Ficha Corrida

18/12/2014

Graças ao poder de Gilmar Mendes, Maluf é quase um perseguido político

Filed under: Ficha Limpa,Ficha Suja,Gilmar IDP Mendes,Gilmar Mendes,Maluf,Malufar,Paulo Salim Maluf — Gilmar Crestani @ 9:04 am
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malufar

Em mais uma oportunidade Gilmar Mendes prova que ainda detém muito poder. Graças ao seu poder de persuasão, via IDP, do Silenciador Geral de FHC, o político brasileiro mais condenado no exterior devido à longa ficha de serviços prestados à lavagem de dinheiro, pode-se considerar um perseguido político. O Santiago, ainda nos anos 80, já havia cunhado a expressão malufar com o significado de desonestidade, falcatrua e outros adjetivos similares. Estava errado. Com a decisão do TSE o Papa Francisco ainda será constrangido a beatifica-lo.

Seria interessante uma comparação entre José Genoíno e Paulo Salim Maluf, a ser escrita com direito à citação ao domínio do fato…

Maluf é ficha-limpa e pode assumir mandato, diz TSE

Com nova formação, corte derruba decisão e libera registro de deputado

Pepista foi condenado pelo superfaturamento de obras do túnel Ayrton Senna quando foi prefeito de São Paulo

SEVERINO MOTTA, DE BRASÍLIA, para a FOLHA

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) acatou nesta quarta-feira (17) um recurso da defesa do deputado Paulo Maluf (PP-SP) e deferiu seu registro de candidatura. Com isso, ele será diplomado e assumirá um novo mandato a partir do ano que vem.

"Na minha vida pública sempre confiei, confio e continuarei confiando na Justiça Brasileira", afirmou Maluf após a decisão.

Como foi o deputado mais votado em sua coligação (escolhido por 250 mil eleitores), a validação de seus votos deve alterar a composição da Câmara, já que a lista de eleitos havia sido feita sem eles.

A reviravolta no TSE ocorreu devido a alteração na composição da corte. Na votação em que Maluf foi barrado com base na Lei da Ficha Limpa, em setembro, por 4 votos a 3, a corte contava com o ministro Admar Gonzaga.

Nesta quarta, Admar estava em viagem oficial e em seu lugar participou do julgamento o ministro Tarcísio Vieira, que votou a favor de Maluf e virou o placar para 4 a 3.

A troca fez com que o presidente do TSE, Dias Toffoli, e os ministros Gilmar Mendes e João Otávio Noronha, que haviam criticado duramente os ministros que barraram Maluf em setembro, passassem da posição de votos vencidos para vencedores.

Em setembro, Maluf foi considerado ficha-suja devido à sua condenação por improbidade administrativa relativa ao superfaturamento das obras do túnel Ayrton Senna quando foi prefeito de São Paulo (1993-1996).

Mas, para ser barrado com base na Ficha Limpa, a condenação tem que ser dolosa, quando há intenção de cometer o crime. E a condenação de Maluf no Tribunal de Justiça de São Paulo não afirma que os atos foram dolosos.

Para enquadrar Maluf na Ficha Limpa, a maioria do TSE havia entendido que não seria possível que o parlamentar tivesse participado do esquema sem querer.

Na ocasião, votaram para barrar Maluf a relatora do caso, ministra Luciana Lóssio, Admar Gonzaga, Maria Thereza de Assis e Luiz Fux.

Naquela sessão, Toffoli e Gilmar disseram que a corte eleitoral estava extrapolando suas atribuições, uma vez que estaria qualificando criminalmente a conduta de Maluf.

Nesta quarta, Tarcísio repetiu Toffoli e Gilmar. Por isso, acolheu o recurso e formou maioria a favor de Maluf.

28/09/2014

Qual é a misteriosa alquimia de Alckmin?

Respondo: só pode ser a água da SABESP que seus eleitores estão bebendo. Quando descobrirem o que Alckmin estiver botando na água do volume morto aí saberemos porque os paulistas são tão conservadores. E não é só a geração atual. Há um rosário de maus elementos que vicejaram graças aos paulistas: Ademar de Barros, Jânio Quadros, Orestes Quércia, FHC, Paulo Maluf, Celso Pitta, José Serra, Geraldo Alckmin.

Qual é a misteriosa alquimia de Alckmin?

Os problemas que São Paulo enfrenta de nada abalam a força política do candidato à reeleição

Juan Arias 26 SEP 2014 – 21:28 BRT

Há quem se pergunte qual é a alquimia usada pelo candidato a governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), para que nada nem ninguém seja capaz de evitar que seja eleito até mesmo no primeiro turno, com 51% dos votos. Seria seu quarto mandato como governador.

E não é que não tenha concorrentes de peso, como Paulo Skaf (PMDB), que aparece com somente 22% das intenções de voto, presidente licenciado da poderosa Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e que figura entre os 60 empresários mais importantes do Brasil; ou como Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde que foi escolhido como candidato do partido do Governo, (PT) pelo ex-presidente Lula.

Três vezes governador do Estado que ostenta 30% do PIB do Brasil, com uma população de mais de 40 milhões, Alckmin parece ter um mistério relacionado com a antiga alquimia da qual, ao que parece, vem seu nome de família.

Em eleições duras e complexas como as que vive o Brasil, o tranquilo governador de São Paulo, circundado de problemas por todos os lados, alguns de grande peso como o caótico e desumano trânsito urbano e uma violência que impede a população de sair tranquila à rua por medo de ser assaltada e sequestrada, o candidato a governador parece caminhar sobre as águas de um lago sem que nada nem ninguém o faça cair nas pesquisas.

A grave situação do Estado de São Paulo faria pensar em uma reeleição, senão impossível, pelo menos difícil para aquele que por três vezes já foi governador.

Foi neste Estado que, no ano passado, estouraram os protestos de rua. E foram nesses protestos que a truculência da Polícia Militar com os manifestantes fez com que eles se estendessem por todo o país.

