seu mérito julgado.

”Estado” está sob censura há 623 dias – brasil – Estadao.com.br

14/02/2011

Modus Operandi dos membros do Instituto Millenium

Filed under: PIG — Gilmar Crestani @ 8:28 am
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Não há nenhum novidade. Assim agiu as Organizações Globo, com Brizola, a Folha, com Lula, a RBS, com Olívio. O PIG, reunidos entorno da facção Instituto Millenium, que é uma OBAN dos tempos atuais, sempre agiu assim. A diferença é que agora a internet vai marcar na paleta.

Deputada Luiza Erundina é censurada pela Rádio Bandeirantes

publicada sexta-feira, 11/02/2011 às 11:08 e atualizada sexta-feira, 11/02/2011 às 11:59

por Juliana Sada

altNesta semana, a deputada federal Luiza Erundina (PSB/SP) teve uma entrevista vetada pela direção da Rádio Bandeirantes. A deputada iria falar sobre um projeto de lei por ela proposto, mas na manhã da entrevista recebeu uma ligação cancelando-a e como justificativa escutou: “Este veto é uma resposta aos ataques que a deputada vem fazendo à Rede Bandeirantes”.

A deputada Luiza Erundina é uma das parlamentares mais atuantes na luta pela democratização das comunicações, que em muitos momentos contraria os interesses das empresas de radiodifusão. Entretanto, o objetivo destas ações não é atacar nenhuma das emissoras e sim “ motivar mais democracia e transparência no processo de renovação das concessões PÚBLICAS de rádios e TVs”.

Abaixo reproduzimos a nota enviada pela assessoria da deputada,com mais detalhes sobre o caso.

Veto ao interesse público e ao direito à informação

A produção do programa Manhã Bandeirantes, na Rádio Bandeirantes de São Paulo, agendou uma entrevista por telefone com a deputada Luiza Erundina para esta quarta-feira, 9 de fevereiro, às 10h30.  A pauta seria o Projeto de Lei n° 55/2011, apresentado pela deputada Erundina na Câmara, que institui referendo popular obrigatório para a fixação dos vencimentos do Presidente da República e dos parlamentares.

O projeto é de notório interesse público visto que o reajuste de 62% nos subsídios dos parlamentares aprovado no final de 2010 foi implacavelmente criticado por grande parte da população brasileira e pela imprensa. Inclusive, no dia anterior à entrevista com a deputada Luiza Erundina, o apresentador do programa Manhã Bandeirantes, José Luiz Datena, questionou a dificuldade para o reajuste do salário mínimo dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros enquanto que, o reajuste de 62% para os parlamentares foi votado e aprovado em caráter de urgência pela Casa, com voto da imensa maioria dos congressistas.

Nesse contexto estávamos, a deputada Luiza Erundina e sua assessoria, aguardando a ligação para a participar do programa quando, 1h antes da possível participação, recebemos uma outra ligação cancelando a entrevista. Tratava-se de um veto da direção do grupo. Questionados sobre o por que da censura, do veto à fala de uma parlamentar brasileira em um veículo da imprensa livre, sobre projeto de interesse público, fomos surpreendidos com uma justificativa de cunho absolutamente pessoal: “Este veto é uma resposta aos ataques que a deputada vem fazendo à Rede Bandeirantes”.

Ora, a deputada Luiza Erundina apresentou requerimento junto à Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara, para a realização de audiências públicas com o objetivo de debater a renovação de concessões públicas de rádio e TV. E ela não fez isso como um “ataque” pessoal à Rede Bandeirantes. Ela apresentou requerimentos solicitando audiências públicas para debater o processo de renovação de emissoras ligadas à Rede Globo, à Rede Record e à Rede Bandeirantes, não como um ataque a essas emissoras, mas com o objetivo de motivar mais democracia e transparência no processo de renovação das concessões PÚBLICAS de rádios e TVs. (REQ-205/2009 CCTCI e REQ-220/2009)

O pleito da deputada Luiza Erundina foi absolutamente isento de pessoalidade. Apenas suscita o uso de instrumentos democráticos do Congresso – as audiências públicas – para a avaliação de um serviço de interesse público, antes da sua renovação por mais 15 anos. Já o posicionamento da rede Bandeirantes revela exatamente o contrário: numa retaliação ao exercício parlamentar da deputada, priva a sociedade de ter mais informações sobre um Projeto de Lei de absoluto interesse público, já que os subsídios dos representantes do povo são oriundos do orçamento público, que pertence ao povo. Episódios como este, violam o direito à informação, e revelam que a liberdade de expressão no Brasil, definitivamente, não é uma realidade. Isenção, impessoalidade, interesse público, direito à informação ainda são expressões estranhas à maioria dos meios de comunicação. Lamentável para as comunicações. Lamentável para o Brasil.

