Ficha Corrida

16/01/2015

Retrato inacabado da máfia midiática

Hoje o perigo à democracia mora nos blocos monolíticos que filtram o que eles acham que podemos ou devemos saber.  Aquilo que Nassif chama de “cartel midiático” eu chamo de Lei Rubens Ricúpero, revelada no já clássico da manipulação jornalística, perpetrada na Rede Globo, conhecido como o Escândalo da Parabólica. Envolvia relações familiares, Carlos Monforte e Rubens Ricúpero, e políticas, a captura de FHC, via Miriam Dutra, pela Rede Globo.

O dia em que a mídia brasileira descobriu Murdoch

sex, 16/01/2015 – 06:00

Atualizado em 16/01/2015 – 06:00

Luis Nassif

Em meados dos anos 2.000, subitamente o Olimpo da mídia passou a ser invadido por corpos estranhos, dinossauros de direita, que se supunha extintos desde o final da Guerra Fria, com uma linguagem vociferante, bélica, atacando outros jornalistas, pessoas públicas, partidos políticos, com um grau de agressividade inédito.

Até então, veículos criticavam veículos, mas não havia ataques pessoais a jornalistas.

O grande movimento começou por volta de 2005, coincidindo com a montagem do cartel midiático liderado por Roberto Civita, o cappo da Editora Abril.

***

Inspirada no australiano-americano Rupert Murdoch, a estratégia adotada consistia em juntar todos os grandes grupos de mídia em uma guerra visando ganhar influência para enfrentar os novos grupos que surgiam no bojo das novas tecnologias.

Montado o pacto, o primeiro passo foi homogeneizar o universo midiático, acabando com o contraditório.

Personalidades construídas pela mídia são agentes poderosos de influência em todos os campos. Ao contrário, as vítimas de ataques sofrem consequências terríveis em sua vida pessoal, profissional.

Trata-se de um poder tão ilimitado que uma das “punições” mais graves impostas a recalcitrantes é a “lista negra”, a proibição da citação de seu nome em qualquer veículo.

Em um modelo competitivo de mídia, essas idiossincrasias eram superáveis, permitindo a diversificação de pensamento.

O fim da guerra fria – no caso brasileiro, o fim da ditadura e o pacto das diretas – produziu um universo relativamente diversificado de personalidades, entre jornalistas, intelectuais, empresários, artistas e celebridades em geral, bom para o jornalismo, ruim para as estratégias políticas da mídia.

***

Nos Estados Unidos, a estratégia de Rupert Murdoch foi criar um inimigo externo, que substituísse os antigos personagens da Guerra Fria. E calar eventuais vozes independentes, de jornalistas, com ataques desqualificadores, para impedir o exercício do contraponto.

A estratégia brasileira baseou-se em um modelo retratado no filme “The Crusader” que, no Brasil, recebeu o nome de “O Poder da Mídia” – dirigido por Bryan Goeres, tendo no elenco, entre outros, Andrew McCarthy e Michael York.

Narra a história de uma disputa no mercado de telecomunicações, no qual o dono da rede de televisão é cooptado por um dos lados. A estratégia consistiu em pegar um repórter medíocre e turbiná-lo com vários dossiês, até transformá-lo em uma celebridade. Tornando-se celebridade, o novo poder era utilizado nas manobras do grupo.

Por aqui o modelo foi testado com um colunista de temas culturais, Diogo Mainardi. Sem conhecimentos maiores do mundo político e empresarial, foi alimentado com dossiês, liberdade para ofender, agredir e, adicionalmente, tornar-se protagonista nas disputas do banqueiro Daniel Dantas em torno das teles brasileiras.

Lançado seu livro, os jornais seguiram o script de alça-lo à condição de celebridade. O ápice foi uma resenha de O Estado, comparando-o a Carlos Lacerda e um perfil na Veja tratando-o como “o guru do Leblon.

Foi usado e jogado fora,quando não mais necessário.

***

A segunda parte do jogo foi a reconstrução do Olimpo midiático com uma nova fauna, que se dispusesse a preencher os requisitos exigidos, de total adesão à estratégia do cartel. Não bastava apenas a crítica contra o governo e o partido adversário. Tinha que se alinhar com o preconceito, a intolerância, expelir ódio por todos os poros, tratar cada pessoa que ousasse pensar diferente como inimigo a ser destruído.

Vários candidatos se apresentaram para atender à nova demanda. De repente, doces produtores musicais, esquecidos no mundo midiático, transformaram-se em colunistas políticos vociferantes e voltaram a ganhar os holofotes da mídia; intelectuais sem peso no seu meio tornaram-se fontes em permanente disponibilidade repetindo os mesmos mantras; humoristas ganharam programas especiais e roqueiros espaço em troca das catilinárias.

***

Mas a parte que interessa agora – até para entender a ação que me move o diretor da Globo Ali Kamel – foi o papel desempenhado por diretores de redação com ambições intelectuais.

Com autorização para matar e para criar a nova elite de celebridades midiáticas, ambicionaram não apenas o poder midiático, mas julgaram que eles próprios poderiam cavalgar a onda e se tornarem as estrelas da nova intelectualidade que a mídia pretendia forjar a golpes de machado.

Montou-se um acordo com a editora Record e, de repente, todos se tornaram pensadores e escritores. Cada lançamento recebia cobertura intensiva de todos os veículos do cartel, resenhas na Folha, Globo e Estadão, entrevistas na Globonews e no programa do Jô.

Durante algum tempo, o público testemunhou um dos capítulos mais vexaminosos de auto-louvação, uma troca de elogios e de favores indecente, sem limite, que empurrou a grande mídia brasileira para o provincianismo mais rotundo.

Diretor da Veja, Mário Sabino lançou um romance que mereceu uma crítica louvaminhas na própria Veja, escrita por um seu subordinado e a informação da Record de que o livro estaria sendo recebido de forma consagradora em vários países. O livro de Kamel foi saudado pela revista Época, do mesmo grupo Globo, como um dos dez mais importantes da década.

Coube à blogosfera desmascarar aquele ridículo atroz, denunciando a manipulação da lista dos livros mais vendidos de Veja, por Sabino, para que sua obra prima pudesse entrar (http://migre.me/o8OmT). E revelando total ausência das supostas edições estrangeiras de Sabino na mais afamada livraria virtual, a Amazon.

Na ação que me move, um dos pontos realçados por Kamel foi o fato de ter colocado em meu blog um vídeo com a música “O cordão dos puxa sacos”, para mostrar o que pensava da lista dos livros mais relevantes da década da revista Época.

