Ficha Corrida

12/08/2014

América Latina dá xeque-mate nos ventríloquos dos EUA

Filed under: Europa,Eurozona,Rússia,Ucrânia,Ventríloquo — Gilmar Crestani @ 9:17 am
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Bruselas critica que América Latina se aproveche del veto ruso a Europa

La Unión Europea adelanta medidas de apoyo a explotaciones de melocotón y nectarina

Ignacio Fariza Bruselas 11 AGO 2014 – 21:44 CEST915

 

El comisario europeo de Comercio, Karel De Gucht. / EFE

La celeridad de varios Gobiernos latinoamericanos por ofrecerse como socio comercial a Rusia no ha sentado nada bien en Bruselas. La Comisión Europea transmitirá a los representantes de “un grupo de países” del continente americano su desacuerdo con la rápida reacción tras las sanciones rusas a los productos agrícolas de la UE, EE UU, Australia, Canadá y Noruega y les emplazará a “reconsiderar” sus contratos en ciernes con un socio “no fiable” como Moscú, según confirmaron el lunes fuentes comunitarias.

Con este movimiento, la UE busca dar un toque de atención por un movimiento que no consideran leal, aunque los Veintiocho no pretenden enturbiar sus buenas relaciones diplomáticas y comerciales con países como Brasil o Argentina.

“Podemos entender que productores y exportadores, empresas privadas en definitiva, busquen nuevas oportunidades. Lo que no compartimos es que haya Gobiernos detrás”, subrayaron. Estas mismas fuentes remarcan que la UE no se inmiscuirá en contratos privados, pero sí “lamentan” la actitud de este grupo de países y advierten de la escasa integridad de Moscú como socio comercial. “Sacrificarían una relación económica a largo plazo por beneficios a corto plazo”.

De esa actitud, Bruselas recibió el lunes mismo otra buena muestra. En este caso, de Buenos Aires: “Argentina generará las condiciones para que el sector privado, con el impulso del Estado, pueda satisfacer la demanda del mercado ruso”, afirmó el jefe de gabinete del Gobierno argentino, Jorge Capitanich, informa Efe.

Con la firma de estos acuerdos comerciales, Rusia —el quinto mayor importador de alimentos del mundo— busca suplir parte de las carencias que su ruptura unilateral con la UE y EE UU podría dejar en su mercado interior. Solo en 2013, las compras de alimentos europeos, ahora vetadas, sumaron 5.252 millones de euros.

En Bruselas ya había sentado especialmente mal que los embajadores de Argentina, Chile, Ecuador y Uruguay en Moscú se reunieran con el máximo responsable del Servicio de Inspección Agrícola y Ganadera ruso, Serguéi Dankvert, pocas horas después de que el Kremlin decretase la prohibición sobre las importaciones.

Argentina insiste

en impulsar

las exportaciones agrarias a Rusia

Pese al malestar, el Ejecutivo comunitario optará por una queja de perfil bajo. En los próximos días, representantes diplomáticos europeos trasladarán la protesta a sus homólogos latinoamericanos y, por el momento, el aviso no trascenderá al ámbito político. La UE estudia canalizar el mensaje a través de las delegaciones de estos países ante las instituciones comunitarias o a través de las oficinas de representación de la Comisión Europea en las capitales latinoamericanas.

El descontento comunitario con las gestiones de varios Gobiernos latinoamericanos con Moscú llega en un momento decisivo en las negociaciones para la firma de un tratado de libre comercio entre la UE y Mercosur —el bloque regional que engloba a Argentina, Brasil, Paraguay, Uruguay y Venezuela—. Tras casi dos décadas de conversaciones, los países latinoamericanos esperan una propuesta europea y los próximos meses, con la llegada de un nuevo Colegio de Comisarios a Bruselas, se presumen claves. Aunque el Ejecutivo comunitario prefiere no relacionar el malestar de la UE con el potencial acuerdo con Mercosur, varios funcionarios europeos sí contrastaban el lunes su actitud con la “lealtad manifiesta” de países como Australia, Canadá o Noruega, que han hecho suyas las sanciones a Rusia.

Bruselas lidia también con un malestar interno, el de los productores agrarios. Hay ya programada una reunión para abordar el asunto, este jueves, pero el comisario de Agricultura, Dacian Ciolos, aseguró el lunes que, por lo pronto, se adelantarán “medidas de apoyo” a los productores de melocotones y nectarinas, que al veto ruso suman los efectos de “condiciones meteorológicas adversas”.

Bruselas critica que América Latina se aproveche del veto ruso a Europa | Economía | EL PAÍS

17/07/2014

Despeito por BRICS, EUA abrem caixa de Pandora contra a Rússia

Filed under: Arapongagem made in USA,BRICS,EUA,Rússia,Terrorismo de Estado,Ucrânia — Gilmar Crestani @ 7:55 am
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euanCom Putin no Brasil, Rússia é alvo de novas sanções norte-americanas

Empresas terão restrição de acesso a crédito; punição ocorre por apoio a separatistas ucranianos

Líder russo participava de encontro do grupo dos Brics; um dia antes, bloco criticou punições anteriores dos EUA

DE WASHINGTONDOS ENVIADOS A BRASÍLIADE BRASÍLIA

O governo americano anunciou nesta quarta-feira (16) novas sanções contra a Rússia por "violar a soberania da Ucrânia e continuar a apoiar separatistas".

Elas são dirigidas a bancos e empresas energéticas e de armamentos russas. São as mais duras já anunciadas desde o início da crise ucraniana, em fevereiro.

O anúncio se deu enquanto o presidente da Rússia, Vladimir Putin, participava, em Brasília, do encontro do grupo Brics (reunindo também Brasil, Índia, China e África do Sul) com a Unasul (nações sul-americanas).

Ele ocorre um dia após os Brics terem divulgado comunicado condenando sanções econômicas sem aval da ONU, um recado claro aos EUA pelas rodadas anteriores de punição aos russos.

As sanções do governo Obama vão vetar especialmente o acesso ao mercado de créditos superiores a 90 dias. As empresas russas atingidas poderão fazer apenas negócios de curto prazo, dificultando empréstimos a médio e longo prazo.

Europeus também anunciaram suas punições, mas menos rigorosas, pedindo que bancos de investimento suspendam acordos financeiros com Moscou.

Até agora, as sanções eram pontuais, direcionadas a autoridades russas, com congelamento de ativos no exterior e recusa a pedidos de visto.

Americanos e europeus condenam a anexação pela Rússia da península ucraniana da Crimeia. Também acusam Putin de apoiar separatistas no leste da Ucrânia.

"O governo russo precisa ver que suas ações têm consequências", disse o presidente Barack Obama em discurso na Casa Branca, afirmando que o fluxo de armas e tropas para a Ucrânia são "contínuas provocações contra a soberania" do país.

As sanções atingem grandes empresas russas, como Gazprombank, braço financeiro da estatal do gás Gazprom, Kalashnikov (armamentista, fabricante dos fuzis AK), a gigante do gás privada Novatek, e a petroleira estatal Rosneft, segundo o governo dos EUA.

NAMORO

Nem o Itamaraty nem os russos se pronunciaram. Apesar de não querer melindrar Putin, o governo brasileiro deve evitar declarações contundentes sobre a escalada de sanções contra a Rússia, porque está "retomando o namoro" com os EUA, segundo um integrante do governo.

"Fomos nós que moderamos o tom sobre as sanções no comunicado dos Brics, a declaração de Fortaleza", disse, em caráter reservado.

A intenção é ter cuidado nessa fase de reaproximação com os Estados Unidos, abalada desde o escândalo de espionagem revelado em 2013.

Em encontro com correspondentes estrangeiros na semana passada, a presidente Dilma Rousseff afirmou que a relação com os EUA "está morna".

O anúncio das sanções aconteceu horas depois de uma conversa entre o presidente americano e a chanceler alemã, Angela Merkel.

O governo americano quis indicar que a ação foi coordenada com os europeus.

Merkel, por meio de seu porta-voz, afirmou que Putin não tinha cumprido o prometido em uma cúpula anterior e que os rebeldes pró-Rússia se negavam a negociar. (RAUL JUSTE LORES, TAI NALON, PATRÍCIA CAMPOS mello, FLÁVIA FOREQUE, SOFIA FERNANDES, MARIANA HAUBERT e MARCELO NINIO)

26/05/2014

Via Ucrânia, EUA mostra à Rússia como se ganha eleição, no Ocidente

Filed under: Arapongagem made in USA,Liberdade made in USA!,Rússia,Ucrânia — Gilmar Crestani @ 8:46 am
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ucrainainUcrânia elege ‘rei do chocolate’, diz pesquisa

Empresário do setor, moderado Petro Poroshenko tinha 55% dos votos em boca de urna; ele prometeu estabilidade

Novo presidente diz que visitará o leste, onde a participação nas urnas foi baixa devido à onda separatista pró-Rússia

LEANDRO COLONENVIADO ESPECIAL A KIEV

Como era esperado, o magnata ucraniano Petro Poroshenko venceu em primeiro turno as eleições presidenciais realizadas neste domingo (25), apontavam as pesquisas de boca de urna até a conclusão desta edição. Os resultados oficiais devem sair nesta segunda-feira (26).

Dono de uma fortuna de US$ 1,3 bilhão, é conhecido como o "Rei do Chocolate", por ser dono da principal marca do país, além de um canal de televisão.

O roteiro deste pleito também parece ter se confirmado com a baixa adesão do leste e novas promessas de diálogo com a Rússia.

