Ficha Corrida

04/08/2016

República de Bananas? Madura!

Filed under: República Bananeira — Gilmar Crestani @ 9:46 am
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Uma verdadeira República das Bananas tem de ter, claro, banana madura.

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28/04/2016

O golpista é um fingidor contumaz, que finge não ser golpes, dados à frente e por traz.

OBScena: retrato da união da plutocracia com a cleptocracia

Cleptocratas Golpistas

O festival de hiPÓcrisia que assola o país deve-se ao golpismo desenfreado vendido pela Rede Globo aos seus midiotas. Primeiro a Globo se perfilou para defender as trincheiras do NaPÓleão das Alterosas. Sem votos para vencer Dilma, tendo inclusive perdido nos dois Estados onde era mais conhecido, Minas e Rio de Janeiro, Aécio Neves aliou a Michel Temer e Eduardo CUnha para dar o golpe. Mesmo tendo sido entregue por pelo menos oito delatores, juntamente com sua operadora, a irmã Andrea Neves, ostenta a imunidade comum concedida aos plutocratas. A prova de que as instituições brasileiras estão podres está no fato de que nenhuma das denúncias contra o amigo do Zezé Perrella foram levadas avante. Pelo contrário, paira um manto de cumplicidade e compadrio sobre tudo e todos, o que demonstra de forma cabal o verniz com que se cobre o Golpe Paraguaio. 

Sabe como plutocracia reconhece e protege os seus? Perseguindo os que ousam não ser como eles. Veja como Dilma é perseguida e Aécio protegido. Observe a obsessão com Lula e o total descaso com Eduardo CUnha. Isso não é distração, é método. Isso, sim, é demonstração de pertencimento de classe. Quem protege Eduardo CUnha é da famiglia do “Somos Todos CUnha”.

O sindicato de cleptocratas que está tomando de assalto o poder conta com apoios difusos nas instituições que deveriam investigar e julga-los. A mídia, que deveria informar, aplica a lei de Procusto: espicha ou corta suas vítimas para caberem na medida de seus interesses. Só numa República das Bananas um notório corrupto conduziria um golpe sob uma omissão endossante do STF. O silêncio do STF é sua contribuição comitiva ao golpe. E se o STF se omite de forma tão vergonhosa é porque os homens de BENZ da nossa sociedade são, na essência, plutocratas. Em nenhum momento a corrupção foi tão bem aceita e assimilada pela nossa sociedade.  Ninguém mais fala na Lista Falciani do HSBC, na Lista de Furnas, na Lista Odebrecht, na Operação Zelotes, Operação Ouro Verde, Operação Pavlova. Ninguém mais fala no heliPÓptero

No Golpe Militar a Rede Globo conseguiu vender a ideia de era uma revolução para defender as instituições. Agora a Rede Globo consegue vender o golpe para proteger a corrupção, e a sociedade dos homens de BENZ compra que a ideia de que a corrupção não é tão ruim assim. Quando José Serra declarou que sonegação não é crime estava apenas cumprindo um script para justificar a lavagem das Copas de 2002 e 2006 pela Rede Globo. E os midiotas compraram a ideia. Tanto que na marcha dos zumbis havia cartazes dizendo que “sonegação é legítima defesa”.  Fizeram apologia a diversos crimes e as instituições que deveriam zelar para que isso não acontecesse, bateram palmas.

Como já não dá para levar a sério a desfaçatez desta gente que toma de assalto os cofres públicos, com a omissão obsequiosa do STF, só nos resta consolo na poesia. Vai aí minha homenagem, inspirada em Fernando Pessoa, à sinceridade do ventríloquo dos cleptocratas no Golpe Paraguaio, Michel Temer:

AUTOPSICOGRAFIA
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

Fernando Pessoa

AUTO CANALHICE
Michel Temer é fingidor
Finge tão completamente
Que chega fingir honestidade
Exatamente o que ele não tem
E os que ouvem o que ele diz
Na hora entendem bem
Não as duas caras de desdém,
Mas só a que lhes convém.

A palavra de Michel Temer, e de quem acredita nele, tem menos valor que o cocô de meus cachorros.

Temer: não posso, não devo e não irei interferir na Lava Jato

O vice-presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira (27) que o ministro da Justiça, caso ele assuma o governo, "não se imiscuirá" na Lava Jato ou no trabalho da Polícia Federal; Temer descartou o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, seu amigo há décadas, que se manifestou contrariamente à Lava Jato

27 de Abril de 2016 às 21:40

247 – O vice-presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira (27) que o ministro da Justiça, caso ele assuma o governo, "não se imiscuirá" na Lava Jato ou no trabalho da Polícia Federal. Temer descartou o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, seu amigo há décadas, que se manifestou contrariamente à Lava Jato.