***

Graças à democratização trazida pelas redes sociais, os neo-intelectuais não resistiram à exposição de suas fraquezas.

Kamel conformou-se com seu papel de todo-poderoso da Globo, mas de atuação restrita aos bastidores; Sabino desistiu da carreira de candidato ao Nobel de literatura.

Derrotados no campo jornalístico, no mano-a-mano das disputas intelectuais, recorreram ao poder das suas empresas para tentar vencer no tapetão das ações judiciais, tanto Kamel quanto Sabino, Mainardi, Eurípides.

Ao esconder-se nas barras da saia das suas corporações, passaram a ideia clara sobre a dimensão de um homem público, quando despido das armaduras corporativas.

O dia em que a mídia brasileira descobriu Murdoch | GGN

28/09/2014

A ditadura só perdura onde não há punição

Na imagem, Augusto Nunes passando a mão na bunda do ditador João Batista Figueiredo, que disfarça acendendo o cigarro. Ao lado do Augusto, Roberto Civita.

Augusto NunesA lei de anistia feita por ditadores para proteger ditadores só continua sendo aceita porque tem muita gente importante que participou da ditadura e hoje não quer ver seu nome envolvido. Para impedir que o Poder Judiciário revise uma posição retrógrada de manter intacta a tortura, o Instituto Millenium, um “puteiro” mantido pelos velhos Grupos MafioMidiáticos, criou um site para patrulhar o Poder Judiciário.

Se fossem abertos processos para esclarecer tudo o que houve na ditadura, certamente seriam ouvidos os membros da cinco famílias que mais lucraram com a ditadura.

Sem a ditadura, Folha, Estadão, Abril, Globo & RBS seriam empresas de fundo de quintal. Rever e revelar os crimes da ditadura importaria em trazer para o banco dos réus todos os cúmplices.

Como fazer isso se Augusto Nunes, Elio Gaspari, Alexandre Garcia e tantos outros  foram porta-vozes e lambe-botas dos ditadores e hoje prestam serviço a velhos grupos de mídia?!

Elias Stein, torturado durante o regime militar

“O Governo me monitorou até 1989, depois do fim da ditadura”

Elias Stein, um dos nomes da ‘lista negra do ABC’, foi sindicalista ao lado do ex-presidente Lula

Beatriz Borges São Paulo 24 SEP 2014 – 18:20 BRT

Elias Stein, ex-sindicalista. / BOSCO MARTÍN

Em 2005, Elias Stein, hoje com 75 anos, pediu todos os documentos onde constasse seu nome ao Arquivo Público do Estado de São Paulo. Sindicalista durante boa parte de sua vida, foi preso e torturado pela ditadura militar em 1974 e, por isso, queria saber o que a polícia sabia sobre ele. Ficou surpreso com o resultado da pesquisa. "Veio um calhamaço assim", indica, distanciando o polegar do dedo indicador. Entre os papéis, que comprovavam que havia sido monitorado até 1989, depois do final da ditadura, havia uma lista que chamou sua atenção. Nela constava seu nome, endereço e o nome da empresa Toshiba, fábrica de aparelhos eletrônicos onde trabalhou entre setembro de 1979 e maio de 1980. Se tratava da lista negra do ABC, em referência às cidades da região metropolitana de São Paulo, Santo André, São Bernardo e São Caetano. Nela havia cerca de 450 nomes de trabalhadores de empresas destes municípios. Todos os nomes tinham algo em comum: haviam participado da greve dos metalúrgicos do ABC, que durou 41 dias, em 1980. E, uma segunda coincidência: nunca mais voltaram a encontrar trabalho na área depois de terem sido demitidos ao voltar da cessação coletiva, que terminou no dia 12 de maio. “Quem tinha o 12 de maio na carteira como data de demissão estava condenado a não trabalhar mais”, explica Stein. E o desemprego, para o trabalhador qualificado, segundo ele, “é uma tortura”.

O PT tirou do programa de governo a revisão da lei de Anistia. Não se trata de vingança, mas de não repetir os mesmos erros. Quem torturou tem que pagar, nós torturados já pagamos por isso"

Durante esta greve, Stein foi um dos 16 escolhidos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anteriormente líder sindical, para acompanhar a paralisação enquanto ele estivesse preso. Tanto ele como Lula foram parar na tal lista negra. Mas os nomes que estavam nela não sofreram torturas físicas, pois a situação na década de 1980 já era diferente da dos anos de chumbo da ditadura, o período mais repressivo (de 1968 a 1974). O castigo, porém, era psicológico. “Todos tiveram que mudar de profissão ou até de cidade. Eu mesmo deixei de ser metalúrgico para trabalhar na prefeitura de Santo André entregando IPTU (imposto)”, conta, com pesar. Stein explica que muitos só souberam do boicote há pouco tempo, quando a lista negra foi divulgada pela Comissão Nacional da Verdade, que está investigando as empresas que colaboraram com o regime. Ele, no entanto, descobriu sobre a represália enquanto procurava trabalho. “Fui até uma agência de emprego e, enquanto o responsável pelo departamento pessoal foi atender o telefone, peguei a ficha para ver o salário. E lá estava o aviso: ‘Não mandar nenhum candidato cuja data de demissão seja 12 de maio’. Aí eu falei: tá explicado".

Vão contar a história só daqui a 20, 30 anos, quando todos tiverem morrido. Tem gente que na época era sargento, hoje é general, coronel, e eles não querem que isso apareça”

Os papéis do Arquivo Público também registraram o monitoramento que o Governo fez sobre seus passos, mesmo após o final do regime militar, que acabou em 1985. "Na ficha da Abin [Agência Brasileira de Inteligência, antigamente Serviço Nacional de Inteligência (SNI)] constava que eu tinha ido trabalhar no Centro Pastoral Vergueiro [organização que difundia informações para os sindicalistas], em 86; que tinha participado de congresso da CUT [Central Única do Trabalhador, sindicato] no mesmo ano em São Bernardo; que em 89 eu tinha sido assessor da administração regional do Waldemar Rossi [sindicalista] na Mooca durante o governo da Luiza Erundina [prefeita de São Paulo entre 1989-1993]", lista, enquanto se indigna ao não conseguir explicar como eles conseguiam essas informações – todas verdadeiras – nem qual era o propósito de continuar investigando sua vida.

