Ficha Corrida

04/10/2014

Se veio ou se foi, de nada mais importa

Poucas vezes havia visto na política algo tão volátil, volúvel, impalpável, quando Marina Silva. Nada nela sobrava, tudo soçobra. Nunca aquela frase da ópera se encaixou tão bem numa personagem como em Marina Silva:

La donna è mobile
Qual piuma al vento,
Muta d’accento
E di pensiero.”

O histerismo dos seus ataques denunciavam não uma convicção, mas obediência a uma orientação disléxica.

Nem Satanás teria sido tão diabólico em induzir Marina a ser algo contrário, a cada segundo, a si mesma.

Se o Banco Itaú administra sua conta da mesma maneira que orientou sua candidata, tá fodido, meu amigo! Quem tinha um Itaú de vantagens, não tem nem extrato do que poderia ter sido.

Pra ti, Marina, Neca de Pitibiriba!

Marina se foi, e isso não é uma ofensa. É uma constatação

3 de outubro de 2014 | 20:45 Autor: Fernando Brito

bye

Hoje, alguns leitores que (com todo o direito e que peço que respeitem) apoiam Marina Silva se irritaram quando leram que eu escrevi que ela havia se tornado um nada.

É obvio que isso não é um juízo sobre pessoa Maria Osmarina, mas uma avaliação política da candidatura Marina Silva.

Se era preciso uma prova concreta disso, ela veio hoje com a melancólica “carreata” da candidata na Tijuca, um dos bairros de classe média no Rio onde tem mais apoio.

Quase ninguém, entusiasmo algum, agitação mais por conta do grande número de repórteres e fotógrafos, muitas vezes maior que o de populares e militantes.

Nenhum candidato do PSB apareceu, apenas o candidato do PSOL Pastor Jefferson Barros, ligado ao grupo da deputada Janira Rocha, acusada de extorquir dinheiro dos funcionários de seu gabinete na Assembléia e excluída, por isso, como Barros, dos programas de TV do partido.

Romário, candidato favoritíssimo ao Senado pelo PSB – tem quase 50% nas pesquisas – não deu as caras. Miro Teixeira, seu aliado de primeira hora, escafedeu-se.

Quem quiser, pode ler, nos jornais, antes só simpatia marinista, o relato do desânimo marinista.

É por isso que disse que era o nada, não por desprezo à pessoa de Marina.

Foi por sentir que isso não é na Tijuca, não é no Rio, é em toda parte.

Marina, fora do segundo turno, será impiedosamente massacrada pelos políticos – a começar dentro do PSB – e solenemente ignorada pelo eleitorado, que vai fazer ele próprio suas escolhas, pois não reconhece nela uma liderança orgânica,  capaz de fazer alianças – às quais ela se orgulha, aliás, de maldizer – que façam vingar um projeto político.

Já disse aqui, certa vez, que ela pode ficar atrás de Aécio não por uma arrancada do mineiro, mas por sua própria decadência.

Que é, tristemente, quase tão veloz quanto sua ascensão.

Marina se foi, e isso não é uma ofensa. É uma constatação | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

30/09/2014

Marina tirou a Mega-Sena, R$ 7 milhões! E não devolveu…

A Bolsa caiu 6% ontem. O Banco Itaú caiu 7%. A natureza agradece. Diga à ventríloqua dos banqueiros que fico. Fico consternando que, com tanto dinheiro, Marina não foi capaz nem de arrumar o coque!

A pergunta que não quer calar: se Marina já tem tanto dinheiro aqui, e está caindo nas pesquisas, o que ela foi fazer segunda-feira passada nos EUA? Fazer beicinho por que a ajuda de quem a finanCIA não está dando resultado? O Instituto Millenium, que dentre outros papéis, resolveu patrulhar o Poder Judiciário, não conseguiu fazer desta casca de umbu uma sopa. Como sabe qualquer colono que se preze, casca de umbu é laxante poderosíssimo. Vai ver que foi por isso que de repente ela ascendeu aos píncaros para terminar na privada! É, Marina, saco vazio não para em pé!

Marina quis montar uma REDE mas é uma rede mais furada que as redes cearenses… Na REDE da Marina, financiada pela Natura e pelo Banco Itaú, só cai bagre e piranha!

Nunca tive nem nunca terei qualquer produto do Banco Itaú. Quero distância desta máfia que só

Instituto de Marina levou R$ 6,8 mi de Neca e Leal

:

Acionistas do Itaú e da Natura, Neca Setubal e Guilherme Leal bancaram praticamente todos os custos do Instituto Democracia e Sustentabilidade, criado por Marina Silva; ambos deram R$ 6,8 milhões, em cotas idênticas de R$ 3,4 milhões, dos R$ 7 milhões arrecadados pela entidade desde 2010; revelação foi feita pela ex-secretária-executiva da ONG, Alexandra Reschke, ao jornalista Thiago Herdy, do jornal O Globo; tanto o Itaú quanto a Natura foram multados pela Receita Federal durante o governo Dilma; o banco em R$ 18,7 bilhões e a produtora de cosméticos em R$ 628 milhões; Neca, que fala em nome da candidata sobre temas como a independência do Banco Central, também doou mais R$ 1 milhão para outra entidade criada pela ex-senadora, o Instituto Marina Silva

30 de Setembro de 2014 às 05:41

247 – Dos R$ 7 milhões arrecadados desde 2010 pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), uma das ONGs de Marina Silva, 97,1% vieram de dois empresários que têm participação ativa em sua campanha: Neca Setubal, a herdeira do Itaú que coordena o seu programa de governo, e Guilherme Leal, um dos sócios da fabricante de cosméticos Natura. Cada um contribuiu com cerca de R$ 3,4 milhões, segundo a ex-secretária-executiva da entidade, Alexandra Reschke.

A revelação foi feita por ela ao jornalista Thiago Herdy, do jornal O Globo, e publicada nesta terça-feira pelo jornal. Procurado pelo jornal, Leal confirmou ter feito a doação de R$ 3,4 milhões. Neca, que concedeu entrevistas falando em nome da candidata do PSB e defendendo temas como a independência do Banco Central, confirmou a doação, mas não o valor.

