O vazamento, no apagar das luzes, e exatamente para a Folha de São Paulo, não é algo que se deva engolir apressado. Nunca é demais lembrar da figura sinistra do tarja preta José Serra. O ator da bolinha de papel esteve por trás de vários episódios que não custa relembrar: O Caso Lunus, que explodiu a então candidata Roseana Sarney; o caso dos aloprados, que compraram um dossiê montado por José Serra que o PT caiu na armadilha; o antológico artigo do Mauro Chaves no Estadão, “Pó pará, governador”, que o jornal o Estado de Minas respondeu: “Minas a reboque, não”.
A entrega de fim de ano detonando Aécio, como se já não se soubesse de algo muitas vezes mais grave, pode esconder várias coisas: primeira delas, a de entrega do Aécio Neves como estratégia para turbinar a caça ao grande molusco. Segundo, detonar Aécio para planificar o caminho para a candidatura, desde sempre sonho da Folha, José Serra.
Se não houve incriminação quando o “amigo do Aécio” teve seu helipóptero apreendido com 450 kg de cocaína; se os aeroportos construídos com dinheiro público nas terras do Tio Quedo, em Cláudio e Montezuma passaram em brancas núvens; se as centenas de viagens com aeronaves do Estado de Minas para Rio de Janeiro, Espírito Santo e Florianópolis foram em céu de brigadeiro; se a Lista de Furnas, tão ou mais antiga que o mensalão mineiro, nunca chamou a atenção?!
Por que uma doação de R$ 300 mil reais iria virar manchete no último dia do ano de 2015?! Gratuitamente? Nem que a vaca tussa! Aí tem truta, e é das grosas. E Aécio pode estar entrando como boi de piranha…
Propina de Aécio. A quem interessa o crime? Será fogo amigo?, por Rogério Maestri – qui, 31/12/2015 – 07:35
Por Rogério Maestri
De uma hora para outra a Folha de S.Paulo revolve um depoimento de um dos diversos delatores que andam por aí uma referência clara e inequívoca que o presidente do PSDB recebeu num dado momento uma bela propina de R$300.000,00 de uma das diversas construtoras envolvidas em processos de corrupção.
O interessante é que esta delação foi feita no Supremo e está sendo divulgada em primeira mão por um jornal francamente contra o governo Dilma.
Estes dois indícios mostram que a notícia provavelmente foi plantada por alguém de confiança da FSP, o que exclui uma eventual tentativa de um simpatizante ou membro do governo federal ter passado esta notícia.
Seguindo métodos policiais de investigação, é possível achar suspeitos nesta ação partindo do básico. A quem interessa o crime?
Se a notícia partisse de alguém vinculado ao governo, provavelmente ela não seria divulgada pela Folha de São Paulo devido a cuidados maiores na investigação da notícia e principalmente por partir de quem partiu.
Se esta notícia não partiu do governo de quem poderia ter partido? Voltando a metodologia inicial, e sabendo que os partidos no Brasil, como no resto do mundo comportam lutas internas ferozes onde grande parte dos escândalos que aparecem nomes de pessoas partem dos próprios correligionários, ou mesmo ex-correligionários, poderemos levantar suspeitas sobre três nomes interessados em queimar de uma vez por todas a imagem de Aécio Neves.
O primeiro, e sempre suspeito de ações contra Aécio, tem-se na figura de José Serra como principal suspeito. Serra além do desgaste de imagem que tem sofrido ao longo do tempo foi desmoralizado frente aos seus pares pela taça de vinho jogada na sua cara pela ministra da agricultura, e esta desmoralização entre iguais fere em muito o ego e leva a mentes que tem por único objetivo nos dias atuais atingir o cargo de Presidente da República, ele já foi Governador, Ministro e Senador, logo a única ambição possível é a Presidência.
Por outro lado se tem uma figura que não precisa assumir o mando deste vazamento, mas tem diversos aliados e uma estrutura própria que podem decidir até a revelia do beneficiado o crime, estou falando de Alckmin. No entourage do governador há uma série de pessoas que podem após pequenas reuniões internas decidir que uma figura como Aécio não se coaduna com os princípios morais e espirituais de um “opus dei”, por exemplo.
Agora tem uma surpresa que também faria sentido que poucos pensaram, o senador paranaense Álvaro Dias. Este senador, virtual candidato a Presidência da República pelo PV, por pertencer até alguns meses ao PSDB ele sabe dos “pequenos segredos” deste partido e um desgaste na figura de seu presidente é extremamente conveniente.
