Ficha Corrida

21/09/2016

Eu, gênio? Não, arregão!

Filed under: Assas JB Corp,Assassinato de Reputação,Eugênio Aragão,José Genoino — Gilmar Crestani @ 8:38 am
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Resposta do Eugênio Aragão ao meu artigo abaixo:

s.com
dearev@gmail.com
177.79.30.31
Pare de julgar os outros, meu amigo. Estive sempre defendendo Genoino publicamente. Nadando contra a maré dentro de minha instituição. Frequentei sempre meu amigo, mesmo nos piores momentos. Não tornei isso tudo público antes porque acreditava ainda que o MPF poderia fazer uma diferença na crise política do país. Me segurei sofrendo. Mas, consumado o projeto de retirar o PT do poder e constatando que o MPF foi parte desse processo, resolvi, mesmo com pedidos de dentro de minha instituição que não o fizesse, abrir o jogo. O Senhor se coloque na minha posição, de enfrentar a ira de toda a corporação de que sou parte, e depois fale. Quero ver se o Senhor tivesse coragem de ir à luta como estou indo, no final de minha carreira, quando poderia estar pensando em descansar. Ah sim… E denuncio os abusos do MPF desde 2010. É só o Senhor olhar minha biografia.

É inacreditável que, sabendo de tudo, como o sabia, Eugênio Aragão só venha se confessar agora. Por que não antes? Quer dizer que antes eles não se preocupava com o fato de uma pessoa inocente, um amigo(?!), ser condenada para fazer número e assim justificar a prisão de outros? Como acreditar nas instituições quando os que sabem, investidos de autoridade pública para fazer respeitar as leis, se calam por tanto tempo?

Qual o tamanho do caráter dos que privavam da amizade com Genoíno e ficaram de bico calado diante da palhaçada comandada por Assas JB Corp?! Hoje fica mais claro que, comparativamente, JB tinha mais contas a prestar à justiça do que Genoíno. E não é só pelo apartamento comprado por U$ 10 dólares em Miami, mas por ter assumido, numa provocação do Lewandowski sobre chicanas, que elas foram “feitas pra isso, sim”.

É por isso que não surpreenda que 450 kg de cocaína passe como se fosse um simples carga de açúcar. Ou que o primeiro a ser comido continue intocável no prato até esfriar. E aí chegamos ao momento em que até Eduardo CUnha, com as toneladas de provas produzidas na Suíça, continue ditando os rumos do governo atual como se fosse uma Madre Teresa de Calcutá.

Se for verdade o que diz Aragão, os Ministros do STF eram só moldura ou também figuravam no quadro? E por aí se explica a expressão antológica usada pela Ministra Rosa Weber para mandar inocentes pra cadeia: “não tenho provas, mas a literatura jurídica me permite”.

Aragão parece aquele personagem interpretado pelo ator Brandão Filho, o Sandoval Quaresma, na Escolinha do Professor Raimundo: Opa! Tá na ponta da língua!”. Quando o assunto ficava complicado, tremia: “Agora que eu me estrepo!”. E ao ganhar uma nota cinco, lamentava com o bordão: “Eu estava indo tão bem!

Desculpe, seu nome não lhe cai bem, “não tenho provas mas tenho convicção” que és um tremendo arregão!

Como José Genoíno foi envolvido no mensalão

ter, 20/09/2016 – 20:24 Atualizado em 20/09/2016 – 22:24 – Luis Nassif

Segundo depoimento recente do procurador Eugênio Aragão, do grupo de procuradores que se aproximou do ex-presidente do PT José Genoíno no início do governo Lula, havia convicção de que ele era inocente. Foi um pesado desabafo contra o que Aragão considerou uma extrema deslealdade para com Genoíno.

O que teria ocorrido, então, para que fosse indiciado, condenado e preso?

Hoje consegui o relato de advogado que acompanhou os principais episódios do relacionamento Genoíno-Ministério Público Federal.

Seu indiciamento ocorreu, primeiro para completar o número de quatro – com José Dirceu, Delúbio Soares e Silvio Pereira (que, depois, colaborou com as investigações), para poder enquadrar o tal núcleo político do PT em organização criminosa.

Depois, para permitir chegar a José Dirceu. Como sustentar a tropicalização da tal “teoria do domínio do fato”, partir de Delúbio e chegar a Dirceu sem passar, antes, pelo presidente do PT?

Havia a necessidade desse elo na corrente. Por aí se entende a razão do indiciamento de Genoíno. Mais do que isso, o episódio é bastante revelador sobre como se dão as disputas de poder em Brasília, os relacionamentos de interesse, as guerras entre corporações, ou intra-corporações, no ambiente de corte que caracteriza as capitais federais.

Genoíno foi indiciado pelo PGR Antônio Fernando de Souza, mas não perdeu o poder de imediato. Permaneceu presidente do PT e deputado influente na Câmara.

No MPF havia dois grupos disputando a atenção de Genoíno. O PGR Antônio Fernando e seu vice Roberto Gurgel; e outro, Rodrigo Janot, dirigindo a Escola Superior do Ministério Público da União, com seu assessor Odim Brandão. Entre eles, a ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República).

Antônio Fernando e Gurgel eram frequentadores assíduos do gabinete de Genoíno, assim como a ANPR.

E Genoíno era convidado frequente para confraternizações na PGR, para seminários promovidos por lá, com a presença constante de Antônio Fernando, Gurgel e Janot. Em todo esse período, foi permanentemente procurado por José Arantes, assessor parlamentar da PGR, para viabilizar pedidos da PGR na Câmara.

Várias vezes Genoíno se mostrou incomodado com as visitas, sabendo que, afinal, tinha sido indiciado. Mas sempre era tranquilizado. O indiciamento tinha sido mera formalidade, algo menor, como se a denúncia fosse um equívoco.

A estratégia de aproximação de Janot com Genoíno foi a constituição de um grupo de conjuntura no âmbito da ESMPU com o propósito de subsidiar o plano estratégico de atuação do MPF. Janot foi pessoalmente ao gabinete de Genoíno, na Câmara, para convidá-lo a atuar como seu consultor informal.

