Ficha Corrida

06/12/2014

Herança do último rei do Congo, digo, da Veja

O Brasil já esteve melhor de heróis. Hoje sobrou-nos a cadeira elétrica de ventríloquo dos grupos mafiomidiáticos. O mesmo que não suportava horas de sessão para depois cair no samba ou em sessões intermináveis de cinema com a nova namorada. Macunaíma do direito, virou herói de quem não tem nenhum caráter simplesmente porque aplicou, em benefício próprio a Lei de Gerson… criou a ASSAS JB Corp para comprar em Miami, por U$ 10 dólares, um apartamento que vale mais de um milhão.

Fica a lição: toda vez que o Instituto Millenium elege um herói podes ter certeza, não passa de 171!

JB Capa VejaSem uso, cadeira de Joaquim Barbosa é deixada na sala de fisioterapia do STF

SEVERINO MOTTADE BRASÍLIA

Uma espreguiçadeira com massageador elétrico, estofamento em couro marrom, detalhes em madeira e acabamento em aço inox escovado tem chamado a atenção de servidores que frequentam a sala de fisioterapia do STF (Supremo Tribunal Federal).

O móvel é velho conhecido dos ministros da corte, que conviveram com ele no cafezinho que fica atrás do plenário e viram, por diversas vezes, seu então dono, o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa, usá-la nos intervalos do julgamento do mensalão para aliviar as dores nas costas.

Comprada em 2009 com dispensa de licitação, a pedido do gabinete de Barbosa, a espreguiçadeira custou R$ 5.900 –cerca de R$ 7.800 hoje. Segundo o catálogo da loja que a produz, ela personaliza posições para um melhor descanso e é perfeita para assistir a TV, ler ou relaxar.

Na gestão de Barbosa a espreguiçadeira subia e descia do cafezinho para uma espécie de sala montada no gabinete da presidência, onde Barbosa era atendido por fisioterapeutas para aliviar as dores nas costas. No local, além do aparelho, havia televisões para que o ministro acompanhasse as sessões.

Com a aposentadoria de Barbosa, a sala foi desmontada, e a cadeira foi enviada para a sala de fisioterapia da corte. Segundo fisioterapeutas ouvidos pela reportagem, o equipamento não é considerado uma peça específica para tratamentos de saúde.

Questionada sobre a compra e uso da espreguiçadeira, a assessoria do STF disse que ela foi adquirida a pedido do ex-ministro e que hoje pode ser utilizada pelos servidores.

"A compra do referido item obedeceu às exigências legais e foi efetuada, em 2009, para atender a uma demanda específica do ministro Joaquim Barbosa. Após a aposentadoria de sua excelência, o item foi enviado à unidade de fisioterapia do tribunal para uso coletivo", diz o tribunal.

Na fisioterapia, a cadeira não propicia relaxamento aos servidores: como não faz parte dos tratamentos, está abandonada num canto, atrapalhando quem circula por ali.

30/08/2014

Macunaíma, camaleão sem nenhum caráter

Filed under: Coerência,Jean Wyllys,Macunaíma,Marina Mala Faia,Marina Silva — Gilmar Crestani @ 9:57 pm
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marina  in natura

A candidata dos quatro tuítes

30 de agosto de 2014

por Paulo Moreira Leite

Conflitos banais da campanha confirmam a imensa fragilidade política de Marina Silva para falar de gays, juros, salário mínimo…