É em São Paulo que a situação das prisões de segurança máxima é tão grave que o PCC (Primeiro Comando da Capital) colocou a cidade de joelhos várias vezes, com suas ordens vindas da cadeia. E é esse o Estado que vive uma trágica possibilidade de ficar sem água pelo nível baixíssimo de suas reservas, ao que parece por graves falhas de planejamento e gestão.

Nem sequer sua suposta filiação ou simpatia pela Opus Dei, uma das instituições religiosas católicas mais conservadores, nem as supostas acusações de estar envolvido no último escândalo de corrupção do Caso Alstom, na construção do metrô, conseguiram diminuir a força eleitoral de Alckmin.

mais informações

Em minha passagem por São Paulo, perguntei várias vezes para pessoas de diferentes extratos sociais qual é o segredo do inquebrável governador, a quem nada parece ser capaz de balançar. E as respostas não foram claras. Alguns dizem que ainda não apareceu nada melhor; que é uma pessoa séria, que realizou coisas concretas no Estado, que não perde a calma; que é um bom trabalhador. Nada muito além disso.

Nada, entretanto, que faça pensar em uma grande personalidade, como foi Lula, que fazia com que fosse seguido quase magneticamente. Alckmin foi comparado até mesmo com um dos vegetais mais insossos do Brasil, o chuchu, que para ter algum gosto precisa ser temperado com especiarias.

Nem sequer suas origens e formação explicariam esse “carisma sem carisma” do governador: nasceu em uma cidade sem brilho do Estado de São Paulo, que eu mesmo não consigo pronunciar sem gaguejar: Pindamonhangaba.

É médico anestesista, mas desde os 20 anos se dedica à política. Foi fundador, junto a personagens de grande importância como o sociólogo e ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso e o economista José Serra, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Quem se atreveu um dia a se aprofundar no misterioso caráter do personagem Alckmin, blindado de todas as adversidades e todos os embates, foi o ex-ministro do PT e atual governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro. Genro apelidou Alckmin, uma vez, de “manso amestrado para ser agressivo”; uma espécie de cachorro pit-bull, que ao mesmo tempo parece “frio e de cera” e que pertence a uma certa “aristocracia paulistana indiferente ao Brasil”.

O certo, entretanto, é que no Estado de São Paulo, essa aristocracia, se existe de verdade, é minoria. Também convivem nele imensas massas de simples trabalhadores originários de cerca de cem nacionalidades diferentes, muitas vezes amontoadas em favelas que controlam milhões de votos e uma classe média difícil de lidar e enganar.

Ao lembrar que a origem do nome de família de Alckmin é desconhecida, que poderia vir do aramaico, onde significa o “químico”, se diz que seu nome significa “alquimia”, que poderia vir da palavra árabe ‘alkimya’.

E a alquimia, desde a antiguidade, é identificada não somente com o sonho de transformar os metais em ouro, mas também com a busca da pedra filosofal e de um certo misticismo capaz de transformar a ignorância em sabedoria.

O mistério da incrível sobrevivência política de Alckmin estaria relacionado com a magia da alquimia?

Na busca dessa espécie de milagre eleitoral de Alckmin, contra quem nem a força de Lula adiantou, que se esforçou para destronar o candidato do PSDB para colocar à frente do Estado mais numeroso, mais rico e influente do Brasil, seu favorito, Padilha, outro médico, como governador, existe até quem chegou a usar o humor: como Alckmin é anestesista de profissão, talvez tenha sido capaz, dizem, de anestesiar os 51% da população que podem mantê-lo outros quatro anos no poder.

Alckmin terá conseguido, na verdade, descobrir a verdadeira pedra filosofal política sem que os outros candidatos tenham percebido?

O que os sérios e trabalhadores cidadãos de São Paulo, um macro-cosmo altamente plural, veem no personagem Alckmin para que, aparentemente sem grande brilho, acabe convencendo se nem sequer esforçar-se muito?

Dizem que Alckmin é religioso. O que ele não deixará de ser é objeto da “santa inveja” por parte de candidatos com muito mais personalidade que ele, que sofrem e lutam hoje para conseguir subir alguns décimos no termômetro de seus apoios eleitorais enquanto o paulistano está quebrando sem grandes esforços esse termômetro do sucesso com seus 51 graus de febre eleitoral.

Qual é a misteriosa alquimia de Alckmin? | Opinião | Edição Brasil no EL PAÍS

05/06/2013

Maluf e Dantas preferem a Justiça brasileira

Filed under: Daniel Dantas,Malufar,Paulo Salim Maluf,PGR — Gilmar Crestani @ 8:18 am
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E por aí se explica a longevidade de um Gilmar Mendes, a lógica de quem o indicou, e repentino sucesso de Joaquim Barbosa nos meio mafiomidiáticos… Eis aí também uma boa razão para a PEC 37…

Maluf e Dantas preferem a Justiça brasileira

O vídeo saiu do ar, mas o texto está lá: “o cara tem um trânsito ferrado !”

Saiu na Folha (*)

Maluf critica Jersey e elogia ‘isenção’ da Justiça brasileira


FLÁVIO FERREIRA
DE SÃO PAULO
Alvo de uma condenação da Ilha de Jersey que determina o ressarcimento de R$ 60 milhões aos cofres da cidade de São Paulo, o ex-prefeito Paulo Maluf (PP-SP) criticou a Justiça do paraíso fiscal britânico dizendo que no Brasil cumprem-se as premissas republicanas de isenção e direito à ampla defesa.
“A diferença entre a Justiça brasileira e a de outros países é que no Brasil cumpre-se a lei e a Constituição, assegurando-se a todos o amplo direito de defesa. A Justiça brasileira é isenta e não julga sob pressão de ninguém”, diz a nota de sua assessoria.
Jersey rejeita pedido de operador que cobra dívida de Maluf
Diferentemente da ilha britânica, que em menos de quatro anos proferiu a sentença do caso Maluf, a Justiça brasileira abriga há dez anos ação de improbidade sobre o mesmo assunto –e ela ainda não saiu da fase inicial.

Navalha

Dentre brasileiros ilustres, Daniel Dantas também prefere a Justiça brasileira.

