Ficha Corrida

11/01/2015

Fujimori, um FHC do Peru

fhc submissoDos três patetas, dois já foram presos; um continua e um terceiro continua acobertado pelos mesmos grupos que legitimaram a ditadura. Eram três sabujos que aplicavam, na América Latina, o Consenso de Washington.

Alberto Fujimori, no Peru, Carlos Menem, na Argentina e FHC, no Brasil.

Tudo o que os EUA precisavam de governos ventríloquos. Deu no que deu. FHC não deixou nenhum legado que se use cimento e tijolo. Mas conseguiu desfazer-se de muitos cuja cor do dinheiro só bancos suíços e os paraísos fiscais viram.

Destruíram o patrimônio público local, se fizeram de tapeta para os EUA desfilar e passaram o pires inúmeras vezes no FMI. Os que vieram depois pagaram o pato e o FMI. A única diferença entre os três patetas é que o brasileiro tinham um engavetador geral e um jagunço de Diamantino no STF. Capturado pela Rede Globo, via Miriam Dutra, FHC foi feito de gato e sapato. Aliás, por falar em sapatos, foi somente durante seu governo que os diplomatas brasileiros tiveram de tirar os sapatos para entrarem nos EUA. Isso é ou não é vira-lata?!

Fujimori é condenado por comprar a mídia

11 de janeiro de 2015 | 12:26 Autor: Miguel do Rosário

Olha que caso interessante.

A notícia que nos chega do Peru revela claramente que a briga entre governantes e mídia, na América Latina, vai além de uma simples luta ideológica entre “bolivarianismo” e “imprensa livre”.

A tal imprensa livre acostumou-se, ao longo das últimas décadas, a vender seu apoio aos governos.

Quer dizer, primeiro apoiou toda espécie de ditadura. Em seguida, aliou-se promiscuamente ao neoliberalismo corrupto e antipopular que dominou o continente a partir da década de 90.

Com o advento de governos populares, a mamata acabou.

Daí o ódio ideológico se soma ao desespero por dinheiro.

Condenado por “corromper” jornais

fujimori-fhcPor Altamiro Borges, em seu blog.

Não ocorreu no Brasil nem se refere ao ex-presidente FHC, ao cambaleante Aécio Neves ou a outros direitistas que sempre mantiveram relações promíscuas com os donos da mídia. O fato aconteceu no Peru na semana passada. A Justiça do país vizinho condenou o ex-presidente Alberto Fujimori a mais oito anos de prisão pelo desvio de dinheiro público para a “compra” de jornais que deram apoio à sua candidatura no ano 2000. Além de bajularem o neoliberal peruano, estes veículos fizeram campanhas sujas contra os seus rivais políticos. O golpe não deu resultado e Fujimori perdeu as eleições, após ser vencido três pleitos seguidos. Na sequência, ele foi acusado de inúmeros escândalos de corrupção e de cruéis atentados aos direitos humanos – e segue preso até hoje.

Segundo a agência de notícias EFE, Fujimori ordenou o desvio de 122 milhões de sóis (cerca de US$ 40 milhões) para a compra da linha editorial de jornais sensacionalistas, conhecidos como “chichas”. Ele foi condenado pelo crime de peculato doloso, foi multado em US$ 1 milhão e não poderá exercer cargos públicos por mais três anos. A sentença, a quinta contra o direitista desde a sua extradição do Chile, em 2007, deverá ser cumprida a partir de 2021. Aos 76 anos de idade, Fujimori está na cadeia desde 2009. Ele foi condenado a 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade nos massacres de camponeses de Bairros Altos e La Cantuta. Ele também coleciona três penas por corrupção.

No Brasil, a mídia privada também manteve relações promíscuas com os neoliberais da plantão – que seguiam a mesma cartilha de Alberto Fujimori. Não se sabe, ainda, se isto ocorreu por dinheiro, numa corrupção direta, ou por razões políticas e ideológicas. A chamada grande imprensa deu total apoio ao processo de privatização das estatais imposto por FHC. Quase nada foi denunciado sobre o desvio de grana da “privataria” – inclusive com o desvio de recursos públicos para contas secretas em paraísos fiscais no exterior. Até o processo de reeleição de FHC, similar ao ocorrido no Peru, foi abafado pela mídia. A Folha tucana até denunciou a compra de votos, mas logo arquivou o escândalo.

Durante o reinado tucano, a mídia privada sempre foi subserviente e dócil. Tudo foi feito para blindar a vida “bastarda” de FHC e para satanizar as forças oposicionistas. “Calunistas” de aluguel atacaram os sindicatos, o MST e o movimento estudantil. A aliança do PSDB com o DEM – reunindo políticos mais sujos do que pau de galinheiro – sempre foi poupada. Nada de cruzadas moralistas pela ética e contra a corrupção. Na fase mais recente, o cambaleante Aécio Neves, esperança dos barões da mídia, também foi protegido. Nada sobre o “choque de indigestão” em Minas Gerais, sobre o “aecioporto”, sobre a sua nota zero no Senado ou sobre a badalada carreira do senador mineiro-carioca.

Fica a suspeita: será que os tucanos também “compraram” alguns jornais e emissoras de rádio e TV?

*

PS Tijolaço: Leia também essa notícia, sobre o apoio da mídia peruana à filha de Fujimori, candidata nas últimas eleições presidenciais do Peru.

Fujimori é condenado por comprar a mídia | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

14/09/2013

Perú faz negócio da China, e Washington, que não se beneficia, condena

Filed under: China,Guerra do Petróleo,Isto é EUA!,Perú — Gilmar Crestani @ 10:29 am
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Créditos chinos: ¿A quién benefician?

El país sudamericano se encuentra casi fuera de los mercados internacionales y China lo financia a cambio de hipotecar sus reservas petroleras

Ezequiel Vázquez-Ger 13 SEP 2013 – 16:00 CET

En los últimos días se hizo pública la noticia de que Ecuador recibió un préstamo chino por 1.200 millones de dólares en concepto de preventas petroleras. Este desembolso es solo uno más en una larga lista de créditos otorgados a Ecuador como adelantos por la venta de crudo. El total de los mismos ya supera los 8.000 millones de dólares.

Pero para comprender mejor esta historia es necesario volver en el tiempo a agosto de 2010, fecha en la que el Ministerio de Finanzas del Ecuador, la empresa pública de Hidrocarburos EP Petroecuador, Petrochina International Company Limited y el Banco de Desarrollo Chino (CDB) firmaron el llamado “acuerdo de cuatro partes”, a través del cual el CDB se compromete a prestarle al Ministerio de Finanzas un monto de 1.000 millones de dólares a un plazo de 4 años y a una tasa del 6.5% anual. Petroecuador, por su parte, se comprometía a venderle a China no menos de 36.000 barriles de crudo diarios a precios altamente castigados. El precio del crudo establecido para las operaciones, según se deriva de los propios contratos, se sitúa entre dos y tres dólares por debajo del precio de mercado.

Desde 2010 a la fecha Ecuador continuó firmando contratos bajo la misma modalidad con Petrochina y el CDB. Analistas estiman que hoy en día más de un 80% de las exportaciones totales de petróleo ecuatoriano se realizan con Petrochina. Esto significa que unos 252.000 barriles de petróleo diarios son vendidos a un precio inferior al del mercado, generando una pérdida que ronda los 230 millones de dólares al año.

Ecuador vende a China unos 252.000 barriles de diarios a un precio inferior al del mercado

Un informe de la Contraloría General del Estado del año 2012, el cual analiza solo dos de seis contratos ejecutados entre 2010 y 2011, concluye que Ecuador dejó de percibir más de 44 millones de dólares debido a una errónea negociación de precios. El perjuicio analizado en este informe podría llegar a los 100 millones de dólares si se proyecta hasta el fin de los contratos, y podría incrementarse aún más si se incorpora el análisis de los contratos posteriores. Sin embargo, al día de hoy, no se han abierto procesos legales contra los responsables de esta situación.

El mismo informe establece también que es difícil verificar si el petróleo vendido tiene como destino final refinerías chinas, o si el mismo es revendido a precios superiores en el mercado internacional. Sin embargo, diversos conocimientos de embarque muestran que en efecto, el petróleo vendido a Petrochina nunca llega dicho destino, si no que esta empresa, actuando en calidad de intermediario, revende dicho petróleo en destinos como Estados Unidos y Panamá a precios superiores.

Por otra parte, expertos en derecho financiero en Ecuador han remarcado que estos convenios poseen una cláusula que obliga al país a depositar los ingresos totales de la venta del petróleo a Petrochina como colateral por el pago de la deuda asumida por el Estado ecuatoriano, en una cuenta en el mismo CDB, a nombre de Petroecuador. El contrato de manejo de esta cuenta establece que el país renuncia a su inmunidad soberana y se somete al arbitraje de la Cámara de Comercio China para la resolución de cualquier disputa.

La débil economía ecuatoriana necesita una flujo creciente de dólares

Del mismo modo, Ecuador ha firmado una carta irrevocable a favor de Petrochina la cual establece que Ecuador acepta que ante cualquier incumplimiento en la entrega de petróleo, el comprador tiene el derecho de incautar cualquier petróleo ecuatoriano vendido a cualquier otra empresa, en cualquier parte del mundo.

Más grave aún, es que dentro de este contexto, Rafael Correa anunció que su gobierno comenzará a explotar las reservas petroleras del Yasuni-ITT. Estás reservas se encuentran situadas dentro de un espacio de diversidad ecológica considerado patrimonio de la humanidad. Correa justificó esta controvertida decisión diciendo que con esta iniciativa espera generar 18.000 millones de dólares los cuales utilizará para combatir la pobreza en la Amazonía.

Pero la realidad es otra. La deteriorada situación fiscal del Ecuador hace necesaria una continuo flujo creciente de dólares para sostener la dolarización. Como Ecuador se encuentra prácticamente fuera de los mercados internacionales su única fuente de financiamiento son los créditos chinos. Pero como ya hipotecó con ellos gran parte de sus reservas petroleras, Correa no tuvo más opción que anunciar la explotación de estos campos para poder continuar el endeudamiento. Pan para hoy, hambre para mañana.

Ezequiel Vázquez-Ger es consultor politico basado en Washington.

Twitter: @Ezequielvazquez | www.ezequielvazquez.com

Créditos chinos: ¿A quién benefician? | Opinión | EL PAÍS

25/10/2012

O Punk naceu no Perú

Filed under: Cultura,Música,Perú — Gilmar Crestani @ 9:25 am

 

El punk nació en Perú

A mediados de los 60 en Lima, Los Saicos se sacaron de la manga un nuevo estilo y de paso se saltaron una década de la historia del pop

Yumber Vera Rojas Buenos Aires 22 OCT 2012 – 16:10 CET19

Los Saicos.

¡Al carajo el CBGB’s, Sid Vicious, el Ain’t it Fun de los Dead Boys y el No Future! En 2006, Lince, uno de los 43 distritos que conforma la provincia de Lima, se convirtió en el foco del acto más transgresor del que haya tenido registro la cultura rock en tiempos recientes. El entonces alcalde del municipio peruano, César Darío González Arribas, a partir de una idea propia del manual de provocaciones de Malcolm Mclaren, intentó atentar contra la memoria y cuenta del otrora del manager de los Sex Pistols al autorizar la colocación de una placa que afirmaba que el punk había nacido en la intersección de las calles Miguel Iglesias y Julio C. Tello. Y es que cuarenta años antes, luego de pararse en ese trocito de la nación sudamericana, los integrantes de Los Saicos, al acordar su separación, desencadenaron una leyenda musical poderosa no solo en América Latina, sino en el resto del mundo. Al punto de que al cuarteto se le ha llegado a considerar el precursor del género que hasta ahora tenía a los Ramones y a los artífices de God Save the Queen entre sus principales tótems, y a Nueva York y Londres como los principales bastiones de la escena. El debate se instaló hasta en los medios ingleses. El periodista Jonathan Watts, de The Guardian, publicó en setiembre último el artículo Where did punk begin?, en el que abre la polémica.