Denunciado por Jean Willys, o recuo dos quatro tuites na definição do preconceito contra homossexuais no plano do racismo foi a mais recente demonstração de um traço político marcante de Marina Silva: a imensa fragilidade política para defender seus pontos de vista e enfrentar contradições e conflitos. Quando isso acontece, ela prefere fingir que tudo não passou de um mal entendido.
Não vamos nos enganar: a defesa resoluta dos direitos dos homossexuais pode implicar na retirada do apoio do tristemente famoso deputado e pastor Feliciano, dono de uma retórica escandalosa que em 2013 provocou repúdio de vários setores da juventude e da consciência democrática do país – mas foi confortado por Marina, que na época enxergou “preconceito” nas críticas ao parlamentar.
Não foi o primeiro caso e é parte do personagem “Marina Silva” que se apresenta na campanha. A aura de predestinada pressupõe uma concorrente acima dos homens e das mulheres, das classes e dos interesses. Atuando num plano superior, Marina não erra.
Até hoje os colegas de governo Lula não conseguem conter o riso quando recordam o depoimento de Marina Silva no Jornal Nacional. Questionada pela nomeação de um candidato a vice presidente que fez campanha aberta pela liberação dos transgênicos, Marina reescreveu a própria história. Disse que nunca foi contra os transgênicos. Apenas gostaria de um sistema que permitisse o convívio da soja transgênica com a soja natural.
“Ela simplesmente ameaçou pedir demissão do cargo,” recorda um ministro que seguiu o debate de perto. Um alto funcionário do ministério do Meio Ambiente recorda que aliados de Marina chegaram a homenagear a ministra com flores — uma forma de marcar publicamente seu descontentamento.
A Medida Provisória que liberava os transgênicos não proibia a soja natural — apenas autorizava o plantio e comercialização da versão modificada genéticamente. Com sua declaração, a candidata perdeu uma excelente oportunidade para reconhecer perante os brasileiros a quem pede seu voto que errou ao combater os transgênicos –ou que foi incoerente ao aceitar um vice que nunca escondeu que fazia campanha por eles e até recebeu apoio financeiro do setor interessado. Preferiu investir em seu personagem Mas não foi só. A mesma MP, que tratava de biossegurança de forma geral, foi alvo de Marina por outra razão: autorizava pesquisas com células-tronco, que ela condenava. A ironia, no caso, é que as pesquisas tinham apoio do Ministério de Ciência e Tecnologia, cujo titular era Eduardo Campos, titular da chapa presidencial do PSB até a tragédia do Cessna.
O Valor Econômico de hoje registra que o mercado financeiro está abandonando Aécio Neves para apoiar Marina e explica: “o sonho de dez entre dez integrantes do mercado financeiro é ver a derrota da candidata do PT.”
Num esforço para não decepcionar nenhum dos dez entre dez, o programa de Marina Silva não faz menção a uma das grandes conquistas dos trabalhadores no governo Lula-Dilma — a legislação que garante reajustes automáticos do salário mínimo, sem necessidade de se promover conchavos anuais no Congresso em nas semanas anteriores ao 1. de maio. Com isso, deixa a porta aberta para que
Outra ponto do programa vem dos bancos privados mas este já foi atendida e, a julgar pela desenvoltura da coordenadora do programa de governo Neca Setubal, herdeira do Itaú, não deve cair nem com um milhão de tuites.
O programa de governo defende a ampliação da participação dos bancos privados no mercado de crédito, diminuindo a participação dos estatais. É coerente com a ideologia privatizante de Marina. Também é prejudicial do ponto de vista do consumidor.
Os bancos privados perderam terreno no mercado de crédito, depois da crise de 2008, porque se recusaram a competir pelos clientes. Mantiveram seus juros nas alturas, mesmo depois que o Banco Central trouxe a taxa Selic para índices compatíveis com aquele momento econômico. O Banco do Brasil e a Caixa só cresceram, a partir de então, porque resgataram clientes que o setor privado decidira abandonar, ameaçando quebrar empresas pela falta de capital de giro e empréstimos que costumavam ser renovados automaticamente.
Atendendo a determinação de Lula — uma imperdoável intervenção aparelhista do Estado petista, certo? — os bancos privados se afastaram da política de mercado para atender ao interesse público.
Essa é a questão.Quando fala em ampliar o espaço dos privados, o programa de governo esconde principal. O mercado de crédito funciona — ou deveria funcionar — sob regime de livre concorrência, onde cada um explora a fatia do mercado que conquistou. Nessa situação, a única forma de mudar a posição de uns e outros é obrigar os bancos que cobram menos a elevar seus juros, permitindo que as instituições que tem taxas maiores ganhem novos clientes.
Em qualquer caso, é uma medida que, elevando o custo do dinheiro, contribui para esfriar ainda a economia, estimulando uma recessão de verdade. Para beneficiar bancos privados, prejudica-se o consumidor e o empresário.
Alguma surpresa? Nenhuma.
Proprietária de uma retórica de palavras fortes, Marina é fraca de conteúdo — situação típica de discursos estruturados mas vazios.

