Ficha Corrida

19/09/2015

Vá prá Cuba, Papa! Obama já foi

Todo vez que o midiota me cutuca para falar da ditadura cubana, lembro-lhe do documentário SOS Saúde do Michael Moore. O polêmico e premiado documentarista norte-americano mostrou a diferença entre Cuba e EUA. Por ela se entende porque Cuba aguenta 50 anos de bloqueio econômico, mas os EUA não aguentariam, como diria Ricardo Darín, bloqueio de cocaína por uma semana.

Nossos vira-latas não se contentam em tirar os sapatos para entrarem nos EUA. Adoram se vangloriarem de que preferem lavar pratos nos EUA do que trabalhar no Brasil. Direito deles. Mas aqui são brasileiros, lá, por mais pratos que lavem, serão sempre cucarachas.

Obama e Raúl Castro conversam na véspera da visita do Papa Francisco

É a terceira conversa telefônica entre os artífices da histórica retomada de relações

Silvia Ayuso Washington 18 SEP 2015 – 21:10 BRT

Obama conversa por telefone com Raúl Castro nesta sexta-feira. / Pete Souza (The White House)

Barack Obama e Raúl Castro voltaram a conversar. Foi por telefone na sexta-feira, poucas horas antes da chegada em Havana do Papa Francisco, mediador entre os governos dos Estados Unidos e de Cuba para negociar a aproximação que os dois realizaram nos últimos nove meses.

A conversa telefônica, cuja duração não foi revelada, manteve o foco na visita do Papa tanto a Cuba como, imediatamente depois, aos EUA. Os dois presidentes reconheceram a “contribuição” de Jorge Bergoglio e “no papel do Papa Francisco no avanço das relações entre os dois países”, na “nova etapa” que ambos estão empreendendo, segundo comunicados iguais da Casa Branca e de Havana.

Os dois Governos também indicaram que Obama e Castro discutiram detalhes do processo de normalização em curso desde dezembro. Ambos falaram sobre os “passos que EUA e Cuba podem dar, juntos e individualmente, para avançar a cooperação bilateral, mesmo que ainda continuarmos com diferenças sobre questões importantes, que serão discutidas de forma franca”, afirmou a Casa Branca.

A conversa por telefone, a terceira desde dezembro – Obama e Castro também se reuniram no Panamá em abril –, aconteceu horas depois que o Governo dos EUA anunciou uma nova série de medidas ordenadas por Obama que aliviam ainda mais as restrições impostas pelo embargo dos EUA às viagens e ao comércio com a ilha.

De acordo com Havana, sobre isso Castro “sublinhou a necessidade de aprofundar seu alcance e de eliminar definitivamente a política de bloqueio para o benefício dos dois povos.” Ainda assim, o presidente cubano “ratificou” a Obama “a vontade de Cuba de avançar nas relações com os Estados Unidos, com base no respeito e igualdade soberana”.

Obama e Castro vão se encontrar de novo no final de setembro em Nova York, onde ambos participam na Assembleia Geral da ONU. O presidente dos EUA falará na manhã de segunda-feira, 28, enquanto Castro, que participará pela primeira vez da ONU, vai falar no mesmo dia, mas à tarde. Nem Washington nem Havana quiseram confirmar se vai acontecer um novo encontro bilateral, apesar de que nenhum dos dois lados descarta algum tipo de “interação” entre os dois.

Obama e Raúl Castro conversam na véspera da visita do Papa Francisco | Internacional | EL PAÍS Brasil

04/01/2015

Bandido de olhos azuis

Não é porque meu filho tenha olhos azuis que eu não saiba que a máquina de propaganda de hollywood se especializou em colocar mexicanos no papel de bandidos. Nos filmes de faroeste eu sempre torci pelos bandidos, porque me pareciam mais críveis que os mocinhos ensaboados do velho oeste.

Agora descubro que o grande ator argentino, Ricardo Darín se recusou a desempenhar o papel de traficante mexicano, como se pode ver nesta entrevista: https://www.youtube.com/watch?v=8rP9MRH8O6A

Quem quiser saber mais sobre os cubanos que os EUA aceitaram soltar para receberem de volta o bandido basta ler o livro do Fernando Moraes, Os últimos soldados da guerra fria. Enquanto os prisioneiros devolvidos a Cuba foram recebidos com festa como se recebem heróis, os EUA recebem de volta se bandido e o escondem. Essa é a grande diferença entre uma Ilha que não se ajoelha para o império da maldade.

Daqui alguns anos Hollywood vai produzir um filme para converter o bandido em mocinho e vai escalar algum latino, menos Ricardo Darin, para o papel de vilão.

