Ficha Corrida

18/05/2015

Ronaldo: Caiado por fora; podre por dentro

Filed under: DEMo,Luciana Cardoso,PSDB,Ronaldo Caiado,Senado — Gilmar Crestani @ 9:18 am
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Quando um burro cavalga é porque há um desvio da natureza. E não se pode falar em natureza quando se fala de seu maior inimigo. É por isso que todo venenoso defende  agrotóxicos. O moralismo rastaquera da oposição é o moralismo de perdedor. Nada de novo no front. A filha do FHC, Luciana Cardoso (leia abaixo a matéria da Folha de 27/03/2009) não hibernou por anos, lotada no gabinete do Senador Demóstenes Torres(aquele que se fosse petista estaria preso) , mas em casa recebendo do Senado?! Não estes os que alimentam a marcha dos zumbis, o MBL os cheiradores de carteirinha?! Não são eles os heróis da Veja, da Rede Globo, da RBS, da Gerdau, de todos os hidrófobos golpistas?! Não são eles que estão sempre de dedo em riste para acusar o governo de corrupção?! Claro, como diz o ditado, a melhor defesa é o ataque. Atacam para se defenderem.

Estivesse no PSDB/DEM, Fernandinho Beira-Mar seria apenas mais senador gazeteiro e frequentaria a parte de baixo do ranking da Veja

caiadoServidora atua em escritório particular de senador do DEM

Funcionária registrada no gabinete de Ronaldo Caiado trabalha na sede de apoio de suas fazendas, em Goiânia

Parlamentar possui um escritório político na cidade, como permite o Senado, mas em um outro endereço

RUBENS VALENTEENVIADO ESPECIAL A GOIÂNIA E CAMPINORTE (GO)

Pouco antes das 14 horas do dia 9 de abril, a servidora do Senado Meiry Rosa de Oliveira, nomeada pelo senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), cumpriu sua rotina de parar o carro no estacionamento privativo e abrir o cadeado do escritório localizado em uma casa na rua 26, em Goiânia (GO), onde trabalha.

Duas semanas depois, a Folha encontrou a assessora novamente no local.

O escritório político informado por Caiado à direção do Senado, porém, fica em outro endereço. Pelas regras da Casa, assessores dos senadores nos Estados devem trabalhar nos escritórios políticos indicados previamente ao Senado pelos congressistas.

O prédio em que Meiry atua é o escritório de apoio às fazendas de Caiado, também frequentado por seu irmão, Rondon, que, segundo a assessoria do senador, auxilia na administração das propriedades rurais da família. Caiado declara ter sete fazendas no interior de Goiás.

Segundo Meiry, o escritório particular também é usado para cuidar dos negócios do senador do DEM.

"Escritório financeiro dele, no geral. (…) Cuida de todas as finanças, de todos os pagamentos dele."

Em entrevista à Folha, Caiado disse que o escritório das fazendas não é o local fixo de trabalho da assessora.

"Então, esse assunto, onde ela fica, isso é uma coisa muito relativa. Ela despacha comigo na minha casa, despacha comigo no escritório político, despacha comigo no escritório [em] que você viu meu irmão. Agora, falar que ela é fixa naquele local, isso não procede", disse.

Caiado confirmou que o escritório frequentado por Meiry também cuida dos assuntos das fazendas. "Ali, eu e meu irmão, nós temos vários negócios de família, (…) assuntos que ficaram em comum", disse o senador.

Caiado também informou que tem nove assessores morando em cidades do interior do Estado. Segundo o senador, eles encaminham relatórios de trabalho e periodicamente vão a Goiânia para participar de reuniões.

 

Luciana Cardoso, filha de FHC

ESPALHADO

O gabinete dividiu o Estado em nove regiões, nas quais vive e trabalha cada um dos assessores. Em ofício ao Senado em março, Caiado informou que mantém apenas um escritório de apoio em Goiás, na rua 1.130, em Goiânia, a cerca de 2 km do escritório das fazendas.

Em 2009, após o escândalo dos atos secretos, o Senado procurou moralizar a situação dos assessores nos Estados. Em ato próprio, a Comissão Diretora estabeleceu que os senadores podem criar "escritórios de apoio" nos Estados, mas os endereços precisam ser comunicados por escrito.

