Ficha Corrida

12/08/2014

América Latina dá xeque-mate nos ventríloquos dos EUA

Filed under: Europa,Eurozona,Rússia,Ucrânia,Ventríloquo — Gilmar Crestani @ 9:17 am
Tags:

 

Bruselas critica que América Latina se aproveche del veto ruso a Europa

La Unión Europea adelanta medidas de apoyo a explotaciones de melocotón y nectarina

Ignacio Fariza Bruselas 11 AGO 2014 – 21:44 CEST915

 

El comisario europeo de Comercio, Karel De Gucht. / EFE

La celeridad de varios Gobiernos latinoamericanos por ofrecerse como socio comercial a Rusia no ha sentado nada bien en Bruselas. La Comisión Europea transmitirá a los representantes de “un grupo de países” del continente americano su desacuerdo con la rápida reacción tras las sanciones rusas a los productos agrícolas de la UE, EE UU, Australia, Canadá y Noruega y les emplazará a “reconsiderar” sus contratos en ciernes con un socio “no fiable” como Moscú, según confirmaron el lunes fuentes comunitarias.

Con este movimiento, la UE busca dar un toque de atención por un movimiento que no consideran leal, aunque los Veintiocho no pretenden enturbiar sus buenas relaciones diplomáticas y comerciales con países como Brasil o Argentina.

“Podemos entender que productores y exportadores, empresas privadas en definitiva, busquen nuevas oportunidades. Lo que no compartimos es que haya Gobiernos detrás”, subrayaron. Estas mismas fuentes remarcan que la UE no se inmiscuirá en contratos privados, pero sí “lamentan” la actitud de este grupo de países y advierten de la escasa integridad de Moscú como socio comercial. “Sacrificarían una relación económica a largo plazo por beneficios a corto plazo”.

De esa actitud, Bruselas recibió el lunes mismo otra buena muestra. En este caso, de Buenos Aires: “Argentina generará las condiciones para que el sector privado, con el impulso del Estado, pueda satisfacer la demanda del mercado ruso”, afirmó el jefe de gabinete del Gobierno argentino, Jorge Capitanich, informa Efe.

Con la firma de estos acuerdos comerciales, Rusia —el quinto mayor importador de alimentos del mundo— busca suplir parte de las carencias que su ruptura unilateral con la UE y EE UU podría dejar en su mercado interior. Solo en 2013, las compras de alimentos europeos, ahora vetadas, sumaron 5.252 millones de euros.

En Bruselas ya había sentado especialmente mal que los embajadores de Argentina, Chile, Ecuador y Uruguay en Moscú se reunieran con el máximo responsable del Servicio de Inspección Agrícola y Ganadera ruso, Serguéi Dankvert, pocas horas después de que el Kremlin decretase la prohibición sobre las importaciones.

Argentina insiste

en impulsar

las exportaciones agrarias a Rusia

Pese al malestar, el Ejecutivo comunitario optará por una queja de perfil bajo. En los próximos días, representantes diplomáticos europeos trasladarán la protesta a sus homólogos latinoamericanos y, por el momento, el aviso no trascenderá al ámbito político. La UE estudia canalizar el mensaje a través de las delegaciones de estos países ante las instituciones comunitarias o a través de las oficinas de representación de la Comisión Europea en las capitales latinoamericanas.

El descontento comunitario con las gestiones de varios Gobiernos latinoamericanos con Moscú llega en un momento decisivo en las negociaciones para la firma de un tratado de libre comercio entre la UE y Mercosur —el bloque regional que engloba a Argentina, Brasil, Paraguay, Uruguay y Venezuela—. Tras casi dos décadas de conversaciones, los países latinoamericanos esperan una propuesta europea y los próximos meses, con la llegada de un nuevo Colegio de Comisarios a Bruselas, se presumen claves. Aunque el Ejecutivo comunitario prefiere no relacionar el malestar de la UE con el potencial acuerdo con Mercosur, varios funcionarios europeos sí contrastaban el lunes su actitud con la “lealtad manifiesta” de países como Australia, Canadá o Noruega, que han hecho suyas las sanciones a Rusia.

Bruselas lidia también con un malestar interno, el de los productores agrarios. Hay ya programada una reunión para abordar el asunto, este jueves, pero el comisario de Agricultura, Dacian Ciolos, aseguró el lunes que, por lo pronto, se adelantarán “medidas de apoyo” a los productores de melocotones y nectarinas, que al veto ruso suman los efectos de “condiciones meteorológicas adversas”.

Bruselas critica que América Latina se aproveche del veto ruso a Europa | Economía | EL PAÍS

22/07/2014

Ilha de sabedoria no colunista político brasileiro

Filed under: Barack Obama,BlackBosta,Estado de Direito,Israel,Janio de Freitas,Política,Ucrânia — Gilmar Crestani @ 8:35 am
Tags:

JANIO DE FREITAS

Um caso difícil

As investigações sobre as pretensas ações violentas no Rio precisam se amparar em provas convincentes

Pedido de asilo político em pleno Estado de Direito é, entre outros possíveis significados, um ato de originalidade. O ato da ativista Eloísa Samy, com outros apontados adeptos dos "black blocs", tende a acirrar o nada original choque de opiniões entre autoridades do Judiciário e, também, de uma ou outra daquelas com autoridades policiais. O desenrolar do inquérito sobre pretensas ações de violência para o último dia da Copa está agitado em variadas direções e gravidades.

As informações encaminhadas à Justiça, das quais resultou a decretação de prisões, são apenas parte, em dois sentidos, do trabalho da polícia do Rio no caso: nem tudo o que já é conhecido foi encaminhado, restando material para complementações e conexões, e há outras linhas de fatos, personagens e respectivas investigações. Alguns desses fatos, na visão policial, talvez com nível de gravidade acima do que já foi noticiado sobre intenções e preparativos de atos de violência, como o imaginado incêndio da Câmara Municipal carioca e o preparo de explosivos.

A natureza desse caso, com implicações diretas em princípios do Estado de Direito, torna indispensável que as investigações e as conclusões policiais sejam tão precisas quanto possível, e amparadas em comprovações convincentes. Cuidados, estes, devidos não só pelos condutores policiais das investigações, como em geral se considera, mas também pelo Ministério Público e pela Justiça.

PREFERÊNCIAS

É um tanto precipitada a euforia de Aécio Neves por seu empate técnico com Dilma Rousseff no segundo turno, conforme dedução baseada em números do recente Datafolha.

Esse empate resulta da soma da margem de erro ao total de Aécio e da retirada da mesma margem no total de Dilma. Ou seja, a margem de erro é aplicada só a favor de um, e contra o outro. Assim os 40 pontos de Aécio sobem para 42 e os 44 de Dilma descem para 42.

Empates com esse jogo de números podem ter influências no eleitorado indeciso. Mas são apenas questão de preferência. Se o mesmo jogo for feito em favor de Dilma, tem validade idêntica ao favorável a Aécio, porém derrubando-o: os 44 dela sobem para 46 e os 40 dele descem para 38.

Se feito em favor de Eduardo Campos, o jogo o elevaria a condições já promissoras para um segundo turno, o que, até agora, não é propriamente verdadeiro. Dilma desceria dos seus 45 para 43 pontos e Eduardo subiria para 40. E adeus Aécio.

HIPOCRISIAS

A dedução mais razoável incrimina os rebeldes ucranianos na derrubada do Boeing da Malaysia Airlines, com armamento fornecido pela Rússia. Mas não foi em provas que Barack Obama se baseou para transformar tal hipótese em acusação explícita a Vladimir Putin. Baseou-se no cinismo que rege a política internacional e no seu próprio.