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Paulo Moreira Leite

Paulo Moreira Leite é diretor do 247 em Brasília. É também autor do livro "A Outra História do Mensalão". Foi correspondente em Paris e Washington e ocupou postos de direção na VEJA, IstoÉ e Época. Também escreveu "A Mulher que Era o General da Casa".

A candidata dos quatro tuítes | Paulo Moreira Leite

22/05/2014

Como são pobres estes heróis da Veja

Filed under: Joaquim Barbosa,Macunaíma,Veja — Gilmar Crestani @ 11:37 pm
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JB Capa Veja

Barbosa defende PEC que eleva salário de ministros do STF a quase R$ 40 mil

Proposta, que cria ganho adicional para cada cinco anos de trabalho de juízes, deve ser votada hoje em comissão do Senado

21 de maio de 2014 | 2h 14

João Villaverde – O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA – Um ministro do Supremo Tribunal Federal poderá receber quase R$ 40 mil por mês, uma elevação de 35% sobre o salário atual, caso a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 63 seja aprovada no Congresso Nacional. O aumento, defendido publicamente pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa, em nota técnica enviada aos senadores no último dia 22, é considerado explosivo pelo governo Dilma Rousseff.

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Tendo os parlamentares no meio do caminho, a questão virou uma espécie de guerra fria entre o Executivo e o Judiciário.

Com votação prevista para hoje na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, a PEC 63 cria um adicional por tempo de serviço de 5%, aplicado a cada cinco anos, até o limite de 35%, para todos os magistrados brasileiros e também ao Ministério Público federal e estadual.

Este universo, hoje, é de aproximadamente 30 mil servidores na ativa. Mas a proposta vai além: o benefício que será somado ao salário valerá também para aposentados e pensionistas.

Avanço. Segundo cálculos obtidos pelo Estado, todas as categorias de juízes do Brasil passarão a ganhar acima do teto constitucional, de R$ 29,4 mil mensais. Com isso, os salários dos ministros do STF – chamados de "subsídios" na nomenclatura orçamentária – irão extrapolar o teto já no primeiro quinquênio. Com o primeiro adicional de 5%, seus subsídios passarão a R$ 30,9 mil por mês.

A cada cinco anos, o adicional de 5% será aplicado, e ao final de 35 anos, o salário total chegará a R$ 39.774,04 por mês, em valores atuais. Um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai extrapolar o teto no segundo quinquênio, e chegará ao final com salário de R$ 37,7 mil. Hoje, o teto salarial do STJ é de R$ 27,9 mil por mês.

Estados. Os juízes de tribunais estaduais sairão do atual patamar de R$ 26,5 mil para R$ 35,9 mil. Este é o maior grupo de juízes do País, onde estão quase 12 mil magistrados.

Juízes federais, por sua vez, verão seus rendimentos pularem a R$ 34,1 mil por mês, e os juízes substitutos, que hoje estão na base da pirâmide de vencimentos, com salários de R$ 23,9 mil, passarão a R$ 32,4 mil, no máximo – valor que é 10% superior ao que os ministros do STF recebem hoje.

Em nota enviada ao Senado, o presidente do STF e também do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Joaquim Barbosa, afirma ser "recomendável" a criação do adicional por tempo de serviço. Barbosa argumenta que a medida é uma forma de "garantir a permanência e estimular o crescimento profissional na carreira".

