![]() |
![]() |
Na capa, a FOLHA, seguindo o que preconizava Judith Brito, criminaliza a instituição (petistas). Na página interna, ameniza para “Ex-diretor da Petrobras cita propina a ministro e Renan”. A Folha faz isso de propósito porque sabe que a maioria de seus leitores para na manchete. O antipetismo incrustado na velha mídia (não é por acaso que criaram o Instituto Millenium para coordenar a luta antipetista) é velho e criou uma manada de seguidores. A manada nem sabe porque, mas é antipetista. E isto basta. Que a Eliane Cantanhêde fizesse isso, tudo bem, ela tem fortes razões familiares (é casada com o PSDB), que os partidos façam isso, é da lógica política, mas que as cinco irmãs (Veja, Estadão, Folha, Globo & RBS) o façam, é porque a máfia sabe quem pode cortar os dutos que a sustenta. Não é mero acaso que o PSDB distribui milhares de assinaturas da Veja e Folha nas escolas públicas de São Paulo… E por aí também se explica porque nada de negativo em relação ao PSDB sai, e quando sai escondem o partido e as pessoas, como se a corrupção fosse do órgão onde ocorreu. Alstom, Siemens, Robson Marinho parecem que não tem nada a ver com o PSDB nem com políticos do PSDB, tudo ocorre como se fosse na Suíça ou na Alemanha, onde ambos foram condenados.
Naspers & Veja: aquela dava suporte ao apartheid; esta, aos antipetistas
O Estadão, um pouco mais sóbrio, também encontra um forma criativa de botar PT no meio da manchete. A pergunta é porque, quando há políticos envolvidos em algum escândalo, só aparece o partido PT? Aliás, neste caso, as principais figuras nem são do PT. Antes pelo contrário. Eduardo Campos não é nem nunca foi do PT. Renan Calheiros é do PMDB dos Honoráveis Bandidos José Sarney e Pedro Simon… A maior parte dos envolvidos na reportagem são de outros partidos, mas, para a máfia da mídia, isso não tem a menor importância e por isso não vai para a manchete.
Que a Veja fizesse isso, seria compreensível, ela recebe dinheiro da NASPERS, o grupo sul-africano que dava suporte ao apartheid, e todos seus maiores anunciantes já foram condenados pelos fiscais do Ministério do Trabalho por trabalho escravo. Mais, como na fábula da rã e do escorpião, é da natureza da parceria da Veja com o submundo da arapongagem toda eleição lançar ataques ao PT. Alguém que não seja anencefálico ainda deve lembrar do Delegado Bruno. As relações de alguns arapongas com a Veja, cujos frutos amadurecem sempre às vésperas de eleições e com rotineira parceria dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium, são cultivadas durante o ano, como a repentina morte do caso do helicóptero com 450 kg de cocaína…
O erro do PT tem sido este, de ir ao cadafalso de cabeça baixa, sem reação. Fazer como a ovelha, berrar depois de passada a faca no pescoço, só acelera o efeito da degola. Não adianta contar apenas com a capacidade de discernimento dos leitores e eleitores, a velha mídia consegue vender como bom até leite contaminado, agrotóxico como remédio e transgênico como se fosse algo saudável.
NO ESTADÃO
Delator cita Campos e aliados do PT; campanha de Dilma teme prejuízos
RICARDO GALHARDO E ANDREZA MATAIS
Ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto da Costa vincula governadores, ministros e parlamentares ao escândalo de propina na estatal
NA FOLHA
Ex-diretor da Petrobras cita propina a ministro e Renan
Paulo Roberto Costa menciona ainda Eduardo Campos e o tesoureiro do PT
De acordo com a revista ‘Veja’, ex-executivo relaciona também Roseana Sarney e o ex-governador Cabral
DE SÃO PAULO
O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), e os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Henrique Alves (PMDB-RN), foram citados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como beneficiários de propina em esquema na estatal, relata a revista "Veja".
A reportagem não traz detalhes, documentos nem valores sobre o esquema.
Os ex-governadores do Rio e de Pernambuco, Sérgio Cabral (PMDB) e Eduardo Campos (PSB), morto em agosto, e a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), também foram citados, assim como o ex-ministro das Cidades de Dilma Mário Negromonte (PP-BA).
O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que aparece em outros episódios da investigação da Operação Lava Jato, é mencionado como o elo entre o esquema e o partido.
A revista também traz como beneficiários de propina os senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Ciro Nogueira (PP-PI) e os deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP) e João Pizzolatti (PP-SC).
Os nomes, segundo a revista, surgiram no acordo de delação premiada que Costa fez com procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato.
O ex-diretor decidiu fazer a delação para tentar deixar a prisão, onde está há quase três meses. Se as informações que prestar forem relevantes para esclarecer outros crimes, ele pode ser solto.
A Operação Lava Jato foi deflagrada em março com a prisão do doleiro Alberto Youssef, acusado de liderar o esquema de lavagem que movimentou R$ 10 bilhões.
Costa é apontado como o chefe de um esquema de desvio de verbas da Petrobras no período em que foi diretor da estatal, de 2004 a 2012, nos governos de Lula e de Dilma Rousseff, ambos do PT. O doleiro cuidaria da lavagem do dinheiro para que o recurso chegasse aos políticos.
A compra da refinaria de Pasadena, no Texas, sobre a qual o Tribunal de Contas da União já apontou uma série de indícios de superfaturamento, também envolveu o pagamento de suborno, segundo o relato de Costa.
O ex-diretor da estatal já havia citado o nome do ex-governador Eduardo Campos, mas como sua testemunha de defesa. O ato foi interpretado como envio de um recado para os políticos de que outros nomes poderiam ser revelados por Costa.
APOIO
O advogado do ex-diretor à época, Nelio Machado, escreveu numa petição que poderia solicitar a convocação do ex-presidente Lula e da presidente Dilma.
Lula é apontado como uma espécie de protetor de Costa na Petrobras. Ele foi indicado ao cargo pelo PP, ganhou o apoio do PT e do PMDB, mas sentia-se abandonado pelos parlamentares após ter sido preso pela Polícia Federal.
Como diretor de distribuição da Petrobras, Costa foi responsável pela obra mais cara da estatal, a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cujo preço final deve passar de R$ 40 bilhões.
O depoimento com os nomes dos políticos terá de ser analisado pelo ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), porque eles têm foro privilegiado.