A doação de Neca não se restringe ao IDS. Ela também bancou 83% dos custos de outra ONG da candidata do PSB, o Instituto Marina Silva, com uma doação de R$ 1 milhão em 2013 (leia mais aqui).

Na entrevista ao Globo, Guilherme Leal afirmou que "ideais debatidas e consensuadas no IDS são convergentes com o ideário de Marina". Neca Setubal, por sua vez, já foi presidente da entidade, que a tem como uma das principais mantenedoras.

Durante o governo da presidente Dilma, tanto o Itaú quanto a Natura foram autuados pela Receita Federal por suposta sonegação de impostos. O banco, em R$ 18,7 bilhões, pelos efeitos da incorporação do Unibanco. A fabricante de cosméticos, em R$ 628 milhões.

Instituto de Marina levou R$ 6,8 mi de Neca e Leal | Brasil 24/7

17/09/2014

Vote MariNeca e ganhe um Itaú de vantagens

Filed under: Banco Itaú,Marina Silva,MariNeca,Neca Setúbal,Pilantropia,RedeCard — Gilmar Crestani @ 9:22 am
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Dano à imagem do Itaú pode custar mais que a multa

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O casamento entre Marina Silva e Neca Setubal, herdeira do Itaú e coordenadora do programa de governo da candidata do PSB, já causa danos à imagem do banco; na internet e nas redes sociais, a instituição financeira é alvo de uma série de "memes", que questionam, inclusive, a multa de R$ 18,7 bilhões imposta pela Receita Federal, por sonegação de impostos, ao banco da família Setubal; na web, a candidata socialista já é chamada de "Marineca" e há até uma campanha para que ela seja lançada candidata à presidência do Itaú; com seu engajamento pró-Marina, banco assumiu o risco e, mesmo que vença, pode vir a ter problemas; afinal, como reagiria a opinião pública, num eventual governo Marina, a um perdão da Receita Federal ao Itaú?

17 de Setembro de 2014 às 06:32

247 – Dias atrás, uma gerente do Itaú Personalité, em São Paulo, recebeu uma resposta inusitada de um potencial cliente, que prospectava para sua carteira.

– Não, obrigado. Não tenho interesse em ser cliente de um banco que tenta interferir no processo político brasileiro.

A reação era decorrente do excessivo engajamento do Itaú no processo eleitoral de 2014. Uma de suas acionistas, Neca Setubal, além de coordenadora do programa de Marina Silva, doou 83% dos recursos que bancam seu instituto. Além disso, em diversas entrevistas, defendeu temas de interesse do Itaú, como a independência do Banco Central e a redução do papel de bancos públicos, como Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econômica Federal, na economia brasileira.

O impacto do casamento entre Marina Silva e Neca Setubal nos negócios do Itaú ainda levará tempo para ser devidamente avaliado. Mas os danos à imagem do banco já podem ser medidos nas redes sociais. Essa associação já produziu dezenas de "memes" – peças na internet que ironizam a situação.

Num deles, Neca Setubal "afirma": "Devo R$ 240 milhões para a Receita Federal. Eleja Marina e me ajude a sair dessa". Em outro, a mensagem é: "Fora Marina. E leve o Itaú junto". Há, também, na internet uma campanha para que Marina seja lançada candidata à presidência do Itaú. E já se espalha o apelido "Marineca" para a candidata, como se ela fosse uma marionete da herdeira do banco.

Tradicionalmente, bancos costumam ser mais conservadores, quando o assunto é política. Mantêm distância protocolar dos candidatos e, quando têm preferências, não as assumem explicitamente, mas apenas nos bastidores. Desta vez, no entanto, o Itaú decidiu correr o risco de uma exposição maior. E já paga o preço nas redes sociais.

Além disso, mesmo que "vença" as eleições presidenciais de 2014, com Marina Silva, o Itaú não terá tantos motivos para comemorar. Temas de interesse direto da instituição financeira, como a multa de R$ 18,7 bilhões imposta, por sonegação, pela Receita Federal, serão acompanhados de perto pela opinião pública. Afinal, qual seria a reação da opinião pública se o leão ficasse mais manso para os acionistas do Itaú?

Dano à imagem do Itaú pode custar mais que a multa | Brasil 24/7

13/09/2014

Todas as mentiras da Marina documentadas num único texto

 

Por que Marina não pode dizer a verdade?

Juarez Guimarães

Carta Maior

O primeiro alerta partiu do deputado federal Jean Wyllys, do PSOL, em carta aberta dirigida à Marina Silva no dia 30 de agosto: “Bastaram quatro tuites do pastor Malafaia para que, em apenas 24 horas, a candidata se esquecesse dos compromissos de ontem anunciados em um ato público transmitido por televisão e desmentisse seu próprio programa de governo, impresso em cores e divulgado pelas redes. É com essa autoridade de quem agiu de boa fé, que agora digo: Marina, você não merece a confiança do povo brasileiro. Você mentiu a todos nós e brincou com a esperança de milhões de pessoas”. A explicação dada pela campanha de Marina foi totalmente inconvincente: teria sido um erro de edição, de quem formatou o programa!

Agora, vem o juízo do respeitado colunista Jânio de Freitas, documentando inverdades ditas várias vezes por Marina sobre três questões importantes: o pré-sal, os transgênicos e a relação entre suas opiniões políticas e religiosas. “Há uma lenda de que sou contra os transgênicos. Mas isto não é verdade”, disse Marina em entrevista a William Bonner e Patrícia Poeta. Jânio de Freitas registra que apenas uma pesquisa entre os anos 1998 e 2002 revelou que Marina não só fez seis discursos contra os transgênicos como apresentou um projeto de lei proibindo-os inicialmente por cinco anos. Argumentava com base “em cinco referências bíblicas”, “tendo em vista o lado espiritual”.

Da mesma forma, Jânio documentou várias declarações públicas recentíssimas da candidata contra o pré-sal. E, ao final de seu breve juízo, afirmava que Marina parece confirmar a fórmula de que se “deveria esquecer tudo o que antes havia dito”.