Álvaro Dias talvez seja dos três suspeitos que menos se arrisca com a divulgação da propina que recebeu Aécio, e sendo ele senador pelo Paraná, bem próximo ao Juiz Moro, pode levantar uma dobradinha paranaense Dias + Moro para presidência da República, porém como a campanha precisará de tempo de TV um apoio de um partido desgastado até as eleições significaria um aumento significativo do seu cacife.
O problema é que a senadora não pode levantar suspeita contra a sua figura, pois perderia o aliado no primeiro turno e com pouco tempo de TV pode não chegar no segundo. Logo as ações denunciando problemas com os três candidatos potenciais do PSDB ao Planalto deverão aparecer à conta gotas de forma discreta, porém contínua.
Um reforço a hipótese Álvaro Dias é que mesmo se sabendo que o Juiz Moro deve ter tido acesso a esta informação, o vazamento aparentemente saiu do Supremo! Algo extremamente conveniente para prosseguir com Moro ocupando a chapa ou mesmo se lançando ao senado através do PV ou outro partido de aluguel pelo Paraná.
O futuro pode confirmar toda esta hipótese, logo quem ler isto guarde e informação para entender os próximos passos inusitados que poderão ocorrer.
Propina de Aécio. A quem interessa o crime? Será fogo amigo?, por Rogério Maestri | GGN
‘Por que a citação a Aécio, feita em julho, não vazou?’
Pergunta é do jornalista Mario Magalhães; "Depoimento citando Aécio foi em julho. Por q não o vazaram, como outros?", postou o blogueiro do Uol no Twitter, sobre a reportagem que cita propina de R$ 300 mil da UTC ao senador tucano
31 de Dezembro de 2015 às 06:28
247 – Nesta quarta-feira 30, o jornalista Mario Magalhães, blogueiro do Uol, publicou em seu perfil no Twitter uma pergunta que merece reflexão:
"Depoimento citando Aécio foi em julho. Por q não o vazaram, como outros? Devemos a notícia ao grande @rubensvalente", postou, em referência à reportagem de Rubens Valente publicada ontem pela Folha de S. Paulo.
A matéria traz trecho de um depoimento Carlos Alexandre de Souza Rocha, apontado como entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, que cita a entrega de R$ 300 mil como propina ao senador Aécio Neves (PSDB-MG).
No mundo dos vazamentos da Lava Jato, em que até a cópia de um acordo de delação premiada – o de Nestor Cerveró – foi parar nas mãos de um banqueiro – André Esteves – a dúvida sobre a demora do vazamento relacionado a Aécio é realmente válida.
‘Por que a citação a Aécio, feita em julho, não vazou?’ | Brasil 24/7
Bis de Aécio na Lava Jato testará critério de Janot
Nesta quarta-feira, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) apareceu pela segunda vez na Operação Lava Jato; na primeira, quando foi citado pelo doleiro Alberto Youssef como responsável pela montagem de um ‘mensalão’ em Furnas, durante o governo FHC, o procurador-geral Rodrigo Janot pediu o arquivamento do seu caso; agora, a denúncia é mais recente: um entregador de dinheiro de Youssef diz ter levado R$ 300 mil a um diretor da UTC, para que este depois repassasse a propina ao senador tucano, em 2013; agora, Janot, que prometeu bater "tanto em Chico como em Francisco", poderá pedir um segundo arquivamento ou terá a oportunidade de esclarecer o caso ouvindo o "Miranda da UTC", que mencionou o presidente nacional do PSDB
30 de Dezembro de 2015 às 09:04
Minas 247 – Numa de suas delações premiadas, feitas em 2014, o doleiro Alberto Youssef, afirmou que seu padrinho na política, o ex-deputado José Janene, do PP, dividiu uma diretoria em Furnas com o senador Aécio Neves. Por meio dessa diretoria, ocupada pelo tucano Dimas Toledo, pagou-se, durante o governo FHC, um mensalão a diversos deputados federais.
Na delação, Youssef afirmou que ia constantemente a Bauru (SP) receber recursos da ordem de US$ 100 mil mensais em nome de Janene – o dinheiro era pago por meio da Bauruense, uma fornecedora de Furnas. Ele afirmou ainda que Aécio seria beneficiário desse esquema. As afirmações foram feitas tanto na delação (leia aqui) como no Congresso (leia aqui).
