Ficha Corrida

21/09/2014

Quem finanCIA?

eua vergonhaPelo andar da carruagem a CIA resolveu eliminar o intermediário Instituto Millenium e tomar para si as rédeas da condução do nosso pensamento. Antes eles finanCIAvam o IBAD, o iFHC, o Instituto Millenium. Por isso que se diz, depois da Wikileaks e do William Waack que os EUA não precisam invadir o Brasil.

A presença de FHC como padrinho, e Celso Lafer, aquele que tinha de tirar os sapatos para entrar nos EUA, não é só sintomático, é o retrato pronto de acabado da nova roupagem do entreguismo de sempre.

Há por aqui um exército grande o suficiente para entregar de mão beijada o que eles querem. Esses institutos/ongs disseminadas por aí, com recursos vindos à sorrelfa explicam porque a CIA tem o maior orçamento do mundo sem precisar declarar o destino.

Quando se fala em Instituto da Liberdade, que se atrela aos EUA, precisam primeiro explicar porque o país da liberdade deles criou um muro entre os EUA e o México!

O Muro de Berlim caiu para que os EUA construíssem um Muro Mexicano! Liberdade made in USA é isso aí!

Casa Ibiá, ao seu dispor, Tio Sam!

EUAGloboEconomistas abrem versão de ‘Casa das Garças’ em SP

Centro de Debate de Políticas Públicas reúne nomes de linhagem ortodoxa

Associados lançam agenda econômica, mas não querem ser vinculados a nenhum dos partidos políticos

THAIS BILENKYMARIANA CARNEIRODE SÃO PAULO

Uma casa na rua Ibiapinópolis, no Jardim Paulistano, já recebeu Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente pelo PSDB, Marina Silva, presidenciável pelo PSB, e Fernando Haddad, prefeito pelo PT. Na última sexta (19), foi a vez de um ex-integrante do Federal Reserve, o banco central americano, falar sobre a política monetária dos EUA.

É assim a nova rotina na Casa Ibiá, imóvel recuperado por iniciativa do empresário Marcos Lederman e que virou sede do CDPP. O Centro de Debate de Políticas Públicas é um "think-tank" (tanque de pessoas pensando, na tradução literal do inglês).

A arquitetura, a discrição dos integrantes e a linha de pensamento dos economistas faz com que o lugar se assemelhe à famosa Casa das Garças carioca. Enclave do debate econômico encrustado no Leblon, foi fundado por Edmar Bacha e Dionísio Dias Carneiro, saídos da PUC-Rio.

Pela época em que foi criada –em 2003, no fim da era FHC– e pela associação dos seus fundadores com o governo do PSDB, a Casa das Garças acabou rotulada como "ninho tucano". O CDPP, enfatizam seus associados, quer ser apartidário.

Foi FHC quem fez a palestra inaugural da Casa Ibiá, no fim do ano passado. Na plateia, estavam ex-ministros de seu governo, como Pedro Malan e Celso Lafer, lembra-se um dos presentes.

Foi um dos eventos que mais encheram o auditório, que comporta 50 pessoas. Também foi assim na apresentação de Marina Silva sobre sustentabilidade, feita antes de ela se tornar candidata pelo PSB. Até filhos dos associados foram neste dia.

O CDPP tem hoje 40 sócios e um site. Lá aparecem nomes como os de José Berenguer, presidente do JP Morgan no Brasil, José Olympio Pereira, do Credit Suisse, e Pedro Moreira Salles, um dos acionistas do Itaú Unibanco.

Dirigido pelo ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore, um dos sócios-fundadores, o clube vive da contribuição dos membros e por enquanto não aceita patrocínios. "Meu sonho é um dia chegar em alguma coisa parecida com o Peterson Institute", diz Pastore.

Foi no renomado "think-tank" americano onde nasceu, nos anos 1990, o "Consenso de Washington" –um receituário de reformas para os países da América Latina que incluíam privatização de estatais e abertura comercial e é considerado o marco do neoliberalismo na região.

ORTODOXIA NO DNA

A linhagem dos economistas reunidos na Casa Ibiá é ortodoxa, assevera Pastore, referindo-se a uma tendência que advoga a menor presença do Estado na economia.

"Não temos nenhum heterodoxo [no CDPP]. Isso dá uma noção do que a gente julga que seria o DNA [do grupo]." Comporta também pessoas que estiveram no governo do PT, como Marcos Lisboa, Joaquim Levy, Henrique Meirelles e Bernard Appy.

O clube começou com reuniões informais e jantares. Com o tempo, foi ganhando adeptos e se tornou necessária uma estrutura. Há dois anos, as reuniões passaram a ocorrer no Insper, até que a Casa Ibiá ficou pronta. Chegou-se a aventar um vínculo formal com a Casa das Garças, mas a ideia não avançou.

O primeiro produto do CDPP ficou pronto na última semana. O documento "Sob a luz do sol: uma agenda para o Brasil" faz um diagnóstico das "razões da perda de dinamismo da economia brasileira". A principal recomendação é dar maior transparência às políticas públicas.

Às vésperas da eleição presidencial, Pastore afirma que não há intenções de o documento servir de base para um programa de governo.

"Nossa ação para nesse ponto [de formulação da agenda]. Cada um que a use como julgar melhor."

Outro propósito é tentar "pescar" jovens pesquisadores nas faculdades paulistanas. O objetivo é oxigenar o debate entre gerações.

03/11/2013

Eike X, uma análise menos rançosa

Filed under: Eike Batista,Liberalismo — Gilmar Crestani @ 9:02 am
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VINICIUS TORRES FREIRE

Dilma e a malhação de Eike

Querem jogar no colo do governo um rolo criado quase só no ‘mercado’, pelo ‘mercado’, para o ‘mercado’

É FÁCIL esculhambar o governo. Tão fácil quanto implicar com Dilma Rousseff. Motivos não faltam, do seu método antissintático de discursar às suas ideias econômicas. Desovar o cadáver empresarial de Eike Batista na cozinha da presidente, porém, parece mais difícil.

Essa é uma das ficções mais ou menos sórdidas que a gente ouve a propósito da ruína espalhafatosa das empresas de Batista. Muitos "ricos & famosos" que bajulavam o empresário agora chutam o seu corpo estendido no chão.

A história ao mesmo tempo mais divertida e mais revoltante é a de que a bolha de Batista foi inflada pelo governo e que o empresário "enganou o mercado". Enganou o Pimco? O BlackRock? Ah, coitado desse pessoalzinho, que senta sobre os maiores potes de dinheiro da galáxia.

Sim, quando Batista ainda parecia um tipo belo e faceiro, Dilma Rousseff dizia mimos dele, tais como "nosso padrão, nossa expectativa e orgulho do Brasil quando se trata de um empresário do setor privado", "um tipo especial de empreendedor, que delimita o seu sonho de forma ambiciosa" (sim, rir, rir, rir). A presidente pegava então, abril de 2012, uma carona tardia na adulação de Batista.