Agora, no dia 11 de setembro, vem a repórter Letícia Fernandes, de O Globo, documentar que Marina mentiu na sabatina feita pelo jornal. Marina afirmou que havia dado, quando era senadora, um parecer contrário ao projeto do deputado Filipe Pereira (PSC-RJ) que exigia “a obrigatoriedade da manutenção de exemplares da Bíblia Sagrada nos acervos das bibliotecas públicas “. “Me deram um relatório de um projeto que obrigava a colocar bíblias em todas as bibliotecas. Eu dei parecer contrário”, afirmou a O Globo. A pesquisa da repórter comprovou que Marina não deu o parecer contrário.

Não é razoável também pedir a alguém que acredite, como Marina repetiu várias vezes, que a sua relação com uma das principais herdeiras do Banco Itau, que coordenou o seu programa de governo e que a teria convencido da necessidade de defender a autonomia do Banco Central, seja por afinidades eletivas apenas como educadoras. Essa relação desinteressada tornou-se completamente inverossímil depois que se revelou que a amiga bancou 83 % das verbas, um milhão de reais, em 2013 do Instituto que Marina dirige e que lhe garante a sobrevivência.

Aliás, Marina não parece ter dito a verdade quando respondeu aos repórteres que não podia revelar os clientes nem quanto lhe pagaram por proferir palestras nos últimos anos porque estes clientes lhe exigiam cláusulas de confidencialidade. Uma pesquisa feita pelo jornal O Estado de São Paulo revelou quem eram estes clientes: grandes bancos, empresas e seguradoras como o Santander, o Banco Crédit Suisse, a multinacional Unilever, a Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e Capitalização, faculdades neoliberais. E, ao contrário do que Marina afirmou, confidenciou ao repórter um banqueiro: quem pedia cláusula de confidencialidade era a própria Marina !

O antigo tesoureiro da campanha do PSB, Márcio França, candidato a vice-governador na chapa de Alckmin, não parece ser também um representante da “nova política”. Ele certamente não disse a verdade quando declarou à imprensa que os documentos do avião em que viajava Eduardo Campos e seus companheiros não podiam ser apresentados porque estavam dentro dele e teriam sido provavelmente destruídos na queda. Como se documentou fartamente depois, na verdade, o avião havia sido comprado com notas frias e laranjas por empresas fraudulentas.

E muito menos o novo tesoureiro da campanha de Marina, agora diretamente indicado por ela, Álvaro de Souza, parece indicar novos rumos na política. Ele é ex-presidente do…City Bank no Brasil! Haja “nova política”!

Marina parece querer ocultar a verdade de seus eleitores quando declarou que não subirá aos palanques nem de Alckmin em São Paulo nem de Lindhenberg no Rio. É uma forma de não querer misturar sua imagem à “velha política” e mostrar eqüidistância em relação ao PT e ao PSDB. Mas ela combinou, então, com o deputado Beto Albuquerque, seu vice, para ir ao primeiro programa de TV Alckmin no horário eleitoral gratuito manifestar o seu apoio ao governador do PSDB? Ou ele agiu contra a sua opinião no principal colégio eleitoral do país? Aliás, Marina sabe, já que foi inclusive noticiado na imprensa, que este deputado federal pelo PSB do Rio Grande do Sul teve a sua candidatura financiada pela empresa Monsanto, principal interessada na aprovação dos transgênicos, e até por fabricantes de armas! É ele, então, um representante da “nova política”?

Marina não diz a verdade nem quando acusa o PT, partido no qual se formou e militou durante 27 anos: Paulo Roberto teria sido indicado pelo PT “para assaltar os cofres da Petrobrás’. Ora, este indivíduo ocupou cargo de direção na Petrobrás desde 1995, durante o primeiro governo FHC, e foi demitido no dia 19 de abril de 2012 por Graça Foster, indicado por Dilma para a presidência da Petrobrás.

O que não pode mais ser escondido

Ricardo Noblat, certamente um dos jornalistas com informações mais confiáveis sobre o que se passa na cúpula do PSDB, noticiou que a firme opinião de Fernando Henrique Cardoso era de que Aécio não deveria criticar Marina, deveria, ao contrário, renunciar à sua candidatura à presidência e apoiar já Marina no primeiro turno. Aécio resistiria a esta decisão por ter esperanças de ainda poder salvar de uma derrota arrasadora o candidato do PSDB ao governo Ora, como se documentou fartamente em artigo publicado em Carta Maior, “A “nova’ Marina é criatura de FHC”, o paradigma de programa, os economistas mandatados, a nova direção política de sua campanha, os financiadores e tesoureiros, seus argumentos e sua linguagem estão diretamente inseridas no campo político e intelectual organizado por FHC. Mas Marina não pode reconhecer esta ligação tão orgânica porque viria abaixo a sua identidade de ser a protagonista de uma “nova política” que visa superar a polarização PSDB e PT. Daí que esta relação íntima tenha de ser permanentemente escondida ou negada aos eleitores.

Mas uma contradição ainda mais explosiva tem de ser o tempo todo administrada por Marina. De um lado, ela afirma compromissos em aumentar os recursos do governo federal para a educação, para a saúde, para o Minha Casa Minha Vida, para o Bolsa Família, o valor do salário-mínimo , o emprego etc. Do outro, cada vez que falam os economistas mandatados por ela, Eduardo Gianetti e André Lara Resende, dois economistas neoliberais cujo radicalismo cheira à barbárie, é o inverso o que dizem. É como se Marina dissesse ao mesmo tempo: “odeio futebol mas não perco um jogo do Flamengo!”. Ou melhor: meu compromisso é com os pobres .. mas só gosto de andar atualmente com grandes banqueiros!

Marina leu o que disse Eduardo Gianetti na entrevista publicada na capa do jornal Valor Econômico, de 6 de setembro, quando este afirmou com todas as letras “que os compromissos na área social assumidas pela candidata do PSB serão cumpridos à medida que as condições fiscais permitirem ? ” E que “ esses compromissos se distribuem no tempo. É um erro grave imaginar que o que está colocado no programa vá se materializar no primeiro orçamento”?