O ato não prevê punições, no entanto deve ser obedecido por todos os gabinetes. Em caso de descumprimento, o Ministério Público pode ajuizar ações de improbidade e buscar ressarcimento aos cofres públicos.

A Folha indagou ao Senado onde devem trabalhar assessores dos senadores nos Estados. A Casa respondeu: "O servidor deve prestar serviços nessa unidade ou, alternativamente, em outra, caso o senador tenha mais de uma unidade no Estado".

Falando em tese, sem saber do caso concreto, três senadores disseram à reportagem que o Senado impede que assessores vivam e trabalhem em municípios que não contam com escritórios políticos previamente informados à Casa.

"O Senado é uma bagunça"

Funcionária do Senado para cuidar "dos arquivos" do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), Luciana Cardoso, filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, diz que prefere trabalhar em casa já que o Senado "é uma bagunça". A coluna telefonou por três dias para o gabinete, mas não a encontrou. Na última tentativa, anteontem, a ligação foi transferida para a casa de Luciana, que ocupa o cargo de secretária parlamentar. Abaixo, um resumo da conversa:

FOLHA – Quais são suas atribuições no Senado?
LUCIANA CARDOSO –
Eu cuido de umas coisas pessoais do senador. Coisas de campanha, organizar tudo para ele.

FOLHA – Em 2006, você estava organizando os arquivos dele.
LUCIANA –
É, então, faz parte dessas coisas. Esse projeto não termina nunca. Enquanto uma pessoa dessa é política, é política. O arquivo é inacabável. É um serviço que eternamente continuará, a não ser que eu saia de lá.

FOLHA – Recebeu horas extras em janeiro, durante o recesso?
LUCIANA –
Não sei te dizer se eu recebi em janeiro, se não recebi em janeiro. Normalmente, quando o gabinete recebe, eu recebo. Acho que o gabinete recebeu. Se o senador mandar, devolvo [o dinheiro]. Quem manda pra mim é o senador.

FOLHA – E qual é o seu salário?
LUCIANA –
Salário de secretária parlamentar, amor! Descobre aí. Sou uma pessoa como todo mundo. Por acaso, sou filha do meu pai, não é? Talvez só tenha o sobrenome errado.

FOLHA – Cumpre horário?
LUCIANA –
Trabalho mais em casa, na casa do senador. Como faço coisas particulares e aquele Senado é uma bagunça e o gabinete é mínimo, eu vou lá de vez em quando. Você já entrou no gabinete do senador? Cabe não, meu filho! É um trem mínimo e a bagunça, eterna. Trabalham lá milhões de pessoas. Mas se o senador ligar agora e falar "vem aqui", eu vou lá.

FOLHA – E o que ele te pediu nesta semana?
LUCIANA –
"Cê" não acha que eu vou te contar o que eu tô fazendo pro senador! Pensa bem, que eu não nasci ontem! Preste bem atenção: se eu estou te dizendo que são coisas particulares, que eu nem faço lá porque não é pra ficar na boca de todo mundo, eu vou te contar?

03/02/2013

É dando que se recebe

Filed under: Flexa Ribeiro(PSDB),Isto é PSDB!,Renan Calheiros,Senado — Gilmar Crestani @ 1:10 pm

Mas só não vale quando é para o PT! É o tal de monopólio, também conhecido como reserva de mercado…