Escrevinhador

13/02/2011

Esta lá o Estadão estendido chão

Filed under: PIG — Gilmar Crestani @ 9:46 am
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Há 506 dias Estadão censura matéria

Enviado por luisnassif, sab, 12/02/2011 – 13:34

Atualizado às 13:34

Nos tempos em que os Mesquita dirigiam o Estadão, seria impensável engavetar grandes matérias de escândalo.

Desde que assumiu a direção editorial do jornal, Ricardo Gandour vem atropelando um a um os princípios jornalísticos que fizeram do Estadão um jornal respeitado inclusive pelos adversários. O jornal era intransigente até demais em suas convicções, mas jamais brigava com os fatos ou abria mão das grandes matérias jornalísticas.

O histórico de Gandour inclui a demissão de Maria Rita Khel, a escandalização de fatos normais ou banais para atingir jornalistas que ele considerava  adversários. E a censura – inédita no caso do Estadão – a grandes reportagens.

A matéria abaixo foi escrita em 24 de setembro de 2009. Era um furo jornalístico dos maiores: as investigações da Polícia Federal mostrando que um dossiê divulgado por Diogo Mainardi na Veja era (mais uma vez) falso e fruto de jogadas de lobbies. Como se recorda, durante semanas o falso dossiê foi apresentado como fruto de investigações da PF, com ampla repercussão nos jornais, no Jornal Nacional. Sabia-se que havia grandes interesses financeiros por trás, jogadas de lobistas pesados.

O Estadão deu a primeira matéria sobre a falsificação. Pelo visto, o repórter tinha o fio da meada para uma reportagem candidata a Esso.

Houve claro veto da direção do jornal à continuidade da matéria – já que não se leu mais nenhuma linha sobre o assunto. Ou irá se supor que o repórter abriu mão do seu furo. Gandour atropelou o jornalismo e princípios consagrados de atuação da família Mesquita.

Polícia acusa agente de criar falso dossiê – versaoimpressa – Estadao.com.br

O material tinha como alvo Victor de Souza irmão do ministro Franklin

24 de setembro de 2009 | 0h 00

Marcelo Auler, RIO – O Estadao de S.Paulo

O agente federal aposentado Wilson Ferreira Pinna, lotado na Agência Nacional de Petróleo (ANP), foi apontado pela Polícia Federal como o autor do falso dossiê contra o diretor do órgão, Victor de Souza Martins, irmão do ministro da Comunicação Social, Franklin Martins.

O material acusou Victor de Souza de aumentar os royalties das prefeituras que contratavam a empresa Análise Consultoria, que ele tem em sociedade com a mulher, Joseana Seabra. Pinna foi denunciado na 2ª Vara Federal Criminal do Rio pelos crimes de interceptação telefônica ilegal e quebra de sigilo fiscal dos irmãos de Vitor, inclusive do ministro.

Após a revista Veja divulgar o dossiê em abril, o Ministério Público Federal constatou que o documento não estava no inquérito da Delegacia Fazendária, que apura corrupção nos repasses de royalties. A inexistência do dossiê levou o superintendente da PF no Rio, Angelo Gioia, a abrir novo inquérito.

Em maio, a PF descobriu um pendrive com o falso dossiê, as declarações de renda obtidas ilegalmente e as transcrições de gravações telefônicas. Não se sabe quem recebeu o pendrive, mas os policiais identificaram Pinna como o autor.

Por meio de representação à juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal , onde tramita o inquérito, foi pedida a prisão do agente, além de busca e apreensão na sua casa e na ANP.

O pedido foi para as mãos do juiz Rodolfo Kronemberg Hartmann, da 2ª Vara Federal, que não analisou o caso, provocando um conflito de competência. Tudo parou até 15 de julho, quando o Tribunal Regional Federal (TRF) decidiu que a competência é da 2ª Vara. Após negar pedido de prisão, Hartmann intimou Pinna a apresentar sua defesa, antes de decidir se aceita a denúncia.

Ontem, procurado pelo Estado, Pinna reclamou da divulgação do caso por conta do segredo de Justiça e depois se apegou na rejeição do pedido de prisão para se defender. Vitor repetiu o que falou na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados: "Quero justiça, saber quem fez essa investigação criminosa, a mando de quem, quem pagou e com qual objetivo."           