Marina ouviu a palestra pública proferida por André Lara Resende que uma “boa economia não pode ser feita com bons sentimentos” e que, ao invés de se ajudar os pobres do Nordeste, é preferível investir na educação? Será que ela leu que em seu programa está escrito que a legislação trabalhista que protege os direitos dos trabalhadores brasileiros deve ser superada ou contornada, como estão denunciando os principais representantes da tradição jurídica do Direito do Trabalho no Brasil?

De novo: Marina não pode fugir da contradição porque ela é, a sua própria candidatura, a contradição. Tem que documentar que ela é confiável e, como se diz em linguagem neoliberal, “amiga do mercado financeiro”, mas, ao mesmo tempo, tem de cultivar a adesão dos que querem direitos sociais mais universalistas e de melhor qualidade. Isto é, está impedida de dizer a verdade.

Violência e ilusão

A violência, todo o sentido anti-democrático e anti-popular, da principal proposta de Marina Silva para a economia – a chamada “autonomia” do Banco Central – é revelada quando se documenta que o Brasil já teve um Banco Central autônomo. Este era um sonho antigo dos econômistas liberais ortodoxos brasileiros como Eugênio Gudim, Octávio Gouveia de Bulhões e Roberto Campos desde os anos quarenta do século passado, que travaram desde sempre uma luta de vida ou morte contra Celso Furtado e as tradições desenvolvimentistas brasileiras.

Eles conseguiram realizar este sonho exatamente com o golpe militar de 1964: a reforma bancária logo anunciada pelos golpistas transformava a antiga Superintendência da Moeda e do Crédito ( Sumoc) em Banco Central e concedia autonomia para as autoridades monetárias. A diretoria do Banco central era composta por quatro membros, escolhidos dentre seis membros do Conselho Monetário Nacional, com mandatos fixos de seis anos.

Denio Nogueira, o primeiro presidente do Banco Central, era consultor do Sindicato dos Bancos do Rio de Janeiro e da ALALC ( Associação Latino Americana para Livre Comércio) e desde os primeiros anos da década de sessenta passou a fazer parte do IBAD ( Instituto Brasileiro de Ação Democrática) e do IPES ( Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais). Enquanto o IPES era o órgão que disseminava propaganda para justificar o golpe militar, o IBAD era encarregado de manipular os recursos para financiar e corromper candidatos comprometidos com o golpe na democracia. Depois de cumprido o seu mandato interrompido pelos generais – promoveu uma forte desvalorização cambial, que lhe provocou forte desgaste, tendo sido chamado junto com Roberto Campos e Octávio Gouveia de Bulhões de “trindade maldita” – Denio Nogueira foi representante no Brasil do grupo Rotschild and Sons, indicado por Eugênio Gudin, mostrando que desde o início houve forte intimidade entre diretores do BC e os grandes grupos financeiros internacionais.

É claro, a candidata Marina nada sabe disso. Faz parte do ator político transformista devorar o passado, inclusive o próprio, e inscrever-se em um tempo messiânico que promete o novo. Isto é para ele uma necessidade já que não pode explicar a razão de sua mudança, as rupturas que teve que fazer e os novos compromissos que teve de assumir.

Toda a violência da ação transformista de Marina está inscrita nesta passagem da política de opiniões fundamentalistas sobre temas da moral – por definição, o fundamentalista é aquele que defende verdades para além dos séculos e das circunstâncias – para a política pragmática, que, por definição, é aquela que ajusta a sua política à necessidade de vencer a todo custo.

Uma política carismática deve oferecer ao seu público as provas de sua autenticidade. Se a autenticidade lhe é desmentida, o carisma vem abaixo. Mas a verdade – uma relação clara e nítida com os seus eleitores – é, como procuramos demonstrar, o que Marina não pode mais representar.

Na política, assim como na vida, há momentos em que é preciso defender as pessoas que já amamos e cujo passado admiramos do que elas vieram a ser e fazer contra a dignidade da sua própria memória. Se Marina hoje não nos pode dizer a verdade, é preciso – é absolutamente necessário – que sejamos capazes, democraticamente e de modo sereno, dizer a verdade à Marina.

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SQN

12/09/2014

A Rede cearense tem menos furos

 

O partido da Neca

12 de setembro de 2014 | 09:02 Autor: Fernando Brito

neca

A D. Maria Alice Setúbal tem o direito de doar para quem ela quiser o seu dinheiro de herdeira do Itaú.

Desde que respeite, claro, o limite legal de 10% do que teve de rendimentos no ano anterior, o que eleva sua renda anual para pelo menos R$ 20 milhões em 2013, ou R$ 1,67 milhão por mês, sobre os quais, tenho certeza, D. Neca deve ter recolhido os impostos devidos, ao contrário de sua empresa, que deve R$ 18,7 bilhões ao Fisco, sem as multas e correções aplicáveis.

É apenas uma das muitas – embora seja a maior delas – mazelas do financiamento privado de campanhas políticas, esta praga que só uma constituinte específica para a reforma eleitoral poderá banir do país.

A doações de campanha, todas elas, implicam no mínimo em boa-vontade futura dos eleitos com os interesses empresariais específicos. No mínimo, frise-se.

A reportagem do Estadão mostra, porém, que, além se seu apoio pessoal a Marina Silva, Maria Alice Setúbal põe sua fortuna pessoal a serviço da formação de um partido político.

Não é simplesmente uma pessoa: é também uma mala de dinheiro de mais de R$ 2 milhões, supondo sempre que todos os recursos foram declarados.

As doações foram cuidadosamente repartidas entre os políticos com os quais se pretendia (pretendia?) montar a Rede da “nova política”.

A Rede é um amontoado de hipocrisias que não resistiria a qualquer imprensa que fizesse com seriedade o que o Estadão fez hoje: revelá-las.

Querem exemplos?

Lembram do caso do dirigente redista afastado por Marina, chocada com suas fotos com uma barra de ferro nas mãos, depredando o prédio do Itamaraty?

Mentira.

O senhor Pedro Piccolo está lá, todo feliz da vida, na direção nacional da Rede Sustentabilidade, ocupando o posto de Coordenador Nacional, oficialmente.