Em menos de duas semanas morreu em Gaza o equivalente aos ocupantes de dois Boeings idênticos àquele. Mortes com bombas fornecidas a Israel pelos Estados Unidos e lançadas por caças F-16I fornecidos a Israel pelos Estados Unidos.

O Iraque está em terrível guerra interna com armas fornecidas pelo governo de Barack Obama, acompanhadas dos instrutores com quem os atuais beligerantes se prepararam. O Taleban mantém o Afeganistão incandescente, e a Al Qaeda difundiu o terror no mundo com armas e instruções proporcionadas pelos Estados Unidos.

Tudo isso é passível de ser considerado crime de guerra.

19/07/2014

Meninos, eu vi! E não estava lá…

Filed under: Barack Obama,Isto é EUA!,Terrorismo de Estado,Ucrânia — Gilmar Crestani @ 10:16 am
Tags:

ucrainainÉ inacreditável a capacidade dos EUA de moldarem o pensamento da mídia ocidental. Nem o Presidente da Ucrânia, nem a Chanceler Alemã, Ângela Merkel, que vizinha da Ucrânia, ousou ir além dos fatos. Barack Obama, como todo funcionário do império das armas, apontou logo seu dedo sujo. Que ele faça isso, é do jogo típico de um estado terrorista.

Que a mídia ocidental faça isso, também é do jogo de quem a finanCIA, que os povos entrem nesta briga por petróleo, aí já é de uma ignorância colossal. Obama diz que os separatistas ucranianos não teriam capacidade sem ajuda militar da Rússia, porque sabe que o golpe contra o ex-presidente da Ucrânia não teria sido possível sem o seu apoio. E aquela história que O Globo publicou no calor dos fatos (“Avião da Malaysia Airlines estava na mesma rota que jato presidencial de Vladimir Putin, segundo agência”) e, de repente, esfriou para se deixar pautar pelos interesses norte-americanos?!

A declaração sem qualquer lastro nos fatos, de alguém a milhares de quilômetros do acidente, é de um oportunismo de alguém que ficou cego de paixão pelo gás e petróleo, e que me fez lembrar a canção do Tom e Chico, inspirada num poema do Gonçalves dias, Meninos, eu vi!

Também vi a cidade incendiada, eu tive medo
Eu vi a escuridão
Eu vi o que não quis
Amei mais do que pude, eu fiquei cego de paixão.

Míssil partiu de área rebelde, diz Obama

Presidente dos EUA afirma ser impossível separatistas ucranianos derrubarem avião sem ajuda militar da Rússia

Conselho de Segurança da ONU pede apuração da queda do Boeing-777 da Malaysia Airlines que matou 298 pessoas

ISABEL FLECKDE NOVA YORK

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta sexta-feira (18) ter evidências de que o avião da Malaysia Airlines foi derrubado "por um míssil terra-ar lançado de uma área no leste da Ucrânia controlada por separatistas apoiados pela Rússia". Ele se baseou em relatórios da inteligência americana.

A queda do Boeing-777, que ia de Amsterdã para Kuala Lumpur (Malásia), deixou 298 mortos. Obama classificou o episódio como uma "tragédia global" e um "ultraje de proporções indescritíveis".

Apesar de evitar envolver diretamente Moscou na autoria do ataque, o presidente americano disse ser "impossível" que os rebeldes estejam agindo dessa forma sem o apoio "constante" da Rússia, com envio de armas pesadas e sistemas antiaéreos.

"Um grupo de separatistas não pode derrubar aviões de transporte militar ou, como eles alegam, derrubar caças sem equipamento e treinamento sofisticados. E isso tem vindo da Rússia", disse Obama, destacando três aeronaves militares da Ucrânia que teriam sido abatidas pelos rebeldes nas últimas semanas.

Segundo o "The New York Times", a inteligência dos EUA tem fortes indícios de que a aeronave militar abatida três dias antes do desastre foi atingida por um míssil que partiu do território russo, de uma bateria antiaérea idêntica à que teria sido usada contra o Boeing-777.

Pouco antes, a embaixadora dos EUA na ONU, Samantha Power, havia subido mais o tom contra Moscou, alegando que "não se pode descartar a assistência de pessoal russo para operar os sistemas" de mísseis envolvidos.

"Por causa da complexidade técnica do SA-11 [como é chamado pela Otan o míssil russo 9K37 Buk, que teria sido empregado no ataque], é improvável que os separatistas possam ter efetivamente operado o sistema sem a ajuda de pessoal especializado", disse Power em reunião do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York.

O conselho aprovou um pedido de investigação internacional "completa e independente", além do acesso de investigadores ao local.

Nesta sexta (18), Obama anunciou ter enviado à Ucrânia agentes do FBI e do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes.

MAIOR PRESSÃO

A queda do avião acirra ainda mais a tensão entre Washington e Moscou. Um dia antes da tragédia, os EUA haviam anunciado novas sanções à Rússia por "violar a soberania da Ucrânia e continuar a apoiar separatistas".

Nesta sexta, Obama ameaçou aumentar a pressão sobre Moscou. "Enquanto a Rússia seguir seus esforços de ajudar os separatistas, vamos deixar claro que temos a capacidade de endurecer contra eles. E vamos fazê-lo."

O presidente russo, Vladimir Putin –que não respondera às declarações de Obama até a conclusão desta edição–, disse que "todos os lados têm de interromper a luta e começar as negociações de paz". Na ONU, o embaixador russo, Vitaly Churkin, atribuiu à Ucrânia "toda a culpa" pela tragédia.

18/07/2014

Ucrânia: com as digitais de quem os EUA finanCIAm

Filed under: Isto é EUA!,Míssil,Terrorismo de Estado,Ucrânia — Gilmar Crestani @ 7:00 am
Tags:

terroristaQuem tem espiões em todas as partes do mundo? Quem vigia tudo? Quem financiou a rebelião Ucraniana? Quem está por traz dos neonazistas ucranianos? Quem mais fatura com um desgaste da Rússia? Quem não quer os BRICS, com ajuda da Russia, crie um banco que concorra com o FMI? Os EUA!

Ontem à tarde o site de O Globo informava: “Avião da Malaysia Airlines estava na mesma rota que jato presidencial de Vladimir Putin, segundo agênciaHoje, já com o filtro da CIA e de seu braço midiático brasileiro, o Instituto Millenium, ninguém mais toca nesta triste coincidência.

Mas a pergunta que não quer calar: o míssil foi lançado em território russo ou ucraniano? Se é possível que a Rússia pudesse ter feito isso a partir da Ucrânia, porque excluir os EUA dessa possibilidade? É só pensar: quem foi o país que inventou armas de destruição em massa para destruir um país?

Faz bem a Folha em recordar: “Até então, o pior havia sido em 3 de julho de 1988, quando um Airbus A300 da Iran Air foi atingido por dois mísseis minutos depois de decolar do aeroporto iraniano de Bandar rumo a Dubai. Com a cauda e uma das asas atingida, o avião ficou sem controle e caiu no mar; 290 pessoas morreram. Os mísseis foram disparados do navio de guerra americano USS Vincennes.”

DESASTRE NA UCRÂNIA

Míssil derrubou avião com 298 na Ucrânia, dizem EUA

Queda de avião na Ucrânia mata 298 e amplia crise com a Rússia

Míssil derrubou aeronave, dizem EUA * Ucrânia acusa separatistas Pró-Rússia, que negam responsabilidade * EUA oferecem ajuda para investigar * Destroços se estendem por 15 km

A morte de 298 pessoas na queda de um Boeing-777 da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia aumentou a tensão do país com a Rússia. Para autoridades americanas citadas pela imprensa dos EUA, um míssil abateu o avião –o que levou a uma troca de acusações.