Mistério do espião desaparecido

Duas semanas depois do anúncio de sua libertação após quase 20 anos de prisão, o suposto agente dos EUA em Cuba continua com seu paradeiro desconhecido

Silvia Ayuso Washington 3 ENE 2015 – 21:09 BRST

Rolando Sarraff aos 32 anos, e em uma imagem sem data. / AP

Onde está Rolando Sarraff Trujillo? Essa é a pergunta que muitos se fazem, não somente a família desse cubano supostamente libertado há mais de duas semanas após passar quase duas décadas em uma prisão de Cuba, acusado de espionagem.

Ninguém consegue encontrar Roly, seu apelido familiar. Esse homem de 51 anos é quem, para surpresa de sua própria família, vários veículos de comunicação norte-americanos identificaram como o misterioso agente que Washington conseguiu trocar, junto com o empreiteiro Alan Gross, por três espiões cubanos presos nos Estados Unidos. Esse acordo abriu as portas para o restabelecimento de relações diplomáticas com Havana, anunciado pelo presidente Barack Obama em 17 de dezembro.

Com essa decisão, os Estados Unidos colocavam fim em um dos mais longos capítulos da Guerra Fria. Mas os mistérios e rumores dignos de um romance da era soviética que ainda cercam a identidade do agente prometem seguir preenchendo novas páginas.

Washington continua sem confirmar ou desmentir abertamente que Rolando Sarraff seja na verdade esse espião que Obama chamou de “um dos mais importantes agentes de inteligência que os Estados Unidos tiveram em Cuba”.

mais informações

“Não vamos comentar nada, além de dizer que foi libertado em Cuba e transferido pelo Governo dos Estados Unidos”, disse uma fonte governamental para o EL PAÍS sob a condição de anonimato.

Mas veículos da imprensa, como o The New York Times, insistem que Roly é Sarraff. Especialistas em espionagem cubana dos dois lados também não duvidam dessa informação: desde Chris Simmons, antigo especialista em Cuba da Agência para a Inteligência de Defesa (DIA) dos EUA, a Domingo Amuchastegui, que trabalhou para a inteligência cubana até 1994. “Sem dúvida, o peixe grande [da troca] era Sarraff”, assegura Amuchastegui. O fato de seu nome ter vazado, se deve, na sua opinião, às pressões “para justificar a troca”. Sem um nome concreto, apontou, o acordo com Cuba poderia ter menos credibilidade.

O caso é que Sarraff, que durante todos os seus anos na prisão se comunicou regularmente com sua família – seus pais continuam em Cuba, ainda que suas irmãs vivam na Espanha –, não deu nenhum sinal de vida desde meados de dezembro. No dia 16, na véspera do anúncio de Obama, Roly não fez a ligação de praxe para seus pais. Pouco depois, sua família soube que havia saído da prisão de segurança máxima Villa Marista, onde esteve preso nos últimos meses. É aí que seu rastro some.

“Continuamos sem saber nada”, confirmou na sexta-feira sua irmã Vilma Sarraff, que mora na Espanha. Seus pais, que continuam morando em Havana, também não voltaram a ter notícias de seu filho. “O Governo de Cuba e o de Washington não disseram nada sobre o paradeiro de Rolando Sarraff”, corrobora Elizardo Sánchez. Sua organização, a Comissão Cubana para os Direitos Humanos e a Reconciliação Nacional (CCDHRN), faz um minucioso acompanhamento dos presos políticos em Cuba e Sarraff Trujillo esteve em suas listas durante anos.

Segundo Sánchez, “todo mundo infere que ele viajou para os Estados Unidos em 17 de dezembro. Nesse momento está no poder das autoridades norte-americanas, que deverão informar os pais de alguma forma, dois idosos que estão muito mal de saúde e desesperados pois não sabem do paradeiro de seu filho. Não estão respeitando o interesse dos pais e de outros familiares em saber de Rolando”, lamentou.

Amuchastegui não acredita, entretanto, que existirão novas notícias sobre Rolando Sarraff: “Esse senhor não será visto e nada se saberá dele durante algum tempo”.

“Ele não vai contatar ninguém, incluindo a família, porque por razões estritamente profissionais, a CIA, o FBI ou quem estiver trabalhando com ele nesse momento, precisa terminar um rigoroso procedimento, longo, tedioso, de comprovações, de perguntas, de interrogatórios que é indispensável”, frisou o antigo especialista em espionagem.

Mas, segundo fontes oficiais norte-americanas, o agente libertado “não está detido nem retido” e, se quiser, “poderia contatar sua família”. “É uma pessoa que passou por muitas coisas, e existem protocolos de segurança que devem ser respeitados, mas ele pode entrar em contato com sua família se quiser fazê-lo”, assegurou. O mistério continua, pois, sem solução.

Conciliação Cuba-EUA: Mistério do espião desaparecido | Internacional | EL PAÍS Brasil

08/01/2013

Una discusión de “teléfono descompuesto”

Filed under: Federico Luppi,Ricardo Darín — Gilmar Crestani @ 8:40 am

Ricardo Darín y Federico Luppi, dos actores consagrados en el cine, en medio de la polémica.