Isso é só um pedacinho do mar de cinismo que há nesta organização, na qual só os tolos e os muito espertos acreditam.

O partido da Neca | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

Depois da fusão do Itaú com Unibanco, vem aí a (con)fusão com Marina

Banco ItaúMarina e aliados e é 3ª maior doadora entre pessoas físicas

DANIEL BRAMATTI JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO E RODRIGO BURGARELLI – O ESTADO DE S. PAULO

12 Setembro 2014 | 03h 00

Acionista do banco Itaú ajudou candidata do PSB e concorrentes de outros três partidos todos vinculados à Rede

Além de coordenar o programa de governo de Marina Silva (PSB), a acionista do banco Itaú e educadora Maria Alice Setubal é a terceira maior doadora individual nestas eleições. Até o começo de setembro, Neca, como é conhecida, havia dado R$ 2.010.200 a candidatos do PSB (16), PV (3), PDT (2) e PPS (1). As doações têm como destinatários concorrentes em 13 Estados e no Distrito Federal. Os valores também variam. Os beneficiados são políticos ligados à Rede Sustentabilidade, partido que Marina tentou criar sem sucesso no ano passado.

As maiores doações foram de R$ 200 mil. Além de Marina – por meio do comitê financeiro da candidatura presidencial do PSB -, receberam essa quantia candidatos a deputado federal em São Paulo (José Gustavo Fávaro) e Tocantins (Rafael Boff), e o candidato a governador do PSB no Amazonas, Marcelo Ramos Rodrigues.

Neca fez ainda seis doações de R$ 130 mil para candidatos à Câmara e ao Senado – como Eliana Calmon (PSB-BA) e Reguffe (PDT-DF). As demais doações são de R$ 70 mil e R$ 10 mil, para candidatos a deputado estadual e federal da Bahia a Santa Catarina. Em comum, a maioria tenta se colocar no perfil de “novo”: jovens, estreantes nas urnas ou defensores da bandeira da renovação.

A acionista do Itaú virou alvo da presidente Dilma Rousseff (PT) por ter doado R$ 1 milhão para um instituto fundado por Marina em 2013. Em entrevista ao Estadopublicada nesta quinta-feira, Neca afirmou que o banco “nunca bancou” a ex-ministra.

Líderes. Neca só ficou atrás de outros dois grandes empresários no ranking de maiores doares como pessoa física: Alexandre Grendene Bartelle (R$ 2,4 milhões) e Marcelo Beltrão de Almeida (R$ 2,3 milhões).

O primeiro é um dos fundadores da Grendene, que, segundo a Forbes, é a maior fabricante de sandálias do mundo. Seu patrimônio é estimado pela revista em US$ 1,6 bilhão. Suas doações se concentram nos dois Estados onde a Grendene tem mais interesses: o Ceará (onde fica a maior fábrica) e o Rio Grande do Sul (local da sede administrativa da empresa).

Alexandre foi acompanhado nas doações por três parentes: Pedro Grendene Bartelle (R$ 1,5 milhão), Maria Cristina (R$ 1 milhão), Pedro Bartelle (R$ 625 mil) e Giovana Bartelle Velloso (R$ 375 mil). Juntos, os quatro doaram R$ 5,9 milhões. Como pessoa jurídica, a Grendene doou R$ 1,7 milhão.

Segundo maior doador, Marcelo Beltrão de Almeida (PMDB-PR) é suplente de deputado federal e concorre a uma cadeira no Senado. Marcelo é herdeiro da CR Almeida, uma das maiores empreiteiras do País – e doadora de R$ 9,4 milhões nestas eleições. A maior doação do candidato a senador foi para si próprio: R$ 2,2 milhões. O resto foi para candidatos a deputado estadual do PMDB no Paraná.

Fortalecimento. Procurada pela reportagem, Neca afirmou que não pretende fazer mais doações até o fim da campanha. Ela disse que fez as doações para “fortalecer” os candidatos da Rede. Como a sigla não obteve o registro do Tribunal Superior Eleitoral, o grupo dispersou e acabou se filiando a diferentes partidos. A maioria, porém, seguiu o mesmo caminho de Marina e entrou no PSB.

A assessoria de Marcelo Beltrão de Almeida disse que os valores doados foram altos porque ele optou por financiar a própria campanha, sem depender de recursos de terceiros. Alexandre Grendene Bartelle não foi localizado para comentar o assunto./ COLABOROU ISADORA PERO

11/09/2014

Neca de pitibiriba

Eis aí uma expressão antiga que se concretiza em forma de Setúbal. Isto é, Neca de Pitibiriba é nadica de nada. A mistificação do zero a esquerda, a banqueira que quer ser educadora de Marina. Neca Setúbal nem assumiu a Presidência e já botou Marina na Rede. Redecard, do Banco Itaú. Marina dormindo na Rede significa um Itaú de Vantagens, para os banqueiros. Nunca foi tão escrachado uma candidatura de aluguel como esta da Marina.

Dilma põe pingos nos is: Neca age como banqueira

247 Nesta quinta-feira, a coordenadora do programa de governo de Marina Silva, Neca Setubal, deflagrou uma operação midiática para polir sua imagem pública. Foi à Folha de S. Paulo e ao Estado de S. Paulo para se vender como "educadora" e não como "banqueira". No entanto, reportagem publicada pelo 247 também nesta quinta-feira, apontou que a agenda defendida pela herdeira do Itaú, quando fala em nome de Marina, é a dos bancos – e não a dos estudantes. Na primeira entrevista que concedeu logo após a morte de Eduardo Campos, Neca não citou uma única vez a palavra educação (leia aqui).

No fim do dia, a operação midiática deflagrada por Neca Setubal chegou ao Palácio do Planalto, quando a presidente Dilma Rousseff foi questionada por uma repórter do Broadcast, um serviço da Agência Estado, sobre as críticas do PT a Neca Setubal. Dilma, então, colocou os pontos nos is, ao dizer que Neca pode até ser educadora, mas, na campanha, se comporta como banqueira.

