Conheça um dos herói dos coxinhas. Esse público que vocifera contra a concorrência na corrupção. Fernando Francischini, que também já foi pego na Operação Lava Jato, mas como não é petista não ganha manchete nos a$$oCIAdos do Instituto Millenium. Espécie de porta-voz oficioso dos vazamentos, esqueceu de mencionar a si mesmo, o valentão de arma na mão. Por que será que o pior dentre os ruins é sempre o primeiro a assacar contra a honestidade alheia? No Brasil recente, o caso mais emblemático foi Demóstenes Torres, o moralista sempre de dedo em riste que se revelou pior que suas vítimas. Demóstenes Torres, Gilmar Mendes, Carlinhos Cachoeira, Policarpo Jr., Álvaro Dias, Fernando Francischini, zelosos da moralidade alheia, são frutos de um mesmo sistema que não admite concorrência.
A bancada da bala não me abala. São os maiores fornecedores de armas aos criminosos. Afinal, toda vez que há um assalto, as armas levadas vão armando ainda mais a bandidagem. E quem lucra com isso são as fábricas de armas e os que vivem às suas expensas. Quem diz isso são as estatísticas e a própria polícia. A morte do surfista Ricardo dos Santos na praia da Pinheira/Embaú, em Santa Catarina é prova cabal de que, não houvesse armas em mãos, mesmo que de policial, não teria havido assassinato. Infelizmente, no Brasil quem deveria proteger são exatamente os que mais matam. É a cultura da morte dos outros.
Francischini foi, durante a última campanha eleitoral, o cabo eleitoral, no Paraná, do pior senador da república no ranking da Veja. Esses são os heróis da mídia venal. Só continuam acreditando nesse tipo de gente os mal informados e os mal intencionados. Tanto mais combatem os que ousam disputar com eles espaço na corrupção, mais espaço ganha dos que cresceram com a corrupção. “Negócio é negócio”, dizia um dos capos da máfia, no livro do Mario Puso, depois de uma chacina de membros do baixo clero com pretensão à rodo dos Capo di tutti i capi…
Revela-se agora que tudo o que ele aprendeu na vida, e que condena nos outros, passou para o filho. E como a fruta, podre, nunca cai longe do pé, estes também já produzem frutos típicos da árvore. Claro, longe dos holofotes dos grupos mafiomidiáticos.
Depois do Banestado, do Alberto Youssef, do Fernando Francischini, do Álvaro Dias, da Operação Lava Jato, por que não me surpreendo mais com o Paraná?!
A foto abaixo mostra o pistoleiro Fernando Francischini enfrentando de peito aberto, mas bem armado, um… microfone! O que impressiona, na foto, é a destreza com que segura o microfone. Anus de experiência.
Secretário de Segurança do Paraná ostenta arma na cintura em programa de TV
Secretário de Segurança Pública do Paraná, deputado Fernando Francischini (SD), que recebeu verba de indústria de armas em campanha eleitoral, deu entrevista à TV Tribuna com um saliente revólver na cintura
por Helena Sthephanowitz publicado 23/01/2015 17:42
Secretário de Segurança Pública do Paraná, deputado Fernando Francischini (SD), que recebeu verba de indústria de armas em campanha eleitoral, deu entrevista à TV Tribuna com um saliente revólver na cintura

Secretário responde questões ao vivo em programa da TV Tribuna portanto arma de fogo
No estilo do velho oeste, o secretário de Segurança Pública do Paraná, deputado Fernando Francischini (SD), deu entrevista à TV Tribuna com um saliente revólver na cintura, dando péssimo exemplo jogando contra campanhas de desarmamento para reduzir crimes violentos e letais nas ruas.
Nem o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) chegou a este ponto. Seu filho, Eduardo Bolsonaro, também deputado, foi armado a uma manifestação com pessoas que pediam a ditadura militar, mas o revólver estava em baixo da camisa, pelo menos.
