Ficha Corrida

22/09/2014

Folha, oportunista, agora quer embarcar na carona do Haddad

ciclovias Não há nada mais escroto na política do que a direita paulistana. Como já declarou do Barão de Itararé, de onde menos se espera, de lá mesmo é que não sai nada. Aliás, a tradição política de São Paulo é de amargar: Ademar de Barros, Jânio Quadros, FHC, Paulo Maluf, Orestes Quércia, José Serra, Celso Pitta, Geraldo Alckmin, Marco Feliciano, Tiririca… E nem poderia ser diferente, considerando que os velhos grupos mafiomidiáticos têm sede em São Paulo. O Instituto Millenium, que propaga o atraso na política, inclusive o de patrulhar o Poder Judiciário, também é paulista.

Pior do que algumas personagens tradicionalmente de triste figura, é o oportunismo da Folha de embarcar na popularidade de uma decisão do prefeito marcado de perto pela direita hidrófoba!

EDITORIAIS

editoriais@uol.com.br

A vez das ciclovias

SANTAELLA-570Pesquisa Datafolha sugere que implantação de vias exclusivas para bicicletas, apoiadas pela maioria, melhora avaliação de Haddad

Comerciantes protestaram em diversos pontos da cidade; moradores de alguns bairros também reclamaram; e até vereadores da base aliada do prefeito Fernando Haddad (PT) fizeram críticas à implantação de ciclovias pelas ruas e avenidas de São Paulo.

Embora capazes de chamar a atenção, esses grupos representam opinião minoritária entre os moradores da capital. Como pesquisa Datafolha publicada neste final de semana deixou claro, a maioria expressiva dos paulistanos defende a expansão de vias exclusivas para ciclistas. Ainda bem.

Trata-se, não por acaso, de tendência nas principais metrópoles do mundo. A bicicleta é um meio de transporte limpo, que ocupa muito menos espaço do que um carro (embora não seja "a" solução para os problemas de mobilidade urbana) e oferece a seus usuários a possibilidade de não ficar refém das condições do trânsito.

Numa cidade como São Paulo, porém, nunca foi fácil usar bicicletas, e não surpreende que apenas 3% dos paulistanos digam se valer desse transporte com frequência.

Construir 400 km de ciclovias, como quer Haddad, decerto não aplainará o terreno acidentado nem tornará a metrópole mais segura, mas ao menos dará aos ciclistas alguma proteção num sistema tão hostil quanto caótico.

O potencial de atração dessas vias é significativo. Entre os entrevistados, 22% declaram intenção de, nos próximos seis meses, comprar uma bicicleta (32% já têm uma), e 41% indicam ser grande a chance de usar as ciclovias.

Talvez venham a existir ainda mais adeptos se houver ampliação de bicicletários públicos em terminais de ônibus, estações de metrô e outros pontos de interesse, bem como, por parte da prefeitura, melhor planejamento dos percursos.

Mesmo nas condições atuais, contudo, os paulistanos deram sinais inequívocos de que aceitam o desafio de dar uma nova cara à capital. Segundo a pesquisa, 71% consideram as ciclovias positivas para a cidade em geral, ainda que seja menor (55%) a fatia dos que as julgam benéficas para o trânsito.

Mais relevante, 80% se declaram a favor da implantação das ciclovias, ao passo que 70% defendem a medida inclusive no cartão-postal da cidade, a avenida Paulista.

De carona, Fernando Haddad viu sua aprovação melhorar desde julho, subindo de 15% para 22% os que avaliam sua gestão como ótima ou boa, e caindo de 47% para 28% os que a classificam como ruim ou péssima. Espera-se que os números deem ao prefeito confiança para agir com menos açodamento.

Será uma boa notícia se isso acontecer. Melhor ainda se quem quiser ter uma bicicleta puder contar com os mesmos incentivos existentes para a compra do carro próprio –da redução tributária ao financiamento facilitado.

13/09/2014

“O beijo, amigo, é a véspera do escarro”

Veja capaA Veja tem mais patrocinadores que leitores. Além, é claro,dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium. Ninguém, depois de conhecer o episódio do Boimate, pode se dar ao luxo de ler Veja do mesmo jeito que antes. A Veja teria todo direito de defender seus candidatos, se antes saísse do armário do Feliciano e declarasse por algum candidato. Não é de admirar que um grupo financiado pela NASPERS tenha este (mau) caráter. A coerência da Marina é a mesma da Veja, senão leia a fúria do Reinaldo Azevedo, publicada em 25/08/2014, no site da VEJA, contra Marina:

25/08/2014 –às 6:31

Por que jamais votaria em Marina Silva — nem que ela viesse a disputar o segundo turno com Dilma. Ou: Voo cego de um avião sem dono

Jamais votaria em Marina Silva. Já expus aqui alguns dos meus motivos. E também na minha coluna de sexta na Folha. Vou avançar. Desde que me ocupo da política, como jornalista, meu esforço é para tirá-la do terreno da mitologia e trazê-la para o da razão — inclusive o da razão prática. “Poderia votar em Dilma contra Marina, Reinaldo?” Também é impossível. Os petistas me incluíram numa lista negra de jornalistas. Eles querem a minha cabeça e, se pudessem, pediriam a meus patrões que me botassem na rua. Desconfio até que já tenham pedido — não sei. Mas não levaram. Não sou suicida. Não me ofereço àqueles que se pretendem meus feitores. Mas, reitero, nem tudo o que não é PT me serve — e Marina não me serve. Mais: acho que alguns de seus ditos “conselheiros” estão perdendo o juízo e querendo se comportar como os Catões da República. Já chego lá.

Os cardeais da papisa
Marina Silva não é candidata a presidente da República, mas a papisa de uma seita herética — e suas heresias são praticadas contra a democracia representativa.

Mas há uma explicação para a Capa da Veja

A capacidade técnica, a visão de futuro da Veja é algo que justifica porque é um dos membros da velha mídia que mais cresce, como rabo de burro, para baixo. Toda eleição Veja abraça um candidato e dá o abraço de afogado. Assim ficamos sabendo que o novo na política é Marina Silva precisa ser turbinada com os hormônios da Veja, Feliciano, FHC, Banco Itaú, Bornhausen e pela mais nova moralista da praça, Ana Amélia Lemos. Nem vou considerar que Deus também esteve só ao lado de Marina, deixando ao diabo Eduardo Campos e sua equipe naquele avião.

Vivendo às expensas do Banco Itaú, com uma relações públicas do tipo Veja e um porta-voz do calibre de um Silas Malafaia, Marina Silva acaba por se revelar a previsão do Cazuza:

Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro
A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára
Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades

À Veja e aos leitores anecefálicos dedico este poema do Augusto dos Anjos:

Veja! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

Em nova peça de campanha, Veja agora vitimiza Marina

Edição desta semana acusa o PT de promover baixarias e disseminar mentiras contra a candidata Marina Silva, do PSB; uma dessas mentiras, segundo Veja, é o fato de Marina ser sustentada por uma banqueira; o problema central da reportagem é que as mentiras são verdades (basta lembrar que Neca Setubal, herdeira do Itaú, bancou 83% dos gastos do instituto de Marina) e que o confronto de ideias e posições faz parte do processo democrático; capa de Veja é reação da Marginal Pinheiros às mais recentes pesquisas sobre a sucessão presidencial, que voltam a apontar o favoritismo de Dilma

Brasil 24/7

26/08/2014

Descoberto na selva mafiomidiática tribo de anencefálicos

Cria cuervos… Reinaldo Azevedo tanto fodeu com a inteligência dos outros que seus filhos começaram a aparecer. Não adianta negar a paternidade intelectual quando a indigência mental é dantesca tem o DNA da imbecilidade. Aqui se faz, aqui se paga!

Tucano lança kit macho e diz ter apoio de Reinaldo, que nega: mentira!