"Não posso, não devo e não irei interferir na Lava Jato, caso venha a ser provisoriamente presidente da República. Mesmo que pudesse interferir, jamais o faria. Como constitucionalista, tenho plena ciência dos meus deveres institucionais. Qualquer que seja o ministro da Justiça, será alguém comprometido com o bom andamento da Lava Jato e com a autonomia da Polícia Federal. Essa será a diretriz do nosso governo", afirmou ele à revista Época.

Temer: não posso, não devo e não irei interferir na Lava Jato | Brasil 24/7

24/04/2016

Ré pública

Michel RomaJornais do mundo todo estão denunciando a putaria finanCIAda pelos EUA, vendida pela Rede Globo e comprada pelos midiotas. Enquanto na Argentina invocam Carmen Miranda para explicar a suruba golpista, em Porto Alegre há outra Carmen que melhor exemplifica os valores dos golpistas, é o Carmen’s Club

Depois do "Die Zeit", da Alemanha, outro jornal argentino, agora o Pagina12 se soma na denúncia contra a República das Bananas instaurada pelos plutocratas em benefícios dos cleptomaníacos. A dupla Michel Temer & Eduardo CUnha são apenas duas bananas penduradas no cacho da Rede Globo, a mentora e condutora do golpe. Na Cosa Nostra a senha é o beijo. No Brasil atual  farta distribuição de estatuetas pela Rede Globo funciona como o termo “famiglia” dito por todos e cada um do grupo  “somos todos CUnha” no Congresso.

Depois do golpe, a maior batalha da Rede Globo e seus capitães-de-mato está em tentar convencer que golpe não é golpe. Acontece que no exterior as pessoas não se informam pela Rede Globo. Todos sabemos que a Rede Globo transforma qualquer república em ré pública. Como na fábula da rã e do escorpião, está no seu DNA.

Golpe Paraguaio será sempre golpe paraguaio. Independentemente do verniz que caras de pau o vendem, como publicou em seu twitter Marcelo Rubens Paiva, em resposta à camada de verniz com que tenta vender O Globo: “Está havendo um golpe e as instituições brasileiras são uma merda. Pronto, ofendemos.

Como dizem os argentinos, “hay que Temer, sempre, los boludos golpistas, pero sin perder la ternura!”

Diputados golpistas en la sesión circense en la que habilitaron el juicio a Dilma.

SUBNOTAS

Una republiqueta a lo Carmen Miranda

En el Palacio del Planalto confían en hacer valer en el plano internacional la legitimidad de Rousseff, votada por 54 millones de electores, ante el anómalo proceso destituyente que puede llevar al gobierno a Temer.

Por Darío Pignotti

Desde Brasilia

El fantasma de Carmen Miranda vive. En Estados Unidos la presidenta brasileña acusó de golpista a su vice Michel Temer, sin mencionarlo directamente, al que prometió denunciar ante el Mercosur si avanza el “impeachment” que comenzará a ser tramitado esta semana en el Senado tras ser aprobado por amplia –y circense– mayoría en Diputados el domingo pasado (ver aparte).

En el Palacio del Planalto confían en hacer valer en el plano internacional la legitimidad de Rousseff, votada por 54 millones de electores, ante el anómalo proceso destituyente que puede llevar al gobierno a Temer, quien la última vez que fue candidato por las suyas –en 2006– obtuvo menos de 100 mil votos y en encuestas recientes recogió menos del 2 por ciento de aprobación. Sin olvidar que la mandataria ya recibió el respaldo de la OEA, Unasur, la Corte Interamericana de Derechos Humanos y la Comisión Económica para América Latina, dependiente de la ONU.

La sorpresiva visita a la ONU fue atacada por la oposición que denunció una “campaña” del oficialista Partido de los Trabajadores y Dilma para desprestigiar al país mientras fuentes próximas a Temer admitieron la “preocupación” ante la mala imagen del impeachment en los medios estadounidenses y europeos.