A fines del año pasado, la editorial zaragozana Zona de Obras, referente de la cultura latinoamericana en España mediante su homónima revista, presentó el primer Diccionario de Punk y Hardcore (España y Latinoamérica) en el que, tras el culto creado en torno a Los Saicos, desarrolló la hipótesis de que el punk es un invento de esta orilla del charco. Se trataría de una afirmación descabellada si no fuera porque fundamenta la conjetura a través de argumentos, datos y fechas que invitan a la duda. Además de las fichas biográficas que sostienen a este trabajo titánico y único en su tipo, el libro enumera y describe las razones por las cuales la manifestación ostentó desde sus inicios una connotación diferente a la del universo angloparlante (junto con el heavy metal se tornó en banda de sonido de los jóvenes hastiados por la violencia desatada por las guerras civiles y dictaduras, altavoz de los marginados y la pobreza, punto de quiebre del anacronismo y virtuosismo musical, así como razón de ser del imperante “hazlo tú mismo” que existía en la región más por obligación que por repudio al sistema).

No obstante, aparte de establecer el punto de partida del punk en 1964, con el nacimiento de Los Saicos, que coincide con la aparición la Velvet Underground y MC5, y se adelanta a influencias para esta corriente del tamaño de The Stooges y New York Dolls, otra de las alegaciones del Diccionario tiene que ver con el nombre del género. Si bien existen versiones que aseguran que la etiqueta ya daba vueltas a principio de los setenta para referirse al sonido de artistas como The Fugs o el grupo encabezado por Iggy Pop, la primera vez que un crítico de rock la utilizó concienzudamente para llamar al estilo de una agrupación ocurrió en 1971. En mayo de ese año, en la revista neoyorquina Creem, el periodista estadounidense Dave Marsh catalogó de “histórica explosión de punk rock” la propuesta sonora de Question Mark & the Mysterians, uno de los nombres icónicos del garage rock de los sesenta (hoy todavía en actividad), oriundo de la ciudad de Bay City (estado de Míchigan), y conformado en su mayoría por integrantes de ascendencia mexicana.

Curiosamente, fue España el país que detonó la saicomanía, en 1999, con la edición, de parte del sello local Electro-Harmonix, del compilado Wild Teen Punk from Peru, que reúne los seis discos de 45 R.P.M. que inmortalizaron al cuarteto. Luego de que corriera como pólvora la obra de uno de los secretos mejor guardados del rock, en 2010 el grupo se reunió en Lima, pero sin su guitarrista Rolando Carpio, quien murió en 2006, para ofrecer su primer show tras cuatro décadas. Lo que derivó en su debut en los escenarios internacionales a los pocos meses, en octubre, en la alicantina Benidorm, al que le siguieron actuaciones en 2011 en Ciudad de México y Buenos Aires. Marcelo Pocavida, figura histórica del punk de la nación rioplatense, ofició de maestro de ceremonias en los dos conciertos que el conjunto altiplánico llevó adelante en la capital porteña. “Los Saicos fue una revelación. Cuando los escuché, me pregunté dónde se había metido esa gente”, afirma el ex integrante de Los Baraja. “Argentina tiene una raigambre en su esencia muy primitiva, aunque no hay nada tan jugado y visceral que se le asemeje”.

Esta serie de presentaciones en directo, la aparición de otros compilados, la salida del Diccionario y la adición de una nueva pata en la alimentación del mito, el documental Saicomanía, lanzado en febrero de 2011, y dirigido por el cineasta peruano radicado en Ámsterdam Héctor Chávez, desbordó a Los Saicos, a tal instancia que sus integrantes salieron a poner paños fríos al asunto. “En la película que hicieron sobre nosotros, tengo la sensación de que alguien llegó y le dijo a Iggy Pop: ‘escúchate esto’. Se aparecieron con una cámara, llevaron nuestras canciones y les preguntaron qué les parecía”, especula Erwin Sánchez, vocalista y guitarrista del conjunto. “Así como me acerqué al trabajo de los Ramones con curiosidad, creo que el público tuvo la inquietud por saber qué hacían Los Saicos. El punk es una bola de ruido, y pienso que no sonábamos así. Teníamos arreglos, armonías vocales. Nuestros temas eran surrealistas, dadaístas, nada locos. Tanto jodían con eso que en un momento dije que éramos un grupo de proto punk. Es el calificativo que mejor nos describe”.

Félix Allueva, referente clave al momento de repasar la memorabilia de la escena de la música popular contemporánea latinoamericana, coincide con el líder de Los Saicos. “Como toda manifestación artística, siempre hay un antecedente, así sea el núcleo París, Nueva York o Berlín, que puede servir de referencia. En el caso del punk, hay ciertas alusiones a las que hace mención ese diccionario”, explica el asimismo presidente de la Fundación Nuevas Bandas, la institución que agita, redime y promueve el rock venezolano. “Mi país, por ejemplo, es un caso particular porque los fenómenos musicales vinculados al rock nunca llegaron instantáneamente. Incluso, han demorado hasta cinco años. Cuando el género estaba en pleno auge a nivel internacional, nosotros seguíamos haciendo heavy metal, rock sinfónico o jazz fusión. Estábamos desfasados. El punk, luego de su aparición local, en el 82, fue una tendencia marginal. Aunque me atrevo a decir que algunos grupos se adelantaron en el sentido de que hicieron un tema en su discografía que si tú lo oyes con detenimiento dices: ‘Esto es proto punk”.

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Póster de Los Saicos.

El analista y catedrático de la nación caribeña, autor de Crónicas del rock fabricado acá, colección de libros que rememora la historia del movimiento venezolano, y que hasta la fecha lanzó los volúmenes dedicados a las décadas del sesenta y setenta, comparte además la siguiente revelación. “En Venezuela también se hizo proto punk”, sostiene Allueva. “Cuando la agrupación estadounidense The Trashmen, que había alcanzado la popularidad con su bendito Surfin’ Bird, nos visitó, después de tocar en varios lugares, se transformó en una referencia para las bandas nacionales de la primera etapa de la escena. Esto impactó hasta en grupos atrasados como Los Dinámicos, que en 1964 copió la canción, aunque con el nombre de El pájaro bañista. Ellos querían hacer surf, pero se terminó convirtiendo en algo muy primitivo. Y eso estuvo más vinculado a la deficiencia en la ejecución de los instrumentos y en la creación sonora que a la intención de querer hacer algo así. El punk originario era algo similar: carajitos que no sabían tocar, y que igual echaban para adelante”.

Junto con Brasil, Argentina es pionera del punk, tal cual se conoce, en América Latina. “En los ochenta, con el advenimiento de la democracia, la escena underground fue influyente en el país”, expone Pocavida. “En esa época nos dimos cuenta de que el punk no era solo de Estados Unidos e Inglaterra, sino mundial. Descubrimos pares nuestros en lugares más cerca de los que nos imaginábamos”. Sin embargo, el artista seminal en la movida del país rioplatense, que acaba de lanzar su primer disco solista, Irreversible, con el que tributa al punk argentino de entre el 82 y el 86, advierte la carencia de visceralidad en la movida actual. “El punk se murió cuando se politizó. Hoy que está todo muy frío y abanderizado, se tendría que regresar al nihilismo y a hacer ruido por el ruido mismo. Y Los Saicos son un estupendo parámetro. Hay que volver a molestar”. Aunque para los miembros del combinado peruano, que tiene en Demolición su mayor himno, y cuyas canciones han sido versionadas por artistas como los catalanes Mujeres, el mito que los rodea a veces puede llegar a ser insostenible. “Lo encuentro interesante y agradable, me lisonjea, lo siento bárbaro”, señala Erwin Flores, quien trabajó en la NASA luego de dejar la banda. “Me encanta pararme sobre un escenario, pero está interfiriendo con mi vida a esta edad. Y eso es complicado”.

El punk nació en Perú | Cultura | EL PAÍS

29/07/2012

Llamado a la concordia

Filed under: Chile,Mário Vargas Llosa,Perú — Gilmar Crestani @ 10:25 am

PIEDRA DE TOQUE. Esas manifestaciones de patrioterismo barato con que ciertos órganos de prensa y grupos políticos extremistas tratan de sembrar la discordia entre Chile y Perú no son desinteresadas

Mario Vargas Llosa29 JUL 2012 – 00:04 CET

FERNANDO VICENTE

Pronto comenzarán las vistas orales sobre el diferendo de fronteras marítimas entre Chile y Perú que se ventila ante la Corte Internacional de Justicia de La Haya. Muchos hubiéramos preferido que esta discrepancia se resolviera mediante negociaciones bilaterales, en la discreción de las cancillerías, pero, como no fue posible el acuerdo, el litigio está donde la razón y el sentido común señalan que debe estar: ante una instancia jurídica internacional que ambos países reconocen y cuyo fallo los gobiernos peruano y chileno se han comprometido a acatar.

Con este motivo, el 25 de julio de este año se dio a conocer simultáneamente en Lima, Santiago y Madrid, un Llamado a la concordia que hemos firmado 15 chilenos y 15 peruanos, de distintas profesiones, vocaciones y posturas políticas, pero, todos, firmemente comprometidos con la cultura democrática. Ésta es una iniciativa de dos escritores, Jorge Edwards y yo mismo, que, 33, en junio de 1979, con motivo de cumplirse el centenario de la Guerra del Pacífico, encabezamos también una declaración de 10 chilenos y 10 peruanos proclamando nuestra voluntad de obrar para que nuestros dos países vivieran “siempre en paz y amistad”. Recordábamos en esa ocasión que los enemigos de Perú y Chile no eran nuestros vecinos, sino el subdesarrollo, y que la batalla contra el hambre, la ignorancia, la desocupación, la falta de democracia y libertad “solo podemos ganarla unidos, luchando solidariamente contra quienes pretenden enemistarnos y obstaculizar nuestro progreso”.

Cuando apareció aquel primer manifiesto Chile y Perú padecían dictaduras militares (presididas por el general Pinochet y el general Morales Bermúdez respectivamente) que censuraban la prensa, perseguían al disidente y cometían bárbaras violaciones contra los derechos humanos. Hoy, por fortuna, ambos países disfrutan de libertad y de legalidad, tienen gobiernos nacidos de elecciones libres que respetan el derecho de crítica y practican unas políticas de mercado, de respeto a la propiedad privada, a la libre competencia y de aliento a la inversión que han dado un gran impulso a su desarrollo económico. Aunque, desde luego, aún falta mucho por hacer y las desigualdades de ingresos y oportunidades siguen siendo muy grandes, la reducción de la pobreza, el crecimiento de las clases medias, el flujo de inversiones extranjeras, el control de la inflación y del gasto público, así como el fortalecimiento de las instituciones en ambas sociedades son notables, los más rápidos que registra su historia.

Las disputas de límites han sido una de las fuentes más fecundas de subdesarrollo en Latinoamérica

En este marco de progreso sostenido, los intercambios económicos entre Chile y Perú denotan también un dinamismo sin precedentes. Empresas chilenas operan en todo el Perú, han creado muchos miles de puestos de trabajo y, desde hace algunos años, varias compañías peruanas han empezado también a invertir y trabajar en Chile. El número de peruanos que, desde que comenzó el despegue económico chileno, emigraron al país vecino y han echado allí raíces se cuenta por decenas de millares.