Jogo de compadres: Aécio deu vitória a Renan e PSDB ficou com o cofre do Senado

Terminada a votação para presidência do Senado, a máscara do senador Aécio Neves (PSDB-MG) caiu, revelando um jogo de compadres. A TV Senado pegou em flagrante o tucano dando um caloroso abraço no vencedor Renan Calheiros (PMDB-AL) e o resultado garantiu para o PSDB um lugar na mesa do Senado para o correligionário Flexa Ribeiro (PSDB-PA), contrariando a regra de deixar fora da mesa quem vota em desacordo com a proporcionalidade das bancadas.
O PMDB ameaçava não apoiar Flexa Ribeiro no posto se houvesse 22 ou 25 votos do lado que Taques. Com a baixa votação do “anticandidato”, o senador tucano do Pará conseguiu ser escolhido com 58 votos, sem problemas, para o poderoso cargo.
E não é um lugar qualquer. É a cobiçada primeira secretaria, apelidada de “prefeitura” da Casa, porque administra licitações e contratos. Com isso, os tucanos ficaram com a chave do cofre do Senado. Um orçamento de R$ 3,5 bilhões por ano, maior do que a maioria das capitais brasileiras, inclusive cidades com mais de 2 milhões de habitantes.
O novo "guardião" da chave do cofre do Senado já foi preso pela Polícia Federal em novembro de 2004 na Operação Pororoca. Flexa Ribeiro e 27 empresários foram acusados de fraudes em licitações públicas no Amapá e no Pará. Uma das empresas beneficiadas pelo esquema era a Engeplan, da qual o tucano era sócio.
Além de controlar grandes licitações de obras, serviços de segurança, transporte, alugueis de veículos, limpeza, fornecedores, etc, o cargo permite fazer contratos como aquele que proporcionava pagamentos mensais para o jornalista Ricardo Noblat (que cobre o noticiário do Senado) para fazer um programa semanal de jazz na Rádio Senado.
Moral da história: no Jornal Nacional Aécio apresentou-se como se estivesse apoiando Taques. Nos bastidores entregou o jogo a Renan, naquele melhor estilo de jogo combinado entre compadres, para garantir o estratégico controle do cofre do Senado para os tucanos, coisa que prenuncia ser de grande valia no financiamento da campanha de 2014 além de "otras cositas más". (Com informações do Congresso em Foco e TV Senado).

Os Amigos do Presidente Lula

02/02/2013

Empossado, Renan pode dar o troco em Gurgel

Filed under: Renan Calheiros,Roberto Gurgel,Senado — Gilmar Crestani @ 9:27 am

E por aí se entende toda uma histeria contra Renan Calheiros…

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Depois de o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apresentar denúncia ao STF contra o peemedebista a uma semana de sua eleição para a presidência do Senado, Renan Calheiros tem a chance de dar o troco: como presidente do Senado, ele tem em mãos uma representação feita pelo senador Fernando Collor (PTB-AL) que pede a abertura de processo de impeachment contra Gurgel no caso do bicheiro Carlinhos Cachoeira

2 de Fevereiro de 2013 às 05:53

247 – A denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) não chegou a impedir a eleição do peemedebista à presidência do Senado nesta sexta-feira, mas foi motivo de grande constrangimento. Antes mesmo de assumir oficialmente sua candidatura, nesta quinta-feira, o senador teve de se explicar sobre um caso que estava há dois anos nas mãos do procurador-geral e foi encaminhado por ele a apenas uma semana da eleição. Pois, se Renan guarda algum rancor, tem uma boa oportunidade de dar o troco.

Enquanto novo presidente do Senado, o peemedebista terá a atribuição de colocar sob apreciação do Senado uma representação contra Gurgel. A representação foi apresentada pelo senador Fernando Collor (PTB-AL) e pede a abertura de impeachment contra o procurador-geral no caso do bicheiro Carlinhos Cachoeira.

O pedido de impeachment foi apresentado no ano passado, durante a CPI do Cachoeira, e se baseia na recusa do procurador-geral em comparecer ao Senado para explicar por que não encaminhou a denúncia da organização criminosa, apesar das provas colhidas pela Polícia Federal nas operações Vegas e Monte Carlo. Nesta sexta-feira, Collor voltou a fazer duras críticas ao trabalho de Gurgel à frente da Procuradoria Geral da República.

Empossado, Renan pode dar o troco em Gurgel | Brasil 24/7

3×4 de lambe-lambe

Filed under: Aécio Neves,Fernando Rodrigues,Renan Calheiros,Senado — Gilmar Crestani @ 8:36 am

Se, FERNANDO RODRIGUES, da Folha, viu isso, porque não podemos ir além e ver que por trás das acusações contra Renan está um ataque à Dilma. Aliás, o candidato do PSDB, Aécio Neves, tem sido poupado. Ele não incorpora o espírito da oposição? Então, por que não se “oposiciona”!?