Ditadura militar

Em 1972, durante a ditadura (1964-1985), Stein foi preso. O levaram ao Departamento de Ordem Política e Social, o DOPS, que tinha Sérgio Fleury na função de delegado, um representante da dura repressão policial da época. "Cada vez que eu olhava para ele [Fleury], me sentia frio na alma. Ele era um demônio". Stein passou por choques, incontáveis tapas na cara e "muito telefone", um tipo de agressão que consistia em bater as duas mãos em forma de concha nas orelhas do torturado. "É uma luta interna do seu corpo, que não quer sofrer, com sua consciência dizendo que você não pode falar nada".

mais informações

Stein está contente com o resultado das oitivas realizadas pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), que entrevistou torturados e torturadores. No entanto, é muito cético quanto aos esclarecimentos que a CNV conseguiu. “Vão contar a história só daqui a 20, 30 anos, quando todos tiverem morrido. Tem gente que na época era sargento, hoje é general, coronel, e eles não querem que isso apareça”. Critica Lula, dizendo que ele sim tinha força política para obrigar os militares a abrir essas caixas pretas. “Em 25 de fevereiro deste ano o comandante Enzo Peri [comandante do Exército brasileiro] emitiu um comunicado proibindo os quartéis de repassar informações sobre o período. Quer dizer, isso em 2014 e passando por cima da lei de acesso à informação da Dilma”. Esta semana, no entanto, as Forças Armadas, que aglutinam o Exército, a Marinha e a Aeronáutica, emitiram um comunicado dizendo que não tinham como negar as torturas, um passo em direção ao sonho de Stein.

Hoje, se tivesse que voltar no tempo, não tem dúvida alguma de que tomaria as mesmas decisões. “Faria tudo de novo”, disse. No fundo, acredita que a ditadura segue viva, evidenciada "pelas ações violentas da polícia" em manifestações e no tratamento à população. "Eu acho que a direita ganhou essa guerra ideológica faz tempo. Com a Carta aos brasileiros do Lula em 2002 [que o ex-presidente escreveu para acalmar o mercado financeiro, que tinha receio sobre sua candidatura], provamos que abrimos as pernas para a direita, que seguimos a cartilha deles". E isso permanece no Governo Dilma, afirma. "O PT tirou do programa de Governo a revisão da lei de Anistia [de 1979, que perdoou os crimes da ditadura]. Não se trata de vingança, mas de não repetir os mesmos erros. Quem torturou tem que pagar, nós torturados já pagamos por isso".

“O Governo me monitorou até 1989, depois do fim da ditadura” | Politica | Edição Brasil no EL PAÍS

26/08/2013

Veja FHC, o paspalho

Depois que FHC se tornou ventríloquo, via CEBRAP, dos EUA, conseguiu tudo o que diz. Conseguiu se eleger graças à parabólica do Rubens Ricúpero. Comprou a reeleição por duzentos mil reais ao voto. Entregou “no limite da irresponsabilidade”, o sistema TELEBRAS aos norte-americanos. Assumiu clandestinamente filho com Miriam Dutra, jornalista da Globo, e em conluio com a Globo a escondeu na Espanha. O filho que pensara ser seu, os filhos da D. Ruth Cardoso descobriram, mediante exame de DNA, que era só filho da mãe. Como se vê, nem os filhos de FHC acreditavam em FHC. Quebrou o Brasil e fez vários papagaios no FMI. Perdeu a eleição e levantou a bandeira da liberação da maconha. A Veja sabia disso tudo ou não? Sabia, sim, mas era só parceira. Veja & FHC, são apenas subprodutos de uma sociedade imbecilizada. Há dois tipos que ainda acreditam em ambos, os mal informados e os mal intencionados.

Quando FHC trouxe cubanos, Veja aplaudiu

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Revista da Editora Abril afirma que "o milagre veio de Cuba" numa reportagem de outubro de 1999, quando o presidente era Fernando Henrique Cardoso e o ministro da Saúde, José Serra, ao descrever a situação de municípios como Arraias, em Tocantins, que não tinham médicos; a matéria chega a dizer que "os cubanos são bem-vindos"; agora que Dilma Rousseff e Alexandre Padilha propõem socorrer as cidades sem médicos com profissionais cubanos, eles são chamados de escravos e de espiões comunistas por Veja

26 de Agosto de 2013 às 14:21

247 – Numa reportagem publicada na edição número 1.620, de 20 de outubro de 1999, a revista Veja elogiou a vinda de médicos cubanos ao Brasil. "O milagre veio de Cuba", chega a colocar o texto, depois de descrever a precária situação do, na época, único hospital do município de Arraias, em Tocantins. A matéria explica o motivo pelo qual o hospital ficou fechado por quatro anos depois de ser inaugurado, em 1995: "Faltavam médicos que quisessem aventurar-se naquele fim de mundo". Foi quando a cidade "conseguiu importar cinco médicos da ilha de Fidel e, assim, abrir as portas do hospital".

Infelizmente, a situação de hoje não é muito diferente. O governo da presidente Dilma Rousseff, com Alexandre Padilha no ministério da Saúde, anunciou a contratação de quatro mil médicos cubanos para trabalhar em 701 municípios que não foram escolhidos por nenhum profissional inscrito no programa Mais Médicos. Diferente de quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso firmou o convênio com Cuba, no entanto, desta vez a revista cobriu o assunto escancarando seu preconceito. Chamou o que antes era "a tropa vestida de branco de Cuba" de "espiões comunistas". O colunista Reinaldo Azevedo os chamou de escravos.

Em outro trecho, a matéria diz: "os cubanos são bem-vindos", ressaltando, porém, que a contratação desses médicos era irregular, motivo que também é trazido à tona atualmente. Apesar dessa pequena crítica, o destaque do texto de 1999 fica para histórias de personagens cubanos que pretendiam melhorar de vida no Brasil e trabalhar com amor. Inexplicavelmente, agora, sob o governo petista, a posição da revista mudou completamente. Por quê?

Leia mais em Por que a importação de médicos cubanos vai inundar o Brasil com espiões comunistas

E artigo de Reinaldo Azevedo, que chama os médicos cubanos de "escravos de jaleco do Partido Comunista".

Abaixo, a reportagem de Veja de outubro de 1999:

Quando FHC trouxe cubanos, Veja aplaudiu | Brasil 24/7

03/06/2013

Lúcifer também foi um anjo

Filed under: Roberto Civita — Gilmar Crestani @ 11:19 pm
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Lúcifer também foi um anjo

Filed under: Roberto Civita — Gilmar Crestani @ 10:50 pm
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31/05/2013

Impostores do Impostômetro

Filed under: Impostômetro,Impostores,Instituto Millenium,Roberto Civita — Gilmar Crestani @ 9:39 am
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Notícia do El País, neste 30/05/2013: La gasolina sin impuestos en España vuelve a ser la más cara de la eurozona “El litro de la 95 cuesta de media 72,3 céntimos, solo superada por Malta. La media está en 697 céntimos. En la última semana de mayo, el precio medio del litro de gasolina era de 1,437 euros, frente a los 1,412 de la semana anterior, mientras que el diésel ha aumentado de 1,329 a 1,348 euros. Frente a estos precios, la media de la gasolina y del diésel en la zona euro ha sido de 1,612 y 1,415 euros, respectivamente”.