O problema sério mesmo, dizem, porém, seria o BNDES, que ajudou a erguer a pirâmide de Batista. Francamente. O BNDES dá mãozinha e mãozona para 90% das cem maiores empresas do Brasil; para 78% das mil maiores. Faz coisa pior. Por exemplo, barateou o capital de fusão & aquisição das empresas quebradas na bandalheira dos derivativos cambiais de 2008, por exemplo.

Não se viu o comentarismo econômico e turma chutando a cabeça dos empresários desses casos.

"Ah, o BNDES emprestou dinheiro para negócio que não deu certo, de risco." Rir, rir, rir. O dia em que o BNDES souber de todos os negócios que darão certo, é melhor fechar o mercado e nomear o banco como gestor perpétuo da perfeita alocação de capital.

"Ah, mas o BNDES é público." Ok. Fechem o banco, então, mas para todo mundo. E proíbam-se quaisquer garantias públicas a negócios privados, "empréstimos de última instância" etc. Para ser sarcástico, mas não muito, privatizem-se de resto todos os grupos industriais brasileiros, beneficiários de décadas de subsídio (desde os anos 1940, vá lá), os bens dos herdeiros do café, cujo preço desde o começo do século 20 foi bancado por subsídio estatal.

Não pode é ficar com conversinha, indignação seletiva e "escolha dos amigos campeões" no mercado e no empresariado.

De resto, por falar em "risco", o bancão estatal não é criticado por ajudar negócios já por demais estabelecidos? Enfim, a propósito de avaliação de risco, note-se que no mesmo barco do BNDES estavam o BTG, o Itaú e o pessoal animado que comprou US$ 3,6 bilhões de títulos do "senhor X".

"Eike enganou o mercado." Poderia ser, em caso de fraude de balanço ou informações técnicas (embora fosse difícil Batista enganar os mamutes com quem negociava).

Mas não é disso que se trata.

Se o pessoal mercadista que ora samba sobre o caixão do Império X acha mesmo que seja culpa de um Eike "enganar" tantos, por tanto tempo, no topo da finança mundial, talvez seja melhor a gente esquecer essa coisa de mercado, certo?

vinit@uol.com.br

19/07/2013

Saiba porque os vira-latas iangues vieram parar no Brasil

Filed under: Economia,Liberalismo,Liberdade made in USA! — Gilmar Crestani @ 9:16 am
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Detroit pede falência, a maior da história em uma cidade nos EUA

Berço da indústria automobilística americana, o município teria uma dívida em torno de US$ 18 bi

18 de julho de 2013 | 18h 23

Altamiro Silva Júnior, correspondente da Agência Estado

NOVA YORK – A cidade de Detroit, que já foi conhecida como um dos maiores polos da indústria automobilística do mundo, no estado norte-americano de Michigan, entrou na tarde desta quinta-feira com pedido de falência. É o maior pedido de falência de uma cidade na história dos Estados Unidos. A dívida do município seria algo perto de US$ 18 bilhões.

O governador de Michigan, Rick Snyder, destacou em um comunicado à imprensa que o pedido de falência era a única opção possível para restaurar a cidade e conseguir oferecer aos residentes os serviços públicos necessários. Na nota, ele diz que de cada dólar que a cidade arrecada, 38 centavos vão para o pagamento de dívidas, custos legais e outras obrigações. A projeção era que em 2017, esse nível subiria para 65 centavos.

A cidade vem perdendo fábricas e habitantes e a imprensa dos EUA sempre se refere ao município como "cidade fantasma". Detroit chegou a ter dois milhões de habitantes nos anos 50 e 60, auge da indústria automobilística norte-americana, mas agora tem cerca de 700 mil. Um em cada cinco imóveis está abandonado.

Desde a crise financeira mundial, que afetou fortemente o setor automobilístico, levando por exemplo, a General Motors a pedir concordata, a situação da cidade vem se deteriorando e o orçamento municipal definhando.

Na prática, Detroit entrou com pedido de proteção com base no código falimentar dos EUA, o chamado Capítulo 9. Após a entrada do pedido, há um prazo legal de 30 a 90 dias para avaliar a elegibilidade da cidade para estar protegida dentro deste código. Se o pedido de falência for aceito, uma das hipóteses é que ativos municipais sejam vendidos para fazer face ao pagamento dos credores.

Além de Detroit, cidades menores dos EUA abaladas pela crise de 2008 entraram nos últimos anos com pedido de falência. Uma delas foi Stockton, na Califórnia. Com cerca de 300 mil habitantes, o município entrou com pedido em junho do ano passado.

21/05/2013

Do Maracanã ao Bolsa Crack

Filed under: Bolsa Crack,Liberalismo — Gilmar Crestani @ 7:44 am
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VLADIMIR SAFATLE

Estado-mãe

Os liberais gostam de criticar o Estado-providência por ver nele o paradigma de um funcionamento institucional da vida social que acomodaria os sujeitos a benefícios sem responsabilidades, desprovendo-os de capacidade de empreendedorismo e deixando-os sem coragem para assumir riscos. Tal como se fosse uma mãe superprotetora, tal Estado produziria apenas filhos letárgicos e sempre chorando por amparo.

É fato que há algo de verdadeiro nessa crítica ao caráter de "mãe má" próprio ao Estado-providência. Seu único problema é que ela erra de alvo quando procura identificar quem são, afinal, os filhos em questão. Vejam, por exemplo, o caso brasileiro. Na verdade, eis aí um verdadeiro Estado-providência, mas seus filhos são apenas certos setores da burguesia nacional e da sociedade civil associada ao governo. Há dois exemplos paradigmáticos ocorridos nas últimas semanas.

Durante os últimos anos, o governo investiu mais de R$ 1 bilhão na reforma do estádio do Maracanã. Obra feita a toque de caixa devido ao calendário da Copa do Mundo. Dias atrás, ficamos sabendo que um consórcio composto pela Odebrecht e pelo onipresente empresário Eike Batista ganhou o direito de administrar o estádio por (vejam só vocês) R$ 180 milhões pagáveis em 30 anos. Ou seja, só em reformas o Estado, principalmente via BNDES, gastou mais de R$ 1 bilhão para entregar a seus filhos, por menos de 20% do valor investido, um complexo esportivo com o qual nem mesmo o mais néscio dos administradores seria capaz de perder dinheiro.

Na mesma semana, descobrimos também que o governo paulista resolveu inventar um cartão que dá R$ 1.350,00 para viciados que queiram se internar em comunidades terapêuticas cadastradas. Nada de mais, à parte o Estado acabar por financiar comunidades terapêuticas privadas, normalmente vinculadas a igrejas e com abordagens "espirituais" de atendimento psicológico bastante questionáveis, enquanto sucateia vários Caps (Centro de Atenção Psicossocial) pelo Estado.

Assim caminha o paulatino abandono da capacidade governamental de formular políticas públicas em saúde mental. Mas pelo menos alguns de seus filhos, por coincidência com grande influência nos próximos embates eleitorais, serão amparados.