Havia um grupo permanente, composto por Janot, Eugênio Aragão, Antônio Carlos Alpino Bigonha (então presidente da ANPR) e Odim Brandão, atualmente assessor de Janot na PGR. Entre os convidados, havia a presença constante do Almirante Othon Luiz da Silva, Pedro Celestino, Genoíno e Luiz Moreira.

Foi um período de grandes emoções, especialmente no dia em que Odim apresentou Genoíno ao seu filho como um “herói brasileiro”.

No STF, Gurgel partiu com tudo para cima de Genoíno, para compor o quadro probatório. E, indicado PGR, o primeiro ato de Janot foi solicitar a prisão de Genoíno. O jogo já havia virado, com o fim do período de bonança e a entrada de uma presidente sem experiência alguma com os jogos de poder.

Como José Genoíno foi envolvido no mensalão | GGN

04/05/2014

Retrato em branco e preto do herói dos sem-caráter

Como os médicos agiram com JB nas dores nas costas e como agem com Genoino no coração danificado

Postado em 02 mai 2014

por : Paulo Nogueira

O rei das licenças

Deu no Estadão em agosto de 2010, antes que Joaquim Barbosa se tornasse herói do jornal por conta de sua conduta no Mensalão.

Aspas e dois pontos.

“O ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que está de licença por recomendação médica, alegando que tem um “problema crônico na coluna” e, por isso, enfrenta dificuldade para despachar e estar presente aos julgamentos no plenário do STF, não tem problemas para marcar presença em festas de amigos ou se encontrar com eles em um conhecido restaurante-bar de Brasília.”

“Na tarde de sábado (ontem), a reportagem do Estado encontrou o ministro e uns amigos no bar do Mercado Municipal, um point da Asa Sul. Na noite de sexta-feira, ele esteve numa festa de aniversário, no Lago Sul, na presença de advogados e magistrados que vivem em Brasília.”

“Joaquim Barbosa está em licença médica desde 26 abril. Se cumprir todos os dias da mais nova licença, ele vai ficar 127 dias fora do STF, só neste ano. Em 2008, ficou outros 66 dias licenciado. Ano passado pegou mais um mês de licença. Advogados e colegas de tribunal reclamam que os processos estão parados no gabinete do ministro.”

Na mesma ocasião, Reinaldo Azevedo, na Veja, publicou o seguinte.

“Seria o mínimo de consideração com a sociedade, com o erário, com os seus pares, com o Supremo, que o ministro Barbosa viesse a público dar uma explicação”, disse o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante Júnior. “Não há coerência entre a postura de não trabalhar por um problema de saúde, que é natural, qualquer pessoa pode ter, e de ter uma vida social onde isso não é demonstrado.”

Tudo isso para mostrar o seguinte: a extraordinária liberalidade que Joaquim Barbosa sempre demonstrou em relação a si mesmo nas questões médicas se tornou o oposto quando em questão está a saúde de Genoino.

E convenhamos: dores crônicas nas costas – devidas a excesso de peso e falta de alongamento, em geral — são infinitamente menos graves que cardiopatias.

Quais foram os médicos que foram tão generosos com Barbosa? Algum deles foi incumbido de avaliar Genoino?

Se eu fosse advogado de Genoino, averiguaria isso.

Seja como for,  existem duas realidades para JB. Uma, a dele próprio, plena de regalias, e não só médicas, aliás.

JB não hesitou, por exemplo, em apanhar um avião da FAB e enchê-lo de jornalistas que iriam aplaudir uma palestra insignificante que ele daria na Costa Rica. (O Globo estava presente, naturalmente. As Organizações Globo não tinham dinheiro para pagar a viagem de sua jornalista. Pausa para rir, ou chorar.)

Ninguém se indignou com o voo de Joaquim Barbosa, embora o de Renan tenha despertado centenas de artigos moralistas sobre o emprego do dinheiro público.

A segunda realidade, para JB, é a dos outros. Imagine se a cardiopatia fosse dele, e não de Genoino.

Se dores nas costas o levaram a faltar meses e meses, o que ele faria se seu coração estivesse danificado seriamente como o de Genoino?

Este é o presidente da corte suprema. Esta é justiça segundo Joaquim Barbosa.

Paulo Nogueira

Sobre o Autor

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Diário do Centro do Mundo » Como os médicos agiram com JB nas dores nas costas e como agem com Genoino no coração danificado

03/02/2014

Genoíno incomoda muita gente, a militância incomoda, incomoda, incomoda muito mais

Filed under: José Genoino,PT — Gilmar Crestani @ 8:46 am
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Uma música em homenagem à manada dos estridentes que não têm voto, mas tem os grupos mafiomidáticos a lhes apontar o caminho:

Um Elefante Incomoda Muita Gente

1 elefante incomoda muita gente
2 elefantes incomodam, incomodam muito mais

3 elefantes incomodam muita gente
4 elefantes incomodam, incomodam, incomodam, incomodam muito mais

5 elefantes incomodam muita gente
6 elefantes incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam muito mais

7 elefantes incomodam muita gente
8 elefantes incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam muito mais

9 elefantes incomodam muita gente
10 elefantes incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam, incomodam muito mais

RICARDO MELO

A quem o povo assusta?

Genoino agiu como deveria ser habitual num partido de raízes populares ao pedir ajuda aos militantes do PT

Imagine o cenário. Vencido o prazo para os condenados da AP 470 pagarem as multas, nenhum apareceu. José Genoino, olhe só, alegou que o valor supera o preço de sua casa. Os outros tampouco respeitaram a sentença. O que aconteceria?

Pelo que se tem lido e ouvido, batata. "Mensaleiros do PT desprezam Justiça." Ou então: "Além de truculentos e corruptos, petistas dão calote no Tesouro". Ou parafraseando aquele ministro falastrão: "Eles merecem mais que o ostracismo: ademais de incomunicáveis, precisam apodrecer na cadeia e receber apenas uma refeição por dia. E mais: entrar para sempre na lista negra da Serasa!".