Todo esto es bueno y beneficioso para ambos países, y debe ser alentado porque, además de contribuir al progreso material de Chile y Perú, irá desvaneciendo cada día más las susceptibilidades, resistencias, enconos y prejuicios que sectores nacionalistas tan exaltados como irresponsables se empeñan en mantener vivos y están atizando con motivo del diferendo limítrofe que se dirime en La Haya. Esas manifestaciones de patrioterismo barato con que ciertos órganos de prensa y grupos políticos extremistas tratan de sembrar la discordia entre ambos países no son desinteresadas. Su secreta intención es justificar el armamentismo, es decir, las vertiginosas inversiones que significa comprar en nuestros días esos juguetes mortíferos con que juegan los ejércitos, distrayendo recursos que deberían más bien volcarse en las áreas de salud, educación e infraestructura, indispensables para que el desarrollo económico no quede confinado en los niveles de altos y medios ingresos y llegue también donde más falta hace, los sectores desfavorecidos y marginales. Aunque es verdad que en los últimos años estos sectores se han encogido, siguen siendo todavía intolerablemente extensos. Y no hay desarrollo digno de ese nombre si una democracia no es capaz de crear, en el campo económico, igualdad de oportunidades para todos sus ciudadanos.

Esta es la razón de ser de nuestro Llamado a la concordia. Sea cual fuere el fallo de la Corte Internacional, debe servir para fijar definitivamente aquellas fronteras y cegar para siempre ese foco de periódicas discordias entre ambos países. Y, al mismo tiempo, mostrar al resto de América Latina la manera civilizada y pacífica en que se deben dirimir los conflictos limítrofes. Es preciso recordar, en este contexto, que las disputas de límites han sido, desde hace dos siglos, una de las fuentes más fecundas del subdesarrollo latinoamericano. Ellas han provocado guerras insensatas en las que siempre la mayoría de los cadáveres los ponían los más pobres y servido de pretexto para un armamentismo que, sin excepción alguna, permitió que espadones y políticos corruptos se llenaran los bolsillos con comisiones ilegales. Otra de sus consecuencias ha sido el elefantiásico crecimiento de las fuerzas militares y su protagonismo en la vida política, una de las razones por las que la cultura democrática ha sido hasta hace muy poco tiempo una planta exótica de tan difícil aclimatación en la mayor parte de los países latinoamericanos.

La más nefasta herencia de estas rencillas en muchos casos artificialmente provocadas ha sido la implantación del nacionalismo

Pero, sin duda, la más nefasta herencia de estas rencillas en muchos casos artificialmente provocadas ha sido la implantación del nacionalismo, obtusa ideología que separa y enemista a los países. Ella es la explicación de que, aunque hablen la misma lengua, compartan una tradición, una historia y una problemática social, los países latinoamericanos no hayan sido capaces hasta ahora de unirse, como por ejemplo lo ha hecho Europa, en una gran confederación política, y ni siquiera de hacer funcionar de manera eficaz los tratados de libre comercio regionales que firman de tanto en tanto y que, todos, tarde o temprano, terminan empantanados o anulados por el espíritu de campanario con que se llevan a la práctica. Muchos de esos conflictos están sólo aletargados y todavía penden ahí, como siniestras amenazas que con cualquier pretexto pueden actualizarse y desencadenar guerras o golpes de Estado que desbaraten en días o semanas los logros económicos de muchos años.

Es verdad que, América Latina, con las excepciones de la dictadura cubana de los hermanos Castro —la más larga de su historia— y la semidictadura del comandante Chávez (que, si hay elecciones libres, podría terminar este octubre) ha ido dejando atrás el nefasto período de las dictaduras militares y optando por la democracia. Hoy, la inmensa mayoría de los países del continente tiene gobiernos civiles, elecciones, una prensa más o menos libre, y las instituciones comienzan a funcionar, pese a los altos índices de criminalidad, generalmente asociada al narcotráfico, a la corrupción y a las gigantescas diferencias de ingreso entre la cúpula y la base social. Pero, aun teniendo en cuenta estos factores negativos, hay un progreso inequívoco, sobre todo en el campo económico, gracias a unas políticas pragmáticas y de apertura que han ido reemplazando a las catastróficas de antaño, cuando el nacionalismo económico propugnaba cerrar las fronteras, estatizar “industrias estratégicas” y practicar el desarrollo hacia adentro. Sólo un puñadito de países, como Bolivia y Ecuador, se aferran aún a esos anacronismos, y así les va. Pero el resto está creciendo, y algunos países entre los que precisamente se encuentran Chile y Perú, a muy buen ritmo. Una prueba indiscutible de ello es lo poco que ha sufrido América Latina con la crisis financiera que sacude a Europa y a Estados Unidos. Ella todavía no afecta demasiado a una región que, hasta hace muy pocos años, contraía pulmonías cuando Estados Unidos y el resto del Occidente sólo se resfriaban.

Para que este progreso se perfeccione y acelere es indispensable que las viejas querellas de linderos que han mantenido distanciados o enemistados a los países latinoamericanos se eclipsen y estos imiten el buen ejemplo de Europa, acercándose cada vez más entre sí de manera que sus fronteras, gracias a los intercambios de toda índole que propician la cooperación y la amistad, se vayan eclipsando y permitiendo una unión duradera bajo el signo de la libertad.

© Mario Vargas Llosa, 2012.

© Derechos mundiales de prensa en todas las lenguas reservados a Ediciones EL PAÍS, SL, 2012.

Llamado a la concordia | Opinión | EL PAÍS

24/03/2012

Fujimori vive: a fragata da discórdia

Filed under: Fujimori,Império Colonial,Perú — Gilmar Crestani @ 11:36 am

 

La fragata de la discordia

Por la negativa a recibir la fragata, la oposición de derecha, encabezada por el fujimorismo, ha pedido la cabeza del canciller Rafael Roncagliolo, al que acusa de “haber afectado seriamente las buenas relaciones con el Reino Unido”.

Por Carlos Noriega

Desde Lima

La fragata HMS Montrose no consiguió permiso para anclar en El Callao.

La cancelación del permiso a la fragata británica HMS Montrose para que acodere en el puerto de El Callao, contiguo a Lima, ha desatado una tormenta política en el Perú. La oposición de derecha, encabezada por el fujimorismo, ha pedido la cabeza del canciller Rafael Roncagliolo, al que acusa de “haber afectado seriamente las buenas relaciones con el Reino Unido”. El jueves, el fujimorismo presentó en el Congreso una moción para interpelar al canciller por haber cancelado la visita de la fragata británica. La bancada de la derechista Alianza por el Gran Cambio se ha sumado al pedido. La embajada británica en Lima emitió el jueves una nota en la que calificó como “un gesto poco amistoso” la decisión del gobierno peruano de suspender la visita de su fragata de guerra, y el canciller Roncagliolo convocó al embajador británico, James Daunis, para tratar la controversia surgida entre ambos países.

La Cancillería peruana anunció el lunes 19 la cancelación del permiso a la fragata Montrose para que se reabastezca en el puerto de El Callao, luego de haber realizado labores de patrullaje en las islas Malvinas, señalando que la medida se tomaba por “solidaridad latinoamericana” y apoyo a la posición de Argentina en defensa de su soberanía sobre las Malvinas. Una decisión que se ajustaba estrictamente a la posición histórica del Perú de apoyo a la Argentina en este tema. Pero la reacción del fujimorismo, y otros sectores de la derecha, fue inmediata. En el Congreso acusaron al Ejecutivo de haber vulnerado al Parlamento y pasado por encima de su autoridad al anular un permiso otorgado por el Legislativo sin consultar antes al Congreso. Los errores que ha cometido el gobierno en el manejo de este tema avivaron las críticas al canciller.

El Congreso aprobó el ingreso de la HMS Montrose al puerto de El Callao a pedido del propio Ejecutivo. Ahí comenzó el problema. El lunes 19 vino la rectificación de la Cancillería, que anuló todo y suspendió la visita del buque de guerra británico. De esta manera, el gobierno corregía el error inicial de haber aprobado la visita de la fragata británica, pero lo hizo sin consultar al Congreso –que ya le había dado luz verde a la visita–, que se sintió agredido en su autonomía. Entonces le llovieron las críticas al gobierno. Los ataques tuvieron como blanco al canciller Roncagliolo, que ha sido acusado de falta de capacidad e improvisación en el manejo de este asunto. En las críticas se juntaron quienes, desde la derecha más extrema, como el fujimorismo, le corren a todo lo que sea integración latinoamericana, y aquellos que respaldando la posición histórica del país de apoyo a la Argentina en su reclamo de soberanía sobre las Malvinas cuestionan la forma como la Cancillería ha manejado este tema, aprobando primero la visita del buque británico para rectificar luego y suspender esa visita.

Una dura nota diplomática de la embajada británica, hecha pública por la propia embajada el jueves, encrespó más el ambiente político interno. “El gobierno británico está decepcionado por esta cancelación y por la manera en la que esta fue manejada. Esto ha sido percibido por el pueblo en el Reino Unido como un acto poco amistoso”, dice la nota diplomática que, en una afirmación que parece deslizar una amenaza, recuerda que el Reino Unido es el segundo mayor inversionista extranjero en el Perú.

Poco después de conocida la nota de la embajada británica, el jueves en la noche el fujimorismo presentó la moción de censura al canciller Roncagliolo. El congresista oficialista Fredy Otárola, vocero de su bancada, calificó la nota diplomática de la embajada del Reino Unido como “descortés, prepotente y con tufillo colonialista”, y calificó como “una vergüenza” que la oposición haya utilizado esa nota diplomática para argumentar a favor de la interpelación al canciller. Sin embargo, otras voces del gobierno fueron menos claras en este tema. El ministro de Defensa, Alberto Otárola, dijo que la visita de la fragata HMS Montrose no había sido suspendida sino solamente postergada, contradiciendo de esta manera al propio canciller.

El fujimorismo ha aprovechado la ocasión para lanzarse contra la integración latinoamericana y, específicamente, contra Unasur. En ese empeño, el ex canciller fujimorista Francisco Tudela cayó en el absurdo de decir que el apoyo a la Argentina en el tema Malvinas era “caer en el bloque chavista” porque, a su criterio, Hugo Chávez, fantasma que atormenta a la derecha peruana, controla Unasur.

En cambio Roncagliolo recibió el apoyo de varios ex cancilleres peruanos.

Página/12 :: El mundo :: La fragata de la discordia

07/02/2012

Como são as vitórias nas ditaduras?

Filed under: Argentina,Copa 1978,Ditadura,Futebol,Perú — Gilmar Crestani @ 12:56 pm

 

Dictaduras negociaron triunfo de Argentina sobre Perú en 1978

El acuerdo era que 13 detenidos, entre ellos el ex senador, serían arrojados al mar desde un avión, pero finalmente pudieron huir hacia Francia

La medida, vinculada con el Plan Cóndor

Dpa

Periódico La Jornada
Martes 7 de febrero de 2012, p. a13

Buenos Aires, 6 de febrero. La goleada 6-0 de Argentina ante Perú en el Mundial 1978, uno de los resultados más polémicos de la historia del futbol, estuvo vinculada con el Plan Cóndor, la operación en conjunto de las dictaduras latinoamericanas en las décadas de 1970 y 1980, afirmó ante la justicia el ex senador peruano Genaro Ledesma Izquieta.

Según denunció Ledesma Izquieta al juez argentino Norberto Oyarbide, en una causa contra el ex dictador Jorge Videla, presidente de facto de 1976 a 1981, el 6-0 fue una compensación de la dictadura peruana de Francisco Morales Bermúdez (1975-1980) por el envío a Argentina de 13 militantes peruanos presos, entre ellos el declarante.