Resumindo, o que os a$$oCIAdos do Instituto Millenium não sabem é que, sem impostos, a gasolina na Espanha custa 72,3 centavos de euro, mas com os impostos, são 1,437 euros. Um euro hoje custa 2,7558 reais. Se os impostores do impostômetro fossem bons de cabeça como são de apoio da mídia, ficariam quietos. Só fazem barulho porque seus seguidores têm cérebros de galinha.

Roberto Civita, Instituto Millenium e outras empulhações

Não exatamente sobre Roberto Civita (ou só sobre), dirigente (morto há pouco) de um império midiático que agrega publicações, mídia eletrônica, canais de rádio e televisão, mas sobre outra de suas “criações”.

Houve, no Rio, semana passada, um ato-manifesto patrocinado pelo Instituto Millenium.

Em um determinado imposto de gasolina, foram atendidos uma centena de consumidores, em fila, para que cada um recebesse 20 litros de gasolina, isentos de impostos.

A ação teve por objetivo comprovar o tal Custo Brasil, e a excessiva carga tributária sobre os contribuintes brasileiros.

Não sei qual é o preço normal da gasolina, pois não dirijo automóveis. Parece ser algo em torno de R$ 2,70. No dia, foi vendida por algo em torno de R$ 1,20.

Foi um desserviço à sociedade, certamente porque Civita e seus comparsas entendam, como Thatcher, que a sociedade não existe.

Afinal, impostos existem em toda sociedade civilizada e, destacadamente, naquelas de corte ocidental. Se a mesma demonstração fosse feita em qualquer país do mundo, descontados não apenas os impostos incidentes no combustível, mas a carga tributária geral, o resultado seria o mesmo.

O cidadão entende que, fazendo parte de uma comunidade, de uma nação, os impostos não são tungas em "seu dinheiro", mas o equivalente percentual ao trabalho que ele oferece à saúde social, a fim de que sejam providos os serviços que são fruídos coletivamente, como aqueles relativos à saúde, educação, saneamento, segurança, energia…

O Instituto apela para o individualismo primário, daquele que não sabe, não percebe, ou prefere dizer que não entende a função do Estado na costura das relações sociais. O que, por si só, provoca os conflitos sociais que a sociedade, enquanto nação e Estado, lutam por mitigar, tendo à testa suas instituições políticas, sociais, econômicas.

Negar essa consciência civil básica ao cidadão é a lição dada por Civita e seus comparsas, na altivez de seus princípios individualistas que não enxergam, de maneira alguma, as consequências de seus atos.

Se chamados às falas, e lembrados que mesmo no país mais "liberal" do mundo, os cidadãos pagam impostos em percentual próximo, equivalente ao brasileiro, eles desconversam. Sonham com um paraíso thatcheriano que não foi construído sequer na Inglaterra e, até onde foi, se apresentou como fonte de problemas sociais que o país não possuía, ao menos em grau tão elevado, devido às ações "liberalizantes" do governo da finada Margareth.

A morte de Civita implica na existência de menos um a propagar ilusões malignas. Mas equivale à morte de um criminoso comum, desses que assaltam, estupram, matam. Afinal, ambos são produtos sociais e, como tais, sempre nascem outros que se colocam nos lugares desocupados pelos mortos.

E os vivos que se fodam.

Marcos Nunes

Roberto Civita, Instituto Millenium e outras empulhações

27/05/2013

A morte de Roberto Civita

civita

A morte de Roberto Civita

Enviado por luisnassif, dom, 26/05/2013 – 23:01

Acaba de falecer Roberto Civita.

Foi o principal responsável por ter trazido os padrões jornalísticos norte-americanos para o Brasil, convencendo o pai a criar revistas informativas.

A primeira foi a Realidade. Segundo jornalistas que trabalharam com ele, como Luiz Fernando Mercadante, o jovem Civita tinha tino jornalístico, sabia trabalhar com talento as fórmulas importadas dos Estados Unidos.

Algum tempo depois, a Veja, copiando o modelo de jornalismo-produto norte-americano.

O padrão vinha do Times. Consistia em trabalhar a notícia como se fosse um produto da dramaturgia. Na segunda-feira, havia reunião de pauta em que se escolhiam as matérias que fossem mais atraentes para os leitores. A pauta era montada de acordo com critérios que tornassem a notícia atraente. Depois, os repórteres saíam atrás de declarações que convalidassem as teses defendidas pela revista.

Teve alguns períodos áureos. O primeiro, com Mino Carta. Depois de três anos para se firmar, atingiu o ponto de equilíbrio e nos anos 70 já se tornara a mais influente publicação brasileira.

Apesar do estilo superficial – próprio para atingir a dona de casa de Botucatu (como era o lema da revista -, a revista primava pelas pautas criativas, pelo texto rigoroso embora um tanto parnasiano nas aberturas, pela capacidade de enfiar enorme quantidade de informações (nem todas essenciais) em textos curtos.

Após a saída de Mino, a revista manteve a influência e cresceu em tiragem, acompanhando o crescimento da economia brasileira.

Nos anos 90, assim como o restante da grande imprensa, experimentou seu período de maior brilho, após ajudar a construir e a demolir a imagem de Fernando Collor.

Brilhante na criação de um universo de revistas especializadas ou temáticas, Roberto Civita falhou na transição para a era digital.

Com ACM, conseguiu concessões de TV a cabo, montou alguns canais, que não lograram se desenvolver. A experiência em TV foi um desastre financeiro. Teve oportunidade de montar o primeiro grande portal brasileiro, o BOL, tendo muito mais conteúdo para expor do que a UOL, da Folha. Mas não possuía a agilidade demonstrada por Luis Frias, à frente da UOL.

Com poucos lances, Frias propôs a fusão UOL-BOL, assumiu a gestão da nova empresa e, mais à frente, aproveitou a enorme liquidez do mercado financeiro para adquirir a metade da Abril. Hoje a UOL deve valer bem mais do que a Abril inteira.