Poroshenko, 48, obteve cerca de 55% dos votos, muito à frente da ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko, 53, com 13%, que reconheceu a derrota. Com a pesquisa em mãos, ele fez discurso de vencedor: prometeu buscar a unidade da Ucrânia, viajando ao leste, palco da onda separatista pró-Moscou que dificultou a votação na região.

"O primeiro passo que vamos tomar no gabinete presidencial será parar a guerra, colocar fim ao caos e trazer a paz para a Ucrânia", disse.

Poroshenko defende laços maiores com a União Europeia, mas tentando não criar atritos com a Rússia.

A Folha acompanhou algumas seções eleitorais em Kiev, onde a situação foi diferente –apesar das longas filas, não havia clima tenso, e a adesão era alta.

Essa eleição é considerada a mais importante da Ucrânia desde sua independência em 1991, na derrocada da União Soviética. Marca a substituição definitiva do presidente deposto em fevereiro, Viktor Yanukovich, aliado dos russos, em meio a protestos que deixaram dezenas de mortos. Um governo interino e fragilizado estava no poder.

Poroshenko foi um dos principais mentores da queda de Yanukovich, sob a acusação de que ele cedeu à pressão de Moscou ao se negar a assinar um acordo comercial com o bloco europeu. Apesar disso, chegou a ser ministro de Yanukovich, em 2012.

Ao celebrar o resultado, Poroshenko disse que vai dialogar com a Rússia, acusada por Kiev de estimular o separatismo no leste. Reafirmou que não reconhece a anexação da península da Crimeia por Moscou.

O presidente russo, Vladimir Putin, não comentou o resultado até a conclusão desta edição. Já o americano Barack Obama elogiou o processo eleitoral, considerado por ele um "passo importante" para o fim da crise.

Aliado de Poroshenko, o ex-campeão mundial de boxe Vitali Klitschko foi apontado como vencedor na disputa para a prefeitura de Kiev.

BOICOTE NO LESTE

A eleição no leste ocorreu com baixíssima adesão. Praticamente não houve votação na cidade de Donetsk, uma espécie de "capital" dos militantes pró-Rússia desde o mês passado. Nenhuma seção eleitoral funcionou na cidade durante o dia –ao todo, na província de Donetsk, apenas 426 de 2.430 seções de votação operaram, segundo a Comissão Eleitoral. "Sou responsável pela seção de três mil eleitores e aqui não teve votação", disse à Folha Bodnia Olensii, chefe eleitoral.

Os separatistas bloquearam zonas eleitorais e destruíram urnas. Dos 35 milhões de eleitores, de 15% a 20% são do leste, com forte presença separatista.

25/04/2014

Pobre Rusia

 

Pobre Rusia

El relato victimista sobre la política de Putin está formado por falsedades y prejuicios ideológicos

José Ignacio Torreblanca 24 ABR 2014 – 21:51 CET137

Putin, en un encuentro con seguidores y periodistas en San Petersburgo. / S. Mordovets (Getty Images)

Las acciones de Rusia no son más que la respuesta legítima y, por cierto, sumamente contenida, a las constantes humillaciones sufridas por ese país desde que en 1991 decidiera abandonar el comunismo. Depuestas las armas por el eterno rival ideológico y seguro de su supremacía económica y militar, Occidente se ha dedicado a someter y humillar a Rusia de tal manera que nunca pueda volver a resurgir. Este programa se habría ejecutado valiéndose de una doble pinza formada, en primer lugar, por instrumentos económicos como las inversiones en sectores clave de la economía rusa (materias primas e hidrocarburos), pero de forma más profunda y dañina aún mediante la imposición por parte del FMI de un programa de privatizaciones que habría destruido el Estado social ruso, socavado las perspectivas de una democracia real y creado una clase de oligarcas corruptos sin más principios que el enriquecimiento y el servilismo a Wall Street y la City.

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En paralelo al sometimiento económico, Occidente habría seguido una lenta pero inexorable política de aislamiento geopolítico de Rusia. En lugar de disolver la OTAN, que hubiera sido lo lógico teniendo en cuenta la disolución del Pacto de Varsovia, Occidente no cejó hasta que logró que todos los exsocios europeos de la URSS, desde Estonia hasta Rumanía, se integraran en la OTAN. La ambición de la UE no habría sido menor, pues inmediatamente después de la caída del muro absorbió a nada menos que 16 países, muchos de ellos históricos aliados de Rusia, como Bulgaria, o tradicionalmente neutrales, como Austria o Finlandia, creando un mercado interior de 500 millones de habitantes inmensamente rico desde el que imponer las normas y estándares que Rusia debe cumplir si quiere participar en la economía mundial. Y para rematar la jugada, Occidente no sólo machacó al único aliado ruso en la región, Serbia, sino que se dedicó a promover las llamadas “revoluciones de colores” en todo el espacio exsoviético, desde Ucrania hasta Kirguizistán, con el objetivo de lograr aún más aliados para su causa de mantener a Rusia rodeada y sometida.

Lo visto en Ucrania estos últimos meses no sería sino el último hito en esta perversa estrategia. ¿Qué más hace falta para unir con una línea recta los tres puntos que constituyen la oferta europea de un acuerdo comercial a Ucrania, el ensalzamiento como héroes a los derechistas del Maidán y el engaño a Yanukóvich por parte de los ministros de exteriores de la UE, que le prometieron una transición mientras por detrás organizaban un derrocamiento? ¡No es de extrañar que Putin haya dicho basta! ¿De qué nos sorprendemos? ¿De que los demás pueblos del mundo también quieran un trocito de dignidad?

Aunque seguro que hay quien considera este relato un ajustado reflejo de la realidad, está íntegramente formado por falsedades y prejuicios ideológicos. Lo peor: que dando por buena esta versión, hacemos imposible desarrollar una política coherente hacia la Rusia de Putin. En el blog Café Steiner en elpais.com rebato esos argumentos. Les invito a visitarlo y continuar allí la discusión.

Pobre Rusia | Internacional | EL PAÍS

23/03/2014

Ucrânia e a ignorânCIA amestrada

Filed under: Arapongagem made in USA,CIA,Criméia,NSA,Rússia,Ucrânia — Gilmar Crestani @ 12:31 pm
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No rastro de Nicolau I

Há paralelos claros entre a guerra da Crimeia de 1854 e o conflito atual. Como o czar, um autoritário Putin teme um contágio democrático

Orlando Figes 22 MAR 2014 – 21:59 BRT

“Basta conhecer a história da Crimeia e o que a Rússia e a Crimeia sempre significaram uma para a outra.” Assim Vladimir Putin justificou a anexação russa da Crimeia, em um discurso no Kremlin na terça-feira. “Nos corações e nas mentes das pessoas”, prosseguia o presidente russo, “a Crimeia foi sempre e continua sendo parte inseparável da Rússia”. Os líderes ocidentais não deveriam estar surpresos pela atitude implacável de Putin nessa “apropriação de terras”. Não estariam se conhecessem a história russa.

Como Putin salientou em seu discurso, o cristianismo russo tem sua origem na Crimeia. Segundo as crônicas medievais, foi em Quersoneso, antiga colônia grega da costa sudoeste da península, nos subúrbios da atual Sebastopol, que outro Vladimir, o príncipe de Kiev, foi batizado em 988, levando assim o cristianismo ao Rus de Kiev, a imprecisa confederação de principados eslavos da qual deriva a identidade nacional da Rússia.

A Crimeia esteve dominada durante 500 anos por tribos turcas e tártaras, mas depois da sua anexação por parte da imperatriz russa Catarina, a Grande, em 1783, os russos voltaram a cristianizá-la.

Para Catarina, a Crimeia era o paraíso meridional da Rússia, um jardim das delícias onde os frutos do seu Governo cristão ilustrado poderiam ser saboreados e mostrados ao mundo que estava além do mar Negro. Ela gostava de se referir à península por seu nome grego, Táuride, mais do que como Crimeia (Krym), seu nome tártaro. Pensava que desse modo vinculava a Rússia com a civilização helenística de Bizâncio.

A imperatriz concedeu terras à nobreza russa para que estabelecesse magníficas propriedades ao longo da montanhosa costa sul, que rivaliza em beleza com o Amalfi. A partir de então, a Crimeia passou a ser sem dúvida o lugar favorito para as férias da elite russa, preferência que milhares de turistas soviéticos conservaram no século XX.

A Crimeia era a linha tectônica que separava a Rússia do mundo muçulmano, divisão religiosa sobre a qual se assentou a formação do império russo. A partir de Sebastopol, a frota do mar Negro podia impor a vontade do czar ao Império Otomano, assegurando o controle da Rússia sobre os estreitos que conduzem ao Mediterrâneo.

Em 1854, o assédio a seus frágeis vizinhos turcos levou a Rússia a se envolver na Guerra da Crimeia contra todos os Estados ocidentais, exatamente da mesma forma como o assédio aos ucranianos a colocou à beira de uma nova Guerra da Crimeia 160 anos depois.

Entre aquela situação e a atual existem paralelos evidentes.

O czar Nicolau I havia exercido um governo autocrático ao longo de quase 30 anos. Ninguém ousava desafiá-lo. A oposição tinha sido silenciada pela censura e a repressão policial, sobretudo depois das revoluções democráticas europeias de 1848, que o czar temia que pudessem se estender para a Rússia.