"Neca educadora é a Neca educadora. Agora, na medida que eu sou herdeira do Banco Itaú e defendo uma política que beneficia claramente os bancos, que é a política de independência do Banco Central, de redução do papel dos bancos públicos, eu estou fazendo papel de banqueira e eu não estou falando sobre educação, sobre criança ou sobre creche", afirmou a presidente. "O que estou dizendo é que o que mudou é a atitude e a postura da pessoa (Neca). Nada mais mudou. Cada um de nós é o que é", afirmou.

A herdeira do Itaú, que doou R$ 1 mlhão a Marina no ano passado, bancando 83% dos gastos do seu instituto, poderia ter dormido sem essa.

SQN

Educadora assume titularidade e bota Marina no Banco (Itaú)

Freud tem explicações pra tudo. Por isso, Freud explica porque uma educadora só se refere a bancos e esquece o termo “educação”. Os a$$oCIAdos do Instituto Millenium, não contentes em patrulhar o Poder Judiciário, também começam a maquiar a imagem da filha pródiga dos Setúbal. Bastou a população se dar conta que a decisão da Neca Setúbal de autorizar ao Banco Itaú de administrar a independência do Banco Central era como botar a raposa para cuidar do galinheiro, o Banco Itaú exigiu, por ser o maior anunciante, e Folha e Estadão estão tentando vestir na loba uma pele de cordeiro.

Há uma explicação tão simples quanto sintomática: a criação da CPMF por FHC pretendia financiar a saúde pública. Não financiou. Mas CMPF serviu para o Ministério Público rastrear dinheiro ilício, tráficos e outros crimes. Com a CPMF todo mundo pagava imposto, até bancos, criminosos de todos os tipos, donos de helicópteros cheios de cocaína, grupos mafiomidiáticos, jogadores de futebol, jogo do bixo. Bastou o PSDB perder a boquinha federal para todo mundo se voltasse contra a CPMF. E aí entra Marina Silva. Bastou acabar com a única contribuição dos maiores lavadores de dinheiro ilícito, incluindo aí os bancos, para que Marina angariasse o apoio de toda sorte de sonegadores, principalmente daqueles que vivem da financeirização da economia (especulação).

Afinal, Neca Setubal é banqueira ou educadora?

AYRTON VIGNOLA: Brasil, S„o Paulo, SP, 31/08/2010. Retrato da candidata ‡ PresidÍncia da Rep˙blica pelo Partido Verde (PV), Marina Silva(e), que se re˙ne com um grupo de mulheres de diferentes ·reas de atuaÁ„o para falar sobre as propostas do programa de governo e da lid

Coordenadora do programa de governo de Marina Silva, Neca Setubal deflagra, nesta quinta-feira, uma operação midiática para sair das cordas e deixar de representar um peso para sua candidata; em entrevista ao Estado de S. Paulo, ela diz ser alvo de "preconceito"; na Folha, conta com uma generosa reportagem em que é sempre identificada como "educadora"; no entanto, ela própria diz que vive com os dividendos que recebe como acionista do Itaú e foi na condição de banqueira, não de educadora, que ela doou R$ 1 milhão ou 83% de todos os recursos do instituto de Marina Silva; na primeira entrevista que concedeu, após a morte de Eduardo Campos, a acionista do Itaú defendeu a agenda dos bancos e não mencionou a palavra educação uma única vez; até o fim da disputa, Neca não sairá da linha de tiro

11 de Setembro de 2014 às 05:54

247 – A coordenadora do programa de governo de Marina Silva, Maria Alice Setubal, conhecida como Neca, deflagrou, nesta quinta-feira, uma operação para tentar sair das cordas e deixar de representar um peso para sua candidata, depois que as pesquisas eleitorais desta semana apontaram os primeiros problemas na campanha do PSB. Em dois levantamentos, da CNT/MDA e do Datafolha, Marina perdeu pontos e passou a estar em empate técnico com a presidente Dilma Rousseff no segundo turno. Uma das razões é o fato de Marina estar extremamente associada a Neca, herdeira do Banco Itaú, que deu a ela R$ 1 milhão no ano passado (83% de toda a receita do seu instituto).

A ação de imagem de Neca Setubal envolveu dois jornais paulistas. Ao Estado de S. Paulo, ela concedeu uma entrevista à colunista Sonia Racy, em que diz ser alvo de um preconceito contra banqueiros que vem desde a Idade Média. Na mesma entrevista, enfatiza sua condição de "educadora". Na Folha, ela contou com uma generosa reportagem, que vai na mesma linha. "Acionista do Itaú e colaboradora do Itaú viveu afastada dos negócios da família", diz o título (leia aqui).

O tom da reportagem não poderia ser mais claro:

Aos 63 anos, a educadora Maria Alice Setubal, mais conhecida como Neca, é dona de 1,3% das ações do grupo (o equivalente a 0,5% do Itaú Unibanco), mas nunca teve cargo nas empresas comandadas pela família.

Ela já deu aula em escolas e numa faculdade, e trabalha há anos com educação, cultura e projetos sociais. Seus filhos também estão fora do Itaú. Os dois rapazes trabalham em bancos concorrentes. A filha é psicanalista.

Neca não tem, praticamente, nada a ver com os destinos do Itaú. E a orientação interna da Folha, que talvez tenha marinado, parece ser tratá-la sempre como "educadora".

O problema, no entanto, é que foi a própria Neca quem escolheu desempenhar o papel de banqueira e porta-voz da agenda dos bancos na campanha de Marina.

Afinal, foi na condição de banqueira ou educadora que ela doou 83% dos recursos do instituto que se dedica a alimentar o mito Marina Silva?

O ponto mais importante não é esse. Logo após a morte de Eduardo Campos, Neca Setubal passou a falar em nome da candidata Marina Silva, numa entrevista concedida ao jornalista Fernando Rodrigues, e defendeu a agenda dos bancos. O título da reportagem foi explícito: "Marina Silva acena ao mercado e promete autonomia para o BC" (leia aqui).