Nesta semana mesmo, um policial de Santa Catarina alcoolizado discutiu com um surfista desarmado e o matou com dois tiros. Um tragédia decorrente de abuso e irresponsabilidade no porte de arma.
Apesar de policiais poderem andar armados em várias situações – e Francischini é delegado licenciado da Polícia Federal –, nada justifica a ostentação do revólver em um estúdio de TV cercado de toda a segurança e exibido para o grande público, inclusive para crianças, às 13h. A não ser o populismo barato de querer aparecer como um "xerifão", além do "merchandising" para a indústria de armas que já financiou sua campanha eleitoral.
Francischini recebeu da Taurus, grupo fabricante de armas, R$ 50 mil para sua campanha em 2010. Durante seu mandato de deputado era apontado como um dos membros da chamada "bancada da bala".
Com a reeleição de Beto Richa (PSDB/PR), o governador tucano nomeou Francischini secretário de Segurança Pública. Se os problemas com a criminalidade já eram graves antes, depois da nomeação do secretário, as dores de cabeça aumentaram, inclusive com um escândalo político e sexual envolvendo a secretaria.
Mal foi eleito, um membro do seu partido, o Solidariedade, Josimar Távora, foi preso no dia 12 de dezembro passado na cidade de Medianeira, por uma policial civil. O motivo foi assédio sexual. Uma gravação feita por ela mostra Josimar propondo uma ida ao motel em troca de ele intervir junto à Secretaria de Segurança para ela não ser transferida.
Como prova de sua influência, na gravação Josimar mostra diálogos como o deputado estadual Felipe Francischini, filho do secretário, de quem foi um dos coordenadores de campanha na região de Foz do Iguaçu.
Josimar fala que "recuperou" 300 mil da campanha, aparentemente enviados para vereadores e secretários municipais que não cumpriram a meta de votação combinada em suas cidades. Falta explicar se e como este dinheiro foi declarado à Justiça Eleitoral e se retornou ao fundo partidário como determina a lei. Afinal, se eram despesas de campanha, ganhando ou perdendo o dinheiro estaria gasto e não faz sentido "recuperar".
Na gravação, a policial simula acabar concordando com um encontro sexual, mas quando os dois se encontraram em um posto de gasolina, ela deu voz de prisão e Josimar ainda tentou tomar a arma dela, mas acabou preso.
As gravações são reveladoras e estão também publicadas em vídeo no Youtube:
Josimar Távora: Até quando o Francischini for secretário, mesmo se ele não fosse, durante os quatro anos do Beto, você vai estar sobre minha proteção…
Josimar: Viu, só 20 minutos o que eu tenho que fazer, eu faço. Tá?
Policial civil: ‘Tá’, eu vou. […] Vinte minutos de sexo vai valer a minha portaria?
Josimar: Vinte minutos! Vamos aqui pertinho.
Policial: É que agora eu não posso mesmo. Você sabe que eu iria…
Josimar: Vinte minutinhos… Nem vinte minutos? […] Entendeu? A gente está aqui, já está resolvido…
Josimar: Qual é a pessoa mais próxima que organizou tudo nessa campanha? Fui eu. Se a doutora Tani (delegada) tivesse feito o que ela tinha prometido para nós, eu nem ia conversar com você, eu ia conversar direto com ela. Entendeu? Eu queria falar tudo para você, só que eu não vou falar tudo para você, resolver o seu problema e depois – aquilo que você falou – você não olha mais para minha cara. Só que você sabe que eu sei de tudo, entendeu? Toda a situação, tudo o que ocorreu, não sei a metade, eu sei tudo. Só para você ter uma ideia do naipe da conversa dos ‘cara’. Só para você ter uma ideia eu vou mostrar aqui umas gravações. Só para você ter uma ideia dos naipes das conversas. Nós recuperamos 300 mil da campanha, muitos ‘passou’ a perna em nós, entendeu? (mostrando imagens para ela) Essa aqui é minha loja. Esse aqui é vereador de Céu Azul, Brizolla. Esse cara é secretário de Santa Helena. Aqui ‘ó’. Para todo mundo sou representante, sou eu quem mando em tudo. Só para você ter uma ideia.