Além do efeito imediato sobre as contas públicas federais e estaduais, seja pelo gasto com os magistrados e integrantes do Ministério Público que estão na ativa, seja pelo gasto com aposentados e pensionistas (já que os efeitos da PEC 63 são retroativos), a proposta de emenda constitucional também é temida pelo governo por seu efeito indireto.

A iniciativa pode se multiplicar para as outras carreiras que ganham subsídios, tanto na esfera federal como na estadual, tais como advogados públicos, defensores, delegados, auditores e diplomatas. / COLABOROU FELIPE RECONDO

Barbosa defende PEC que eleva salário de ministros do STF a quase R$ 40 mil – politica – versaoimpressa – Estadão

04/05/2014

Retrato em branco e preto do herói dos sem-caráter

Como os médicos agiram com JB nas dores nas costas e como agem com Genoino no coração danificado

Postado em 02 mai 2014

por : Paulo Nogueira

O rei das licenças

Deu no Estadão em agosto de 2010, antes que Joaquim Barbosa se tornasse herói do jornal por conta de sua conduta no Mensalão.

Aspas e dois pontos.

“O ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que está de licença por recomendação médica, alegando que tem um “problema crônico na coluna” e, por isso, enfrenta dificuldade para despachar e estar presente aos julgamentos no plenário do STF, não tem problemas para marcar presença em festas de amigos ou se encontrar com eles em um conhecido restaurante-bar de Brasília.”

“Na tarde de sábado (ontem), a reportagem do Estado encontrou o ministro e uns amigos no bar do Mercado Municipal, um point da Asa Sul. Na noite de sexta-feira, ele esteve numa festa de aniversário, no Lago Sul, na presença de advogados e magistrados que vivem em Brasília.”

“Joaquim Barbosa está em licença médica desde 26 abril. Se cumprir todos os dias da mais nova licença, ele vai ficar 127 dias fora do STF, só neste ano. Em 2008, ficou outros 66 dias licenciado. Ano passado pegou mais um mês de licença. Advogados e colegas de tribunal reclamam que os processos estão parados no gabinete do ministro.”

Na mesma ocasião, Reinaldo Azevedo, na Veja, publicou o seguinte.

“Seria o mínimo de consideração com a sociedade, com o erário, com os seus pares, com o Supremo, que o ministro Barbosa viesse a público dar uma explicação”, disse o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante Júnior. “Não há coerência entre a postura de não trabalhar por um problema de saúde, que é natural, qualquer pessoa pode ter, e de ter uma vida social onde isso não é demonstrado.”

Tudo isso para mostrar o seguinte: a extraordinária liberalidade que Joaquim Barbosa sempre demonstrou em relação a si mesmo nas questões médicas se tornou o oposto quando em questão está a saúde de Genoino.

E convenhamos: dores crônicas nas costas – devidas a excesso de peso e falta de alongamento, em geral — são infinitamente menos graves que cardiopatias.

Quais foram os médicos que foram tão generosos com Barbosa? Algum deles foi incumbido de avaliar Genoino?

Se eu fosse advogado de Genoino, averiguaria isso.

Seja como for,  existem duas realidades para JB. Uma, a dele próprio, plena de regalias, e não só médicas, aliás.

JB não hesitou, por exemplo, em apanhar um avião da FAB e enchê-lo de jornalistas que iriam aplaudir uma palestra insignificante que ele daria na Costa Rica. (O Globo estava presente, naturalmente. As Organizações Globo não tinham dinheiro para pagar a viagem de sua jornalista. Pausa para rir, ou chorar.)

Ninguém se indignou com o voo de Joaquim Barbosa, embora o de Renan tenha despertado centenas de artigos moralistas sobre o emprego do dinheiro público.

A segunda realidade, para JB, é a dos outros. Imagine se a cardiopatia fosse dele, e não de Genoino.

Se dores nas costas o levaram a faltar meses e meses, o que ele faria se seu coração estivesse danificado seriamente como o de Genoino?

Este é o presidente da corte suprema. Esta é justiça segundo Joaquim Barbosa.

Paulo Nogueira

Sobre o Autor

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

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