Outra hipótese. Com dois ou três telefonemas, ou num regabofe no coração de Higienópolis, condenados se acertam com a banca e o dinheiro surge em segundos –o tempo de uma TED. Formalmente, tudo dentro da lei: não é crime receber auxílio para pôr contas em dia. Para os banqueiros, seria apenas uma gorjeta diante de lucros nunca antes imaginados. O juízo midiático, contudo, também seria inapelável. "Cai a máscara: bancos ajudam companheiros’ a pagar multas."

Surpresa (ou decepção) para muitos: nada disso ocorreu. Sem afrontar instituições, sem desrespeitar qualquer direito (diferentemente do que ocorre com os dos condenados), Genoino e cia. agiram como deveria ser habitual num partido de raízes populares: recorreram à militância. Quem se assustou? Todo mundo para quem não passa pela cabeça alguém doar dinheiro por acreditar em alguma coisa, alguma ideia, algum futuro.

A reação mostra o grau de envenenamento do clima político atual. Partiu-se para a troça. Alguns leitores pediram desde uma vaquinha para honrar carnês até auditoria implacável nas doações. Houve mais. Embaladas como coisa séria, reportagens acusaram os petistas de arrecadar mais dinheiro que a Pastoral da Criança! O que tem a ver uma coisa com a outra? Por acaso a Pastoral está em campanha? Pareceria mais razoável comparar o orçamento dessa ONG com fundos auferidos pelo Criança Esperança –mas aí a coisa complica diante do calibre dos interesses envolvidos.

O deputado tucano Jutahy Magalhães Júnior, por sua vez, exagerou no ridículo. "Isso é um acinte, um deboche." Por quê? Talvez porque os condenados, em vez de seguir o recém-divulgado manual de propinas de empresas como a Alstom, optaram pela arrecadação popular e voluntária.

Não há anjos em política, mas a democracia em vigor prevê o respeito a decisões judiciais, até num caso polêmico como a AP 470. A democracia não obriga, contudo, ao conformismo bovino –exceto no caso da vigência de ditaduras disfarçadas ou quando se está sob o tacão de juntas togadas travestidas de supremas.

Muito ainda vai se falar da campanha de doações petista. Pode ser que impropriedades tenham sido cometidas. Mas certamente nada tão grave, por exemplo, como a montanha de denúncias fartamente documentadas no livro primoroso do jornalista destaFolha Rubens Valente, "Operação Banqueiro". Como se sabe, a obra desvenda relações promíscuas entre Poderes da República e o personagem Daniel Dantas. Investigá-las ou não fica ao gosto do freguês.

Feitas as contas, o mais sincero entre os apavorados foi o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha. Como se discute o financiamento público nas eleições, o deputado sentiu a água subir: "Só o PT vai ter dinheiro. Se da cadeia ele arrumou isso, imagina da Esplanada".

Qual o "crime" do partido? Para o deputado, o PT é o único com militância suficiente para arrecadar grandes quantias em defesa de ideais. Em vez de fazer o mesmo e disputar apoiadores entre o povo, a turma suprapartidária de Cunha prefere levantar dinheiro na surdina para melhor abafar suas próprias causas.

22/01/2014

Genoino mostrou o Darf. Agora falta a Globo !

Se o deputado mais duro do Brasil conseguiu, por que os filhos do Dr Roberto não pagam ?

O Conversa Afiada reproduz post de Miguel do Rosário, extraído do blog O Cafezinho:

Genoíno mostrou o Darf; agora falta a Globo!


Para você ver como são as coisas. José Genoíno, o deputado mais duro do Brasil, quiçá do mundo, pagou a dívida financeira que tinha com a Justiça. Uma dívida injusta, porque Genoíno não cometeu crime nenhum. Foi condenado num julgamento midiático, político e viciado. Mas pagou mesmo assim, com ajuda de milhares de admiradores, que sempre acompanharam sua vida de lutador social honesto e idealista.
Enquanto isso, a Globo, apanhada sonegando quase 1 bilhão em imposto de renda, numa trapaça nas Ilhas Virgens Britânicas que foi devidamente julgada e condenada por um grupo de competentes auditores fiscais da Receita Federal, ainda não mostrou ao povo brasileiro nenhum documento provando que pagou sua dívida.
O DARF de Genoíno junto à Justiça:


O DARF da Globo junto à Receita:


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Genoino mostrou o Darf. Agora falta a Globo ! | Conversa Afiada

18/01/2014

Dançando quadrilha

Estadão, que amava José Serra, que era amado por Roberto Freire, magarefe abduzido por Tuca Pinheiro, que era casado com Andreza Matais.

Estadão em estado lamentável, usa Freire, que já foi biruta da Ditadura no INCRA, para Tuca cutucar Genoíno, via Andreza: – mintais e, se puderes, também Matais!

Do helicóptero dos Perrellas à casa de Genoino: a mídia brasileira como ela é

por : Paulo Nogueira

A mídia não gosta deles

A mídia não gosta deles

O critério do que é notícia, para a mídia brasileira, é peculiar.

Notícia é, essencialmente, aquilo que é ruim para os adversários. Pode ser um fato, pode ser um rumor, pode ser até uma mentira descarada – mas é “notícia”.

Do outro lado, tudo aquilo que seja considerado problemático para os amigos, e para os próprios donos das empresas jornalísticas, não é notícia.

Por exemplo: o helicóptero dos Perrellas. Meia tonelada de pasta de cocaína não comoveu a mídia brasileira. O assunto, nem bem chegou, sumiu do noticiário.

A mídia não produziu uma única reportagem decente sobre os Perrellas.

O DCM publicou, dias atrás, uma denúncia do Wikeleaks segundo a qual Roseana Sarney tem 150 milhões de dólares em Caimãs.

Nem uma só linha sobre o assunto, como se 150 milhões de dólares fossem 150 reais. O motivo não é muito nobre: como Roseana, alguns barões da mídia têm, também, reservas em paraísos fiscais.

Silêncio sobre este tema, portanto.

Em compensação, alguns personagens não saem do noticiário. Uma publicação dá alguma coisa, verdadeira ou mentirosa, manipulada ou objetiva – e todos os veículos reproduzem.

Genoino é um desses personagens.