:

O blogueiro Reinaldo Azevedo, de Veja, desabafou hoje em um de seus posts, declarando-se vítima da lorota de um candidato a deputado federal pelo PSDB no Distrito Federal. Dr. Matheus Sathler, o jovem candidato de 31 anos criador do "kit macho" e do “Kit Fêmea” para distribuir nas escolas, disse em entrevista ao UOL ter sido procurado por Azevedo e por Rodrigo Constantino (também da revista semanal). "Mentira!", grita Azevedo

25 de Agosto de 2014 às 21:48

Brasília 247 – O blogueiro da Veja, Reinaldo Azevedo, desabafou hoje em um de seus posts, declarando-se vítima da lorota de um candidato a deputado federal pelo PSDB no Distrito Federal. Registrado na Justiça Eleitoral como Dr. Matheus Sathler, o jovem candidato de 31 anos criador do "kit macho" para distribuir nas escolas, disse em entrevista ao UOL que "têm entrado em contato comigo o Reinaldo Azevedo e o Rodrigo Constantino (ambos colunistas e blogueiros da revista Veja). Nós, os liberais-conservadores, temos nos articulado, sim.” "Mentira!", grita Azevedo.

Em post do dia 12 de agosto nas redes sociais, Dr. Matheus Sathler afirma que "Depois que muitos companheiros viram o meu testemunho que rejeitamos milhões de reais de "doações" comprometedoras chegaram muitos pedidos de todo o Brasil para que nossa campanha aceitasse doações de empresas e famílias honestas. A população pediu e Dr. Matheus aceitou!
Atenção: Não queremos ofertas que irão fazer falta para o "pão nosso de cada dia" de ninguém. Precisamos muito da ajuda de todos vocês. O sistema é muito corruPTo", escreveu em nítida crítica ao PT. "Colabore com o projeto kit macho. Abaixo a perversão imposta pela Rede Globo e pelo PT", diz o post.

"Nunca vi esse cara mais gordo ou mais magro, jamais falei com ele e não tenho interesse em falar", diz Reinaldo Azevedo indignado. "Nunca falei com o sr. Sathler nem quero. Acho a sua proposta energúmena".

Leia o post de Reinaldo Azevedo

Tucano lança kit macho e diz ter apoio de Reinaldo, que nega: mentira! | Brasil 24/7

Descoberto na selva mafiomidiática tribo de anencefálicos

Cria cuervos… Reinaldo Azevedo tanto fodeu com a inteligência dos outros que seus filhos começaram a aparecer. Não adianta negar a paternidade intelectual quando a indigência mental é dantesca tem o DNA da imbecilidade. Aqui se faz, aqui se paga!

Tucano lança kit macho e diz ter apoio de Reinaldo, que nega: mentira!

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O blogueiro Reinaldo Azevedo, de Veja, desabafou hoje em um de seus posts, declarando-se vítima da lorota de um candidato a deputado federal pelo PSDB no Distrito Federal. Dr. Matheus Sathler, o jovem candidato de 31 anos criador do "kit macho" e do “Kit Fêmea” para distribuir nas escolas, disse em entrevista ao UOL ter sido procurado por Azevedo e por Rodrigo Constantino (também da revista semanal). "Mentira!", grita Azevedo

25 de Agosto de 2014 às 21:48

Brasília 247 – O blogueiro da Veja, Reinaldo Azevedo, desabafou hoje em um de seus posts, declarando-se vítima da lorota de um candidato a deputado federal pelo PSDB no Distrito Federal. Registrado na Justiça Eleitoral como Dr. Matheus Sathler, o jovem candidato de 31 anos criador do "kit macho" para distribuir nas escolas, disse em entrevista ao UOL que "têm entrado em contato comigo o Reinaldo Azevedo e o Rodrigo Constantino (ambos colunistas e blogueiros da revista Veja). Nós, os liberais-conservadores, temos nos articulado, sim.” "Mentira!", grita Azevedo.

Em post do dia 12 de agosto nas redes sociais, Dr. Matheus Sathler afirma que "Depois que muitos companheiros viram o meu testemunho que rejeitamos milhões de reais de "doações" comprometedoras chegaram muitos pedidos de todo o Brasil para que nossa campanha aceitasse doações de empresas e famílias honestas. A população pediu e Dr. Matheus aceitou!
Atenção: Não queremos ofertas que irão fazer falta para o "pão nosso de cada dia" de ninguém. Precisamos muito da ajuda de todos vocês. O sistema é muito corruPTo", escreveu em nítida crítica ao PT. "Colabore com o projeto kit macho. Abaixo a perversão imposta pela Rede Globo e pelo PT", diz o post.

"Nunca vi esse cara mais gordo ou mais magro, jamais falei com ele e não tenho interesse em falar", diz Reinaldo Azevedo indignado. "Nunca falei com o sr. Sathler nem quero. Acho a sua proposta energúmena".

Leia o post de Reinaldo Azevedo

Tucano lança kit macho e diz ter apoio de Reinaldo, que nega: mentira! | Brasil 24/7

22/06/2014

Eunucos do ódio

No exército persa, Ciro, Xerxes, Dario sempre tinham eunucos dentre aqueles serviçais mais fiéis. Os devotados eunucos retribuíam com a vida. Assim são essas figurinhas que pulam de galho em galho.

Augusto Nunes passou por vários poleiros e todos deixou sujos (Veja, Zero Hora). Gaspari é figurinha carimbada dos veículos que tiveram afinidades eletivas com a ditadura. É especialista em militar, nas várias acepções do termo. Se tivessem feito raio x do saco escrotal dos ditadores brasileiros, lá encontrariam sua digitais. Alexandre Garcia é voz cativa dos que nasceram, cresceram em parceria com a ditadura, de quem foi empunhador de microfone. Ah, como no romance de Alexandra Dumas, os três eram quatro: o outsider da turma é o Mário Sérgio Conti, o arleguim servidor de dois (ou três) patrões... É as enguia mais ensaboada, um banana, que pisou nas próprias cascas.

Reinado Azevedo não importa, na minha conta não entra carrapato, pois transmite Babesiose à manada.

Em comum, Gaspari, Nunes, Garcia: todos, sem exceção, tem longa ficha corrida de serviços prestados à ditadura!

Antonio Machado: Doutor não enxerga veneno no jornal que lhe paga salário

publicado em 21 de junho de 2014 às 23:14

Não, doutor, não é a mesma coisa

O discreto ódio de Elio Gaspari

por Antonio Machado*

O discurso da direita é obtuso, sinuoso, embiocado. Ora mais, ora menos, mas inevitável e necessariamente. Afinal, de que outra forma defender uma injustiça, justificar o indefensável?

Em sua coluna de quarta-feira na Folha de S.Paulo, o jornalista Elio Gaspari resguarda os xingadores da presidente da República – a doutora Dilma, como ele a chama –, já tão repreendidos pela mídia independente. “Argumente-se que o grito foi típico da descortesia dos estádios”, pondera.

A intenção já se define pelo título: “O ódio ao PT e o ódio do PT” (http://naofo.de/g0r). Gaspari, experimentado, não endossa o coro dos desaforados.

Se os protege, é com cautela – e sem apologia, é claro. Põe-se de fora, pretensamente alheio ao ódio manifestado de parte a parte.

Cita comentários de internet e conclui: “Se a rede for usada como posto de observação, os dois ódios equivalem-se e pouco há a fazer”.

Alto lá! Não é o anonimato da rede que deve ser tomado como posto de observação, mas a própria imprensa, a própria Folha.

A imprensa e as declarações de gente pública como Paulinho da Força, Aécio Neves, na linha do “colheu o que plantou”, “mandou para onde tinha que mandar”.

À bem da verdade, o mal não seria propriamente o ódio, mas como ele se manifesta, de quem vem, a quem se dirige e por quê.

Ou o doutor, do alto de sua imparcialidade, acha que odiar o pobre que anda de avião – para usar um exemplo batido, que é também o dele – equivale a odiar o rico que se queixa do aeroporto que virou rodoviária?

Não digo que pertença à elite todo aquele que não gosta do PT. Há até ricos que gostam e outros que, não sendo, dele não gostam justamente por julgarem-no elitista. Mas o leitor da Folha sabe porque ela não gosta do PT.

Na quinta-feira, outra vez no estádio do Corinthians, o jornalista José Trajano, da ESPN, homem de 68 anos, se preparava para entrar ao vivo quando foi chamado de “petista filho da p*” e ameaçado de morte.

A exclamação veio de um torcedor de 30 anos, um e noventa de altura, que avançava sobre as grades que o apartavam da imprensa.

