Todo vez que o midiota me cutuca para falar da ditadura cubana, lembro-lhe do documentário SOS Saúde do Michael Moore. O polêmico e premiado documentarista norte-americano mostrou a diferença entre Cuba e EUA. Por ela se entende porque Cuba aguenta 50 anos de bloqueio econômico, mas os EUA não aguentariam, como diria Ricardo Darín, bloqueio de cocaína por uma semana.
Nossos vira-latas não se contentam em tirar os sapatos para entrarem nos EUA. Adoram se vangloriarem de que preferem lavar pratos nos EUA do que trabalhar no Brasil. Direito deles. Mas aqui são brasileiros, lá, por mais pratos que lavem, serão sempre cucarachas.
Obama e Raúl Castro conversam na véspera da visita do Papa Francisco
É a terceira conversa telefônica entre os artífices da histórica retomada de relações
Silvia Ayuso Washington 18 SEP 2015 – 21:10 BRT
Obama conversa por telefone com Raúl Castro nesta sexta-feira. / Pete Souza (The White House)
Barack Obama e Raúl Castro voltaram a conversar. Foi por telefone na sexta-feira, poucas horas antes da chegada em Havana do Papa Francisco, mediador entre os governos dos Estados Unidos e de Cuba para negociar a aproximação que os dois realizaram nos últimos nove meses.
A conversa telefônica, cuja duração não foi revelada, manteve o foco na visita do Papa tanto a Cuba como, imediatamente depois, aos EUA. Os dois presidentes reconheceram a “contribuição” de Jorge Bergoglio e “no papel do Papa Francisco no avanço das relações entre os dois países”, na “nova etapa” que ambos estão empreendendo, segundo comunicados iguais da Casa Branca e de Havana.
Os dois Governos também indicaram que Obama e Castro discutiram detalhes do processo de normalização em curso desde dezembro. Ambos falaram sobre os “passos que EUA e Cuba podem dar, juntos e individualmente, para avançar a cooperação bilateral, mesmo que ainda continuarmos com diferenças sobre questões importantes, que serão discutidas de forma franca”, afirmou a Casa Branca.
A conversa por telefone, a terceira desde dezembro – Obama e Castro também se reuniram no Panamá em abril –, aconteceu horas depois que o Governo dos EUA anunciou uma nova série de medidas ordenadas por Obama que aliviam ainda mais as restrições impostas pelo embargo dos EUA às viagens e ao comércio com a ilha.
De acordo com Havana, sobre isso Castro “sublinhou a necessidade de aprofundar seu alcance e de eliminar definitivamente a política de bloqueio para o benefício dos dois povos.” Ainda assim, o presidente cubano “ratificou” a Obama “a vontade de Cuba de avançar nas relações com os Estados Unidos, com base no respeito e igualdade soberana”.
Obama e Castro vão se encontrar de novo no final de setembro em Nova York, onde ambos participam na Assembleia Geral da ONU. O presidente dos EUA falará na manhã de segunda-feira, 28, enquanto Castro, que participará pela primeira vez da ONU, vai falar no mesmo dia, mas à tarde. Nem Washington nem Havana quiseram confirmar se vai acontecer um novo encontro bilateral, apesar de que nenhum dos dois lados descarta algum tipo de “interação” entre os dois.