Na longa entrevista, a "educadora" Neca Setúbal não menciona uma única vez a palavra "educação". No entanto, discorre longamente sobre metas de inflação, autonomia do Banco Central e outros temas econômicos. Diz, inclusive, que Marina concederá autonomia ao BC, mesmo sem concordar com esta tese. Eis um trecho:

Eduardo Campos falou várias vezes que a meta de inflação seria perseguir 4,5% nos próximos quatro anos para assumir uma meta, de 3%, a partir de 2019. Isso vai estar explicitado no programa?

Vai.

Dessa forma?
Dessa forma. Exatamente. A meta de inflação vai para o centro, para 4,5%, ao longo do governo de quatro anos. Para depois chegar a 3%. Isso está explícito.

Economistas ortodoxos e alguns do governo dizem que para reduzir a inflação ao longo de quatro anos nesse nível seria necessário aumentar juros e produzir desemprego no país. Esse tema é tratado no programa?
Não dessa forma, não vai dizer. Acho que não existe "vou aumentar juros". Nenhum programa vai colocar dessa forma.
O capítulo de economia tem um olhar que combina com uma parte da gestão de recursos naturais. Busca-se um diálogo com o desenvolvimento sustentável.
O Eduardo [Campos] tinha um compromisso com o social. Ao mesmo tempo que enfatizava a gestão, nunca perdia de vista o compromisso com a questão social. Ele dizia que conseguiria compor: trazer a inflação [para o centro da meta] e ter responsabilidade fiscal. No programa de governo tem o que ele falou. Ele já havia falado de ter um conselho de fiscalização.

Marina, como o programa já está pronto, concordava com todos esses pontos e vai assumi-los?
Vai assumi-los. Vai assumir todos os programas. Ela tinha se posicionado em alguns pontos de uma forma diferente do Eduardo. Por exemplo, o caso do Banco Central. Ela achava que não era necessário ter uma autonomia formal do Banco Central. Ela não achava que precisaria…

De uma lei…
…De uma lei para dar mais autonomia. Mas acho que são os consensos. Existiam diferenças e o programa reflete o que é de consenso. Então ela, enfim, aceitou isso.

No caso do Banco Central, como Eduardo propunha autonomia, mandatos para o presidente e diretores, isso tudo está mantido e será assumido por Marina?
Será assumido pela Marina. A declaração dela é que vai assumir todos os compromissos do Eduardo.

No caso do Banco Central, uma lei seria proposta?
Muitas vezes, Marina falava: "Bom, isso não era a minha posição, mas essa foi a posição do Eduardo e a gente concordou com isso". Então, ela vai assumir essas posições.

A autonomia do Banco Central?
É.

A entrevista de Neca Setubal após a morte de Campos deixa absolutamente claro que ela não falava como "educadora", mas sim como "banqueira". Ou, na melhor das hipóteses, como herdeira de um grande banco, cujos dividendos a sustentam, assim como o instituto Marina Silva.

Afinal, Neca Setubal é banqueira ou educadora? | Brasil 24/7

Folha ainda vai nos convencer que é a Marina que sustenta a herdeira do Itaú, Neca Setúbal

Filed under: Banco Itaú,Manipulação,Marina Silva,Neca Setúbal — Gilmar Crestani @ 8:42 am
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Marina jatinho

A Folha só não explica como Neca Setúbal conseguiu financiar com tanto dinheiro a empre$inha da Marina…

No meio do tiroteio

Neca Setubal, acionista do Itaú e colaboradora de Marina que virou alvo doPT, sempre viveu afastada dos negócios da família

DAVID FRIEDLANDERÉRICA FRAGADE SÃO PAULO

A acionista do grupo Itaú que nos últimos dias virou um dos alvos preferenciais do PT no tiroteio da campanha eleitoral só pisou uma vez na sede do banco neste ano, para participar de uma reunião da fundação que cuida dos projetos sociais da instituição.

Aos 63 anos, a educadora Maria Alice Setubal, mais conhecida como Neca, é dona de 1,3% das ações do grupo (o equivalente a 0,5% do Itaú Unibanco), mas nunca teve cargo nas empresas comandadas pela família.

Ela já deu aula em escolas e numa faculdade, e trabalha há anos com educação, cultura e projetos sociais. Seus filhos também estão fora do Itaú. Os dois rapazes trabalham em bancos concorrentes. A filha é psicanalista.

Apesar disso, Neca virou alvo fácil para os petistas na corrida presidencial. Uma das principais colaboradoras da ex-senadora Marina Silva (PSB), ela passou a ser tratada como se fosse símbolo da influência que os banqueiros teriam num governo Marina.

Um anúncio veiculado pela campanha da presidente Dilma Rousseff na televisão diz que Marina pretende entregar o comando da economia aos bancos. Numa referência a Neca, a presidente disse que não é apoiada nem sustentada por banqueiros.

Neca contribui com as campanhas de Marina e financia um instituto que a candidata criou para desenvolver projetos na área de sustentabilidade. Na campanha deste ano, porém, Dilma arrecadou R$ 9,5 milhões do setor financeiro e Marina, R$ 4,5 milhões.

"Contribuo com a campanha porque acredito na Marina", diz Neca. "O dinheiro para o Instituto Marina Silva não foi para ela, mas para projetos de sustentabilidade ligados a jovens." Como a Folha revelou no domingo (7), Neca deu R$ 1 milhão ao instituto.

Ela diz que já esperava os ataques pessoais, até porque eles se repetem desde 2010, quando apoiou a primeira campanha de Marina à Presidência da República. "Só não achava que seriam tão violentos. Estão distorcendo e inventando coisas para colocar as pessoas contra a Marina."

Única mulher entre sete irmãos, Neca sempre fez opções alternativas.

Aos 15 anos, os pais a mandaram estudar na Suíça. Ficou dois meses fora e voltou fumando da Europa. Anos atrás, separada do primeiro marido, largou tudo para morar com o corretor de terras Paulo Almeida Prado no interior do Tocantins. Montou com ele um hotel fazenda em Itu e estão juntos até hoje.

Nos anos 70, quando estudava sociologia na Universidade de São Paulo, Neca militava no MDB, partido que fazia oposição à Arena, sigla à qual o pai era filiado –o banqueiro Olavo Setúbal foi prefeito biônico de São Paulo, nomeado pela ditadura militar.