Um dos principais obstáculos para a transição da Abril foi a resistência de um corpo de conselheiros de Civita, fortemente amarrados à tradição do papel. Mesmo quando a Internet tornara-se irreversível, a Abril não acordou. Pelos menos a duas empresas de tecnologia que foram oferecer sistemas para ela – uma das quais, a IBM – a resposta dos executivos é que a Abril iria apostar todas suas fichas em gibis e revistas para a classe C.

O advento do jornalismo online acabou consagrando outros portais, a própria UOL, o G1 e dois entrantes, o Terra e o iG.

A última aposta da Abril foi tentar ganhar protagonismo político imitando o estilo de Rupert Murdoch. A campanha contra o desarmamento revelou um perfil de leitor classe média intolerante, preconceituoso, conservador até a medula. E a Abril, que sempre buscou o leitor classe média alta, apostou todas suas fichas no novo modelo.

Foi a primeira a trazer o estilo de jornalismo tosco e virulento da Fox News. E a cometer assassinatos de reputação em larga escala, cujos casos mais conhecidos foram as guerras do Opportunity e de Carlinhos Cachoeira.

Alguns anos atrás, em péssima situação financeira, a Abril recebeu aporte de capital do grupo Nasper, da África do Sul, mais 20% de empresas offshare de Delaware, afrontando a legislação brasileira. Posteriormente, quando vendeu a TV A para a Telefônica, as duas holdings desapareceram do bloco de controle da empresa.

Nos últimos anos, o grupo passou a investir todas suas sobras de caixa no setor educacional. Com a morte do seu líder, o futuro da Abril torna-se incerto.

A morte de Roberto Civita | Brasilianas.Org

Festa no Inferno

Filed under: Inferno,Roberto Civita,Ruy Mesquita — Gilmar Crestani @ 7:24 am
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caveleiros do apocalipseQue mês, e ainda nem chegou agosto… Depois do ditador Jorge Rafael Videla e do golpista Ruy Mesquita, do Estadão, chegou a vez de outro do mesmo naipe, Roberto Civita, da Abril. Mas falta um? Quem será o quarto cavaleiros do apocalipse a dar baixa no exército da bandidagem? Hoje ninguém dorme no Inferno. Deve estar acontecendo uma festa de arromba, baile à fantasia com todo mundo vestindo quepe, chicotinho preto e meias de marinheiro.

Roberto Civita morre em São Paulo aos 76

Criador da ‘Veja’, maior revista semanal do país, presidente do Grupo Abril morreu devido à falência de múltiplos órgãos

De origem italiana, Roberto veio para o Brasil em 1950, quando seu pai criou a Abril, e lançou ‘Veja’ em 1968

DE SÃO PAULO

O empresário Roberto Civita morreu ontem em São Paulo aos 76 anos, devido à falência de múltiplos órgãos. De origem italiana, era presidente do Grupo Abril, uma das maiores empresas de comunicação no país, e editor da "Veja", a maior revista semanal do país.

Era também diretor editorial da Abril S.A., com 9.000 funcionários e faturamento de R$ 2,98 bilhões em 2012, da qual faz parte a Editora Abril. Fundada em 1950 pelo pai de Roberto, a editora publica 52 títulos, entre eles as revistas "Exame", "Claudia", "Playboy" e "Quatro Rodas".

Em entrevista ao jornal "Valor Econômico" em 2012, ao falar sobre as reações fortes provocadas pela "Veja", revista que com o passar dos anos se tornou mais assertiva e polêmica em suas posições editoriais, Roberto Civita defendeu o título.

"Se você não está gerando reações fortes, está fazendo algo errado. Não acredito em imprensa que quer agradar a todo mundo. Por que você faz uma revista? Só para ganhar dinheiro? Eu acho que vem junto uma responsabilidade. Eu falo isso há 50 anos… Para todo mundo. Para os meus filhos. Eles não gostam, mas eu falo. Se você não quer ter a responsabilidade, vai fazer álcool, vai plantar batata."

Filho do empresário Victor Civita e de Sylvana Alcorso, Roberto Civita nasceu em Milão em 9 de agosto de 1936. Três anos depois, sua família abandonou a Itália quando o regime fascista intensificou a perseguição contra os judeus. Em 1939, partiram para Londres, onde nasceu o irmão Richard. Depois, seguiram para os EUA.

A família viveu dez anos nos EUA, país em que seu pai se tornou sócio de uma fábrica de embalagens. Em 1949, visitou a Itália, onde Victor reencontrou seu irmão César, que havia se estabelecido na Argentina e lá editava a revista "El Pato Donald", sob licença da Disney. César lhe disse que o Brasil lhe parecia um mercado promissor, e Victor foi para São Paulo.

Sua família o seguiu em 1950, quando lançou a edição brasileira de "O Pato Donald". Roberto fez o segundo grau em São Paulo, mas em 1953 voltou aos EUA, onde se formou em jornalismo pela Universidade da Pensilvânia e em economia pela Wharton School, em 1957.

Retornou ao Brasil em 1958 para trabalhar na editora do pai. Em 1966, lançou a revista "Realidade", inspirada na "Life". Um ano depois, criou "Exame", inicialmente um suplemento das revistas técnicas da divisão Abril-Tec e, a partir de 1971, uma revista autônoma. Em 1968 lançou "Veja" e, em 1975, criou a "Playboy" brasileira.

Em 1982, o conglomerado foi dividido, e Roberto ficou com as revistas. Após a morte do pai, em 1990, procurou diversificar o grupo: criou a MTV em 1990, a TVA em 1991 e a DirectTV em 1996. As dívidas contraídas, porém, o obrigaram a se desfazer de parte dos empreendimentos. Em 1999, saiu da DirectTV e, em 2012, desfez-se da TVA.

Estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, havia três meses. O velório será hoje, às 11h, no crematório Horto da Paz, em Itapecerica da Serra (SP).

Deixa a mulher, Maria Antonia, os filhos do primeiro casamento Giancarlo, Victor Neto e Roberta Anamaria, e seis netos e enteados.

16/05/2013

Vou rezar para Lúcifer recebe-lo bem

Filed under: Civita,Golpismo,Grupos Mafiomidiáticos,Roberto Civita — Gilmar Crestani @ 9:58 pm
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Agrava-se estado de saúde de Roberto Civita

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Presidente afastado do Conselho de Administração do Grupo Abril tem piora em seu quadro de saúde; Roberto Civita está internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, sob regime de divulgação restrita de informações; editores da revista Veja se reuniram na tarde de hoje para discutir o modo mais adequado de transmitir as notícias a respeito do quadro clínico do empresário

16 de Maio de 2013 às 17:37

247 – O estado de saúde do empresário Roberto Civita, de 76 anos, presidente afastado do Conselho de Administração do Grupo Abril, registrou uma piora nas últimas horas. Ele está internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, sob regime de divulgação restrita de informações.