12/01/2011

Uma sentença para entrar no obituário da Folha

Filed under: PIG — Gilmar Crestani @ 7:28 am
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folha_dilma_delfimNo domingo, 09/01/2011, a ombudsman da Folha, Suzana Singer, administradora dos sete erros dários, chamou o jornal onde trabalha de zoológico. Nas palavras dela, que as faço minhas, o processo movido pelo grupo dos Frias contra os irmãos blogueiros do Falha de São Paulo foi “um micaço”…

O mais engraçado é que as dobradinhas, os joguinhos de cartas marcadas que aparecem quando um veículo do PIG faz uma denúncia, desta feita desapareceram. Onde estão as manchetes tratando da perseguição à liberdade de expressão perpetradas pela Folha? Nem sequer notinhas nos comparsas do Instituto Millenium apareceram. Em contrapartida, o Judiciário dá a cara, ou a bunda, à palmatória. E também paga mico! Se até no dito jornal acham o episódio um “micaço”, por que cargas d’água o sapateiro foi além das sandálias e sentenciou: “flagrante de concorrência parasitária”!

De fato, o ano de 2010 foi auspicioso para o Poder Judiciário. O Poder, segundo Lula, de que se precisa abrir a caixa preta, assim o fez por merecer. Talvez não intencionalmente, mas as Instâncias Superiores laboraram certinho para engrandecer as instâncias inferiores. Algumas máscaras caíram. Lá encima, o presidente do Supremo se despetalou. O próprio colega mandou ouvir a voz das ruas. Outro exemplo caprichoso foi o grampo sem áudio, que a Polícia Federal encerra o ano pondo o pingo nos iis. Não houve grampo. Portanto, a contribuição do Supremo, na armação conjunta, para o aperfeiçoamento da democracia está no desmascaramento da Veja. Aliás, nada anormal para uma revista que deu asas ao boimate….

Sem falar no Cordel do Estagiário e do Ministro Encantado do STJ…

Dobradinha indigesta

Veja_GilmarMendesFazendo às vezes de porta-voz dos segmentos mais retrógrados, a Veja fechou o ano com a sentença da Polícia Federal marcada a ferro:

“A POLÍCIA FEDERAL concluiu que não houve grampo ilegal nos telefones do então presidente do STF, Gilmar Mendes, no episódio em que foi divulgado diálogo com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Ilimar Franco – O Globo 25/12/2010”

Estranho, muito estranho. O assunto que virou capa da Veja e ganhou espaço no PIG por várias semanas, se encerra com uma notinha de R$ 3,00 (três reais) de um celetista da Globo.

Mas o Poder Judiciário sai maior do que entrou simplesmente porque deixou vazar meleca pelos dedos. É assim, quando mais pretende esconder, mais revela. Justiça seja feita, o Poder Judiciário paulista faz jus ao epíteto de paulicéia desvairada daquela província. No estado onde Paulo Salim Maluf sai ileso, inocentado desde sempre, fazer paródia de jornal virou crime. E, pior, só pode haver algo de errado onde o julgador pega mais pesado que o promotor. O relator, numa linguagem policial de porta de cadeia, sentencia: “flagrante de concorrência parasitária”! Deus me livre cair nas garras de alguém fazendo justiça estas mãos… Na verdade, uma sentença lavrada, não com pena de pato, mas com a pata.

Lembro sempre das palavras de um desembargador gaúcho: “esqueçam as leis, justiça é questão de bom senso”. Ora, falta categoria ao censo para enquadrar um desembargador que profere, por escrito, uma assertiva de tamanha subserviência aos interesses dos poderosos. É o que, no jargão, leva o nome de “ultra petita. A frase garimpada é, sim, uma pepita de ouro… E ficará registrada nos anais, que palavra, do judiciário paulista.

Ninguém me convencerá do contrário. Quem ousou lavrar uma sentença dessas está mais preocupado em obter um obituário elogioso do que fazer justiça. Diuturnamente vemos a Folha de São Paulo apresentar mais falhas que as placas geológicas que percorrem os Andes até a Califórnia. Tanto é assim que criaram uma seção fixa no jornal: Erramos, onde o certo seria, Falhamos

Não vejo outro caminho. Para reformar sentenças como estas, só um WikiLeaks do Judiciário, para revelar a caixa preta de que falou Lula. Estas histórias kafkianas precisam chegar ao público. Talvez aí o Poder Judiciário deixe de ser cego, abra mais o olho e passe a ver coisas como elas são. 

Os juízes que tiraram do ar o site Falha de São Paulo teriam, pelas mesmas razões, censurado Dom Quixote de La Mancha. Não só. Tantas outras paródias que existem por aí. Aliás, a vida perderia a graça, pois o humor vive da desconstrução. Ao condenar o uso do nome para tripudiar encima da pretensa isenção da Folha de São Paulo, os Versículos Satânicos, de Salman Rushdie, teriam sido proibidos no Brasil. Não, não é só uma questão fundamentalista, nem obscurantismo, é servilismo mesmo.