Quatorze anos de autoritarismo exerceram em grande medida o mesmo efeito sobre Putin, evidentemente inquieto perante a possibilidade de que a revolução ucraniana pudesse dar nova vida à oposição democrática na Rússia.

O velho projeto do czar era dividir o Império Otomano para perpetuar sua fragilidade e sua subordinação à Rússia e mantê-lo à distância das potências ocidentais. Os planos de Putin para a Ucrânia provavelmente são os mesmos.

Nicolau I definia a missão da Rússia como a defesa dos cristãos ortodoxos que viviam sob domínio turco. Para ele, a Rússia era um império cristão que abrangia seus correligionários de outras nações. Foi assim que ele justificou a invasão dos Bálcãs sob controle dos turcos – no que foi o primeiro passo da Guerra da Crimeia – para libertar os sérvios e os búlgaros do domínio otomano e tomar Constantinopla, o centro de Bizâncio.

Os britânicos e os franceses saíram em socorro do Império Otomano, supostamente erguendo-se em favor dos princípios de liberdade e soberania territorial, mas na realidade movidos pelo desejo (alimentado pela fobia antirrussa da imprensa ocidental) de acabar com a “ameaça russa” contra a Europa.

De forma parecida, Putin define os interesses da Rússia como a defesa dos russos que vivem na Ucrânia. Como deixou claro na terça-feira, a razão para considerar catastrófica a ruptura da União Soviética é a enorme quantidade de russos que ficaram órfãos da sua pátria. “Milhões de russos foram dormir em um país e acordaram vivendo em outro.” Assim desculpa a invasão da Crimeia: libertar os russos do domínio ucraniano.

Quando entrou em guerra, Nicolau I estava furioso. Nenhum dos seus conselheiros foi capaz de refreá-lo quando se lançou contra os turcos, os britânicos e os franceses. Não suportava mais o Ocidente, a quem acusava de dupla moral e hipocrisia. Os franceses podiam arrebatar a Argélia dos otomanos (como fizeram em 1830), e os britânicos anexavam a cada ano um novo principado indiano, considerando essas ações justas; mas, quando os russos saíram em defesa dos seus correligionários nos Bálcãs, foram acusados de serem agressores que alquebravam o “equilíbrio de poder”.

O discurso proferido por Putin na terça-feira estava repleto de recriminações similares contra o Ocidente. Seus políticos “hoje dizem que uma coisa é branca, e amanhã que é preta”, afirmou com raiva. A propaganda do Kremlin – camuflada como informação no canal de TV Russia Today – acusa os líderes ocidentais de dupla moral e hipocrisia por apoiarem os referendos de Kosovo e Sudão do Sul, onde, argumenta, a mudança de regime seria útil aos seus interesses, mas opondo-se ao da Crimeia, onde não o é.

É difícil superestimar o profundo ressentimento dos russos em relação ao Ocidente. Eles se apressam em fazer referência à russofobia que, em certa medida, continua vigente como herança das posturas do século XIX e da Guerra Fria. A postura antiocidental de Putin fez sua popularidade aumentar na Rússia. Assim como Nicolau I, cujo retrato está pendurado na antessala do gabinete de Putin no Kremlin, o presidente está disposto a isolar seu país do Ocidente e possivelmente a lutar solitariamente contra este na defesa dos interesses da Rússia no mundo.

Mas, nesse ponto, as similitudes com o czar Nicolau começam a tomar um rumo diferente. Em 1854 o Ocidente era forte, e a Rússia, fraca. Com seu poderio industrial, os franceses e os britânicos estavam em condições de infligir uma humilhante derrota aos russos, mesmo precisando enviar suas tropas e seu material até a longínqua Crimeia.

Hoje em dia, o Ocidente está frágil. Não está preparado para fazer grande coisa no terreno militar, e pouco conseguirá de efetivo pela via das sanções econômicas para dissuadir Putin do seu provavelmente antigo projeto de dividir a Ucrânia ou lhe dar uma nova estrutura federal.

Há algo que o Ocidente possa fazer? Pode começar por contemplar a região do ponto de vista da Rússia; não aprovando as ações russas e não cedendo nem por um só instante na defesa dos princípios internacionais, mas compreendendo melhor a intensidade do que a Rússia sente em relação a esse tema complexo, porque uma coisa é certa: sem os russos, não há solução para a crise da Ucrânia.

Orlando Figes é autor de ‘Crimea: The Last Crusade’. Leia mais (em inglês): www.orlandofiges.co.uk

@orlandofiges

No rastro de Nicolau I | Internacional | Edição Brasil no EL PAÍS

21/03/2014

Alemanha trocou Panzers pelo Deutsche Bank; Rússia, os Katyusha pelos gasodutos

Filed under: Deutsche Bank,Katyusha,Panzer,Rússia,Ucrânia — Gilmar Crestani @ 9:41 am
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El yugo energético lastra a Europa

La crisis ucrania fuerza a la UE a reducir su dependencia energética del exterior

Lucía Abellán Bruselas 20 MAR 2014 – 19:29 CET29

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Schultz (presidente del Parlamento Europeo), Renzi (primer ministro italiano), Merkel (canciller alemana), JKatainen (primer ministro de Finlandia) y Faymann, (canciller de Austria), este jueves en Bruselas. / I.L. (AP

La enorme brecha que se ha abierto entre Bruselas y Moscú a cuenta de la crisis ucrania ha reavivado la preocupación por una debilidad latente en Europa: la dependencia energética del exterior. El continente importa más de la mitad de la energía que necesita para sobrevivir, un porcentaje que no ha dejado de aumentar en los últimos años (en 1995 se situaba en el 43%). La UE observa con admiración cómo Estados Unidos va camino de la autosuficiencia energética, una meta que el viejo continente tiene muy difícil alcanzar. Más allá de la urgencia ucrania, los jefes de Estado y de Gobierno debaten este jueves en Bruselas cómo mejorar esas cifras.

Las instituciones europeas llevan años clamando por un menor gasto energético en general –y, por supuesto, por menores importaciones–. El consumo se ha moderado, pero no las compras al exterior. El motivo es que la producción interna decrece: los recursos naturales se agotan y las alternativas no son suficientes para compensar. El resultado es que la UE produce el 6% de la energía mundial mientras consume más del doble, el 14%, según datos de la Agencia Internacional de la Energía relativos a 2010. Por el contrario, el socio estadounidense casi ha llegado al equilibrio, con un 13% de producción frente al 17% de consumo.

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Sin margen para actuar con rapidez y con situaciones muy diferentes entre los Estados miembros, Bruselas ha optado por una estrategia a largo plazo, consistente en fomentar las energías renovables, diversificar las fuentes geográficas de suministro, aumentar la eficiencia energética y mejorar la interconexión intracomunitaria para que unos países puedan abastecer a otros. “El problema de Rusia puede actuar como catalizador para mostrar por qué la seguridad energética es tan importante. Tendrá que haber discusiones serias a este respecto”, vaticina un diplomático europeo.

Ninguna sanción económica de las que puedan adoptar los Estados miembros dañaría más a Moscú que una reducción significativa de las compras energéticas, pero falta voluntad –y alternativas inmediatas– para adoptar una medida de ese calado. Con todo, los países miembros llevan años reduciendo su dependencia del suministro ruso, que supone un tercio del total (entre petróleo, gas y sólidos), mientras que en 2002 el gas ruso representaba un 45% del total importado. Los esfuerzos han beneficiado a Argelia y Noruega, que ahora tienen un mayor peso sobre la cesta energética de la UE, aunque Moscú sigue dominando. En 2012, Noruega lideró por primera vez las exportaciones de gas a la UE, pero Rusia volvió a quitarle el puesto en 2013, con el 30% del total, según datos de la Comisión Europea.

Varias fuentes comunitarias restan importancia a la dependencia del continente respecto a ese país y a la incidencia del conflicto ucranio en el suministro. El gas supone una cuarta parte del consumo energético de la UE; de ese porcentaje, un tercio viene de Rusia y de esa proporción, aproximadamente la mitad circula por Ucrania. Más allá de las cifras, un alto cargo recuerda que Moscú nunca ha desatendido sus compromisos con la UE, “ni en los días más oscuros de la Guerra Fría”.

El éxito de la creciente independencia energética estadounidense radica en una baza controvertida. Se trata de la extracción de energía mediante fracking, un método agresivo medioambientalmente cuyo impacto a largo plazo aún es una incógnita.

Además de abastecerse ellos mismos (el gas de esquisto aporta ya un tercio de la producción gasística del país), Estados Unidos ha abierto una vía revolucionaria para mejorar sus cuentas y reducir la dependencia de socios incómodos que puedan tener otras zonas del mundo, como la UE. El Gobierno de Barack Obama ha otorgado ya varias licencias para la exportación de este gas. La primera de ellas podría empezar a enviar la energía al exterior el año que viene. Los expertos comunitarios ven potencial, pero advierten del alto coste que les supondrá a los clientes europeos pagar por un gas que ha tenido que sufrir dos fases de transformación y una de transporte desde que se produce en Estados Unidos hasta que es consumido, por ejemplo, en el hogar belga.

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Red de gasoductos Rusia – Europa

“El conflicto de Ucrania puede estimular la búsqueda de nuevas fuentes de aprovisionamiento hacia Europa; podría acelerar un acuerdo de libre comercio entre la UE y Estados Unidos que permitiría, a largo plazo, importar gas natural licuado estadounidense”, prevé Marie-Claire Aoun, responsable de energía en el laboratorio de ideas francés Ifri.

