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A empolgação da Rede Globo e seus ventríloquos na Lava Jato é a prova cabal da hiPÓcrisia dos que odeiam Lula. Quer dizer que consumir Brahma ou ter sido chamado de Brahma por empresários no ato de roubar é motivo para deixar bandidos ouriçados. São os mesmos 12% que não se vexam com o fato de que um helipóptero com 450 kg de cocaína vire pó e suma do noticiário. Por que todas as alegações de consumo de cocaína por um candidato à presidência, mesmo tendo sido feitas por um correligionário que também foi candidato à presidência, não os excita. A Globo repercute o vazamento como se tivesse encontrado um crime capital cometido por Lula.
Outro aspecto que chama a atenção é o fato de os vazamentos, paralelamente ao espetáculo das prisões, ocorrerem sempre às sextas-feiras. O casamento do espetáculo com vazamentos e momentos de fechamento da Veja faz-me lembrar de um antigo filme dirigido pelo francês Jules Dassin, Nunca aos Domingos. Nunca aos domingos ou segundas, sempre às sextas-feiras. Por quê?
Como o americano do filme, que tenta convencer Ilya a largar a prostituição, os a$$oCIAdos do Instituto Millenium parecem querer convencer Lula a trocar as brahmas pela coca ou pela devassa. Se for consumidor de coca tem chance de trabalhar na Globo?
Um parêntese: A prostituta do filme de Jules Dassin, Melina Mercouri, foi a maior Ministra da Cultura da Grécia pós-democratização. Foi dela a iniciativa de buscar em Londres os frisos roubados do Partenon, os famosos mármores de Elgin. Os saques do patrimônio grego são parecidos às tentativas de destruir o patrimônio brasileiro. Uma frase da Carta Testamento de Getúlio Vargas parece ter sido escrita para explicar o que está acontecendo hoje: “Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma.“ Os mesmos que levaram Getúlio ao suicídio, saudaram a chegada da ditadura em editorial. Continuaram seus golpes diários. Não tem nenhum compromisso com a democracia. São frutos do furto.
Feito o parêntese e voltando ao tema, o vazamento oportuniza aos capachos da direita a vomitarem suas manifestações de ódio a Lula.
Na tarde deste domingo ouvi o comentarista esportivo da Rádio Grenal, Farid Germano Filho, fazer um comentário com base no vazamento da Lava Jato, chamando Lula de bêbado. Nunca ouvi Farid falando do fato de seus primos terem sido presos por corrupção. Farid não tem que falar para incriminar seus parentes do PP gaúcho. Mas poderia ter falado quando Aécio Neves foi pego numa blitz bêbado e sem carteira. Nem vou falar no famoso artigo do Mauro Chaves no Estadão, “Pó pará, governador”, ou de outro famoso artigo escrito pelo tucano Juca Kfouri falando dos mesmos costumes. Não digo que não se possa falar do Lula e das brahmas ou das cachaças que ele toma. Só acho uma tremenda putaria achar que beber uma brahmas seja mais pecaminoso que consumir cocaína. Ademais, por acaso Lula se deixou fotografar em clara e escandalosa propaganda da Brahama?
E que as prostitutas trabalhem a semana toda, “nunca aos domingos”…
Lava Jato divulga documentos para mostrar que empresários chamavam Lula de Brahma
dom, 21/06/2015 – 12:54
‘Nosso amigo Brahma’, dizem empreiteiros da OAS sobre Lula
De O Globo
Documento divulgado pela Justiça Federal do Paraná na última sexta-feira mostram que o ex-presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, e executivos da empresa tratavam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo apelido de Brahma.
E-mails trocados entre o ex-presidente da empresa e César Uzeda, então diretor-superintendente da OAS Internacional, tratavam de viagens e palestras de Lula no exterior. Segundo a Polícia Federal, Brahma era Lula.
“Nosso Amigo Brahma pode fazer uma palestra no dia 26/11. Quem poderíamos convidar? Não quer um público gde (20 a 30) pessoas, tipo mesa redonda. Tema: relação Brasil-Chile”, diz Pinheiro.
Lula esteve em Santiago por dois dias e fez palestras. Segundo a PF, ele viajou em avião oferecido pela empreiteira. Numa mensagem, Uzeda compara Lula à presidente Dilma Rousseff:
“A agenda nem de longe produz os efeitos anteriores do governo Brahma (…) a senhora não leva jeito, discurso fraco, confuso e desarticulado, falta carisma.”
Lava Jato divulga documentos para mostrar que empresários chamavam Lula de Brahma | GGN