Agora mesmo: você pode ler, em toda a mídia, uma notícia sobre uma casa que Genoino alugou por dois meses em Brasília. Ele alugou porque, num capricho, Joaquim Barbosa proibiu que ele ficasse em sua casa em São Paulo no período de prisão domiciliar.

Sobre o helicóptero a mídia não fala nada

Sobre o helicóptero a mídia não fala nada

E então tudo que a mídia economizou sobre o helicóptero ela gasta com Genoino.

O valor do aluguel é usado para tentar desmoralizá-lo: 4 000 reais, segundo o Estadão. Se são dois meses, são 8 000 reais.

Gastar 8 mil reais para que ele tenha o mínimo de conforto, nos próximos dois meses, vira uma barbaridade.

A mídia se vale dos analfabetos políticos, e estes, sempre manipulados, respondem como se espera. Dizem, nas redes sociais, que está provado que Genoino tem muito dinheiro, e que é uma farsa a vaquinha para pagar a dívida – outro capricho da Justiça – de 660 000 reais que impuseram a ele.

Repórter nenhum vai atrás dos fatos.

Ouçamos Miruna, a combativa filha de Genoino. Ninguém faz isso, embora ela esteja à disposição da mídia para esclarecimentos.

Nós a procuramos.

“Estamos arcando toda a família com essa despesa”, diz Miruna. “Estou deixando o apartamento onde moro com meu marido e meus filhos e mudando-me para a casa dos meus pais para reduzir os gastos e podermos fazer frente a esta situação. Em vez de denunciarem que estamos tendo de pagar para meu pai cumprir a domiciliar, ficam especulando com a casa. É o fim do mundo…”

Para entender os bastidores das redações, uma repórter do Estadão, particularmente, faz um cerco obstinado a Genoino, e também a Dirceu.

Foi ela que falou na casa, assim como tinha falado na “empresa de Dirceu no Panamá”. Ela se chama Andreza Matais, e é casada com Tuca Pinheiro, assessor de Roberto Freire, presidente do PPS.

Freire se dedica a combater o “lulopetismo”, o “lulodilmismo”, o “lulismo”, o “dilmismo” e todas as variações do gênero.

Freire, recentemente, levou a sério, ou fingiu, a afirmação de um ex-delegado segundo a qual Lula fora informante da ditadura.

Nem FHC, que abomina Lula, alimentou isso. Como se sabe, num programa Manhattan Connection FHC desfez a tentativa de Diogo Mainardi de criar barulho em torno da “denúncia”. FHC negou a calúnia peremptoriamente, o que decretou a morte prematura de um livro que iria “sacudir o Brasil”.

A “informação” sai de Andreza já devidamente envenenada pela militância política do marido. É um conflito de interesses mascarado – mas claríssimo.

E toda a mídia reproduz Andreza bovinamente, ou melhor, malandramente. Checar “informações” negativas para adversários ninguém, na imprensa, faz. Todos as publicam às cegas para leitores analfabetos políticos que vão consumi-las sem triagem nenhuma e espalhá-las em sua triunfal ignorância.

A mídia brasileira, de certa forma, pode ser resumida naquilo que ela não deu sobre o helicóptero dos Perrellas e naquilo que ela dá, e dá, e dá, sobre os suspeitos de sempre.

Andreza não perdoa Genoino e Dirceu

Andreza não perdoa Genoino e Dirceu

Paulo Nogueira

Sobre o Autor

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

04/01/2014

Perseguição e cerco a Genoíno pela parceria JB & Globo

A parceria entre Joaquim Barbosa e Rede Globo de corrupção resultou em algo mais que o emprego ao filho de JB. O sadomasoquismo desta dupla só é comparável ao que se vê no seriado Game of Trones… Não se viu, ouviu ou leu qualquer reportagem nos muitos e variados veículos da Rede Globo a respeito do fato de um Ministro do STF abrir uma empresa nos EUA, Assas JB Corp., para burlar o fisco e comprar um apartamento de um milhão pela bagatela de dez dólares. Diante do que Joaquim Barbosa fez e faz, José Genoíno seria um franciscano. Mas o ódio cega, e a perseguição se ao único propósito de gotejar sangue na boca de quem é movido pela inveja dos que, não tendo nada de seu, ainda assim não se deixam cooptar. E pode-se ter todas as divergências políticas e ideológicas com José Genoíno, mas transforma-lo em algo mais pernicioso à sociedade dos que os 650 milhões que a Globo desviou em 2002, para cobrir a Copa do Mundo, ou os 450 kg de cocaína do amigo do Aécio Neves, bem aí já entramos naquilo que a máfia tem de mais seu, a proteção dos seus e a destruição dos inimigos. Business is business, dizem os mafiosos de Al Capone a Michel Corleone….

A chocante perseguição da Globo à Genoíno

4 de janeiro de 2014 | 13:17 Autor: Miguel do Rosário

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Tantos fatos políticos acontecendo no Brasil, e o jornal O Globo continua obcecado em perseguir um homem doente e já condenado pela Justiça. O jornal publica hoje matéria de quase uma página inteira apenas para informar que Genoíno “mudou de endereço” em Brasília.

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Genoíno estava hospedado na casa de um amigo em Guará, um apartamento minúsculo onde moravam mais de cinco pessoas. O Globo não publicou nenhuma foto, porque não queria transmitir a imagem de “pobre”. O Globo também jamais publicou a foto da casa de Genoíno em São Paulo, pelas mesmas razões.

E agora, que Genoíno mudou-se para uma casa num condomínio de classe média, pertencente ao sogro de uma de suas filhas, o jornal entendeu que poderia obter uma fotografia melhor para prejudicar ainda mais a imagem pública do ex-deputado. E, de quebra, perseguir a sua família.

A matéria revela a perseguição de Barbosa, e da Globo, à Genoíno.

Confira esses trechos:

“Na sexta-feira passada, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, relator do mensalão, rejeitou o pedido de transferência de Genoino para São Paulo e deixou claro que, se o ex-deputado quisesse fazer consulta particular com Kalil, teria que convidar o médico para realizar os exames em Brasília. Segundo o advogado Luiz Fernando Pacheco, Genoino não tem dinheiro para bancar as despesas com viagens de Kalil e, por isso, decidiu se consultar com médico local.