A la hora de producir, la UE tiene más objeciones hacia el fracking, entre otros motivos por el gran volumen de agua que requiere horadar la roca para obtener el gas. Pero la incertidumbre energética ha llevado a varios países a explorar también esta vía. Alemania, Reino Unido, Dinamarca, Polonia, Rumanía y Suecia desarrollan ya actividades de prospección, aunque la producción real no llegará hasta 2015 o 2017, según la Comisión Europea. Por primera vez desde que existe el debate sobre este método de extracción, el Ejecutivo comunitario ha dado un espaldarazo implícito a su uso, al recomendar a los países miembros que, si lo exploran, lo hagan respetando criterios medioambientales.

Una de las banderas que Europa ha tratado de alzar en los últimos años ha sido la de las renovables. El objetivo es que representen el 20% sobre el total en 2020, un porcentaje considerado poco ambicioso por los expertos en medio ambiente. Fuentes comunitarias admiten que se podría explotar mucho más, pero que los países viven ahora una especie de fatiga de subvenciones y el negocio está sufriendo la retirada de estímulos públicos para fomentar esa energía. “Las renovables no pueden sustituir completamente al gas natural. En principio, hay que subvencionarlas y además no nos podemos basar del todo en ellas porque son intermitentes. Lo ideal es una combinación”, concluye Marie-Claire Aoun.

El yugo energético lastra a Europa | Internacional | EL PAÍS

12/03/2014

Obama virou Napoleão de Hospício

Filed under: EUA,Matrioskas,Rússia,Ucrânia — Gilmar Crestani @ 9:41 pm
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E como não lembrar também de Tolstói e sua Guerra e Paz, ou do General Inverno que dizimou o exército napoleônico. E de Estalingrado, que fez salsicha com máquina de guerra alemã. Depois que os Russos derrotaram os nazistas, os EUA conseguiram que a Inglaterra abrisse mão de seu mercado colonial e entrou na guerra para recolher o botim. Os EUA entraram na Sicília sem dar um tiro, mas em troca entregaram Chicago aos sicilianos comandados por Al Capone.

Na máquina da propaganda ocidental, os EUA venceram a Guerra, como no Vietnã… Hollywood consegue transformar derrotas acachapantes em vitórias retumbantes. Problema de quem acredita na máquina de manipulação da CIA.

Last but not least [por último, mas não menos importante], não podemos nos esquecer que Edward Snowden, perseguido pelos EUA, pediu, e ganhou, asilo à Rússia.

A OTAN e as Matrioskas

Por Mauro Santayana

Toda nação tem seus símbolos. Um dos mais tradicionais símbolos russos, à altura  de Dostoiévski, e de Pushkin, são as Matrioskas, as bonecas de madeira,  delicadamente pintadas e torneadas, que, como as camadas de uma cebola, guardam, uma dentro da outra, a lembrança do infinito, e a certeza de que algo existe, sempre, dentro  de todas as coisas, como em um infinito jogo de espelhos e surpresas.

Ao se meter no complicado xadrez geopolítico da Eurásia, que já dura mais de 2.000 anos, o “ocidente” esqueceu-se dos russos e de suas Matrioskas.

Para enfrentar o desafio colocado pela interferência ocidental na Ucrânia, Putin conta com suas camadas, ou suas Matrioskas.

A primeira camada, a maior e a mais óbvia, é o poder nuclear.

A Rússia, com todos os seus problemas, é a segunda potência militar do planeta, e pode destruir, se quiser, as principais capitais do mundo, em uma questão de minutos.

A segunda é o poder convencional. A Rússia dispõe, hoje, de um exército quatro vezes maior que o ucraniano, recentemente atualizado, contra as armas herdadas, pela Ucrânia, da antiga URSS, boa parte delas, devido à condição econômica do país, sem condições de operação.

A terceira, é o apoio chinês, a China sabe que o que ocorrer com a Rússia, hoje, poderá ocorrer com a própria China, no futuro, assim como da importância da Rússia, como última barreira entre o Ocidente e Pequim.

A quarta Matrioska é o poder energético. Moscou forneceu, no último ano, 30% das necessidades de energia européias, e pode paralisar, se quiser, no próximo inverno, não apenas a Ucrânia, como o resto do continente, se quiser.

A quinta, é a financeira. Com 177 bilhões de superávit na balança comercial em 2013, os russos são um dos maiores credores, junto com os BRICS, dos EUA. Em caso extremo, poderiam colocar no mercado, de uma hora para outra, parte dos bilhões de dólares que detêm em bônus do tesouro norte-americano, gerando nova crise que tornaria extremamente complicada a frágil a situação do “ocidente”, que ainda sofre as consequências dos problemas que começaram – justamente nos EUA –  em 2008.

Finalmente, existe a questão étnica e histórica. Para consolidar sua presença nas antigas repúblicas soviéticas, Moscou criou enclaves russos nos países que, como a Ucrânia, se juntaram aos nazistas, para atacar a URSS na Segunda Guerra.

Naquele momento, o nacionalismo ucraniano, fortemente influenciado pelo fascismo, não só recebeu de braços abertos, as tropas alemãs, quando da chegada dos nazistas, mas também participou, ao lado deles, de alguns dos  mais terríveis episódios do conflito.

Derrotados pelo Exército Soviético, na derradeira Batalha de Berlim, em 1945, os alemães sabem, por experiência própria, como pode ser pesada a pata do urso russo, quando provocado.

E como podem ser implacáveis – e inesperadas – as surpresas que se ocultam no interior das Matrioskas.

SQN

04/03/2014

Os laços, momentaneamente, se rompem

Filed under: EUA,Laços Militares,Rússia — Gilmar Crestani @ 7:22 am
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Crise na Ucrânia derruba mercados;

EUA cortam laço militar com Rússia

Moscou amplia presença na Crimeia em meio a rumor de ultimato para tropas ucranianas saírem

Retaliação americana incluiria ainda a suspensão de conversas para aprofundar relações econômicas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS, na FOLHA

O aumento da presença militar na península da Crimeia e os rumores de que a Rússia teria dado um ultimato para a rendição das tropas ucranianas na região elevaram o temor de um conflito, derrubaram bolsas ao redor do mundo e fizeram com que os EUA anunciassem a suspensão da cooperação militar com a Rússia.

A notícia de que os russos teriam dado prazo até as 5h de hoje (0h em Brasília) para que militares ucranianos na Crimeia se rendessem foi divulgada pela agência de notícias russa Interfax, mas depois desmentida pelo Ministério de Defesa, que a classificou como "sem sentido".

O governo ucraniano tampouco confirmou o ultimato, mas acusou a Rússia de ampliar a presença em seu território, cercando bases militares. Segundo o embaixador ucraniano na ONU, 16 mil soldados russos foram para o país desde 24 de fevereiro. Os EUA falam em ao menos 6 mil.

O presidente interino, Oleksander Turchinov, disse que três navios ucranianos foram cercados na cidade de Sebastopol. Helicópteros e aviões russos também foram enviados para a região.

Em Kerch, no leste da Crimeia, tropas russas assumiram o comando de um terminal de balsas que fazem o trajeto entre a região e a Rússia.

A tensão na Crimeia começou depois que protestos em massa –especialmente em Kiev– levaram à queda do presidente ucraniano Viktor Yanukovich, aliado de Moscou, e à sua substituição por um governo mais próximo do Ocidente, em fevereiro.

A transição levou a população da Crimeia, de origem majoritariamente russa, a protestar contra o novo governo –e a Rússia, a enviar tropas para a região, onde mantém uma base militar estratégica.

Ontem, Donetsk, Lugansk e Odessa, que ficam fora da Crimeia, também tiveram atos pró-Rússia, com a invasão de prédios do governo.

Na tarde de ontem, o presidente americano, Barack Obama, afirmou que os EUA examinavam uma série de medidas econômicas e diplomáticas para "isolar a Rússia", que acusou de violar leis internacionais.

Horas depois, o Pentágono confirmou ter suspendido as atividades militares com o país, o que inclui exercícios conjuntos, reuniões bilaterais e escalas de embarcações.

O órgão informou que a medida foi tomada "apesar de o Departamento de Estado valorizar a relação desenvolvida com a Rússia nos anos recentes para aumentar a transparência, contribuir para o entendimento e reduzir o risco de erros militares".

Em outra frente, um funcionário do governo disse que o país tinha decidido suspender também o "engajamento" para a criação de laços mais profundos nas áreas de comércio e investimento. A informação não foi confirmada até a conclusão desta edição.

Na Europa, o chanceler francês, Laurent Fabius, afirmou que a União Europeia também discutirá "medidas concretas" de retaliação, como suspensão de acordos econômicos e de negociações de vistos. Líderes do bloco se reunirão na quinta.

A Europa, porém, importa da Rússia cerca de um terço do gás que consome, o que pode frear a adoção de sanções mais duras. Ontem, os europeus sugeriram a mediação internacional da crise pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa.

O Conselho de Segurança da ONU também realizou nova reunião de emergência. No encontro, o embaixador russo, Vitaly Churkin, disse que a destituição de Yanukovich por "abandono das funções", ocorrida quando ele estava em viagem na Ucrânia, foi ilegal.

Churkin afirmou que seria o mesmo que o Congresso americano aprovar o impeachment de Obama enquanto este estivesse em uma viagem para a Califórnia. O embaixador ainda leu uma carta supostamente escrita por Yanukovich, na qual pedia a intervenção de Moscou.