Parêntese. Coisa de um mês atrás, o amigo que presenciou e relatou a referida cena é quem foi a vítima. Repreendeu um desconhecido que atirava um folheto no chão e ouviu de volta: “Vai se f*, seu comunista! Comunista! Você é um petista, seu petista!” (http://bit.ly/TfCGil)

Voltando ao caso do Trajano, seria só uma ocorrência avulsa, embora corriqueira; um desvario como o daquele que hostilizou Joaquim Barbosa. Novo parêntese.

O mesmo sujeito que ultrajou Barbosa foi atacado pelo senador Aloysio Nunes no Congresso Nacional, num episódio que chamou bem menos atenção (http://bit.ly/1lTtyqc).

A’O Globo, o senador ainda avisou: “Só não dei um pescoção porque ele correu mais do que eu!” (http://naofo.de/g0v)

Pois seria só mais uma, não fosse a campanha de ódio contra Trajano promovida por Reinaldo Azevedo, blogueiro e colunista da mesma Folha – aliás, escalado pelo jornal para comentar as “palavras não muito gentis à presidente” – e levada às últimas por sua claque.

Desnecessário reproduzir os impropérios de Azevedo a Trajano, mencionado em nada menos que seis postagens do autor. Quem o conhece pode imaginar.

Não se sabe ao certo o que despertou a ira do blogueiro: se o fato de Trajano reprovar a grosseria contra Dilma, de “pagar pau aos esquerdistas” ou de dizer que Azevedo é semeador de ódio (http://bit.ly/1uMfu7q).

Pelo tamanho da reação, bastava ter se referido a Dilma como presidenta para merecer uma alusão injuriosa.

A verdade é que Gaspari está mais perto do que gostaria de Azevedo; ambos do mesmo lado, em papeis complementares.

Se o doutor ainda não sabe, já é tempo de saber, na origem, conteúdo e forma, o que difere o ódio antipetista da revolta contra a elite e contra quem a representa.

* É jornalista

PS do Viomundo: A Folha é aquela que, em plena campanha eleitoral de 2010, publicou na capa uma ficha falsa da candidata Dilma e, em seguida, entrou em crise existencial por não descobrir se era verdadeira a falsidade; antes, foi o jornal que publicou na primeira página artigo de um psicanalista aeronauta acusando o governo Lula do homicídio de 200 pessoas num acidente aéreo cuja causa foi erro dos pilotos; deu espaço à tese de Lula estuprador na cadeia; espalhou o pânico com uma falsa epidemia de febre amarela e, mais tarde, dizimou milhares que ainda vivem com a gripe suína; depois de tudo isso, adotou a tese de que os blogueiros “espalham ódio”. É pra rir, né?

Antonio Machado: Doutor não enxerga veneno no jornal que lhe paga salário – Viomundo – O que você não vê na mídia

15/06/2014

Dinheiro compra tudo, não todos!

 

O tiro saiu pela culatra

15 de junho de 2014 | 01:54 Autor: Miguel do Rosário

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A dignidade, assim como a coragem, é contagiosa. Jornalista da ESPN ensina isso.

Transcrição o texto lido pelo jornalista:

“Eu queria dizer a esses destemperados e malcriados, frequentadores de mural, que tem a mania de dizer impropérios, xingar, maltratar, não respeitar a opinião alheia. E que tem como gurus gente que só semeia o ódio, a inveja – gente como Demétrio Magnoli, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Reinaldo Azevedo – , que eu continuarei, daqui dessa tribuna, falando desse jeito, do jeito que eu faço. Eu não vou me envergar! Podem vir, com pedras, que eu trarei laranjas, pra gente saborear aqui nos intervalos.”

Jornalista José Trajano, falando sobre os xingamentos à Presidenta Dilma Rousseff.

O tiro saiu pela culatra | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

01/05/2014

Os homens de preto da Suprema Corte MafioMidiática

 

O Judiciário independente que Lula desconhece

SQN

03/11/2013

Uma trupe animal: Leitão, Rottweiler, Constantino

Filed under: Miriam Porcão,Reinaldo Azevedo,Rodrigo Constantino — Gilmar Crestani @ 10:20 am
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Acredite em tudo o que um disser do outro! São filhos da mesma pocilga mafiomidiática! Sabe qual é a coincidência que une Miriam Leitão, Reinaldo Azevedo e Rodrigo Constantino? Todos pertencem ao staff do Instituto Millenium, ninho da “direita hidrófoba”.

Miriam: Constantino e Reinaldo emburrecem o País

:

Colunista do Globo, Miriam Leitão publica importante artigo sobre a "direita hidrófoba";  segundo ela, Reinaldo Azevedo é, sim, um rottweiler, que já rosnou para ela várias vezes e pediu até que se desculpasse diante do ex-senador Demóstenes Torres; outro representante da tchurma, o economista Rodrigo Constantino, que também é colunista do Globo, produz "indigências mentais"; numa delas, ao falar sobre a nova presidente do banco central americano, perguntou: "O que importa o que a liderança do Fed tem entre as pernas?"

3 de Novembro de 2013 às 07:48

247 – A jornalista Miriam Leitão, colunista do Globo, publicou um importante artigo neste domingo sobre a "miséria do debate" brasileiro.

No texto, ela bate duro em dois representantes da "direita hidrófoba" brasileira: o colunista Reinaldo Azevedo, de Veja e Folha, e o economista Rodrigo Constantino, que tem colunas em Veja e no próprio Globo.

"Os epítetos ‘petralha’ e ‘privataria’ se igualam na estupudez reducionista. São ofensas desqualificadoras que nada acrescentam ao debate", diz a jornalista.

Dizendo-se alvo dos dois lados, de quem a critica pela esquerda e pela direita, Miriam passou a tratar então de Reinaldo Azevedo. "Recentemente, Suzana Singer foi muito feliz ao definir como um ‘rottweiler um recém-contratado pela Folha de S. Paulo (…) ele já rosnou para mim várias vezes, depois se cansou como fazem os que ladram atrás das caravanas".

Miriam resgatou ainda um texto revelador, em que Reinaldo cobrava dela um pedido de desculpas ao senador Demóstenes Torres (leia aqui).

Depois de tratar de Reinaldo, Miriam saltou para Rodrigo Constantino, o mais caricato personagem da nova direita brasileira, que, segundo a jornalista do Globo, produz "indigências mentais". Miriam se refere à resposta agressiva que recebeu quando defendeu a nomeação de Janet Yellen para o Federal Reserve, o banco central americano. "O que importa o que a liderança do Fed tem entre as pernas?", perguntou Constantino em Veja (leia aqui).

Miriam conclui seu texto afirmando que tais tipos de desqualificação são apenas "lixo". Nada mais.

Leia, abaixo, seu artigo:

