Ficha Corrida

21/08/2014

Justiças da Suíça e Alemanha já condenaram, no Brasil, Serra escala o time e joga quando quer

AlstomPSDBPF intima Serra a depor sobre cartel de trens

Candidato ao Senado, ex-governador é chamado para explicar tentativa de interferir em disputa entre multinacionais

Segundo executivo da Siemens, Serra sugeriu acordo para evitar ação contra espanhola CAF quando governava SP

FLÁVIO FERREIRAMARIO CESAR CARVALHODE SÃO PAULO

A Polícia Federal intimou o ex-governador paulista e candidato ao Senado José Serra (PSDB) para depor sobre os contatos que manteve com empresas do cartel de trens que atuou no Estado entre 1998 e 2008, de acordo com documento obtido pela Folha.

A PF quer saber se o tucano, quando era governador, atuou a favor das multinacionais CAF e Alstom, como sugerem e-mails e o depoimento de um executivo. No caso da CAF, a interferência seria numa disputa com outra empresa do cartel, a Siemens.

Além de Serra, outras 44 pessoas serão ouvidas pela polícia, que investiga suspeitas de fraude em licitações em sucessivos governos do PSDB. O depoimento de Serra foi marcado para 7 de outubro, dois dias após o primeiro turno das eleições deste ano.

Também foram convocados o ex-secretário dos Transportes Metropolitanos José Luiz Portella, o atual presidente da estatal CPTM Mário Bandeira e o ex-presidente do Metrô Sérgio Avelleda.

No inquérito conduzido pelo delegado Milton Fornazari Júnior, três das sete concorrências sob investigação foram realizadas durante o governo José Serra (2007-2010).

E-mail de 2008 e depoimento do executivo da multinacional alemã Siemens Nelson Branco Marchetti sugerem que houve pressão de Serra e de Portella para que a empresa desistisse de um recurso judicial que impediria a conclusão de uma licitação da CPTM na qual a CAF apresentara a melhor proposta.

O e-mail relata uma conversa do executivo com Serra e Portella durante congresso do setor ferroviário em Amsterdã, na Holanda, em 2008.

Segundo Marchetti, Serra sugeriu que a companhia alemã buscasse um acordo para evitar a disputa com a CAF.

Na licitação da CPTM, que tinha como objeto a compra de 40 trens, a Siemens ameaçava questionar na Justiça o resultado da concorrência.

A Siemens apresentou a segunda melhor oferta, mas esperava ficar com o contrato se conseguisse desqualificar a rival, que apresentara a proposta com preço mais baixo.

Segundo Marchetti, Serra alertou que a licitação seria cancelada se a CAF fosse desqualificada, mas disse que ele e Portella "considerariam" outras soluções para evitar que a disputa provocasse atraso na entrega dos trens.

De acordo com o e-mail, uma das saídas discutidas seria a CAF dividir a encomenda com a Siemens, subcontratando a empresa alemã para a execução de 30% do contrato. Outra possibilidade seria encomendar à Siemens os componentes dos trens.

Outro e-mail, do ex-presidente da Alstom José Luiz Álqueres, também cita Serra. Alquéres relata que o tucano ajudou na abertura de uma fábrica da Alstom em uma antiga unidade da empresa Mafersa, em São Paulo.

11/08/2014

Choque de gestão?

O que espanta não é a repetição em nível local o que o PSDB já havia demonstrado em nível nacional. Faliram o Brasil três vezes só para se ajoelharem nas portas do FMI em busca de socorro. Espanta, sim, é que ainda é a quantidade de sujeitos obtusos que não conseguem ver dois palmos à frente dos olhos.

A SABESP, com interesse na privatização, patrocinou o Jornal Nacional embora seja uma companhia local. Em se falando em privatização, FHC entregou a Vale do Rio Doce por um valor inferior à concessão de três aeroportos, por 20 anos, pela Dilma. Com a diferença que depois de 20 anos a Vale não retorna ao patrimônio da União e os aeroportos voltam. E por falar em aeroporto, todos os aeroportos construídos e/ou reformados pela Dilma são públicos, nenhum tio fica com as chaves.