— O Genoino não teria como pagar essas despesas — disse.”

Ou seja, ao proibir Genoíno de cumprir prisão domiciliar em seu próprio… domicílio, conforme manda a lei, Barbosa mais uma vez ataca a saúde do parlamentar, porque impede-o de se tratar com seu médico.

A reportagem não menciona a denúncia do advogado de Pacheco, o qual informou que Barbosa compara Genoíno a Fernandinho Beira Mar ao negar a sua transferência para seu estado natal. Nem sei como comentar isso. Beira Mar é um preso de altíssima periculosidade, que, suspeita-se, ainda controla o tráfico de dentro da cadeia e sempre fugiu da autoridade. Genoíno se entregou à Justiça voluntariamente e foi condenado a regime semi-aberto. Não oferece perigo nenhum à sociedade. É um herói político por sua luta contra a ditadura e foi um dos parlamentares mais respeitados do Congresso Nacional. Hoje é um homem alquebrado pela tortura midiática que lhe foi inflingida, num processo viciado e político, segundo a opinião de vários juristas importantes, como Celso Bandeira de Mello.

Mais um trecho da matéria:

“Procurado pelo GLOBO, o ex-deputado não respondeu ao pedido de entrevista. Uma mulher, que estava na área externa da casa no momento da chegada da equipe de reportagem, disse que o ex-deputado está proibido de falar com jornalistas.

— Ele está cumprindo silêncio obsequioso, uma punição típica do Santo Ofício — disse Pacheco.
Um dos vizinhos do ex-deputado disse ao GLOBO que uma única vez viu Genoino fazendo exercícios físicos nos fundos da casa. Janelas e portas da casa estão sempre fechadas.

— Não tenho visto ele sair. Ele está recluso — disse o vizinho, que pediu para não ter o nome publicado no jornal.”

Genoíno está “proibido” de dar entrevistas. Por aí se vê o apreço que o Judiciário – e a mídia, que dá a notícia sem trazer uma crítica –  tem pela liberdade de expressão. Marcos Pereira, acusado de estupro, pode dar entrevistas à vontade. Outro dia revi Crime Real, filme de Clint Eastwood, interpretado pelo próprio, que faz um jornalista que descobre, no dia da condenação à morte de um prisioneiro, que ele é inocente. O condenado dá entrevistas normalmente ao principal jornal da cidade.

Genoíno, não. Ele não pode dar entrevistas porque Joaquim Barbosa, que trocou o juiz responsável pelos réus do mensalão por um outro, mais obediente e mais tucano, tem medo do que Genoíno possa dizer. Barbosa parece fazer de tudo para que Genoíno não sobreviva às humilhações midiáticas constantes que ele tem lhe imposto, a começar pela prisão sensacionalista, num feriado de 15 de novembro, e seu translado para um presídio em Brasília, a milhares de quilômetros de sua residência. E ao mantê-lo em regime fechado, quando a sua sentença determinava a prisão em regime semi-aberto.

A troco de quê o Globo entrevista vizinhos da casa onde está Genoíno? Qual o interesse em saber se as janelas da casa estão abertas ou fechadas? Não está claro que isso constitui mais uma perseguição, porque constrange não apenas o condenado mas todos os seus parentes que lhe deram abrigo? Não é mais uma razão para a Justiça autorizar que ele vá para seu domicílio, e cumpra lá a sentença de prisão domiciliar, conforme manda a lei e conforme se permite a todos os condenados nesse regime?

29/12/2013

JB inventa mais uma: prisão domiciliar fora do domicílio

Filed under: Ódio de Classe,Joaquim Barbosa,José Genoino — Gilmar Crestani @ 11:17 am
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Quem julgará Joaquim Barbosa? E se não existir inferno?

MENSALÃO

Há grande chance de Genoino voltar à cadeia, diz Barbosa

DE BRASÍLIA – O presidente do STF, Joaquim Barbosa, afirmou que há "forte probabilidade" de o ex-presidente do PT José Genoino, condenado no mensalão, voltar para a cadeia após os 90 dias de prisão domiciliar. A declaração consta da decisão em que Barbosa negou transferência do petista para São Paulo, tomada na última sexta-feira e cuja íntegra foi divulgada ontem.

Barbosa decidiu que Genoino poderia passar 90 dias em prisão domiciliar. Condenado a 6 anos e 11 meses, o petista sofre de problemas cardíacos e passou por cirurgia no coração em julho deste ano.

26/11/2013

E quem está preso é José Genoíno

Filed under: ALSTOM,José Genoino,Siemens,Zezé Perrela — Gilmar Crestani @ 8:27 am
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Cadê o domínio do fato? José Genoíno está preso por ter sido presidente do PT. Não recebeu nem pagou nada. A assinatura dele não aparece nem em bilhete, nem gravação. Nada. Mas está preso. Os empresários da Siemens e Alstom que confessaram pagamento a políticos tucanos estão soltos, e os políticos do PSDB, idem.

Helicóptero do deputado Perrela: 450 kg de cocaína

:

Dono da agropecuária  proprietária da aeronave apreendida nesta segunda-feira 25 pela Polícia Federal, deputado Gustavo Perrela (SDD-MG, à esq., abaixo) é filho do ex-presidente do Cruzeiro e atual senador Zezé Perrela (PSD-MG); havia 450 kg de cocaína dentro do helicóptero; apreensão se deu no interior do Espírito Santo; Zezé e Gustavo não se pronunciam; advogado da família, Antônio Carlos de Almeida Castro diz que piloto pegou aeronave "sem autorização" e deu entrada a queixa por apropriação indébita do aparelho; quatro pessoas estão presas

25 de Novembro de 2013 às 17:28

247 – Mandatário do Cruzeiro Esporte Clube, do qua foi presidente por mais de um mandato, o senador Zezé Perrela (PDT-MG) está com mais um grande problema para administrar. Dono de trajetória polêmica na política mineira, ele viu na tarde desta segunda-feira 25 seu filho, o deputado Gustavo Perrela (SDD-MG) ser envolvido na apreensão de 450 quilos de cocaína, que estavam sendo transportadas no helicóptero da Limeira Empresa de Pesquisa Agropecuária, que funciona em nome de Gustavo e seus irmãos.

