Ficha Corrida

15/12/2014

Tá nem aí!

Filed under: Aécio Neves,AécioPorto,Ditadura,Tancredo Neves,Tancredo Tolentino — Gilmar Crestani @ 8:20 am
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aecioxivSim, objetivo, direto!

Avisa lá!

Alguém precisa avisar ao Aécio Neves que a eleição acabou e que ele perdeu. Sua turma foi derrotada pela quarta vez, eu sei, admito que o cotovelo esteja latejando por causa daquela dor quase insuportável, a dor do despeito, mas é a vida. O garoto mimado precisa aceitar que não vai ter seu brinquedo porque fez arte. Construir aeroporto na fazenda do titio é muito feio…
Com suas declarações ressentidas, o príncipe tucano de Angra dos Reis incentiva essa turminha que só tem meio neurônio em funcionamento a ir para a rua pedir a volta da ditadura militar. Aécio sabe disso e, no entanto, continua a não reconhecer a derrota e a atirar lama no governo, que agora é de todos os brasileiros e não só dos mais de 54 milhões que votaram em Dilma Rousseff.
O que não surpreende é a imprensa privada dar espaço a esse chororô de mau perdedor, afinal foi durante os anos de chumbo que os impérios da mídia se solidificaram.
Será que Aécio gostaria da volta da ditadura? Tudo bem que o avô que ele gosta tanto de citar como exemplo sempre soube compor com os generais. Tancredo jamais foi perseguido ou preso (torturado nem se fala). Não precisou deixar o país, não ficou sem emprego nem sem mandato durante os 21 anos do arbítrio. E, para coroar sua oposição de mentirinha ao regime militar, foi o escolhido para ser o primeiro presidente civil. Um cara confiável.
Deve ser por isso que Aécio Neves não se importa em incentivar a direita mais bitolada a ir para a rua pedir o impeachment de uma presidente eleita limpamente pela maioria dos brasileiros aptos a votar.
Aliás, alguém que usa seus conhecimentos com donos de jornal para pedir a cabeça de repórteres impertinentes com certeza se sentiria à vontade sob o manto verde-oliva.
Porque se a ditadura voltasse, ele e os magnatas monopolistas que o carregam nos ombros teriam a mesma vida boa que tiveram entre 1964 e 1985. Comprariam os generais corruptos com seus bilhões. Continuariam acumulando poder econômico e ampliando seus monopólios. Arrochando salários em suas empresas e condenando a massa trabalhadora a uma semi-escravidão.
Lembra quanto era o salário mínimo no governo militar? 90 dólares. R$ 190 em valores de hoje.
Se a ditadura voltasse, o Ministério Público jamais apontaria um dedo para o governo. As negociatas correriam muito mais soltas, beneficiando o clube de janotas que sustentaria a repressão.
A miséria voltaria a aumentar, a migração do campo para as cidades seria novamente a tônica.
E construir um aeroporto na fazenda do titio com dinheiro público não daria o menor problema.

Rio Acima, por Marcelo Migliaccio!

09/08/2014

Narcotráfico?

aecioporto 100servonha -ayres-brittoÉ só ligar os pontos. Quem deu a dica foi a ADPF. A rota passa por Minas. Graças à infraestrutura. E aos consumidores.

Quem é o personagem por trás do “Pó pará, Governador!”? De onde era o helipóptero? Com quem ele confraterniza os gols do Cruzeiro?

Por que uma tapioca do Orlando Silva paga com cartão corporativo ocupa 8 minutos no Jornal Nacional e os 450 kg de cocaína evapora sem deixar pó?

Zezé Perrella vive em que Estado é quem é seu melhor amigo? Por Juiz de Fora virou centro de distribuição de droga para o Nordeste?

Quem era o governador de Minas quando aquele estado desenvolveu o ProAero para construir aeroportos particulares em terra de familiares?

Há jornais em Minhas? Se tem, porque Aécio não é notícia?

Se o primo de Lula fosse traficante e Lula construísse um aeroporto nas terras dele, o que diriam as cinco irmãs (Folha, RBS, Estadão, Veja & Globo)?