Uma curiosidade que poucos se lembram: nas privatizações do PSDB, o BNDES emprestava dinheiro público ao comprador. O Santander comprou o Meridional com dinheiro que o BNDES emprestou. É verdade também que o Santander vem pagando, religiosamente, as prestações da compra. Só com as taxas de serviço que cobram dos gaúchos. O que sobra, investe na Espanha. Por pior que seja, pelo menos o Bradesco investe no Brasil…

E pensar que o lema do PSDB é “choque de gestão”… Quem não lembra do choque de gestão do Cássio Cunha Lima (até preso foi), na Paraíba, Teotônio Villela Filho, em Alagoas, ou Yeda Crusius (depois da Operação Rodin, aguarda vaga no Presídio Central), no RS.

Como a Folha não consegue mais esconder dos paulistanos o que as torneiras abertas escancaram, trata como sendo uma “crise d’água” o que é incompetência administrativa. Nestas horas não há o nome do governador  daquele Estado nem do partido que está há mais de 20 anos no comando. Tudo o que diz respeito ao PT e ao Governo Federal, a Folha bota na manchete. Por quê? Simples, D. Judith Brito já confessou…

cp11082014

Cortes no abastecimento vão de 4 horas a 2 dias em 18 cidades do Estado

Guarulhos passou a adotar a medida após Sabesp diminuir o volume enviado do sistema Cantareira

ARTUR RODRIGUESHELOISA BRENHADE SÃO PAULO

"Com o rodízio, todo mundo sabe o dia que vai ter água. Sem o rodízio, eram sempre os mesmos que ficavam desabastecidos luiz mayr netodo departamento de água de Valinhos

Enfrentando sua pior crise hídrica em décadas, São Paulo já tem cerca de 2,1 milhões de pessoas submetidas a racionamento oficial de água –o equivalente a 1 em cada 20 habitantes do Estado mais populoso do país.

Elas convivem com cortes diários no abastecimento, que duram de quatro horas a dois dias, aponta levantamento feito pela Folha com mais de 200 municípios que não são atendidos pela Sabesp.

A empresa estadual é responsável por fornecer água a 27,7 milhões de pessoas em 364 cidades no Estado. Ela nega haver adotado rodízio de água em qualquer uma delas, inclusive na capital, embora moradores relatem interrupções no abastecimento, principalmente à noite.

Nos outros 281 municípios paulistas não abastecidos pela Sabesp, o fornecimento de água fica a cargo das próprias prefeituras ou de empresas por elas contratadas.

A reportagem contatou centenas de gestores e companhias locais na semana passada, cobrindo todas as cidades com mais de 100 mil habitantes e outras dezenas que adotaram medidas restritivas por causa da crise.

Atualmente, o rodízio de água é adotado por ao menos 18 municípios paulistas. Entre eles, está o segundo maior do Estado –Guarulhos (Grande São Paulo), onde 1,3 milhões de pessoas passam metade dos dias a seco.

Abastecida por um serviço municipal, o SAAE, a cidade foi uma das primeiras impactadas pela crise do sistema Cantareira, principal fonte de água da região metropolitana, que no sábado (9) tinha apenas 14,1% de sua capacidade de armazenamento.

Em março, a Sabesp reduziu em 15,5% o volume de água do Cantareira vendido a Guarulhos, que logo depois adotou rodízio de um dia com água para um dia sem água em todo o município. Segundo o SAAE, era o único meio de "distribuir de forma justa a água disponível".

Em Valinhos (a 85 km da capital), a "justiça" também foi um argumento para a implementação da medida.

"Com o rodízio, todo mundo sabe o dia que vai ter água e o dia que não vai ter. Sem o rodízio, eram sempre os mesmos bairros que ficavam desabastecidos", diz Luiz Mayr Neto, presidente do departamento de água local.

Valinhos é uma das 11 cidades na região de Campinas com rodízio. Outras três ficam na região de Sorocaba, a segunda mais afetada.

Para o professor de engenharia da Unicamp Antonio Carlos Zuffo, muitas dessas cidades dependem da captação de águas superficiais (rios e córregos), que foram especialmente afetadas pela seca atípica deste ano.

"Muitos municípios pequenos têm dificuldade de construir reservatórios porque não têm receita para isso. Daí ficam dependentes das vazões dos rios", afirma.