Diante da generalização de ações dessa natureza, há de perguntar se a crítica liberal clássica ao Estado-providência não é, no fundo, uma cortina de fumaça que visa esconder quem são os verdadeiros protegidos. O que demonstra como precisamos, na verdade, de uma crítica aos processos de privatização branca do Estado brasileiro. Privatização feita à base de negócios de mãe para filho.

VLADIMIR SAFATLE escreve às terças-feiras nesta coluna.

13/12/2012

Morre mais um mito e os vira-latas uivam

Filed under: Isto é EUA!,Liberalismo,Liberdade made in USA!,Mercados — Gilmar Crestani @ 8:14 am

BC americano vincula juro a meta para desemprego

Federal Reserve estabelece 6,5% como limite para pessoas sem trabalho

Autoridade monetária deixa combate à inflação em segundo plano, até que país supere a crise

LUCIANA COELHODE WASHINGTON

Pela primeira vez, o Federal Reserve, banco central dos EUA, vai condicionar os juros básicos da economia americana a uma meta no mercado de trabalho e os manterá próximos a zero até que o índice de desemprego, hoje em 7,7%, recue a 6,5% ou menos.

A decisão, inovadora, foi anunciada ontem após o último encontro no ano de seu comitê de política monetária (Fomc) e enfatiza a nova prioridade do Fed: combater o desemprego, ainda longe do patamar de 5% pré-crise, em vez da inflação.

Além disso, a autoridade monetária vai expandir a atuação no mercado de dívida.

Além de manter as recompras mensais de US$ 40 bilhões (R$ 83 bilhões) em títulos lastreados em hipotecas, iniciada em setembro, o Fed decidiu voltar a comprar títulos do Tesouro em janeiro ao ritmo de US$ 45 bilhões (R$ 93,3 bilhões) mensais.

Trata-se, na prática, da quarta rodada de "afrouxamento quantitativo", ou QE4.

A recompra substituirá uma operação em vigor na qual o banco compra títulos de longa duração e vende em seu lugar papéis de curto prazo, forçando os investidores a aceitarem juros menores.

As medidas -que inundam o mercado de dólares, reduzem juros e acabam desviando investidores ávidos por retornos maiores para mercados como o Brasil, afetando o câmbio- são o principal motivo de crítica da presidente Dilma Rousseff quando ela reclama da "guerra cambial".

Os mercados, porém, pouco reagiram, com leve recuo (0,14%) do dólar em relação ao real, para R$ 2,075, e avanço de 0,62% sobre o euro.

DESEMPREGO

A grande surpresa, porém, foi a decisão de tirar uma data da política de juros e de atrelá-la ao índice de desemprego, o que prevê a aposta na estabilidade da inflação.

Assim, a taxa básica nos EUA continuará a flutuar entre 0 e 0,25% ao ano até que o mercado de trabalho mostre uma reação.

"O comitê (…) antecipa que essa banda excepcionalmente baixa de juros será apropriada ao menos enquanto o desemprego permanecer acima de 6,5%, já que a projeção de inflação para o próximo ano ou dois não é de mais de 0,5 ponto percentual acima da meta de 2%", afirma o Fed em comunicado.

Segundo projeções apresentadas ontem, mais otimistas que as de setembro, o desemprego não deve recuar abaixo de 6,5% antes de 2015. O Fed prevê uma queda para até 7,4% no ano que vem, quando espera que o PIB do país cresça de 2,3% a 3%.

08/10/2012

Você é liberal ou conservador?

Filed under: Conservadorismo,Liberalismo — Gilmar Crestani @ 7:08 am

Pela lista, não sou cem por cento liberal. O único ponto que me perfilo aos lado dos conservadores diz respeito às drogas. No meu modesto mode de ver, o fato de ser uma realidade não é motivo suficiente para a liberação. Fosse simples assim, a corrupção, o roubo, por serem fatos da realidade também deveriam ser liberados. De igual sorte, se o álcool é droga e é liberado, para mim um erro não deve servidr de parâmetro para outros. Mas como esse, o da liberação das drogas, parece ser um caminho invevitável, espero estar errado. Oxalá FHC tenha acertado pelo menos na liberação da maconha.

Luiz Flávio  Gomes

LUIZ FLÁVIO GOMES 5 de Outubro de 2012 às 16:25

Se você ainda tem dúvida sobre isso, analise alguns temas nesse artigo e a tire para sempre

Se você ainda tem dúvida sobre se é liberal (visão mais progressista) ou conservador (visão protetiva da ordem social existente), analise os temas controvertidos abaixo e tire essa sua dúvida para sempre.

O uso massivo da repressão penal para (praticamente) todos os males da sociedade encontra aliados nas "tendências conservadoras" e adversários nas "tendências liberais". O Datafolha (Folha de S. Paulo de 23.09.12, p. A6), com base em escalas internacionais de classificação do nível de conservadorismo por meio da opinião em relação a temas polêmicos, chegou a conclusões bastante esclarecedoras.

Quanto às causas da criminalidade: para as tendências conservadoras a maior causa da criminalidade é a maldade das pessoas (origem pessoal); para as tendências liberais, a maior causa é a falta de oportunidades iguais para todos (causas mais amplas).

Pena de morte: é a melhor punição para indivíduos que cometem crimes graves (conservadores); não cabe à justiça, mesmo que o crime cometido seja grave (liberais).

Posse de armas: arma legalizada deveria ser um direito do cidadão para se defender (conservadores); deve continuar proibida, pois ameaça à vida de outras pessoas (liberais).

Homossexualismo: deve ser desencorajado por toda a sociedade (conservadores); deve ser aceito por toda sociedade (liberais).

Pobreza: boa parte está ligada à preguiça de pessoas que não querem trabalhar (conservadores); boa parte está ligada à falta de oportunidades iguais (liberais).

Migração: pobres que migram acabam criando problemas para a cidade (conservadores); pobres que migram contribuem com o desenvolvimento e a cultura (liberais).

Sindicato: servem mais para fazer política do que defender os trabalhadores (conservadores); são importantes para defender os interesses dos trabalhadores (liberais).

Adolescentes: adolescentes que cometem crimes devem ser punidos como adultos (conservadores); adolescentes que cometem crimes devem ser reeducados (liberais).

Religião: acreditar em Deus torna as pessoas melhores (conservadores); acreditar em Deus não necessariamente torna uma pessoa melhor (liberais).

Proibição do uso de drogas: sim, porque toda sociedade sofre com as consequências (conservadores); não, pois é o usuário que sofre com as consequências (liberais).

Suas respostas a essa escala de temas polêmicos bem define sua inclinação liberal ou conservadora, que antigamente estava ligada a "ser de esquerda" (liberal) ou "ser de direita" (conservador). Essa diferenciação, quando se tem em mente o uso do poder punitivo repressivo, no entanto, se esfumaçou porque hoje todas as tendências ideológicas usam e abusam do poder punitivo estatal.

Você é liberal ou conservador? | Brasil 24/7

30/09/2012

Transgênicos: liberalismo e escassez

Filed under: Liberalismo,Monsanto,Transgênicos — Gilmar Crestani @ 6:12 pm

Con motivo del Día Nacional del Maíz, movilizaciones en el DF y otras entidades

Más de 300 organizaciones exigen prohibir el cultivo de transgénicos

Elizabeth Velasco C.