Clique aqui para ler “Estado Democrático do Dinheiro. Daniel Dantas na WicKepedia”

Mas, para a Justiça Britânica, Dantas é um mentiroso, é um falsificador de fichas bancárias:

“Dantas manipula a Justiça no Brasil. Na Inglaterra, não”

Leia aqui a visita que o ansioso blogueiro fez ao Tribunal (inglês !!!) que condenou Dantas:

“O papel do Supremo. O mensalão e Dantas”

Vitórias de Dantas nas instâncias superiores do Brasil chegam a provocar reações na própria Justiça do Brasil:

Habeas Corpus concedido a Humberto Braz

(…)

O habeas corpus concedido por Eros Grau em 12 de agosto a Humberto Braz, acusado de ser emissário de Daniel Dantas em tentativa de suborno para livrar a ele e à sua família das investigações, provocou protestos do ministro Joaquim Barbosa,36 que chegou a interpelar o ministro Eros Grau durante o cafezinho, chamando-o de “burro” e de “velho caquético”: “Como é que você solta um cidadão que apareceu no “Jornal Nacional” oferecendo suborno?”. (…) “Isso penso eu e digo porque tenho coragem. Mas os outros ministros também pensam assim, mas não têm coragem de falar. E também é assim que pensa a imprensa”. (…) “O senhor é burro, não sabe nada. Deveria voltar aos bancos e estudar mais”. O ministro Eros Grau apenas respondeu: “O senhor deveria pensar bem no que está falando”, esclarecendo também que não havia julgado o mérito da ação penal, mas tão-somente analisado a presença ou não dos requisitos para manter a prisão preventiva de Humberto Braz.37 38 Ao que o ministro Joaquim Barbosa retrucou: “a decisão foi contra o povo brasileiro”.39 Esse quid pro quo no Judiciário brasileiro foi noticiado pela BBC News, que qualificou alguns episódios de “bizarros”:

Daniel Dantas já havia declarado à revista Veja: “Que cumpram comigo o que foi tratado. Eu não afundo só. Se eu descer, levo junto PFL, PSDB e PT” .

E não se pode menosprezar o histórico depoimento de um funcionário de Dantas que diz, segundo o jornal nacional, na cobertura da Satiagraha (jornal nacional, amigo navegante !): nas instâncias inferiores ele não está nem aí, mas lá em cima ele, Dantas, tem “um trânsito ferrado” !

(A propósito, leia “a assinatura da mulher do Gurgel é o ‘xis’do problema – até tu, Toffoli?”.)

Note, amigo navegante, que o vídeo do jornal nacional não está mais disponível.

Por algum mistério insondável, saiu do ar.

Mas, não tem importância.

Além do registro indelével da Operação Satiagraha, que, breve, será legitimada pelo presidente Barbosa, a transcrição fala por si própria:

Justiça aceita denúncia por corrupção contra Daniel Dantas

16/07/08 – 17h30 – Atualizado em 16/07/08 – 21h40

O banqueiro foi acusado de tentar subornar um delegado da PF. A denúncia foi aceita pelo juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal.

A Justiça Federal aceitou nesta quarta-feira (16) denúncia do Ministério Público Federal por corrupção ativa contra o banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity. Ele passa a ser réu no processo que o acusa de tentativa de suborno a um delegado da Polícia Federal para que seu nome fosse retirado das investigações da Operação Satiagraha.

A denúncia foi aceita pelo juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal, que determinou por duas vezes a prisão do banqueiro, solto nas duas ocasiões por meio de habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Também serão processados o ex-diretor da Brasil Telecom Humberto Braz e Hugo Chicaroni, que teriam oferecido propina de US$ 1 milhão ao delegado, segundo a acusação.

O juiz De Sanctis designou as datas do primeiro interrogatório dos denunciados. Hugo Chicaroni será ouvido no dia 5 de agosto, às 13h. Humberto Braz falará ao juiz no dia 6 de agosto, no mesmo horário. No dia 7, será a vez do depoimento de Dantas, também às 13h. Os depoimentos ocorreram na 6ª Vara Criminal Federal.

Hugo Chicaroni e Humberto Braz são os únicos presos em razão da operação que seguem detidos. Na casa de Chicaroni, a PF encontrou mais de R$ 1 milhão em dinheiro.

Escutas

Gravações de conversas telefônicas feitas pela PF com autorização judicial mostram a ação de Hugo Chicaroni e Humbero Braz na tentativa de livrar o banqueiro Daniel Dantas das acusações de crimes financeiros e de lavagem de dinheiro.

Em uma das gravações, Hugo comentou com o delegado sobre o papel de Humberto nos negócios do banqueiro Dantas.

Hugo Chicarroni: – O Humberto, que ‘tá’ te ligando, marcou pra jantar pra amanhã. É um tremendo cara.

Delegado: – É mesmo?

Hugo Chicarroni: – E ele, assim, ele não está atuando dentro do banco. Ele fica mais fora do que dentro. Ele veio pra arrumar a casa. O patrão chegou pra ele falou [inaudível] você tem 500 mil dólares pra tratar desse assunto. E em outro trecho:

Hugo Chicaroni: – Hoje ele é o braço direito do Daniel.

Delegado: – E ele é de confiança mesmo?

Hugo Chicaroni: – Pode ficar sossegado.

Em São Paulo, Hugo Chicaroni e Humberto Braz tentaram manipular a investigação, segundo a polícia. As gravações indicam que o objetivo seria deixar de fora o banqueiro Daniel Dantas e parentes dele.

Hugo Chicaroni: – A história de só livrar três tá bom, tá ótimo.

Delegado: – Isso é importante, porque quanto menos puder… Precisa saber exatamente o que é. Não dá pra fazer milagre.

Hugo Chicaroni: – São as pessoas que trabalham com ele até onde eu sei. É o Daniel, a irmã e o filho…

Justiça Federal de SP

As interceptações mostram ainda que, segundo Chicaroni, o banqueiro estava preocupado com a Justiça Federal em São Paulo, onde corre a investigação contra ele por crimes financeiros e lavagem de dinheiro.