Essa denúncia só veio a público quando o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidiu pediu o arquivamento da investigação relacionada a Aécio. Nela, Janot fez uma ressalva. Disse que o caso poderia ser reaberto se surgissem novas evidências relacionadas ao tucano.
Nesta quarta-feira, o nome de Aécio apareceu numa segunda delação. Desta vez, do maleiro Carlos Alexandre de Souza Rocha, que entregaria dinheiro em nome de Youssef. Rocha afirmou ter levado um pacote de R$ 300 mil para um diretor da empreiteira UTC no Rio de Janeiro, chamado de "Miranda", que teria como destinatário final o senador tucano.
Chico e Francisco
Diante da nova acusação, que Aécio diz ser "fantasiosa", o procurador Janot será pressionado por parlamentares governistas a reabrir o caso sobre o tucano. Até porque ele próprio sinalizou que seu lema, no comando do Ministério Público seria "pau que bate em Chico também bate em Francisco".
Um caminho óbvio e natural de investigação foi indicado pelo jornalista Fernando Brito, editor do Tijolaço. "Miranda, que é apontado pelo próprio Ministério Público como o responsável pelos “acertos” de propina com o PMDB na obra de Angra 3, seria, por óbvio, o próximo passo de qualquer investigação séria. Mas Miranda, ao que se saiba, não foi preso nem deixado mofar na cadeia até que entregasse os chamados ‘agentes políticos’, é claro", diz ele (leia aqui).
Ontem, em seu Facebook, Aécio postou a seguinte mensagem: “O que vai nos tirar dessa crise é a solidez das nossas instituições. O PSDB está ao lado da Justiça brasileira, do Ministério Público, da Polícia Federal e do Congresso Nacional, na defesa da democracia e do retorno da ética como instrumento de ação política”.
A bola, agora, está com Janot.
Bis de Aécio na Lava Jato testará critério de Janot | Brasil 24/7
No último dia do ano, Aécio ganha manchetes do Globo e do Estado
Denúncia de repasse de R$ 300 mil da empreiteira UTC ao senador tucano foi destaque nos jornais O Globo e Estadão neste 31 de dezembro, um dia depois de ter sido publicada em uma nota de rodapé na capa da Folha
31 de Dezembro de 2015 às 06:44
247 – Nos dois últimos dias de 2015, o senador Aécio Neves ganhou destaque nos três principais jornais do País após ter sido alvo de denúncia de que recebeu R$ 300 mil em propina da empreiteira UTC, investigada na Lava Jato.
Nesta quarta-feira 30, a denúncia foi publicada em reportagem de Rubens Valente, da Folha de S. Paulo, em uma nota de rodapé na capa do jornal.
A veiculação aconteceu quatro dias depois de o colunista André Singer, na própria Folha, ter dito que a mídia abafa a corrupção tucana.
O 247 observou a diferença nos destaques entre a publicação de denúncias contra o ex-presidente Lula, por exemplo, e um tucano (leia mais).
Nesta quinta-feira 31, último dia do ano, Aécio teve seu nome estampado em títulos de reportagens nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, que repercutiram a denúncia da Folha.
No último dia do ano, Aécio ganha manchetes do Globo e do Estado | Brasil 24/7
Renan e Randolfe também são citados por delator de Aécio
Apontado como entregador de dinheiro de Alberto Youssef, o delator Carlos Alexandre de Souza Rocha, que apontou propina de R$ 300 mil para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), também citou supostos valores repassados ao senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, e Randolfe Rodrigues (Rede-AP); segundo o delator, Renan teria sido o destinatário de R$ 1 milhão, entregue entre janeiro e fevereiro de 2014, enquanto o senador do Amapá teria recebido R$ 200 mil; os dois senadores negam terem recebido propina; Randolfe classificou a acusação como "incabível"
30 de Dezembro de 2015 às 21:01
247 – O delator Carlos Alexandre de Souza Rocha, que afirmou que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu R$ 300 mil em propina, citou também supostos valores repassados ao senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O depoimento, homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi dado em julho. Nele, Rocha disse que fazia para Youssef serviço de entrega de dinheiro para políticos. Segundo o delator, entre janeiro e fevereiro de 2014, Youssef informou que teria de levar R$ 1 milhão de Recife a Maceió. O delator disse que entregou o dinheiro, em duas partes de R$ 500 mil, para "um homem elegante" num hotel na capital alagoana. Rocha disse ter questionado Youssef sobre o destinatário do dinheiro, e o doleiro teria respondido: "O dinheiro é para Renan Calheiros".