Miséria do debate – MIRIAM LEITÃO

O Brasil não está ficando burro. Mas parece, pela indigência de certos debatedores que transformaram a ofensa e as agressões espetaculosas em argumentos. Por falta de argumentos. Esses seres surgem na suposta esquerda, muito bem patrocinada pelos anúncios de estatais, ou na direita hidrófoba que ganha cada vez mais espaço nos grandes jornais. 
É tão falso achar que todo o mal está no PT quanto o pensamento que demoniza o PSDB. O PT tem defeitos que ficaram mais evidentes depois de dez anos de poder, mas adotou políticas sociais que ajudam o país a atenuar velhas perversidades. O PSDB não é neoliberal, basta entender o que a expressão significa para concluir isso.
A ele, o Brasil deve a estabilização e conquistas institucionais inegáveis. A privatização teve defeitos pontuais, mas, no geral, permitiu progressos consideráveis no país e é uma política vencedora, tanto que continuou sendo usada pelo governo petista. O PT não se resume ao mensalão, ainda que as tramas de alguns de seus dirigentes tenham que ser punidas para haver alguma chance na luta contra a corrupção. Um dos grandes ganhos do governo do Partido dos Trabalhadores foi mirar no ataque à pobreza e à pobreza extrema. 
Os epítetos “petralhas” e “privataria” se igualam na estupidez reducionista. São ofensas desqualificadoras que nada acrescentam ao debate. São maniqueísmos que não veem nuances e complexidades. São emburrecedores, mas rendem aos seus inventores a notoriedade que buscam. Ou algo bem mais sonante. Tenho sido alvo dos dois lados e, em geral, eu os ignoro por dois motivos: o que dizem não é instigante o suficiente para merecer resposta e acho que jornalismo é aquilo que a gente faz para os leitores, ouvintes, telespectadores e não para o outro jornalista. Ou protojornalista. Desta vez, abrirei uma exceção, apenas para ilustrar nossa conversa. 
Recentemente, Suzana Singer foi muito feliz ao definir como “rottweiller” um recém- contratado pela “Folha de S.Paulo” para escrever uma coluna semanal. A ombudsman usou essa expressão forte porque o jornalista em questão escolheu esse estilo. Ele já rosnou para mim várias vezes, depois se cansou, como fazem os que ladram atrás das caravanas. 
Certa vez, escreveu uma coluna em que concluía: “Desculpe-se com o senador, Miriam”. O senador ao qual eu devia um pedido de desculpas, na opinião dele, era Demóstenes Torres. Não costumo ler indigências mentais, porque há sempre muita leitura relevante para escolher, mas outro dia uma amiga me enviou o texto de um desses articulistas que buscam a fama. Ele escreveu contra uma coluna em que eu comemorava o fato de que, um século depois de criado, o Fed terá uma mulher no comando.
Além de exibir um constrangedor desconhecimento do pensamento econômico contemporâneo, ele escreveu uma grosseria: “O que importa o que a liderança do Fed tem entre as pernas?” Mostrou que nada tem na cabeça. Não acho que sou importante a ponto de ser tema de artigos. Cito esses casos apenas para ilustrar o que me incomoda: o debate tem emburrecido no Brasil. Bom é quando os jornalistas divergem e ficam no campo das ideias: com dados, fatos e argumentos.
Isso ajuda o leitor a pensar, escolher, refutar, acrescentar, formar seu próprio pensamento, que pode ser equidistante dos dois lados. O que tem feito falta no Brasil é a contundência culta e a ironia fina. Uma boa polêmica sempre enriquece o debate. Mas pensamentos rasteiros, argumentos desqualificadores, ofensas pessoais, de nada servem. São lixo, mas muito rentável para quem o produz.

Miriam: Constantino e Reinaldo emburrecem o País | Brasil 24/7

27/10/2013

Azevedo, Magnoli & Pondé, as caras da Folha são

ILUSTRADA EM CIMA DA HORA

Grupo impede debates de colunistas da Folha

Manifestantes em festival na BA suspenderam falas de Demétrio Magnoli e L. F. Pondé

DE SÃO PAULO

Uma manifestação de cerca de 30 estudantes interrompeu ontem duas mesas na Flica (Festa Literária Internacional de Cachoeira), na Bahia.

O protesto pedia o cancelamento de debates com o sociólogo Demétrio Magnoli e o filósofo Luiz Felipe Pondé, colunistas da Folha. A organização da Flica cancelou as mesas para garantir a segurança dos convidados.

A mesa "Donos da Terra? – Os Neoíndios, Velhos Bons Selvagens", da qual participavam Magnoli e a historiadora Maria Hilda Baqueiro Paraíso, foi interrompida 20 minutos após o início do debate, que havia começado às 10h (no horário da Bahia, que não adere ao horário de verão).

Segundo Emanuel Mirdad, um dos organizadores da Flica, os alunos, que estavam sentados assistindo ao debate, gritaram palavras de ordem contra Magnoli, a quem chamaram de racista.

O protesto seguiu com alunos se despindo. Outros estudantes jogaram uma cabeça de porco no palco.

"Eu sou um antirracista e é por isso que sou contra as cotas. Os grupos, a fim de não discutir argumentos sobre cotas, preferem lançar impropérios. Eles não se limitam a fazer isso. Eles depredam o debate", afirma Magnoli.

A organização do festival deslocou seguranças para proteger Magnoli, que se recusou a deixar o palco. Para encerrar a manifestação, os alunos exigiram o cancelamento da mesa em que Pondé participaria, às 20h (hora local) e a divulgação de um manifesto.

Com a participação de Pondé e do sociólogo francês Jean-Claude Kaufmann, a mesa, de nome "As Imposições do Amor ao Indivíduo", discutiria o tema do amor.

A organização do festival permitiu que os estudantes lessem a nota no palco. O evento decidiu cancelar também a mesa com Pondé, que ocorreria à noite.

"[A acusação de racismo] É uma coisa idiota. Quem me lê sabe que eu nunca escrevi nada desse tipo. Isso revela a estupidez do movimento deles e o caráter totalitário e difamatório", afirma Pondé.

"Eu acho errado cota baseado em raça, seja lá qual raça for. O que devia existir é uma escola pública decente, mas dizer que é racismo é mau-caratismo."

Era o quarto dia do festival, previsto para terminar hoje.

A reportagem não conseguiu localizar representantes do grupo de alunos antes da conclusão desta edição.

23/10/2013

Simples, pro lugar de onde saiu, o esgoto!

Filed under: Direita,Folha de São Paulo,PIG,Reinaldo Azevedo — Gilmar Crestani @ 11:41 pm
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Os a$$oCIAdos do Instituto Millenium estão buscando morrer abraçados. O polvo tem muitos braços, mas pouco cérebro.

Para onde vai a Folha?

Edição/247 Fotos: Reprodução:

Auto-classificado de plural, democrático, apartidário e a serviço do Brasil, o jornal Folha de S. Paulo acaba de atingir mais um ponto de inflexão em seu zigue-zague editorial; na década de 60, comandado pelo "seo" Frias, apoiou a ditadura militar com noticiário a favor e caminhonetes para transportar presos políticos para sessões de tortura; no final dos 70, procurou limpar o sangue de suas rotativas cavalgando a campanha da anistia e, em 84, liderou a cobertura das Diretas Já; depois de abrigar esquerdistas estudantis amigos do diretor Otávio Frias Filho, nos 90, agora aderna outra vez à direita; contratação de Reinaldo Azevedo, crítico de uma nota só aos governos de esquerda dos últimos dez anos, aponta opção preferencial pelo conservadorismo elitista; leitores que consideravam o jornal liberal e de centro vão gostar da novidade obscurantista?

23 de Outubro de 2013 às 20:39

247 – Como um camaleão ideológico, o jornal Folha de S. Paulo está mudando de coloração outra vez – e voltando às suas origens na direita da fauna política. Auto-classificada de plural, apartidária e a serviço do Brasil, a publicação da família Frias passará a ter entre seus colunistas o polemista profissional Reinaldo Azevedo. Trata-se ele de uma marca registrada do que há de mais estreito e antiquado no debate de ideias que, graças à democracia combatida no passado pela mesma Folha, hoje viceja na sociedade brasileira.

Sinaliza a contratação de Azevedo, neste sentido, uma perigosa volta ao passado, que caiu mal, como apurou 247, entre os jornalistas da redação. No quinto andar da rua Barão de Limeira, 425, a chegada do novo vizinho de páginas impactou negativamente o coletivo e lançou no ar uma pergunta: como os leitores que associam o jornal a ideias liberais e centristas irão reagir ao peso à direita representado por Azevedo nos porões daquele grande navio?

Emblemática, a abertura de espaço editorial para Azevedo remonta a Folha às raízes históricas das quais o jornal vem tentando se livrar desde o início da década de 1980. Um típico movimento e meia-volta volver.

Comprada de Nabantino Ramos numa polêmica operação comercial feita pela dupla Otávio Frias de Oliveira e Carlos Caldeira Filho, em 1962, apenas dois anos depois a Folha já apoiava abertamente o golpe militar de 1964.

FRIAS E CALDEIRA NÃO DEIXAM POR MENOS – No auge da repressão política imposta pelo regime, a publicação tisnou suas rotativas de sangue ao emprestar caminhonetes de distribuição do matutino para o transporte de presos políticos de diferentes cárceres ao centro de tortura do Doi-Codi, na rua Tutóia, na zona sul da capital paulista. A própria Folha reconhece o gesto, que considera, hoje, uma questão ultrapassada.

Em 1972, quando o governo do general Emílio Médico pregava o ame-o ou deixe-o ao Brasil, a Folha publicou editoriais negando, com veemência, a existência de presos políticos no Brasil. Um dos subprodutos da empresa, o jornal Folha da Tarde, era considerado, então, uma publicação ligada diretamente à polícia política, com amigos do torturador-mor, Sergio Paranhos Fleury, entre seus redatores e repórteres. Frias e Caldeira não deixavam por menos.