Indignação postiça

BRASÍLIA – Por volta das 13h de ontem, enquanto Renan Calheiros fazia seu discurso como candidato a presidente do Senado, um site completou a coleta de mais de 300 mil assinaturas eletrônicas contra o peemedebista de Alagoas.

O protesto digital resultou inócuo. Pouco depois, Renan Calheiros foi eleito com 56 votos. O candidato de oposição, Pedro Taques, do PDT de Mato Grosso, recebeu 18 votos.

A derrota de Pedro Taques era mais do que esperada. Ainda assim, escancara três aspectos relevantes do atual estágio da democracia brasileira. Primeiro, que gritaria na internet tem efeito limitadíssimo por aqui. Segundo, a quase inexistência de conexão entre opinião pública e ações dos congressistas. Terceiro, que a oposição no Congresso só joga para a plateia -por cinismo, inépcia ou as duas coisas juntas.

Pedro Taques tinha um potencial teórico para receber 30 votos. Eram 5 de dissidentes entre os senadores governistas. E outros 25 de partidos que referendaram sua candidatura de maneira oficial: PDT, PSDB, DEM, PSB e PSOL. No final, foram apenas 18 votos. Ou seja, 12 votos evaporaram entre o discurso e a prática.

O que isso significa? Que a oposição no Brasil sucumbe ao voto secreto, traindo a si própria. Em público, esfalfa-se num discurso de indignação postiça. Segue a máxima de Lampedusa, simulando mudanças para manter tudo como está.

Em meio ao desfecho previsível de ontem, chamou a atenção a atitude ladina do PSDB. O seu principal líder, Aécio Neves, senador por Minas Gerais, ficou mudo durante o processo de escolha de Renan Calheiros. No momento da contagem dos votos, posicionou-se ao lado de Pedro Taques para que as câmeras registrassem. Como ele votou, ninguém sabe.

E os eleitores? Mais de 320 mil já haviam clicado o seu protesto na internet no final do dia. Devem achar que só isso basta.

fernando.rodrigues@gupofolha.com.br

Vou remar contra a maré

Filed under: Grupos Mafiomidiáticos,José Sarney,Renan Calheiros,Senado — Gilmar Crestani @ 8:15 am

Vou remar contra a maré, mas foi assim que cheguei até aqui. Não votaria em Renan Calheiros, nem em José Sarney. Mas teria mais chances de votar nestes dois do que seguir cabresteado por indicações que agradam à Rede Globo, à RBS, à Folha, à Veja e ao Estadão. Estes veículos seguiram muito muito bem, sem nenhum constrangimento nem remorso, a ditadura. Tanto que a Folha cunhou a expressão ditabranda. E são contra a Comissão da Verdade.

Só para lembrar, até bem pouco tempo José Sarney mantinha coluna semanal da Folha. E olha que ele é dono de jornais, tvs e rádios… Portanto, tinha onde espraiar suas ideias. Renan Calheiros foi Ministro da Justiça de FHC

Kátia Abreu, a senadora do agronegócio e do latifúndio, é colunista da Folha. Aécio Neves é colunista da Folha. José Serra foi, durante décadas, colunista da Folha. Aponte algum político de esquerda com este mesmo tipo de espaço. Não seria razoável que também alguém do MST, talvez o João Pedro Stédile, pudesse ter espaço na Folha para se contrapor, senão por outros motivos pelo menos por um mínimo de pluralidade, com Kátia Abreu? A Rede Globo não se constrangia em ajudar Collor, pai político do Renan Calheiros. E mantém as organizações Arnon de Mello, da famiglia Collor, desde o tempo das caravelas, filiadas à Rede Globo. E, no Maranhão, Rede Globo e Sarney cobriram juntos o casamento de Adão e Eva…

O Pedro Simon está no Senado desde que Júlio Cesar foi assassinado por Brutus. Apontem um único projeto do ético falastrão! A obra mais recente foi a proteção do governo mais corrupto que o RS já teve. E olha que foram muitos governos corruptos com os quais comungou. Mas nos mais recentes, Antonio Britto & Yeda Crusius, lá esteve o ético catão de coquinhos alcovitando.