Hugo Chicaroni: – Ele se preocupa com hoje, com hoje. Lá pra cima, o que vai acontecer lá… Ele não tá nem aí. Porque ele resolve.

Delegado: – Tá tudo controlado.

Hugo Chicaroni: – Ele resolve. STJ e STF… ele resolve. O cara tem trânsito político ferrado.

Hugo Chicaroni se refere ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF), as mais altas cortes do judiciário brasileiro.

As conversas também falam em propina. Hugo transmite ao delegado a oferta de suborno proposta, segundo ele, por Daniel Dantas e oferecida por Humberto Braz, assessor do banqueiro.

Hugo Chicaroni: – Ele falou: “Eu tenho 500 mil para tratar desse assunto”.

Delegado: – 500 mil?

Hugo Chicaroni: – É, 500 mil dólares.

Segundo a investigação, do dinheiro mandado por Humberto Braz, parte foi paga 20 dias antes da operação policial que levou os envolvidos para a cadeia, como mostra uma gravação feita na frente do prédio em que mora Hugo Chicaroni.

Hugo Chicaroni: – Tá na mão.

Delegado: – Então tá certo, não vamos nem conferir.

Hugo Chicaroni – Não. Eu não conferi. Esses pacotinhos ele me entregou em sacos de supermercado. Eu só pus dentro de uma outra sacola e botei aqui.

Delegado: – Quantos pacotes tem?

Hugo Chicaroni: – São cinqüenta… Dá dez pacotes.


US$ 1 milhão

Além do pagamento em parcelas, o valor do suborno dobrou de US$ 500 mil para US$ 1 milhão. É o que apontam as gravações no segundo encontro em São Paulo entre os dois homens que diziam representar o banqueiro Daniel Dantas e o delegado federal.

Foi nessa segunda conversa também que o delegado Victor Hugo Rodrigues Alves apresentou documentos sobre o o banqueiro. Fotos e fichas cadastrais de Dantas foram mostradas durante um almoço em que o assunto era propina.

As filmagens mostram o exato momento em que Humberto Braz troca de lugar com Hugo Chicaroni para analisar melhor os documentos.

Delegado:

– Pode ver com calma que eu não vou poder deixar com vocês esses documentos. Tem sonegação, tem lavagem, tem evasão de divisa, tem outros crimes contra o centro financeiro, gestão fraudulenta. São vários crimes. Uma investigação dessas sempre começa pequena e cresce.

Logo em seguida, o assunto passa a ser propina. Hugo Chicaroni fala em US$ 1 milhão.

Hugo Chicaroni:

– Já que ele já ofereceu 500 mil, pede 1 milhão de dólares. Pra ele chegar em 700, 800.

Em tempo: outro elo entre os dois ilustres brasileiros – Maluf e Dantas – é o funcionário do Maluf, Paulo Pitta, que já não está mais entre nós. Pitta e Dantas e outro grande brasileiro, Naji Nahas, compartilharam as instalações do PF Hilton.
Em tempo2: clique aqui para assistir a vídeo que entrou para a História da Magistratura Universal: o jornal nacional mostra como Daniel Dantas tenta subornar o agente federal. Este vídeo foi solenemente ignorado por Gilmar Dantas (**), que lhe concedeu – num voto monocrático, no plantão do STF – um segundo HC Canguru, num espaço de 48 horas.
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…

Maluf e Dantas preferem a Justiça brasileira | Conversa Afiada

19/01/2013

Por que Folha só se incomoda quando Maluf apoia Haddad

Deu no Painel, da Folha, mas não é tratado como escândalo. Maluf pode fazer qualquer coisa, inclusive roubar. Só não pode apoiar o PT.

Barba, cabelo e bigode

À frente do Ministério das Cidades e agora no comando dos programas de moradia de Fernando Haddad, o PP, de Paulo Maluf, pressiona Geraldo Alckmin para controlar definitivamente a Secretaria de Habitação no Estado. O ex-governador, que já indicou o presidente do braço operacional da pasta, associa o apoio de seu partido à reeleição do tucano à vaga no primeiro escalão. Argumenta que a sinergia de pepistas nas três esferas turbinaria as parcerias habitacionais até 2014.

Dominado Jesse Ribeiro, secretário-geral do PP em São Paulo, resume a lógica que os malufistas fizeram chegar ao Palácio dos Bandeirantes: "Já temos a Habitação nos governos federal e municipal. Nada mais natural que tenhamos a estadual também".

Calculadora Alckmin teria que desalojar o tucano Silvio Torres, aliado próximo, para acolher o pleito de Maluf. Como sabe dos entraves para construir sólido arco de alianças para 2014, estuda opções de remanejamento no primeiro escalão.

Portfólio Indicado por Maluf para presidir a CDHU, Antonio Carlos do Amaral prepara proposta que injetaria capital privado na construção de conjuntos habitacionais paulistas. O texto é alinhavado com grupo de empresários da construção civil.

19/06/2012

Prag(a)matismo exacerbado

Filed under: Merval Pereira,Paulo Salim Maluf,PT — Gilmar Crestani @ 9:00 am

Na política as escolhas não tem lógica, nem coerência e muito menos ideologia. O Merval Pereira, por exemplo, escolheu ficar ao lado do patrão, aquele que escreveu editorial saudando a chegada da ditadura. Isto não o incomoda. Roberto Marinho & famiglia continuam escrevendo editoriais anti-democráticos. E Merval continua sendo um arlequim de dois patrões. É o mesmo Merval que não recusou o voto de José Sarney para chegar a Academia Brasileira de Letras. Assim como a famiglia Marinho viu na ditadura uma forma de crescer, Merval viu em Sarney uma chance de chegar à ABL. Uma biograia bonsai de Merval foi escrita por seu ex-colega, Paulo Nogueira: Merval, o Imortal.

Agora vamos às razões que levaram Haddad em oPTar pelo apoio do PP de Paulo Maluf. São muitas e todas, pragmaticamente falando, de ordem política.

