Ficha Corrida

04/10/2013

Marina délfica

Filed under: Marina Silva,Oráculo de Delfos — Gilmar Crestani @ 7:14 am
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Até o Oráculo de Delfos tinha algum conteúdo e credibilidade nas suas previsões. MARINA SILVA, só sabe que nada sabe. Duvida? Encontre no texto da colunista da Folha uma única proposta, ou melhor, um único diagnóstico da situação brasileira sob qualquer prisma. Se conseguiu, você é o gênio que eu estava procurando. A verdade é que é a entropia que a estropia nesta cavalgada.

Eu já sabia

É claro que o título acima é uma brincadeira. Escrevo antes da sessão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que vai julgar o pedido de registro da Rede e não posso anteci- par o resultado, embora mantenha viva e forte minha confiança na Justiça.

A Rede é uma realidade e já contribui para a ampliação e o aprofundamento da democracia no Brasil. Em primeiro lugar, porque oferece um espaço de reencantamento com a política para uma vasta parcela da população que se mantinha afastada, profundamente decepcionada com os partidos, discursos e práticas dominantes.

A Rede abre uma porta especialmente para a juventude. Oferece aos jovens uma possibilidade de expressão, ação e elaboração de novos ideais e projetos identificatórios. Isso é de uma importância incalculável, uma estreita ponte para um futuro possível.

Mesmo enfrentando a resistência de quem quer manter o "status quo" a qualquer custo, a Rede cria uma agenda estratégica para o país e inscreve o debate sobre a sustentabilidade em sua página central. Questiona os falsos consensos sobre produção e consumo, energia, infraestrutura e todos os elementos de uma ideia de progresso que herdamos do século passado e que já chegou ao seu limite.

E até nas dificuldades para se institucionalizar, a Rede denuncia os limites do sistema jurídico e político do país e abre a possibilidade de mudanças. Invertendo a prática comum dos partidos, de primeiro se registrarem para depois buscarem representatividade social, a Rede surge como movimento social amplo e profundo e é sintomático que passe apertadíssima nas estreitas aberturas do sistema político hoje existente (em que organizações artificiais, diga-se de passagem, passam com folga).

A Rede, enfim, já nasce cumprindo seu destino: democratizar a democracia.

Mas, para tornar séria a brincadeira do início, disso tudo eu já sabia. E é essa certeza que quero compartilhar: o encontro do Brasil com os limites e fragilidades de sua democracia, sua superação e fortalecimento, é uma hora da verdade que não pode ser evitada. Sem a atualização de todo o seu sistema político, sem sua passagem ao século 21, o Brasil corre o risco de uma entropia que desfaça todos os avanços que obteve desde o fim da ditadura.

De nada adianta criar obstáculos e dificuldades, os organismos vivos de um novo tempo já surgem para substituir as estruturas que se fossilizaram com o tempo. Como dizíamos em nossa juventude, mesmo que matem milhares de flores não poderão impedir a chegada da primavera.

Há quanto tempo sabemos disso, não é mesmo?

MARINA SILVA escreve às sextas-feiras nesta coluna.

05/02/2013

As previsões de Eliane Cantanhêde

Filed under: Apagão,Cresus,Eliane Cantanhêde,Oráculo de Delfos,Super Bowl — Gilmar Crestani @ 7:47 am

Isso só prova o acerto das teorias apocalípticas defecadas pela inefável Eliane Cantanhêde, na Folha de São Paulo, que previa o fim iminente do fornecimento de energia elétrica caso fossem baixadas as tarifas.  Faz lembrar uma outra famosa previsão, a do Oráculo de Delfos ao rei Lídio, Cresus. Este pretendia declarar guerra à Pérsia por isso teria se dirigido a Delfos para consultar o Oráculo. Respondeu a pítia: “Se atravessares o rio Halys um grande reino será destruído”. Confiante, Cresus atravessou o Halys e partiu para cima dos persas, e o seu grande reino, a Lídia, foi destruído. Cresus não pode culpar o Oráculo de Delfos, afinal não se pode tomar uma previsão apenas para justificar um desejo.

No dia 07/01/2013, Eliane ganhou a primeira página da Folha com este título: “Racionamento de luz acende sinal amarelo”. Tudo para combater, a pedido dos governadores do PSDB e orientação de Judith Brito, a diminuição das tarifas de energia elétrica pretendida por Dilma. O “sinal amarelo” estampado na previsão apocalíptica foi um ato falho em homenagem à outra campanha de sucesso nacional da menina dos olhos do PSDB na Folha, quando escreveu o “Alerta amarelo”.