O delator também informou que, entre 2009 e 2014, ouviu Alberto Youssef dizer que iria disponibilizar R$ 2 milhões para Renan Calheiros a fim de evitar a instalação de uma CPI para investigar a Petrobras. Ele não informou, no entanto, se o repasse de fato ocorreu. A assessoria de imprensa de Renan negou as acusações.
Em relação ao senador Randolfe Rodrigues, Rocha disse que Youssef afirmou, em referência ao senador socialista: "Para esse aí já foram pagos R$ 200 mil". Ele disse ter questionado o doleiro se ele tinha certeza, e Yousseff teria respondido ter certeza "absoluta". Rocha, porém, disse não saber se o valor foi efetivamente pago e nem como.
Em nota, o senador Renan Calheiros "o senador Renan Calheiros nega as imputações e reitera que não conhece a pessoa de nome Alberto Youssef".
O senador Randolfe Rodrigues classificou a delação de "totalmente sem noção". "É hilário, incabível. Primeiro eu não sei nem quem é o senhor Carlos Alexandre Rocha. Nunca tive contato com quem quer que seja. Minha campanha em 2010 foi feita com base em doações individuais, de pessoas físicas. O orçamento total da minha campanha em 2010 foi de R$ 210 mil. Esse valor de R$ 200 mil [citado por Rocha] chega a quase ser superior ao orçamento da minha campanha. Estou achando que isso [a citação a Randolfe] é algo arranjado. Nunca soube quem é Carlos Alexandre Rocha nem quem é Alberto Youssef. Nunca nem passei perto dele. Não conheço nem pessoas que sejam próximas a ele. Nunca tive relação direta ou indireta com prestadores de serviços de empreiteiras", disse o senador.
Renan e Randolfe também são citados por delator de Aécio | Brasil 24/7
Aecím está nas mãos de Janot
O PSDB vai desmoralizar Janot como desmoralizou Moro?
publicado 30/12/2015
(Imagem: de Petralha Zuero, no face do C Af)
Em O Globo:
Senador tucano afirma que citação em depoimento é ‘absurda e irresponsável’
(…)
Caberá agora ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidir se pede ou não abertura de inquérito para aprofundar a apuração sobre o suposto repasse a Aécio. As declarações do entregador poderão colocar em xeque parte da delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da UTC. Apontado como um dos chefes do cartel de empreiteiras envolvidas em fraudes na Petrobras, Pessoa reconheceu contribuições para campanhas e pagamentos via caixa dois para vários políticos, mas não fez qualquer referência ao caso descrito por Ceará.
Em depoimento prestado ao procurador Rodrigo Telles de Souza e ao delegado Milton Fornazari, Ceará disse que, a pedido de Youssef, fez quatro entregas de pacotes de dinheiro no escritório da UTC no Rio de Janeiro ao longo de 2013. As remessas eram entregues diretamente a Antônio Carlos D’Agosto Miranda, um dos diretores da UTC. Uma das entregas, no valor de R$ 300 mil, no segundo semestre de 2013, teria como destinatário o ex-candidato do PSDB à presidência Aécio Neves.
(…)
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Aecím: Furnas, aeroporto do titio, R$ 300 mil…
Paulo Nogueira: eu acuso Aécio – publicado 30/12/2015
Imagem de Horacio Nelson, no face do C Af
O Conversa Afiada reproduz texto de Paulo Nogueira, extraído do DCM:
Um homem que:
Constrói um aeroporto privado com dinheiro público;
Coloca recursos do contribuinte mineiro, como governador, em rádios da própria família;
Não se envergonha de, sendo político, ter rádios, num brutal conflito de interesses;
Faz uso pessoal do avião do Estado de Minas, como se houvesse vôo gratuito;
Nomeia fartamente parentes e amigos para a administração pública e depois ousa falar em meritocracia;
É capaz de apoiar Eduardo Cunha, em nome do impeachment, mesmo depois de conhecidas as avassaladoras provas contra ele fornecidas pelos suíços;
Jamais teve a hombridade de aceitar a derrota nas urnas e, por isso, se pôs a conspirar contra a democracia desde que saíram os resultados como um golpista psicótico;
Dá como comprovadas quaisquer acusações contra seus adversários, por mais frágeis que sejam;
Tem a ousadia de recusar um teste de bafômetro como se estivesse acima da lei que rege os demais brasileiros;
Recebe dinheiro dos contribuintes para atuar como senador e não devolve com um único projeto aprovado;
Aceita uma boca livre em Nova York de um banqueiro como André Esteves;
Não poupa esforço pelo financiamento privado de campanhas mesmo quando é sabido que esta é a origem maior da corrupção e que foi daí que surgiram ganguesteres como Eduardo Cunha;
Tudo isto posto, e a lista poderia seguir muito adiante, por que este homem não poderia fazer pressão para receber dinheiro de propina segundo delação homologada no SFT noticiada hoje pela Folha?