Ledesma Izquieta explicó que el acuerdo de Videla y Morales Bermúdez consistía en que, una vez trasladados de Perú a Argentina, los detenidos serían arrojados desde un avión hacia el Río de la Plata para que no quedara resto alguno de los militantes, como solía ejecutar la dictadura argentina (1976-1983).

Al salir a Francia nos salvamos de lo que Videla y Morales Bermúdez habían acordado, que era el lanzamiento al mar de una persona desde un avión en vuelo, por lo que no quedaba resto alguno, declaró Ledesma Izquieta, quien a inicios de 1978 fue capturado en Perú por liderar la huelga que puso en jaque a la dictadura de su país.

Este sistema debía aplicarse con nosotros, lo que aprovechó Videla al aceptarnos como prisioneros de guerra con la condición de que Perú le permitiera el triunfo en el Mundial de futbol, dijo Ledesma Izquieta, de 80 años, quien fue legislador en Perú en numerosas ocasiones, antes y después de la dictadura que gobernó su país entre 1968 y 1980.

La denuncia de Ledesma Izquieta, revelada hoy por el diario Tiempo Argentino, agrega que Videla necesitaba ese triunfo para limpiar la mala imagen de Argentina en el mundo.

El matutino también informa que Videla, hoy de 86 años y condenado a prisión perpetua por 31 secuestros y asesinatos, deberá declarar en esta causa el próximo 22 de febrero.

El partido denunciado se jugó el 21 de junio de 1978, en la segunda fase del Mundial disputado en Argentina. El cuadro local debía vencer por cuatro goles para acceder a la final contra Holanda, aunque finalmente ganó por seis. Poco antes del encuentro, Videla pasó por el vestuario peruano para saludar a los futbolistas.

Cuatro días después, con la cúpula militar en las tribunas, Argentina venció 3-1 a Holanda y se consagró campeón mundial. Sin embargo, las sombras sobre una hipotética influencia de la dictadura argentina en el partido ante Perú nunca han sido totalmente disipadas.

Ya en 1998, el arquero del seleccionado peruano, el argentino naturalizado Ramón Quiroga, concedió una entrevista al diario La Nación, de Buenos Aires, en la que dio a entender que sospechaba de la actitud de algunos de sus compañeros.

De los que habrían agarrado dinero, varios murieron y otros murieron para el futbol, aseguró el ex portero.

En ese partido jugó (Roberto) Rojas, un tipo que nunca había alineado. Él se murió en un accidente. Marcos Calderón (el director técnico) se cayó en un avión y murió. En un gol, (Rodulfo) Manzo se agacha y lo deja solo. No sé ni dónde anda ahora Manzo (…) No lo queríamos, dijo Quiroga en la entrevista, aunque luego lo desmintió.

Entre otras ramificaciones de la causa contra Videla por privación ilegítima de la libertad, Oyarbide investiga el secuestro de los militantes peruanos que en 1978 fueron detenidos en Lima acusados de fomentar un paro contra la dictadura y luego trasladados en un avión militar a Jujuy, mil 600 kilómetros al norte de Buenos Aires.

Esa operación, según la declaración de Ledesma Izquieta, formó parte del Plan Cóndor, por lo que el juez argentino pidió el primero de febrero la captura internacional y la extradición de Morales Bermúdez.

El Plan Cóndor, una operación clandestina internacional que instrumentó el asesinato y la desaparición de miles de personas opositoras a las dictaduras de Argentina, Chile, Brasil, Bolivia, Paraguay y Uruguay, hasta ahora no había involucrado al gobierno de facto de Perú.

La Jornada: Dictaduras negociaron triunfo de Argentina sobre Perú en 1978

22/01/2012

Ollanta Humala por inteiro

Filed under: Ollanta Humala,Perú — Gilmar Crestani @ 9:40 am

 

“Es una prioridad defender el Estado de Derecho”

Ollanta Humala quiere que la Administración llegue a todos los rincones de su país.

Y se muestra contrario a la legalización de las drogas

Juan Luis Cebrián 21 ENE 2012 – 18:53 CET16

Ollanta Humala saluda a la prensa tras la victoria electoral en las elecciones generales. / ALEXANDRE MENEGHINI (AP)

"Sin disciplina no funciona nada”.

Le bautizaron como Ollanta, “el guerrero que todo lo ve”, y ya en su juventud anidó en él la vocación militar. “Yo aconsejaría a los jóvenes, hombres y mujeres, que vivan esa experiencia. El Ejército me ayudó a conocer mejor el Perú, a valorar su diversidad: es un país informal, a muchos de cuyos territorios el Estado simplemente no llega. También me enseñó el tema del orden, aprendí a trabajar en el seno de una institución. Se ha hecho una lectura equivocada de mi condición de militar. Parte de mi vida la he pasado ahí y por eso lo que quiero es institucionalizar. En mi caso, que procedo de una familia de clase media acomodada, me ha permitido además interactuar con otros niveles socioeconómicos de la población. Es otra forma de escuchar al pueblo”.

En el primer encuentro que sostuvimos, antes de celebrar esta entrevista, me sorprendió su timidez, que le hacía parecer huidizo. También el hecho de que, contra lo que suelen hacer los políticos, estuviera dispuesto a escuchar, sin sentir la necesidad imperiosa de colocarme un discurso, de demostrar que todo lo sabe. Yo tenía de él la imagen estereotipada que la mayoría de los medios occidentales y la casi totalidad de los de su país habían difundido: un militar golpista, un Chávez a la peruana que había cambiado la exuberancia caribeña por la severidad del inca, pero que en el fondo constituía la misma amenaza para la democracia que la representada por cualquiera otro de los caudillos latinoamericanos de nuevo cuño. Cuando, contra muchos pronósticos, se situó como el candidato capaz de disputarle a la hija de Fujimori la banda presidencial, la derecha de su país alineó todas las fuerzas frente a este hombre menudo, cuya sobriedad impresiona. Se acumularon contra él procesos judiciales, historias macabras y acusaciones, algunas tan peregrinas como la de ser propietario de un buen reloj que su esposa le había regalado en su aniversario de boda. Pero incluso los más eclécticos analistas europeos no tuvieron empacho en señalar que la elección entre Keiko y Ollanta era algo muy parecido a optar entre la peste y el cólera. Según ellos, la primera respondía al modelo de capitalismo corrupto y sanguinario que el padre había encarnado mientras el comandante era una versión local del castrismo del siglo XXI que acabaría hundiendo al país en la miseria y la represión. Quien primero me ayudó a escapar de este diagnóstico tan sectario y simplista fue Lula, poco tiempo después de abandonar el sillón presidencial brasileño. Así se lo comenté, por cierto, a Mario Vargas Llosa durante el descanso de un partido Madrid-Barcelona en el Bernabéu. Poco después, un artículo del premio Nobel en EL PAÍS contribuía a disipar los temores y la confusión de muchos votantes que, detestando lo que significaba Keiko, no se decidían a apoyar con su sufragio la llegada al poder de un militar de tintes progresistas. La actitud de Mario resultó probablemente decisiva para el resultado final de los comicios. La derechona no se lo ha perdonado, porque Perú se sumaba así a la lista de las repúblicas de América Latina encabezadas por un gobernante de izquierdas.

Ollanta Humala, presidente de Perú. / KAREN BLEIER (AFP/GETTY IMAGES)

—¿De izquierdas? Yo no soy de izquierdas —protesta Humala con rotundidad—. Yo soy un nacionalista que ha recogido las banderas de la justicia social. En realidad, esa división entre izquierda y derecha es algo del pasado. Terminó con la caída del muro de Berlín.

Le comento una frase suya, leída en el único libro en el que ha explicado de alguna manera su ideario, una larga entrevista con el todavía candidato a presidente, realizada por el periodista canario Ramón Pérez Almodóvar.

—Usted dijo que Sendero Luminoso, en su violencia, hizo imposible el proyecto de izquierda en el Perú por muchos años.

—Y así es, por eso añado que yo soy de abajo, y ahora soy de todos, el presidente de todos los peruanos, no solo de quienes me votaron.

—También asegura que lo más trabajoso y difícil es construir una alternativa política dentro del sistema democrático y contar con una buena base ideológica. La alternativa la logró, ha llegado al poder. ¿Cuál es su ideología?

No soy de izquierdas. Soy un nacionalista que ha recogido las banderas de la justicia social

—Me he comprometido a respetar el Estado de derecho. Como digo, esas divisiones entre izquierda, derecha y centro están obsoletas, pero sigue siendo difícil construir un movimiento político nuevo.

Esboza una sonrisa pícara cuando le digo que en todo caso vendrá de abajo, pero ahora está arriba, oteando el horizonte como el antiguo jefe inca. “Hay que gobernar para todos”, insiste, “y muchas veces es preciso tomar decisiones que sorprenden a algunos de los que nos apoyaron, pero por lo demás está claro que yo no me identifico con la derecha”.

Se le nota a gusto hablando de estas cuestiones. Todavía en el Ejército, y después de su alzamiento en armas contra Fujimori, del que fue amnistiado durante la transición a la democracia, Humala obtuvo un título en Ciencias Políticas por la Universidad Católica de Lima y más tarde prosiguió estudios de la misma especialidad en París, donde ocupó el cargo de agregado militar en la embajada, igual que en Corea del Sur.

—A mí me interesa que me juzguen por mis hechos, más que por mis palabras. No doy muchas entrevistas, prácticamente ninguna, quizá porque sufrí durante mucho tiempo la animadversión casi general de los medios. La idea que yo tengo del nacionalismo no tiene nada que ver con lo que sugieren los movimientos nacionalistas europeos. Nos encontramos ante realidades muy diferentes. Mientras en Europa es de día, en Sudamérica es de noche; mientras allí es invierno, aquí es verano. En Europa, el nacionalismo contribuyó a la división y el enfrentamiento, generó incluso dos guerras mundiales. En el caso de los llamados Estados emergentes, nuestro nacionalismo trata de integrar la realidad del Estado, y también las relaciones con el resto de los países de la zona.

Un gesto de Ollanta Humala durante la celebración del Día de la Independencia. / E. CASRTO-MENDÍVIL (REUTERS)

En mi opinión, le comento, América Latina ha retrocedido en ese proceso de integración. Hay varias líneas de fractura en el continente, algunas tan obvias como la que separa las naciones del Pacífico de las del Atlántico, otras encarnadas por experimentos políticos que amenazan la institucionalidad democrática si no han acabado ya con ella. “Ustedes en el Perú tienen suerte”, añado, “están en la orilla de moda, en la que mira hacia Asia”. Él discrepa de mi análisis. “Han mejorado las perspectivas de integración en la región”, asegura. “No soy partidario de distinguir entre países pro y antidemocráticos. Fortalezcamos lo que nos une. Hemos logrado que América Latina no tenga tropas extranjeras en su territorio. Unasur es una realidad pujante, ayudará a que las decisiones que se tomen en la OEA sean más eficientes, o, en todo caso, puede convertirse en una alternativa…”. ¿Hay forma de solucionar los problemas latinoamericanos en una institución en la que no están los Estados Unidos? Existen allí cincuenta millones de hispanohablantes y el producto interior bruto que generan es superior incluso al de España. En mi opinión —abundo— los Estados Unidos también pertenecen a Latinoamérica. “Pero América Latina no pertenece a los Estados Unidos”, replica. “Unasur responde a una realidad, a un mercado de más de setecientos millones de habitantes en el que hay dos grandes polos, Brasil y México, pero del que se benefician mucho los países medianos y pequeños. Los conflictos entre Ecuador y Colombia, por ejemplo, se han podido resolver gracias a esa organización, que en este punto ha sido mucho más eficaz que la propia OEA. Y tenemos proyectos muy interesantes, como la creación de un cuerpo de observadores electorales latinoamericanos que garantice la limpieza democrática de los comicios. Si vienen observadores de fuera, ¿por qué no podemos nosotros también tenerlos?”.