Os julgadores também deveriam considerar o histórico das partes. O grupo Folha não só participou ativamente com carros no apoio da ditadura, como deu suporte intelectual através do jornal. Mais. É a mesma que nunca usou o termo ditadura para o Paraguai de Alfredo Stroessner, mas tem fixação pelo “ditador” Hugo Chávez.

A Folha, sim, foi “flagrante de concorrência parasitária”. Aliás, sua existência se deve ao papel de parasita com que se locupletou no aparelho da repressão. É o mesmo grupo que em pleno 2010 chama ditadura de ditabranda.

Para a família Frias há atenuantes, quando deveria ter agravantes, já para os humoristas do Falha de São Paulo, os julgadores extrapolam o limite do decidir, descambando para a calúnia e difamação. O relator certamente faltou à aula de biologia, sobre parasitas. E também à de Medicina Legal. Faltou às principais aulas, mas esteve na de investimento. Garantiu mais uma linha futura no obituário da Folha.

Parodiando o porta-voz da RBS, Luiz Carlos Prates, os caras não leem um livro, A Luta pelo Direito, do Rudolf von Ihering, mas podem condena (“quando o direito encontrar-se em conflito com a justiça, deve-se optar pela justiça”).  

24/04/2010

Censura na RBS

Filed under: Cosa Nostra,PIG,RBS — Gilmar Crestani @ 1:26 am
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Em virtude de minha cirurgia cardíaca não tenho conseguido dormir direito. Acordei cedo e fui para a internet ver a repercussão da vitória do Inter sobre o Deportivo Quito.

PrintScrin, por via de dúvidas!

PrintScrin, por via de dúvidas!

No site do ClicRBS li a coluna de Diogo Olivier, No Ataque. O serviçal da RBS escreveu tantas bobagens que não me contive e mandei um email protestando.

Algumas pérolas do ventríloquo:
Em tempos de twitter, facebook, comunidades no orkut e noticiários online que só faltam transmitir ao vivo antes de o ao vivo tornar-se realidade, o silêncio é estranho. Para não dizer anacrônico.” E lasca: “Não deixa de ser uma forma de censura.

Febeapá
Quando o silêncio não interessa à RBS, é “estranho”, “anacrônico”, “uma forma de censura”, como escreveu o sub do sub, Diogo Olivier. Se as manifestações online também não interessam, a RBS tenta intimidar, patrulhar, rotular, denegrir, censurarPatrulhamento Online, como mostrei ontem na Edição Extraordinária, sobre o editorial freudiano da RBS.
Tudo porque a RBS não concorda com quem prefere ficar calado do que dar entrevista a quem não tem noção. Para não dizer ética.
E um Festival de Besteira assola a RBS!

Por qué no te callas, RBS?
A RBS como um todo vem dando demonstrações diárias de retrocesso, mas principalmente, com doses de burrice cavalar…
Diariamente destina ódio contra os movimentos sociais, silencia quanto aos casos de corrupção no governo do RS e na Prefeitura de Porto Alegre. Se há silêncio constrangedor para não comprometer corruptos, sobra tempo e espaço para fotografar até pum de Hugo Chávez.
Mas como não é a inteligência que os caracteriza, mas o monopólio de oitenta veículos de comunicação, falta constrangimento para evitar bobagens. A desenvoltura com que escrevem tantas besteiras são inspiradoras. Aliás, inspiradas. Inspiradas nos editorias da empresa em que trabalham. Depois de lerem tantas e tamanhas besteiras, manifestações explícitas de preconceito e ódio, sentem-se liberados para cometerem os mesmos desatinos.
Tudo bem que os funcionários da RBS estão defendendo os estômagos seus e de seus familiares, mas não precisam abraçar com tamanha inconsequência uma filosofia de restrição às manifestações ou silêncios com os quais não concordam.
A RBS e seus funcionários estão dando um show explícito de ignorância e arrogância, má fé e truculência, desrespeito e intimidação.
Pensando bem, não fosse as demonstrações explícitas de ignorância e má-fé, pareceria que estaríamos denunciando uma turma de anjos a serviço dos Sirotskys.

Censura
Ainda hoje, próximo ao meio dia, busquei a matéria para conferir se meu protesto havia sidopublicado. Qual não é minha surpresa quando vejo que o link para a pixotada do colunista havia sido retirado, estava quebrado. Confira na imagem a seguir:

Censura ou incompetência?

Censura ou incompetência?

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