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R$ 300 mil pra petista é manchete, para tucano é pé de página
Folha fez o possível para esconder
publicado 30/12/2015
De Raimundo Pimentel, no face do C Af
O Conversa Afiada reproduz texto de Fernando Brito, do Tijolaço:
A Folha fez o possível.
Colocou a chamada lá no cantinho de baixo, bem pequenina.
Mas não adianta.
A reportagem de Rubens Valente é avassaladora.
Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, afirmou, em depoimento que levou R$ 300 mil no segundo semestre de 2013 a um diretor da empreiteira UTC, de nome Miranda ( Antonio Carlos D’Agosto Miranda) que seriam entregues ao senador Aécio Neves.
Segundo o “entregador”, Miranda ficou aliviado, pois estaria sendo cobrado pela quantia por Aécio, teria dito o diretor da empreiteira.
Aécio, claro, nega tudo. Diz que sua campanha só recebeu legalmente da UTC para a campanha.
E quem disse, senador, que era pra a campanha? R$ 300 mil, o senhor me perdoe, não é padrão de campanha, onde a coisa é na casa do milhão.
Tudo tem mais força porque a alta direção da UTC já havia admitido, em depoimentos, que Miranda recebia, guardava e entregava dinheiro destinado a políticos.
“E o Aécio Neves não é da oposição?”, teria dito Rocha. O diretor da UTC teria respondido, na versão do delator: “Aqui a gente dá dinheiro pra todo mundo: situação, oposição, […] todo mundo”.
O comitê da campanha presidencial do tucano em 2014 recebeu R$ 4,5 milhões da UTC em doações declaradas à Justiça. A campanha de Dilma recebeu R$ 7,5 milhões.
Rocha disse ter manifestado estranheza sobre o local da entrega ser o Rio de Janeiro, já que Aécio “mora em Minas”. Miranda teria respondido que o político “tem um apartamento” e “vive muito no Rio de Janeiro”.
O delator disse que não presenciou a entrega do dinheiro ao senador e que ficou “surpreso” com a citação.
Rocha prestou o depoimento em 1º de julho. Em 4 de agosto, foi a vez de Santana também dar declarações.
Embora tenha dito que Miranda não tinha “nenhuma participação no levantamento do dinheiro para formar o caixa dois” da construtora UTC, Santana observou que “pode ter acontecido algum episódio em que o declarante ou Pessoa informaram a Miranda quem seriam os destinatários finais da entrega”.
Miranda, que é apontado pelo próprio Ministério Público como o responsável pelos “acertos” de propina com o PMDB na obra de Angra 3, seria, por óbvio, o próximo passo de qualquer investigação séria. Mas Miranda, ao que se saiba, não foi preso nem deixado mofar na cadeia até que entregasse os chamados “agentes políticos”, é claro.
Dinheiro para Aécio Neves não é coisa que venha assim “ao caso”, nem uma delação com este potencial explosivo vaza no dia seguinte, como as outras.
Até porque a investigação de corrupção parece estar usando os mesmos critérios editoriais da Folha: R$ 300 mil pra petista é manchete, para tucano é pé de página.
Mas a reportagem de Valente não dá para ser apagada. E vai ter desdobramentos.
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Diretor da UTC levou R$ 300 mil a Aécio, afirma delator
Postado em 30 de dezembro de 2015 às 8:19 am – Da Folha:
Em delação premiada homologada pelo STF, Carlos Alexandre de Souza Rocha, entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, afirmou que levou R$ 300 mil no segundo semestre de 2013 a um diretor da UTC Engenharia no Rio de Janeiro, que lhe disse que a soma iria ao senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Rocha, conhecido como Ceará, diz que conheceu Youssef em 2000 e, a partir de 2008, passou a fazer entregas de R$ 150 mil ou R$ 300 mil a vários políticos.