Periódico La Jornada
Domingo 30 de septiembre de 2012, p. 4

Sólo la unión de los habitantes del campo y la ciudad logrará que el maíz (alimento básico, corazón y sustento de México) sobreviva ante trasnacionales que, como Monsanto, buscan apropiarse de su gran riqueza, aportada al mundo por nuestros antepasados, señalaron ayer integrantes de la organización Sin Maíz no hay País.

Instaron a la sociedad a sumarse a la lucha contra los granos transgénicos, los cuales, en caso de permitirse su siembra experimental y piloto en el norte de México, causarían daños irreversibles a las especies nativas, además de contaminación en agua, tierra y aire, con repercusiones graves a la salud.

En la conmemoración del Día Nacional del Maíz, los representantes de más de 300 agrupaciones campesinas, ambientalistas, de derechos humanos y otras, reunidas en el Zócalo, exigieron a las autoridades mexicanas prohibir la producción, importación y comercialización de grano transgénico, en momentos en que el gobierno de Felipe Calderón ha expedido 171 permisos para la siembra experimental en el norte de México de semillas modificadas genéticamente.

En el Zócalo, además de lanzar consignas, se realizó un performance en el que se representó a Monsanto, que dio latigazos a esclavos que jalaron una gran paca de rastrojo.

Jesusa Rodríguez, desde un camión que iba a la cabeza de la penosa marcha, hacía el recuento de los saldos del calderonismo: miles de desaparecidos y desplazados, una reforma laboral que atenta contra los trabajadores y campesinos (…) se va y deja más y más dolor al país.

En el Palacio de Bellas Artes los esclavos fueron liberados. Luego se realizó una danza y se festejó con una elotiza en el Monumento a la Revolución.

“Calderón y sus ‘secretarios Monsanto’ pretenden autorizar más de 2 millones de hectáreas de siembra comercial de maíz transgénico, justo la variedad MON-603, sobre la cual recientemente se demostró en Francia, con ratas alimentadas durante dos años con ese tipo de maíz, que produce daños en el sistema reproductivo, malformaciones, tumores y efectos neurológicos”, afirmó el especialista Víctor Suárez.

El académico Armando Bartra advirtió que con los permisos de Calderón se busca autorizar paulatinamente la siembra de mayores extensiones de maíz transgénico, hasta que finalmente se permita su libre siembra y comercialización, y me temo que el gobierno de Enrique Peña Nieto va a continuar esta política porque, lamentablemente, la mayor organización campesina del país, la Confederación Nacional Campesina, estableció desde hace tiempo una alianza con Monsanto.

Los integrantes de Sin Maíz no hay País advirtieron que los transgénicos significan el final de la tradición ancestral de la milpa como sistema de producción y símbolo de la diversidad cultural de la antigua Mesoamérica, justo en el momento en que el sector campesino ha sido condenado al abandono, está inmerso en la violencia, faltan oportunidades y prevalece el desarraigo de jóvenes que no desean seguir siendo campesinos y optan por migrar a Estados Unidos para producir allá la comida que las trasnacionales nos venden.

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Participante en la movilización sabatina por el Día Nacional del MaízFoto Roberto García Ortiz

El resultado es que los productos son caros y de peor calidad, porque los gobiernos priístas y panistas decidieron importar alimentos en lugar de apoyar la agricultura nacional.

Los inconformes exigieron combatir la dependencia alimentaria y el hambre con políticas públicas y presupuesto suficiente para el campo, que fomente el crecimiento sustentable.

También en otras entidades hubo manifestaciones en rechazo a la siembra de maíz transgénico. En Cuernavaca, Morelos, unos 300 integrantes de Sin Maíz no hay País marcharon desde la iglesia El Calvario. Concluyeron con un mitin en el zócalo, donde instalaron una ofrenda con frutos y granos propios del campo morelense.

En una de sus mantas se leía: Defendamos nuestro maíz porque es nuestra vida. Otra repudiaba los permisos de siembra experimental de grano transgénico.

Los campesinos exigieron al gobernador electo, Graco Ramírez Garrido Abreu –quien asume el cargo mañana–, que dé prioridad al campo, porque sólo haciéndolo producir las familias agricultoras conseguirán la libertad alimentaria.

En el parque Los Berros, de Jalapa, Veracruz, se organizó una verbena, donde se realizaron talleres sobre cómo elaborar tortillas. Se regalaron tamales y atole elaborados con variedades nativas de maíz.

Allí, integrantes del Movimiento Agrario Indígena Zapatista, productores de maíz, ambientalistas y académicos de la Universidad Veracruzana (UV) pidieron a las autoridades del estado que se rastree la presencia de maíz transgénico y se tomen medidas precautorias para impedir que su presencia se imponga a los cultivos generados a partir de semillas criollas.

Miguel Ángel Escalón Aguilar, investigador de la Facultad de Ciencias Agrícolas de la UV, señaló en torno al maíz transgénico que es necesario que las autoridades establezcan un principio precautorio, porque no se tienen datos contundentes sobre si estos productos son inocuos.

En Oaxaca, Carmen Santiago Alonso, coordinadora del Centro de Derechos Humanos Flor y Canto, anunció que organizaciones civiles y pueblos indígenas recurrirán al Tribunal Permanente de los Pueblos para denunciar al Estado mexicano por su indiferencia y omisión para defender el maíz nativo.

Con información de Octavio Vélez, Rubicela Morelos y Eirinet Gómez, corresponsales

La Jornada: Más de 300 organizaciones exigen prohibir el cultivo de transgénicos

“Refúgio dos canalhas”

Filed under: Liberalismo,Liberdade made in USA!,Protecionismo Econômico — Gilmar Crestani @ 10:49 am

Esta é de deixar vira-lata com dor de barriga. Aquele pavão da Teoria da Dependência, segundo a qual só seríamos dependentes se dependêssemos dos EUA, e que achava normal tirar os sapatos para entrar nos EUA, deve estar filosofando com seus botões: se é bom para os EUA, que bom! A direita tupiniquim, representada  pelos a$$oCIAdos do Instituto Millenium, costuma vomitar a frase de Samuel Johnson: “o nacionalismo é o último refúgio dos canalhas”. Soladorizo-me com eles. Também acho que os EUA são refúgio de canalhas…

EE UU veta una inversión china en un parque eólico por seguridad nacional

El Gobierno no permite la compra por parte de una firma energética de cuatro parques eólicos cerca de una base naval en Oregon

Sandro Pozzi Nueva York29 SEP 2012 – 18:52 CET

Por primera vez en más de dos décadas, el Gobierno de Estados Unidos decidió la pasaba madrugada prohibir a una empresa china realizar una inversión en el país bajo el argumento de la seguridad nacional. Se trata, en concreto, de la compra por parte de una firma energética de cuatro pequeños parques eólicos cerca de una base naval en el Estado de Oregon.

