Quando foi descoberto que o deputado André Vargas pegou carona no avião do doleiro Alberto Youssef, a mídia informou que ele era do PT. Fez todo uma histeria e ganhou espaço em todos os jornais. O líder do PSB no Congresso, Júlio Delgado, pediu a cassação. Era o PSB da Marina condenando a velha política. O Beto Albuquerque, Pedro Simon e toda a matilha estava com o dedo em riste pedindo a cassação. Agora, os vira-latas pararam de latir? Até Pedro Simon, o velho, virou o novo na política. São lobos em pele de cordeiro. Só há dois tipo de gente que ainda acredita nessa gente: os mal informados e os mal intencionados.
Imagine se algo parecido acontecesse com Dilma, o que o santo do pau oco do Simon não faria? E o Beto Albuquerque logo acionaria seu chefe no Congresso para pedir o impeachment. São as valhas raposas praticando uma política do tempo de Joaquim Silvério dos Reis…
Empresa que ajudou a pagar avião de Campos fez negócio com doleiro
Polícia investiga se jato foi comprado com dinheiro de caixa dois
ANDRÉIA SADIDE BRASÍLIA
Uma empresa que transferiu dinheiro para comprar o avião Cessna que caiu com Eduardo Campos (PSB) também fez negócios com uma consultoria considerada de fachada pela Polícia Federal e que seria controlada pelo doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato.
Na operação para a compra do jato, a Câmara & Vasconcelos consta como tendo feito um pagamento de R$ 159,9 mil à AF Andrade para a aquisição do avião Cessna.
A empresa também aparece em documentos da Operação Lava Jato, aos quais a Folhateve acesso, na relação de fornecedores que receberam dinheiro da MO Consultoria. O depósito foi feito em 2010 no valor de R$ 100 mil.
Desde o acidente do dia 13, quando morreram Campos e outras seis pessoas, a propriedade da aeronave é investigada. Uma das hipóteses é a de o avião ter sido comprado com recursos de caixa dois.
A lista de depósitos e pagadores foi entregue à PF pelos antigos donos do avião, Alexandre e Fabrício Andrade, do grupo A.F. Andrade, de Ribeirão Preto (SP). Os pagamentos foram feitos por meio de 16 depósitos bancários, no total de R$ 1,71 milhão.
À PF, eles contaram que o avião foi comprado por três empresários de Pernambuco: João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, Apolo Santana Vieira e Eduardo Ventola.
O "Jornal Nacional" mostrou que, entre as empresas que fizeram os depósitos, estão uma peixaria, uma Construtora e a Câmara & Vasconcelos, cuja sede é uma sala vazia em Nazaré da Mata.
O dono da Câmara & Vasconcelos, Paulo César de Barros Morato, disse, por meio da assessoria de João Lyra, que desconhece Youssef e a MO Consultoria.
Morato negou que sua empresa seja fantasma e confirmou ter emprestado a quantia de R$ 159,9 mil a João Carlos Lyra.
O PSB disse que nem o partido nem Campos sabiam da relação de Youssef com uma das empresas que depositou para a AF Andrade.
O advogado de Youssef, Figueiredo Bastos, afirmou não se lembrar do depósito. A reportagem não conseguiu contato com a MO Consultoria.
Colaborou MARIO CESAR CARVALHO, de São Paulo