O ocaso da ditadura correspondeu a uma primeira correção de rumo pela Folha. Em 1979, o jornal destacou em sua primeira página o grande ato pela anistia política ocorrido na Praça da Sé, em São Paulo. Em seguida, quando o público foi às ruas na campanha por eleições diretas para presidente, a Folha outra vez mostrou reflexo rápido. Dirigida por Otavio Frias Filho, mas com o "seo" Frias na supervisão de tudo, o jornal abriu mais de uma dezena de páginas para a cobertura do comício que também se realizara na Sé, com todas as principais lideranças políticas do País presentes.

Diante da hesitação do concorrente O Estado de S. Paulo e do boicote à notícia praticado pelo jornal O Globo, a Folha deu grossas pinceladas de verniz democrático em sua fachada. Ato contínuo, Otavinho abriu a redação para jovens que tinham frequentado os bancos da Universidade de São Paulo e traziam ares novos para a publicação. Comunista, ali, é claro, não entrava, mas havia espaço para profissionais que, na pessoa física, combatiam, pela esquerda, as correntes mais comprometidas com a superação do regime militar. Naquela Folha, nada era moderno o suficiente, tudo precisava ser gritantemente oposicionista.

A fórmula deu certo. A circulação do jornal cresceu vertiginosamente, a ponto de fazer da publicação o veículo mais vendido diariamente nas bancas de São Paulo, batendo nacionalemente, algumas vezes, o consolidado O Globo – e deixando na poeira do conservadorismo o inimigo mortal O Estado de S. Paulo, da família Mesquita.

Essa conformação político-editorial vinha prevalecendo até o final do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Antes dele, em novo sopro da sorte, o então presidente Fernando Collor estava no poder quando a Polícia Federal invadiu a sede do jornal em busca de documentos que supostamente seriam usados contra ele. O tiro, é claro, saiu pela culatra – e, como mártir, mais uma vez a Folha teve campo para crescer.

CONFLITOS AMPLIADOS COM LULA NO PODER – Os conflitos ideológicos aumentaram para o jornal com o início do governo Lula. A Folha nunca compreendeu, corretamente, o movimento sindical do final dos 70, início dos 80, liderado por Lula a partir do ABC paulista. As greves operárias relembravam o jornal da paralisação de jornalistas, logo após a compra pelos Frias e Caldeira, que quase fechou as portas da publicação. Em consequência, as relações que com Lula nunca foram amistosas, deterioram-se gradativamente.

Na Era Dilma Rousseff, nota-se que a Folha, em seu noticiário, renova praticamente todos os dias sua aposta no fracasso econômico. Na política, sinalizou na semana passada que vê com simpatias o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Afinal, para Recife, em caravana para entrevistá-lo, seguiram do patrão Otavinho a editores-assistentes, incluindo nesse arco o diretor de redação Sergio D’Ávila.

Mas agora, de modo inequívoco, firma-se uma radicalização, graças à chegada do pesado Reinaldo Azevedo. Ligado ao ex-governador José Serra, a contratação demostra, inicialmente, que o jornal vê com reticências a candidatura do presidenciável tucano Aécio Neves. Ele e Serra são adversários na mesma trincheira – e inserir Azevedo em seu ninho significa um recado da Folha sobre com quem o jornal vai estar nos momentos decisivos.

Azevedo, como se sabe, é um polemista que vocaliza forças obscuras. Ele já chegou a escrever um artigo em que defendia a proibição de o ex-presidente Lula viajar pelo País livremente. Irritadiço, ele clamou por um julgamento sumário dos réus da Ação Penal 470, o chamado mensalão. Primeiro, incensando o decano do STF, Celso de Mello, quando este discursava contra os réus, mas defenestrando-o sumariamente no momento em que deu seu voto histórico de garantismo, ao aceitar os embargos infringentes que alegraram as comunidades jurídica e democrática.

A contratação de Azevedo mostra ao público que, para a Folha, a campanha eleitoral de 2104 acaba de começar – e já não restam dúvidas, apesar de tão cedo, sobre qual lado o jornal vai ficar.

Nunca à esquerda e esforçando para manter-se até aqui no centro, a barca do Otavinho avisa que vai mesmo é guinar para a direita. Segure-se quem puder.

Para onde vai a Folha? | Brasil 24/7

23/12/2012

Vira-bosta do ano

Filed under: Reinaldo Azevedo,Veja,Vira-bosta — Gilmar Crestani @ 10:50 pm

E a casa dos assinantes de Veja viraram depósito preferido das agora famosas e cheirosas “bolinhas”…

Diário elege ‘rola-bosta’ como a palavra do ano

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Blog Diário do Centro do Mundo, do jornalista Paulo Nogueira, escolhe o termo por ser "leve", "divertido" e, não obstante, "incisivo" num debate político. Palavra foi usada por Leonardo Boff para definir o colunista de Veja Reinaldo Azevedo

23 de Dezembro de 2012 às 19:09

247 – A expressão ‘rola bosta’, citada pelo pensador Leonardo Boff para descreveu o colunista de Veja Reinaldo Azevedo, foi eleita como a palavra do ano pelo blog Diário do Centro do Mundo, do jornalista e ex-diretor da Editora Abril Paulo Nogueira.

O artigo de Boff, reproduzido pelo 247, teve a intenção de defender o arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, que para Reinaldo, era "metade gênio e metade idiota". Para Paulo Nogueira, a expressão "simplesmente pegou, porque é leve, divertida e, não obstante, incisiva" num debate político.

Para Boff, Reinaldo se assemelha a um escaravelho, popularmente chamado de besouro rola-bosta, "que vive dos excrementos de animais herbívoros, fazendo rolinhos deles com os quais, em sua toca, se alimenta". Boff diz que "algo semelhante fez o blog de Azevedo na VEJA online: foi buscar excrementos de 60 e 70 anos atrás" para atacar o artista brasileiro.

Leia aqui o artigo de Boff e abaixo o post do blog Diário do Centro do Mundo:

Por que rola bosta é a palavra do ano no dicionário político brasileiro

Não gosto de palavreado ofensivo em debate. Empobrece-o, na minha opinião.

Já escrevi no Diário minha baixa opinião sobre as expressões "petralha" e "PIG". Remetem a discussões de arquibancadas, nas quais há excesso de calor e falta de lógica racional.

Dito isso, faço aqui o elogio de uma palavra que, no debate político que se trava no Brasil, simplesmente pegou, porque é leve, divertida e, não obstante, incisiva. É uma bofetada, e não um tiro. Daí o poder, daí o encanto.

É, para mim, a palavra do ano no Dicionário Político Brasileiro: rola-bosta.

Quem a trouxe foi Leonardo Boff para rebater um artigo de Reinaldo Azevedo que chamava Niemeyer de metade idiota por ser de esquerda.

Escreveu Boff:

A figura que me ocorre deste articulista (…) é a do escaravelho, popularmente chamado de rola-bosta. O escaravelho é um besouro que vive dos excrementos de animais herbívoros, fazendo rolinhos deles com os quais, em sua toca, se alimenta. Pois algo semelhante fez o blog de Azevedo na VEJA online: foi buscar excrementos de 60 e 70 anos atrás, deslocou-os de seu contexto (…) e lançou-os contra Oscar Niemeyer. Ele o faz com naturalidade e prazer, pois, é o meio no qual vive e se realimenta continuamente.

Na internet, rola-bosta virou mania, para designar colunistas de direita.

Agora mesmo, se você vai ao twitter, vai vê-la aplicada a Ferreita Gullar e a Augusto Nunes. A Gullar porque defendeu a candidatura de Joaquim Barbosa à presidência. A Nunes porque arrolou – numa lista de caráter ético duvidoso, pois num regime como o que o Brasil teve por tantos anos a partir de 1964 poderia levar à perseguição –  Luís Fernando Veríssimo como "apoiador de Lula" na categoria do jornalismo "esgotosférico".

Não sou quem vai defender Veríssimo. Sua obra e sua biografia defendem-no melhor que ninguém.

Mas é curioso comparar "rola-bosta" e "esgotosférico". Esgotosférico não vai pegar: é grosseiro, de mau gosto, vulgar. É falsamente engraçado, é falsamente espirituoso, é falsamente criativo.

Rola-bosta pegou porque é o oposto disso.

No futuro, é possível que jovens descendentes de jornalistas como Merval Pereira e Ricardo Noblat perguntem a seus pais: "Por que estão dizendo na escola que sou bisneto de rola-bosta?"