1) o paulistano gosta de corrupto, não é por outra razão que votavam em Ademar de Barros, Quércia, Paulo Maluf, Celso Pitta, José Serra, FHC, Kassab & Alchmin;

2) os grupos de mídia concentrados em São Paulo são altamente conservadores e adora corruptos. Apoiaram a ditadura, como o Grupo Folha, emprestando carros àquela que ousa, inclusive, chamar de ditabranda. O Estadão não via nenhum problema em ter Pimenta Neves como chefe de Redação até o momento em que assassinou Sandra Gomide. O Grupo Abril, que edita a VEJA, não tem nenhum problema, antes pelo contrário, de manter relações carnais com Carlinhos Cachoeira

3) o povo continua tv dependente. Acredita em tudo o que a tv vende. Não é por outro motivo que continuam acreditando nas papagaiadas da Rede Globo e suas filiadas, incluindo a RBS. Com os 95 segundos do PP o marqueteiro do PT pretende virar o jogo. O PP de São Paulo é o mesmo PP que fez aliança com Manuela D’Ávila em Porto Alegre. Ninguém criticou a empregada da RBS, Ana Amélia Lemos, quando esta defendia o PP de seu padrinho, Pratini de Moraes, durante os programas ditos jornalísticos da RBS. Nem agora quando ela e seu PP se aliam ao PCdoB para a prefeitura de Porto Alegre. Aliás, o PP já é aliado do Governo Federal.

4) Se temos um eleitorado conservador, um grupo de mídia conservador, um mega corrupto do outro lado, sempre inocentado pela justiça, concorrendo com o apoio de todos estes, o que fazer? Bem o PT optou por ganhar um pouco mais de tempo de mídia e o apoio do eleitorado que sempre elegeu Maluf. Serra, que criticou o PR quando este estava no Governo Dilma, fez aliança com eles. Claro. Serra concorre com o PT, não com o PR…

5) Se toda direita e os grupos de mafiomidiáticos está contra a aliança com o PP do Maluf é porque isso os incomoda. Ninguém diria nada se a aliança fosse com José Serra, não é mesmo.

6) o poder judiciário, que sempre inocentou Maluf, de alguma forma avaliza a união. Como diria o pragmatismo rastaquera do Lula, alianças se faz com a oposição que está fora da cadeia, não com a situação. A VEJA fez aliança com Carlinhos Cachoeira enquanto estava solto. Agora que está na prisão, quer se afastar. Nenhum membro do PIG criticou a aliança de Roberto Civita com Carlinhos Cachoeira.

7) Maluf cunhou o verbo malufar e o PT resolveu malufar na frente das crianças, em horário nobre. O resultado disso poderá ser mortal para o PT. Se der certo, será mais um troféu do Lula.

8) se a Globo, Folha, Estadão, Veja, RBS, FHC e Serra são contra, então é um bom sinal de que não é tão ruim assim. Aliás, como declarou o novo “amigo” do PT paulistano, Paulo Maluf: “FHC comprou votos para aprovar reeleição” e disso não só ninguém fala como ainda lhe abrem as portas;

9) A aliança é com o PP de Maluf. Maluf não concorrerá. Então, a presença de Maluf fica apenas para no imaginário.

10) Eu jamais faria aliança como o Maluf. Assim como nunca estaria do mesmo lado da RBS, do Gilmar Mendes, da Revista Veja, da Rede Globo, do Merval. Eu não sou candidato a nada!

Os requintes de crueldade da aliança de Lula e Maluf

Os requintes de crueldade da aliança de Lula e MalufFoto: Divulgação

Colunista do Globo, Merval Pereira, diz que apoio a Haddad não tem nada de inusitado, "a não ser a marcha batida do PT para escancarar seu pragmatismo à medida que Lula se sente acima do bem e do mal"

Merval e Sarney

Os requintes de crueldade da aliança de Lula e Maluf | Brasil 247

07/11/2011

Cidadão honrado alerta contra copa do mundo no Brasil

Filed under: Copa 2014,Paulo Salim Maluf — Gilmar Crestani @ 9:05 am
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By Ramsés II

Amigos da comunidade Hariovaldiana, protegida por São Serapião,

Surge um patriota na teia mundial.

Um bom filho da pátria cumpre seu dever cívico de cidadão do círculo dos homens bons e adverte estrangeiros para os enormes perigos e a total impossibilidade de uma copa do mundo em 2014 nestes tristes trópicos governado pelos cleptos-marxistas do Partido Búlgaro.

Muito antes dessa campanha do honrado e tenaz filho da pátria, o professor-doutor Hariovaldo, PhD., como clarividente que é, antevendo essa problemática sem solução, já havia proposto a transferência desse torneio tão ao gosto do populacho, mas que pode gerar bons lucros aos homens de bens, para Honduras, país conhecido por sua moderna e eficiente infraestrutura, agora governado por gente de bem e benz, depois da derribada do comuno-populista Zelaya.

Como podem os búlgaros, os lullistas, os populistas, os diferenciados, querer fazer competições internacionais??

Quem eles pensam que são?

Sabemos há muito que o Brasil não está preparado para isso, basta verificar o estado de nossos aeroportos e de nossas estradas, excetuando as estradas suíças do estado bandeirante é lógico.

Eles querem nos fazer passar vergonha junto aos estrangeiros, o que vão pensar de nós quando pedirem informações nas ruas em alemão, francês ou inglês ao populacho analfabeto?  O que vão pensar de nós???

Alvíssaras irmãos e proteção dos santos a nossa causa justa!

Cidadão honrado alerta contra copa do mundo no Brasil | Professor Hariovaldo Almeida Prado#more-3533#more-3533

31/10/2011

STF, o libertador

Filed under: Daniel Dantas,Exame da Ordem,Paulo Salim Maluf,Roger Abdelmassih,STF — Gilmar Crestani @ 7:45 pm
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O STF liberou o banqueiro Daniel Dantas, o médico estuprador Roger Abdelmassih, Paulo Salim Maluf. Então, onde está o mérito de ser liberado pelo STF. Para mim, o sentido é outro. Foi liberado pelo STF? Desconfie!