A piora da crise atingiu o mercado financeiro. Os países envolvidos na crise foram os mais prejudicados, com quedas de 11,6% na bolsa de Kiev e de 10,8% em Moscou –a pior no mercado russo desde 2008.

O rublo russo caiu 3%, para seu menor valor em relação ao dólar, o que levou o Banco Central a subir "temporariamente" os juros em 1,5 ponto percentual para tentar conter o ataque à moeda.

A preocupação dos investidores é que uma guerra possa atrapalhar o fluxo de gás natural russo para a Europa Ocidental –os gasodutos passam pelo território ucraniano.

Uma interrupção no fornecimento afetaria as já combalidas economias do sul da Europa, provocando recessão.

O preço do petróleo subiu 1,95% na bolsa de Londres, para US$ 111,20 o barril. A cotação do gás natural avançou 6% no mercado londrino.

18/10/2013

Golpe Comunista 2014

Filed under: Golpe Comunista 2014,Rússia,Tio Sam — Gilmar Crestani @ 9:10 am
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Em se falando em armas de guerra, Tio Sam levou tiro pela culatra…

Brasil compra a Rusia armamento por valor de mil millones de dólares

El gobierno de Roussef estrecha lazos con Rusia y se aleja de EE UU tras el escándalo del espionaje

Juan Arias Río de Janeiro 17 OCT 2013 – 23:25 CET17

Los mininistros de defensa de Brasil y Rusia, el miércoles en Brasilia / AP

En un momento en el que las relaciones del Gobierno de Brasil con el de los Estados Unidos vive momentos de tensión por el supuesto espionaje americano, la presidenta Dilma Rousseff ha estrechado los lazos con Rusia al cerrar la compra de baterías antiaéreas rusas por valor de mil millones de dólares.

El ministro de Defensa, Celso Amorim, se ha encontrado en Brasilia con su colega ruso Sergei Shoigu. El ministro Amorim, después de sus conversaciones con su homólogo, ha hecho saber que nada impide hoy la participación brasileña en el proyecto del Sukhoi T-50, un caza que cuenta con cinco prototipos volando y que servirá como base a un modelo que será producido conjuntamente con la India.

El Sukhoi T-50, un caza de quinta generación ruso, puede ser comprado para la FAB (Fuerzas Aéreas de Brasil) y servirá de base para un modelo local. Por la oferta, Brasil recibiría el Sukhoi-35 para sustituir a los Mirages-2000 que serán jubilados este mismo año, hasta que el T-50 no alcance su estado operacional. Eso debería ocurrir en 2016. El nuevo caza solo será producido comercialmente al final de esta década.

El ministro ruso, en su encuentro con el colega brasileño, llegó a hablar de que podría alquilar equipamiento militar ruso, lo que fue visto como un paso intermedio antes de adquirir el El T-50, el proyecto de caza de quinta generación más avanzado del mundo. En  Estados Unidos tienen sólo un avión de este tipo, el F-22, considerado “invisible al radar”.

El ministro ratificó además que el disputado proceso de compra de cazabombarderos de generación actual, el F-X2, sigue en vías de definición entre tres competidores: el F/A-18 de Estados Unidos, el Rafale de Francia y el Gripen NG de Suecia.

Desde fines de 2012, según el medio brasileño, comenzó a circular el rumor de que la presidenta Dilma Rousseff podía inclinarse por los F18 estadounidenses, pero esa hipótesis se desvaneció luego del escándalo del espionaje de la agencia NSA y la suspensión del viaje a Washington previsto para este mes. Lo que no cabe duda es que Brasil ha abierto un nuevo canal de entendimiento con Rusia en materia militar.

Brasil compra a Rusia armamento por valor de mil millones de dólares | Internacional | EL PAÍS

05/04/2013

El enemigo interior

Filed under: Rússia — Gilmar Crestani @ 9:19 am
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Por Juan Forn

Y cuando también en Rusia la Revolución devoró a sus hijos, quedaron sueltos los hijos de ellos: hijos de enemigos del pueblo, hijos de muertos en la guerra civil o en las hambrunas o en las purgas de Stalin o en el barro y la nieve de la Gran Guerra Patriótica, que es como llaman los rusos a la Segunda Guerra. En todas las ciudades de la URSS había manadas salvajes de ellos, los besprizornye, o niños perdidos. Todos habían aprendido a la fuerza el arte de sobrevivir, robar, engañar, enseñar los dientes, resistir los golpes y beber. Las madres les decían a sus hijos: “Si sigues en la calle te llevarán los besprizornye”. Entonces murió Stalin y, como dijo Anna Ajmatova, dos Rusias se encontraron: la que denunció y la que fue denunciada, y ambas miraron para otro lado, avergonzadas hasta el asco, y mientras tanto todo adolescente soviético harto de la vida de mierda de su casa soñaba despierto con tomar la calle y el código de los besprizornye. Para ser besprizornye había que ser capaz de beberse un litro de vodka por hora, y quedar zapoi, una curda homicida que dura varios días y consiste en beber, subirse en trenes y olvidar todo lo que hagas durante esos días. Se bebe un vodka casero fabricado en palangana con azúcar y alcohol de farmacia, o “lágrima de konsomol”, que es gaseosa con desodorante para pies. Los besprizornye son el enemigo interior. Tarde o temprano caen, y los mandan a Siberia o al manicomio, según la edad o el crimen. En el campo los embrutecen con trabajos inútiles (cavar una zanja para que las piedras que sacan cubran la zanja que cavaron ayer); en el manicomio les ponen chalecos de fuerza y los manguerean con agua helada, para que al congelarse aprieten más. Cuando los sueltan, están quebrados: marcharán derechos, ya saben quién manda.

Es el caso de Edichka Limonov. A los cinco años contrae otitis, la madre lo lleva tironeando al dispensario, paran frente a las vías del tren, pero el pequeño Edichka no piensa que es para mirar a ambos lados antes de cruzar: piensa que su madre está esperando que pase el tren para tirarlo a los rieles. En la escuela le machacan en la cabeza que, durante Stalingrado, Stalin no quiso trocar a su hijo Yakov, apresado por los nazis, por el mariscal de campo Von Paulus: “No se cambia un mariscal por un teniente”, fueron sus famosas palabras (Yakov terminó suicidándose contra los alambres electrificados del campo donde estaba). En cuanto puede, Edichka toma la calle. A los veinte años es un veterano besprizornye que viene de comerse un año en el manicomio: está acabado, a los ojos de los demás. Cuando lo miran, piensan: “Pobre Edichka”. El les contesta mentalmente: “Pobre de mí si me vuelvo como ustedes, imbéciles”. Pero no encuentra vía de expresión a esa ira hasta que dos amigos de juerga lo arrastran una noche a un sótano donde oye recitar por primera vez poesía y descubre la fórmula que puede sacarlo de perdedor: no es difícil, basta concentrar todo el odio en un punto y los imbéciles creen que tienen un poeta delante.

Para entonces ya estamos en la segunda época de las tertulias clandestinas en cocinas y sótanos soviéticos. Al culto a los poetas se le ha sumado el culto al rocanrol, y Edichka es el perfecto punk avant-la-lettre: en cuestión de meses, sus poemas rabiosos se recitan de boca en boca, lo persiguen chicas que antes ni lo miraban, lo bautizan Limonov porque ha salido amarillo del manicomio e igual de amargo, y porque está a punto de explotar (granada, en ruso, se dice limonka). A él le parece mejor que su anónimo apellido de nacimiento y lo adopta, y agita y agita hasta lograr que las autoridades lo expulsen del país, y que, en lugar de Israel, su destino sea Estados Unidos. Déjenme dar un salto acá de los ’70 a los ’90 y contar cómo vuelve Limonov a la URSS de la Perestroika: es un escritor de culto, ha vivido una década en Nueva York y otra en París; en NY pasó de codearse con Baryshnikov y Warhol a vivir en la calle y hacerse romper el culo a diestra y siniestra hasta que consiguió que le publicaran en París un libro brutalmente confesional titulado Al poeta ruso le gustan los negrazos, y se fue a vivir allá y representó durante una década su papel de Charles Manson de las letras, a razón de un libro por año y notas incendiarias en pasquines alternativos del trotskismo a la ultraderecha nihilista. Pero Occidente le parece blando; en cuanto tiene la oportunidad vuelve a Moscú, y allá descubre que en el desmadre del post-comunismo está el auditorio que siempre anheló: veinteañeros besprizornye que hayan probado todo, y lo odien todo, como él.

Para entonces, la Rusia de Gorbachov se ha convertido en la Rusia de Yeltsin, el gran puticlub del hampa universal, los setenta años de atraso capitalista se los han zampado febrilmente y se les atragantan en el gañote, la mitad de los rusos que pedía el fin del comunismo pide que vuelvan los viejos tiempos, al menos algo de los viejos tiempos, y en respuesta a su pedido viene Putin. El venerable disidente Andrei Siniavsky murmura con desolación: “Lo más terrible es la sensación de que la verdad parezca estar hoy del lado de las personas a las que siempre he considerado mis enemigos”. Limonov funda el Partido Nacional-Bolchevique. Su bandera es como la bandera nazi, pero con la hoz y el martillo en lugar de la esvástica. Su saludo: puño en alto mezclado con el brazo alzado del sieg hiel. Para saludar se dicen: “Na smiert”, que significa “hasta la muerte”. Reivindican los tiempos en que la URSS era capaz de dar miedo, hacia afuera y hacia adentro. Kasparov, el ajedrecista devenido político, dice: “En Rusia abundan los generales sin ejércitos; Limonov tiene soldados”. Putin prefiere no tener un Mishima en Moscú y lo manda a la cárcel; a los tres años lo suelta, pero hace vigilar todos sus movimientos. El organy encargado de la misión cita a Limonov en una estación del metro de Moscú, para hacérselo saber, una vieja costumbre de los tiempos soviéticos. Al poeta Joseph Brodsky, a Andrei Sajarov, a Siniavsky y a muchos más les hicieron lo mismo. A diferencia de ellos, Limonov le ofrece sus servicios al FSB (ex KGB): “En lugar de perseguirnos deberían servirse de nosotros para hacer lo que ustedes no pueden hacer”, dice de-safiante.