Cuando pasamos, sin embargo, de las generalidades a los casos concretos, aprecio una leve inseguridad en sus respuestas, quizá fruto de un discurso elaborado con posterioridad al triunfo electoral. Pero suena sincero y parece decidido a poner en práctica lo que dice. Ollanta Humala saltó a la fama, en su país y fuera de él, el 29 de octubre del año 2000. Ese día se levantó en armas en la ciudad de Locumba al frente de una tropa de 72 soldados y dirigió un Manifiesto a la Nación, documento que dio carta de naturaleza a sus aspiraciones y visión política. Él ha explicado hasta la saciedad que su pronunciamiento fue en defensa del orden constitucional vulnerado por Fujimori, y también como protesta por la aplicación del Manual de Contrainsurgencia ME 41-7, que ordenaba a los militares la liquidación física de los líderes y colaboradores de los movimientos terroristas, aun cuando no estuvieran armados.

—Aquel documento vulneraba todas las convenciones internacionales sobre trato al enemigo y derecho humanitario. Hubo muchos oficiales que se negaron a aplicarlo, yo entre ellos. El levantamiento de Locumba fue contra Fujimori porque él había violado la Constitución, con el apoyo del alto mando de las Fuerzas Armadas. Como oficial tuve que plantearme si debía ser leal a los vladigenerales (1) o a mi Ejército, la Constitución y las leyes. Decidí esto último.

—Como consecuencia de aquel manual antiterrorista se cometieron muchos delitos de lesa humanidad. Usted protestó durante la campaña por el hecho de que se haya perseguido a militares, la mayoría de baja o media graduación, por la comisión de dichos crímenes, mientras ningún político o autoridad civil, ninguno de los que podríamos llamar autores intelectuales del genocidio, ha sido sancionado. ¿Abrirá ahora desde el poder un proceso de responsabilidades al respecto?

En el Perú y en otros países de América, el problema es la falta de institucionalidad

—Lo que yo he expresado es mi pensamiento, pero no está en nuestras políticas inmediatas exigir una rendición de cuentas. Y no creo que eso deba hacerse desde la Presidencia de la República. En todo caso, le correspondería al Poder Judicial, o al Congreso de la Nación. Nuestra prioridad es pacificar el país. A partir de que eso se logre, podrán asumirse las responsabilidades de los Gobiernos que cometieron delitos.

Humala durante la celebración de su victoria electoral en Lima / RAÚL SIFUENTES (LATINCONTENT/GETTY IMAGES)

Humala estuvo destinado en 1992 como capitán de un batallón en el pueblo de Madre Mía, en el Alto Huallaga. Participó en varias acciones armadas contra Sendero Luminoso y fue testigo de la forma de actuar y de relacionarse con la población de aquel movimiento subversivo que tuvo en jaque al Perú durante quince años. En las zonas remotas del país, donde el Estado brillaba por su ausencia, Sendero se comportaba como la verdadera autoridad local, dirigía las actividades educativas y sanitarias, incluso las comerciales, sometiendo a los lugareños mediante la amenaza de enfrentarles a “juicios populares” que les llevaban al fusilamiento si no cumplían con lo establecido. Le pregunto si podría considerarse que lo que vivió Perú aquellos años tuvo las características de una guerra civil.

—¡De ninguna manera! —enfático—. Sendero, en su desesperación porque no lograba los objetivos que perseguía, decidió concentrarse en el terrorismo y el sabotaje. Ni siquiera practicaba la lucha de guerrillas. ¿Qué proyecto político se puede construir en base a ese pasado? El Perú no puede perder la memoria, las heridas no están cerradas y aún quedan grupos violentos que continúan operando en algunas zonas. Todavía no podemos voltear la página, pero lo que está claro es que estos movimientos no tienen ninguna chance, su derrota total es solo cuestión de tiempo.

Quedan grupos violentos en algunas zonas, pero su derrota es solo cuestión de tiempo

Institucionalizar, institucionalizar, institucionalizar, esa parece ser la obsesión de este militar metido a político que durante dos horas de entrevista hizo no menos de una decena de referencias a la necesidad de reforzar y respetar el Estado de derecho. ¿Cómo concretar este programa, cuáles son los objetivos a plazo inmediato? “Llevar el Estado al interior del país. Un Estado que garantice la diversidad, la multiculturalidad, pero funcione como una unidad. Fortalecer el mercado interno también, porque no hay una demanda nacional fuerte. Y diversificar la economía”.

—No me negará que por mucho que la diversifique, la minería es un factor esencial en el desarrollo peruano que está generando mucha controversia. Usted enfrenta ahora un contencioso con las autoridades locales de Cajamarca que ha provocado incluso un cambio de gabinete y la caída del primer ministro.

—El cambio de gabinete se debió a la necesidad de mejorar el ensamble del mismo, estableciendo una sola línea política que sea seguida por todos los ministros. Es el presidente el que tiene la responsabilidad de marcar esa línea, porque lo ha elegido el pueblo. En cuanto a lo de Cajamarca, se inscribe en una serie de conflictos que son herencia del pasado. Hay una mala relación histórica entre la minería y las actividades renovables. Perú era una sociedad agraria hasta la llegada de los españoles, que fueron quienes comenzaron las explotaciones mineras. Desde entonces se ha vivido esta tensión, agudizada ahora porque los pueblos altoandinos padecen un estrés hídrico. Simplemente no tienen agua. Mejor dicho, la tienen, pero no se ha construido la infraestructura que permita su represamiento. La población ha perdido además la confianza, tanto en las empresas mineras como en el Estado. Ahora se pretende decir que hay que elegir entre el oro y el agua, pero han coincidido siempre, y pueden seguir haciéndolo. Como nacionalista, pienso que ambos son regalos de Dios, aunque para nosotros lo fundamental es el agua, para el consumo de la población primero y para las actividades agrícolas o industriales después. Se da la circunstancia de que Cajamarca es una zona que aporta mucho al desarrollo minero y sin embargo es de las regiones más pobres del país. Por eso las dudas que exhiben las comunidades son legítimas, y el Estado debe resolverlas, pero también es una prioridad defender el Estado de derecho.

Me permito argumentar nuevamente sobre la importancia de las inversiones en minería para el desarrollo y crecimiento del país y me comenta que solo se explotan ahora entre el 12% y el 14% de los recursos potenciales, al tiempo que insiste en su concepto del necesario orden de las cosas (“me gustan que funcionen dentro de una institución”) y en la prioridad de las atenciones sociales, que deben prestarse incluso antes que la propia actividad de las empresas. “Los proyectos mineros han de ir acompañados de otros de carácter agrícola o ganadero. Minería y agricultura pueden convivir”. Restablecer la confianza sigue siendo algo clave y reitera su deseo de hacerlo mediante el diálogo, sin que nadie “se dé a las trompadas”, de modo que si hay ocupaciones, cortes de carreteras o acciones similares, avisa estar dispuesto a aplicar la ley sin titubeos.

En medio de esa política de impulso a la agricultura, ¿qué hacer con los cultivos masivos de hoja de coca? ¿Qué le parecen los reclamos de expresidentes de varios países como Zedillo (México), Gaviria (Colombia), Lagos (Chile) o Cardoso (Brasil) para legalizarla o despenalizarla?

—Hay que distinguir entre la hoja de coca y la droga.

—De acuerdo, pero la hoja sigue siendo la materia prima indispensable para la fabricación de cocaína.

—Yo estoy en contra de la legalización de las drogas. A las drogas hay que combatirlas mediante la interdicción y la investigación en el lavado de activos y dinero. El agricultor que cultiva coca no es el primer eslabón en la cadena de la droga, sino su primera víctima. Se puede crear una política de cultivos alternativos de modo que, por ejemplo, la Empresa Nacional de Hoja de Coca se plantee comprar también café o cacao, que aun siendo menos rentables empiezan a alcanzar precios competitivos.

—¿Está dispuesto a utilizar al Ejército en la represión de las mafias del narcotráfico, como se ha hecho en México?

—No es una tarea que corresponda a las Fuerzas Armadas, sino a la Policía. Y es algo que no podemos hacer solos, se trata de una tarea, ¿cómo diría?… transnacional. Por supuesto, no es imaginable un Plan Colombia para Perú.

—Hablábamos antes de falta de confianza en la cuestión minera. A partir de la actual crisis internacional, esa ausencia de fe en los que gobiernan por parte de numerosos sectores de la población se da en muchos países. Hay una tendencia en Europa a denigrar a la clase política, a todos los políticos, a los que se les califica de ineptos y corruptos de forma generalizada. ¿Siente como propias estas acusaciones?

En el Perú hay seguridad jurídica. Respetamos lo que firmamos

—El político es un hombre público, y todos tienen derecho a opinar sobre él y emitir un juicio particular. Yo creo que en el Perú y en otros países de América Latina el problema fundamental es la falta de institucionalidad, que afecta a muchos sectores, pero primordialmente a la existencia y funcionamiento de los partidos. También es verdad que el político cuando llega al poder tiende a distanciarse de la gente, le rodea una parafernalia de honores y seguridad que le atrapa por completo y no le deja moverse libremente. Yo trato de evitar esta soledad, este distanciamiento, me gusta hacer deporte, correr por las calles vecinas a palacio y manejar mi auto. Cuando lo hago, me detengo en los semáforos en rojo y dejo cruzar a los peatones, que se sorprenden al verme al volante. En la política hago también de chófer. Conduzco una combi (2) que me han dado con muchos pasajeros. No todos quieren que yo sea el que guíe y discuten sobre adónde hay que ir. Además la combi y la carretera no están en muy buen estado y tengo que tener cuidado en las curvas, no agarrarlas a mucha velocidad, no vayan a marearse algunos o tengamos un accidente. Pero yo te aseguro que soy un hombre de palabra y al final de mi periodo les habré conducido hacia donde he prometido hacerlo.

—¿Y a una futura reelección? Usted es muy joven…

—No es un tema en la agenda.

Ollanta Humala y Juan Luis Cebrián, en el Palacio de Gobierno de Lima. / M. A. MEJÍA (GRUPO LA REPÚBLICA)

De momento, el autobús se dirige a Europa, a dos destinos muy precisos: España y Davos.

—Usted sabe que Davos está considerado como la feria mundial del capitalismo. ¿Qué les va a decir a los ricos del mundo allí reunidos?

—Les voy a explicar la realidad del Perú y a animarles a que inviertan en el país. Tenemos un manejo serio y estable de la política macroeconómica, perfectamente compatible con nuestra lucha por la inclusión social y en favor de la igualdad. Perú es un país muy atractivo para hacer negocios y las proyecciones apuntan que la economía crecerá en un rango de 5.5% este año, lo que la ubica como una de las de mayor desarrollo de la región, a pesar de la crisis internacional. Pero no todo es crecimiento. Hay que dar la batalla contra la pobreza, promoviendo políticas de inclusión social. Tenemos metas muy claras: eliminar la desnutrición crónica y la mortalidad infantil, por ejemplo. Estamos también garantizando que cada vez haya más hogares que cuenten con servicios básicos como agua potable, electricidad, saneamiento y tecnología. Hemos puesto varios planes en marcha que potencian la educación, a través de la concesión de becas, y mejoran la dieta alimentaria de la población, pues las escuelas proporcionan desayuno y almuerzo diario a todos los alumnos. En el Perú hay mucho potencial para hacer empresa. Lo que queremos es que las inversiones se hagan teniendo en cuenta que el progreso debe ser para todos. En Davos voy a explicar también que en el Perú hay seguridad jurídica para sus inversiones, que respetamos lo que firmamos. Algunos no entienden que yo pueda tener mis sentimientos y convicciones particulares, pero que en ningún caso van a primar respecto a lo que se tiene que hacer. Dicen que soy un pragmático, pero yo considero que más bien soy objetivo, o trato de serlo, así como trato de ser justo. Ser bueno no es muy difícil, lo difícil es ser justo, y a eso me aplico.