Diário elege ‘rola-bosta’ como a palavra do ano | Brasil 24/7

09/12/2012

O vira-bosta

Filed under: Oscar Niemeyer,Reinaldo Azevedo,Vira-bosta — Gilmar Crestani @ 10:10 pm

Ramiro Barcelos, quando escreveu Antônio Chimango ainda não conhecia mas intuía a chega de Reinaldo Azevedo. E seus leitores são bolinhas que rolam…

Vira-bosta é preguiçoso,
Mas velhaco passarinho;
Pra não fazer o seu ninho
Se apossa do ninho alheio;
Este há de, segundo creio,
Seguir o mesmo caminho.

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Segundo o pensador Leonardo Boff, Veja e seu blogueiro albergado não gostam do Brasil e dos brasileiros; ele diz ainda que Reinaldo Azevedo, que chamou o arquiteto Oscar Niemeyer de "metade gênio e metade idiota", é um "consumado idiota"; leia seu artigo

9 de Dezembro de 2012 às 16:41

247 – O pensador Leonardo Boff respondeu, num artigo, às críticas do blogueiro de Veja Reinaldo Azevedo contra Oscar Niemeyer. Para Reinaldo, que publicou três textos sobre o assunto em seu blog, o brilhante arquiteto brasileiro era "metade gênio e metade idiota". Em seu último post, o colunista menciona que Niemeyer foi a capa da última edição da revista, "com todas as honras".

De acordo com o filósofo, Reinaldo se assemelha a um escaravelho, popularmente chamado de besouro rola-bosta, "que vive dos excrementos de animais herbívoros, fazendo rolinhos deles com os quais, em sua toca, se alimenta". Boff diz que "algo semelhante fez o blog de Azevedo na VEJA online: foi buscar excrementos de 60 e 70 anos atrás" para atacar o artista brasileiro.

Como muitos leitores do blogueiro diante dos posts sobre Niemeyer, o filósofo assegura: "Quem diz ser Oscar Niemeyer um idiota apenas revela que ele mesmo é um idiota consumado". Leia abaixo a íntegra de seu artigo:

Oscar Niemeyer, a Veja online e o Escaravelho

Com a morte de Oscar Niemeyer aos 104 anos de idade ouviram-se vozes do mundo inteiro cheias de admiração, respeito e reverência face a sua obra genial, absolutamente inovadora e inspiradora de novas formas de leveza, simplicidade e elegância na arquitetura. Oscar Niemeyer foi e é uma pessoa que o Brasil e a humanidade podem se orgulhar.

E o fazemos por duas razões principais: a primeira, porque Oscar humildemente nunca considerou a arquitetura a coisa principal da vida; ela pertence ao campo da fantasia, da invenção e do lúdico. Para ele era um jogo das formas, jogado com a seriedade com que as crianças jogam.

A segunda, para Oscar, o principal era a vida. Ela é apenas um sopro, passageira e contraditória. Feliz para alguns mas para as grandes maiorias cruel e sem piedade. Por isso, a vida impõe uma tarefa que ele assumiu com coragem e com sérios riscos pessoais: a da transformação. E para transformar a vida e torná-la menos perversa, dizia, devemos nos dar as mãos, sermos solidários uns para com os outros, criarmos laços de afeto e de amorosidade entre todos. Numa palavra, nós humanos devemos aprender a nos tratar humanamente, sem considerar as classes, a cor da pele e o nível de sua instrução.

Isso foi que alimentou de sentido e de esperança a vida desse gênio brasileiro. Por aí se entende que escolheu o comunismo como a forma e o caminho para dar corpo a este sonho, pois, o comunismo, em seu ideário generoso, sempre se propôs a transformação social a partir das vítimas e dos mais invisíveis. Oscar Niemeyer foi um fiel militante comunista.

Mas seu comunismo era singular: no meu modo de ver, próximo dos cristãos originários pois era um comunismo ético, humanitário, solidário, doce, jocoso, alegre e leve. Foi fiel a esse sonho a vida inteira, para além de todos os avatares passados pelas várias formas de socialismo e de marxismo.

Na medida em que pudemos observar, a grande maioria da opinião pública mundial, foi unânime na celebração de sua arte e do significado humanista de sua vida. Curiosamente a revista VEJA de domingo, dedica-lhe 10 belas páginas. Outra coisa, porém, é a revista VEJA online de 7 de dezembro com um artigo do blog do jornalista Reinado Azevedo que a revista abriga.

Ele foi a voz destoante e de reles mau gosto. Até agora a VEJA não se distanciou daquele conteúdo, totalmente, contraditório àquele da edição impressa de domingo. Entende-se porque a ideologia de um é a ideologia do outro. Pouco importa que o jornalista Azevedo, de forma confusa, face às críticas vindas de todos os lados, procure se explicar. Ora se identifica com a revista, ora se distancia, mas finalmente seu blog é por ela publicado.

Notoriamente, VEJA se compraz em desfazer as figuras que melhor mostram nossa cultura e que mais penetraram na alma do povo brasileiro. Essa revista parece se envergonhar do Brasil, porque gostaria que ele fosse aquilo que não é e não quer ser: um xerox distorcido da cultura norte-americana. Ela dá a impressão de não amar os brasileiros, ao contrário expõe ao ridículo o que eles são e o que criam. Já o titulo da matéria referente a Oscar Niemeyer da autoria de Azevedo, revela seu caráter viciado e malevolente: "Para instruir a canalha ignorante. O gênio e o idiota em imagens". Seu texto piora mais ainda quando, se esforça, titubeante, em responder às críticas em seu blog do dia 8/12 também na VEJA online com um título que revela seu caráter despectivo e anti-democrático:"Metade gênio e metade idiota- Niemeyer na capa da VEJA com todas as honras! O que o bloco dos Sujos diz agora?" Sujo é ele que quer contaminar os outros com a própria sujeira de uma matéria tendenciosa e injusta.

O que se quer insinuar com os tipos de formulação usados? Que brasileiro não pode ser gênio; os gênios estão lá fora; se for gênio, porque lá fora assim o reconhecem, é apenas em sua terceira parte e, se melhor analisarmos, apenas numa quarta parte. Vamos e venhamos: Quem diz ser Oscar Niemeyer um idiota apenas revela que ele mesmo é um idiota consumado. Seguramente Azevedo está inscrito no número bem definido por Albert Einstein: "conheço dois infinitos: o infinito do universo e o infinito dos idiotas; do primeiro tenho dúvidas, do segundo certeza". O articulista nos deu a certeza que ele e a revista que o abriga possuem um lugar de honra no altar da idiotice.

O que não tolera em Oscar Niemeyer que, sendo comunista, se mostra solidário, compassivo com os que sofrem, que celebra a vida, exalta a amizade e glorifica o amor. Tais valores não cabem na ideologia capitalista de mercado, defendida por VEJA e seu albergado, que só sabe de concorrência, de "greed is good" (cobiça é coisa boa), de acumulação à custa da exploração ou da especulação, da falta de solidariedade e de justiça em nível internacional.

Mas não nos causa surpresa; a revista assim fez com Paulo Freire, Cândido Portinari, Lula, Dom Helder Câmara, Chico Buarque, Tom Jobim, João Gilberto, frei Betto, João Pedro Stédile, comigo mesmo e com tantos outros. Ela é um monumento à razão cínica. Segue desavergonhadamente a lógica hegeliana do senhor e do servo; internalizou o senhor que está lá no Norte opulento e o serve como servo submisso, condenado a viver na periferia. Por isso tanto a revista quanto o articulista revelam um completo descompromisso com a verdade daqui, da cultura brasileira.

A figura que me ocorre deste articulista e da revista semanal, em versão online, é a do escaravelho, popularmente chamado de rola-bosta. O escaravelho é um besouro que vive dos excrementos de animais herbívoros, fazendo rolinhos deles com os quais, em sua toca, se alimenta. Pois algo semelhante fez o blog de Azevedo na VEJA online: foi buscar excrementos de 60 e 70 anos atrás, deslocou-os de seu contexto (ela é hábil neste método) e lançou-os contra Oscar Niemeyer. Ela o faz com naturalidade e prazer, pois, é o meio no qual vive e se realimenta continuamente. Nada de surpreendente, portanto.