Limonov tiene hoy 69 años, dice que los únicos interlocutores que no lo asquean (ni se asquean con él) son los besprizornye de cada rincón de Rusia, él es uno de ellos: durmió en la calle, estuvo preso, no les tiene miedo a los golpes, sabe beber y enseñar los dientes. Su partido está prohibido, su revista (Limonka) también, ya no le interesa escribir, pero no puede parar, incluso acepta que otros reescriban su vida, la hagan novela (como Emmanuel Carrère, por ejemplo). Se niega a aceptar que Rusia sólo se entiende como novela rusa, que Rusia es la mayor novela rusa de todos los tiempos, se limita a recitar como un mantra a quien lo quiera oír que los rusos saben morir, pero no saben vivir; y él, en cambio, no sabe morir.

Página/12 :: Contratapa :: El enemigo interior

07/01/2013

Camarada Depardieu

 

De Obelix el galo a Depardieu el ruso

El actor recibe su nuevo pasaporte de manos de Putin y alaba su “gran democracia”

Francia advierte que el impuesto del 75% se ratificará en otoño

Miguel Mora París6 ENE 2013 – 19:24 CET240

Lo que empezó como un gesto radical de insumisión de un actor reconocido en todo el mundo ante la “voracidad confiscatoria” del Ejecutivo socialista liderado por François Hollande ha desembocado en un esperpento global. El actor, viticultor y empresario francés Gérard Depardieu, de 64 años, fue investido el sábado ciudadano ruso por el presidente Vladímir Putin, quien le entregó en mano su flamante pasaporte en un acto celebrado en una de sus lujosas dachas, situada en Sochi, a orillas del mar Negro. Y en agradecimiento, Depardieu hizo pública una carta en la que declara su amor a Rusia y a Putin, y califica al régimen autoritario del Kremlin como una “gran democracia”.

“Nunca olvidaremos ni perdonaremos esa frase: ‘es una gran democracia”, aseguró el periodista Matéi Ganapolski en la radio opositora Eco de Moscú. La cólera de la oposición y de los medios críticos con Putin subió de tono el domingo. Depardieu visitó la región de Mordovia, 650 kilómetros al este de Moscú, y al bajar del avión en la capital, Saransk, fue recibido bajo la nieve por el gobernador, Vladímir Volkov, y por un grupo de mujeres ataviadas con trajes tradicionales que entonaban canciones bucólicas. La televisión rusa, que cubre la visita del actor como si fuera un jefe de Estado, informó de que Volkov propuso al intérprete de Obelix que elija un piso en la ciudad o una parcela en el campo para construirse una casa.

Bañada por el río Volga, Mordovia es más conocida por sus campos de prisioneros que por sus enclaves turísticos. Una de las jóvenes agitadoras del grupo Pussy Riot, que fueron condenadas a dos años de cárcel por organizar una oración-protesta contra Putin en febrero de 2012, cumple su pena en un centro de internamiento de la región.

Depardieu compareció en el escenario del teatro de la ópera local vestido con una colorida camisa bordada y exhibió su flamante pasaporte ante un nutrido grupo de cámaras y fotógrafos. El ahora actor franco-ruso pidió a los representantes de los medios franceses que abandonaran la sala, según contó la televisión rusa.

Los magistrados de París esperan al actor el día 8 de enero para juzgarle por conducir en estado de embriaguez.

Aunque los medios locales no precisaron cuánto durará el periplo ruso de Depardieu, parece probable que el actor y empresario de vinos y restaurantes regrese pronto a Francia. Los magistrados de París le esperan el martes para juzgarle por conducir en estado de embriaguez. El 29 de noviembre pasado, el actor sufrió un accidente leve de moto cuando circulaba por el centro de la capital. Sometido a la prueba de alcoholemia, dio un índice de alcohol de 1,8 gramos por litro de sangre, cuando el máximo autorizado es de 0,5 gramos. Depardieu podría ser condenado a un máximo de dos años de cárcel y un mínimo de 4.500 euros de multa. Perderá seis puntos de su permiso de conducir.

En la carta que envió en diciembre pasado al primer ministro, Jean-Marc Ayrault, para justificar su exilio fiscal en Néchin (Bélgica), Depardieu escribió: “Yo no tiro la piedra contra los que tienen colesterol, hipertensión, diabetes o [beben] demasiado alcohol ni contra quienes se quedan dormidos sobre su moto: soy uno de ellos”.

Brigitte Bardot también pide ‘asilo’ al Kremlin

M. MORA

En tiempos de la revolución bolchevique, la Rusia zarista, la Rusia blanca, se exilió en masa en París. Aunque los socialistas franceses no son precisamente trotskistas, algunos franceses blancos, ricos y eternos como Gérard Depardieu, Bernard Arnault y quizá la más eterna de todos, Brigitte Bardot, ya no quieren ser franceses. Los motivos de la mítica BB no son fiscales. El viernes, la activista de los derechos de los animales amenazó con seguir el camino de Depardieu y pedir la nacionalidad rusa si las autoridades francesas deciden hacer finalmente la eutanasia a dos elefantes enfermos del Circo Pinder acogidos en el zoo de Lyon. Preguntado al respecto por la agencia Tass, un funcionario del Kremlin dijo que no han recibido ninguna petición de la actriz, pero aseguró que si llega “será evidentemente estudiada”.

Unas 200 personas pidieron ayer “justicia para los elefantes” ante el zoo Tete d’Or de Lyon en un intento de salvar las vidas de Baby y Nepal. Los paquidermos sufren una tuberculosis que, según los veterinarios, puede contagiarse a los visitantes del parque y a otros animales. Un tribunal de Lyon ordenó el mes pasado sacrificar a los elefantes, pero las protestas llevaron al prefecto (delegado del Gobierno) a anular la sentencia durante las Navidades. Dando un giro surrealista a la práctica de los exilios, Bardot amenaza ahora con hacerse rusa si el indulto no es definitivo. “He tomado la decisión de pedir la nacionalidad rusa para huir de este país que no es más que un cementerio de animales”, afirmó un comunicado de su fundación. Simpatizante del Frente Nacional de Marine Le Pen, la actriz es una ferviente admiradora de Vladímir Putin, al que alguna vez ha calificado como su “primer ministro preferido”.

Por su parte, el traslado de Bernard Arnault, dueño de LVHM y cuarta fortuna del mundo, que pidió en septiembre la nacionalidad belga, está resultando un calvario. La oficina de extranjería belga rechazó en diciembre la petición, y un tribunal de Bruselas le investiga por supuestas irregularidades contables.

El actor que se dio a conocer con Los rompepelotas (1974) es famoso en la antigua Unión Soviética, donde ha protagonizado campañas publicitarias y algunos lances controvertidos. El pasado 5 de octubre, Depardieu celebró en Grozni el cumpleaños del presidente de Chechenia, Ramzan Kadírov, acusado de múltiples desmanes contra los derechos humanos, al grito de “¡Gloria a Grozni, gloria a Chechenia, gloria a Kadírov!”.

Mientras tanto, en Néchin y Estaimpuis, la pedanía belga donde Depardieu ha decidido instalarse para no pagar sus impuestos en Francia, el inefable alcalde socialista, Daniel Senesael, ha felicitado la Navidad con un vídeo en el que aparece disfrazado de Asterix junto a una banderola que dice: “Bienvenido, Obelix”. Senesael ha anunciado que recibirá oficialmente al actor con una fiesta, como hacen con todos los nuevos residentes. Un 28% de los 10.000 habitantes de Néchin son franceses.

Aunque el exilio fiscal de Gérard Depardieu es uno más entre los 800 casos que se registran cada año —según los cálculos de un informe del Parlamento francés—, la descomunal personalidad del actor y empresario, conocido seguidor de Nicolas Sarkozy, ha logrado convertir un asunto personal en un problema político para François Hollande. Según ha trascendido, el presidente y el político hablaron largamente por teléfono el 1 de enero para tratar de rebajar el tono de la polémica. Depardieu ha contado que la conversación duró hora y media, y ha presumido de que le dijo al jefe del Estado “todo” lo que piensa sobre Ayrault y sobre su política tributaria.

El Elíseo, que reduce la duración a “media hora como mucho”, no comenta el contenido de la charla e insiste en que el asunto Depardieu y la sentencia del Consejo Constitucional, que acaba de anular la tasa del 75% para las rentas superiores al millón de euros, no doblegarán la voluntad del Ejecutivo. El domingo, el ministro de Hacienda, Jerôme Cahuzac, afirmó que el impuesto del 75% será aprobado de nuevo antes del otoño atendiendo a las razones del Constitucional, y sugirió que en vez de durar los dos años previstos inicialmente, la tasa será “perenne”.