Para a Ucrânia, a culpa é de separatistas pró-Rússia concentrados na região, que derrubaram dois aviões militares nos últimos dias. "Foi um ato terrorista", disse o presidente Petro Poroshenko. Os rebeldes negaram a acusação. Já o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a responsabilidade pela queda da aeronave é do governo ucraniano.

Os dois países vivem em tensão desde fevereiro, quando um governo pró-russo na Ucrânia foi derrubado. Desde então, Putin anexou a península ucraniana da Crimeia e passou a apoiar rebeldes.

O desastre do voo MH17, que ia de Amsterdã (Holanda) para Kuala Lumpur (Malásia), é o sétimo maior da história da aviação comercial. Em março, 239 pessoas morreram em outra queda com jato da mesma companhia (o avião nunca foi encontrado). A maioria dos passageiros era de holandeses, e até esta quinta (17) nenhuma vítima brasileira havia sido confirmada.

17/07/2014

Despeito por BRICS, EUA abrem caixa de Pandora contra a Rússia

Filed under: Arapongagem made in USA,BRICS,EUA,Rússia,Terrorismo de Estado,Ucrânia — Gilmar Crestani @ 7:55 am
Tags:

euanCom Putin no Brasil, Rússia é alvo de novas sanções norte-americanas

Empresas terão restrição de acesso a crédito; punição ocorre por apoio a separatistas ucranianos

Líder russo participava de encontro do grupo dos Brics; um dia antes, bloco criticou punições anteriores dos EUA

DE WASHINGTONDOS ENVIADOS A BRASÍLIADE BRASÍLIA

O governo americano anunciou nesta quarta-feira (16) novas sanções contra a Rússia por "violar a soberania da Ucrânia e continuar a apoiar separatistas".

Elas são dirigidas a bancos e empresas energéticas e de armamentos russas. São as mais duras já anunciadas desde o início da crise ucraniana, em fevereiro.

O anúncio se deu enquanto o presidente da Rússia, Vladimir Putin, participava, em Brasília, do encontro do grupo Brics (reunindo também Brasil, Índia, China e África do Sul) com a Unasul (nações sul-americanas).

Ele ocorre um dia após os Brics terem divulgado comunicado condenando sanções econômicas sem aval da ONU, um recado claro aos EUA pelas rodadas anteriores de punição aos russos.

As sanções do governo Obama vão vetar especialmente o acesso ao mercado de créditos superiores a 90 dias. As empresas russas atingidas poderão fazer apenas negócios de curto prazo, dificultando empréstimos a médio e longo prazo.

Europeus também anunciaram suas punições, mas menos rigorosas, pedindo que bancos de investimento suspendam acordos financeiros com Moscou.

Até agora, as sanções eram pontuais, direcionadas a autoridades russas, com congelamento de ativos no exterior e recusa a pedidos de visto.

Americanos e europeus condenam a anexação pela Rússia da península ucraniana da Crimeia. Também acusam Putin de apoiar separatistas no leste da Ucrânia.

"O governo russo precisa ver que suas ações têm consequências", disse o presidente Barack Obama em discurso na Casa Branca, afirmando que o fluxo de armas e tropas para a Ucrânia são "contínuas provocações contra a soberania" do país.

As sanções atingem grandes empresas russas, como Gazprombank, braço financeiro da estatal do gás Gazprom, Kalashnikov (armamentista, fabricante dos fuzis AK), a gigante do gás privada Novatek, e a petroleira estatal Rosneft, segundo o governo dos EUA.

NAMORO

Nem o Itamaraty nem os russos se pronunciaram. Apesar de não querer melindrar Putin, o governo brasileiro deve evitar declarações contundentes sobre a escalada de sanções contra a Rússia, porque está "retomando o namoro" com os EUA, segundo um integrante do governo.

"Fomos nós que moderamos o tom sobre as sanções no comunicado dos Brics, a declaração de Fortaleza", disse, em caráter reservado.

A intenção é ter cuidado nessa fase de reaproximação com os Estados Unidos, abalada desde o escândalo de espionagem revelado em 2013.

Em encontro com correspondentes estrangeiros na semana passada, a presidente Dilma Rousseff afirmou que a relação com os EUA "está morna".

O anúncio das sanções aconteceu horas depois de uma conversa entre o presidente americano e a chanceler alemã, Angela Merkel.

O governo americano quis indicar que a ação foi coordenada com os europeus.

Merkel, por meio de seu porta-voz, afirmou que Putin não tinha cumprido o prometido em uma cúpula anterior e que os rebeldes pró-Rússia se negavam a negociar. (RAUL JUSTE LORES, TAI NALON, PATRÍCIA CAMPOS mello, FLÁVIA FOREQUE, SOFIA FERNANDES, MARIANA HAUBERT e MARCELO NINIO)

28/06/2014

Terrorismo made in USA

UcraniaObama pede ao Congresso dinheiro para oposição síria

Presidente americano quer US$ 500 milhões

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente americano, Barack Obama, pediu nesta quinta-feira (26) que o Congresso aprove uma ajuda de US$ 500 milhões para treinar e equipar rebeldes sírios moderados que buscam derrubar o ditador Bashar al-Assad.

Um comunicado da Casa Branca disse que os rebeldes seriam avaliados antes de receber a ajuda, uma medida para evitar que os equipamentos enviados acabem nas mãos de inimigos dos EUA.

Segundo a Casa Branca, o dinheiro iria ajudar a estabilizar as áreas sob controle da oposição, combater as ameaças terroristas e promover condições para uma solução negociada.

Obama tem sido pressionado por parlamentares para ampliar a ajuda dos EUA aos rebeldes que lutam há três anos na guerra civil da Síria.

No vizinho Iraque, onde o grupo radical Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL) avança rumo a Bagdá há duas semanas, o premiê Nuri al-Maliki negou que a Síria tenha realizado ataques aéreos em seu território.

Maliki disse à BBC que Assad atacou o EIIL no lado sírio da fronteira e que a ação não foi coordenada entre os dois países.

"Nós recebemos bem qualquer ataque sírio ao EIIL. A Síria faz seus ataques, nós fazemos os nossos e os dois países saem ganhando", disse.

14/06/2014

Concluída a guerra do gás, na Ucrânia, vem aí a do pré-sal, no Brasil

 

Mueren 49 militares ucranios al abatir milicianos prorrusos su avión

El ataque se ha producido cuando la aeronave estaba aterrizando en el aeropuerto de Lugansk

Agencias Kiev 14 JUN 2014 – 14:07 CET372

Restos del avión derribado en el aeropuerto de Luhansk. / Evgeniy Maloletka (AP)

Las milicias prorrusas han abatido este sábado un avión militar de carga ucranio y han matado a los 49 ocupantes de la aeronave. El ataque se ha producido cuando el aparato del Ejército ucranio aterrizaba en el aeropuerto de Lugansk (este del país), según ha informado un portavoz militar. Es uno de los ataques más graves del actual periodo de inestabilidad y enfrentamientos que atraviesa la región. Desde el inicio de la operación militar contra los separatistas del Este, el pasado 2 de mayo, estos han logrado abatir media docena de aeronaves del Ejército ucranio en Donetsk y Lugansk, las dos provincias  alzadas contra Kiev a principios de abril y que declararon su independencia tras el referéndum del pasado 11 de mayo.

