Ficha Corrida

07/08/2014

José Jorge, esqueleto que FHC escondeu no armário do TCU

Filed under: AeroPÓ,FHC,Gilmar Mendes,José Jorge,P-36,Petrobrás,PSDB,TCU — Gilmar Crestani @ 12:01 am
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Augusto Nardes, José Jorge, Gilmar Mendes. Eis a plêiade, os varões do Putarco! Putarco é uma corruptela daquele autor clássico da literatura greco-latina que escreveu Vidas Paralelas, Plutarco. PML faz as mal traças linhas paralelas entre dois personagens (como seu congênere grego em Roma: José Jorge x Edson Lobão… Por tabela, traça os paralelos dos modus operandi de FHC e Lula se encontrarem na Petrobrás. Ou seria Petrobrax?

Neste cotejo de personagens, põe em relevo P-36 x Pasadena. Com autoridade e estilo, PML joga uma pá de cal encima daquele cocô que ousa chamar-se revista. Se tiveres dinheiro, nenhuma ética e algum ódio, há quem publique o que quiseres que seja publicado. Mas há assuntos proibidos na revista de aluguel.

Jamais encontrarás nas páginas daquele pastiche manchetes raivosas a respeito do:

1) helipóptero com 450 kg de cocaína; 

2) aécio2portos;

3) Tremsalão (Siemens, Alstom);

4) racionamento ou crise d’água em São Paulo…

Como lembra o grafite da periferia paulista, o PSDB, se voltar, transforma o mar em sertão.

Voltando aos esqueletos que FHC homiziou em órgãos públicos, a lista estaria incompleta se não citasse o esqueleto de  Gilmar Mendes no STF. Figuras das quais Plutarco não se ocuparia, mas Putarcos de aluguel vicejam em revistas idem. Botar tudo na conta de FHC também é sacanagem, pois Mário Covas, antes dele, já havia incrustado no TCE-SP o flanelinha de trens, Robson Marinho. Como se vê, é uma tradição do PSDB, de norte a Sul, legar personagens como o famigerado Cel. Mendes.

Onde está José Jorge?

5 de agosto de 2014 – por Paulo Moreira Leite

O destino de José Jorge, ministro do TCU, relator de cinco denúncias contra diretores da Petrobrás, é alvo de justas preocupações por parte da CPI.

Ele já foi convidado para dar depoimento mas não disse nem sim nem não e, a qualquer momento pode ser convocado pelos parlamentares para dar depoimento e, neste caso, será obrigado a comparecer. A requisição do senador Antonio Carlos Rodrigues, de São Paulo, está pronta para ser debatida e votada.

O TCU, não custa lembrar, não é um poder autônomo. É um órgão auxiliar do Legislativo, a quem presta assessoria jurídica.

José Jorge chegou ao tribunal por indicação de Fernando Henrique Cardoso e, antes disso, foi ministro das Minas e Energia durante o reinado tucano. Na condição de ministro, presidiu o Conselho Administrativo da Petrobrás e ocupava o posto quando ocorreram dois desastres na empresa.

O primeiro foi uma ruinosa troca de ações com uma subsidiária da Repsol, na Argentina. Prejuízo estimado: US$ 2,5 bilhões. O segundo foi o naufrágio da P-36, plataforma oceânica, responsável por 6% do petróleo do país. Prejuízo estimado: US$ 1 bilhão por ano.

Referindo-se aquele período em que José Jorge era o manda-chuva na área de energia brasileira, a revista VEJA fez uma observação curiosa, sem dar nomes, mas reveladora do que se passava na maior empresa brasileira:
“Um urubu pousou no ombro da Petrobras e nada consegue espantá-lo”.

Você já fez as contas: no armário de José Jorge guarda-se um esqueleto equivalente, por baixo, a cinco vezes aquele prejuízo que, em teoria foi produzido pela compra de Pasadena. Detalhe: Pasadena existe, refina petróleo e pode dar lucro. Se a economia americana mantiver o ritmo deste ano, o prejuízo registrado na compra. Quanto a plataforma naufragada, hoje serve de moradia para lagostas, peixes coloridos e outros animais estranhos que habitam o fundo do mar. Irreversível, a troca de ações fez a alegria de mão única de quem empurrou o mico para os cofres brasileiros.

Não se deve colocar o carro na frente dos bois e incriminar José Jorge por aquilo que ocorreu sob sua gestão. Todos são inocentes até que se prove o contrário, certo?