De Obelix el galo a Depardieu el ruso | Internacional | EL PAÍS

04/01/2013

Vem aí: Obelix e os sonegadores na Rússia

Filed under: Gérard Depardieu,Rússia — Gilmar Crestani @ 8:57 am

 

El Kremlin ficha a Depardieu

El actor francés se declara encantado de recibir la ciudadanía rusa tras exiliarse en protesta por la decisión de Hollande de aumentar los impuestos a los más ricos

Ana TeruelParís3 ENE 2013 – 20:54 CET531

Gerard Depardieu junto a Vladimir Putin en una foto de archivo de 2010. / ALEXEI NIKOLSKY (AP)

El actor francés Gérard Depardieu, convertido en el símbolo del exilio fiscal como respuesta a la política impositiva del Gobierno socialista del presidente François Hollande, dispone ya de la nacionalidad rusa. El presidente Vladimir Putin ha firmado este jueves el decreto que otorga la ciudadanía al actor, quien se mudó a Bélgica hace unas semanas y ante las críticas del Gobierno anunció su intención de devolver su pasaporte francés. “Yo pedí el pasaporte y estoy encantado de que se me haya concedido. Adoro Rusia, sus hombres, su historia, sus escritores", ha declarado el actor en una carta hecha pública en francés por la cadena rusa Pervyi Kanal.

Depardieu aseguró el domingo que la decisión del Consejo Constitucional de vetar el impuesto del 75% a los ingresos superiores al millón de euros no cambiaría su decisión. La concesión de la nacionalidad fue anunciada por el propio Kremlin en un corto comunicado. Putin declaró hace dos semanas que si el actor que ha dado vida a personajes como Cyrano de Bergerac y Obelix pedía la nacionalidad o la residencia podía considerarlo un “asunto resuelto”. En Rusia, el impuesto sobre la renta es del 13%.

Aunque es poco probable que Depardieu, recién instalado en Néchin, una pequeña localidad belga a escasos kilómetros de la frontera con Francia, opte por mudarse a Rusia, el anuncio del Kremlin da una nueva vuelta de turca al reiterativo debate sobre el exilio fiscal en Francia. Este no ha cesado desde el anuncio en febrero del entonces candidato socialista, el ahora presidente François Hollande, de gravar al 75% los ingresos que superasen el millón de euros. Artistas, deportistas y empresarios trataron de influenciar al Gobierno, sin éxito, para dar marcha atrás.

Finalmente, ha sido el Consejo Constitucional el que ha anulado el impuesto, pero lo ha hecho por un detalle técnico en su forma de cálculo, sin entrar a valorar si la cifra del 75% es abusiva, como consideran sus detractores. El Ejecutivo asegura que volverá a presentar un dispositivo similar para los impuestos del año que viene, por lo que la tasa simplemente se aplazaría un año.

Putin firma el decreto que otorga al actor la nacionalidad rusa

En cualquier caso, Depardieu es solo uno de los numerosos exiliados fiscales franceses, muchos de los cuales no han esperado la llegada de Hollande al Elíseo. Aunque no existen cifras oficiales dado la dificultad de identificar las motivaciones de los exiliados, un estudio parlamentario estimaba hace unos años que entre 700 y 800 ciudadanos franceses con grandes fortunas elegían cada año domiciliarse en el extranjero, principalmente en Suiza, Bélgica, Reino Unido y Estados Unidos.

Entre los empresarios, destacan nombres como el de la familia Mulliez, propietaria de Auchan (Alcampo) y Decathlon, residente también de Néchin desde los años 90, o la familia Peugeot, instalada en Suiza. En septiembre, el empresario Bernard Arnault, propietario del imperio LVMH y primera fortuna de Francia, provocó una oleada de crítica e indignación al pedir la nacionalidad belga, a pesar de negar su voluntad de exiliarse fiscalmente. Entonces se supo que disponía ya de una residencia en Uccle (Bélgica). Actores como Alain Delon (Suiza), Laeticia Casta (Reino Unido) o cantantes como Johnny Hallyday (Suiza), también han optado hace tiempo por salir al extranjero, al igual que numerosos deportistas, residentes en Suiza.

El Kremlin ficha a Depardieu | Gente | EL PAÍS

Nijinsky & Diaghilev: olvidados de Dios

Filed under: Nijinsky,Rússia — Gilmar Crestani @ 8:38 am

A  relação da França com a Rússia, em voga agora que o governo russo resolveu oferecer exílio ao mega sonegador, Gérard Depardieu, sempre foram de amor e ódio. De qualquer sorte renderam boas obras literárias e trocas culturais muito intensa. A obra do Tolstoi, mas Guerra e Paz não existiria sem Napoleão…

Falando em Ballet Russo, para além do Bolshoi, ontem vi um filme franco-russo sobre a relação de Coco Channel com Igor Stravinsky. Recomendo!

Por Juan Forn

Serguei Diaghilev, el empresario que inventó Los Ballets Rusos, detestaba (para escándalo de todos los grandes hoteles europeos) dormir sin su adorado Nijinsky en la cama, pero detestaba aún más subirse a un barco para cruzar el mar. Así que cuando Los Ballets Rusos, que eran el espectáculo más admirado en toda Europa, emprendieron su primera gira sudamericana, en 1913, la compañía partió con su estrella a la cabeza, pero sin su director. Nijinsky viajaba en primera, el resto en tercera. Con la compañía viajaba una admiradora, una joven húngara, hija de la actriz más famosa de su país, que estaba perdidamente enamorada de Nijinsky desde que lo había visto bailar en París. La joven Romola de Pulszky era una niña mimada: cuando viajaba, viajaba en primera, y cuando quería algo, lo obtenía. Es leyenda que Nijinsky era una nulidad en el trato social; sólo con Diaghilev aparecía algo de lo que mostraba en el escenario. Su madre lo había educado férreamente para que fuera una máquina divina de bailar: las mujeres no eran buenas para un bailarín; traían hijos y problemas; mejor un buen mecenas. Sólo en Rusia quedaba excelencia en el ballet masculino (en el resto de Europa esos papeles los hacían mujeres) y era tradición en el mundo cortesano que rodeaba al ballet ruso ofrendar un bailarín a un amigo. El príncipe polaco Lvov le regaló una noche con Nijinsky a Diaghilev y, a la mañana siguiente, Diaghilev decidió regalárselo al mundo. Los Ballets Rusos fueron el marco perfecto para que Nijinsky pudiera resplandecer: coreografías de Fokine, música de Debussy y de Stravinsky, el mejor cuerpo de baile imaginable, vestuarios y decorados de Bakst y Goncharova. Europa cayó a los pies del dios de la danza.

Hasta que el dios de la danza decidió que debía hacerse cargo no sólo de las coreografías de sus solos sino también de todos los movimientos de los demás bailarines. Lo que Nijinsky hacía con su cuerpo era asombroso (“Todo lo que inventó era contrario a todo lo que le habían enseñado”, dijo su colega Marie Rambert), pero era un desastre como coreógrafo: no sabía transmitir, no tenía paciencia, no lograba mostrar a sus compañeros cómo llegar hasta ahí, cómo romper corporalmente los movimientos de la danza clásica. El famoso escándalo del estreno de La Consagración de la Primavera no fue tanto por la música de Stravinsky como por los movimientos de Nijinsky y su pandilla. Sólo que la pandilla odiaba tener que bailar así, tal como Debussy y Stravinsky habían odiado que su música se bailase así. De manera que Diaghilev tuvo que convencer a Nijinsky de que volvieran al repertorio anterior en aquella gira sudamericana y creyó ilusamente que todo iría bien cuando se despidió de él en su camarote de primera, antes de zarpar del puerto de Marsella. Un mes después se sintió morir, en Venecia, cuando se enteró por telegrama de que Nijinsky y Romola se habían casado (en la iglesia de San Miguel Arcángel, esquina de Suipacha y Bartolomé Mitre) nomás desembarcar en Buenos Aires.

Diaghilev expulsó a Nijinsky de Los Ballets Rusos. Fue un mal negocio para ambas partes: Nijinsky era incapaz de armar una compañía propia y Los Ballets Rusos sin él eran como la selva sin el león. En el medio vino la Primera Guerra. Nijinsky y Romola se habían refugiado en Budapest, con su hija recién nacida. El fue sometido a arresto domiciliario, por extranjero, su mujer se pasaba el día peleando con su madre mientras la beba berreaba. Diaghilev lo rescató en 1917 para una gira norteamericana y otra sudamericana (sólo en América había plata para pagar a Los Ballets Rusos en aquellos tiempos). En el último show de la gira, en Montevideo, una gala para la Cruz Roja con Arthur Rubinstein al piano, Nijinsky demoró hasta pasada la medianoche su entrada al escenario y, según las memorias de Rubinstein, él tocaba Chopin pero Nijinsky bailaba la muerte de Petrushka, y lo hacía como si fuese él mismo quien estaba muriendo. El público no se atrevió a aplaudir al final. Nijinsky tenía 28 años. Era la última vez que bailaba en público.

Antes de aquella fatídica noche en Montevideo, durante las funciones en Buenos Aires, Ricardo Güiraldes consiguió con su amigo pintor González Garaño que Nijinsky los recibiera: querían convencerlo de hacer un ballet basado en la leyenda del urutaú. Garaño mostró dibujos de criaturas emplumadas, Güiraldes contó en francés la historia de la princesa guaraní embrujada por el demonio, que la transforma en el pájaro, cuyo llanto da origen al eterno lamento de la selva, y hasta le tararearon algunos de los motivos musicales que ya tenían compuestos. Nijinsky se interesó, les pidió que volvieran a verse en Suiza, al final de la gira, y partió a su cita con destino en Montevideo. Güiraldes y Garaño esperarían en vano en Saint Moritz, meses después, que se les franqueara el acceso a Nijinsky. El urutaú quedó en leyenda. Güiraldes se volvió a la Argentina a escribir Don Segundo Sombra, Garaño siguió con su vida cortesana en Mallorca y sabemos de sobra qué pasó con Nijinsky.