O que acontece no Senado e no Congresso é política. E, na política, como nas disputas empresariais, o jogo é bruto. Lembro que, para livrar Marconi Perillo (PSDB/GO), na CPI do Cachoeira/Veja, Renan foi essencial para derrotar o relatório de Odair Cunha e livrar a Revista Veja e Policarpo Junior.Tanto que pelo menos três senadores do PSDB votaram em Renan. Junto com Renan estavam senadores e grupos mafiomidiáticos que hoje o atacam. Poderá vir a ser um péssimo presidente do Congresso. Mas atacam a Renan não porque são contra o que ele fez ou faz, mas porque não é o candidato que melhor atenderia, hoje, aos interesses destes. Poderá vir a ser útil mais adiante. Hoje, não!

Eu nunca vou estar do mesmo lado da Rede Globo, Folha, RBS e demais a$$oCIAdos do Instituto Millenium!

Anticandidato faz críticas a ‘silêncio dos covardes’

Senadores dizem que fala de Pedro Taques o fez perder alguns votos

Senador Pedro Simon afirma que Senado vai repetir um filme já visto; João Capiberibe cita editorial da Folha

DE BRASÍLIA, para a Folha

Declarando-se "anticandidato", Pedro Taques (PDT-MT) disse em discurso antes da vitória de Renan Calheiros (PMDB-AL) que a eleição de seu adversário representa o "silêncio dos covardes".

"Eu peço o voto de cada senador. Peço silêncio aos senhores. Ouçam esse silêncio. Esse silêncio é o silêncio do covarde. É o silêncio de quem tem medo. Sintam esse silêncio. Esse é o silêncio de quem aceita, de quem não resiste."

As palavras de Taques desagradaram senadores. Alguns disseram que mudaram o voto em razão do tom adotado pelo candidato do PDT.

Taques admitiu a derrota afirmando ser "titular da perda anunciada" diante do apoio da maioria dos colegas a Renan: "É como um perdedor que ocupo esta tribuna".

O pedetista disse que o Senado virou um "puxadinho do Executivo" e se comprometeu, se eleito, a "impugnar os exageros" do Planalto.

Oito senadores discursaram em apoio a Taques. Pedro Simon (PMDB-RS) citou a denúncia da Procuradoria e pediu que a Casa não votasse em Renan: "Vamos repetir um filme que já aconteceu".

O senador João Capiberibe (PSB-AP) sintetizou um editorial da Folha publicado ontem: "Não bastasse o longo currículo de Calheiros, o bom senso bastaria para vetar sua indicação".

(GABRIELA GUERREIRO, ERICH DECAT E ANDREZA MATAIS)

02/11/2012

Senado aprova lei Carolina Dieckmann

Filed under: Carolina Dieckmann,Crime Eletrônico,Senado — Gilmar Crestani @ 7:45 am

Não li a lei, mas também deveria trazer previsão para incriminar quem joga na internet fotos e depois acusa outrem, cujo único objetivo é se promover. Principalmente fotos de mulher pelada… feia!

Senado aprova projeto que tipifica crimes cibernéticos

DE BRASÍLIA – O Senado aprovou anteontem projeto que tipifica os crimes cometidos na internet. Pelo texto, passa a ser crime invadir dispositivos eletrônicos -como celulares, notebooks, desktops, tablets ou caixas eletrônicos-, com o objetivo de obter ou adulterar dados.

Também será classificado como crime produzir, oferecer ou vender programas que permitam a invasão. A pena é de três meses a um ano de prisão, além de multa.

Ela pode ser ampliada em casos em que houver prejuízo econômico, obtenção de informações sigilosas, violação de comunicações eletrônicas privadas, como senhas ou conteúdos de e-mails, ou se as vítimas forem autoridades públicas.

O texto já foi aprovado na Câmara, mas volta para análise dos deputados porque sofreu mudanças no Senado.

O projeto tramita há mais de 12 anos no Congresso. A discussão foi destravada em maio, depois do vazamento de fotos da atriz Carolina Dieckmann na internet.