Aval do STF a exame da OAB acirra polêmica

O Estado de S. Paulo – 31/10/2011

Bacharéis veem como "política" decisão do Supremo de considerar a prova constitucional

MARIANA MANDELLI – O Estado de S.Paulo

Apesar da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), na semana passada, de que o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é constitucional, a legitimidade da prova continua provocando polêmica entre advogados, estudantes e entidades do mundo do Direito.

Por unanimidade, os ministros do STF rejeitaram um recurso de um bacharel do Rio Grande do Sul e decidiram pela obrigatoriedade da prova. Hoje, o exame da OAB é a porta de entrada para o mundo profissional dos bacharéis de Direito. Apenas os aprovados no exame obtêm o registro profissional e podem advogar. Ontem ocorreu mais uma edição da prova (mais informações nesta página).

Para a OAB, a decisão do STF era esperada. "Surpresa seria se a decisão fosse no sentido contrário", afirma Edson Cosac Bortolai, presidente da Comissão Permanente de Estágio e Exame de Ordem da OAB-SP. "A prova não é um concurso como outro qualquer – não há número de vagas, quem atingir o mínimo passa e a entidade torce pela aprovação."

O presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, afirma que a imposição de um exame que regulamente o direito de exercer profissões deve crescer no País. "A tendência é essa por conta da expansão dos cursos de ensino superior em carreiras como Direito, Medicina e Engenharia, em que maus profissionais podem causar danos à sociedade", explica. "Há cursos ruins e, por isso, surge a necessidade de que exista uma qualificação para além da universidade. Se existisse exame para outras carreiras, o resultado (baixa aprovação) não seria diferente", afirma.

Apelação. João Volante, autor da ação contra exame da OAB que foi ao STF, afirma que a decisão foi política e que vai apelar para a Organização Internacional do Trabalho (OIT). "Não foi uma decisão à luz da legislação federal e da Constituição. A nossa Carta Maior foi praticamente rasgada pelos ministros", afirma ele. "Vamos esperar decorrer dez dias do julgamento, este que não foi feito no mérito do meu recurso extraordinário, e vamos nos reunir para decidir os próximos passos."

Itacir Flores, secretário-geral do Movimento Nacional dos Bacharéis de Direito, concorda e afirma que a OAB se comporta como o "quarto poder nacional". "Essa decisão é uma injustiça muito grande com 200 mil bacharéis que estão no mercado", disse. "Precisamos achar formas de aproveitar esses profissionais, em alternativas como estágios que valham como registro profissional", sugere.

Dificuldades. A prova da OAB sempre provocou polêmica. A penúltima edição teve recorde de reprovação: 90%. Já a última edição apresentou uma melhora: 14,83% foram aprovados.

Eduardo Sabbag, advogado e professor de cursinhos preparatórios para a OAB, destaca que o principal problema em torno do exame é que não se discute a causa dos baixos índices de aprovação. "O ensino jurídico no Brasil hoje é insuficiente e a causa disso é a mercantilização desse ensino, por conta da proliferação de instituições de baixa qualidade", afirma.

Apesar de concordarem que a prova é indispensável, os professores de cursinhos afirmam que o exame tem aspectos problemáticos. "Além do preço alto da inscrição, de R$ 200, existem outros fatores, como o conteúdo da primeira fase", afirma Alexandre Mazza, advogado e professor da rede de ensino LFG. "As questões têm um grau de complexidade incompatível com o que se pode exigir de quem está saindo da universidade, mesmo que seja uma de primeira linha."

Transparência. Para Mazza, que lida há 12 anos com candidatos do exame da OAB, há pontos discutíveis também na segunda fase da prova. "Essa etapa, que é a peça prático-profissional, não tem uma correção transparente. É revoltante, porque a prova é boa, mas correção é injusta e falta a divulgação dos critérios de atribuição de nota", opina. "Com tudo isso, dificilmente um candidato que acaba de sair da faculdade passa na primeira vez; a média é de três a cinco tentativas até ser aprovado."

Aval do STF a exame da OAB acirra polêmica — Portal ClippingMP

10/10/2011

Para cumprir prisão, está velho, para continuar roub…, não!

Filed under: Corruptores,Paulo Salim Maluf — Gilmar Crestani @ 8:45 am
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"Vou apoiar alguém ou ser candidato", diz Maluf sobre corrida pela Prefeitura de SP

DE SÃO PAULO

"Eu vou apoiar alguém ou ser candidato. Não digo que sou, nem afirmo que não sou", disse o deputado federal Paulo Maluf, em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, durante o programa "É Notícia" (RedeTV!).

Questionado sobre o bordão da campanha de 1998, "Maluf não é santo, mas faz", o político, que é réu em uma ação penal por lavagem de dinheiro, respondeu que "cada um tem os seus pecadinhos". "Mas os meus nunca atrapalharam ninguém", completou.

Veja os melhores momentos da entrevista no vídeo acima.

Folha.com – Videocasts – "Vou apoiar alguém ou ser candidato", diz Maluf sobre corrida pela Prefeitura de SP – 10/10/2011

06/10/2011

SóS à direita

Filed under: FHC,Isto é PSDB!,Paulo Salim Maluf — Gilmar Crestani @ 8:59 am
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E quem diz que cliente morto não fala. O prof. Cardoso deita falação e o Estadão, felação. São só rótulos… Quando FHC diz que é um social-democrata como Maluf, eu concordo.

‘Centro-direita não tem a ver com PSDB’, diz FHC

Ex-presidente esclarece informação publicada pelo ‘Estado’ de que ele havia endossado sugestão de pesquisadora americana

05 de outubro de 2011 | 22h 40

Gabriel Manzano / SÃO PAULO – O Estado de S.Paulo

Veja também:
link ‘PSDB precisa assumir-se como partido de centro-direita’, diz pesquisadora
link FHC apoia opinião de pesquisadora

Direita, esquerda, centro, socialistas ou neoliberais “são apenas rótulos, coisas externas à vida real dos partidos”, e não faz sentido pedir que uma sigla vá para a “centro-direita” ou para a “centro-esquerda”. Essa é a resposta do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à avaliação feita pela acadêmica norte-americana Frances Hagopian, em entrevista ao Estado, segundo a qual o PSDB “devia assumir-se como partido de centro-direita”.