A colunista vira-bosta do PIG, Eliane Cantanhêde, acertou  que haveria apagão, só errou o lugar. Foi lá na terra que ela tanto ama, lá onde o guru dela teve de tirar os sapatos para entrar.

Apagão no Super Bowl. Imagina na Copa !

Quá, quá, quá , quá !!!

Chora, Kamel ! Chora !!!

Do editor João, que teve o dissabor de assisitir ao Super Bowl, neste domingo:
A única referencia ao apagão nos grandes portais é essa:

Apagão marca o Super Bowl, maior festa esportiva dos EUA


NOVA ORLEANS, 4 Fev (Reuters) – O Super Bowl, maior evento esportivo do calendário norte-americano, foi interrompido por 35 minutos na noite de domingo em consequência de um apagão no estádio Superdome, em Nova Orleans.
A empresa de energia elétrica Entergy Corp. disse que aparentemente houve uma sobrecarga elétrica no estádio, derrubando propositalmente o circuito “a fim de isolar o problema”. O defeito, de origem desconhecida, teria ocorrido no local onde a rede da Entergy se conecta aos equipamentos do Superdome.
(…)

A Folha e o Estadão deram apenas uma linha no final do texto.
Quá, quá, quá !!!

Apagão no Super Bowl. Imagina na Copa ! | Conversa Afiada

02/12/2011

TCU e o Oráculo de Delfos

Filed under: Oráculo de Delfos,TCU — Gilmar Crestani @ 8:19 am

Não phode, TCU! "Se Creso atravessar o rio Halys, um grande reino cairá" . Se é verdade que a Copa “pode” legar herança indesejável, também é verdade que a Copa “pode” legar uma herança desejável. Isto é, o TCU já não faz mais contas, tece hipóteses. Desde quando a missão do TCU é proferir oráculos? Como órgão auxiliar, o TCU deveria prestar aos Congressistas auxílio para entender a aplicação dos recursos públicos. A Inglaterra duplicou a verba para as próximas Olimpíadas. E ninguém por lá falou em corrupção. Se não houvesse risco, para que existiria o TCU? Portanto, se o TCU se resumisse em cumprir o seu papel institucional e deixasse a política para os políticos, haveria mais auditorias e menos pirotecnia. Se Dilma acreditar no TCU, um grande evento cairá.

Quem audita o TCU?

TCU diz que Copa pode legar herança indesejável

Relatório mostra que apenas 8 dos 49 projetos de transporte assinaram contratos

Um relatório de avaliação das obras da Copa do Mundo de 2014, aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), alerta para o risco de as obras se transformarem em "herança" indesejável. A pouco mais de dois anos e meio do início do torneio, apenas 8 dos 49 projetos para transportar torcedores e turistas nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo tiveram contratos assinados e 24 nem sequer lançaram licitação.
A área de mobilidade urbana é a que mais preocupa no cardápio de obras financiadas com dinheiro público. É também a que exigirá a maior fatia de investimentos da União: R$ 7,9 bilhões só em financiamentos da Caixa Econômica Federal (CEF), segundo a matriz de responsabilidade, que estabelece o custo das obras e quem faz cada segmento.
"Temo que essas intervenções de mobilidade, a serem inevitavelmente realizadas às pressas, baseiem-se em projetos sem o devido amadurecimento quanto ao seu detalhamento técnico; e mesmo quanto à sua viabilidade. Preocupa-me o risco de conceber uma herança que não corresponda às reais necessidades da população ao término dos jogos", diz o relator Valmir Campelo, responsável pelo acompanhamento das obras.
O relatório menciona entre as obras que nem começaram a sair do papel o polêmico veículo leve sobre trilhos (VLT) de Cuiabá, orçado em R$ 1,2 bilhão. O jornal O Estado de S. Paulo revelou, na semana passada, que a obra foi aprovada pelo Ministério das Cidades mediante um documento adulterado. O projeto original era o BRT, uma linha rápida de ônibus, que custava R$ 489 milhões.
Um acordo político do governo federal com o estadual alterou o projeto. Só que uma análise técnica feita pela pasta vetava a mudança imediata. Com o aval do ministro Mário Negromonte, a diretora de Mobilidade Urbana, Luiza Vianna, adulterou o parecer original, deixando a conclusão a favor do VLT.

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