Na tarde desta quinta-feira 16, editores da revista Veja fizeram uma reunião de pauta extraordinária para decidir a melhor maneira de dar uma ampla cobertura sobre a situação do empresário.

No mês passado, Roberto Civita passou o comando do Grupo Abril para seu filho Giancarlo. Internado, ele considerou que não teria condições, neste momento, de seguir à frente da organização que edita, entre outras publicações, Veja, a revista de maior circulação do País.

Agrava-se estado de saúde de Roberto Civita | Brasil 24/7

15/12/2012

A vaquinha do Civita

Filed under: Bandidagem,Golpismo,Lula,Marcos Valério,Roberto Civita,Veja,Zé de Abreu — Gilmar Crestani @ 10:16 am

 

Zé de Abreu aponta trama para Valério falar

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Acordo de R$ 17 milhões teria convencido o empresário a envolver o ex-presidente Lula no ‘mensalão’, de acordo com o ator; dinheiro teria sido reunido por grupo de empresários, políticos, além de Roberto Civita, dono da Veja; condição era que declarações saíssem primeiro na revista semanal, que em setembro deu capa com Marcos Valério; procurada, editora Abril não se pronunciou

15 de Dezembro de 2012 às 07:17

247 – Declarações de um advogado feitas na madrugada desta sexta-feira denunciam suposta trama que envolve um acordo de R$ 17 milhões para convencer o empresário Marcos Valério a denunciar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do ‘mensalão’. A conversa, que teria acontecido num restaurante de Brasília, foi noticiada nesta manhã pelo ator e ativista político José de Abreu, via Twitter.

Ao 247, Abreu não deu mais informações sobre quem seria o advogado, mas garantiu que não se trata de Marcelo Leonardo, representante do publicitário mineiro na Ação Penal 470, da qual seu cliente foi condenado com uma pena que passa dos 40 anos. Marcelo Leonardo sequer teria concordado com o acerto. Quanto à fonte que lhe revelou o diálogo, ele se limitou a dizer: "É um político da oposição".

"Estou repassando o que me contaram, foi nessa madrugada. Uma pessoa ouviu do advogado, que começou a falar mais alto num restaurante de Brasília. Era um lugar menos nobre, não era tipo um Piantella", descreveu José de Abreu, em referência ao famoso ponto de encontro de políticos da capital federal. Segundo ele, há ainda prometido ao empresário dois apartamentos nos Estados Unidos, um em Miami e outro em Nova York, "FORA o pagamento de TODAS as multas financeiras a que MV foi condenado".

O acerto teria sido feito sob a condição de que as revelações contra Lula sairiam primeiramente na revista Veja. Em setembro, uma reportagem de capa intitulada "Os segredos de Valério" traz frases atribuídas a interlocutores próximos ao empresário apontando o ex-presidente como chefe do ‘mensalão’. Segundo o advogado, o dinheiro para pagar Marcos Valério teria vindo de uma "composição financeira" envolvendo empresários, políticos e o próprio dono da semanal, Roberto Civita, quem, segundo ele, seria o responsável pela organização da ‘vaquinha’.

Posteriormente à publicação da reportagem, foi levantado um debate na imprensa e nas redes sociais que questionava a veracidade das denúncias e a existência de um áudio que comprovasse a entrevista. O colunista do jornal O Globo, Ricardo Noblat, liderou a defesa à revista, garantindo que havia, sim, uma "fita" com as revelações de Valério. Procurada pelo 247 para comentar as denúncias, a assessoria de imprensa da Editora Abril não respondeu até a publicação dessa reportagem.

Futuro dos filhos

A intenção de Marcos Valério seria "deixar bem os filhos", postou o responsável pelas revelações. Ao 247, o ator acrescentou que há psiquiatras e psicólogos envolvidos e que o publicitário não passa bem. "Cada imóvel teria sido colocado em nome de cada filho de MV. A saída de casa, a "farsa da separação" segundo o advogado bêbado, fazem parte", escreveu José de Abreu, em referência ao acordo. Valério andava muito deprimido e não queria deixar a família sem garantias quando ele fosse para a prisão, conta Abreu.

Falou, tem que provar

As denúncias, porém, teriam de ser provadas. "Uma parte da grana só seria paga se MV conseguisse que abrissem processo contra Lula", escreveu José de Abreu no microblog. Depois de três meses da reportagem publicada por Veja, o jornal O Estado de S.Paulo revelou, nesta semana, parte de um depoimento do empresário à Procuradoria Geral da República feito em 2003, com mais revelações sobre o ex-presidente.

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14/10/2012

PSDB & Veja: é dando que se recebe

Filed under: Isto é PSDB!,Roberto Civita,Veja — Gilmar Crestani @ 9:22 pm

 

Haddad tocou na ferida e comprou guerra com Abril

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Candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad pode ter aberto uma caixa-preta, ao citar o processo em que Alexandre Schneider, vice de José Serra, é acusado de improbidade administrativa; ex-secretário municipal de Educação, Schneider responde por favorecimento a uma fundação ligada à Abril, que, coincidência ou não, mergulhou de cabeça na campanha tucana

14 de Outubro de 2012 às 14:00

247 – No meio jornalístico, muitos profissionais experientes, que já passaram por Veja e outras revistas da Editora Abril, se surpreendem com o engajamento político da casa. De todos os grupos editoriais brasileiros, a Abril é, disparado, o que mais se envolve em campanhas políticas, utilizando, para tanto, seus veículos de comunicação. Quase sempre, sem nenhuma sutileza.

Por muito tempo, sempre houve dúvidas sobre as motivações da casa. Por que será que o publisher da Abril, Roberto Civita, é tão partidário nas suas escolhas? Ideologia? Preconceito de classe em relação ao operário que chegou ao poder? Alinhamento com interesses norte-americanos? Ou escambos econômicos, pura e simplesmente?

Ontem, ao citar um processo que Alexandre Schneider, o candidato a vice na chapa de José Serra, responde por improbidade administrativa, Haddad tocou numa ferida, abriu uma caixa-preta e pode ter comprado uma guerra eterna com a editora Abril. O processo citado por Haddad é o de número 0006305-89.2010.8.26.0053 e tramita desde março de 2010 na 12ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo (confira aqui). O valor da causa é de R$ 635.312,67 e réu é Alexandre Schneider, que teria causado esse prejuízo aos cofres públicos, contratando, sem licitação, a Fundação Victor Civita, criada pelo fundador da Abril e pai de Roberto Civita.