A socióloga foi convidada a participar da primeira campanha de Marina pelo amigo Guilherme Leal, sócio da indústria de cosméticos Natura e vice da chapa de 2010.

Ajudou a formular seu programa na área de educação e no ano passado participou da tentativa fracassada de criar a Rede Sustentabilidade, o partido idealizado por Marina e barrado na Justiça Eleitoral.

Há dois anos, ela colaborou com a campanha do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Depois de eleito, ele a convidou para ser secretária de Educação. Ela não quis.

Agora, Neca coordena o programa de governo do PSB com o ex-deputado Maurício Rands e atua como uma espécie de fiadora de Marina junto às classes mais abastadas e ao meio empresarial.

Ela já fez a ponte entre alguns empresários e Marina e às vezes consegue contatos que os encarregados de levantar fundos para a campanha possam pedir doações.

Neca vive dos dividendos de suas ações do Itaú. Chegou a trabalhar como professora da Universidade Mackenzie e do Colégio Santa Cruz, em São Paulo, e foi dona de uma escola de educação infantil.

É fundadora do Centro de Pesquisa para Educação e Cultura (Cenpec). A instituição, muito respeitada na área, tem vários projetos com o governo federal e administrações estaduais e municipais, incluindo a Prefeitura de São Paulo, a cargo do PT.

Neca é uma das idealizadoras da Olimpíada de Língua Portuguesa que, desde 2007, é feita em parceria com o Ministério da Educação.

Ela também é formuladora de programas voltados para jovens em situação de vulnerabilidade social.

Os ataques a Neca causaram surpresa no meio educacional: "Ninguém que conhece o trabalho dela faria qualquer ligação com banco. Não faz parte do dia a dia dela", diz Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann.

07/09/2014

Marina tem um Itaú de vantagens; Aécio, um helipóptero…

Filed under: Aécio Neves,AécioPorto,Banco Itaú,Marina Silva,Neca Setúbal — Gilmar Crestani @ 4:23 pm
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Itaú bancou 83% do “Marina Esperança”

7 de setembro de 2014 | 12:24 Autor: Miguel do Rosário

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Que lindo!

Agora sim descobrimos que a herdeira do Itaú, Maria Alice Setúbal, carinhosamente apelidada de Neca Setúbal, é realmente uma “educadora extraordinária”.

“Educou” Marina direitinho: ensinou-lhe, por exemplo, que ela pode recuar em tudo, menos na defesa da autonomia do Banco Central.

Segundo asseverou Marina Silva, num debate recente, Neca está no mesmo nível moral e político que Chico Mendes.

Enquanto Chico Mendes organizava o sindicato de seringueiros, abrindo o caminho político para Marina Silva, anos mais tarde, se eleger pelo PT, Neca Setúbal também mexia seus pauzinhos na política brasileira.

Chico Mendes pagou com sua vida para tentar mudar a realidade triste dos seringueiros do Acre.

Neca seguiu um caminho bem mais confortável: doou R$ 1 milhão para o programa “Marina Esperança”, ou 83% de tudo que o instituto Marina recebeu ao longo de sua história.

Chico Mendes trabalhou para a consolidação do principal partido de esquerda do país, o PT.

Neca Setúbal operava e opera para derrotar o PT.

Enquanto Chico Mendes arregaçou as mangas e foi candidato a deputado estadual pelo PT, Neca Setúbal arrumou uma marionete para ser a sua candidata a presidente da república.

“Marina Esperança” é a esperança de que os bancos privados, Itaú à frente, assumam de vez as rédeas da nação.

É merecido! Os bancos já são os que mais recebem dinheiro do governo, através dos juros. É justo que ocupem logo o lugar que lhes cabe: o poder executivo!

Reportagem da Folha revela que a “educadora” Neca Setúbal, além dos R$ 1 milhão doados à Marina, via Instituto Marina, doou R$ 470 mil a três candidatos (dois do partido de Marina, do PSB; e um do PV).

Também doou a um senador. E mais R$ 200 mil para a campanha presidencial do PSB.

Só aí temos R$ 1,67 milhão. Isso é o que vem declarado.

Fora os empréstimos pessoais, os jantares de luxo, as doações informais.

Fora os apartamentos emprestados, como é o caso daquele onde vive Marina Silva, pertencente a um fazendeiro milionário de direita, filiado ao DEM, proprietário de terras em Mato Grosso e Pará, e dono de uma rede de postos de gasolina.

(Um cara muito ecológico; qualquer ambientalista teria orgulho de ter um amigo assim!)

Marina se tornou uma figura amada por banqueiros e fazendeiros! Uma doa R$ 1 milhão, outro lhe empresta um apartamento de luxo em São Paulo.

Pena que Chico Mendes não conheceu Neca (nem o fazendeiro e dono de postos de gasolina)!

Acabariam seus problemas financeiros! Seria eleito facilmente deputado nas eleições de 1982!

Só que não.

Chico Mendes não aceitaria ser marionete de um banco privado que deve R$ 18 bilhões ao fisco, e que, junto com outros bancos, tem sido beneficiário do que talvez seja o maior roubo da história da humanidade: o assalto ao povo brasileiro via pagamentos de juros alucinantes sobre a dívida pública.

Alguém já parou para calcular quanto os bancos brasileiros ganharam, desde a redemocratização, com o pagamento de juros pelo Tesouro Nacional?

Trilhões de reais?

Sem falar no Proer, o escandaloso “bolsa banco” de FHC, que doou quase R$ 90 bilhões aos bancos privados, em valores atualizados.

Pensando bem, Neca fez um bom investimento.

Agora entendo porque Marina tem copiado o slogan de Lula em 2002, e diz que o medo irá vencer a esperança.

Num governo Marina, os banqueiros e a mídia vão perder o medo, e terão esperança de retorno aos dias gloriosos da era tucana, em que não só eram os mais ricos e mais poderosos do país (como são até hoje), mas ocupavam o centro do poder político.

Viva Chico Mendes!

Viva o Brasil!

Itaú bancou 83% do “Marina Esperança” | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

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