Los analistas consideran que la acción de Washington es desafortunada

La compañía sujeta al bloqueo de la Administración presidida por Barack Obama se llama Ralls Corporation. La orden se cursa a menos de seis semanas de las elecciones y cuando la petrolera estatal china Cnooc trata de adquirir la canadiense Nexel, que opera plataforma en el golfo de México. Por tanto, los analistas consideran que la acción de Washington es desafortunada.

Edward Alden, del Council on Foreign Relations, argumenta en este sentido que la prohibición “puede ser vista como otra señal de que EE UU no quiere inversiones chinas”. Y pone en evidencia que esta vez llegue desde el más alto nivel: la Casa Blanca. La presión de Washington ya forzó a Cnooc a renunciar hace siete años a la compra de la estadounidense Unocal.

La decisión "no sienta precedente"

Desde esa base se operan aviones autónomos. En su anuncio, el Departamento del Tesoro deja claro que la decisión no sienta un precedente. Pero el argumento de la seguridad nacional también podría ser utilizado para poner trabas a la fusión entre el consorcio aerospacial europeo EADS y la firma británica de defensa BAE Systems, esta última octava contratista del Pentágono.

El departamento que dirige Timothy Geithner deja claro que la “decisión es específica” a la transacción protagonizada por Ralls y asegura que EE UU está abierto a las inversiones cualquier país, siempre y cuando no pongan en compromiso la seguridad nacional. La empresa china cree que la prohibición no está justificada porque ya opera otras turbinas en la zona.

China es uno de los argumentos de campaña, por la debilidad del yuan y por la exportación de empleos hacia el país asiático. Obama anunció días atrás una acción ante la Organización Mundial del Comercio por competencia desleal en el sector del automóvil. Pero Pekín es también el principal tenedor de deuda estadounidense en el extranjero y un gran inversor en EE UU.

EE UU veta una inversión china en un parque eólico por seguridad nacional | Economía | EL PAÍS

13/03/2012

Liberalismo ou Estado de bem-estar social?

Filed under: Liberalismo,Welfare State — Gilmar Crestani @ 7:09 am

Eu fico com Mário Quintana, que achava mais importante que o ponto de partida fosse o mesmo, deixando para que a chegada dependesse do esforço de cada um. Quanto mais liberalismo econômico, tanto mais crise, e maior busca por ainda mais liberdade. O liberalismo da iniciativa privada esteve bem representado pelo episódio da Andrade Gutierrez com o Internacional: o dinheiro público (Banrisul) é a salvação das privadas. Por que ela não buscou no Santander, já que ela foi a favor das privatizações?

Liberismo puro o welfare state?

La crisi economica che stiamo vivendo è figlia della crisi finanziaria scoppiata negli USA nel 2008

L’idea di uscire dalla crisi economica con una ricetta esclusivamente liberista, che da più parti viene prospettata, mi fa sorridere. Il fatto che a proporla siano le stesse persone che oggi puntano l’indice contro il welfare state, dopo essersi arricchite a dismisura ed aver spinto il mondo verso la recessione, m’indigna.

La crisi economica che stiamo vivendo è figlia della crisi finanziaria scoppiata negli USA nel 2008, che ebbe, com’è noto, nel fallimento della Lehman Brothers uno dei momenti di maggiore clamore. Ma come nacque quella crisi? E’ proprio vero che la colpa è attribuibile soltanto ai cittadini americani i quali, per qualche lustro, hanno vissuto al di là delle proprie possibilità?

No, non è esaustiva questa ricostruzione.

In realtà nel 2008 abbiamo assistito al più grosso fallimento delle teorie neoliberiste, sostenitrici della “deregulation”, dello slogan “più privato e meno Stato” e, soprattutto, fautrici della centralità del mercato, unico strumento capace di garantire l’equilibrio del sistema, la piena occupazione e il benessere di tutti. Il mercato, quindi, andava liberato da tutte quelle regole di funzionamento che, secondo gli “eredi” di Adam Smith, gli avrebbero impedito di dispiegare tutta la sua efficacia operativa; mentre, invece, secondo i seguaci di Keynes, quelle stesse regole avrebbero permesso allo Stato di garantire il corretto funzionamento del sistema economico in un’ottica di pubblica utilità.

Ebbene, le banche americane, negli anni precedenti il 2008, operavano in un sistema liberista tra i più puri al mondo, dove la deregulation era un vero e proprio vangelo. La loro politica creditizia, pertanto, non essendo soggetta a particolari vincoli di natura regolamentare, si rivelò estremamente “disinvolta”. I manager dei più grossi gruppi bancari, allettati dalle “stock option”, hanno finito per favorire la concessione di prestiti e mutui anche a chi non offriva le adeguate garanzie patrimoniali e reddituali. Si trattava, evidentemente, di mutui “subprime”, gran parte dei quali non sarebbero stati onorati. Il successivo processo di “cartolarizzazione” (cioè la loro trasformazione in titoli), al quale è seguita la vendita in tutto il mondo, ha finito per generare una crisi di liquidità nel settore del credito con effetti negativi su tutti i mercati borsistici mondiali.

Il possibile fallimento delle banche ha costretto i governi a correre ai ripari operando delle massicce iniezioni di liquidità a favore di queste ultime. Ecco come un debito privato, generato da una carenza di regole, o meglio, da una sfrenata deregulation, tanto cara ai neoliberisti, si è trasformato in debito pubblico, di cui dovranno farsi carico le future generazioni.

La crisi che stiamo vivendo è figlia di quel liberismo che oggi viene proposto come l’unica possibile via d’uscita. Appare paradossale il fatto che le stesse lobby di potere che hanno provocato questa catastrofe socio-economica oggi invochino un ulteriore ridimensionamento del welfare state e una contrazione dei diritti dei lavoratori, per proporre, ancora una volta, il solito ritornello: “più mercato e meno Stato”.

Arretrare troppo sul versante dei diritti e della sicurezza sociale non porterà niente di buono. C’è il rischio, infatti, che si venga ricacciati troppo indietro nel tempo, verso un’impostazione padronale della società che porterà inevitabilmente all’imbarbarimento delle relazioni sociali.

Occorre riconoscere, però, con onestà intellettuale, che negli ultimi decenni le teorie keynesiane sono state applicate con una certa superficialità. L’efficienza della spesa, tanto cara a John Maynard Keynes per la sua capacità di generare effetti moltiplicativi sul versante della crescita economica, forse per fini clientelari ed elettoralistici, è stata sistematicamente trascurata dai governi. Tutto ciò ha prodotto enormi deficit di bilancio e debito (come nel caso dell’Italia).

Sono convinto che non debbano essere messi in discussione i pilastri su cui poggia la costruzione keynesiana che, come si sa, ruotano attorno al caposaldo dell’intervento dello Stato in economia (anche perché è proprio grazie all’applicazione di quest’ultimo che è stato possibile effettuare il salvataggio delle banche). Occorre, invece, effettuare una seria riflessione sul modo in cui le teorie keynesiane sono state concretamente attuate negli ultimi decenni, specie nel nostro paese. Tutto questo sposta inevitabilmente il ragionamento sul versante della moralizzazione della politica e, soprattutto, della qualità della dirigenza pubblica (la più pagata al mondo!). Su entrambi i fronti, infatti, per decenni, abbiamo assistito a uno sperpero mostruoso di risorse pubbliche con il solo scopo di procacciarsi consensi elettorali, potere e ricchezza.