Alarmado ante el bochorno internacional, el diario O Globo comparó las denuncias presidenciales con la propaganda nazi y el columnista Merval Pereira exclamó en una radio “Dilma nos hace quedar mal. ¡Qué irresponsable!”. El periodista del mayor grupo de comunicación latinoamericano añadió: “que en Naciones Unidas se hable de golpe nos pone a la altura de un país tercermundista, africano. Nos hace quedar como si fuéramos una republiqueta bananera”. El viernes a la tarde, desde Nueva York, la presidenta contraatacó. “Dijeron que yo vine a la ONU para hablar mal de Brasil, y vine a decir la verdad, creo que tengo derecho a defenderme…la precipitación de ellos (opositores) demuestra cuánto temen ser tachados como golpistas. ¿Y saben por qué lo temen? Porque lo son”.

Ocurre que mientras el plan destituyente progresa a paso firme, prácticamente irreversible, las evidencias de que se trata de un proceso anómalo son omitidas por la prensa local, la cual procura construir un consenso forzado según el cual el juicio político se ajusta a derecho. Es decir, disfrazar al golpe para volverlo aceptable, repitiendo la fórmula que esa misma cadena aplicó con la dictadura militar, a la que siempre denominó “revolución”, mientras a los dictadores los nombraba como “presidentes”.

Pero ese muro de silencio, eficaz para persuadir a la mayoría de los televidentes y consumidores de noticias brasileños, enfrenta problemas para ser exportado a la opinión pública internacional. Esto porque varios medios extranjeros, sin ser simpáticos con Dilma, han demostrado sus dudas sobre el modus operandi de Temer y su principal fiador político, el presidente de la Cámara de Diputados, Eduardo Cunha, procesado en la Corte por haber ocultado en Suiza cinco millones de dólares cobrados en presuntos sobornos para facilitar contratos en Petrobras.

Y no fue sólo Merval Pereira, el columnista de Globo, quien manifestó su temor a que Brasil sea visto como una republiqueta. El senador Aloísio Nunes Ferreira también habló en esos términos durante su visita a Washington la semana pasada a donde fue enviado por Temer para ejecutar una “contraofensiva” en la Casa Blanca, el Congreso y entidades no gubernamentales.

Según parece, el fantasma de Carmen Miranda asola a los adversarios de Dilma. La cantante brasileña (aunque nació en Portugal) triunfó en Hollywood en los años 40 y 50 con sus canciones alegres y su conocido tocado con flores y frutas en la cabeza. A veces en sus fotos se la decoró con bananas, para agradar el estereotipo brasileño consumido por el gran público norteamericano.

Dilma retornó en la mañana del sábado a la residencia oficial de Alvorada, en Brasilia, y de inmediato reasumió a presidencia que estuvo a cargo de Temer interinamente en el Palacio Jaburu, residencia del vicepresidente, donde se realizan reuniones para la formación de un futuro gobierno de excepción, apoyado por el empresariado, los banqueros, sectores del poder judicial y el conjunto de los medios. Se estima que a mediados o fines de mayo Temer asumirá el gobierno y automáticamente la presidenta tendrá que licenciarse del cargo por hasta seis meses.

Si el “impeachment” fuera aprobado en el Senado, y probablemente así será, Rousseff va a solicitar al Mercosur que su eventual sucesor Temer reciba el mismo trato dado en 2012 al ex presidente paraguayo Federico Franco suspendido por haber derrocado al mandatario electo Fernando Lugo.

Prácticamente todo el mundo, salvo la dirigencia política y parte de la prensa paraguaya, entendió que Lugo fue expulsado del poder al que llegó por los votos a través de una conjura disimulada con ornamentos institucionales. “Soy víctima de la persecución, esto fue un golpe del Mercosur” decía Federico Franco el presidente de excepción que nunca pudo sobreponerse a su falta de legitimidad, apelando a un discurso que, a fuerza de repetirlo hasta la saturación, hizo pie en la opinión pública de su país pero no tuvo igual éxito en la internacional.

Franco alegó que su ascenso al poder respetó lo previsto en la ley una argumento similar al esgrimido actualmente por Temer, “Decir que el impeachment es golpe es algo perjudica la imagen del país” en el exterior.

“Decir que esto no es golpe es querer tapar el sol con un colador” rebatió Dilma en Nueva York.