Imagen: Guadalupe Lombardo / Sergio Goya

SUBNOTAS

EL PAIS › DARIN BAJO EL TONO DEL CONTRAPUNTO CON LA PRESIDENTA Y PIDIO MANTENER UN ENCUENTRO PRIVADO CON ELLA

Una discusión de “teléfono descompuesto”

El actor dijo que agradecía y respetaba la respuesta de Cristina Kirchner, pero que “en algún punto ha habido un teléfono descompuesto”. Federico Luppi habló de los medios “que te pueden hacer caer en ese tipo de trapisonda”.

El actor Ricardo Darín se refirió ayer a la carta en la que Cristina Fernández de Kirchner respondió sus dichos a la revista Brando. Aseguró que respeta y agradece que la Presidenta le haya contestado, pero afirmó que “en un punto creo que ha habido un teléfono descompuesto” y le pidió hablar de manera privada. Todo comenzó cuando el protagonista de El secreto de sus ojos manifestó su deseo de que “alguien me explicara el tema del crecimiento patrimonial de los Kirchner”. Así, el domingo la Presidenta respondió ésta y otras de sus observaciones en una extensa carta que publicó en su página en Facebook, en la que sostuvo que “no ha habido funcionarios públicos más denunciados e investigados en la Justicia argentina” que ella y el ex presidente Néstor Kirchner. A la controversia se sumó ayer otro actor consagrado en el cine, Federico Luppi, quien habló sobre los medios de comunicación “que te pueden hacer caer en este tipo de trapisonda” y que Darín, de quien se manifestó amigo, por sus declaraciones más que “ingenuo” fue “un pelotudo”, al no sopesar su posible efecto.

En el reportaje que disparó el contrapunto, Darín, además de su interés por el “crecimiento patrimonial de los Kirchner”, sostuvo que la Presidenta debería llamar “a una reconciliación” y que “no se nos permite pensar fuera de lo establecido, la locura y el enojo no dejan ver con claridad y ése es el camino al fanatismo”. La carta de respuesta de la Presidenta recordó que ella y su marido había sido investigados –incluso por peritos de la Corte Suprema– y que la conclusión fue que no se había cometido ningún delito, obligando al juez a desestimar las denuncias.

Respecto de la actuación de la Justicia, en la carta la Presidenta recordó que Darín había estado acusado y detenido en 1991 con motivo de una causa judicial que investigó el presunto contrabando de automóviles con licencia para discapacitados. “Perdón, no le deseo el mal a nadie, pero menos mal que no estábamos ‘los Kirchner’ en el gobierno, o hubiera sido considerado una persecución política”, apuntó. CFK adjuntó en su misiva información periodística que afirmó haber tomado del sitio web de Clarín, según la cual “los jueces de la Sala A de la Cámara, Nicanor Repetto y Edmundo Gendler, consideraron que por el paso del tiempo la acusación contra el actor está prescripta. Pero se preocuparon por aclarar que el actor sabía que estaba comprando la camioneta en forma irregular”.

Al respecto, ayer Darín declaró: “Hay un grave error, yo fui sobreseído de esa causa, no prescribió por el paso del tiempo y lo que ella dice es exactamente al revés. Reitero, el estafado fui yo”. Su abogado también dio explicaciones sobre el tema (ver recuadro). Al mismo tiempo, intentó bajar los decibeles de la polémica. “Respeto y agradezco que me haya contestado, pero en un punto creo que ha habido un teléfono descompuesto”, subrayó.

Federico Luppi cuestionó las declaraciones de su colega Darín y remarcó que tuvo “una actitud desmedida en cuanto al desconocimiento político de lo que está pasando en el país”. En declaraciones por radio dijo sobre Darín: “Con todo el respeto que tengo por Ricardo y mi amor por él, más que ingenuo es un pelotudo, a esta altura del partido, a la edad que él tiene, pecar de ingenuidad en eso me parece que es realmente una generosa excepción y un exceso semántico”. Luppi sostuvo que “contando con la supuesta buena fe, un análisis más o menos adulto de cómo está el país no amerita hacer una suerte de opinión sobre las cuentas personales de la Presidenta que, como dice ella, ha sido investigada hasta la saciedad”. Y mencionó que “también en algún momento (Darín) tuvo un traspié fiscal ilegal”.

Para Luppi, hay un “tufillo oportunista, no hablo de la mala intención de Ricardo ni muchísimo menos, pero creo que si él hubiera sido un analista agudo, veraz y adulto de lo real, es imposible que pueda poner el acento en eso sin poner evidencia otras cosas realmente notables que están pasando, que son buenas, a las que yo adhiero”. A su criterio, “no estar atento hoy en día al mundo de la comunicación te puede hacer caer en ese tipo de trapisondas superficiales. El tener conciencia política o conciencia de la vida es un trabajo arduo, lento, paciente, complicado y duro, y cuando tiene conciencia debería hablar en consecuencia”. Según Luppi, que Darín apoye la ley de medios y luego conceda un reportaje a “un diario del establishment” es “una contradicción medio tonta”.