Per ridare efficienza al sistema paese occorre, quindi, rafforzare i meccanismi di controllo democratico da parte dei cittadini e contrastare in maniera incisiva ogni forma di illegalità, a cominciare dall’evasione fiscale. Quella che stiamo vivendo, prim’ancora che una crisi economica, è una crisi etica e dei valori.

Liberismo puro o welfare state? – AgoraVox Italia

29/02/2012

Liberalismo made in USA

Filed under: EMBRAER,Isto é EUA!,Liberalismo — Gilmar Crestani @ 9:03 am

 

Protecionismo é ruim só quando é nosso

A decisão dos EUA de cancelar a compra dos aviões Super-Tucano (20 unidades, com possibilidade de chegar a 55 aeronaves) para treinamento de sua Força Aérea não tem nenhuma razão formal ou burocrática.

É o bom e velho protecionismo em ação.

A Embraer cumpriu todas as regras: associou-se a uma empresa americana, ia produzir lá 80% da aeronave – aqui, nossas exigências de conteúdo nacional raramente superam os 65% -  e não havia questões de tecnologia a transferir.

Ao contrário, aliás, o fato de o avião da Embraer contar com sistema inercial de voo, computador de bordo, motor, hélice, e outros sistemas de origem norte-americana foi a razão para aquele país impedir-nos de vende-lo à Venezuela.

Mas na hora de ceder à pressão do lobby da Beechcraft e da Lockheed, aí os aviões não são “suficientemente americanos”.

E é claro que isso tem a ver com a questão da compra dos caças do programa FX-2, no qual os americanos querem nos vender os F-18 da Boeing.

E os bobocas aqui dizendo que o que vale é a “análise técnica” dos aviões. A oficial-aviadora Eliane Cantanhede, da esquadrilha da Folha, então, é brevetada nisso.

A possibilidade de um avião destes ser prejudicado em combate por um fiapo tecnológico é tão perto de zero que não é possível nem imagina-la.

Mas o poder gerado pela transferência de tecnologia e pela capacidade nacional de realizar, em ponto maior, projetos bem sucedidos como o do Super-Tucano é evidente.

E tecnologia, no poder bélico hoje, como em todos os tempos, é a verdadeira arma.  Abrir mão dela é desarmar-se.

O que não seria mau, se todos os fizessem. Mas não fazem.

Tijolaço – O Blog do Brizola Neto

13/02/2012

Duas faces de uma mesma moeda: liberalismo econômico & totalitarismo político

Filed under: Crise Financeira Européia,Ditadura,Liberalismo — Gilmar Crestani @ 8:02 am

 

“El liberalismo se plasma como un nuevo totalitarismo”

Para Dufour, la fase última de los procesos “neo” o “ultra” liberales es totalitaria porque pretende gestionar al conjunto de las relaciones sociales. Es “la dictadura de los mercados” de la que nadie puede escapar.

Por Eduardo Febbro

Desde París

Algunos ya lo ven terminado, otros a punto de caer en el abismo, o en pleno ocaso, o en vías de extinción. Otros analistas estiman al contrario, que si bien el liberalismo atraviesa por una seria crisis, su modelo está lejos, muy lejos de abdicar. A pesar de las crisis y sus hondas consecuencias, el liberalismo sigue en pie, produciendo su lote insensato de beneficios y desigualdades, sus políticas de ajuste, su irrenunciable impunidad. Sin embargo, aunque siga aún vivo, la crisis ha desnudado como nunca sus mecanismos perversos y, sobre todo, puso en el centro de la escena no ya el sistema económico en el que se articula sino el tipo de individuo que el neoliberalismo terminó por crear: hedonista, egoísta, consumista, frívolo, obsesionado por los objetos y por la imagen fashion que emana de él. La trilogía de la modernidad liberal es muy simple: producir, consumir, enriquecerse. En su último libro, El individuo que viene después del neoliberalismo, el filósofo francés Dany-Robert Dufour plantea una pregunta que pocos se hacen: ¿Cómo será el individuo que surgirá tras los cataclismos y las intervenciones globales del liberalismo?

–El liberalismo, que se presentó como el salvador de la humanidad, terminó llevando al ser humano a un camino sin salida. Usted plantea su fin y se pregunta qué tipo de ser humano surgirá después del ultraliberalismo.

–En el siglo pasado conocimos dos grandes caminos sin salida históricos: el nazismo y el stalinismo. De alguna manera y entre comillas, después de la Segunda Guerra Mundial fuimos liberados de esos dos caminos sin salida por el liberalismo. Pero esa liberación terminó siendo una nueva alienación. En sus formas actuales, es decir, ultra y neoliberal, el liberalismo se plasma como un nuevo totalitarismo porque pretende gestionar el conjunto de las relaciones sociales. Nada debe escapar a la dictadura de los mercados y ello convierte al liberalismo en un nuevo totalitarismo que sigue a los dos anteriores. Es entonces un nuevo camino sin salida histórico. El liberalismo hizo explotar al ser humano. El historiador húngaro Karl Polanyi, en un libro publicado después de la Segunda Guerra Mundial, demostró cómo, antes, la economía estaba incluida en una serie de relaciones: las sociales, las políticas, las culturales, etc. Pero con la irrupción del liberalismo la economía salió de ese círculo de relaciones para convertirse en el ente que buscó dominar a todos los demás. De esta forma, todas las economías humanas caen bajo la ley liberal, es decir, la ley del provecho donde todo debe ser rentable, incluidas las actividades que antes no estaban bajo el mandato de lo rentable. Por ejemplo, en este momento usted y yo estamos hablando pero no apuntamos hacia la rentabilidad, sino a producir sentido. En este momento estamos en una economía discursiva. Pero hoy, hasta la economía discursiva está sujeta al “quién gana más”. Cada una de las economías humanas están bajo la misma lógica: la economía psíquica, la economía simbólica, la economía política, de allí el hundimiento de la política. Lo político sólo existe hoy para seguir lo económico. La crisis que atraviesa Europa muestra que cuanto más se profundiza la crisis, más la política deja la gestión en manos de la economía. La política abdicó ante la economía y ésta tomó el poder. Los circuitos económicos y financieros se apoderaron de la política. La crisis es, por consiguiente, general.

–El título de su libro, El individuo que viene después del liberalismo, implica la doble idea de una fase triunfal y de un fin del liberalismo.