A apreensão ocorreu na cidade de Afonso Cláudio, no interior do Espírito Santo. O piloto foi preso com mais três pessas, cujas identidades ainda não foram reveladas. O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, contratado pelos Perrela, afirmou que o piloto pegou o helicóptero sem autorização da companhia.

"Ele usou fora do ambiente de trabalho, sem autorização, e ainda para fim absolutamente ilegal", afirma Almeida Castro, conhecido como Kakay. De acordo com ele,  Gustavo Perrella estava em Brasília no momento da operação. O helicóptero costuma ficar estacionado em um restaurante em Belo Horizonte, segundo o advogado. Kakay afirmou que a família procurou a Polícia Civil para registrar uma ocorrência por apropriação indébita.

Helicóptero do deputado Perrela: 450 kg de cocaína | Brasil 24/7

21/09/2013

Bida, 4 julgamentos; José Genoíno, 1

Filed under: Assassinato,Dorothy Stang,José Genoino — Gilmar Crestani @ 10:18 am
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Fazendeiro é condenado no caso Dorothy

Bida recebeu pena de 30 anos de prisão por ter encomendado assassinato de missionária norte-americana em 2005

Julgamento, realizado em Belém anteontem, foi o quarto enfrentado pelo réu, que nega envolvimento na morte

08/01/2013

Carta aberta aos indignados com a posse de Genoíno

Filed under: Dj Lah,Grupos Mafiomidiáticos,José Genoino,Violência — Gilmar Crestani @ 8:09 am

Paulo Nogueira7 de janeiro de 2013

Faz muito mais sentido se indignar com coisas como o assassinato do rapper DJ Lah

Genoíno

Senhoras e senhores: antes de tudo, excluo os falsamente indignados, aqueles que usam o episódio com finalidades meramente políticas.

Dirijo-me apenas aos sinceramente indignados.

Isto posto, queria dizer o seguinte. Indignação é um bem que devemos usar com cálculo e reflexão demorada, para que não o gastemos erradamente. Se desperdiçamos indignação nas causas ruins, ela nos faltará nas boas.

Genoíno, em quem aliás jamais votei, tomou posse amparado na Constituição. Segundo ela, cabe ao Congresso, e apenas a ele, cassar mandatos. Não é atributo do STF, embora os integrantes deste tenham se concedido esse poder.

Genoíno – cujo patrimônio se resume a uma casa no Butantã, em São Paulo – tinha todas as razões para tomar posse, e nenhuma para não tomar.

Sabemos todos as circunstâncias em que ele foi condenado. No calor dos acontecimentos nos foi dada a oportunidade de conhecer o caráter dos juízes que o condenaram.

Luís Fux, por exemplo, foi buscar o apoio de Zé Dirceu para ser nomeado para o STF mesmo sabendo que teria que julgá-lo, num conflito de interesses que passará para a história como um dos piores momentos  da justiça nacional.

Senhoras e senhores: caso vocês tenham lido uma só recriminação à conduta de Fux nos editoriais dos grandes jornais brasileiros, me avisem, por favor.

Joaquim Barbosa comandou as condenações, e também sobre ele soubemos o caminho que percorreu até o Supremo. Impôs sua presença a Frei Betto, então influente no governo, porque sabia que Lula procurava um ministro negro – ou por demagogia ou pela causa anti-racismo, não importa.

E depois JB também foi atrás de apoio de poderosos que poderiam ajudá-lo a realizar suas ambições na carreira.

Senhoras e senhores: passo por cima da controvertida Teoria do Domínio dos Fatos, uma gambiarra jurídica que, se bem usada, permite condenações sem provas convencionais. Se mal usada, facilita aberrações.

Também aí, a questão está em aberto. Cada qual que tire suas conclusões, democraticamente. Lembremos apenas que uma mentira repetida mil vezes continua a ser isso, uma mentira.

O que é indiscutível é que foi um julgamento muito mais político do que técnico. Também parece haver consenso em que os holofotes pesaram sobre os juízes, que evidentemente sabiam que só seriam festejados pela mídia se condenassem.

Dj Lah

Também está fora de discussão a bravata do juiz Celso Mello ao dar seu voto decisivo contra os réus. Sem nenhuma necessidade, ele afrontou o Congresso.

Senhoras e senhores: quem foi eleito pelo povo foram os parlamentares, e não os juízes do STF.

Diante de tudo isso, restaria a Genoíno outro caminho se não tomar posse?

Se muitos brasileiros questionam o desempenho do Supremo, que dirá ele? Tomar posse – dentro da Constituição – é uma forma de ele manifestar seu inconformismo com o STF.

É um gesto tão aceitável e tão natural como foi o olhar matador que Dilma dirigiu a um Barbosa estranha e unilateralmente sorridente no enterro de Niemeyer.

Senhoras e senhores: volto ao princípio. Indignação é um sentimento que, como tudo, tem limites.

Indignação, para ficarmos num caso recente, cai muito melhor nas circunstâncias em que se deu a morte do rapper DJ Lah.

Sinceramente.

Paulo Nogueira

Leia mais: Sobre Fux, Dirceu e o STF

Leia mais: Sobre Barbosa, Frei Betto e Dirceu.

Leia mais: Sobre a foto de Dilma e Joaquim Barbosa no velório de Niemeyer

 

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Paulo Nogueira é jornalista e está vivendo em Londres. Antes de migrar para o jornalismo digital e dirigir o site Diário do Centro do Mundo foi editor assistente da Veja, editor da Veja São Paulo, diretor de redação da Exame, diretor superintendente da Editora Abril e diretor editorial da Editora Globo.

Diário do Centro do Mundo – Carta aberta aos indignados com a posse de Genoíno

06/01/2013

Legal, moral e não engorda

Filed under: Congresso Nacional,Janio de Freitas,José Genoino — Gilmar Crestani @ 8:55 am

JANIO DE FREITAS

Moral ou imoral

Sentir a dignidade ultrajada por uma injustiça poderia justificar a decisão de Genoino de defendê-la com um ato político

Seja qual for a verdade a que José Genoino se refere, como razão da sua "consciência serena e tranquila" e a surgir "mais cedo ou mais tarde", sua decisão entre aceitar ou recusar a volta à Câmara é, a meu ver, de apreciação muito menos simples do que pareceu à maioria das opiniões divulgadas.