Página/12 :: El país :: Una discusión de “teléfono descompuesto”

13/07/2012

Realismo con talento

Filed under: Cultura,Ricardo Darín — Gilmar Crestani @ 9:57 am

Todo suena a verdad en una película cuyas conclusiones solo pueden ser trágicas, que plantea los continuos dilemas morales de quijotes nada enloquecidos

Carlos Boyero 12 JUL 2012 – 22:06 CET6

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Martina Gusman y Ricardo Darín, en ‘Elefante blanco’.

Durante muchos y venturosos años hemos identificado la firma de Adolfo Aristarain con las mejores esencias del cine argentino. Es un autor que en los peores momentos puede resultar discursivo y en los mejores profundamente lírico, pero al que siempre conviene seguirle la pista, un director con personalidad, sentimiento y talento que ha hablado con complejidad sobre el estado de las cosas a través de personajes frecuentemente memorables. También es habitual la aparición de películas que tienen la coherente facultad de enganchar a todo tipo de público como El hijo de la novia, Nueve reinas, Kamchatka, El secreto de sus ojos y Un cuento chino.Hay algo común en esa lista, una de las razones de que el cine argentino actual desprenda tanto atractivo como veracidad y es el protagonismo de Ricardo Darín, un actor que está adquiriendo categoría de género, alguien cuya presencia garantiza casi siempre interés, que vas a encontrarte con historias y personajes que desprenden vida, que el precio de la entrada está justificado ante un tipo en posesión de magnetismo, matices, credibilidad y registros muy variados.

ELEFANTE BLANCO

Dirección: Pablo Trapero.

Intérpretes: Ricardo Darín, Marina Gusman, Jérémie Renier.

Género: drama. Argentina, 2012.

Duración: 106 minutos.

A falta de Aristarain (¿Qué ha sido de él? ¿Por qué no ha vuelto a rodar desde hace ocho años?) existe un excelente director argentino (hablo en primera persona, ya sé que hay otros y otras que parte de la crítica considera geniales y que a mí me provocan inmediata urticaria, como los vanguardistas Lisandro Alonso y Lucrecia Martel) que hace con continuidad películas, mejores o peores, siempre realistas y duras pero que nunca te dejan indiferente. Intentan retratar la vida sin adornarla, lo que cuentan y la forma en que lo hacen provoca desgarro emocional, hablan de la corrupción a múltiples niveles, de profesionales de la supervivencia en situaciones límite. Se llama Pablo Trapero.

Elefante blanco comienza en la selva, describiendo una matanza de indígenas por militares o paramilitares (me cuesta demasiado esfuerzo encontrar distinciones entre ambos cuando esto ocurre en Latinoamerica) y la estupefacción, el horror y la impotencia de un cura (en otras épocas se le podría integrar en la Teología de la Liberación, pero el Vaticano se encargó hace tiempo de establecer el orden cargándose ese movimiento de humanistas díscolos, o sea, de herejes) que se había propuesto echar una mano a los más necesitados. Otro cura y antiguo amigo le convence de que su labor social la puede prolongar en una villa que está en el centro de Buenos Aires. El termino villa puede tener reminiscencias suntuosas. Esta es todo lo contrario. Es un sombrío barrio de chabolas acorralado por la miseria, con eternas y lógicamente incumplidas promesas de mejoras a cargo de los políticos, con la supervivencia como ejercicio cotidiano y épico, con críos cuyo presente y futuro más probable es la adicción al crack y formar el ejército callejero del trapicheo de drogas. Hay gente, mayoritariamente curas, que se han propuesto la imposible misión de intentar arreglar las cosas con su patrimonio personal, su solidaridad, su comprensión y su esfuerzo, gente que se ha tomado en serio esos principios de su religión y de su profesión que consisten en ayudar al débil y al necesitado, de otorgar un poco de luz y consuelo a los océanos de lágrimas.

Todo suena a verdad en una película cuyas conclusiones solo pueden ser trágicas, que plantea los continuos dilemas morales de quijotes nada enloquecidos, de personas tan concienciadas con su miserable entorno como a veces hartas de una guerra que es imposible ganar, con ganas de huir y la obligación moral de quedarse, utilizados y despreciados por la jerarquía eclesiástica, conscientes de que la acción y los riesgos que implica debe imponerse a la bienintencionada inutilidad de las palabras. Trapero lo cuenta con intensidad y complejidad. Y Darín es ese transmisor ideal con el que sueñan los directores.

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