Página/12 :: El mundo :: Una republiqueta a lo Carmen Miranda

Le Monde menciona Mani Pulite para dizer que Brasil tem 30 Berlusconi

golpe_globoO vetusto jornal francês vem, depois da avalanche de congêneres internacionais, descantar o verso. Primeiro, tendo por fonte O Globo, disse que impeachment não é golpe, mas agora contrastado admite sua parcialidade induzida. A mídia internacional que não se alimenta dos ratos nacionais já se deu conta de que a plutocracia tenta, com a Rede Globo à frente, derrubar um governo eleito e sem mácula, implantar uma cleptocracia cuja face é Michel Temer, e que tem por operador Eduardo CUnha. Só para refrescar, como então articulador do Governo, Michel Temer articulou no Congresso a eleição de seu capitão-de-mato Eduardo CUnha. Cunha é obra sua, não só por ter distribuído cargos com pessoas ligadas a CUnha, mas por agora ser o beneficiário do processo kafkiano de seu agente.

A outra lembrança do Le Monde diz respeito ao verniz de legalidade, que é a forma de todo Golpe Paraguaio, que atende por Mani Pulite. Se na Itália o processo conduziu ao poder Sílvio Berlusconi, que se manteve no poder até quebrar o país e virar chacota internacional por suas Bunga Bunga, no Brasil a caça ao Lula se tornou diversionismo para alimentar a matilha que está sedenta de poder como hienas vagando no deserto em busca de carniça. Basta que se diga que Lula vem sendo caçado como escravo fugido sem que seus caçadores tenham conseguido emplacar a formalização de uma única acusação. E, quando se quer, todos sabemos que uma devassa na vida de qualquer pessoa encontra indícios, ou nela se implanta, elementos para instruir uma ação. De proprietário da Friboi, que é finanCIAdora da campanha contra Lula, de aviões supersônicos a última investida é nos pedalinhos de Atibaia. Se os perdigueiros que caçam Lula não tivessem o faro viciado já teriam dado satisfação do sumiço do heliPÓptero. Ou quiçá alguma explicação para o alcovitamento de Miriam Dutra na Espanha às expensas da Brasif. Se devassassem Michel Temer ou os filhos do Roberto Marinho, teriam elementos para milhares de ações. Mas não se trata de limpar os podres, mas de tirar quem sempre combateu os podres. São limpa-trilhos para que os  30 Berlusconi de que fala o Le Monde voltam ao comando dos cofres públicos. Não é sem motivo que carta do Grupo Globo ao The Guardian tenha sido solenemente relegada a tudo que sai da Rede Globo, lixo.

As razões que levam um juiz a proferir uma decisão em 28 segundos para impedir Lula de assumir um Ministério é a mesma que explica a lentidão para afastar um notório corrupto como Eduardo CUnha. É a forma da plutocracia  defender seus cleptomaníacos no Golpe Paraguaio em curso no Brasil. A distribuição de estatuetas pela Rede Globo é, como o “famiglia” usado pelos congressistas ao sufragarem o golpe, senha que une plutocratas a cleptomaníacos. O dinheiro lavado e escondido no exterior, seja das Copas de 2002 e 2006, seja dos esquemas montados pela dupla Michel Temer & Eduardo CUnha, explicam a unanimidade da mídia internacional em apontar a transformação da República Brasileira em Bunga Bunga. Ou República das Bananas

Le Monde lamenta ter se baseado na mídia brasileira para analisar o golpe

Le Monde lamenta ter se baseado na mídia brasileira para analisar o golpe

sab, 23/04/2016 – 20:51 -Atualizado em 23/04/2016 – 20:52

Do RFI

Le Monde admite ter ignorado parcialidade da mídia brasileira

Publicado em 23-04-2016 Modificado em 23-04-2016 em 20:21

Na edição antecipada de domingo (24), o mediador entre os leitores e a redação do vespertino francês Le Monde, Franck Nouchi, faz a seguinte pergunta: "Le Monde foi parcial na cobertura da crise politica brasileira?"

O questionamento foi feito depois do jornal ter recebido dezenas de cartas de brasileiros e franceses vivendo na França e no Brasil. O jornal cita a carta, que elogia como muito bem argumentada, de quatro brasileiras residentes em Paris," movidas pela consciência do impacto que o Monde tem sobre a opinião pública ". Na carta, elas perguntam porque Le Monde escolheu a parcialidade para abordar a crise politica brasileira ao invés de indagar, abordar novos ângulos… e não seguir o coro uníssono da grande mídia brasileira.

Na mesma linha, Le Monde também levou em consideração o correio de um outro grupo de ex-exilados políticos brasileiros da França e da Bélgica, que interrogam porque não foram feitas reportagens mais balanceadas com personalidades de destaque como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e outros nomes, sobre suas razões para se posicionarem com tanta firmeza pela democracia. Na contramão, é citado somente um leitor que elogia diversos artigos e o mediador defende as coberturas de algumas matérias.