24/07/2012

Senado senil

Filed under: Senado — Gilmar Crestani @ 11:09 am

Não há um único projeto que leve o nome de Pedro Simon, muito menos de que sua participação tenha engrandecido o RS. Pelo contrário, só faz discursos de apoio a corruptos. Não fosse o Plano Cruzado cavalgado por Paulo Brossard a mando de José Sarney, Pedro Simon não teria passado de um Rolando-lero da Província de São Pedro.

RUDÁ RICCI

TENDÊNCIAS/DEBATES

A pertinência do Senado

Na prática, são os governadores que negociam questões como dívida ou royalties. O Senado só serviu a interesses particulares, desde sempre. Precisamos dele?

Um senador, segundo levantamento da ONG Transparência Brasil, custa R$ 33,4 milhões anuais aos cofres públicos. Por seu turno, um deputado federal custa R$ 6,6 milhões anuais. São dados que, por si, já remetem à dúvida sobre a existência de duas casas parlamentares.

A justificativa para a existência do Senado é que ele compensaria a discrepância, na Câmara, entre as bancadas de cada Estado, que são, dentro de um piso e um teto de deputados, proporcionais à população.

Ele serviria, portanto, para equilibrar o poder dos Estados. Ocorre que temas afetos ao equilíbrio entre entes federativos, como a guerra fiscal, a reforma tributária, a dívida pública dos Estados com a União ou a partilha dos royalties de commodities extraídos (petróleo e minérios) são na prática negociados diretamente entre governadores e governo federal.

Assim, um dos argumentos centrais que justificariam o sistema bicameral não tem um fundamento democrático e funcional claro em nosso país.

A grande inspiração para a existência de um Senado são os EUA, que no século 18 viviam uma crise de representatividade do sul do país, região em que o índice populacional era baixo (em função da escravidão). A solução formal foi a criação do Senado, equilibrando a representação territorial na casa parlamentar.

O Senado brasileiro, porém, foi criado, escreveu o jurista Dalmo Dallari, para representar as oligarquias rurais brasileiras. Em suas palavras: "O Senado aparece com a Constituição de 1824, e uma das condições para ser senador era ter uma renda anual altíssima, que na ocasião foi expressa em 800 mil réis, uma grande fortuna. (…) Desde o início, o Senado brasileiro foi concebido e foi usado como um reduto dos grandes proprietários."

Desde a sua fundação, portanto, o papel do Senado não foi servir ao equilíbrio de poder entre os entes de Federação, mas sim servir a interesses particulares.

Uma frase proferida pelo ex-senador Demóstenes Torres, momentos antes de sua cassação, mostra que isso pouco mudou: "Os senhores sabem (…) que [se] pessoas aqui na Casa quiserem fazer rolo, espaço há".

O único continente onde o sistema bicameral é mais frequente que o unicameral é o americano. Na Oceania, 85% dos países adotam o sistema unicameral. Na África, 59% dos países adotam este sistema, assim como 57% dos países da Ásia.

No planeta, a cada dois países que adotam o sistema bicameral, outros três países empregam o sistema unicameral. Na Europa, o índice chega a 64% e envolve grande parte dos países nórdicos, que apresentam sabido equilíbrio social e rigidez nos gastos com parlamentares: Suécia, Islândia, Dinamarca, Finlândia.

A Noruega possui um sistema peculiar, onde a câmara única (Storting) é composta por uma divisão (Lagting e Odeisting). A lista envolve ainda Portugal, Nova Zelândia, Israel, Peru, entre outros.

Demóstenes Torres, como se percebe, apesar de ter sido o segundo senador cassado por falta de decoro parlamentar na história de 188 anos do Senado, acabou oferecendo mais um argumento para colocar em dúvida a necessidade da Câmara Alta em nosso país. Seu caso foi, assim, duplamente exemplar.

RUDÁ RICCI, 49, doutor em ciências sociais, é diretor-geral do Instituto Cultiva e autor de "Lulismo" (editora Contraponto/Fundação Astrojildo Pereira)

Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. debates@uol.com.br

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