Ele disse que fez em 2013 “umas quatro entregas de dinheiro” a um diretor da UTC chamado Miranda, no Rio.
Também em depoimento, o diretor financeiro da UTC, Walmir Pinheiro Santana, confirmou que o diretor comercial da empreiteira no Rio chamava-se Antonio Carlos D’Agosto Miranda e que “guardava e entregava valores em dinheiro a pedido” dele ou de Ricardo Pessoa, dono da UTC.
Nem Pessoa, também delator na Lava Jato, nem Santana mencionaram repasses a Aécio em seus depoimentos. A assessoria do senador chamou a citação de Rocha de “absurda” (leia abaixo).
Em uma das entregas, que teria ocorrido entre setembro e outubro daquele ano, Rocha disse que Miranda “estava bastante ansioso” pelos R$ 300 mil. Rocha afirmou ter estranhado a ansiedade de Miranda e indagou o motivo.
O diretor teria reclamado que “não aguentava mais a pessoa” lhe “cobrando tanto”. Rocha disse que perguntou quem seria, e Miranda teria respondido “Aécio Neves”, sempre segundo o depoimento do delator.
“E o Aécio Neves não é da oposição?”, teria dito Rocha. O diretor da UTC teria respondido, na versão do delator: “Aqui a gente dá dinheiro pra todo mundo: situação, oposição, […] todo mundo”.
Diário do Centro do Mundo » Diretor da UTC levou R$ 300 mil a Aécio, afirma delator
Postado em 30 dez 2015 – por : Kiko Nogueira
Ele
O Gabinete Militar de Minas Gerais abriu um inquérito para apurar o desaparecimento de dados das planilhas dos vôos do governo Aécio Neves, entre 2003 e 2010, informa um membro do Ministério Público de MG.
O caso acontece na mesma semana da denúncia do entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, o qual, em delação premiada, afirmou que levou R$ 300 mil a um diretor da UTC em 2013. Esse diretor lhe disse que o montante ia para Aécio Neves.
As viagens foram tema de uma série de reportagens no DCM. As quatro aeronaves de Minas — dois jatos, um Citation e um Learjet, um helicóptero Dauphin e um turboélice King Air — foram utilizadas mais de 1400 vezes naquele período.
Em 198 ocasiões, Aécio não estava presente. Um decreto de 2005, assinado por ele, determina que o uso do equipamento destina-se “ao transporte do governador, vice-governador, secretários de Estado, ao presidente da Assembleia Legislativa e outras autoridades públicas ou agentes públicos, quando integrantes de comitivas dos titulares dos cargos”. Tudo “para desempenho de atividades próprias dos serviços públicos.”
Sem a presença de Aécio, os aviões e o héliceptero serviram para transportar, entre outros, Luciano Huck, FHC, José Wilker, Milton Gonçalves, Boni, Roberto Civita, Ricardo Teixeira, a irmã Andrea Neves, o primo Quedo e outros parentes e amigos.
José Serra e Geraldo Alckmin também passearam. Há na relação “Roberto Marinho”, que andou na companhia de Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB. A advogada de Roberto Irineu Marinho, um dos donos da Globo, afirmou ao DCM que não se trata dele.
A lista foi obtida através da Lei de Acesso à Informação. Em seu primeiro formato, ela fornecia detalhes como ano, data, solicitante, passageiros, origem, destino e custo. Veja abaixo:
Acima, vê-se que Roberto Civita, dono da Abril morto em 2013, foi a Brumadinho com a mulher. Tudo às custas do contribuinte das Gerais. Ali fica localizado o museu de Inhotim.
Segundo a assessoria de Aécio, o empréstimo do Dauphin “atendeu o objetivo de divulgar o Museu de Arte Contemporânea apresentando-o a um dos maiores empresários de comunicação do país”. A “prova” é uma matéria laudatória na Veja. Então tá.
Na nova “formatação” das fichas, sumiram dados como a aeronave usada e quem estava a bordo. Ficaram apenas o “solicitante” (sempre o governador) e o destino.
Ao DCM, a assessoria de imprensa do governo de MG contou que também está apurando o que pode ter acontecido com os relatórios originais.
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Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.
Diário do Centro do Mundo » Planilha de vôos do governo Aécio em Minas é adulterada: sumiram os “passageiros”. Por Kiko Nogueira
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