Mas, com todos estes números no currículo, José Jorge conseguiu ser o relator de cinco “missões investigativas” realizadas para apurar a denúncia de Pasadena. Vamos ser simpáticos.

Imagine se, um dia, quando deixar o governo, o atual ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, vai parar no TCU. De repente, surge uma denúncia sobre a Repsol, ou sobre a plataforma, José Jorge vai parar na berlinda e Lobão vai parar na berlinda. Pode? Claro que não. O conflito de interesses seria óbvio demais para ser ignorado.

Estamos falando de um personagem múltiplo, que às vezes faz o papel de raposa e em outros, de galinha e, quem sabe, daquele urubu sugerido pela VEJA. Como imaginar que possa ter isenção para examinar, julgar e condenar?

É neste jogo de sombras que a oposição procura manter o interesse sobre a denuncia contra a Petrobrás. É um fracasso recorde, vamos combinar. O Congresso fez duas CPIs para investigar o caso e nenhuma delas trouxe qualquer novidade substancial – apenas confirmou aquilo que era possível perceber depois dos primeiros depoimentos.

Essa é a utilidade do factóide da semana, em torno das reuniões dos dirigentes da Petrobrás que antecederam seus depoimentos. Só o puro interesse político-eleitoral pode tentar tranformar uma banalidade em escândalo, distorção assinalada hoje pelo mestre Jânio de Freitas. Ele escreveu: ”Não pesquisam nada, não estudam nada, apenas ciscam pedaços de publicações para fazer escândalo. Com tantos meses de falatório sobre Petrobras e seus dirigentes, o que saiu de seguro (e não é muito) a respeito foi só por denúncias à imprensa. Mas a Petrobras sangra, enquanto serve de pasto eleitoral.”

Incapaz de apontar para irregularidades reais, consistentes, que seria de interesse de todos investigar, a oposição monta um circo em torno dos bastidores, como se ali tivesse ocorrido uma trama para iludir o país.

É de rir – quando se recorda que a a maioria das questões colocadas pela CPI eram públicas, estavam no site do senado e podiam ser consultadas por qualquer pessoa. Qualquer parlamentar que tivesse alguma questão surpreendente, fantástica, bombástica, também teria direito a colocar sua questão e, heroicamente, desmontar a conspiração. As câmaras e microfones estavam ali, ávidos, famintos, a espera justamente de uma cena como esta.
Só que para isso era preciso ter consistência, informações, conhecimento.

Sob outro aspecto, também é o caso de chorar. A oposição só não participou da CPI do Senado porque não quis, preferindo fazer o teatrinho da denuncia. Mas foi até o STF garantir outra CPI, a segunda, para tratar do mesmo assunto, que nada apurou nem demonstrou de relevante. Quer convencer os brasileiros, agora, que a CPI nada descobriu porque os diretores combinaram as respostas. Não dá para acreditar na pura ingenuidade de tantos políticos veteranos.

Ou contavam com a disposição dos acusados para se autoincriminarem, ainda que estes sempre tenham afirmado que as denúncias eram falsas.

Ou já sabiam de antemão que nada havia para ser descoberto e que o importante era manter o clima inquisitório – de grande utilidade na campanha eleitoral.

O ponto é este. Chamados a depor, os acusados compareceram a CPI e prestaram todos depoimentos necessários. Se algum ponto relevante ficou para ser esclarecido, ninguém lembrou de perguntar.

Os depoentes receberam orientação de advogados e assessores, o que é natural num ambiente agressivo, onde provocações, frases de efeito e acrobacias perante câmaras de TV são o trunfo de cada parlamentar-inquisidor, treinado em jogar para a platéia que tudo acompanha de casa.
Se não fossem prestar este serviço, por que seriam contratados, muitas vezes à peso de ouro?

Invertendo o sinal: alguém acha que os deputados e senadores da oposição buscam informações num convento de freiras? Preparam perguntas e montam cenários lendo poemas barrocos? Seria este um mundo sem promessas obscuras, negócios prometidos, recompensas insinuadas?

A questão real, sabemos todos, é outra.

Mesmo reunindo o tradicional adversário do PT, e dois ex-ministros de Lula que agora frequentam outro palanque, a oposição não consegue ser uma ameaça ao governo. Suas intenções de voto, somadas, nunca estiveram tão baixas, lembra Maurício Puls, no artigo “Sem rumo,” publicado na Folha de S. Paulo no último sabado. Este é o combustível do dia. O resto é teatro.