–Paradójicamente, en el momento de su triunfo absoluto el liberalismo da signos de cansancio. Nos damos cuenta de que nada funciona y le gente va tomando conciencia de esta fallo y tiene una reacción de incredulidad. Los mercados se propusieron como una suerte de remedio a todos los males. ¿Tiene usted un problema? Pues entonces acuda al Mercado y éste le aportará la riqueza absoluta y la solución de los problemas. Pero ahora nos damos cuenta de que el Mercado acarrea devastaciones. Así vemos cómo ese remedio que debía aportarnos la riqueza infinita no trae sino miseria, pobreza, devastación. Desde luego, el capitalismo produce riqueza global pero pésimamente repartida. Sabemos que desde hace 20, 30 años las desigualdades han aumentado a través del planeta. La riqueza global del capitalismo despoja de sus derechos a millones de individuos: los derechos sociales, el derecho a la educación, a la salud, en suma, todos esos derechos conquistados con las luchas sociales están siendo tragados por el liberalismo. El liberalismo fue como una religión llena de promesas. Nos prometió la riqueza infinita gracia a su operador, el Divino Mercado. Pero no cumplió.

–En su crítica filosófica al liberalismo usted pone de relieve uno de los estragos principales que causó el pensamiento liberal: los individuos están sumidos a los objetos, no a los semejantes, al otro. La relación en si, la sensualidad, fue reemplazada por el objeto.

–Las relaciones entre los individuos pasan al segundo plano. El primero lo ocupa la relación con el objeto. Esa es la lógica del mercado: el mercado puede a cada momento agitar ante nosotros el objeto capaz de satisfacer todos nuestros apetitos. Puede ser un objeto manufacturado, un servicio y hasta un fantasma a medida construido por las industrias culturales. Estamos en un sistema de relaciones que privilegia el objeto antes que el sujeto. Esto crea una nueva alienación, una suerte de modalidad adictiva con los objetos. Este nuevo totalitarismo que es el liberalismo pone en manos de los individuos los elementos para que se opriman a sí mismos a través de los objetos. El liberalismo nos deja la libertad de alienarnos nosotros mismos.

–Usted sitúa el principio de la crisis en los años ’80 a través de la restauración de lo que usted llama el relato de Adam Smith. Usted cita una de sus frases más espantosas: para esclavizar a un hombre hay que dirigirse a su egoísmo y no a su humanidad.

–Adam Smith remonta al siglo XVIII y su moral egoísta se expandió un siglo y medio después con la globalización del mercado en el mundo. De hecho, Smith tardó tanto porque hubo otro mensaje paralelo, otro Siglo de las Luces, que fue el del trascendentalismo alemán. Al contrario de las Luces de Smith, las alemanas proponían la regulación moral, la regulación trascendental. Esta regulación podía manifestarse en la vida práctica a través de la construcción de formas como las del Estado a fin de regular los intereses privados. A partir del Siglo de las Luces hay dos fuerzas que se manifiestan: Adam Smith y Kant. Estos dos campos filosóficos coexistieron de manera conflictiva a lo largo de la modernidad, es decir, a través de dos siglos. Pero en un momento el trascendentalismo alemán se hundió y le dejó el lugar al liberalismo inglés, el cual adquirió una forma ultraliberal. Se puede fechar ese fenómeno a partir del principio de los años ‘80. Hay incluso una marca histórica que remonta al momento en que Ronald Reagan en Estados Unidos y Margaret Thatcher en Gran Bretaña llegan al poder e instalan la libertad económica sin regulación. Esa ausencia de regulación destruyó inmediatamente las convenciones sociales, es decir, los pactos entre individuos.

–De allí proviene la trilogía “producir, consumir, enriquecerse”. Usted llama a esa trilogía la pleonexía.

–El término de pleonexía lo encontré en la República de Platón y quiere decir “siempre tener más”. La República griega, la Polis, se construyó sobre la prohibición de la pleonexía. Puede decirse entonces que, hasta el siglo XVIII, toda una parte de Occidente funcionó en base a esa prohibición y se liberó de ella en los años ’80. A partir de allí se liberó la avidez mundial, la avidez de los mercados, la avidez de los banqueros. Recuerde el discurso que pronunció Alan Greenspan (ex presidente de la Reserva Federal de Estados Unidos) ante la Comisión norteamericana después de la crisis de 2008. Greenspan dijo: “Pensaba que la avidez de los banqueros era la mejor regulación posible. Me doy cuenta de que eso no funciona más y no sé por qué”. Greenspan confesó de esa manera que lo que guía las cosas es la liberación de la pleonexía. Y ya vemos ahora adónde conduce.

–Llegamos ahora al después, al hipotético ser humano del después del liberalismo. Usted lo ve bajo los rasgos de un individuo simpático. ¿Qué sentido tiene el término simpático en este contexto?

–Nadie es bueno al nacer como lo pensaba Rousseau, ni tampoco malo como lo pensaba Hobs. Lo que podemos hacer es ayudar a la gente a ser simpática, es decir, a no pensar sólo en sí misma y a pensar que para vivir con el prójimo hay que contar con él. El otro está en mí, las imágenes de los otros están en mí y me constituyen como sujeto. La idea misma de un individuo egoísta es un sinsentido porque esto obliga a que nos olvidemos de que el individuo está constituido por partes del otro. Y cuando hablo de un individuo simpático no empleo el término en su acepción más común, digamos alguien simplemente simpático. No. Se trata del sentido que tenía la palabra en el siglo XVIII, donde la simpatía era la presencia del otro en mí. Necesito entonces la presencia del otro en mí y el otro necesita mi presencia en él para que podamos constituir un espacio donde cada uno sea un individuo abierto al otro. Yo cuido del otro como el otro cuida de mí. Eso es un individuo simpático.

–Vamos con la simpatía, pero sobre qué bases se construye el individuo que viene después del liberalismo. ¿La razón, la religión, el deporte, el ocio, la solidaridad, otra idea del marcado?

–En este libro hice un inventario sobre los relatos antiguos: el relato del logos, de la evasión del alma de los griegos, el relato sobre la consideración del otro en los monoteísmos. Me di cuenta de que en ambos relatos había cosas interesantes y también aterradoras. Por ejemplo, la opresión de las mujeres en el patriarcado monoteísta equivale a la opresión de la mitad de la humanidad. ¿Acaso queremos repetir esa experiencia? No, por supuesto. Otro ejemplo: en el logos, para que haya una clase de hombres libres en la sociedad es preciso que haya una clase oprimida y esclavizada. ¿Queremos repetir eso? No. Refundar nuestra civilización luego de los tres caminos sin salida que fueron el nazismo, el stalinismo y el liberalismo requiere una refundación sobre bases sólidas. Por eso llevé a cabo el inventario, para ver qué podíamos recuperar y qué no, cuánto del pasado podía servirnos y cuánto no. La segunda consideración atañe a aquello que podría ayudar al individuo a ser simpático antes que egoísta. Para ello es preciso reconstruir un medio donde se pueda ser simpático y no egoísta. En este contexto, la idea de la reconstrucción de lo político, de una nueva forma del Estado que no esté dedicado a conservar los intereses económicos, sino a preservar los intereses colectivos, es central.

–¿Cuál es entonces el gran Relato que podría salvarnos?