Paro por aqui. Mas quero apenas registrar minha indignação contra esta revista, em versão online, travestida de escaravelho por ter cometido um crime lesa-fama. Reproduzo igualmente dois testemunhos indignados de duas pessoas respeitáveis: Antonio Veronese, artista plástico vivendo em Paris e João Cândido Portinari, filho do genial pintor Cândido Portinari, cujas telas grandiosas estão na entrada do edifício da ONU em Nova York e cuja imagem foi desfigurada e deturpada, repetidas vezes, pela revista-escaravelho.

Oscar Niemeyer e a imprensa tupiniquim – Antonio Veronese

Crítica mesquinha, que pune o Talento, essa ousadia imperdoável de alçar os cornos acima da manada. No Brasil, Talento, como em nenhum outro país do mundo, é indigerível por parte da imprensa, que se acocora, devorada por inveja intestina. Capitania hereditária de raivosos bufões que já classificou a voz de Pavarotti de ruído de pia entupida; a música de Tom Jobim de americanizada; João Gilberto de desafinado e Cândido Portinari de copista…
Quando morre um homem de Talento, como agora o grande Niemeyer, os raivosos bufões babam diante do espelho matinal sedentos de escárnio.

Não discuto a liberdade da imprensa. Mas a pergunta que se impõe é como um cidadão, com a dimensão internacional de Oscar Niemeyer, (sua morte foi reverenciada na primeira página de todos os grandes jornais do mundo) pode ser chamado, por um jornalista mequetrefe, num órgão de imprensa de cobertura nacional, de metade-gênio-metade idiota? Isso após sua morte, quando não é mais capaz de defender-se, e ainda que sob a desculpa covarde, de reproduzir citação de terceiros… O consolo que me resta é que a História desinteressa-se desses espasmos da estupidez. Quem se lembra hoje dos críticos da bossa nova ou de Villa-Lobos? Ao talent, no entanto, está reservada a reverência da eternidade.

Antonio Veronese
••••••••••••••••••

Meu caro Antonio,

Que beleza o seu texto, um verdadeiro bálsamo para os que ainda acreditam no mundo de amanhã nascendo do espírito, da fé e do caráter dos homens de hoje!

Não é toda a imprensa, felizmente. Há também muita dignidade e valor na mídia brasileira. Mas não devemos nos surpreender com a revista semanal. Em termos de vileza, ela sempre consegue se superar. Ela terá, mais cedo ou mais tarde, o destino de todas as iniquidades: a vala comum do lixo, onde nem a história se dará o trabalho de julgá-la.

Os arquivos do Projeto Portinari guardam um sem número de artigos desta rancorosa revista, assim como de outras da mesma editora, sobre meu pai, Cândido Portinari e outros seus companheiros de geração. Sempre pérfidos, infames e covardes, como este que vem agora tentar apequenar um grande homem que para sempre enaltecerá a nossa terra e o nosso povo.

Caro amigo, é impossível ficar calado, diante de tanta indignidade.

Com o carinho e a admiração do
Professor João Candido Portinari (portinari@portinari.org.br)

Boff: Reinaldo é um besouro rola-bosta | Brasil 24/7

O idiota, e não é Dostoiévski

Filed under: Ódio de Classe,O Idiota,Reinaldo Azevedo — Gilmar Crestani @ 2:50 pm

 

Blog Sujo

07/12/2012

100% ódio, Reinaldo agora ataca Boechat, da Band

Filed under: Ódio de Classe,Bandidagem,Reinaldo Azevedo,Ricardo Boechat — Gilmar Crestani @ 10:34 pm

Na época da demissão de Ricardo Boechat de O Globo eu colaborava para o Observatório da Imprensa. Trocamos algumas informações (leia mais aqui). Agora o demente da Veja ressuscita a história. Mas o que o pittbul currado por vira-lata não diz é que a cabeça de Boechat foi cortada com grampo montado por Antônio Britto a mando do Opportunity, para quem trabalhava. Resumindo, quando mais se sabe sobre estes tristes personagens, mas aumenta o desânimo a respeito do que significa a existência dos grupos mafiomidiáticos e suas relações libidinosas com o mundo político (vide Rede Globo versus FHC, via Miriam Dutra)…

 

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Blogueiro da revista Veja admite a repercussão negativa de suas críticas raivosas ao arquiteto Oscar Niemeyer, mas prossegue: reserva 50% da sua raiva aos “petralhas” e “mensaleiros”; os outros 50% agora vão até para jornalistas da mídia tradicional, como o jornalista Ricardo Boechat, da Band

7 de Dezembro de 2012 às 18:28

Heberth Xavier_Minas 247 – A derrota de José Serra (PSDB) na eleição paulistana, e sua eventual morte política, parece estar mexendo com a cabeça de seu principal defensor na imprensa, o blogueiro da revista Veja, Reinaldo Azevedo.

Em novo post sobre a morte do arquiteto Oscar Niemeyer em seu blog, Azevedo mais uma vez confunde divergência com ódio, ressalva com raiva e crítica com perseguição. Antes disso, o blogueiro postou mais uma crítica raivosa, desta vez contra um jornalista — não, não se trata dos chamados blogueiros “sujos” já tão criticados por ele. Agora 100% ódio, Reinaldo Azevedo ficou fulo da vida com uma citação, não nominal, feita por Ricardo Boechat, da Band.

Boechat lembrou no rádio, sem citar nomes, a infelicidade cometida por “certo jornalista”, que chamou o arquiteto Oscar Niemeyer de 50% idiota. Todos sabem, claro, que Boechat falava do blogueiro da Veja, mas justificou ocultar o nome “porque não valeria a pena”.

Mas foi o suficiente para atrair a ira de Reinaldo, que buscou como resposta uma história ainda mal contada que levou à demissão de Boechat do jornal O Globo, em 2001. Valeu-se, para isso, de uma reportagem da própria Veja sobre o caso, que versava sobre a guerra de bastidores na telefonia brasileira — a matéria da Veja tinha lado numa história em que é difícil manter-se neutro, mas isso, é claro, Reinaldo Azevedo não notou.

O blogueiro percebeu, de qualquer modo, a repercussão negativa da sua crítica raivosa a Niemeyer. “É claro que a repercussão do que escrevi sobre Niemeyer é desproporcional”, diz Azevedo logo na primeira frase do post imediatamente seguinte ao de Boechat. Meio na defensiva, meio no ataque, ele justifica o “50% idiota” com o argumento de que, no Brasil, as pessoas sempre perdoam os mortos, não importa o que de errado tenham feito.

O jornalismo americano, por exemplo, de fato tem tradição, em obituários, de não apenas destacar as passagens louváveis de alguma personalidade morta. Faz parte e o nome disso se chama jornalismo. Mas tudo feito com elegância e sobriedade — e ganha um doce quem provar que chamar um gênio e orgulho brasileiro, como Niemeyer era e é, de “50% idiota”, revela essa moderação na opinião.

100% ódio, Reinaldo agora ataca Boechat, da Band | Brasil 24/7

06/12/2012

Insulto de Reinaldo a Niemeyer causa revolta na web

Filed under: Energúmenos,Imbecilidade,Reinaldo Azevedo,Veja — Gilmar Crestani @ 8:21 am

Sejamos justos, a Veja e seus leitores merece Reinaldo. É a união perfeita dos mal informados com os  mal intencionados. Se é verdade que não se pode levar a Veja a sério, os seus seguidores são igualmente uma piada. O único produto original deles é o cocô, o resto é boimate ou Nueva Konigsberg.

Insulto de Reinaldo a Niemeyer causa revolta na web

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Blogueiro de Veja.com definiu arquiteto como "metade gênio e metade idiota"; em resposta ouviu dos próprios leitores que é 100% idiota

6 de Dezembro de 2012 às 06:14

247 – Iconoclasta, o blogueiro Reinaldo Azevedo decidiu criticar Oscar Niemeyer, a quem chamou de "metade gênio e metade idiota", no dia de sua morte. Resultado: uma avalanche de protestos na web. Abaixo textos de Reinaldo, chamado de completo idiota na rede, depois do insulto ao arquiteto:

Ai, ai, grande revolta no Twitter e também aqui porque me referi, num post publicado no fim da noite (abaixo), a Oscar Niemeyer, que morreu ontem, como “metade gênio e metade idiota”, na pista de Millôr Fernandes, que assim definiu um de seus parceiros de “Pasquim”. Os mais revoltados, como sempre, não leram o que escrevi. Os ainda mais revoltados leram e não entenderam zorra nenhuma. Escrevo para quem lê com o cérebro, não com o fígado militante. De fato, trata-se um de um artigo elogioso ao trabalho do arquiteto, não o contrário. A metade idiota ficou por conta de sua adesão estúpida ao comunismo chique.