Diferentemente do informado pelo Estado domingo passado, FHC não concorda com Hagopian nesse aspecto político-ideológico, externado por ela em entrevista exclusiva antes de palestra no Centro Ruth Cardoso, em São Paulo.

O que o ex-presidente endossa é a avaliação feita pela especialista americana, durante a palestra, de que os tucanos devem defender os seus feitos do passado: as reformas adotadas no País nos anos 90, as privatizações, a Lei de Responsabilidade Fiscal, que trouxeram a estabilidade política e econômica ao Brasil.

Ainda sobre o aspecto ideológico, o ex-presidente alega que, teorias à parte, “a dinâmica dos partidos no Congresso é bem outra”. “Na prática, há uma base que sustentou o governo Lula, sustentou o meu, e antes dele o governo Sarney”, afirmou FHC. “Concordo com a Hagopian quando diz que o PSDB tem de se diferenciar, assumir o que fez. Mas falar em centro-direita não tem nada a ver com o PSDB nem com outros partidos. Não é por aí.” O ex-presidente lembrou que “até Paulo Maluf já se definiu como social-democrata”.

Que lhe parece a avaliação da americana Frances Hagopian de que o PSDB deveria “assumir-se como de centro-direita?

Acho que ela tem uma contribuição positiva, mas exagera a programatização dos partidos. A tese dela é que os partidos se tornaram mais programáticos e isso permitiu a aprovação das reformas. Quando fala em programatização, tem essa visão de que o PSDB fez aliança com o centro, com a centro-direita. E o PT, que era de esquerda, acabou vindo para a centro-esquerda etc. Isso é uma visão dos rótulos dos partidos. A dinâmica no Congresso é bem outra. Essas caracterizações tipo centro, centro-esquerda, centro-direita, neoliberal, socialista são externas à prática real. O que há é uma base, que sustentou o governo Lula. Que também sustentou a mim, ao Sarney.

‘Centro-direita não tem a ver com PSDB’, diz FHC – politica – politica – Estadão

02/10/2011

Direito de ser punido

Filed under: Paulo Salim Maluf — Gilmar Crestani @ 7:44 am
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Parece que Maluf nunca foi punido quando criança. Na adolescência já batia a carteira do pai. Depois a mão leve foi dar nas burras do erário. O Min. Marco Aurélio Mello já disse que não se bate em ninguém com mais de 70, independentemente de ter roubado milhões que fazem falta na Saúde, Educação e Segurança. Tivesse o pai dele, como diz aquela canção do Língua de Trapo, feito Vasectomia,

“Pois basta uma incizãozinha
A gente não faz mais criancinha”

o STF não precisaria estar se debruçar sobre as cãs do maior “larápio inocente” do Brasil…

Certa vez um amigo confidenciou-me que, na infância, sentira extremamente a falta do pai, que se separara da sua mãe. A ausência foi tão sentida, que ele, tanto quanto com um Papai Noel, sonhava com a presença da autoridade paterna para castigá-lo quando merecesse. Era como que, instintivamente, soubesse do sábio adágio latino: "qui bene amat, bene castigat". 

Pois bem, partindo dessa confidência, fiquei a imaginar que, não só toda criança, como também todo adulto, têm direito à punição, de acordo com o erro, desobediência e ilícito cometidos. Assim sendo, ainda no caso da criança, tem ela o direito de receber umas boas palmadas no bum-bum, quando fizesse malcriações, e de ser reprovada na escola, quando fosse um aluno relapso. Tudo diferentemente do  tratamento dispensado àquelas crianças que apareceram seguidamente na televisão, praticando roubos e ameaçando funcionários de lojas da Avenida Jabaquara, em São Paulo, sendo detidas e conduzidas ao "Conselho Tutelar", onde destruíram livremente móveis, utensílios e documentos, para, em seguida, serem soltas e voltarem novamente à "cena do crime". Tamanho atrevimento jamais seria concebido na China.

Isso não é proteção ao menor, seja ele carente, ou não. Isso é conivência com a impunidade, ou punir mal, e grave omissão na obrigação de educar. Essa história de passar a mão na cabeça, mais tarde acaba na FEBEM, atual Fundação Casa, com motins e rebeliões, segue para as penitenciárias, com o uso de drogas, celulares e, ainda, ordenando delitos na área externa. Finalmente, com benefícios de redução de pena, cumprimento em regimes semi-abertos, ou abertos, saídas para visitas no dia das mães e festas natalinas, tudo retorna à estaca zero.

Entre nós, a tendência predominante é de arranjar desculpas para os erros, racionalizando-os, a fim de amenizar e mesmo relaxar a punição. O pobre, coitado, que nunca teve nada, pode furtar um veículo, sair dirigindo e desfilando na Avenida Paulista, para sentir-se "gente". O rico, que sempre foi mimado, quando lhe cortam as mordomias, pode furtar um veículo, para ir à balada, porque foi "mal acostumado". Ambos deveriam permanecer, como de direito, durante bom tempo dividindo a mesma cela, para refletirem sobre seus comportamentos.

Muitos pais e autoridades não punem seus filhos e suas crianças simplesmente por desleixo, ou negligência. Muitos pais e autoridades não punem seus filhos e suas crianças simplesmente por covardia, com medo de perderem afeto e simpatia. O mesmo ocorre entre adultos, onde os políticos desempenham o papel de pais e autoridades omissos e interesseiros, ora para não perderem votos, ora para ganharem.  

Como as coisas não têm funcionado na base das obrigações, então, seguindo o acentuado modismo, a ordem é convertê-las em direitos, sem incorrer em nenhuma heresia. Juridicamente falando, se a cada obrigação corresponde um direito, a cada direito corresponde uma obrigação. O meu amigo, que na infância não usufruiu do direito de ser punido, ainda disse-me que, diante da enorme falta do comando paternal, teria bons motivos para, como adulto, seguir o caminho da rebeldia. Porém, fazendo o que poucos conseguem fazer, transformou aquela falta em alavanca para tornar-se um zeloso e bem sucedido pai, sem abrir mão do rigor necessário.