La aeronave, un Ilyushin IL-76 de transporte militar, fue derribada con un cañón antiaéreo durante el aterrizaje. La agencia ucraniana TSN ha señalado que el pasaje del avión incluía paracaidistas de la Brigada Aeromóvil 25 y tripulantes.

más información

El presidente de Ucrania, Petro Poroshenko, prometió "una respuesta adecuada a los terroristas" por el ataque. "Todos los implicados en un cínico acto terrorista de esta envergadura serán castigados. Ucrania necesita la paz, pero los terroristas tendrán una respuesta adecuada", dijo el presidente ucraniano, citado por el gabinete de prensa de su administración. Poroshenko, que tras ser elegido presidente el pasado 25 de mayo prometió acabar con la rebelión prorrusa "en horas, no en días", ordenó celebrar una reunión extraordinaria del Consejo de Seguridad Nacional y Defensa

El derribo de la aeronave en Lugansk ha tenido lugar horas después de que las tropas del Gobierno ucranio arrebatasen a los prorrusos el control de la ciudad de Mariúpol y retomaran varios puestos de control en la frontera con Rusia, y también de que el Departamento de Estado norteamericano confirmase el envío por Moscú de tanques y armamento pesado a los rebeldes ucranios en los últimos tres días.

Nuevas negociaciones sobre el gas

Mientras tanto, Rusia y Ucrania volverán este sábado a reunirse en Kiev para buscar una salida a la disputa que mantienen sobre el suministro del gas ruso a territorio ucraniano, confirmó el portavoz oficial del monopolio gasístico ruso Gazprom, Serguéi Kupriyánov.

"Ahora estamos preparando una nueva reunión en Kiev, que se celebrará en un formato distinto de las consultas anteriores. (…) La postura rusa en las negociaciones con Ucrania sobre el gas es clara y consecuente. Queremos buscar compromisos pero es inútil intentar presionarnos", dijo Kupriyánov a la agencia Interfax.

Fuentes del Gobierno ucraniano y de la Comisión Europea adelantaron hoy a varios medios internacionales que Rusia ha dado marcha atrás y ha aceptado mantener otra reunión negociadora antes de cumplir con su ultimátum y cortar el suministro de gas a Ucrania si no recibe hasta el lunes parte del dinero que le adeuda Kiev.

Mueren 49 militares ucranios al abatir milicianos prorrusos su avión | Internacional | EL PAÍS

26/05/2014

Via Ucrânia, EUA mostra à Rússia como se ganha eleição, no Ocidente

Filed under: Arapongagem made in USA,Liberdade made in USA!,Rússia,Ucrânia — Gilmar Crestani @ 8:46 am
Tags:

ucrainainUcrânia elege ‘rei do chocolate’, diz pesquisa

Empresário do setor, moderado Petro Poroshenko tinha 55% dos votos em boca de urna; ele prometeu estabilidade

Novo presidente diz que visitará o leste, onde a participação nas urnas foi baixa devido à onda separatista pró-Rússia

LEANDRO COLONENVIADO ESPECIAL A KIEV

Como era esperado, o magnata ucraniano Petro Poroshenko venceu em primeiro turno as eleições presidenciais realizadas neste domingo (25), apontavam as pesquisas de boca de urna até a conclusão desta edição. Os resultados oficiais devem sair nesta segunda-feira (26).

Dono de uma fortuna de US$ 1,3 bilhão, é conhecido como o "Rei do Chocolate", por ser dono da principal marca do país, além de um canal de televisão.

O roteiro deste pleito também parece ter se confirmado com a baixa adesão do leste e novas promessas de diálogo com a Rússia.

Poroshenko, 48, obteve cerca de 55% dos votos, muito à frente da ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko, 53, com 13%, que reconheceu a derrota. Com a pesquisa em mãos, ele fez discurso de vencedor: prometeu buscar a unidade da Ucrânia, viajando ao leste, palco da onda separatista pró-Moscou que dificultou a votação na região.

"O primeiro passo que vamos tomar no gabinete presidencial será parar a guerra, colocar fim ao caos e trazer a paz para a Ucrânia", disse.

Poroshenko defende laços maiores com a União Europeia, mas tentando não criar atritos com a Rússia.

A Folha acompanhou algumas seções eleitorais em Kiev, onde a situação foi diferente –apesar das longas filas, não havia clima tenso, e a adesão era alta.

Essa eleição é considerada a mais importante da Ucrânia desde sua independência em 1991, na derrocada da União Soviética. Marca a substituição definitiva do presidente deposto em fevereiro, Viktor Yanukovich, aliado dos russos, em meio a protestos que deixaram dezenas de mortos. Um governo interino e fragilizado estava no poder.

Poroshenko foi um dos principais mentores da queda de Yanukovich, sob a acusação de que ele cedeu à pressão de Moscou ao se negar a assinar um acordo comercial com o bloco europeu. Apesar disso, chegou a ser ministro de Yanukovich, em 2012.

Ao celebrar o resultado, Poroshenko disse que vai dialogar com a Rússia, acusada por Kiev de estimular o separatismo no leste. Reafirmou que não reconhece a anexação da península da Crimeia por Moscou.

O presidente russo, Vladimir Putin, não comentou o resultado até a conclusão desta edição. Já o americano Barack Obama elogiou o processo eleitoral, considerado por ele um "passo importante" para o fim da crise.

Aliado de Poroshenko, o ex-campeão mundial de boxe Vitali Klitschko foi apontado como vencedor na disputa para a prefeitura de Kiev.

BOICOTE NO LESTE

A eleição no leste ocorreu com baixíssima adesão. Praticamente não houve votação na cidade de Donetsk, uma espécie de "capital" dos militantes pró-Rússia desde o mês passado. Nenhuma seção eleitoral funcionou na cidade durante o dia –ao todo, na província de Donetsk, apenas 426 de 2.430 seções de votação operaram, segundo a Comissão Eleitoral. "Sou responsável pela seção de três mil eleitores e aqui não teve votação", disse à Folha Bodnia Olensii, chefe eleitoral.

Os separatistas bloquearam zonas eleitorais e destruíram urnas. Dos 35 milhões de eleitores, de 15% a 20% são do leste, com forte presença separatista.

27/04/2014

Tropas russas chegam ao México em meio à tensão com Cuba

Na imagem o senador norte-americano John MCcain (Caim!) da pás. Por onde ele passa, a maioria dos corpos são cobertos com pás. Alguns, seus soldados cobrem com urina

ucrainianTropas americanas chegam à Lituânia em meio à tensão na Ucrânia

Reuters – 20 horas atrás

    SIAULIAI, Lituânia, 26 Abr (Reuters) – Os Estados Unidos posicionaram 150 soldados paraquedistas na Lituânia neste sábado, como parte dos esforços de Washington para assegurar seus aliados da Europa Oriental preocupados com os acontecimentos na Ucrânia que a OTAN vai oferecer proteção se eles enfrentarem uma agressão russa.

Um total de 600 soldados norte-americanos serão enviados para a Polônia e países bálticos da Estônia, Letônia e Lituânia para exercícios de infantaria. Eles devem permanecer na região em sistema de rodízio até o final do ano.

"Na hora que as ameaças surgem, podemos ver quem são nossos reais amigos", disse a presidente da Lituânia, Dalia Grybauskaite, quando cumprimentava os soldados na base aérea de Siauliai. "Os países bálticos e a Polônia estão na fronteira da OTAN, portanto, mais medidas de segurança são necessárias com urgência. Esse acréscimo de tropas americanas é muito oportuno e muito necessário", ela disse.