España es nuestro socio más importante en la UE. Creo que acierta al fomentar las cumbres iberoamericanas

—¿En cuanto a España?

—Es nuestro socio más importante en la Unión Europea y nos une a ella un pasado centenario, una lengua, una cultura, una tradición. Nuestras relaciones políticas y empresariales tienen una larga data y son muy importantes para mi país. España acierta en su política de seguir fomentando las cumbres iberoamericanas y es de admirar el esfuerzo que hace el Rey por no estar ausente de ninguna, incluso cuando ha sufrido alguna enfermedad o impedimento físico.

—¿Cómo se comportan los inversores españoles en Perú?

—Son muchos, y algunos muy importantes, como Telefónica o Repsol, pero hay cada vez más pequeñas y medianas empresas que se están instalando aquí, e incluso jubilados que han decidido cobrar la pensión en España y residir en nuestro país. (3) Yo enfatizaría a los dirigentes de esas empresas la importancia de lo social, la necesidad de que establezcan buenas relaciones con las comunidades y contribuyan a las políticas de inclusión. Por lo demás, el Perú es un país de oportunidades, la puerta de América; bueno, ya sé que hay otras puertas, o ventanas, por donde ingresar, pero la nuestra es la principal —sonríe.

—¿Y han hecho los españoles algo mal, de lo que arrepentirse?

—Se llevaron dos cuartos de plata y uno de oro —estalla en carcajadas, rememorando el rescate que los incas pagaron por su jefe Atahualpa, secuestrado por Pizarro. Una vez los españoles hubieron cobrado, asesinaron al inca.

El Perú es un país de oportunidades, la puerta de América. Sé que hay otras, pero la nuestra es la principal

Todavía en España cuando queremos ponderar el alto precio o exaltar la calidad de algo decimos que “vale un Perú”. El antiguo virreinato, en donde los conquistadores persiguieron ávidamente el descubrimiento de El Dorado, se emancipó de la metrópoli en 1821. No mejoraron con ello las condiciones de los indígenas y desde entonces queda pendiente la resolución de eso que Humala llama la inclusión social. Sigue siendo en muchos aspectos un país en busca de su propia identidad, aquella que le permita construir un Estado presente en todo el territorio y asumir una movilidad social que ensanche su clase media y fortalezca el mercado interno, en la estela de las experiencias que Brasil ha protagonizado en las últimas décadas. Este guerrero que todo lo ve y que hoy gobierna el Perú es un hombre correoso y amable. Posee mayores inquietudes intelectuales que la generalidad de los de su profesión y, desde luego, transmite sinceridad y convicción en lo que dice. Proyecta además una imagen de decencia muy necesaria en los tiempos que corren. Humala pertenece a una nueva generación de políticos latinoamericanos que ha emergido de lo que él conceptualiza como golpes de Estado de masas (aunque no se refiere directamente a ello, pienso yo que también en esa categoría encajarían los cambios políticos del norte de África).

—En cierta medida, algo tienen que ver con los indignados. En apenas unos años, las movilizaciones populares tumbaron tres presidentes en Ecuador, dos en Bolivia, uno en Argentina y uno en el Perú (Fujimori). Eso propició el nacimiento de nuevos líderes, pero la clase política peruana tradicional creó una transición que les permitiría seguir en el poder. En otros países, esa clase política fue borrada del mapa. En el Perú no, y hasta seis meses antes de las elecciones no me daban ninguna chance. Y ya usted ve.

Lo que mucha gente quiere saber es si el triunfador del torneo cambiará las reglas del juego. Todo indica que no lo hará.

(1) Los generales corruptos y fieles a Vladimiro Montesinos, hombre fuerte del Fujimorato, actualmente en la cárcel.

(2) Autobús.

(3) Residentes españoles me comentaron que conocen los casos de varios perceptores del seguro de desempleo que están sin embargo trabajando en Lima al tiempo que cobran el subsidio de paro.

“Es una prioridad defender el Estado de Derecho” | Internacional | EL PAÍS

23/12/2011

Integração, na prática, é a saída

Filed under: Bolívia,Evo Morales,Ollanta Humala,Perú — Gilmar Crestani @ 10:02 am

 

Evo y Ollanta por la salida al mar

Morales señaló que el reclamo de salida al mar es también una cuestión regional. Humala lo respaldó en su pedido y abogó por una mayor integración entre los países, así como por sumar fuerzas en la lucha contra la desigualdad.

Por Carlos Noriega

Desde Lima

El mítico templo de piedra inca Coricancha, ubicado en la andina ciudad peruana de Cuzco, fue el escenario del encuentro entre los presidentes Ollanta Humala y Evo Morales. Ambos mandatarios firmaron la Declaración del Cuzco, en la que se establece una serie de acuerdos bilaterales –entre ellos impulsar una salida al mar sin soberanía de Bolivia por la costa peruana–, se señala la prioridad que deben tener las políticas de inclusión social, se anuncia un trabajo conjunto contra la desigualdad y la exclusión y se acuerda fortalecer la apuesta por la integración regional. Humala y Morales también dialogaron sobre la controversia entre Bolivia y Chile por una salida al mar del país altiplánico. El presidente peruano le expresó a su par boliviano su respaldo a esa demanda. Morales aseguró que el problema de la salida al mar de Bolivia es un asunto regional. “Al margen de ser un tema bilateral, es un tema regional y, por tanto, para integrarse hay que resolver esos daños históricos”, señaló el presidente boliviano, al referirse a la demanda de su país a Santiago por una salida al océano que La Paz perdió en la Guerra del Pacífico de 1879, que enfrentó a Bolivia y Perú contra Chile.

Luego de la ruptura de las conversaciones entre Morales y Piñera, el gobierno boliviano ha expresado la posibilidad de llevar su demanda por una salida al mar al Tribunal Internacional de La Haya. Perú también mantiene un diferendo limítrofe por un amplio espacio marítimo con Chile y ha llevado el caso al Tribunal de La Haya. Humala expresó su respaldo a la demanda boliviana. “Nuestra posición es de apoyo a la demanda legítima del pueblo hermano de Bolivia a su salida al mar”, señaló el presidente peruano. “El presidente Ollanta Humala expresó sus más fervientes votos para que ese proceso de diálogo (entre Bolivia y Chile) conduzca a una solución satisfactoria para ambos pueblos en beneficio de la paz, la cooperación y la integración regional”, dice la declaración conjunta que firmaron los presidentes de Perú y Bolivia.

Humala y Morales acordaron impulsar el acuerdo firmado por Perú y Bolivia en octubre de 2010 que le otorga al país altiplánico una salida al mar sin soberanía por la costa del sur del Perú, que incluye la construcción y administración de un puerto. Pero este acuerdo hasta ahora no ha entrado en plena vigencia y ambos presidentes destacaron “la importancia” de su “pronta entrada en vigor” y acordaron impulsarlo para que se ponga en marcha. En la Declaración de Cuzco, firmada en el templo Coricancha, los presidentes de Perú y Bolivia señalan su compromiso de priorizar las políticas de inclusión social y acordaron “trabajar conjuntamente en la eliminación de la desigualdad socioeconómica, la pobreza, la marginalidad y la discriminación que aún afectan a importantes sectores de ambas sociedades”. Sobre política internacional, Evo y Ollanta suscribieron un acuerdo de trabajar conjuntamente para reforzar la integración regional. En ese sentido, expresaron su compromiso con la Unasur “como un espacio de integración y afirmación de la identidad suramericana” y señalaron su voluntad de “reafirmar la agenda social de la Unasur”. También acordaron trabajar conjuntamente por “la consolidación institucional y proyección futura” de la Comunidad Andina, y apoyar la puesta en marcha de la recién creada Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños (Celac) como “mecanismo representativo de concertación política, cooperación e integración”.

Morales llegó al Cuzco ayer temprano para una visita oficial de un día, sin embargo su estancia en la que fue la capital del Imperio Inca se prolongará hasta el lunes 26, con carácter de visita privada. Durante su visita oficial, el presidente boliviano recibió una serie de agasajos. Fue declarado huésped ilustre del Cuzco y recibió la vara de mando inca.

Página/12 :: El mundo :: Evo y Ollanta por la salida al mar

14/11/2011

O Perú de Ollanta Humala

Filed under: El Comercio,Nicolás Lynch,Perú — Gilmar Crestani @ 9:50 am
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“La Argentina no limita pero casi”

El presidente Humala decidió relanzar las relaciones con la Argentina como si fuera vecino y el canciller Roncagliolo envió a Buenos Aires a un dirigente político de confianza. Lynch explica sus objetivos y detalla las virtuales retenciones a las empresas mineras.

Por Martín Granovsky

A los 57 años, Nicolás Lynch, profesor de Sociología y ex columnista del diario La República, donde escribe Mario Vargas Llosa tras su ruptura con el monopolio de El Comercio por la campaña sucia contra Ollanta Humala, es un antiguo militante de la izquierda peruana que acaba de presentar sus cartas credenciales como embajador de Perú en la Argentina.

–Cuando entrevisté al canciller Rafael Roncagliolo poco después de la asunción del presidente Humala, me dijo que se fijaría especialmente quién sería el embajador en la Argentina. ¿Qué misión trae usted?

–Con la Argentina no tenemos frontera, pero casi. Haremos un reajuste de relaciones poniendo el tema político al mando y dándole prioridad a la relación bilateral. Nuestra prioridad son nuestros países vecinos y damos gran importancia a la Unasur. Tenemos que pisar fuerte acá para después pisar fuerte en el mundo. No es una discusión de conceptos. Tuvimos la experiencia práctica de que lo contrario no funciona.

–¿Por dónde empezaría el reajuste de relaciones, como usted la llama?

–Relanzar significa entender que somos socios en la necesidad de construir un bloque sudamericano y latinoamericano de naciones. Humala es consciente de que a la actual globalización uno no se puede integrar unilateralmente. Tiene que integrarse colectivamente. Solos, en el mejor de los casos podemos conseguir la indiferencia de los poderosos, si no el desprecio. Sabemos que tanto el gobierno del presidente Néstor Kirchner como el de la presidenta Cristina Fernández de Kirchner se han jugado por ese proyecto.

–¿En qué le convendría a Perú una mayor integración?

–Nuestras democracias necesitan de la integración para desarrollarse. No se trata de buenas intenciones o caridad. La fragmentación fue una herramienta de los imperios para mantenernos pobres, atrasados y dependientes. Para tener un lugar bajo el sol hacen falta Estado, soberanía, legalidad, y también integración. Vamos a trabajar con el gobierno y con el pueblo de la Argentina. Para mi presidente, es básico. Lo como indispensable para un proyecto nacional popular. Lo nacional no sólo se juega en el territorio. Mire, en el territorio el objetivo es extender el Estado al conjunto del país. En el Perú tenemos una frase: “Al Estado la sierra le da soroche”. ¿Sabe lo que es el soroche, no?

–El mal de alturas.

–Bueno, el presidente quiere que al Estado no lo afecte. Hasta ahora, cuando se alejaba de la costa y se acercaba a los Andes le daba soroche y se regresaba a Lima. No le daba servicios al conjunto del territorio y no vigilaba los intereses del conjunto de la sociedad. Bien, con la integración sucede lo mismo. Para realizarse como tales, la democracia y la nación no pueden quedarse en los confines. Ahorita, frente a la crisis mundial sólo nos salvará la integración. El que juegue solamente con su pañuelo está muerto.