De acordo com os promotores que tocam o processo, a decisão teria sido tomada por relações de compadrio, gerando como contrapartida benefícios políticos ao réu. O treinamento dos professores da rede municipal de ensino, objeto da contratação, não teria sido nem sequer prestado pela Fundação Victor Civita.

Depois disso, Schneider, amigo da Abril, se tornou vice de Serra. Na semana das eleições, Veja São Paulo dedicou capa ao prefeito Gilberto Kassab, questionando se os paulistanos não estariam sendo injustos com ele. Dias antes, a prefeitura empenhou R$ 1,4 milhão para a compra de exemplares da revista Nova Escola.

Distribuídas na rede pública de ensino, as revistas Nova Escola e Gestão Escolar são produtos rentáveis da Editora Abril. Compradas por governos, sobretudo em São Paulo, pavimentam boas relações com a casa. Veja, embora não declare seu voto em Serra, faz campanha explícita pelo candidato tucano, utilizando não apenas a revista, como também os blogueiros da casa – vide o caso Malafaia (leia mais aqui).

Se vier a se tornar prefeito de São Paulo, confirmando nas urnas seu favoritismo, Fernando Haddad poderá reconstruir as pontes com a Editora Abril. E isso passa pela secretaria de Educação. A escolha será dele.

Haddad tocou na ferida e comprou guerra com Abril | Brasil 24/7

Veja, Serra apresenta seus argumentos: escambo

O suce$$o de um depende do suce$$o do outro. Depois da parceria com Carlinhos Cachoeira, outra maior se levanta. Quem conta seus bens, seus males espanta. Tudo ao comando dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium, o neto da SIP. A declaração de Serra revela uma política de escambo. Não se trata de defender o PT e lamento que se tenha de fazer isso ao invés de críticas, mas não é tolerável que grupos mafiomidiáticos tomem conta do Estado de$$e jeito. Desde que Roberto Marinho nomeou ACM para Ministro deTancredo e depois Sarney, os grupos mafiomidiáticos sempre tentaram emplacar seus ventríloquos nos órgãos públicos. Conseguiram com Collor. Mas quem faz isso melhor do que ninguém é a RBS. Todo ano solta um drone. Já infiltrou com sucesso, ao melhor estilo mafioso, Antonio Britto e Yeda Crusius. Está em curso, com alguma avariação, a operação casada de Ana Amélia Lemos com a deslumbrada e desmiolada Manuela D’Ávila, que poderá ser substituída por Lasier Martins. Perto dos Sirotski, Civita é um amador.

Serra: “Não troco 1 Schneider por 6 Haddad”. Escândalo envolve Abril

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Vice na chapa de José Serra, Alexandre Schneider, que foi secretário municipal de Educação, está sob investigação porque contratou a Fundação Victor Civita, ligada à Abril, que edita Veja, para treinar professores; questionado sobre o caso, Serra disse que não troca Schneider "nem por seis Fernando Haddad"

13 de Outubro de 2012 às 19:49

247 – O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, afirmou neste sábado que não trocaria seu vice, Alexandre Schneider "nem por seis Fernando Haddad". O tucano fez a afirmação depois de saber que o rival petista havia dito que Schneider era alvo de uma investigação por improbidade administrativa (má conduta em cargo público). "Eu não troco um Schneider por seis Fernando Haddad em matéria de honestidade e competência", disse José Serra.

Schneider é acusado de desviar dinheiro público (leia artigo sobre o caso) para favorecer a Fundação Victor Civita, ligada à Editora Abril, responsável pela edição da revista Veja. Ele contratou a organização para treinar professores quando era secretário municipal de Educação na gestão de Gilberto Kassab (PSD). O processo, publicado em 4 de julho, tramita na 12ª Vara da Fazenda Pública.

Antes das eleições, Haddad já havia desferido críticas contra Schneider, afirmando que ele foi "um dos piores secretários de educação do país" [na gestão de Gilberto Kassab], não tendo cumprido, por exemplo, as metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) na cidade, definidas pelo prefeito.

Serra voltou a falar do ex-ministro José Dirceu, condenado por corrupção ativa no processo do "mensalão", assim como fez nesta sexta-feira. "Em vez de se defender, em vez de mostrar que é inocente, ele ataca. É o padrão Zé Dirceu", comparou o tucano. "O Fernando Haddad fica a cada dia mais parecido com o Zé Dirceu".

Serra: “Não troco 1 Schneider por 6 Haddad”. Escândalo envolve Abril | Brasil 24/7

13/10/2012

Veja terceiriza o atáque, Época aceita e a Folha repercute

Depois que Fernando Collor apresentou requerimento para convocar Policarpo Junior e o Roberto Civita pela parceria da Revista Veja com Carlinhos Cachoeira, os a$$oCIAdos do Instituto Millenium reunidos entorno da madrasta SIP, partiram para o ataque. PC Farias foi morto, Collor que se cuide. A Veja não brinca em serviço, como provam os tantos policiais federais que participaram das  investigações do esquema Cachoeira e já foram mortos.

Jardineiro de Collor é pago com verba do Senado, diz revista

DE SÃO PAULO

Três funcionários contratados como assistentes parlamentares pelo gabinete do senador Fernando Collor (PTB-AL) prestam serviços particulares a ele, segundo reportagem publicada nesta semana pela revista "Época".

André Borges/Folhapress

O senador Fernando Collor (PTB-AL) fala durante sessão da CPI do Cachoeira

O senador Fernando Collor (PTB-AL) fala durante sessão da CPI do Cachoeira

Folha de S.Paulo – Poder – Jardineiro de Collor é pago com verba do Senado, diz revista – 13/10/2012

24/09/2012

Roberto Jefferson: “Já já o Civita morre, depois de ter vivido uma vida apodrecida”

Filed under: CPI da Veja,Grupos Mafiomidiáticos,Roberto Civita,Roberto Jefferson — Gilmar Crestani @ 9:28 am

 

Os ataques de "Veja"

publicada domingo, 23/09/2012 às 19:01 e atualizada domingo, 23/09/2012 às 19:03

por Rodrigo Vianna

O esgoto da imprensa está assanhado. O julgamento do “Mensalão” e as dificuldades eleitorais do PT (que são reais, mas que não apontam para um avanço dos demo-tucanos, nem para a retomada do programa neoliberal defendido pela velha mídia) animaram, especialmente, a revista editada à beira da marginal e também os blogs que chafurdam em torno do esgoto. Esses dias, um desses blogueiros/jornalistas, de longa carreira, chegou a dizer no site da tal revista que Lula morrerá sem saber o que é ter “vergonha na cara”. Disse ainda que Lula é “uma lenda precocemente no ocaso. Daqui a algum tempo, será um asterisco nos livros de história que nunca leu.”