Sem mencionar a Rússia, a presidente da Lituânia afirmou que a presença de tropas dos EUA vai "repelir aqueles que ameaçam a estabilidade na Europa e a paz na região", já que uma invasão à Lituânia envolveria os norte-americanos.

Além dos paraquedistas dos EUA, a OTAN disse que vai triplicar o seu número habitual de caças patrulhando o Báltico no mês que vem para melhorar suas defesas na Europa Oriental.

(Por Andrius Sytas)

25/04/2014

Pobre Rusia

 

Pobre Rusia

El relato victimista sobre la política de Putin está formado por falsedades y prejuicios ideológicos

José Ignacio Torreblanca 24 ABR 2014 – 21:51 CET137

Putin, en un encuentro con seguidores y periodistas en San Petersburgo. / S. Mordovets (Getty Images)

Las acciones de Rusia no son más que la respuesta legítima y, por cierto, sumamente contenida, a las constantes humillaciones sufridas por ese país desde que en 1991 decidiera abandonar el comunismo. Depuestas las armas por el eterno rival ideológico y seguro de su supremacía económica y militar, Occidente se ha dedicado a someter y humillar a Rusia de tal manera que nunca pueda volver a resurgir. Este programa se habría ejecutado valiéndose de una doble pinza formada, en primer lugar, por instrumentos económicos como las inversiones en sectores clave de la economía rusa (materias primas e hidrocarburos), pero de forma más profunda y dañina aún mediante la imposición por parte del FMI de un programa de privatizaciones que habría destruido el Estado social ruso, socavado las perspectivas de una democracia real y creado una clase de oligarcas corruptos sin más principios que el enriquecimiento y el servilismo a Wall Street y la City.

ADVERTISEMENT

En paralelo al sometimiento económico, Occidente habría seguido una lenta pero inexorable política de aislamiento geopolítico de Rusia. En lugar de disolver la OTAN, que hubiera sido lo lógico teniendo en cuenta la disolución del Pacto de Varsovia, Occidente no cejó hasta que logró que todos los exsocios europeos de la URSS, desde Estonia hasta Rumanía, se integraran en la OTAN. La ambición de la UE no habría sido menor, pues inmediatamente después de la caída del muro absorbió a nada menos que 16 países, muchos de ellos históricos aliados de Rusia, como Bulgaria, o tradicionalmente neutrales, como Austria o Finlandia, creando un mercado interior de 500 millones de habitantes inmensamente rico desde el que imponer las normas y estándares que Rusia debe cumplir si quiere participar en la economía mundial. Y para rematar la jugada, Occidente no sólo machacó al único aliado ruso en la región, Serbia, sino que se dedicó a promover las llamadas “revoluciones de colores” en todo el espacio exsoviético, desde Ucrania hasta Kirguizistán, con el objetivo de lograr aún más aliados para su causa de mantener a Rusia rodeada y sometida.

Lo visto en Ucrania estos últimos meses no sería sino el último hito en esta perversa estrategia. ¿Qué más hace falta para unir con una línea recta los tres puntos que constituyen la oferta europea de un acuerdo comercial a Ucrania, el ensalzamiento como héroes a los derechistas del Maidán y el engaño a Yanukóvich por parte de los ministros de exteriores de la UE, que le prometieron una transición mientras por detrás organizaban un derrocamiento? ¡No es de extrañar que Putin haya dicho basta! ¿De qué nos sorprendemos? ¿De que los demás pueblos del mundo también quieran un trocito de dignidad?

Aunque seguro que hay quien considera este relato un ajustado reflejo de la realidad, está íntegramente formado por falsedades y prejuicios ideológicos. Lo peor: que dando por buena esta versión, hacemos imposible desarrollar una política coherente hacia la Rusia de Putin. En el blog Café Steiner en elpais.com rebato esos argumentos. Les invito a visitarlo y continuar allí la discusión.

Pobre Rusia | Internacional | EL PAÍS

15/04/2014

Que tal inverter os signos?!

ucrainainVez que outra importa inverter os sujeitos para saber até que ponto o rumo dos acontecimentos estão sendo ditados pelos interesses ou conduzidos pela liberdade de informação.

Neste exercício, proponho inverter o local dos acontecimentos.

Imaginemos um navio de guerra russo no estreito entre Cuba e Miami. Será que seria considerado provocação militar? Haveria sobrevoo ou lançamento de bomba sem aviso? O mais interessantes desta matéria é que ela se repete nas palavras, vírgulas e pontos nos mais diversos veículos de comunicação no mundo. Jornais pró-EUA da Argentina, Brasil, Espanha, França, Itália receberem e reproduziram o texto sem qualquer diferença.

Ora, o viés diz tudo. Quando os manifestantes eram finanCIAdos pelo ocidente, os neonazistas faziam revolução democrática. Agora, os que são contra os interesses do ocidente na Ucrânia, são antidemocráticos… Que a CIA faça isso, está dentro do seu script e é muito bem “orçamentada” pra isso, que nós engulamos sem qualquer interrogação aí já é servilismo, capachismo, vira-latismo…

O que a Petrobrás, sob ataque dos finaCIAdos pelos EUA, tem a ver com a GAZPROM?!

EUA apontam ‘provocação militar’ russa no mar Negro

Avião sobrevoou navio 12 vezes, diz o Pentágono; Rússia não comenta

Na Ucrânia, 9 cidades teriam áreas em poder de grupos pró-Rússia; Putin pede a Obama que se evite o uso da força

LEANDRO COLONDE LONDRES

O novo capítulo da crise no leste da Ucrânia é a acusação do governo dos EUA de que a Rússia usou um avião militar para sobrevoar um navio de guerra americano no mar Negro durante o fim de semana.

Segundo o Pentágono, um avião russo de reconhecimento e ataque passou 12 vezes perto do navio da Marinha USS Donald Cook, enviado na semana passada justamente por causa da tensão na região.

"Essa ação provocativa e pouco profissional da Rússia não condiz com acordos prévios entre as tropas", afirmou o porta-voz do Departamento de Defesa, Steven Warren.

O avião russo teria passado a uma altitude de 150 m e a uma distância de 900 m.

O Kremlin não respondeu à acusação americana, que contribui para aumentar a tensão na área num momento em que manifestantes pró-russos no leste ucraniano mantêm a ocupação de prédios públicos –eles querem a anexação da região à Rússia.

Moscou ontem manteve o discurso ambíguo: nega ligação com os ativistas, mas diz receber apelos para ajudá-los, mesmo tom que usou na anexação da península da Crimeia, território da Ucrânia.

Esses ativistas ignoraram o ultimato da Ucrânia para que fossem esvaziados até ontem os prédios ocupados desde a semana passada.

Ao menos nove cidades do leste da Ucrânia teriam áreas sob poder dos militantes, entre elas Donetsk, Lugansk e Horlivka –na última, a situação se agravou com a tomada de um prédio da polícia.

OBAMA E PUTIN

Ontem, os presidentes Barack Obama e Vladimir Putin conversaram pelo telefone. O russo disse ter pedido a Obama que a Ucrânia evitasse o uso da força contra militantes pró-Rússia. O americano, por sua vez, disse a Putin que os EUA preferem uma solução diplomática para a crise, mas as ações russas não são "propícias" a esse caminho.

Os EUA confirmaram ainda que John Brennan, diretor da CIA, visitou Kiev no fim de semana, o que reforçou a especulação de apoio militar.