Pensei cá comigo, como faço nas dúvidas frequentes, em como agiria sob situação semelhante. Não achei resposta segura.

O motivo maior do impasse, entre vários, partiu da firmeza com que Genoino se afirma inocente, desde o início do escândalo. E cada vez com maior emoção.

Calma aí, não são todos os acusados que se dizem inocentes, não. Nem mesmo no caso desse denominado mensalão.

Marcos Valério e Delúbio Soares não o fizeram. Procuraram minimizar parte dos seus atos, justificar outros e negaram alguns, isso sim.

Silvio Pereira cedo preferiu a permuta de confissão por pena branda, a chamada delação premiada: um modo de negar a inocência.

"Legal, mas imoral!", disseram muitos sobre a decisão de Genoino por se empossar. Imoral, moral?

Pois me dei conta de que seria exatamente como defesa de minha moral, se a sentisse injustiçada, que a posse me atrairia.

Uma afirmação altiva do direito da inocência aos direitos a ela inerentes.

Também pensei em sentido oposto. Injustiças indignam e enjoam. Mandar tudo às favas, de um modo à altura da injustiça, também me pareceria possível.

Enfim, sentir a dignidade ultrajada por uma injustiça poderia justificar a decisão de José Genoino de defendê-la, com um ato político e institucional, e à sua convicção de inocência.

Não tenho como saber o que o moveu nem estou questionando a veracidade da inocência ou a culpa imputada. O assunto é outro.

E é o mesmo. A dimensão e o transcurso conturbado do julgamento no Supremo deixaram um ambiente tão excitado e desmedido que mesmo os não facciosos se confundem e incorrem em imprecisões injustas.

A respeito da posse, ouvi por exemplo pela CBN, na quinta-feira, respeitado professor de filosofia dizer que "ficou provado" que José Genoino "assinou um empréstimo com o propósito de lesar o erário público".

Tal propósito, fosse atribuído a Genoino ou ao empréstimo, não foi provado nem esteve sequer próximo disso. No valor de R$ 3 milhões, foi quitado pelo PT em parcelas depois do escândalo.

Genoino está condenado a 6 anos e 11 meses por corrupção passiva e por quadrilha, como presidente do partido em cujo interesse foram feitas as transações montadas por Marcos Valério, o PT e o Banco Rural.

Em alguma parte ou no todo dessa acusação supõe-se que esteja, com a consequente injustiça, a burla da verdade a surgir "mais cedo ou mais tarde".

Se e quando surja, estará dizendo se a posse de José Genoino foi "legal, mas imoral!" ou legal e moral.

04/01/2013

Por que os safados só lembram de Genuíno?

Filed under: Bandidagem,Grupos Mafiomidiáticos,José Genoino — Gilmar Crestani @ 10:44 pm

 

Genoino não é o único com problema na Justiça

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Dos 15 parlamentares que tomaram posse nessa quinta-feira 3 na Câmara dos Deputados, quatro respondem a ação na Justiça; tem até parlamentar envolvido em processo de homicídio [Francisco Tenório, PMN-AL]; para Urzenir Rocha (PSDB-RR), acusado de trabalho análogo à escravidão, "ser acusado é uma coisa, ser condenado é outra"

4 de Janeiro de 2013 às 15:50

Juliane Sacerdote _Brasília 247 – "Você ser acusado é uma coisa, ser condenado é outra". Essa é a resposta do novo deputado federal Urzeni Rocha (PSDB–RR), empossado nessa quinta-feira 3 na Câmara Federal, ao ser questionado sobre o processo que responde na justiça por exploração de trabalho análogo à escravidão.

"Vivemos em um mundo de pluralidade. Não estou constrangido, muito pelo contrário. Você ser acusado é uma coisa, ser condenado é outra. A justiça vai dizer", respondeu ao Brasil 247.

O parlamentar assumiu o mandato no lugar de Teresa Surita (PMDB-RR), que renunciou ao cargo para exercer o mandato de prefeita de Boa Vista. Mesmo sendo um dos poucos representantes da oposição na lista de deputados que assumiram os mandatos, Urzeni Rocha preferiu não fazer críticas ao colega José Genoino, deputado empossado mesmo com a condenação de 6 anos e 11 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal.

"Não há impedimento legal na posse dele [Genoino]. Eu, por exemplo, vim como representante do povo que me elegeu", destacou. Mas, segundo o tucano, a oposição "perdeu uma oportunidade" de se posicionar publicamente sobre a posse do petista.

Mais processos

O delegado Francisco Tenório (PMN-AL) também responde a processo na justiça por homicídio. Ele assumiu de forma definitiva o mandato no lugar de Célia Rocha, que tomou posse como prefeita de Arapiraca. O parlamentar não foi localizado pela reportagem para comentar o assunto. Outro que responde por processos de trabalho análogo à escravidão é Camilo Costa (PMDB-ES), que também não foi encontrado pelo Brasil 247.

Genoino não é o único com problema na Justiça | Brasil 24/7

12/10/2012

Barbara Gancia chuta o pau da barraca

Filed under: Ação 470,Bárbara Gancia,Folha de São Paulo,José Dirceu,José Genoino — Gilmar Crestani @ 6:53 pm

Depois da condenação, a constatação. Demorou, mas parece que, tendo saciado o ódio da vingança, o arrependimento ou seja lá que nome se pode dar a isso, começa a bater na porta do outro lado. Seria por acaso a constatação de que depois de condenar alguns políticos do PT poderá vir a condenação correligionários da Folha? Ninguém parece ter dúvidas do que José Dirceu é capaz, mas eu também não tenho nenhuma dúvida do Gilmar Mendes foi e é capaz. Ou do que FHC, José Serra e Demóstenes Torres fizeram e fazem. E Policarpo Junior, e a Veja? Quanto todos  estes merecerem o mesmo tratamento, aí sim passarei acreditar que a coincidência do julgamento da Ação 470 com as eleições de 2012 foram só … coincidência. Mas que é muita coincidência, ah isso é!