Por outro lado, ao menos sete cidades, como Santo Antônio de Posse e Cravinhos, chegaram a fazer rodízio neste ano, mas cancelaram a medida após as chuvas elevarem o nível de seus cursos d’água.

A secretaria estadual de Recursos Hídricos diz que dá apoio técnico a cidades sob rodízio, mas que não pode enviar mais verbas a elas atualmente devido à lei eleitoral.

21/01/2014

Conheça mais um rosto dos que odeiam Lula

 

Suborno à pasta de Matarazzo foi parcelado

Documento apreendido na sede da Alstom na França detalha pagamento de propina à secretaria de Energia e a três diretorias da EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia), em 1998, para "melhorar o clima" com o cliente e obter um contrato de US$ 45,7 milhões; na época da negociação, Andrea Matarazzo era o secretário, mas ele joga responsabilidade a "governos anteriores"; governador Geraldo Alckmin (PSDB) não quis comentar envolvimento do vereador, que sempre fez parte da cúpula tucana no Estado; Alckmin, no entanto, defendeu investigações

Brasil 24/7

01/11/2013

O que PCC e Alckmin têm em comum?

Filed under: Geraldo Alckmin,Isto é PSDB!,PCC — Gilmar Crestani @ 10:34 pm
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Alckmin inflou ameaça, acusa ex-secretário

Ferreira Pinto diz que escutas em que membros de facção ameaçavam tucano ‘não têm credibilidade’ e são ‘fanfarronice’

Questionado, tucano evita comentar críticas de seu ex-assessor e diz que Estado vive hoje ‘em um outro tempo’

DE SÃO PAULO

O ex-secretário de Segurança Pública Antônio Ferreira Pinto acusou o governador Geraldo Alckmin (PSDB) de faturar politicamente com as supostas ameaças de morte feitas por integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) captadas por escutas policiais.

"Ele está aproveitando para colher dividendos políticos", disse Ferreira Pinto em entrevista publicada ontem no jornal "Valor Econômico".

Segundo o ex-secretário, as escutas nas quais um integrante do PCC fala em "decretar" a morte do governador são conhecidas da cúpula da Segurança Pública desde 2011 e não têm nenhuma credibilidade: "A informação é importante desde que você analise e veja se ela tem ou não consistência. Essas gravações não tinham. Tanto que o promotor passou ao largo delas".

De acordo com Ferreira Pinto, o atual secretário da Segurança, Fernando Grella –então procurador-geral de Justiça do Estado– também sabia que as gravações não tinham consistência.

"Veja, um deles, que é proeminente da facção [Marcola], disse que a facção diminuiu a taxa de homicídios. Isso é fanfarronice. Foi assim que o governo classificou, e está certo. Agora, quando um outro preso disse que ia decretar’, que na gíria significa que vai matar o governador, não é fanfarronice? Foi no mesmo contexto, em 2011", declarou Ferreira Pinto.

Na época em que as gravações foram divulgadas, Alckmin declarou publicamente que não iria recuar: "Os bandidos dizem que as coisas ficaram mais difíceis para eles. Pois eu quero dizer que vão ficar muito mais difíceis. Nós não vamos nos intimidar, é nosso dever zelar pelo interesse público, lutar contra a criminalidade", disse no dia 11 de outubro, em Mirassol.

Uma pesquisa encomendada pelo PSDB após o episódio detectou alta na avaliação de Alckmin por sua "coragem".

Na entrevista de ontem, Ferreira Pinto criticou a atitude do tucano: "Lamentável. [Ele] deve ter suas razões. Eu acho que é mais pelo viés político. Porque na hora que diz não vou me intimidar’, ele está também dando um upgrade’ para a facção".

Nomeado secretário de Segurança em março de 2009 pelo então governador José Serra, Ferreira Pinto ficou no cargo até novembro de 2012, quando Alckmin o demitiu.

Questionado sobre as declarações, Alckmin foi evasivo: "Estamos em um outro tempo. Olha, eu acho que ele [Ferreira Pinto] fez, em seu tempo, um bom trabalho. Nós estamos em um outro tempo e hoje, neste momento, o [atual] secretário Grella está em Brasília em um encontro com o ministro da Justiça, e nós vamos fazer um grande trabalho em conjunto [para combater os black blocs’]".

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