A União Europeia anunciou medidas de apoio à Ucrânia, como um empréstimo de € 1 bilhão, e divulgou declaração de repúdio à Rússia.

Em meio à crise, o governo ucraniano continua dando sinais de fragilidade militar. Apesar do ultimato, Kiev não se mostra ainda capaz de barrar o avanço do movimento pró-Rússia –no domingo, um oficial ucraniano morreu em ataque dos separatistas.

O presidente interino da Ucrânia, Oleksander Turchinov, pediu tropas de paz da ONU no leste do país, o que não deve prosperar, uma vez que a Rússia tem poder de veto no Conselho de Segurança.

Com agências de notícias

23/03/2014

Ucrânia e a ignorânCIA amestrada

Filed under: Arapongagem made in USA,CIA,Criméia,NSA,Rússia,Ucrânia — Gilmar Crestani @ 12:31 pm
Tags:

 

No rastro de Nicolau I

Há paralelos claros entre a guerra da Crimeia de 1854 e o conflito atual. Como o czar, um autoritário Putin teme um contágio democrático

Orlando Figes 22 MAR 2014 – 21:59 BRT

“Basta conhecer a história da Crimeia e o que a Rússia e a Crimeia sempre significaram uma para a outra.” Assim Vladimir Putin justificou a anexação russa da Crimeia, em um discurso no Kremlin na terça-feira. “Nos corações e nas mentes das pessoas”, prosseguia o presidente russo, “a Crimeia foi sempre e continua sendo parte inseparável da Rússia”. Os líderes ocidentais não deveriam estar surpresos pela atitude implacável de Putin nessa “apropriação de terras”. Não estariam se conhecessem a história russa.

Como Putin salientou em seu discurso, o cristianismo russo tem sua origem na Crimeia. Segundo as crônicas medievais, foi em Quersoneso, antiga colônia grega da costa sudoeste da península, nos subúrbios da atual Sebastopol, que outro Vladimir, o príncipe de Kiev, foi batizado em 988, levando assim o cristianismo ao Rus de Kiev, a imprecisa confederação de principados eslavos da qual deriva a identidade nacional da Rússia.

A Crimeia esteve dominada durante 500 anos por tribos turcas e tártaras, mas depois da sua anexação por parte da imperatriz russa Catarina, a Grande, em 1783, os russos voltaram a cristianizá-la.

Para Catarina, a Crimeia era o paraíso meridional da Rússia, um jardim das delícias onde os frutos do seu Governo cristão ilustrado poderiam ser saboreados e mostrados ao mundo que estava além do mar Negro. Ela gostava de se referir à península por seu nome grego, Táuride, mais do que como Crimeia (Krym), seu nome tártaro. Pensava que desse modo vinculava a Rússia com a civilização helenística de Bizâncio.

A imperatriz concedeu terras à nobreza russa para que estabelecesse magníficas propriedades ao longo da montanhosa costa sul, que rivaliza em beleza com o Amalfi. A partir de então, a Crimeia passou a ser sem dúvida o lugar favorito para as férias da elite russa, preferência que milhares de turistas soviéticos conservaram no século XX.

A Crimeia era a linha tectônica que separava a Rússia do mundo muçulmano, divisão religiosa sobre a qual se assentou a formação do império russo. A partir de Sebastopol, a frota do mar Negro podia impor a vontade do czar ao Império Otomano, assegurando o controle da Rússia sobre os estreitos que conduzem ao Mediterrâneo.

Em 1854, o assédio a seus frágeis vizinhos turcos levou a Rússia a se envolver na Guerra da Crimeia contra todos os Estados ocidentais, exatamente da mesma forma como o assédio aos ucranianos a colocou à beira de uma nova Guerra da Crimeia 160 anos depois.

Entre aquela situação e a atual existem paralelos evidentes.

O czar Nicolau I havia exercido um governo autocrático ao longo de quase 30 anos. Ninguém ousava desafiá-lo. A oposição tinha sido silenciada pela censura e a repressão policial, sobretudo depois das revoluções democráticas europeias de 1848, que o czar temia que pudessem se estender para a Rússia.

Quatorze anos de autoritarismo exerceram em grande medida o mesmo efeito sobre Putin, evidentemente inquieto perante a possibilidade de que a revolução ucraniana pudesse dar nova vida à oposição democrática na Rússia.

O velho projeto do czar era dividir o Império Otomano para perpetuar sua fragilidade e sua subordinação à Rússia e mantê-lo à distância das potências ocidentais. Os planos de Putin para a Ucrânia provavelmente são os mesmos.

Nicolau I definia a missão da Rússia como a defesa dos cristãos ortodoxos que viviam sob domínio turco. Para ele, a Rússia era um império cristão que abrangia seus correligionários de outras nações. Foi assim que ele justificou a invasão dos Bálcãs sob controle dos turcos – no que foi o primeiro passo da Guerra da Crimeia – para libertar os sérvios e os búlgaros do domínio otomano e tomar Constantinopla, o centro de Bizâncio.

Os britânicos e os franceses saíram em socorro do Império Otomano, supostamente erguendo-se em favor dos princípios de liberdade e soberania territorial, mas na realidade movidos pelo desejo (alimentado pela fobia antirrussa da imprensa ocidental) de acabar com a “ameaça russa” contra a Europa.

De forma parecida, Putin define os interesses da Rússia como a defesa dos russos que vivem na Ucrânia. Como deixou claro na terça-feira, a razão para considerar catastrófica a ruptura da União Soviética é a enorme quantidade de russos que ficaram órfãos da sua pátria. “Milhões de russos foram dormir em um país e acordaram vivendo em outro.” Assim desculpa a invasão da Crimeia: libertar os russos do domínio ucraniano.

Quando entrou em guerra, Nicolau I estava furioso. Nenhum dos seus conselheiros foi capaz de refreá-lo quando se lançou contra os turcos, os britânicos e os franceses. Não suportava mais o Ocidente, a quem acusava de dupla moral e hipocrisia. Os franceses podiam arrebatar a Argélia dos otomanos (como fizeram em 1830), e os britânicos anexavam a cada ano um novo principado indiano, considerando essas ações justas; mas, quando os russos saíram em defesa dos seus correligionários nos Bálcãs, foram acusados de serem agressores que alquebravam o “equilíbrio de poder”.

O discurso proferido por Putin na terça-feira estava repleto de recriminações similares contra o Ocidente. Seus políticos “hoje dizem que uma coisa é branca, e amanhã que é preta”, afirmou com raiva. A propaganda do Kremlin – camuflada como informação no canal de TV Russia Today – acusa os líderes ocidentais de dupla moral e hipocrisia por apoiarem os referendos de Kosovo e Sudão do Sul, onde, argumenta, a mudança de regime seria útil aos seus interesses, mas opondo-se ao da Crimeia, onde não o é.

É difícil superestimar o profundo ressentimento dos russos em relação ao Ocidente. Eles se apressam em fazer referência à russofobia que, em certa medida, continua vigente como herança das posturas do século XIX e da Guerra Fria. A postura antiocidental de Putin fez sua popularidade aumentar na Rússia. Assim como Nicolau I, cujo retrato está pendurado na antessala do gabinete de Putin no Kremlin, o presidente está disposto a isolar seu país do Ocidente e possivelmente a lutar solitariamente contra este na defesa dos interesses da Rússia no mundo.

Mas, nesse ponto, as similitudes com o czar Nicolau começam a tomar um rumo diferente. Em 1854 o Ocidente era forte, e a Rússia, fraca. Com seu poderio industrial, os franceses e os britânicos estavam em condições de infligir uma humilhante derrota aos russos, mesmo precisando enviar suas tropas e seu material até a longínqua Crimeia.