Parcialidade das mídias brasileiras é reconhecida

No entanto, reconhece e lamenta que o editorial de 31 de março, intitulado"Brésil: ceci n’est pas un coup d’Etat" (Brasil: isto não é um golpe de Estado, em tradução livre), não tenha sido equilibrado, em especial por ter omitido que os apoiadores do impeachment são acusados de corrupção, a começar por Eduardo Cunha, presidente da Câmara, assim como por não ter abordado suficientemente a parcialidade das mídias nacionais. Nesse contexto, o mediador lembra um dossiê completo publicado em janeiro de 2013 pela ONG Repórteres sem Fronteiras, que chamava o Brasil de "o país dos trinta Berlusconi"*, lembrando que os dez principais grupos econômicos, familiares, dividem o mercado da comunicação de massa.

Finalizando, o jornal admite que o ideal teria sido enviar um jornalista de Paris para apoiar sua correspondente em São Paulo, Claire Gatinois, para relatar com mais profundidade as fraturas sociais da população, reveladas durante esta crise.

* referência ao ex-premiê italiano Silvio Berlusconi, dono de um império midiático na Itália.

Le Monde lamenta ter se baseado na mídia brasileira para analisar o golpe | GGN

23/04/2016

Macondo é aqui

Autógrafo do autor de Cem Anos de Solidão, Gabriel García Márquez, a este escrevinhador.

ggm autografoRealismo Mágico é uma expressão cara à América Latina. Gabriel García Márquez é o maior representante deste ramo da literatura, como forma de reação, através da palavra, contra os regimes ditatoriais implantados pelos corruptos sob os auspícios dos EUA.

Quando escreveu a obra que o levou a ganhar o Prêmio Nobel, Cem anos de Solidão, situou as ações na pequena Macondo, que na língua Bantu significa banana. Mas não é dele a expressão que hoje se aplica de forma tão perfeita e acabada ao Brasil: República das Bananas.

Esta expressão foi criada por um humorista norte-americano, O. Henry, pseudônimo de William Sydney Porter, para explicar países latino-americano onde acontecem coisas que só o realismo mágico pode explicar. Só um humorista poderia empregar o termo “república” como eufemismo de ditadura. República das Bananas serve para identificar aqueles países onde uma elite governa corrompendo e oprimindo.

Portanto, um Buendia comandar, por comissão de uns e omissão de outros, um golpe com vistas a substituir uma mulher Presidenta por uma “do lar” faz todo sentido, se essa do lar for mencionada em dólar. E a expressão por excelência, que identifica o que pretende toda república bananeira, é cleptocracia, mesmo que lavada em Liechtenstein ou no Panamá.

A cleptocracia é  o governo dos corruptos implantada com apoio e para benefício dessa mesma plutocracia. A massa adestrada segue a égua madrinha de forma bovina como um boi uma espiga de milho.

Em que lugar senão em Macondo uma decisão judicial em benefício da plutocracia demora apenas 28 segundos? Nem o Golpe Paraguaio, paradigma de indignidade jurídica, foi tão rápido. Em que país documentos comprovando corrupção na plutocracia fica engavetada por três anos e depois continua esquecida ad aeternum? Em que país um Ministro da Suprema Corte aceita receber estatueta de um grupo grupo acostumado a apoiar golpes (editorial) de estado e que, no mesmo dia abre empresa em paraíso fiscal para comprar apartamento por U$ 10 dólares, instaura um processo que registrará nos autos de condenação duas expressões emblemáticas que denunciam o verdadeiro caráter plutocrático: “foi feito pra isso, sim” e a “literatura jurídica me permite”?

Em que país se caça líderes populares para proteger a plutocracia, toxicômanos e larápios contumazes senão numa República Bananeira, em Bantu, Macondo! Onde senão em Macondo toda sorte de consumidores de prostitutas usam o código famiglia  pode condenar uma pessoa honesta? No DNA da plutocracia pinta até pato pirata, emblema de que alguém vai pagar o pato. Como nas republiquetas de fundo de quintal dos EUA, os de sempre.

Viva Macondo! Viva a República Cleptocrática dos Plutocratas Brasileiros! Viva Marcola, Fernandinho Beira-Mar, Pablo Escobar, vocês venceram: também temos nossos Cem Anos de Solidão!

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