A proposta objetiva o reconhecimento e a normatização do direito de ser punido, que toda criança infratora e desobediente tem, aplicando-se igual princípio ao maior de 16 anos de idade, marginal e delinqüente, sem exageros, mas, sem piedade, na dose exata. O choro, em qualquer idade, nunca causou a morte de um ser humano. Seria curioso ver a realização de marchas pedindo respeito a esse direito, assim como políticos, dedo indicador em riste, aos berros, denunciando, das suas tribunas, violações ao mesmo direito !

Entre outras, constituiriam violações ao inalienável direito de ser punido: (1) a não divulgação de imagens fotográficas na imprensa, nítidas e de frente, dos infratores maiores, mormente quando presos em flagrante. Aos menores de 16 anos, assegurada a reeducação em reformatórios, esta regalia ficaria vedada, até completarem a maioridade penal. (2) A não exposição à execração pública de estupradores e pedófilos. (3) A ausência de, pelo menos, três representantes de famílias de vítimas de assassinato, na composição do júri popular, para julgamento de autores de homicídios dolosos.

Sobre o autor deste artigo: Romeu Prisco – São Paulo Paulistano, advogado e ator, dedica-se, atualmente, à arte de escrever artigos, crônicas, contos e poemas, publicados em espaços literários e jornalísticos, impressos e virtuais. Define-se como um sonhador, que ainda acredita nos seus sonhos.

Direito de ser punido | Direto da Redação – 10 anos

30/09/2011

Será que desta feita vai?

Filed under: Paulo Salim Maluf,STF — Gilmar Crestani @ 7:32 am

Até hoje, graças ao STF, Paulo Salim Maluf não passa de um anjo molestado. Afinal, tanto se disse mas nunca foi condenado. Por aí também se vê porque o STF não gosta do CNJ. Odeia produtividade e eficácia. Se Maluf continuar o “inocente” que tem sido aos olhos do STF, o melhor será indicá-lo ministro do egrégio. Afinal, ninguém parece conhecer aquela casa melhor e há mais tempo…

STF aceita denúncia e Paulo Maluf e família viram réus por lavagem de dinheiro

Publicada em 29/09/2011 às 20h01m

Evandro Éboli (eboli@bsb.oglobo.com.br)Valor Online

O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) durante posse na Câmara dos Deputados - Foto: André Coelho/O Globo

BRASÍLIA – Por sete votos a um, o Supremo Tribunal Federal (STF) acompanhou nesta quinta-feira o voto do relator do processo, Ricardo Lewandowski, e decidiu pelo recebimento da denúncia contra o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) e seus familiares por crime de lavagem de dinheiro. Dessa maneira, o parlamentar passa a ser réu na ação penal. No entanto, a acusação por formação de quadrilha foi rejeitada.

FICHA : Maluf já responde por três ações penais no STF

CURRÍCULO : Paulo Maluf, 80: um dicionário de malfeitos

O relator não aceitou a acusação contra Maluf e sua esposa, Silvia, na denúncia do Ministério Público por formação de quadrilha, por questão da idade. O casal tem mais de 70 anos. Ainda não se iniciou a votação pelos outros ministros.

O inquérito que investiga supostos crimes que teriam sido cometidos por Maluf e por seus familiares envolve mais de US$ 1 bilhão que teriam sido desviados para o exterior. A constatação desse valor foi feita pelo próprio ministro Lewandowski, relator do processo.

– Nessa ação, o prejuízo ao erário chega a quase US$ 1 bilhão – disse Lewandowski.

– A família Maluf movimentou no exterior quantia superior a US$ 900 milhões. Esse valor é superior ao PIB de alguns países como Guiné-Bissau, Granada, Comores, Dominica e São Tomé e Príncipe – continuou o ministro.

" Nessa ação, o prejuízo ao erário chega a quase US$ 1 bilhão "


Lewandowski negou a tese apresentada pela defesa de Maluf de que, quando ele era prefeito, entre 1993 e 1996, ainda não havia legislação de lavagem de dinheiro e, portanto, ele não poderia ser processado por isso. A Lei de Lavagem só foi aprovada em 1998. Mas, para o ministro, "a lavagem de capitais configura crime de natureza permanente".

– Enquanto os bens continuarem escondidos a consumação do delito permanece – disse.

O relator afirmou ainda que foram encontrados recursos de Maluf e de seus familiares em diversos países.

– Os indícios apontam para US$ 200 milhões apenas em Jersey. Estima-se que só na Suíça a família Maluf movimentou nada menos do que US$ 446 milhões. Na Inglaterra, há indícios de movimentação de US$ 145 milhões nas contas da família Maluf.

" Esse valor é superior ao PIB de alguns países como Guiné-Bissau, Granada, Comores, Dominica e São Tomé e Príncipe "


Outro fato que chamou a atenção do ministro foi a presença de mais de uma dezena de empresas off shore no processo. Lewandowski está concluindo o seu voto para, depois, os demais ministros do STF se manifestarem a respeito das acusações. Eles podem arquivar o caso ou determinar a abertura de ação contra Maluf.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, defendeu a abertura de ação penal contra Maluf para apurar crimes de formação de quadrilha e de remessa de dinheiro para o exterior.

Segundo Gurgel, apenas a construção da avenida Águas Espraiadas, em São Paulo, teve "o custo absurdo" de R$ 796 milhões ou US$ 600 milhões.

– Essa obra foi uma das primeiras fontes utilizadas na lavagem de dinheiro – argumentou o procurador-geral.

Gurgel ressaltou que Maluf e os outros denunciados associaram-se, desde 93, quando ele assumiu a Prefeitura de São Paulo, "de forma estável e permanente com o propósito de cometer crimes de lavagem de ativos". Além do deputado, são investigados seus parentes, como seu filho Flávio e sua mulher, Sílvia.

STF aceita denúncia e Paulo Maluf e família viram réus por lavagem de dinheiro – O Globo

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