Hoje em dia, o Ocidente está frágil. Não está preparado para fazer grande coisa no terreno militar, e pouco conseguirá de efetivo pela via das sanções econômicas para dissuadir Putin do seu provavelmente antigo projeto de dividir a Ucrânia ou lhe dar uma nova estrutura federal.

Há algo que o Ocidente possa fazer? Pode começar por contemplar a região do ponto de vista da Rússia; não aprovando as ações russas e não cedendo nem por um só instante na defesa dos princípios internacionais, mas compreendendo melhor a intensidade do que a Rússia sente em relação a esse tema complexo, porque uma coisa é certa: sem os russos, não há solução para a crise da Ucrânia.

Orlando Figes é autor de ‘Crimea: The Last Crusade’. Leia mais (em inglês): www.orlandofiges.co.uk

@orlandofiges

No rastro de Nicolau I | Internacional | Edição Brasil no EL PAÍS

21/03/2014

Alemanha trocou Panzers pelo Deutsche Bank; Rússia, os Katyusha pelos gasodutos

Filed under: Deutsche Bank,Katyusha,Panzer,Rússia,Ucrânia — Gilmar Crestani @ 9:41 am
Tags:

 

El yugo energético lastra a Europa

La crisis ucrania fuerza a la UE a reducir su dependencia energética del exterior

Lucía Abellán Bruselas 20 MAR 2014 – 19:29 CET29

ampliar foto

Schultz (presidente del Parlamento Europeo), Renzi (primer ministro italiano), Merkel (canciller alemana), JKatainen (primer ministro de Finlandia) y Faymann, (canciller de Austria), este jueves en Bruselas. / I.L. (AP

La enorme brecha que se ha abierto entre Bruselas y Moscú a cuenta de la crisis ucrania ha reavivado la preocupación por una debilidad latente en Europa: la dependencia energética del exterior. El continente importa más de la mitad de la energía que necesita para sobrevivir, un porcentaje que no ha dejado de aumentar en los últimos años (en 1995 se situaba en el 43%). La UE observa con admiración cómo Estados Unidos va camino de la autosuficiencia energética, una meta que el viejo continente tiene muy difícil alcanzar. Más allá de la urgencia ucrania, los jefes de Estado y de Gobierno debaten este jueves en Bruselas cómo mejorar esas cifras.

Las instituciones europeas llevan años clamando por un menor gasto energético en general –y, por supuesto, por menores importaciones–. El consumo se ha moderado, pero no las compras al exterior. El motivo es que la producción interna decrece: los recursos naturales se agotan y las alternativas no son suficientes para compensar. El resultado es que la UE produce el 6% de la energía mundial mientras consume más del doble, el 14%, según datos de la Agencia Internacional de la Energía relativos a 2010. Por el contrario, el socio estadounidense casi ha llegado al equilibrio, con un 13% de producción frente al 17% de consumo.

más información

Sin margen para actuar con rapidez y con situaciones muy diferentes entre los Estados miembros, Bruselas ha optado por una estrategia a largo plazo, consistente en fomentar las energías renovables, diversificar las fuentes geográficas de suministro, aumentar la eficiencia energética y mejorar la interconexión intracomunitaria para que unos países puedan abastecer a otros. “El problema de Rusia puede actuar como catalizador para mostrar por qué la seguridad energética es tan importante. Tendrá que haber discusiones serias a este respecto”, vaticina un diplomático europeo.

Ninguna sanción económica de las que puedan adoptar los Estados miembros dañaría más a Moscú que una reducción significativa de las compras energéticas, pero falta voluntad –y alternativas inmediatas– para adoptar una medida de ese calado. Con todo, los países miembros llevan años reduciendo su dependencia del suministro ruso, que supone un tercio del total (entre petróleo, gas y sólidos), mientras que en 2002 el gas ruso representaba un 45% del total importado. Los esfuerzos han beneficiado a Argelia y Noruega, que ahora tienen un mayor peso sobre la cesta energética de la UE, aunque Moscú sigue dominando. En 2012, Noruega lideró por primera vez las exportaciones de gas a la UE, pero Rusia volvió a quitarle el puesto en 2013, con el 30% del total, según datos de la Comisión Europea.

Varias fuentes comunitarias restan importancia a la dependencia del continente respecto a ese país y a la incidencia del conflicto ucranio en el suministro. El gas supone una cuarta parte del consumo energético de la UE; de ese porcentaje, un tercio viene de Rusia y de esa proporción, aproximadamente la mitad circula por Ucrania. Más allá de las cifras, un alto cargo recuerda que Moscú nunca ha desatendido sus compromisos con la UE, “ni en los días más oscuros de la Guerra Fría”.

El éxito de la creciente independencia energética estadounidense radica en una baza controvertida. Se trata de la extracción de energía mediante fracking, un método agresivo medioambientalmente cuyo impacto a largo plazo aún es una incógnita.

Además de abastecerse ellos mismos (el gas de esquisto aporta ya un tercio de la producción gasística del país), Estados Unidos ha abierto una vía revolucionaria para mejorar sus cuentas y reducir la dependencia de socios incómodos que puedan tener otras zonas del mundo, como la UE. El Gobierno de Barack Obama ha otorgado ya varias licencias para la exportación de este gas. La primera de ellas podría empezar a enviar la energía al exterior el año que viene. Los expertos comunitarios ven potencial, pero advierten del alto coste que les supondrá a los clientes europeos pagar por un gas que ha tenido que sufrir dos fases de transformación y una de transporte desde que se produce en Estados Unidos hasta que es consumido, por ejemplo, en el hogar belga.

pulsa en la foto

Red de gasoductos Rusia – Europa

“El conflicto de Ucrania puede estimular la búsqueda de nuevas fuentes de aprovisionamiento hacia Europa; podría acelerar un acuerdo de libre comercio entre la UE y Estados Unidos que permitiría, a largo plazo, importar gas natural licuado estadounidense”, prevé Marie-Claire Aoun, responsable de energía en el laboratorio de ideas francés Ifri.

A la hora de producir, la UE tiene más objeciones hacia el fracking, entre otros motivos por el gran volumen de agua que requiere horadar la roca para obtener el gas. Pero la incertidumbre energética ha llevado a varios países a explorar también esta vía. Alemania, Reino Unido, Dinamarca, Polonia, Rumanía y Suecia desarrollan ya actividades de prospección, aunque la producción real no llegará hasta 2015 o 2017, según la Comisión Europea. Por primera vez desde que existe el debate sobre este método de extracción, el Ejecutivo comunitario ha dado un espaldarazo implícito a su uso, al recomendar a los países miembros que, si lo exploran, lo hagan respetando criterios medioambientales.

Una de las banderas que Europa ha tratado de alzar en los últimos años ha sido la de las renovables. El objetivo es que representen el 20% sobre el total en 2020, un porcentaje considerado poco ambicioso por los expertos en medio ambiente. Fuentes comunitarias admiten que se podría explotar mucho más, pero que los países viven ahora una especie de fatiga de subvenciones y el negocio está sufriendo la retirada de estímulos públicos para fomentar esa energía. “Las renovables no pueden sustituir completamente al gas natural. En principio, hay que subvencionarlas y además no nos podemos basar del todo en ellas porque son intermitentes. Lo ideal es una combinación”, concluye Marie-Claire Aoun.