Onde está José Jorge? | Paulo Moreira Leite

Paulo Moreira Leite

Paulo Moreira Leite é diretor do 247 em Brasília. É também autor do livro "A Outra História do Mensalão". Foi correspondente em Paris e Washington e ocupou postos de direção na VEJA, IstoÉ e Época. Também escreveu "A Mulher que Era o General da Casa".

29/03/2014

45 pragas: pior do que gafanhotos, só o PSDB & a velha mídia

CLIQUE sobre cada uma das imagens abaixo e saiba mais. D. Judith Brito revelou, na verdade, quais são os intere$$es da mídia e seus amestrados.

Como fazem Lula e Dilma para resolver o problema da seca no nordeste? E, ao invés de transformar a Petrobrás em Petrobrax para privatiza-la, investem e descobrem o pré-sal:

Transposiçao do São Francisco

Como administram os favoritos da mídia e seus amestrados? Não contentes em venderem ou doarem as grandes empresas nacionais, quebraram o resto, e ainda deixaram os cofres vazios com dívidas junto ao FMI:

PSDB x Água

CRISE DA ÁGUA:  Apostas contra a seca

27/10/2011

O homem da P-36 da Petrobrax do FHC

Filed under: FHC,Guerman Efromovich,P-36,Petrobrás — Gilmar Crestani @ 8:47 am
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E este escândalo, a mídia não quer?

Escrevi, agora há pouco, um post para o blog Projeto Nacional para o qual peço a atenção dos leitores.

Chama-se “O homem da P-36 quer as sondas da Petrobras” e é baseado numa matéria de hoje, do jornal Valor Econômico, o único que vem dando algumas informações sobre a maior licitação já realizada neste país, a contratação de 21 sondas de águas ultraprofundas pela Petrobras. Um negócio de dezenas de bilhões de dólares.

Vários grupos brasileiros se uniram para fazer aqui estas sondas, que fazxem parte de um total de 40 necessárias à exploração do pré-sal. Doze, por prazo, foram contratadas lá fora. Das 28 restantes, o primeiro lote, de sete, ficou aqui e vai ser construído em Pernambuco. Faltavam estas 21 e tudo parecia indicar que o mesmo grupo as faria.

Mas surgiu uma figura chamada Guerman Efromovich e entrou na disputa, oferecendo um preço um pouco menor, com uma empresa recém-criada, a Ocena Rig do Brasil, associado a uma empresa norueguesa controlada por armadores gregos.

Efromovich tem uma penca de processos judiciais contra a Petrobras. Todos depois que deixou a diretoria o ex-presidente Joel Rennó, tempo em que ganhava, sem licitação, contratos para comprar e reformar plataformas.

Inclusive a P-36.

O pior é que Efromovich ainda foi a Justiça inglesa pedindo 240 milhões de dólares como indenização pelo caixão que fez. Foi buscar lã e saiu tosquiado, porque a corte inglesa, em lugar de receber, mando foi ele pagar à Petrobras. Este ano, em abril, o STJ recusou a pretensão de Efromovich de não cumprir a sentença que confirmava sua responsabilidade no caso.

Quase ninguém publicou. Que eu achasse, apenas uma nota de dez linhas no G1, reproduzindo texto da Agência Estado.

Agora ele quer as sondas do nosso pré-sal.

E a mídia, que é doida por qualquer coisa que possa ser problema na Petrobras – onde Efromovich, segundo o repórter Chico Santos conta, anos atrás, então no Valor Econômico, tentou reentrar usando desde flores para secretárias até ordens de prisão contra diretores que o abominavam – não dá a menor bola para isso?

Ou as suspeitas aqui são seletivas e nunca envolvem os nomes que se tornaram notórios da era tucana?

Se os jornais quiserem ajuda, está tudo contado no Projeto Nacional, com os links devidos para todas as informações sobre o passado de Efromovich. Nem era preciso, porque está  no Google, que o pessoal das editorias parece ter dificuldades em usar.

Não dá muito trabalho conhecer o passado dele, que já foi mastigado, anos atrás,  pelo excelente repórter Chico Santos, um dos que mais entende de indústria naval no Brasil.

E que, sem nem mesmo falar com ele, sou capaz de apostar que não compra uma bóia de pneu do Efromovich.

Tijolaço – O Blog do Brizola Neto

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