–Hemos dejado en el camino los grandes relatos de antes y creemos cada vez menos en el gran relato del mercado. Estamos a la espera de algo que una al individuo, es decir, un gran relato. Yo propongo el relato de un individuo que ha dejado de ser egoísta, que no sea tampoco el individuo colectivo del stalinismo, ni tampoco el individuo ahogado en la raza que se cree superior como en el nazismo y el fascismo. Se trata de un relato alternativo a todo esto, de un relato que persiste en el fondo de la civilización. Creo que el valor de civilización occidental radica en que puso el acento en la individuación, es decir, la idea de la creación de un individuo capaz de pensar y actuar por sí mismo. No hay que olvidar la noción de individuo, sino reconstruirla. Contrariamente a lo que se dice, no creo que nuestras sociedades sean individualistas, no, nuestras sociedades son lamentablemente egoístas. Esto me hace pensar que al individuo como tal le queda mucho margen de existencia, que hay muchas cosas de él que no conocemos. Tenemos que hacer existir al individuo fuera de los valores del mercado. El individuo del stalinismo fue disuelto en la masa del colectivismo, el individuo del nazismo y del fascismo fue disuelto en la raza, el individuo del liberalismo fue disuelto en el egoísmo. El individuo liberal es un esclavo de sus pasiones y sus pulsiones. Debemos elevarnos de este camino sin salida liberal para recrear un individuo abierto al otro, capaz de realizarse totalmente. Hay textos filosóficos de Karl Marx que no soy muy conocidos y en los cuales Marx quería la realización total del individuo fuera de los circuitos mercantiles: en el amor, en la relación con los otros, en la amistad, en el arte. Poder crear lo máximo a partir de las disposiciones de cada uno. Tal vez habría que recuperar ese relato del Marx filósofo y olvidar el del Marx marxista.

Página/12 :: Dialogos :: “El liberalismo se plasma como un nuevo totalitarismo”

06/11/2011

La donna è mobile

Filed under: Liberalismo,Marco Maciel,Neoliberalismo — Gilmar Crestani @ 9:34 am
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“La donna è mobile
Qual piuma al vento.”

O Caruso da política veio da Arena, passou pelo PFL e estacionou no DEMo. Como o Lobo para Chepeuzinho Vermelho, Marco Maciel quer que vemos em suas orelhas, em seu nariz, sua boca e voz a vovozinha em pessoa. Ora, se não se pode ligar neoliberalismo a liberalismo, pode-se conectar que alguns pais fogem de criança feia. Os oportunistas são assim. Ele poderia pelo menos responder porque demorou tanto para fazer tamanha constatação. Ele tem mais dez anos para responder…

O verdadeiro liberalismo

Marco Maciel
De Brasília (DF)

Considerado um dos idealizadores do projeto da União Europeia, ao lado do alemão Konrad Adenauer e do francês Robert Schuman, o intelectual e estadista italiano Alcide De Gasperi dizia que o democrata tem ideias, e não ideologias.

Sem pretender interpretar a sentença, é provável que De Gasperi considerasse a ideologia como um dogmático sistema de ideias, uma hermética cosmovisão, mesmo porque não se pode ignorar os muitos pontos de intersecção política entre poder e ideologia.

No Brasil, desde que os partidos políticos foram alçados à condição de entes constitucionais – e fomos um dos primeiros países a fazê-lo -, deles se exige, para seu registro, tão-somente manifesto e programa.

Com relação ao partido de cuja fundação participei, nascido de um movimento histórico que ensejou a transição para a democracia, caberia, preliminarmente, recordar que ser liberal, antes de um ideário ou doutrina, é uma conduta existencial, uma atitude de vida. Como apontou Karl Flach, na obra O Futuro da Liberdade, "o liberalismo não conhece verdades políticas absolutas, a liberdade de espírito é ponto fundamental e, nesse sentido, a tolerância é condição necessária".

Nem toda democracia, como se sabe, é liberal, mas só é liberal um regime que seja democrático. Esse silogismo parece deixar claro considerar-se democrático qualquer sistema político que respeite o princípio da maioria, calcado em eleições livres, competitivas; conviva com a renovação periódica dos mandatos; e pratique o pluralismo. Mas também resulta inquestionável que mesmo um sistema com essas características pode não ser liberal, na medida em que o liberalismo transcende a democracia.

Isso não significa afirmar que o liberalismo criou o Estado democrático de Direito e, menos ainda, a democracia. Ajuda, porém, a explicar porque o liberalismo se aloja em pressupostos mais amplos que a democracia.

Mencione-se, a propósito, nossa própria evolução política. O império no Brasil, desde a outorga da Constituição de 1824 até sua revogação, em 1889, constituía um Estado de Direito. Havia eleições periódicas que atendiam ao princípio competitivo da época e se admitiu o pluralismo político e doutrinário, como era corrente nas principais democracias do começo do século 19. Entretanto, um sistema que convivia com a escravidão jamais poderia ser caracterizado como liberal.

O que diferencia o liberalismo da democracia é o fundamento ético de ambos. Os valores fundamentais e permanentes da democracia são a liberdade e a diversidade, entendida a primeira como princípio sobre o qual deve fundar-se a organização política da sociedade, e a segunda, como corolário que leva necessariamente ao pluralismo.

Sob o ângulo político, parece claro que esses valores podem existir em qualquer regime ou sistema democrático, sem que isso prefigure um modelo liberal, cujos fundamentos partem do pressuposto de que não existe liberdade sem igualdade, nem pluralismo ou diversidade sem equidade.

Etimologicamente, igualdade e equidade se equivalem. Contudo, a ideia de equidade difere da ideia de igualdade. O ideal da justiça liberal, de que fala John Rawls, por exemplo, é permitir que todos tenham um tratamento equitativo, o que não significa igual, mas, ao contrário, diferenciado.

Igualdade é o princípio de acordo com o qual todos devem contribuir com a mesma parcela para o bem comum. Equidade é o princípio pelo qual as contribuições são repartidas de forma proporcional, e não igual. Logo, sob a ótica liberal, igualdade e equidade são princípios éticos e políticos distintos, na medida em que o último é compensatório, e não meramente regulatório.

Nessas condições, enquanto o princípio utilitário da democracia é a garantia da liberdade e a igualdade de tratamento para todos, o do liberalismo é não só a garantia da liberdade com as mesmas oportunidades, mas algo mais transcendente: a busca da equidade.

Por fim, é apropriado lembrar que, como na lição bíblica, o joio cresce com o trigo. Assim, não é correto associar o liberalismo com liberismo, um distorcido modo de aplicação do ideário liberal à economia; menos ainda transformá-lo em "neoliberalismo". Aliás, como afirma Vargas Llosa, na obra "O Liberalismo entre Dois Mistérios", neoliberalismo "equivale a dizer semi ou pseudoliberal, ou seja, um puro contrassenso".

Marco Maciel foi senador e é membro da Academia Brasileira de Letras. Foi vice-presidente da República (1995-1998 e 1999-2002), ministro da Educação e ministro-chefe da Casa Civil (governo Sarney) e governador de Pernambuco (1978-1985).

Fale com Marco Maciel: marco.omaciel@terra.com.br

O verdadeiro liberalismo – Terra – Marco Maciel

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