Ora, vão plantar batatas! Fiz com ele, aliás, o que os comunistas não costumam fazer com seus adversários políticos: reconhecer a grandeza da obra, independentemente das escolhas ideológicas do autor. Niemeyer pode ter sido tudo – inclusive o arquiteto de primeira grandeza –, menos o “poeta” humanista que está sendo exaltado nas reportagens de TV. Muito pelo contrário.

Não houve tirano comunista – a começar do próprio Stálin, de quem era devoto – que não tenha incensado; não houve regime de força de esquerda que ele não tenha aplaudido. Reconhecer, a despeito disso, a sua obra é coisa que, data vênia, liberais conservadores como eu costumam fazer. Com os comunas, é diferente. Aqueles de quem Niemeyer puxava o saco mandavam e mandam seus desafetos para a cadeia ou para a morte. Perguntem se a Cuba de Fidel Castro reconheceu a poesia de Cabrera Infante ou de Reinaldo Arenas. Perguntem se as esquerdas admitiram a grandeza de Jorge Luis Borges.

Niemeyer como expressão humanista? Não mesmo! Tinha, sim – e também acho besteira negá-lo –, um talento imenso, que transcendeu sua indigência política. É bem verdade que, aqui e lá fora, contou com amplo financiamento de governos – muitos deles eram ditaduras – para realizar seus monumentos. Mas nem isso me faz mudar de ideia. Mesmo os artistas “da corte”, se genuinamente bons, conseguem superar a contingência de estarem atrelados ao poder. Não que esteja comparando, mas é o caso do maior poeta de todos os tempos, Virgílio. É o caso de toda a arte renascentista. A produção não precisa ser marginal ou contestar valores dominantes para ser grande. No ensaio “O que é um clássico?”, Eliot empresta essa condição a Virgílio justamente porque o vê como a síntese de uma civilização triunfante.

Na verdade, fiz um elogio ao Niemeyer arquiteto, não o contrário. E deplorei uma vez mais sua ideologia, que justificava os piores facínoras. Mas a turma que zurra e escoiceia, sem entender uma linha do que leu, mandou brasa.

Entendo a razão. Andei lendo alguns perfis derramados que já estão nas redes e nos jornais. Curiosamente, fala-se pouco do arquiteto e muito do suposto humanista. A sua adesão ao comunismo (ou a defesa que fazia do regime, já que militante propriamente nunca foi; dava dinheiro para a causa), curiosamente, é apontada como um dos traços de seu… humanismo! Ora, tenham paciência! Isto, sim, é nauseante e evidencia uma crise de valores que toma conta de setores consideráveis da imprensa.

O que há de glorioso em defender tiranias?O que há de generoso em apoiar ditaduras?

O que há de humanista em apoiar homicídios em massa?

Se Niemeyer fosse um fascista, estaria a merecer essas considerações? Não! E seria justo que não! Por que um fascista deveria ser elogiado por sua ideologia? Mas me respondam: e por que deve um comunista? Leio coisas assim: “Ele amava a vida!”. Certamente não a dos que morreram nos gulags. Qual é?

Ao arquiteto Niemeyer, a metade genial, o meu aplauso. Ao comunista Niemeyer, a metade idiota, reitero o meu desprezo. Abaixo, um pequeno apanhado dos zurros (conforme o original):

O André Mortatti escreve:“Que triste lê-lo, Reinaldo. És um completo idiota. triste testemunhar tua imensa ignorância.”
Onde está a minha “ignorância”? Ele não disse. Só não refreou o desejo de me ofender.

O Rodrigo, à diferença de Niemeyer, acredita em Deus e, segundo entendi, decidiu encomendar a minha alma, como faziam os inquisidores quando condenavam alguém à fogueira para o seu próprio bem:
“Deus há de aplacar essa animosidade delirante que você têm dentro de você e te dar paz.”

O José Natalino, que não tira as duas mãos do chão por convicção, escreve isto:“O Sr. é de extrema direita. Tenho nojo… felizmente pessoas como o Sr. são vistas como lunáticos… ninguém o leva a sério… claro que esxistem os debeis mentais que lhe adoram.. mas são isso… débeis mentais insignificantes… sem o salario do psdb o Sr nao seria um mero idiota falando bobagens”
O Natalino esqueceu que era Niemeyer quem levava dinheiro dos governos, de qualquer partido, para erigir seus monumentos.

O Fernando Freitas já acha que a crítica só deve ser feita por celebridades. Segundo o seu critério, uma opinião de Tiririca sobre filosofia é mais importante do que a de Schopenhauer:“Esse Reinaldo Azevedo é o famoso quem mesmo?
Para a maioria do povo brasileiro ele é um ilustre desconhecido metido a intelectual sem passar de um mero “IMBECIL”, só tenho um adjetivo para esse senhor. DESQUALIFICADO!!!!!”

O Luiz Gonzaga ficou sem palavras:
“que desespero de ler isso”.

O Thiago escreveu o texto impossível:“Ainda bem que ninguém liga para o que você pensa.”
Ninguém, exceto o… Thiago!

A Maria da Piedade Peixoto dos Santos, veio com todos os seus sobrenomes:“Reinaldo há muito tempo não tenho o desprazer de ler um texto tão fora de propósito como esse seu amontoado de bobagens. Um gênio com Niemeyer prescinde de ser unanimidade, já que a unanimidade é burra, como pontificava Nelson Rodrigues. Aceito que vc ache isso que disse dele. Mas hoje, só hoje … porque não te calas, Reinaldo?”
Não sei se entendi direito, mas acho que ela me pediu para ser burro só por um dia…

O Ney Torres parece que andou consumindo ideias pesadas. Ou comeu muita banana Leiam:“Que me desculpe a revista VEJA mas este “jornalista” só podia está bêbado ao escrever tamanha idiotice…chamar de idiota os defensores do anticapitalismo só pode vir de alguem que não enxerga q o capitalismo está se destruindo.É nítido que esse câncer está agonizando…”
Agora que sei que o capitalismo vai acabar, vou me preparar para ser um chefe comunista…

A Catarina decidiu fazer uma digressão sobre a língua portuguesa. Vejam com que graça:“Caramba, que tristeza…A língua portuguesa, nos presenteada por tantos poetas e escritores, retorcida e deformada para tomar a forma de um texto deplorável.”
Se eu verter o que ela escreveu para o português, talvez entenda…

O Fábio Oliveira acha que o comunismo não é coisa deste mundo:“Cuidado! O céu com certeza é mais comunista que capitalista. Quando você chegar lá, esses idiotas vão te pegar! corre cabeçudo!ah ah ah!”
Alguém me explica por que ele riu?

A Anelisa já é, assim, mais visceral:
“Nojo de cada palavra que você escreve.”

Retomo
E assim segue uma parcela da humanidade, zurrando com desenvoltura. Tive a delicadeza – não que devesse isso a ele; devo à cultura – de distinguir a obra de Niemeyer dos regimes homicidas que ele defendeu. Apontei a metade idiota de um vivo (não de um morto!!!), reconhecendo o que chamei de “metade genial”. Ele próprio considerava que a morte de 40 milhões na União Soviética ou de 70 milhões na China era o justo preço que se pagava por uma utopia.

A sua metade idiota era também asquerosa. Nunca se preocupou com os poetas, os músicos, os bailarinos, os escritores e os arquitetos que a União Soviética e os demais países comunistas mandavam para os campos de trabalho forçados. Se chamado, iria lá e ainda construiria um de seus monumentos para abrigar os “reacionários”. Em nome do povo!

Vá estudar, cambada de 100% de idiotas!

PS – Viram só de quanta coisa eu os livro impedindo essa gente de tomar conta dos comentários? Aqui não! Eles até podem me ler porque são viciados em mim. Mas sem direito a voz e a voto na nossa casa. Há milhares de blogs por aí precisando de gente assim, certo?

Por Reinaldo Azevedo

Insulto de Reinaldo a Niemeyer causa revolta na web | Brasil 24/7

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