Romola se lo llevó a Suiza, lo sometió a un primer psiquiatra, que dio un diagnóstico casi literario (“Los síntomas que me describe, sabiendo que el paciente es un artista ruso, no son prueba de ninguna enfermedad mental”); lo llevó a un segundo psiquiatra, que lo declaró esquizofrénico, y lo internaron en una clínica en Zürich. Tres meses después, el dios de la danza aseguraba a gritos que sus brazos, sus piernas y su cabeza pertenecían a personas distintas y lo tenían en chaleco de fuerza para que no se desconyuntara a sí mismo. Entre diagnóstico e internación, Nijinsky escribió durante cincuenta días un diario con el que demostrar a psiquiatras y familiares que no estaba loco. Es uno de los testimonios más desgarradores que existen de una persona perdiendo literalmente la razón mientras escribe: Nijinsky siente que algo portentoso está ocurriendo en él, lo que no sabe es si se está convirtiendo en luz (“Soy Dios”) o se lo están devorando las tinieblas (“Soy el olvidado de Dios”). Romola publicó ese diario, severamente expurgado, en los años ’30, cuando Nijinsky llevaba una década de internaciones y ya no podía ni ponerse los zapatos solo: el libro incluía un pedido de contribuciones voluntarias y daba a entender que su marido podía volver a bailar si todos colaboraban. De eso vivió Romola hasta que Nijinsky se apagó pacíficamente, durmiendo, en Londres, en 1950, por fallas del riñón. Llevaba treinta y tres años sin bailar.

Casi no hay filmaciones de Nijinsky bailando, casi no hacen falta: Nijinsky es básicamente una leyenda, como el urutaú, y como bien se sabe, toda representación disminuye la leyenda. De Barishnikov y Nureyev hay imágenes. De Nijinsky sólo sabemos que fue el hombre que dejó en vilo al mundo cuando estaba en el aire y, en lugar de volver al piso, se esfumó en los confines más remotos de su cabeza.

Página/12 :: Contratapa :: El olvidado de Dios

21/12/2012

Seria medo dos massacres?!

Filed under: EUA,Rússia — Gilmar Crestani @ 10:46 pm

 

Rússia proíbe por lei as adoções de crianças russas por famílias dos EUA

Do Opera Mundi

A Duma, Câmara dos Deputados da Rússia, aprovou, nesta sexta-feira (21), uma lei que proíbe a adoção de crianças russas por famílias dos Estados Unidos, além da entrada, em seu território, de cidadãos estadunidenses ligados a violações aos direitos humanos, uma medida que pretende responder à “Ata Magnistski” adotada por Washington.

A polêmica legislação, que inclui uma emenda que também proíbe a atividade das organizações que entregam crianças russas para adoção por pais estadunidenses, foi aprovada por 420 dos 450 deputados da Duma, enquanto apenas sete votaram contra.

No trecho mais criticado, o texto da iniciativa do partido do Kremlin, Rússia Unida, e dos ultranacionalistas, também suspende a vigência do acordo sobre adoções assinado com os Estados Unidos em julho passado e que foi ratificado pela Duma.

A lei proíbe a entrada no país de estadunidenses envolvidos em crimes contra cidadãos russos no exterior, acusados pela Rússia de sequestrar, privar de liberdade ou emitir sentenças injustas contra cidadãos russos, segundo a agência “Interfax”.

A Rússia se reserva o direito de reter os ativos dos estadunidenses incluídos nessa lista e proibi-los de fazer operações com propriedades e investimentos em território russo.

O projeto de lei prevê que a lista seja elaborada pelo Ministério das Relações Exteriores, mas outorga a deputados, senadores, partidos políticos e outras autoridades a capacidade de propor nomes para sua incorporação à relação de estadunidenses que não poderão entrar no país.

A “Ata Magnistki” está incluída na lei aprovada pelas duas câmaras do Congresso dos Estados Unidos que normalizam as relações comerciais com a Rússia ao eliminar a emenda Jackson-Vanik, de 1974, que vinculava o comércio com a União Soviética à liberdade dos judeus e de outras minorias a emigrar.

A lei que normaliza o comércio com a Rússia contém uma cláusula que ordena o governo de Barack Obama a publicar os nomes das pessoas supostamente envolvidas na morte em 2009, em uma prisão da Rússia, do advogado Sergei Magnitsky, que tinha feito graves denúncias de corrupção contra as autoridades russas. Também requer que as autoridades estadunidenses neguem vistos e congelem os ativos de qualquer indivíduo dessa lista ou outras pessoas envolvidas no futuro em abusos contra os direitos humanos.

Calcula-se que haja cerca de 1 milhão de órfãos e crianças abandonadas na Rússia, país onde só nos últimos anos as famílias passaram a adotar crianças.

Sul 21 » Rússia proíbe por lei as adoções de crianças russas por famílias dos EUA

03/11/2012

Ninguém tem o monopólio da verdade

 

Relatório de direitos humanos nos EUA publicado pela Rússia

Enviado por luisnassif, sex, 02/11/2012 – 16:34

Por Rodolfo Machado

Do Gazeta Russa

“Nenhum país pode servir de modelo de democracia”

Elena Chernenko, Kommersant

Diplomata russo fala sobre relatório referente à situação dos direitos humanos nos Estados Unidos elaborado pela Rússia.

“Nenhum país pode servir de modelo de democracia”

Delegado dos direitos humanos da diplomacia russa, Konstantin Dolgov. Foto: Kommersant

Na semana passada, a Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo) aprovou o primeiro relatório sobre a situação dos direitos humanos nos Estados Unidos elaborado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.

O coordenador do relatório e delegado dos direitos humanos da diplomacia russa, Konstantin Dolgov, explicou, em entrevista ao jornal “Kommersant”, por que Moscou resolveu produzir o documento no qual critica a administração norte-americana.

Kommersant: Como surgiu a ideia de fazer um relatório sobre os EUA?    

Konstantin Dolgov: Os EUA continuam, sem razão, colocando-se como autoridade absoluta e líder inquestionável nas questões da democracia e direitos humanos. Muitas vezes, suas tentativas beiram a interferência direta nos assuntos internos. Infelizmente, a Rússia já se deparou com esse problema. No entanto, segundo nosso relatório, os próprios norte-americanos enfrentam problemas muito complicados em termos de direitos humanos.

Kommersant: Onde conseguiram informações para tirar essas conclusões?

K.D.: Em fontes do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, de organizações não governamentais diversas, como a Human Rights Watch e a Anistia Internacional, e de associações internacionais de jornalistas. Neste ano, os EUA caíram 27 posições no ranking anual de liberdade de imprensa da conhecida organização internacional “Repórteres sem Fronteiras”, ficando com o 47º lugar.

Kommersant: Mas a Rússia está em 142º lugar nesse ranking…

K.D.: Sim, a Rússia está abaixo dos EUA na classificação. Mas há quanto tempo a Rússia está no caminho do desenvolvimento democrático? E os EUA? Não dá para comparar.

Kommersant: O senhor acha que os EUA não podem servir de modelo de democracia?

K.D.: É isso mesmo. Nenhum país pode servir de modelo de democracia. Nem os EUA, nem a França, nem a Suíça. Os problemas existem em todos os países, diferenciando-se pelo tamanho e natureza. Portanto, nenhum país tem o monopólio sobre os cânones dos direitos humanos.

Kommersant: O senhor não acha que o fato de a Rússia começar a criticar outros países por problemas em termos de direitos humanos dará ao Ocidente motivo para aumentar suas críticas em relação à Rússia?

K.D.: Será que é possível aumentá-las ainda mais? As críticas lançadas contra a Rússia pelos EUA e alguns países da UE são tão exageradas que é impossível haver críticas maiores. No entanto, não temos medo disso. Reagimos de forma contida a muitos relatórios críticos sobre a situação em nosso país.

Kommersant: Costumamos dizer que eles são injustos…

K.D.: Quando são injustos, dizemos isso. Bem, por exemplo, alguns relatórios anuais do departamento de Estado dos EUA sobre a liberdade religiosa no mundo repetiam a cada ano uma tese que não tinha, havia muito tempo, nada a ver com a situação real na Rússia. No mais recente relatório, a diplomacia americana reconheceu, até certo ponto, tal fato.

Kommersant: O relatório russo não estaria também interferindo nos assuntos internos dos Estados Unidos e, portanto, violando sua soberania?

K.D.: A Rússia não diz que a crítica em si é uma interferência. No entanto, algumas ações resultantes das críticas podem vir a constituir uma intervenção nos assuntos internos. Se começássemos a prestar ajuda financeira a algumas organizações não governamentais norte-americanas para a concretização de projetos políticos específicos, isso poderia ser acolhido como interferência nos assuntos internos.

Kommersant: Haverá novos relatórios do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia sobre a situação dos direitos humanos no mundo?

K.D.: Sim, o próximo relatório pode ser lançado muito em breve.

Publicado originalmente pelo jornal Kommersant

Relatório de direitos humanos nos EUA publicado pela Rússia | Brasilianas.Org

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