–El ex presidente Alan García firmó el Arco del Pacífico con Chile, Colombia y México. Fue un objetivo ideológico frente a la mayoría de los regímenes de América latina y sobre todo de Sudamérica.

–El presidente Humala tiene una perspectiva práctica. Por sobre el contenido ideológico están los intereses. Y la prueba es la actitud integracionista del gobierno de Juan Manuel Santos en Colombia. Incluso, en este tema, la actitud del propio Sebastián Piñera en Chile.

–¿Qué cambia en Perú con Humala, teniendo ya los primeros cien días de gobierno de perspectiva?

–Humala repitió mucho algo: queremos mantener el crecimiento económico. No queremos voltearlo. Nos hace falta para alcanzar la justicia. Hoy es una enorme fuente de divisas el negocio exportador minero. El 48 por ciento del impuesto a las ganancias lo dan las mineras. Pero el crecimiento no puede basarse exclusivamente en la renta minera y gasífera, que hasta ahora era el cimiento fundamental. Tiene que apoyarse obviamente en eso pero debe tener otra pata. Si no, no desarrolla trabajo productivo. Industrialización. Cadenas de valor. Es el camino del desarrollo en el mundo. Sin despreciarlas, ni mucho menos, nadie se desarrolló sobre la base de vender materias primas. En el largo plazo los metales bajan en relación con los productos industrializados.

–El 28 de julio, cuando asumió, Humala le dio mucha importancia a esos temas. ¿Qué decisiones tomó?

–Dos medidas fundamentales. Recuperó parte de esa renta minera y gasífera a través de un gravamen. En realidad es un concepto que surge en Texas en 1925, el de windfall tax, un gravamen a las ganancias extraordinarias para limitar a las petroleras. En la minería peruana, con el cambio, al Estado le ingresarán 1100 millones de dólares anuales. Es una cifra importante considerando que el presupuesto es de 35 mil millones de dólares.

–¿Cómo se establece la tasa exacta?

–Se hace un cálculo de la parte de la ganancia sobre la cual no había expectativas previas. Son fórmulas matemáticas muy complejas que tienen en cuenta variables como el mercado mundial o el mercado de metales. García hizo campaña prometiendo el gravamen a las superganancias, pero después lo cambió por un óbolo voluntario que en ningún caso pasó de 150 millones de dólares al año. Con García eso lo manejaba un cordón de organizaciones no gubernamentales. Humala dijo: “Señores, estamos hablando del Estado. El Estado no pide caridad sino que pone impuestos que son obligación”. La caridad es para el confesionario, no para el Estado. Al Estado le corresponde establecer mecanismos que garanticen mayor justicia.

–En su discurso de asunción Humala dijo con mucho énfasis que renegociaría los contratos sobre superganancias mineras. ¿Por qué estaba tan seguro de que la negociación rendiría frutos?

–Había tal carga popular tanto por el mismo triunfo de Humala como por la intensidad de los debates que ya era muy difícil oponerse. Incluso muchos políticos y medios de derecha decidieron mantenerse callados. Y en gas cambiamos la política de los gobiernos de Alejandro Toledo y de Alan García. Ellos introdujeron modificaciones que permitieron destinar el gas de una zona, el llamado Lote 88, a la exportación. Pero en el Perú hay enormes requerimientos de gas para entubar ciudades, dar energía al transporte público y satisfacer la demanda industrial. Sin embargo vino una gente y, con espíritu colonial como sucedía con la plata, dijo que el recurso iría solo al exterior. En la campaña Humala prometió la recuperación del gas mediante un espíritu negociador que terminaría plasmándose en el Congreso. Hay otra reserva, el Lote 56, con una capacidad de producción de 2,5 trillones de pies cúbicos. El 88 tiene 4,5 millones. Bien, la resolución es que el lote grande quede para el Perú y el chico abierto al negocio de la exportación.

–¿Fue dura la discusión?

–El consorcio privado ya había buscado fondos afuera y dijo que necesitaba los dos lotes como garantía para su préstamo. El presidente fue firme. El principal objetivo no es, ya, dar electricidad a California y México.

–La estrategia de Humala parece aprovechar su poder inicial para ganar poder de negociación.

–En general nuestra política es establecer un proyecto nacional, popular y de integración basado en la concordia. Pasa en la política de reservas monetarias, por ejemplo, y en la conducción de la economía, donde siguieron funcionarios ligados al manejo del gobierno anterior. Esa es una parte del cuadro. Lo que vale es completarlo con otros elementos en marcha: el desarrollo de las nuevas políticas fundamentales como las comentadas en gas y minería. En el nuevo presupuesto aprobado pusimos énfasis en las políticas sociales relacionadas con la emergencia, que necesita coordinación, y los derechos universales.

–¿Usted tiene trato con Humala?

–Lo conocí poco después de la campaña del 2006, luego de que perdiera la segunda vuelta. Me llamó. Asesoré a la comisión de educación. Fui el primer ministro de educación de Toledo, que comenzó en 2001 gobernando con una coalición y luego la fue achicando. Me fui de ese gobierno. Fui docente 32 años. En el 2009 me integré a la comisión de campaña de Gana Perú, alianza del Partido Nacionalista con grupos de izquierda.

–¿Qué lo atrajo de Humala?

–Tuve afinidad por las políticas nacionalistas y antineoliberales. Perú fue muy humillado en la escena internacional. Fue saqueado por el capital transnacional. El Perú necesita reivindicarse a sí mismo. La tarea de construir nación y de construir Estado-nación es esencial. La idea de los ‘80 de que podía haber democracia sin nación ni Estado-nación era una mentira para dominarnos.

–¿Cómo es Humala gobernando?

–Austero. Le gusta la acción más que el discurso. De decisiones firmes. De gran empatía con el pueblo. Eso lo llevó al triunfo electoral. Y para ganar en segunda vuelta no cambiamos de programa. Tratamos de formar una mayoría nacional. Nos acusaron de mentirosos y farsantes. En los primeros meses de gobierno Ollanta demostró que el monstruo no era tal. Humala quiere reparar las injusticias. Por eso también me dio instrucciones de acercarme con fuerza a la comunidad de peruanos en la Argentina. Tenemos el consulado peruano que procesa la mayor cantidad de trámites de todos los consulados del país en el mundo: 280 mil. Es una migración de características económicas, con carencias, con reclamos. El consulado es grande. Hay más personal diplomático en el consulado que en la embajada para cumplir con los requerimientos de los compatriotas. Ya estoy en una política de acercamiento, de reconocimiento, de acompañamiento y de promoción. Hay que agradecer la ley argentina de Migraciones, muy abierta y muy tolerante. Hay 2.700.000 peruanos en el mundo fuera del país con remesas individuales de 300 dólares, quizás. El que emigra lo hizo porque faltaba justicia. La justicia es el principal objetivo del gobierno de Humala.

martin.granovsky@gmail.com

Página/12 :: El país :: “La Argentina no limita pero casi”

12/11/2011

Cien días de Humala con alta aprobación

Filed under: Ollanta Humala,Perú — Gilmar Crestani @ 8:44 am
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Mesmo com a perseguição aberta e escancarada dos a$$oCIAdos da SIP, com apoio franco e aberto do El País, o presidente peruano, Ollanta Humala dá de relho no parelheiro do prof. Cardoso, Alberto Fujimori. É claro que depois do desastre que foi Fujimori e FHC, qualquer coisa que se faça que não seja se ajoelhar e entregar o patrimônio aos de fora, melhora na popularidade. Os anteriores facilitaram, pela inépcia, aos atuais, pela competência.

El aumento del sueldo mínimo, el incremento del presupuesto para educación, salud y políticas sociales y la decisión de no proteger a los funcionarios gubernamentales acusados de corrupción están entre los principales activos del gobierno.

Por Carlos Noriega

Desde Lima

Golpeado por las acusaciones de corrupción contra su vicepresidente, moviéndose en un difícil equilibrio entre las demandas sociales y las presiones de los empresarios y los mercados, y enfrentado a una amplia protesta campesina contra las empresas mineras que ha dejado los primeros heridos durante su gobierno, el presidente Ollanta Humala cumplió sus primeros cien días en el poder. Lo hizo con una aprobación que bordea el 60 por ciento. La promulgación de la ley de consulta previa a los pueblos indígenas para el desarrollo de proyectos productivos en sus tierras, la que sin embargo todavía no ha entrado en vigencia por falta de reglamentación, el aumento del impuesto a las empresas mineras que tienen grandes ganancias, aunque su monto ha sido menor del esperado, el alza del sueldo mínimo, el incremento del presupuesto para educación, salud y políticas sociales, la decisión de no proteger a los funcionarios gubernamentales acusados de corrupción se destacan entre los principales activos del gobierno; del otro lado, entre los pasivos, están el escándalo de corrupción del vicepresidente Omar Chehade, la debilidad política de un gobierno que no tiene el apoyo de un partido sólido, el alejamiento de promesas electorales de cambio para conciliar con los intereses empresariales, mensajes contradictorios frente al conflicto entre el campesinado y las empresas mineras y la propuesta de impunidad para los violadores de los derechos humanos hecha por los ministros de Defensa y de Trabajo, ambos desautorizados luego por el presidente Humala.

Esta semana, al cumplir sus primeros cien días, el gobierno ha comenzado a sentir con fuerza las primeras protestas sociales. En distintas zonas del país se han dado tres paros regionales impulsados por los campesinos que se oponen a la explotación minera en sus tierras porque les quita el agua y deja importantes pasivos ecológicos. Los huelguistas le exigen al gobierno que se comprometa a no permitir actividades mineras en esas zonas. La mayor violencia se ha dado en la empobrecida región andina de Andahuaylas, que ha sido paralizada por la protesta. Los enfrentamientos entre la policía y los pobladores han dejado 40 heridos.

“Estos conflictos sociales son la continuidad de una conflictividad que viene de gobiernos anteriores y que van a seguir en la medida en que el actual gobierno está continuando con el modelo que apuesta por la inversión minera como motor principal del crecimiento económico y del desarrollo. El gobierno está entre las demandas sociales y las consideraciones ambientales, por un lado, y los intereses empresariales y su propio interés por recaudar más rentas de la minería, por otro lado”, le señaló a Página/12 Carlos Monge, antropólogo, historiador e investigador del Centro de Estudios y Promoción del Desarrollo (Desco). En opinión de Monge, si el gobierno decide darle luz verde a la minería en las zonas donde hay un rechazo de la población “se acabará la luna de miel del gobierno con los sectores populares rurales, que votaron masivamente por Humala, y se abrirá un escenario de extrema conflictividad”.

En el plano político, el problema más grave para Humala en estos primeros cien días de gobierno ha sido el escándalo de tráfico de influencias a favor de un poderoso grupo económico que involucra a su vicepresidente, Omar Chehade. Ante estas acusaciones, hace unos días Humala le pidió públicamente a su vicepresidente que abandone el cargo. Pero Chehade se ha negado a renunciar. Aislado, el vicepresidente optó por pedir una licencia temporal mientras duren las investigaciones que la Fiscalía y el Congreso le han abierto. Una decisión que no ayuda a Humala, que esperaba un alejamiento más claro de su vicepresidente para que el escándalo en el que está involucrado no siga debilitando al gobierno. La actitud del gobierno de no proteger a los miembros del oficialismo acusados de corrupción marca una importante diferencia con regímenes anteriores, en los cuales el encubrimiento de los altos funcionarios acusados de corrupción era la norma.

En el terreno económico, el presidente Humala, que ganó las elecciones con el apoyo de la izquierda y con una oferta electoral de cambio del modelo neoliberal, le entregó el manejo económico a la tecnocracia liberal, lo que le ha ganado los aplausos del empresariado y la derecha. La marca de su gobierno es darle mayor atención a la inversión social, pero sin modificar la esencia del modelo.