Edição/247: barbara gancia e estatua da justiça

Colunista da Folha diz que Lula venceu as eleições, que Veja distorce a realidade ao vender Joaquim Barbosa como novo herói nacional, que José Genoino não merece o que está vivendo e condena a análise maniqueísta dos que analisam o julgamento do mensalão com sangue nos olhos

12 de Outubro de 2012 às 09:45

247 – Colunista da Folha, Barbara Gancia se diz assustada com o “sangue nos olhos” dos que pregam punição exemplar aos réus da Ação Penal 470 e afirma que Lula foi o grande vencedor das eleições municipais de 2012. Leia:

Bem x Mal

Barbara Gancia

Seria uma lição de democracia se do julgamento do STF constassem não só PT, mas Democratas, PSDB etc.

Está tudo muito bom, está tudo muito bem. E o "New York Times", o "Financial Times" e o "Times" de Londres po­dem estar certos de que o julga­mento do mensalão representa um avanço brutal para a democracia tapuia, como bem notou o nosso monumental Clóvis Rossi em sua coluna de ontem, mas esta "bastian contraria" (a expressão é piemon­tesa) que vos fala veio posar na sua sopa para discordar.

É claro que quem tem culpa que pague o que deve. E eu também, co­mo todo o resto do Ocidente (excluindo talvez o Suriname, Cuba e a Cristina Kirchner -que deve sentir coisas por ele), não vou com os cornos do Zé Dirceu. O homem escondeu a pró­pria identidade da mulher, vive de amassos com os Castro, não é exatamente exemplo de democrata e blá-blá-blá-blá-blá.

Acontece que não consigo disso­ciar a imagem de Joaquim Barbosa de Torquemada e o julgamento do mensalão da Inquisição. Estamos assistindo a um massacre e há mui­to ainda a considerar.

Diziam que o julgamento seria parcial porque Lula havia escolhi­do os juízes. Não aconteceu. Aliás, essa desconfiança preconceituosa me faz lembrar o terceiro mandato de Lula, que não houve.

Enunciavam também que o men­salão ia dar a vitória a Russomanno em primeiro turno. Não aconteceu. Por sinal, a economia nem vai tão bem e Haddad lidera as pesquisas.

E Lula, ora, Lula foi o grande ven­cedor do primeiro turno (tadinha da Martoca) e vai levar São Paulo de enxurrada, né não? Fica claro tam­bém que a classe média alta que se diz informada, mas que raramente acaba obtendo colocação profissio­nal fora do âmbito familiar, quer ver o PT ser varrido do mapa. Essa é a turma que torce como nunca no Fla-Flu do julgamento do STF.

Nos últimos tempos, até a Dilma eles têm tratado com um desdém que antes não havia ali. Já para o zé povinho, tanto faz. Para a perifa, obviamente não só despida de pre­conceito contra o Lula como iden­tificada com ele até a alma e beneficiada pelas mudanças sociais, escândalo de compra de votos da reeleição, anões do Con­gresso, Sivam, Zé Dirceu, Collor… é tudo a mesma lasanha.

Eu até concordo que a gente quei­ra ver canalhas ricos o bastante pa­ra contratar advogados top na ca­deia. Mas, vem cá: o Genoino, gen­te? Todo mundo conhece o Genoi­no, sabe que ele não vive no luxo. E não merece o que está acontecen­do.

Nesta semana vi gente com san­gue nos olhos dizendo que queria vê-lo atrás das grades. Isso não po­de ser sede de justiça. É outra coisa. É preconceito puro. E olha que o Muro de Berlim já caiu há mais de 20 anos!

É uma deturpação das mais dano­sas ao país colocar na capa da maior revista semanal tapuia uma crian­ça negra e pobre que subiu na vida pelo próprio esforço como se ela fosse o novo Pelé.

É como se a classe dominante dissesse: "Os nossos pretos pobres são melhores do que os deles". Os negros pobres do Lula precisam do Bolsa Família e de cotas para chegar lá. Joaquim Barbosa (que, note, se declara eleitor do PT) venceu sozinho, não precisou de "política assistencialista", não é mesmo? Pessoal ainda não enten­deu que não é muleta, mas repara­ção por séculos de apartheid social.

Seria lição de democracia se do julgamento do STF constassem não só PT, mas PSDB, DEM etc. Julgar ignorando garantias, sem direito a recurso e partindo da cer­teza de que quanto menos provas, maior o poder do réu e, portanto, hipoteticamente, maior sua culpa, é inver­ter a lógica. Isso não pode ser coisa boa, viu, "Times" de Londres?

Barbara Gancia chuta o pau da barraca | Brasil 24/7

11/10/2012

A Ditadura foi ditabranda; dura mesma é a do STF

Filed under: José Genoino,STF — Gilmar Crestani @ 7:09 am

Por isso que STF vem inocentanto um a um todos os ditadores e demais responsáveis por dar golpes, prenderem clandestinamente, torturarem, materem e enterrarem, clandestinamente, em valas comuns.

A inocência de meu pai”, José Genoino

“Você teria coragem de assumir como profissão a manipulação de informações e a especulação? Se sentiria feliz, praticamente em êxtase, em poder noticiar a tragédia de um político honrado ?” .

Uma família que ameaça os Supremos Valores da Pátria !

O Conversa Afiada reproduz e-mail que recebeu de Miruna Kayano Genoino:
Paulo Henrique Amorim,
Meu nome é Miruna Kayano Genoino e sou filha de José Genoino Neto. Como parece ser raro encontrar jornalistas em que se pode confiar, decidi apostar neste e-mail que não sei se é correto, porque parece que você tem sido capaz de trazer outro olhar ao que vem acontecendo em nosso país.
Se puder, gostaria que lesse o texto que é o desabafo não só meu, mas de toda nossa família.
Um abraço,
Miruna


Em tempo: ao se demitir de cargo que ocupava no Ministério da Defesa, José Genoino leu a seguinte nota:

“A inocência de meu pai”, José Genoino | Conversa Afiada

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