Deputado eleito Francischini Filho (em uma gravação): Aí Josimar, tudo bom? Já passou em alguns municípios daí, já ligou para alguns daqueles que traíram a gente para pegar de volta a ‘estrutura’? Quero ver os caras sambando agora.
Policial: Quem que é esse?
Josimar: Esse é o deputado, é o filho do Francischini.
Policial: E esse aqui?
Josimar: Aqui uma foto dele aqui ‘ó’.
Deputado eleito Francischini Filho (na gravação): Aí Jocimar, tudo bom? Já passou em alguns Municípios daí, já ligou para alguns daqueles que traíram a gente para pegar de volta a estrutura? Quero ver os caras sambando agora.
Josimar: Só vim dar o recado, depois se não devolver o dinheiro é com ele, daí.
Deputado eleito Francischini Filho (na gravação): Pode vir, Jocimar, só de manhã eu tenho compromisso na Assembleia, mas à tarde está um pouco mais liberado e especialmente à noite também. Só me liga antes daí.
Josimar: ‘Tá’ vendo? Só pra você entender as conversas.
Deputado eleito Francischini Filho (na gravação): Cara, o que teve de gente aqui. As minhas postagens no Facebook antes da eleição dava 100 curtir, 150 curtir… Vai acabar a eleição, qualquer coisa que eu posto dá 800 curtir, mil curtir… (Risada) Povo não tem ‘simancol’ mesmo. Falei para vocês… os prefeitos todos… não iam mandar ninguém embora que me ajudou, agora eles estão tudo precisando… agora é a deles que começa. Agora os foguetes apontado para os do prefeitos aí, né gente (risada).
Josimar: Agora, vou falar de um cara que a Tani indicou.
Indicado Tani (em gravação): Ô, Jocimar, você vai rodar um roteiro aí e já depois vou soltar vocês para ver uns ‘fiasqueiros’ lá de Matelândia, ‘tá’ uma vergonha. Assis Chateubriand também, Cafelândia… outra lá é Palotina também tinha que ‘tá’ com a gente… Teve um monte de município aí, que a gente vai rever. O Brizolla arrebentou, esse foi muito bom. Em Medianeira, a piazada foi bem também. Foz foi muito bom, cidade que é difícil fazer voto. Então, bola para frente agora. Passar a semana aí e vamos marcar o roteiro.
Josimar: Viu…
Policial: Ai, ‘tá’…
Josimar: Só para você ter uma ideia como está lá a coisa, então eu não posso falar pra você. Vou falar depois que eu sei que eu tenho intimidade com você, que eu sei que…
Policial: Tá, mas falando de mim… Eu quero saber de mim. Quem que quer me prejudicar? Por quê?
Josimar: Eu não posso falar…
Policial: Como que eu vou me defender? Como que eu vou saber que você está me defendendo? Mas como que eu vou saber?!
Josimar: Você viu o jeito da conversa lá. É só na segunda-feira, eu vou falar com o Felipe (Francischini), essa aqui eu não quero que mexe’. Pronto… Entendeu? Não tem ninguém que vai mexer com você. Nem o delegado-geral, ninguém.
Policial: Mas você quer sair e… é uma vez só?
Josimar: Não, vou sair uma vez com você, mas depois, se der, vamos sair mais vezes, entendeu? Eu vou ter que conversar com você… de repente você precisa de mim em outra situação, né? De repente você precisa… um cara está te incomodando, entendeu? E é rápido o meu negócio. É só uma ‘meia horinha’ só.
Josimar: Único jeito… tá?
Como se vê o secretário Francischini tem muito mais a fazer com a caneta para afastar influências políticas na secretaria que levam a propostas indecentes do que ostentar revólver em programas de TV.
Secretário de Segurança do Paraná ostenta arma na cintura em programa de TV — Rede Brasil Atual
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