“La principal característica del gobierno en estos cien días es la continuidad del modelo económico y los gestos a los inversionistas diciéndoles que habrá algunos cambios, pero que no serán cambios de fondo, por lo que no deben preocuparse. El gobierno es una coalición de intereses contradictorios, en el que hay socialistas, ecologistas y liberales. En la práctica hay una hegemonía del núcleo liberal, que maneja la economía”, dice Carlos Monge.

Han sido cien días de algunos avances y también decepciones para las bases populares del presidente Humala. Para la derecha han sido cien días en los que se han alejado sus miedos a un cambio de fondo del modelo económico.

Página/12 :: El mundo :: Cien días de Humala con alta aprobación

02/11/2011

Herança de Fujimori

Filed under: Alberto Fujimori,Esterilização Forçada,Perú — Gilmar Crestani @ 8:57 am
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La fiscalía peruana reabre el caso de las esterilizaciones forzosas

Organismos de Derechos Humanos aseguran que miles de mujeres fueron obligadas a ligarse las trompas durante los gobiernos de Fujimori

Jaime Cordero Lima 2 NOV 2011 – 08:54 CET

El ex presidente peruano Alberto Fujimori durante el juicio contra él por violaciones de los derechos humanos, en 2009. / REUTERS

Durante la segunda mitad de la década de los años noventa se realizaron en el Perú unas 300.000 esterilizaciones como parte de un programa gubernamental que recibió financiamiento de la cooperación internacional. El pasado 21 de octubre la Fiscalía de la nación reabrió la investigación sobre estos hechos, según informó hace unos días el Estado peruano ante la Comisión Interamericana de Derechos Humanos (CIDH). La denuncia de una supuesta política de esterilizaciones forzosas en la década de los noventa, durante el Gobierno de Alberto Fujimori, fue utilizada durante la campaña electoral de este año por Ollanta Humala contra su adversaria, Keiko Fujimori, hija del expresidente.

Ollanta Humala utilizó
el caso en la campaña electoral contra
Keiko Fujimori

A diferencia de anteriores procesos que terminaron en el archivo, en esta ocasión el presunto crimen se tratará como un delito de lesa humanidad. En concreto, la investigación actual se centra en el caso de María Mamérita Mestanza Chávez, una mujer campesina de 33 años, madre de 7 hijos, que en 1998 murió tras ser sometida a una operación de ligadura de trompas en el distrito de la Encañada, una zona rural del departamento de Cajamarca, en la sierra norte del país.

Según testimonios recogidos posteriormente, funcionarios de salud estatales presionaron y llegaron a amenazar con multas y prisión a la familia de la mujer para que se sometiera a la esterilización. La denuncia fue inicialmente desestimada por los tribunales peruanos y llegó a la CIDH. El Estado finalmente llegó a un arreglo para indemnizar a los familiares y procesar a los responsables.

La denuncia original fue desestimada por los tribunales peruanos
y el Estado llegó a un pacto ante
la Corte de Derechos Humanos

Las organizaciones defensoras de los derechos humanos en Perú aseguran que hay miles de casos como el de María Mamérita Mestanza y se han dedicado a buscar nuevas evidencias de que se trató de una política gubernamental y no de delitos aislados. De acuerdo con el Movimiento Amplio de Mujeres, solamente en la provincia de Anta, en la región de Cuzco, se habrían realizado unas 2.000 esterilizaciones forzadas, incluso con participación de militares y policías. En varias regiones se ofrecía alimentos a cambio de someterse a las esterilizaciones.

Hubo fallas, pero se hicieron los correctivos necesarios. No fue un programa de esterilizaciones forzadas”

Alejandro Aguinaga, ministro de Sanidad de Fujimori

El fujimorismo niega los hechos y asegura que las denuncias de coacción fueron apenas 200 o 300. “Definitivamente esto es una situación política, una cortina de humo para tapar gravísimos casos de corrupción que se han presentado en este gobierno”, señala Alejandro Aguinaga, parlamentario fujimorista, que fue ministro de salud en la época en que el programa se puso en práctica.

“Hubo fallas, pero se hicieron los correctivos necesarios. No fue un programa de esterilizaciones forzadas”, afirma Alejandro Aguinaga, quien asegura que el tema ya fue investigado durante 10 años, sin que se encontrara responsabilidad en altos funcionarios del gobierno. También afirma que en 2002 la Defensoría del Pueblo se pronunció sobre el tema y concluyó que no había evidencias para afirmar que el ex presidente Fujimori y sus ministros tuvieran responsabilidad penal.

La fiscalía peruana reabre el caso de las esterilizaciones forzosas | Internacional | EL PAÍS

25/10/2011

Adios EUA & Ditaduras Militares

Filed under: Ollanta Humala,Perú,Rafael Roncagliolo — Gilmar Crestani @ 9:03 am
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Muito esclarecedor. A conjunção que se explica. O título da matéria com sua abertura. A América Latina já não segue os EUA a cabresto. Por quê? “Se ha sacudido un pasado de dictaduras militares”. Até o El País, por ato falho ou não, correlaciona poder dos EUA sobre a América Latina com ditaduras militares. É a Democracia made in USA, aquela regida pela força das armas.

"América Latina ya no se guía exclusivamente por Washington"

El ministro de Exteriores de Perú explica que las relaciones con China, Europa y el resto de Sudamérica son tan o más importantes para su país que las de EEUU

Verónica Calderón Madrid 23 OCT 2011 – 17:17 CET1

El ministro de Exteriores de Perú, Rafael Roncagliolo. / SAMUEL SÁNCHEZ

Perú resume la nueva etapa que vive América Latina. Se ha sacudido un pasado de dictaduras militares, una lucha sangrienta contra Sendero Luminoso y el Gobierno autoritario de Alberto Fujimori y, aun con la crisis económica, el Fondo Monetario Internacional ha previsto un crecimiento de un 5,5% para este año. El mayor de la región, junto con Brasil. El porcentaje de su población que vivía por debajo de la línea de la pobreza ha caído de un 44% en 2006 a un 31,3% en 2010. Pese a ello, los mercados temblaron cuando Ollanta Humala ganó las presidenciales en junio pasado. Militar, responsable de un alzamiento contra Fujimori en 2000 y con un pasado en la izquierda más radical, la llegada de Humala a la presidencia peruana fue recibida con recelo: las bolsas sufrieron un batacazo histórico al día siguiente de su elección. Humala, no obstante, ha subrayado su interés por mantener una política económica ortodoxa y, a dos meses de haber asumido el poder, los temores parecen haber sido "infundados". Así opina Rafael Roncagliolo (Lima, 1944), ministro de Relaciones Exteriores del nuevo Gobierno. España es el primer país europeo que visita, como parte de una gira en la que también viajará a Francia, Bélgica y Alemania. El canciller se ha reunido con su homóloga española, Trinidad Jiménez, y con el líder de la oposición y candidato a las elecciones generales del 20 de noviembre, Mariano Rajoy.

Pregunta. ¿Qué espera Perú de España?

Respuesta. Es el principal inversor en Perú. Nos ha apoyado muchísimo en nuestras relaciones con la Unión Europea. Además, los peruanos en este país [casi 124.000, la segunda comunidad más numerosa en el extranjero después de EE UU] reciben un trato mejor que en otros países.

P. Perú mantiene una disputa limítrofe sobre 35.000kilómetros de área marítima fronteriza con Chile, y el Gobierno del expresidente Alan García llevó el caso a la Corte Internacional de La Haya en2009. La elección de Ollanta Humala causó un cierto recelo en Chile debido al pasado radical del presidente. ¿Había fundamento para esos temores?

R. De ninguna manera. Las relaciones con Chile son muy cordiales. Cierto, tenemos un diferendo, pero ambos países están de acuerdo con que acatarán la sentencia de la corte. Somos países civilizados y resolvemos nuestras diferencias como lo hacen los países civilizados. Chile, de hecho, es uno de los primeros países que el presidente visitó después de ganar las elecciones. Mantenemos relaciones francas y cordiales.

P. Hace unos días que el presidente Humala despidió a 30 generales de la policía, entre ellos a los encargados de la estrategia antidrogas del país. Perú superó en 2010 a Colombia como el mayor productor de cocaína en el mundo.

R. Depende de la metodología, en algunos casos somos primeros, en otros el segundo.

P. ¿Cuál es su estrategia contra el narcotráfico?

R. Es una de las prioridades del Gobierno, y no solo implica los problemas que acarrea la producción de drogas y el consumo, sino los que causa el tráfico y el crimen organizado, que en algunos países amenaza al Estado. Nos preocupa mucho el problema y tenemos claro que requiere de una respuesta multilateral. No es un problema de cada país, es un tema regional. Hasta ahora se trataba de un problema que cada país negociaba con Estados Unidos.

P. ¿Eso ha cambiado?

R. Nadie en América Latina considera que la estrategia antidrogas de Estados Unidos es exitosa.

P. ¿América Latina ha vencido a sus fantasmas? ¿El tiempo de las dictaduras y las convulsiones sociales ha quedado atrás?

R. No estamos vacunados, pero la probabilidad de volver atrás es cada día menor. El reto está en conseguir que la democracia produzca un reparto más equitativo de la riqueza. Hace 30 años solamente cuatro países de la región no eran gobernados por dictaduras militares. Esa historia quedó atrás.

P. ¿Solamente había cuatro países democráticos?

R. Dije Gobiernos militares no democráticos [risas]. Me refería México, Costa Rica, Colombia y Venezuela. Costa Rica no tiene un ejército, así que ahí es imposible. México tenía su particularidad: no era un Gobierno militar pero tampoco era democrático. Así que solamente Colombia y Venezuela eran democracias. Eso era América Latina en 1978.

P. ¿Esta nueva etapa ha repercutido en sus habitantes? Por ejemplo, en el caso de Perú, ¿el crecimiento económico sostenido de los últimos 10 años ha disminuido el flujo de emigrantes peruanos?

R. Definitivamente. Ha disminuido muchísimo la aspiración a emigrar. Estamos en condiciones para no ser devastados por la crisis económicas, hemos seguido una política para fortalecer el comercio intrarregional. Somos parte de un renacimiento de América Latina que ya no se guía por consenso de Washington.

P. Se ha hablado de un renacimiento también de la izquierda latinoamericana con dos corrientes muy definidas en la región: el bloque bolivariano liderado por la Venezuela de Hugo Chávez y la izquierda pragmática del expresidente brasileño Luiz Inácio Lula da Silva. ¿Con cuál se identifica el presidente Humala?

R. Hay valores compartidos, pero la política del presidente Humala es particular. Hay coincidencias, como la reducción de la desigualdad. América Latina no es la región más pobre del mundo, pero sí la más desigual. Hemos conquistado la democracia electoral, ahora falta consolidar un desarrollo social acorde con ella.

P. ¿Cuál es la relación primordial para Perú?

R. Hay algunas con mayor peso histórico y otras que han emergido en los últimos años. China, por ejemplo, ha pasado a ser el principal comprador de las exportaciones peruanas. Los países asiáticos, principalmente China; la Unión Europea, donde España ocupa un sitio privilegiado; las relaciones regionales, donde tenemos una política regional a través de organismos como la Comunidad Andina o Unasur, y Estados Unidos.

P. No menciona a EE UU en los primeros sitios.

R. Está en los cinco más importantes, pero ya no es el primordial. Antes era el 90%, como en todos los países de América Latina y eso ha cambiado mucho en muy poco tiempo. Ahora es una región de progreso. Ahora se negocia en todos los niveles y las relaciones exteriores son un foro multilateral.

P. ¿Qué falta para consolidar ese progreso?

R. Que ese crecimiento beneficie a todos. Y todos significa todos

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