Está um pouco descontrolado (ou excitado) o tal blogueiro/jornalista… A revista também. Numa semana, surge a entrevista sem áudio de Marcos Valério. Na semana seguinte, a revista abre espaço para Bob Jefferson – o pai do “Mensalão”. O objetivo, sempre, é atingir Lula. A obsessão deles é Lula.

Só que Bob Jefferson não gostou de ser usado pela revista de Bob Civita, em mais um ataque a Lula. Desmentiu o teor das informações publicadas. E atacou, com notas duras contra a revista publicada às margens da marginal… Sobrou até para o dono da editora. Confira as frases de Jefferson.

BOB CIVITA

“Não é uma pequena revista que mudará minha crença e minha convicção, assim como não consegue, por mais que tente, mudar a verdade. Afinal, ninguém é eterno. Já já o Civita morre, depois de ter vivido uma vida apodrecida”

”MENTIRA”

“A revistinha diz que eu teria confessado o recebimento de R$ 4 milhões para que meu partido, o PTB, “apoiasse o governo Lula”. Mentira! Mentira deslavada e das mais desonestas! O dinheiro que nunca neguei ter sido entregue ao partido, bem porque nunca neguei ou manipulei a verdade como é de praxe a revistinha fazer, não era nem nunca foi para comprar apoio. Era dinheiro para as campanhas eleitorais municipais que então se avizinhavam, como se avizinham a cada quatro anos. Mentira capenga e manca, porque o PTB, então, já era base de apoio do governo Lula e, por isso, não precisava ser vendido. Mentira manca, de tão curtas que são as pernas, porque o PTB nunca esteve à venda. E já que a “Veja” precisa corrigir suas letras, pode também explicar quais os “muitos casos de corrupção” que me atribuiu em mais uma frase desconexa da revista que só serve de ataque gratuito e mentiroso.”

                                                                    REVISTINHA

“A revistinha suscita rancores e desrespeita a mim, que lhe recebi na minha casa por três longas horas, o STF, que não está a seu serviço ou a serviço de suas versões, e o leitor, que paga por jornalismo e leva versões baratas e distorcidas para casa.”

Leia outros textos de Geral

Roberto Jefferson: “Já já o Civita morre, depois de ter vivido uma vida apodrecida” – Escrevinhador

23/09/2012

Lula deveria ter respondido aos bandidos da Veja?

Lula deveria ter respondido?
Diário do Centro do Mundo
Achei que era óbvio, mas pelo visto não era.

Lula não poderia ter respondido a Marcos Valério. Não em circunstâncias normais, e muito menos quando o próprio Marcos Valério nega que tenha dito o que dizem que ele disse.

Lula teria sido muito bobo se chancelasse o jogo do “disse-que-teria-dito”, e isso ele não é.

Qualquer pessoa razoavelmente inteligente, ou que não sendo tenha um advogado por perto, não responderia. O que quer que Lula dissesse apenas daria mais balas a quem deseja fuzilá-lo.

O debate em torno de Lula ultrapassou, já há muito tempo, os limites da racionalidade. Instalou-se, na grande imprensa, um vale-tudo em que o bom jornalismo não quer simplesmente dizer mais nada.

Uma suposta denúncia de um conhecido vigarista ganha instantaneamente status de verdade absoluta e indiscutível para quem é contra Lula. Uma palavra que qualquer jornalista mediano colocaria sob suspeição, dada a fonte despida de qualquer credibilidade, acaba – por obtusidade cínica ou má fé córnea, para usar a grande expressão de Eça de Queiroz – se transformando no equivalente a um verso do Corão para um muçulmano praticante.

Tenho para mim que Lula faz bem, de resto, em não tornar ainda mais tenso o ambiente político brasileiro. (Se é verdade que Rui Falcão anda criticando pesadamente a mídia, alguém deveria serená-lo.)

Em dois países vizinhos, existe um quadro parecido. Governos de esquerda são massacrados, na Venezuela e no Equador, pela mídia estabelecida. Não importa que Rafael Correa, do Equador, tenha vencido duas eleições: um comentarista auto-exilado em Miami o chamada de “Grande Ditador”. Nos dois casos, os presidentes têm reagido com fragor. Chávez, na Venezuela, é xingado e xinga, bem como Correa.

No Brasil, se a mídia age à maneira da imprensa venezuelana e equatoriana, a diferença está na atitude primeiro de Lula e agora de Dilma. Eles não estão reagindo aos ataques, e isso é bom para o Brasil e os brasileiros. De outra forma, a sociedade viveria sob uma uma atmosfera irrespirável.

Sequer na sombra surgem retaliações. Leio que a verba publicitária em 2011 do governo para a Globo – que astutamente, aspas, finge objetividade enquanto só dá voz e colunas a quem é visceralmente anti-Lula – foi de 50 milhões de reais. Para a Carta Capital, sempre atacada por ser chapa branca, restou um fragmento: 100 mil reais.

Não seria bom para ninguém se Lula ou Dilma agissem como Chávez ou Correa. Os que querem se livrar de Lula a todo preço deveriam respirar fundo e lembrar que ele tem um apoio extraordinário entre os brasileiros. Collor foi chutado sem reação, por não ter base nenhuma, mas se o mesmo acontecesse a Lula o cenário seria diferente.

Me parece às vezes que é aquele caso do garoto que vai provocando um outro, e mais, e mais, porque não encontra reação. Toma a prudência por medo, e excede na insolência até que um dia as coisas realmente se complicam. Gostaria de ver tanto destemor , aspas, se vivêssemos sob uma ditadura. Basta ver o comportamento da Globo de Roberto Marinho sob os militares para ver onde vai parar tamanho ardor. Saem os Jabores e entram os Amarais Netos, ao sabor das circunstâncias.

Quem quer ver Lula e o PT fora do poder – um direito legítimo de qualquer cidadão — tem que trabalhar duro: conquistar a simpatia da maioria dos brasileiros, mas não com truques baixos porque a voz rouca das ruas não é idiota, e ganhar nas urnas.

Paulo Nogueira é jornalista e está vivendo em Londres. Foi editor assistente da Veja, editor da Veja São Paulo, diretor de redação da Exame, diretor superintendente de uma unidade de negócios da Editora Abril e diretor editorial da Editora Globo.

O Esquerdopata

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