Por que a mídia não procura o primo de Aécio?

Postado em 08 ago 2014 – por : Paulo Nogueira

Os primos

Os primos

Pobre jornalismo. Pobre público. Pobre Brasil.

Soubemos, pela Folha, que Aécio mandou construir um aeroporto num terreno que pertencia a seu tio, na cidade de Cláudio, em Minas.

Soubemos também que, embora pretensamente público, o aeroporto ficava fechado.

Segundo a Folha, a chave está, ou estava até a denúncia, nas mãos de um primo de Aécio, Tancredo Tolentino, o Quedo.

Se a mídia tivesse qualquer interesse em aprofundar essa história, um passo básico seria mostrar quem é esse primo. E ouvi-lo.

Em circunstâncias normais, isso seria mandatório no bom jornalismo.

Agora: quando o primo em questão tem a história que Tancredo tem, passa a ser um acinte não colocar holofotes nele.

Já que estamos falando de chave, Tancredo é o que popularmente se chama de chave de cadeia.

Dois anos atrás, ele foi um personagem central numa reportagem do Fantástico sobre a venda de sentenças judiciais que beneficiaram traficantes na região onde se localiza o aeroporto de Aécio.

Note: não havia nenhuma menção na reportagem ao fato de que Tancredo é primo de Aécio, como se isso não fosse notícia.

Notícia é realmente subjetivo, neste mundo em que vivemos. Imagine se Tancredo fosse primo de Lula. A cada parágrafo seríamos lembrados do parentesco.

No vídeo do Fantástico, Tancredo aparece fazendo a ponte entre o advogado dos traficantes presos e o desembargador que os soltou, Hélcio Valentim, amigo seu.

A Polícia Federal cedeu ao Fantástico um vídeo com a confissão, em detalhes, de Tancredo.

Ele cobrou 150 mil reais dos traficantes pela sentença. E repassou 40 mil, um detalhe que não foi explorado pelos repórteres do Fantástico.

Quedo ficou, portanto, com 110 mil reais. Ficaria com 105 mil, ao que parece. Separou 45 mil para entregar a Valentim, agrupados em maços de 5 mil.

Mas, na hora de dar o dinheiro, ele pegou um maço e guardou para si mesmo. Talvez tenha dito que aquela era sua comissão, e que os presos tinham topado pagar 45 mil.

A reportagem do Fantástico diz que Quedo acabou por ser preso, e depois solto. Estava respondendo ao processo em liberdade quando o programa foi ao ar.

Bizarrice entre as bizarrices, ele tentou, mesmo enroscado com a polícia e com a justiça, se candidatar a prefeito de Cláudio em 2012. Como se fosse um ambientalista, seu partido era o Verde. Foi impugnado com base na Lei da Ficha Limpa.

A venda de sentenças beneficiou três traficantes. Valentim concedeu a eles habeas corpus. Quando o Fantástico foi ao ar, em dezembro de 2013, todos eles estavam foragidos.

Quedo, fisicamente, não poderia ser mais diferente de seu primo. É obeso, careca e, como mostram suas imagens, evidentemente desleixado.

Um é claramente vaidoso, e o outro é sinônimo de desmazelo.

Ao lado de Aécio, ele poderia passar por seu jardineiro, ou motorista.

Mas, acima de tudo, Quedo é notícia.

Numa região marcada pelo tráfico, e com sua frouxidão moral aliada a uma ganância sem freios, que utilização Quedo poderia dar a um aeroporto controlado por ele?

Nas especulações que varrem a internet, o helicóptero dos Perrellas é intensamente citado.

Aécio é amigo dos Perrellas. E Quedo, também é? Ninguém na mídia pareceu interessado em verificar isso, e em eventualmente seguir adiante.

Quedo é um personagem fascinante. Mas a mídia – incluída a Folha, que trouxe o caso do aeroporto mas parece pouco empenhada em dar seguimento à história – finge que não é.

Pior: finge que ele não existe.

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Paulo Nogueira

Sobre o Autor

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

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