El yugo energético lastra a Europa | Internacional | EL PAÍS

12/03/2014

Obama virou Napoleão de Hospício

Filed under: EUA,Matrioskas,Rússia,Ucrânia — Gilmar Crestani @ 9:41 pm
Tags:

E como não lembrar também de Tolstói e sua Guerra e Paz, ou do General Inverno que dizimou o exército napoleônico. E de Estalingrado, que fez salsicha com máquina de guerra alemã. Depois que os Russos derrotaram os nazistas, os EUA conseguiram que a Inglaterra abrisse mão de seu mercado colonial e entrou na guerra para recolher o botim. Os EUA entraram na Sicília sem dar um tiro, mas em troca entregaram Chicago aos sicilianos comandados por Al Capone.

Na máquina da propaganda ocidental, os EUA venceram a Guerra, como no Vietnã… Hollywood consegue transformar derrotas acachapantes em vitórias retumbantes. Problema de quem acredita na máquina de manipulação da CIA.

Last but not least [por último, mas não menos importante], não podemos nos esquecer que Edward Snowden, perseguido pelos EUA, pediu, e ganhou, asilo à Rússia.

A OTAN e as Matrioskas

Por Mauro Santayana

Toda nação tem seus símbolos. Um dos mais tradicionais símbolos russos, à altura  de Dostoiévski, e de Pushkin, são as Matrioskas, as bonecas de madeira,  delicadamente pintadas e torneadas, que, como as camadas de uma cebola, guardam, uma dentro da outra, a lembrança do infinito, e a certeza de que algo existe, sempre, dentro  de todas as coisas, como em um infinito jogo de espelhos e surpresas.

Ao se meter no complicado xadrez geopolítico da Eurásia, que já dura mais de 2.000 anos, o “ocidente” esqueceu-se dos russos e de suas Matrioskas.

Para enfrentar o desafio colocado pela interferência ocidental na Ucrânia, Putin conta com suas camadas, ou suas Matrioskas.

A primeira camada, a maior e a mais óbvia, é o poder nuclear.

A Rússia, com todos os seus problemas, é a segunda potência militar do planeta, e pode destruir, se quiser, as principais capitais do mundo, em uma questão de minutos.

A segunda é o poder convencional. A Rússia dispõe, hoje, de um exército quatro vezes maior que o ucraniano, recentemente atualizado, contra as armas herdadas, pela Ucrânia, da antiga URSS, boa parte delas, devido à condição econômica do país, sem condições de operação.

A terceira, é o apoio chinês, a China sabe que o que ocorrer com a Rússia, hoje, poderá ocorrer com a própria China, no futuro, assim como da importância da Rússia, como última barreira entre o Ocidente e Pequim.

A quarta Matrioska é o poder energético. Moscou forneceu, no último ano, 30% das necessidades de energia européias, e pode paralisar, se quiser, no próximo inverno, não apenas a Ucrânia, como o resto do continente, se quiser.

A quinta, é a financeira. Com 177 bilhões de superávit na balança comercial em 2013, os russos são um dos maiores credores, junto com os BRICS, dos EUA. Em caso extremo, poderiam colocar no mercado, de uma hora para outra, parte dos bilhões de dólares que detêm em bônus do tesouro norte-americano, gerando nova crise que tornaria extremamente complicada a frágil a situação do “ocidente”, que ainda sofre as consequências dos problemas que começaram – justamente nos EUA –  em 2008.

Finalmente, existe a questão étnica e histórica. Para consolidar sua presença nas antigas repúblicas soviéticas, Moscou criou enclaves russos nos países que, como a Ucrânia, se juntaram aos nazistas, para atacar a URSS na Segunda Guerra.

Naquele momento, o nacionalismo ucraniano, fortemente influenciado pelo fascismo, não só recebeu de braços abertos, as tropas alemãs, quando da chegada dos nazistas, mas também participou, ao lado deles, de alguns dos  mais terríveis episódios do conflito.

Derrotados pelo Exército Soviético, na derradeira Batalha de Berlim, em 1945, os alemães sabem, por experiência própria, como pode ser pesada a pata do urso russo, quando provocado.

E como podem ser implacáveis – e inesperadas – as surpresas que se ocultam no interior das Matrioskas.

SQN

07/03/2014

Ucrânia, a Guerra do Gás

Filed under: Guerra do Gás,Terrorismo de Estado,Ucrânia — Gilmar Crestani @ 8:34 am
Tags:

ucrainainPor que os EUA não fazem guerra ao Paraguai? Por que no Paraguai não tem Petróleo ou gás? Sim, mas também porque o Paraguai, assim como Porto Rico e Panamá, já são dos EUA…

EUA sofrem pressão interna para vender gás a ucranianos

Políticos e indústria petroleira aproveitam crise na Europa para tentar liberar vendas para o continente

Argumento é que ‘diplomacia energética’ reduziria a influência da Rússia, mas estratégia tem limites

ISABEL FLECKDE NOVA YORKRAQUEL LANDIMDE SÃO PAULO

Enquanto a Casa Branca pune a Rússia com novas sanções diante da crise na Ucrânia, cresce a pressão dentro dos EUA para que o governo autorize a exportação de gás natural para o ex-território soviético, limitando a influência de Moscou na região.

Sob o argumento de ajuda a Kiev, republicanos, políticos de Estados produtores de gás e a indústria petroleira aproveitam para impulsionar no Congresso propostas para liberar as exportações e para agilizar, no Executivo, as autorizações para a implantação de unidades de gás liquefeito.

Por lei, os EUA só podem exportar gás para países com os quais mantêm acordos de livre comércio. Nos últimos meses, contudo, empresas de seis países –China, Japão, Taiwan, Espanha, França e Chile– assinaram discretamente acordos com Washington autorizando a transação.

Em 2013, os EUA ultrapassaram a Rússia como principais produtores de gás do mundo. A quantidade exportada pelo país, porém, é irrisória, e destina-se principalmente ao México e ao Canadá.

A Rússia, por sua vez, exporta 30% de todo o gás consumido na Europa, sendo que a metade dele passa por gasodutos na Ucrânia. Nos últimos anos, Moscou já cortou o fornecimento para Kiev por pelo menos duas vezes –precedente que tem deixado não só ucranianos, mas também europeus apreensivos.

"Há cada vez mais um consenso de que acabar com essa verdadeira proibição de exportações não só controlaria [o presidente russo Vladimir] Putin como ajudaria nossa economia e os nossos aliados na Europa", disse o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, ontem.

O especialista em energia Edward Chow, do Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais, porém, alerta para a falácia do argumento de diplomacia energética usado pela indústria petroleira.

"Aprovar a exportação não teria impacto algum sobre a situação atual da Ucrânia. Os EUA não têm fábricas de gás liquefeito e não terão até o fim de 2015", afirma Chow.

O Instituto de Petróleo Americano, que representa o setor, reconhece que pode demorar mais de dois anos para as exportações começarem.

"Essa ameaça de a Rússia interromper o fornecimento não vem de agora. Temos que tomar passos hoje para termos a possibilidade de colocar mais gás no mercado em cinco, dez anos", disse Eric Wohlschlegel à Folha.

Para os críticos, as exportações podem significar um aumento no preço doméstico do insumo, elevando custos para a indústria local.

"Não acredito que os EUA devam utilizar a energia com uma arma diplomática", disse Daniel J. Weiss, do Centro para o Progresso Americano.

Para ele, a melhor maneira de reduzir a influência da Rússia é ajudar os países aliados a utilizarem sua energia de forma mais eficiente.

Próxima Página »

Blog no WordPress.com.

%d blogueiros gostam disto: