Ficha Corrida

02/06/2014

De Masi é D+

Filed under: Brasil,Domenico de Masi,Itália — Gilmar Crestani @ 10:48 pm
Tags:

 

De Masi: o Brasil tem um destino próprio

2 de junho de 2014 | 20:11 Autor: Fernando Brito

demasi1

Meus bons amigos e ótimos jornalistas Paulo Noronha e Octávio Costa fazem hoje, no Brasil Econômico, um bela entrevista com o sociólogo italiano Domenico De Masi, que andou apanhando na nossa mídia por uma primária (ou deliberada) confusão entre sua admiração pelos brasileiros e sua crença no poder criativo do ócio, que a idiotia confunde com preguiça.

De Masi nada mais faz que repetir, sociologicamente, a observação brechtiana expressa em Galileu Galilei: “Eu sustento que a única finalidade da ciência está em aliviar a canseira da existência humana”.

Nossa elite  – ela própria uma perdulária e ociosa, que naquela expressão tosca de Diogo Mainardi a Luiza Trajano – “vende para a Amazon”  – a ideia que tem sobre negócios no Brasil, é quem gosta de ditar regras sobre a “indolência do povo brasileiro”, agora maquiada como “baixa produtividade”.

“O homem tem que ter a produtividade de ideias”, diz De Masi, numa frase extremamente cruel onde a pseudo-intelectualidade confunde-se com as “celebridade”.

E que não perde oportunidade de descadeirar um país que, como se lerá na entrevista, tem dados muito sólidos para provar que pode e vai ser diferente de uma simples colônia.

“Meu otimismo com o Brasil se baseia nas estatísticas”

Entrevista a Paulo Noronha e Octávio Costa

O sociólogo italiano Domenico De Masi tornou-se famoso na virada do século quando lançou sua audaciosa teoria sobre o ócio criativo, que dá ênfase à cultura da inteligência e à contemplação da beleza. Agora, no livro “O Futuro Chegou!”, volta a surpreender pelo grande destaque que dá ao modelo social brasileiro. Na obra de mais de 700 páginas, ele se debruça sobre 15 modelos de vida — entre os quais, o capitalista, o socialista e o comunista — e dedica o último capítulo ao Brasil, concluindo que o país “se encontra numa situação única em relação ao seu passado e ao seu futuro”. Tem diante de si um grande desafio: “Pode dissolver-se na confusão ou pode gerar o modelo inédito de que o mundo precisa”.

Em entrevista ao Brasil Econômico , no Rio, o sociólogo deixa claro que acredita mais na segunda hipótese. Amigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e admirador do antropólogo Darcy Ribeiro, De Masi afirma que “o Brasil é um bom exemplo para o mundo pela convivência, pela criatividade, pelo sincretismo religioso”. E destaca que a miscigenação é o principal valor do país. Dá também uma explicação simples e objetiva para sua aposta: “Quando me perguntam porque eu sou otimista com o Brasil, eu respondo: vejam os dados estatísticos”. E dá um exemplo que lhe é familiar. “Dez anos atrás, havia no mundo 196 países. A Itália estava no 7º lugar no ranking econômico e o Brasil estava no 10º lugar. Hoje, está em 7º lugar e a Itália no 10º. Esse é um enorme motivo (para o otimismo)”.

Em seu último livro, o senhor se mostra otimista com o Brasil, num momento em que o país passa por várias dificuldades. Qual a razão para seu otimismo?

Os dados estatísticos oficiais. Dez anos atrás, havia no mundo 196 países. A Itália estava no 7º lugar (no ranking econômico), o Brasil estava em 10º lugar. Hoje, o Brasil está em 7º lugar, e a Itália em 10º. Esse é um motivo enorme. O Brasil é o quinto país exportador industrial do mundo. No Brasil há uma população de 200 milhões numa superfície que é 28 vezes maior que a da Itália. No Brasil não há conflitos de guerra com países vizinhos desde a guerra do Paraguai. A Itália fez guerra com todos os países em seu entorno, contra França, Alemanha, Espanha etc. No Brasil há uma redução, relativamente pequena, da classe mais pobre, a classe alta está aumentando. Na Itália, a classe alta vai diminuir, vai se proletarizar. São razões muito relevantes.

Mas neste momento o país vive um surto de manifestações, há toda uma pressão por melhores e maiores investimentos em saúde, educação…

Para mim, essas são demonstrações de otimismo. É bom que o país seja pacífico, mas não submisso, não colonizado. Vejo grandes problemas no país: a violência, a corrupção, a distância entre ricos e pobres e o analfabetismo. Se o governo é muito lento na resolução desses problemas, é importante que haja essa manifestação de massas para acelerar as soluções. É melhor ter essa manifestação na praça do que ter submissão.

Trechos de seu livro foram pinçados para mostrar que o sr. estaria se comportando mais ou menos como autores do passado, que falavam do “bom selvagem”, da índole cordial do brasileiro…

Não, não. Eu me referia a resultados de pesquisas de 10 anos atrás, feitas por antropólogos brasileiros, e não por mim, não é uma ideia minha. Esse personagem foi descrito por esse antropólogo, DaMatta (Roberto), e outros estudiosos brasileiros, mas não é ideia minha.

Mas o sr. fala dessa visão de que o Brasil conviveu bem com a questão racial, de que a miscigenação faria parte da personalidade de nosso povo…

Eu faço uma comparação com países eslavos, Iugoslávia, Hungria, Romênia etc., onde há quatro raças que sempre guerrearam, há mil anos guerream. No Brasil, há 45 etnias e não há uma guerra de brancos contra negros, de africanos contra índios. Houve, sim, uma grande exploração capitalista dos escravos e dos índios. Mas guerra, não.

Entretanto, o sr. diz que o Brasil pode servir de exemplo para o mundo.

Em alguns aspectos sim, sob outros, não. Não é um bom exemplo pela violência, pela corrupção. Mas é um bom exemplo pela convivência, pela criatividade, pelo sincretismo religioso.

O sr. fala que o Brasil teria que buscar um modelo próprio, já que se inspirou por 450 anos na Europa e por 50 anos nos EUA. Qual seria esse modelo?Eu disse que o Brasil deve contribuir para criar um modelo novo. Há 15 modelos: o indiano; o chinês; o japonês; o clássico de Roma e da Grécia; o modelo hebraico; o católico; o muçulmano; o protestante; o iluminista; o liberal; o capitalista; o modelo socialista; o comunista; o pós-industrial; e o modelo brasileiro. Cada qual tem aspectos positivos e negativos. Eu digo que um novo modelo tem que pegar os aspectos positivos, o melhor de cada um desses 15. O Brasil é um dos 15, não é o modelo, mas tem suas contribuições a dar.

Que modelo o Brasil deveria buscar?

Vejo que o modelo do futuro teria que ser universal. Não deveria ser brasileiro, americano ou italiano, mas sim universal. Um modelo baseado sobre a miscigenação, em que haja multiculturas. Baseado na beleza, na harmonia. Não deve ser um modelo brasileiro, italiano ou japonês, mas uma síntese universal, tirando o que cada um tem de melhor. Não digo que o modelo do futuro é brasileiro. Digo em meu livro que o futuro chegou para todo o planeta, não só para o Brasil. Falo de modelos, no plural, para uma sociedade desorientada, planetária. Não digo que esse ou aquele modelo é melhor, digo que cada um tem aspectos positivos e negativos. Temos que pegar os aspectos positivos.

No momento, com o livro de Thomas Piketty (“Capital no século XXI”), há um questionamento do modelo capitalista, sobre a concentração de renda, que estaria se agravando nos países ricos…

Isso já dizia Marx em seus trabalhos… O que propõe Piketty?

Ele propõe o imposto sobre fortunas, sobre a alta renda financeira.

É o welfare state . É um modelo antigo, socialista, de reforma. A criação desse imposto seria importante, desde que se traduza em serviços sociais, como na Suécia. Na Itália, há altos impostos, mas que não se traduzem em serviços sociais. Eu pago 57% de impostos, na Suécia é na faixa de 60%. A diferença entre Itália e Suécia é que, na Itália, os impostos não se revertem em bons serviços para a população, por causa da ineficiência burocrática e da corrupção.

O FMI, nos discursos de sua diretora-geral, Christine Lagarde, e em documentos técnicos, tem destacado a questão da desigualdade, como um risco para a sobrevivência do capitalismo. O sr. acha que o capitalismo já acordou para o problema da desigualdade?

Todos os autores capitalistas, Adam Smith, Tocqueville, Montesquieu, Jeremy Bentham, Paul Samuelson, todos consideraram o problema da desigualdade. A questão é que esses autores capitalistas, liberais, dizem que a desigualdade não é vencível, não pode ser eliminada. Mas os economistas socialistas, social-democratas e marxistas dizem que a desigualdade só pode ser eliminada. No capitalismo, não há sensibilidade para a questão da desigualdade. A não ser que seja um capitalismo social-democrático. O Brasil teve a sorte de ter tido Fernando Henrique Cardoso e depois, Lula. Fernando Henrique era social-liberal, Lula era socialista. Fernando Henrique acumulou a riqueza, Lula a distribuiu.

E Dilma Rousseff?

Dilma não é nem um, nem outro. É uma via intermediária. Mas eu não conheço bem. Depende muito do estilo. O fato de ser mulher não quer dizer nada, Angela Merckel é mulher e tem uma personalidade forte. Margaret Thatcher também tinha. Creio que Dilma não tem uma boa equipe, mas não conheço bem a situação.

O sr. sente uma diferença entre os quatro anos de governo de Dilma e os oito anos de Lula?

O governo de Lula viveu uma grande contradição. Teve dois grandes processos de corrupção. Há muitas pessoas do governo Lula que estão presas. No Governo Dilma, até agora, não há presos, não sei no futuro… Uma diferença é que o governo de Dilma tem um desempenho mais regular, o de Lula teve muitos altos e baixos. O que depende muito do estilo de cada um, Lula era muito carismático e de compromissos, mas eu não conheço muito bem os governantes brasileiros. Conheço bem Fernando Henrique, que é meu amigo e com quem falo regularmente, mas não conheço bem Lula e Dilma.

Fernando Henrique não está tão otimista quanto o sr. sobre o Brasil…

Mas ele é oposição, não pode ser otimista… (risos). Se vencer a eleição, ele voltará a ser otimista. Quem é governo, é otimista; quem é oposição, é pessimista; é assim no mundo todo. O Brasil é o quinto no mundo em produção industrial, sétimo PIB mundial, tem uma taxa de desemprego baixa, que é um terço da que temos na Itália e metade da que temos na Europa, que está, na média, em 12%. Sobretudo, o desemprego dos jovens no Brasil é mínimo. Sabe quanto é o desemprego dos jovens na Itália? 42%. Há 2 milhões de jovens que nem estudam nem trabalham. É desastroso.

Como o sr. viu essa eleição do Parlamento Europeu, que teve um avanço da direita e da extrema-direita em países como França, Inglaterra e Dinamarca?

A crise profunda da Europa aumenta. Há um elemento objetivo, que é quando na União Europeia os estados são reduzidos a regiões. Como aconteceu na Itália no século 18, com os estados de Nápoles, Roma, Piemonte, que hoje são regiões. Esse é um processo doloroso, mas indispensável para criar uma Europa unida. Outro problema é que a união é prioritariamente econômica, sem a união política. Há união monetária comum, mas não uma política monetária e financeira comum. Há a política global do banco central europeu e diferentes políticas econômicas dos vários estados. Há um primeiro resultado, que é a estabilidade monetária, que não é forte, mas é importante. A segunda coisa é que por 60 anos, pela primeira vez, não tivemos guerra entre os países. Outra coisa importante é que há muitos deslocamentos de pessoas de um país para o outro.

Mas a extrema-direita não quer um estrangeiro disputando seu mercado de trabalho…

A Europa é muito rica e se aproveitou da África por muitos séculos. A imigração é perigosa, causa centenas de mortes. E quando os imigrantes chegam, sofrem uma situação terrível.

E o que fazer com a África?

É necessário desenvolver a África, esta é a única solução. E isso depende de apoio do mundo ocidental. É como no Brasil. A violência é entre ricos e pobres, não é entre o Brasil e o exterior. É a mesma diferença entre a África e a Europa, que estão separadas pela distância de uma ilha.

O sr. escreveu que o comunismo perdeu, e o capitalismo não venceu. O mundo financeiro está vencendo?

Sim, está vencendo, mas isso é uma doença do capitalismo, não é um ponto de força, é uma fraqueza. Porque o comunismo sabia distribuir a riqueza, mas não sabia produzir. O capitalismo sabe produzir, mas não sabe distribuir. Hoje, no mundo, há 85 pessoas que tem mais riqueza do que outras 3,5 bilhões de pessoas. Isso não é capitalismo, porque 85 pessoas, ricas, podem consumir uma Ferrari, um iate, mas 3,5 bilhões podem consumir 3,5 bilhões de sapatos.

Mas não há só empresários financeiros nesses 85…

Há três italianos, e todos são do setor produtivo. Há a dona da Prada (Miuccia Prada), um fabricante de óculos (Leonardo Del Vecchio) e o Ferrero (Pietro Ferrero Jr.), que produz a Nutella. Esse mundo é muito louco, com Nutella, se consegue ser um dos homens mais ricos do mundo… não por salvar vidas humanas, ou fazer grandes invenções, como Leonardo Da Vinci, mas por fabricar Nutella… (risos).

Como, diante de tantos problemas, pensar que o ser humano, aos 50 anos, já pode parar de trabalhar e se dedicar a uma vida de lazer?

Li um artigo que dizia que eu quero um mundo de ócio, viver como vivem os índios. Ócio criativo é outra coisa! É o que estamos fazendo aqui — trabalho, estudo, troca de ideias. Isso é ócio criativo, não é não fazer nada. E os índios não ficavam fazendo nada. Eles tinham um ritual estético que é muito importante, tão importante quanto o de Giorgio Armani. Cuidavam do corpo, todos os dias, pintavam o corpo da pessoa amada, porque entendiam que a arte é tão importante que não podia ser feita por qualquer artista. Os índios não eram preguiçosos, eles trabalhavam. Não faziam é atividades remuneradas, porque tinham a natureza, a caça, a pesca. Mas não eram ineficientes.

Um das críticas é que o sr. estaria numa linha de pensamento contrária à produtividade, quando um dos maiores problemas da economia brasileira é a baixa produtividade do trabalho…

Eu sou a favor da maior produtividade do trabalho! Que seria usar mais o computador, por exemplo, e menos o trabalho braçal. Isso é ócio criativo, fazer só o trabalho criativo. O trabalho braçal fica a cargo do computador, do robô. São Paulo é pela baixa produtividade, porque a cidade construiu as empresas e escritórios a 4 horas de carro para as pessoas chegarem lá. Mas a produtividade física tem que ser da máquina, não do homem. O homem tem que ter a produtividade de ideias.

O sr. fala também que o brasileiro se preocupa muito com o corpo, que é hedonista…

Veja, todas as horas, de dia e de noite, o tempo todo, tem gente correndo na Praia de Ipanema. O brasileiro ama o corpo.

Mas os americanos também…

Não como aqui, nos EUA não tem um Ivo Pitanguy. Há um motivo para os brasileiros amarem o corpo. Porque o brasileiro era um povo majoritariamente de escravos, e a única propriedade que o escravo tinha era seu corpo, que precisava ser belo, forte, saudável. É essa a herança.

O índio também era saudável…

Mas não cuidava tanto de seu corpo. As pessoas deviam ler os livros de Darcy Ribeiro. Ele escreveu cinco volumes, que eu li e conheço muito, e ele explica bem. Diz que na cultura e no caráter brasileiro há três matrizes. A matriz portuguesa, que habituou o brasileiro à aventura e ao aprendizado; a indígena, que o habituou à estética e à harmonia com a natureza; e a africana, que o habituou à musicalidade e ao sincretismo. E eu acrescento uma quarta, que é a matriz internacional, que veio dos alemães, dos japoneses, italianos, poloneses, franceses, que deram um caráter universal à matriz brasileira. Eu não disse que os índios deram a matriz do ócio, da ineficiência. Há muitas matrizes, mas não a da indolência. Neste momento, em todo o mundo, há um grande movimento pela lerdeza, slow food, slow tourism, slow sex, tudo slow, contraposto à velocidade. Porque durante a sociedade industrial, a eficiência e a produtividade derivavam da velocidade. Hoje a velocidade é feita pelas máquinas, a nossa produtividade é de ideias.

E a questão da velhice? Mais pessoas estão vivendo mais, aumentando os custos da previdência para os governos…

Por que mais previdência? Por que as pessoas têm que parar de trabalhar? Por causa da lei? Esse é o modelo industrial, que está errado, é um modelo louco. O mercado de trabalho vai mudar, é uma necessidade. As pessoas têm que continuar trabalhando e serem produtivas. Quem faz um trabalho mental, como um jornalista ou um professor, deve continuar a trabalhar. Por que parar?

Mas a realidade não é assim…

A realidade não me interessa, a realidade é uma loucura, e vai mudar, vai ter que mudar. Quer dizer que aos 60 anos eu sou um jornalista e não devo mais escrever? Sou um professor e não devo mais ensinar? Um filósofo e não devo mais pensar? Então, devo estar disponível para morrer aos 55 anos?

O sr. escreveu sobre a era de Adriano, quando não havia mais deuses, ainda não havia Jesus Cristo e havia apenas o homem. Vivemos um momento parecido?

Veja o Brasil. Não há mais o modelo europeu, não há mais o modelo americano, e não há ainda um novo modelo. Seria uma loucura, hoje, copiar o modelo americano ou o modelo europeu.

Há algum modelo a ser copiado?

Não! É fato! É necessário criar um modelo. Pela primeira vez, o Brasil deve criar um modelo. Copiou por 500 anos, mas não é possível continuar copiando.

Essa lógica valeria para os demais países emergentes?

A China e a Índia estão criando seus modelos. Mas é errado criar só um modelo indiano, um chinês, um brasileiro, é necessário criar um modelo universal.

Falando sobre economia, estamos saindo de uma crise…

Não estamos! Isso não é uma crise. O que é uma crise? Crise é uma doença passageira, que se toma um remédio e passa. Isso não é uma crise, é uma redistribuição mundial da riqueza. Que não é rápida, pode durar dois, três, cinco séculos. A China e o Brasil crescem; Estados Unidos, Itália e França, decrescem. A China tinha uma renda per capita de US$ 1 mil; na Itália era de US$ 30 mil. A renda per capita na Itália passou para US$ 3,6 mil, na China foi para US$ 4 mil. É uma redistribuição da riqueza, não é crise, é uma coisa completamente diferente.

O sr. acha que os EUA continuarão a ser um país hegemônico nos próximos anos?

Os Estados Unidos já têm uma hegemonia científica há mais de 50 anos. É o país que mais produz patentes no mundo. Tem as melhores universidades, os melhores institutos de pesquisa e o maior número de patentes. Essa é a hegemonia americana.

Mas eles vão manter essa hegemonia?

Por ora, vão. Porém, a China já é a terceira no mundo em biotecnologia, e a primeira em nanotecnologia. Se olharmos o PIB da Itália nos últimos 60 anos, é uma curva descendente. O dos EUA, têm crescimento estável. Já a China, vem aumentando seu ritmo de crescimento ano a ano. Na lista dos dez países com maiores taxas de crescimento do mundo de 1982 a 1987, elaborada pelo FMI, tínhamos Estados Unidos, Japão, China, Reino Unido, Brasil, Índia, Alemanha, Coreia do Sul, Itália e Canadá. E agora, na previsão de 2012 a 2017, o ranking traz China, EUA, Índia, Brasil, Rússia, Indonésia, Coreia do Sul, México, Japão e Turquia. Repare que na nova lista não tem nenhum país da velha Europa. Quando me perguntam por que eu sou otimista com o Brasil, eu respondo: vejam os dados estatísticos.

Quais são os aspectos negativos que o sr. vê no atual modelo brasileiro?

Há a violência, a corrupção, o analfabetismo, a divisão desigual da riqueza e a infraestrutura. É uma loucura que, para ir do Rio de Janeiro, 16 milhões de habitantes, a São Paulo, com 43 milhões, tenhamos que viajar de avião. Não há trem, é uma loucura, é a distância Roma-Bolonha, que fazemos em duas horas, de maneira cômoda.

E o que tem de bom no modelo brasileiro?

A miscigenação é o principal valor do Brasil. “É tudo mestiço”, já dizia Oscar Niemeyer, “sou brasileiro, português, espanhol, alemão, italiano, sou, portanto, mestiço, como são mestiços a maioria dos meus irmãos brasileiros”. Esse é o aspecto mais forte. Porque todo o mundo vai virar mestiço. Os africanos vão para a Itália, os paquistaneses vão para o Afeganistão, os afegãos vão para a Índia, todo o mundo vai se misturar. A miscigenação é um fator fundamental. O outro aspecto positivo é a estética. Há também o crescimento da escolarização, o Brasil tem ótimas universidades.

E a educação é um dos setores mais criticados aqui, dizemos que é um setor muito atrasado…

Não é atrasado. É atrasado em relação aos Estados Unidos, mas não é atrasado em relação ao Brasil de 10, 20 anos atrás. Melhorou. Tem ainda as boas experiências de gestão empresarial, há muitas experimentações interessantes sendo realizadas no Brasil neste momento.

De Masi: o Brasil tem um destino próprio | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

05/10/2013

Política de Berlusconi causa, num só ato, 200 mortes no Mediterrâneo

Filed under: Ilha de Lampedusa,Itália,Tomasi di Lampedusa — Gilmar Crestani @ 9:41 am
Tags:

Coincidentemente, a ilha se chama Lampedusa. E fica mais próxima da África do que da Sicília. Tomasi di Lampedusa nasceu na Sicília e escreveu o romance definitivo sobre a degenerescência da classe política e da elite italiana na época garibaldina. Cunhou, no romance Il Gattopardo, a famosa frase e até hoje atual: “mudar tudo para que tudo continue como está”. A Ilha Lampedusa se tornou, por sua posição geográfica, a porta de entrada dos imigrantes africanos na Europa. A Europa, que entra na África para colonizar, roubar, destruir e matar (o caso mais recentes foi Kadafi e a Líbia, mas já houve Cartago e a famosa frase “delenda Cartago”, destrua Cartago), fecha as fronteiras quando os africanos, e não se petróleo ou seus diamantes, tentam entrar na Europa. Tunísia acolheu o mafioso que por anos comandou a Democracia Cristã, partido da direita com viés de centro, como o PSDB, Bettino Craxi. Bettino Craxi foi primeiro ministro por longa data, e é até hoje considerado o principal responsável pela morte de Aldo Moro pelas Brigadas Vermelhas. A própria mulher de Aldo Moro acusa o Craxi. Da Invasão da Abissínia à destruição da Líbia, a Itália sempre usou a África como seu puteiro particular. Quando alguns africanos, talvez até com alguma ascendência italiana, tenta fugir dos horrores que os Europeus causaram, são recebidos com as fronteiras fechadas e a porta na cara.

Lampedusa e le nostre responsabilità

Bella vittoria, abbiamo ancora Alfano agli Interni, che ha chiesto aiuto all’Europa per fermare le correnti migratorie bloccandole all’origine.

Napolitano lo ha spalleggiato sulla stessa musica e se la prende solo con i traghettatori…

Il Papa ha raccomandato di pregare, senza il coraggio di dire: no alle porte sbarrate dall’Europa.

Solo la Lega è sincera e continua a incoraggiare apertamente la barbarie, senza che nessuno pensi di combatterla.

Vergogna soprattutto a chi considera una vittoria poter continuare a governare – grazie al voto farsesco di mercoledì – con Alfano e soci!

Nessuno al governo ha ricordato quanti danni, quante sofferenze, quanti morti, quanta barbarie abbiamo portato con la dominazione coloniale italiana di Eritrea e Somalia, i paesi da cui provenivano i migranti sbarcati e quelli morti a Scicli e a Lampedusa.

Avremmo dovuto accoglierli come risarcimento dovuto, e li lasciamo morire a decine ogni giorno, organizzando la commozione solo quando i morti superano un certo livello.

Vergogna!

Lampedusa e le nostre responsabilità – AgoraVox Italia

13/04/2013

O legado de 20 anos de berlescunismo

Filed under: Berlusconi,Itália — Gilmar Crestani @ 11:27 am
Tags:

Napolitano (tercero desde la derecha) reunido con los diez expertos en la presidencia.

Imagen: EFE

Los “sabios” italianos sugieren reformas

Los expertos subrayaron la necesidad de que el crédito llegue a las pequeñas empresas y que el Estado pague sus deudas con el mundo empresarial. A nivel educativo, propusieron medidas para contener la deserción escolar.

Por Elena Llorente

Desde Roma

Las conclusiones de los diez “sabios” convocados por el presidente de Italia, Giorgio Napolitano, para sugerir soluciones para el país y que concluyeron su trabajo ayer, pasarán al próximo presidente de la República que debería ser elegido antes de fin de mes. Así lo dijo ayer Napolitano, quien consideró importantes los aportes realizados en las dos áreas en las que trabajaron los expertos, socioeconómica e institucional. Sin embargo, algunos exponentes del Movimiento Cinco Estrellas de Beppe Grillo disminuyeron su valor diciendo que esas deducciones las hubiera sacado cualquiera que hubiera hablado con la gente de la calle.

La senadora “grillina” Elena Fattori comentó en su Facebook el trabajo de los “sabios” nombrados por el presidente el pasado 30 de marzo: “Emergencia ocupacional y desarrollo para resolverla: para llegar a estas conclusiones no se necesitaban diez sabios, bastaba hacerse un paseo y preguntar a las diez primeras personas que se encuentran por la calle cuál era la respuesta”.

El trabajo de los expertos “no interfirió” con la actividad del Parlamento ni con las decisiones de las fuerzas políticas, indicó Napolitano respondiendo así a quienes los acusaban de esas interferencias. “Entregaré los dos informes al nuevo presidente de la República. Ambos documentos ponen el acento en “los problemas esenciales a los que están ligados tanto las necesidades y esperanzas de los ciudadanos y del país como el de-sarrollo futuro de Italia”, precisó el presidente ante la prensa.

El grupo de trabajo centrado en el área económico-social habló de relanzar el desarrollo económico, hacerlo más equitativo y sostenible e hizo una serie de propuestas para intensificar el rol de Italia a nivel internacional, mejorar el sistema impositivo y proteger a los consumidores, entre otras cosas. “Italia está atravesando la peor recesión económica de su historia. La crisis global iniciada en 2007-2008, originada lejos de nosotros, ha golpeado a la economía italiana mucho más seriamente que a otros países desarrollados. Entre 2008 y 2012, el PIB italiano bajó un 6 por ciento”, dijo el informe. El principal problema es el trabajo y el aumento de la pobreza. “Hoy tienen trabajo, a veces sólo precario, 56 personas de cada 100 entre 15 y 64 años, mientras en Francia son 64 y en Alemania 73. Por eso los expertos aconsejan, entre otras cosas, alivianar la imposición directa sobre el trabajo y tomar medidas a favor de las familias en graves dificultades económicas. En cuanto a las empresas, subrayaron la necesidad de que el crédito llegue a las pequeñas empresas y que el Estado pague sus deudas con el mundo empresarial. A nivel educativo, se propusieron medidas para contener el “grave fenómeno”, dice el informe, de la deserción escolar y para sostener el derecho al estudio.

Los “sabios” indicaron asimismo la necesidad de rever los salarios de los altos dirigentes de la administración pública y continuar con la tarea de reducir y reorientar el gasto público, favorecer el trabajo telemático para aumentar la ocupación femenina y reducir así los costos de las empresas y el ausentismo. Los impuestos en Italia son demasiado altos, por eso proponen elaborar una reforma del sistema impositivo que permita una mayor ecuanimidad y acentúe el llamado “federalismo fiscal”.

El grupo encargado de las reformas de las instituciones hizo propuestas referidas al estatuto de los partidos políticos y la reducción del número de parlamentarios, entre otros puntos. Según los “sabios”, una nueva ley electoral –de la que se viene hablando insistentemente sin que el Parlamento haya todavía dado un paso ni en éste ni en ningún otro sentido porque desde las elecciones de febrero está prácticamente parado– debería basarse en un sistema mixto, es decir en parte proporcional y en parte mayoritario, y sobre todo abolir las circunscripciones del exterior, que hoy permiten a los italianos radicados en el exterior, votar y elegir sus propios candidatos al Parlamento. Las circunscripciones del exterior son cuatro: Europa, América Meridional, América del Norte y Centro, y la cuarta, Asia, Africa, Oceanía y Antártida, y permiten elegir un senador y un diputado en cada una. En las pasadas elecciones, el primer partido en esas circunscripciones fue el Partido Democrático (centroizquierda). Los “sabios” no son de la opinión de reducir el número de parlamentarios a la mitad, como pedían algunos partidos, sino de que la Cámara de Diputados de 630 miembros pase a 480 (uno cada 120.000 habitantes) y los senadores, hoy 315, a 120.

En materia de la reducción de los llamados “costos de la política”, es decir principalmente las financiaciones del Estado a los partidos, los expertos hablaron de establecer reglas muy claras para la actividad política y para su financiación, indicando que los controles deben ser “externos e independientes”. Pero, aclararon, la financiación pública a las actividades políticas, “de forma adecuada y verificando cuidadosamente los gastos”, no puede ser eliminada “porque evita que la riqueza privada pueda condicionar impropiamente la actividad política”.

En cuanto a los magistrados –otro tema candente en Italia con los permanentes ataques de Silvio Berlusconi que los acusa de parcialidad y de querer castigarlo por interés político–, los expertos dijeron que las medidas disciplinarias contra un juez deben ser tomadas en primera instancia por el Consejo Superior de la Magistratura, pero en segunda instancia por una Corte especial integrada por jueces y por personas elegidas por el Parlamento y el presidente de la República. También se habló de potenciar la ley anticorrupción que fue aprobada hace algunos meses por el Parlamento, a la que habría que agregar algunos delitos como el “intercambio electoral político-mafioso”. Casos de intercambio, donde políticos locales hicieron pactos con la camorra (mafia napolitana), que le consiguió los votos necesarios para ser elegido a cambio de quién sabe qué acuerdo, fueron descubiertos recientemente en relación con algunos políticos locales del norte de Italia. Y esto, se sabe, ha sido moneda corriente en las zonas donde la mafia, la camorra o la N’Drangheta tienen influencia.

Página/12 :: El mundo :: Los “sabios” italianos sugieren reformas

10/03/2013

Partigiano non’é parmeggiano

Filed under: Itália — Gilmar Crestani @ 10:14 pm
Tags:

 

È morta Olema Righi, la partigiana in bicicletta

È morta questa mattina nella sua abitazione di Carpi, in Provincia di Modena, Olema Righi. Staffetta partigiana, per molti emiliani rappresentava il simbolo stesso della Resistenza, insieme a tante altre compagne come Ibes Pioli o Tina Anselmi.

Celebre la foto che la ritrae in sella alla sua bicicletta, nei giorni della Liberazione, con il fucile ancora in spalla e la bandiera dell’Italia libera sullo sfondo. Chi l’ha conosciuta ricorderà per sempre il suo sguardo determinato – lo stesso di quella vecchia fotografia – ed il sorriso inscritto nel viso di una bellezza severa che si era addolcita col passare degli anni.

Riportiamo il racconto del suo arresto e della tragica morte del fratello (partigiano anche lui), tratto dal sito dell’Associazione Nazionale Partigiana – Emilia Romagna:

Era una mattina di novembre quando, senza neanche poter dire a mia madre che andavo via, sono stata presa e caricata su un camion, dove c’erano altri giovani che dicevano di essere stati arrestati.

Da Limidi, i camion dei repubblichini sono passati per Carpi, dove hanno caricato altra gente, poi si sono diretti a Modena. Dai loro discorsi, si capiva che i repubblichini erano orgogliosi delle loro scelleratezze, della loro "azione".

A causa delle lunghe soste siamo arrivati all’Accademia (ora Accademia Militare) che era già sera. La mattina seguente il capitano mi ha fatto andare nel suo ufficio per interrogarmi. Stava seduto alla sua scrivania e teneva davanti a se un foglio scritto a mano. Ha cominciato a leggerlo: vi era scritto che io ero una staffetta partigiana, che mio fratello, mia sorella e mio padre erano antifascisti. Quest’ultimo poi era anche in prigione per questo.

C’era scritto proprio tutto in quel maledetto foglio. Avevano saputo tutto della nostra famiglia, anche che noi avevamo un terreno nei prati di Cortile sul quale mio fratello Sarno, insieme ai suoi compagni, aveva costruito un rifugio dove andavano a nascondersi e a dormire.

&lta href=’http://adv.publy.net/it/www/delivery/ck.php?oaparams=2__bannerid=1936__zoneid=926__cb=8c20c4558c__oadest=http%3A%2F%2Fadmanager.algorithmedia.com%2Fdelivery%2Fck.php%3Fn%3Daf003d93%26amp%3Bcb%3D8c20c4558c&#8217; target=’_blank’>&ltimg src=’http://admanager.algorithmedia.com/delivery/avw.php?zoneid=36&ampcb=8c20c4558c&ampn=af003d93&ampct0=http://adv.publy.net/it/www/delivery/ck.php?oaparams=2__bannerid=1936__zoneid=926__cb=8c20c4558c__oadest=&#8217; border=’0′ alt=” /></a>

<a href=’http://adv.publy.net/it/www/delivery/ck.php?n=ae47441f&cb=1575790425&#8242; target=’_blank’><img src=’http://adv.publy.net/it/www/delivery/avw.php?zoneid=926&cb=1575790425&n=ae47441f&#8217; border=’0′ alt=” /></a>

In seguito, sono stata tenuta per lunghe ore in una stanza di isolamento. Isolamento reso ancora più duro e imprevedibile dalla guardia, un omettino basso e dalla voce rauca, che mi sorvegliava e mi prospettava tutte le cose più brutte, compreso che mi avrebbero mandato in Germania e che mi avrebbero ammazzato. Dopo sette giorni di interrogatori e minacce, il 20 novembre ci fu lo scambio: le vite di 60 partigiani furono scambiate con quelle di 6 tedeschi, così anche noi fummo rilasciati.

Mentre uscivo dal portone dell’Accademia, il capitano che mi aveva interrogato mi prese da parte, per un attimo ebbi paura che mi tenesse ancora là, invece mi fece la predica e tra le altre cose mi disse di non prendere più parte alla guerra. Ricordo ancora le sue parole: "la guerra è per gli uomini e dì a tuo padre che non faccia più attività contro di noi perché, se non lo sa, il coltello dalla parte del manico l’abbiamo noi". Poi aggiunse: "va a divertirti a casa troverai delle novità".

Salutai e raggiunsi Stefanina e le altre per andare a casa. Avevamo tanta strada da fare a piedi, ma scherzavamo e ridevamo perché eravamo libere. Finalmente libere da un incubo, ancora tremanti per quegli interrogatori in cui avevamo sempre negato tutto, che ci avevano fatto capire che c’era una spia molto vicina a noi. Una spia amica di quelli scellerati che si vantavano di aver portato via i partigiani, saccheggiato il caseificio e bruciate le case…

A Ganaceto ho incontrato una staffetta, Ione, che si è offerta di accompagnarmi a casa sulla bicicletta. Lungo quel breve tragitto non parlammo molto e io pensavo ad alta voce a chi avrei trovato a casa. Quasi certamente mia madre, mia sorella e mio fratello piccolo. Chissà se mio padre era ancora nascosto a Panzano. Chissà dov’era mio fratello Sarno. L’avevo visto per l’ultima volta il giorno prima del rastrellamento. L’avevo chiamato da lontano e lui si era girato a salutarmi. Fu proprio mentre me lo ricordavo così che Ione mi disse "hanno ucciso tuo fratello".

Non ricordo più niente di preciso di quello che seguì, ricordo solo che ho ricominciato la mia vita di staffetta con un motivo in più: onorare il sacrificio di mio fratello con una fede ancora più forte nell’antifascismo e nella memoria.

Olema Righi.

Olema bella, ciao.

È morta Olema Righi, la partigiana in bicicletta – AgoraVox Italia

27/01/2013

Silvio Berlusconi, patrono da mídia golpista

Filed under: Grupos Mafiomidiáticos,Itália,Neofascismo,Silvio Berlusconi — Gilmar Crestani @ 10:42 am

Os bufões tem mídia, mas não tem cérebro: Murdoch(EUA/Ingl), tem a Fox; Berlusconi (Itália), Mediaset; Chile, Sebastian Piñera; Venezuela (Globovision), Pedro Carmona; Argentina (Grupo Clarin); Brasil, Instituto Millenium, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (RBS).

"MUSSOLINI FECE BENE"
Berlusconi nel Giorno della Memoria: la sua colpa sono le leggi razziali, per altri versi operò giustamente (VIDEO)

Monti: il rischio dell’ antisemitismo è ancora presente
Scritte antisemite al Museo di via Tasso a Roma
Il racconto di Piero Terracina, sopravvissuto ad Auschwitz: chi oggi nega la Shoah è come i carnefici nazisti

Pubblicato: 27/01/2013 11:14 CET | Aggiornato: 27/01/2013 11:36 CET

Silvio Berlusconi interviene, a sorpresa, alle celebrazioni per la Giornata della Memoria in corso a Milano. Una presenza "dovuta" per celebrare una vicenda "che non si può ripetere. Solamente nei panni dei deportati si può capire quali vertici di tragedia e disperazione si raggiunsero".

Per l’ex premier "è difficile mettersi nei panni di chi decise allora. Certamente il governo di allora per timore che la potenza tedesca vincesse preferì essere alleato alla Germania di Hitler piuttorso che opporvisi". Inoltre secondo Berlusconi le leggi razziali "sono la peggior colpa del leader Mussolini che per tanti altri versi aveva fatto bene. Non abbiamo la stessa responsabilità della Germania, ci fu da parte nostra -conclude- una connivenza che all’inizio non fu completamente consapevole".

Monti, rischio antisemitismo è ben presente

"Il rischio della segregazione e dell’antisemitismo è ancora ben presente". Lo ha detto il premier Mario Monti dopo aver visitato, al binario 21 della stazione di Milano, i convogli con i quali furono deportati gli ebrei milanesi verso i capi di sterminio. Monti è in compagnia della moglie Elsa.

Ferrero: "Berlusconi è vergognoso: Mussolini

"Berlusconi è vergognoso: Mussolini non solo ha fatto le leggi razziali ma ha combattuto con Hitler, i fascisti italiani hanno collaborato attivamente alle deportazioni, quindi Mussolini è responsabile in solido dell’Olocausto". Lo afferma il segretario di Rifondazione comunista Paolo Ferrero.

"Nella Giornata della Memoria dire che ha fatto bene -aggiunge- equivale a stare dall’altra parte della barricata, sono proprio dichiarazioni del genere che sdoganano il fascismo e il nazismo anche oggi. Ricordiamo tutte le vittime dell’Olocausto e il sacrificio dei partigiani che si opposero al nazifascismo".

Notizie, ultim’ora e commenti su l’Huffington Post

24/01/2013

Itália do Sílvio Berlusconi, ídolo do PIG, sem um Lula para corrigir, deu nisso

Filed under: Crise Financeira Européia,Itália,Pibinho,Silvio Berlusconi — Gilmar Crestani @ 8:17 am

 

Cronache dall’Italia in crisi: "Così siamo diventati poveri"

Otto milioni di italiani vivono con meno di mille euro al mese. L’ascensore sociale è tornato indietro di 27 anni. La crisi economica ha massacrato la classe media che si ritrova così a fare i conti con le bollette ammucchiate sul frigo, l’assillo dell’affitto da pagare, la retta dei bambini a scuola. Ecco alcune semplici storie di chi per farcela  compra il pane del giorno prima o divide la casa con altre famiglie. Vite di laureati che fanno i baristi e di mariti mandati sul lastrico dal divorzio di CONCITA DE GREGORIO

Lo leggo dopo

Cronache dall'Italia in crisi:  "Così siamo diventati poveri"

I NUMERI non rendono l’idea. Siamo assuefatti, bombardati. Non li tratteniamo neppure il tempo necessario perché si traducano in un pensiero. Sono le storie che parlano. Quelle sì, quelle somigliano tutte a qualcosa che sappiamo. La commessa del super, il fornaio dove vai a comprare le rosette, il ragazzo che ha l’età di tuo figlio, il padre di mezza età, la madre.
Questa è l’Italia, questi siamo noi. Narcotizzati da una campagna elettorale che discute di pensioni e di tasse, di esodati e di aliquote: un mondo politico che parla, provando a farsi votare, a chi il lavoro ce l’ha o ce l’ha avuto. Ma quasi la metà del paese non ha lavoro, lavora al nero, ha redditi sotto i mille euro. La media delle famiglie  italiane guadagna meno di ventimila euro l’anno, dicono i dati ministeriali, con buona pace delle discussioni sulla patrimoniale per chi ha redditi sopra il milione o il milione e mezzo.
C’è differenza fra ventimila e un milione, una differenza così grande che genera, in chi non trova ascolto, rabbia, ostilità, fragilità, disillusione. Siamo tornati poveri, dicono i dati Istat. Più di otto milioni di italiani, una famiglia su dieci spende circa mille euro a testa al mese, la cifra sotto la quale l’Istat stabilisce la soglia di povertà  relativa.
Indietro di 27 anni. Ma nemmeno questo rende l’idea perché ormai sono anni che separarsi è diventato un lusso da ricchi,

che il ceto medio è scivolato verso l’indigenza, che i padri che pagano gli alimenti dormono in macchine e vanno a mangiare alla Caritas. La novità, oggi, come queste sei semplicissime storie raccontano, è che nell’indifferenza diffusa comprare a metà prezzo il pane di ieri, fare la spesa al super di carne in scadenza e quindi in saldo, nascondere la laurea per trovare un lavoro da 800 euro o laurearsi per poi servire ai tavoli di un pub, al nero, è diventato assolutamente normale.
Tutto intorno è così. L’ascensore sociale non è solo fermo, guasto, bloccato dal malaffare e dal malgoverno. Torna indietro. Non sale: scende. I figli hanno un destino peggiore dei padri, il giovane laureato in Legge, figlio di operai del Sud, ha vergogna a dire che non sa che farsene del suo titolo, non sa come spiegarlo ai genitori. Non va avanti, non può tornare indietro. È il lavoro che manca. È l’unica cosa di cui parlare, la sola di cui una campagna elettorale dovrebbe occuparsi: offrire un progetto per restituire lavoro al Paese. Senza libertà materiale non c’è libertà politica né democrazia. Il resto sono chiacchiere.

LA CASSIERA
"Vedo tanti pensionati a caccia di super-sconti tra i prodotti in scadenza"
"Può scrivere solo il mio nome? Non vorrei passare un guaio, mi manca solo quello. Giovanna. Faccio la cassiera qui da otto anni, delle prime sono rimasta l’ultima. Ora arrivano tutte ragazze che stanno tre mesi meno un giorno, poi cambiano. Contratti di formazione, li chiamano: ti danno due euro, ti "formano", poi ti mandano a casa e avanti un’altra. Così se ne va la giovinezza e poi dopo a quarant’anni dove lo trovi un impiego? Sì, qui nel nostro "super" facciamo gli sconti last minute. Non li ha visti? Sono quelli con il prezzo in giallo. Se il formaggio, o il latte, o la carne sono a 24 ore dalla scadenza costano fino all’80 per cento in meno. Roba da mangiare subito, la sera stessa, prima che vada a male. Ma ancora buona, eh. Guardi, si fermi a guardare: la comprano tutti. Vede, qui a San Giovanni in Laterano, ci vivono moltissimi pensionati. Vengono col borsellino con la cerniera e dieci euro dentro, la busta di plastica da casa. Che poi uno dice pensionati e pensa agli anziani, ma i pensionati che vedo io hanno anche meno di sessant’anni. A 58 anni non sei vecchio, ma se da un giorno all’altro i duemila euro di stipendio diventano 900 di pensione e se hai ancora i figli a casa… Sapesse quante ne sento. Allora per forza devi comprare la carne che scade. Guardi, guardi. Perché non si direbbe, no? Li vedi ben vestiti, poi arrivano alla cassa e fanno passare tre oggetti. Ormai pagano più in monete che in banconote. Abbiamo anche un accordo con le scuole: i punti della spesa si possono devolvere all’istituto di quartiere per il materiale scolastico. Sì, alla scuola pubblica, perché?"
L’OPERATRICE DI CALL CENTER
"Tre donne, quattro figli: con una casa in comune arriviamo a fine mese"
"Mi chiamo Antonia L. Ho 57 anni, una figlia di 18 che vive con me. Ho cominciato a lavorare al call center quando mi sono separata, tre anni fa. Il mio ex marito non è in condizione di darci niente. Prendo, come tutti, 80 centesimi lordi a chiamata. Il mensile dipende da quanto lavoro. Se sono in salute, se ci metto gli straordinari posso arrivare a 800 euro. Ne pagavo 400 di affitto, più un centinaio di bollette varie. Con i 300 euro che restavano a vivere in due non ce la facevamo. Come me le altre, che al call center siamo soprattutto donne, e tante sole con figli. Con due di loro siamo andate a vivere insieme, un paio di anni fa: un appartamento a Cinecittà. In casa siamo tre donne, una ragazza, la mia, e tre bambini. Ciascuna dorme in camera coi figli. Facciamo la spesa a turno, una volta alla settimana, al discount. A turno laviamo, cuciniamo e assistiamo quelli che si ammalano così se una ha il figlio con la febbre può andare lo stesso al lavoro. Ci prendiamo anche una serata libera, a rotazione. Abbiamo una macchina sola, una tv, un computer. Dividiamo tutto, per orari e per giorni. È una specie di comune anni Settanta: solo che allora lo facevamo per scelta, ora per necessità. Mio padre era impiegato, mia madre maestra. Hanno laureato tre figli, avevamo una casetta al mare. Io la mia laurea ho dovuto nasconderla, sennò ero troppo qualificata per ottenere il lavoro. Mia figlia dice che l’università non serve, non so più cosa risponderle. Da ragazza facevo politica, sono stata anche iscritta a un partito. Ora no, a votare non ci vado più".
IL PANETTIERE
"Vendo a metà prezzo il pane del giorno prima: c’è la fila per comprarlo"
"Abbiamo fatto mettere un cartello fuori: "Il pane di ieri a metà prezzo". Ho raccomandato ai dipendenti discrezione per non urtare le suscettibilità di nessuno. Sa com’è: siamo tutti benestanti fino a prova contraria, il paese è piccolo, la gente parla, la dignità non ha prezzo. Però vedo che lo chiedono in tanti, il pane di ieri. Mi chiamo Luigi Di Ianni, ho 64 anni. Facevo il commerciante, qui a Sulmona. Quando sono andato in pensione ho rilevato il forno "Profumo di pane", che è anche una pasticceria. Un’attività di medie dimensioni: tre punti vendita, mia moglie e mio figlio piccolo che mi aiutano e nove dipendenti. Questo Natale è stato un disastro. I dolci prima si vendevano tutti i giorni, ora a stento per le feste e la domenica. Il pane da noi siamo abituati a comprarlo in forme grandi, e si butta. Uno spreco che non ci possiamo più permettere. Mia madre faceva il pane con le patate che durava venti giorni. Allora ho pensato: ma perché abbiamo smesso di fare così? Se avessimo fatto attenzione, in passato, se fossimo stati più sobri… Io le vedo le persone a negozio, la conosco Sulmona. Sta morendo. Siamo in provincia dell’Aquila, abbiamo passato tristi giorni. Molti sono in cassa integrazione, molti hanno i figli che sono tornati a casa, e tocca mantenerli. Io stesso, se guardassi solo i conti, farei meglio a chiudere. È un impegno verso gli altri, l’impresa. È buono ancora, sa, il nostro pane di ieri? E poi il pane è sacro. Non si butta. Vedo che lo chiedono, infatti. E magari dicono per giustificarsi: sa, ci devo fare le polpette, i ripieni. Che importa se non è vero".
L’IMPRENDITRICE FALLITA
"Noi strozzati dai debiti, mio padre si è ammazzato e l’azienda non c’è più"

"Ho scritto a Monti, a Napolitano. Volevo solo che sospendessero le ingiunzioni di pagamento. Mio padre si è ammazzato per quello. Per rimetterci in piedi ci voleva un po’ di tempo, un po’ di liquidità, soprattutto avevamo bisogno di non essere in mora coi pagamenti. C’è una legge per i casi come il nostro, ho controllato. Ma non è successo niente. Passavano i mesi e le ingiunzioni continuavano ad arrivare. 200 mila. 180 mila euro a volta. Ma creditori di chi? Papà si è sparato. L’azienda non c’è più. E lo sa poi cos’è che lo ha rovinato? L’amministrazione pubblica. I lavori fatti e non pagati. Fatti, consegnati, con la mano d’opera e i materiali pagati: e i pagamenti delle municipalizzate, delle Asl che non arrivavano mai. A nove mesi, a dodici mesi. E se protesti è peggio, perché poi non lavori più. Ma come fai ad aspettare e intanto pagare i contributi ai dipendenti? Da dove li prendi i soldi? E se ritardi la stessa amministrazione pubblica che non ti paga i lavori ti nega la patente di legalità, non ti dà le carte che ti servono per accedere ai crediti bancari. E così muori, perché poi ci sarebbe da parlare dell’usura bancaria, l’usura legale che ti strozza e ti mette in ginocchio ma io non ne voglio parlare perché sono stanca e non ne posso più. Ho un figlio piccolo devo pensare a lui. Avevo pensato di andare via dal mio paese, dalla mia regione che è il Veneto, certo, il polmone produttivo d’Italia, come no. Ma poi dove vado. Mi chiamo Flavia, lasci stare il cognome. Sono stanca, gliel’ho detto. Tanto qui da noi lo sanno tutti chi sono e sono stanca anche di questo. Vorrei solo sparire".
IL SEPARATO
"Lo stipendio da grafico se ne va per mio figlio: adesso vivo di carità"
"Cosa vuole sapere che non abbia già raccontato? Ora vengono tutti a intervistarci come se fossimo bestie nello zoo: "Le case dei padri separati", scrivono nei titoli, e poi sotto sempre le stesse storie, tutte uguali. Cosa c’è di interessante? Non è normale? E poi perché tutti ora? Sono anni che va così e nessuno si è mai occupato di come vive un uomo che guadagna 1200 euro e si separa, deve pagare gli alimenti e mantenere i figli piccoli. Come vuole che viva? Con 300 euro al mese, vive. Oppure va per strada. Dorme in macchina. Sì, va bene, scriva. Mi chiamo Umberto, ho 52 anni, da otto mesi sto in una stanza dei Padri oblati di Rho. Mio figlio ne ha 11 e sta con me una settimana ogni due. La casa l’ho lasciata alla madre. Quando viene qui dormiamo nello stesso letto, anche se ormai è grandino. Ma non protesta. Prima, quando giravo per i divani letto degli altri, era peggio. Sono diplomato: grafico. Lavoro in una ditta, faccio il materiale pubblicitario. Ho provato a cercare un secondo lavoro, ma è un miracolo se sono riuscito a tenermi il primo. Per un periodo sono andato in depressione. Dopo l’apatia mi è venuta su una rabbia pazzesca. Ma come è possibile, dico, che si debba campare di carità? Ho smesso di guardare la tv, a sentire i talk show politici mi montava la furia, il resto è schifezza per addormentarsi. La macchina l’ho venduta, mio figlio a scuola lo accompagno coi mezzi. Lui si vergogna, vuole che scendiamo alla fermata prima della scuola. Non bisognerebbe separarsi mai. Resistere, ingoiare ma restare. Io non ce l’ho fatta, e ora pago".
IL LAUREATO
"Avvocato sulla carta faccio il cameriere per 400 euro al mese"

"Mi chiamo Giuseppe Minafro, ho 24 anni, la mia famiglia è di Sala Consilina, una frazione. Siamo di origine contadina, i miei genitori operai. Ho due fratelli, un maschio e una femmina. Non ci è mai mancato niente. Ho visto i miei lavorare sempre, tanto, ma la domenica a tavola c’era la torta e il vino dolce, d’estate si andava in vacanza al mare, stavamo bene, noi figli abbiamo studiato tutti. Certo che i miei hanno fatto i sacrifici, per noi, specialmente per me che mi hanno mandato a Roma e mi hanno pagato i libri, l’affitto della stanza, i biglietti del treno per andare e tornare. Io mi sono laureato, ora: Giurisprudenza, con una tesi in diritto penale. Abbiamo fatto una festa a casa. Una festa bellissima, con mezzo paese. Tutti a dire che orgoglio, che bellezza Peppino, ora che sei avvocato ci devi rendere giustizia. Ma io non lo faccio l’avvocato e non lo farò mai. Non sono parente a nessuno, come si dice da me. Concorsi in magistratura non ce ne sono. Io quello che faccio è lavorare in un pub dietro Campo dè Fiori. Cameriere la notte: entro alle sette e stacco alle tre del mattino, e prendo 400 euro al mese. Senza contratto, macché. Se rinuncio io entra un altro. Ho una ragazza, dividiamo il fitto della stanza. Dovrei essere contento, ho avuto bei voti alla tesi e tanti complimenti. Però ho un’angoscia dentro che mi porta via. Io l’avvocato non lo faccio ma al paese mio non lo sanno, e ai miei genitori gli dico ancora un po’, non salite, aspettate che mi sistemo. Perché come faccio a spiegarglielo a loro, che hanno la terza media, che la mia laurea non mi serve a lavorare?"

(24 gennaio 2013)

Cronache dall’Italia in crisi: "Così siamo diventati poveri" – Economia e Finanza con Bloomberg – Repubblica.it

18/12/2012

Napolitano: “Está en juego Italia”

Filed under: Corrupção,Crise Financeira Européia,Itália — Gilmar Crestani @ 8:32 am

Só faltou botar a culpa em Lula. Napolitano não fez, mas os jornais tupiniquins se encarregarão disso.

Napolitano: “Está en juego Italia”

El presidente abronca a los partidos políticos por no haber acordado la reforma de la ley electoral y les pide que no quemen la confianza recuperada en el país

Pablo Ordaz Roma17 DIC 2012 – 22:45 CET9

El primer ministro italiano, Mario Monti, (al fondo) y el presidente Giorgio Napolitado, el sábado en el Senado, en Roma. / ALESSANDRO DI MEO (EFE)

Tiene 87 años y la ira de un chaval. En medio del culebrón por la continuidad o no de Mario Monti y de las inagotables payasadas de Silvio Berlusconi, el presidente de la República, Giorgio Napolitano, ha pronunciado hoy un discurso amargo, sin concesiones, en el que ha acusado a los partidos políticos de desperdiciar “otra” legislatura y de enredarse en “exasperadas discusiones tácticas” mientras el “cansancio social” se iba adueñando de Italia. “Es imperdonablemente grave”, ha dicho, “que no se hayan puesto de acuerdo para reformar la ley electoral”. Napolitano pidió a los partidos que no quemen en la inminente campaña electoral la confianza recuperada por Italia durante el breve mandato de Monti, y advirtió con dureza: “Está en juego el país, nuestro futuro común, y no solo un puñado de votos para tal o cual partido”.

Más que hablar, Napolitano tronó. Ante las principales autoridades del Estado, reunidas en el palacio del Quirinal con motivo de la tradicional recepción de Navidad, el presidente de la República exhibió su contrariedad por un fin de legislatura “demasiado brusco”. Napolitano hizo alusión a la retirada de la confianza hacia el Gobierno técnico puesta en escena el pasado 8 de septiembre por el Pueblo de la Libertad (PDL), el partido de Berlusconi, y el anuncio de dimisión hecho público al día siguiente por Mario Monti. “Esta interrupción in extremis”, insistió, “no puede oscurecer la fecundidad de la acción de Gobierno”. A continuación, Napolitano pronunció unas palabras que, en medio de la expectación política que vive Italia, pueden ser interpretadas como la constatación de que finalmente Monti no se presentará. “Con las elecciones que se acercan”, dijo, “está claro que se volverá a una natural recuperación por las fuerzas políticas de su papel…”.

Lo más llamativo de la intervención del jefe del Estado fue el dibujo tan sombrío que realizó del país. Dijo que la corrupción sigue siendo “un foco insoportable de descrédito y daño para Italia", que el desaliento general que va golpeando a los ciudadanos –“sobre todo a los jóvenes que buscan trabajo”— y que puede alimentar peligrosamente el fantasma de la “antipolítica”. Napolitano lanzó un mensaje de apoyo a los jueces –“desde Palermo a las grandes ciudades del norte”— para que combatan hasta el final, con rigor, al “enemigo mortal, la Mafia”.

El jefe del Estado arremete contra la corrupción como "foco de descrédito" del país

No obstante, el presidente de la República dedicó la parte más beligerante de su discurso a los partidos políticos. Insistió en la gravedad de que durante la agonizante legislatura no se haya aprobado una nueva ley electoral, “sobre la que el Tribunal Constitucional ha planteado serias dudas de legitimidad”. Acusó Napolitano: “Han sido fuertes y tenaces las llamadas de muchas voces de la sociedad civil y del mundo del Derecho y también del presidente de la República, pero más fuertes han resultado las disputas entre las distintas fuerzas políticas. Ninguno podrá salvarse de rendir cuenta a los ciudadanos, y la política en su conjunto se arriesga a pagar un alto precio por no haber sabido escuchar”.

El tono grave del discurso ahuyentó los aplausos, que sí llegaron, en cambio, cuando –en forma de pregunta— el jefe del Estado puso el dedo en la llaga de otra vergüenza crónica, la situación de las cárceles. “Está por concluir el tiempo”, dijo Napolitano, “para aprobar la reforma en el Senado que permite las penas alternativas a la cárcel, pero, ¿con qué sentido de responsabilidad, de humanidad o de civismo constitucional nos podemos sustraer a un serio, a un mínimo esfuerzo por aligerar la vergonzosa realidad carcelaria que mancha a Italia?”.

A Napolitano solo le quedan unos meses en el cargo. De hecho, el anciano y respetado presidente esperaba que fuese el nuevo Gobierno salido de las urnas el que eligiera a su sustituto, pero en cambio tendrá que ser él quien –en función de los resultados electorales— proponga la formación del nuevo Ejecutivo. ¿Con Monti o sin Monti al frente? Esa es la pregunta que aún está en el aire. Si el calendario previsto se cumple, los partidos políticos aprobarán antes del fin de semana la ley de presupuestos, tras lo cual Mario Monti presentará su dimisión ante Napolitano y explicará sus planes. Durante la tarde, el primer ministro técnico se ha reunido con Pier Luigi Bersani, secretario general del Partido Democrático (PD) y candidato del centroizquierda. Si Monti le confió su secreto tan preciado a Bersani, este lo supo guardar. “Está todavía reflexionando”, ha sido lo único que ha dicho a la prensa reunida a las puertas del palacio Chigi.

Si de por sí ya era complicado el panorama político, las últimas noticias apuntan a que Antonio Ingroia, un magistrado siciliano famoso por su lucha contra la mafia, ha pedido autorización para poder presentarse a las elecciones. Ingroia está reflexionando sobre la oferta del alcalde de Nápoles, Luigi de Magistris, de bajar a la arena para limpiar la política.

Napolitano: “Está en juego Italia” | Internacional | EL PAÍS

14/10/2012

Berlusconi, capo di tutti i capi

Filed under: Itália,Máfia,Silvio Berlusconi — Gilmar Crestani @ 9:13 am

Há que se registrar, acima de tudo, que Sílvio Berlusconi detém 80% dos meios de comunicação da Itália, incluindo a poderosa Mediaset, a editora Mondadori, o Milan, o FININVEST. Lá como cá, os grupos mafiomidiáticos imperam.

Capo di tutti i capi é a expressão utilizada para designar "o chefe de todos os chefes" da máfia siciliana. Desde 1958, este "título" foi ostentado por:

La mafia mancha el norte de Italia

La detención de un político de Lombardía por compra de votos revela el poder

de la ’Ndrangheta. 14 consejeros lombardos, investigados por corrupción

Pablo Ordaz Roma13 OCT 2012 – 22:04 CET14

Agentes de policía junto al cadáver de Salvatore Barbato, muerto a tiros en Nápoles el martes. / c. hermann (AFP)

Las historias de la mafia suelen ser apasionantes, pero esta no lo es. Esta es una historia más bien corriente. No hay muertos, ni excesivo dinero de por medio, ni capos con la voz ronca ni cabezas de caballo entre sábanas de seda. Solo un tipo de 60 años, político profesional, al que se le ocurre entrar en contacto con la ’Ndrangheta —la potente mafia de Calabria, la más peligrosa del mundo— para comprarle el puñado de votos que le falta para ser elegido consejero de la región de Lombardía en 2010.

En principio, el negocio es fácil, una simple multiplicación: si un voto cuesta 50 euros, 4.000 suman 200.000 euros. A tocateja, sin recibos, un apretón de manos y si te he visto no me acuerdo. Pero la historia se va complicando hasta el punto de que la detención, el pasado miércoles, del consejero Domenico Zambetti, del Pueblo de la Libertad, el partido de Silvio Berlusconi, ya está marcando un antes y un después en la política del norte de Italia. El fin de la inocencia. Una inocencia mantenida a fuerza de taparse los ojos.

La captura de Zambetti, alias Mimmo, se produce el miércoles por la mañana, apenas unas horas después de un hecho aparentemente más grave relacionado también con la política y la mafia. El Gobierno de Mario Monti decide disolver el Ayuntamiento de Reggio Calabria (186.000 habitantes, sur de Italia) esgrimiendo un informe de 250 páginas en el que queda claro que la ’Ndrangheta controla las empresas municipales, las licitaciones de obras, la recogida de basuras, el gabinete jurídico y hasta la gestión de los bienes incautados a la propia mafia calabresa.

La región de Milán parecía a salvo, hasta ahora, de la infiltración mafiosa

Pese a la gravedad de la medida y su apellido de histórica —nunca hasta ahora se había disuelto una capital de provincia por infiltración mafiosa, aunque sí un buen número de pueblos—, los hechos no vienen más que a insistir en una enfermedad aceptada. En el sur de Italia, los diferentes grupos mafiosos (la Camorra napolitana, la Cosa Nostra siciliana, la ’Ndrangheta calabresa e incluso la Sacra Corona Unita de Apulia) siguen hablándole de tú a tú al Estado, disputándole el control de las ciudades y de los ciudadanos. Pero lo del Norte….

Lo del Norte parecía ser distinto. En palabras del escritor Umberto Eco, Milán se consideró siempre “el centro de la cultura, sede de las grandes casas editoras, ombligo del mundo productivo, una ciudad blanca que no aceptaba órdenes ni siquiera del Vaticano”. En un artículo publicado en el diario La Repubblica a raíz de la detención del consejero Domenizo Zambetti por la compra de votos a la ’Ndrangheta, Umberto Eco añade: “Milán, que no quería aceptar órdenes de la Roma ladrona [el insulto preferido de la Liga Norte], se ha plegado a recibir órdenes de lo peor del profundo Sur”. En las grabaciones obtenidas por los Carabinieri, no solo queda demostrado que Zambetti paga religiosamente a la mafia calabresa los 200.000 euros convenidos por los 4.000 votos, sino que la ’Ndrangheta lo convierte en su rehén. El político corrupto se ve obligado a colocar en un ente oficial a la hija del capo Eugenio Costantino, a renovar la licencia de la peluquería de la hermana, a adjudicar una vivienda de protección oficial a la amante y, por supuesto, a apañar contratos públicos a favor de la ’Ndrangheta.

La Liga Norte miró para otro lado, afirma el director de
‘La Repubblica’

La investigación saca a relucir un sinfín de detalles escabrosos —el desprecio y la superioridad de los mafiosos ante el político que se echa a llorar—, pero sobre todo la falta de respuesta ante las amenazas y el ambiente de corrupción generalizada. Hay dos datos definitivos. De 60 empresarios de Milán sometidos a extorsión por la ’Ndrangheta, ninguno interpuso una denuncia. Y de los 80 consejeros del presidente de la región de Lombardía, Roberto Formigoni, 14 están bajo investigación judicial, incluido el recién detenido y el propio presidente de la región. Pero Formigoni, también del partido de Silvio Berlusconi, sigue negándose a dimitir. Ilda Boccassini, la fiscal de Milán que ha dirigido la operación, advierte: “Es un asunto muy preocupante. Por primera vez en esta región, aparece de modo clarísimo el delito de la compra de votos. La democracia está contaminada”.

De un mes para acá, los escándalos de corrupción en la política italiana se suceden día tras día. Ha saltado el gobierno de la región de Lacio (centro de Italia) después de que se descubriera que sus consejeros utilizaban cantidades ingentes de dinero público en darse la gran vida, comprarse casas y coches de lujo y engordar sus cuentas en el extranjero. La Guardia de Finanzas, la policía especial que se encarga de los delitos económicos, ha registrado las oficinas gubernamentales de Emilia-Romaña y Piamonte.

El Gobierno de Mario Monti no solo ha disuelto el Ayuntamiento de Reggio Calabria, sino que, hace unas semanas, ha obligado al gobernador de Sicilia a convocar unas elecciones anticipadas ante la quiebra de la región. En sus escaños de la Cámara de Diputados y del Senado, mientras se hacen los remolones para aprobar una ley eficaz contra la corrupción, los políticos se preguntan unos a otros, con una mezcla de ironía y temor: “¿A quién han detenido hoy?”

De todo lo que está pasando no solo es responsable la ’Ndrangheta y los políticos sorprendidos directamente con las manos en la masa. También quienes pudiendo frenar la deriva miraron para otro lado. Lo explica Ezio Mauro, el director del diario La Repubblica: “La misma Liga Norte [el partido nacionalista que sostuvo los últimos gobiernos de Berlusconi] que hoy se indigna y eleva la voz, ayer fingía no ver aquello que todos sabían. Una verdadera fuerza política ligada al territorio tenía la responsabilidad de denunciar el peligro, establecer mecanismos de supervisión, organizar una defensa, una repulsa popular… La Liga gobernaba las tres grandes regiones del Norte, una multitud de ciudades y dirigía el Viminale [el ministerio del Interior]”. Pero no hizo nada. Solo recaudar votos, o comprarlos, mientras gritaba “Roma ladrona” y apoyaba a Berlusconi en el gobierno.

Ahora que se van descubriendo los secretos de las mejores familias, el alcalde de Milán llama a la insurrección popular frente a los corruptos, pero ya es tarde. La ’Ndrangheta, como queda demostrado en las grabaciones de los Carabinieri, ya ha dispuesto de suficiente tiempo para echar raíces muy profundas en el norte de Italia. La mafia ya no es solo un asunto del sur.

La mafia mancha el norte de Italia | Internacional | EL PAÍS

Cruzada anticorrupción a la italiana

Hay una avalancha de nuevos casos y ya se habla de Mani Pulite II. La gran mayoría de los políticos investigados o arrestados por corrupción en las administraciones regionales de Italia pertenecen al partido de Berlusconi.

Por Elena Llorente

Desde Roma

Alguno es del Partido Democrático o de Italia de los Valores (centroizquierda), otros de la Liga Norte (centroderecha), pero la mayoría, la gran mayoría de los políticos investigados o arrestados por corrupción en las administraciones regionales de Italia, pertenece al Pueblo de la Libertad (PDL), el partido de Silvio Berlusconi. La avalancha de nuevos casos en las últimas semanas hace hablar ya en el país de una nueva Mani Pulite, la campaña judicial “manos limpias” contra la corrupción que estalló en la década del ’90.

Hace algunos días fue la región del Lazio, a la que pertenece Roma, la que se vio sumida en el escándalo, sobre todo por el caso de Franco Fiorito, un consejero del PDL que se enriqueció con el dinero de la región. Otros casos del Lazio salieron a relucir poco después.

Ahora es el turno de la región de Milán, la Lombardía, donde 14 integrantes del Consejo Regional –órgano legislativo– y de la Junta Regional –órgano ejecutivo integrado por asesores– han sido arrestados o están siendo investigados por la Justicia. La más clamorosa en absoluto es la situación de Domenico Zambe-tti, consejero regional y miembro del PDL, acusado de haber comprado 4000 votos a los representantes de distintos grupos de la ’Ndrangheta –la mafia calabresa– residentes en Lombardía. En ocasión de las elecciones de 2010, pagó 50 euros cada uno de ellos. Para conseguir ese resultado habría entregado a los clanes mafiosos cerca de 200.000 euros en varias cuotas.

Es inútil que Zambetti diga que no es cierto. Los fiscales que lo hicieron arrestar hace dos días se basaron en numerosas escuchas telefónicas y ambientales gracias a que, como dijo la prensa italiana, le transformaron prácticamente el auto en un micrófono. En efecto, en las elecciones de 2010, Zambetti consiguió más de 11.000 votos, convirtiéndose en uno de los consejeros más votados de la región. Queda por ver todavía qué otras cosas les dio a cambio a los mafiosos, porque normalmente los clanes tratan de usar este medio para luego conseguir contratos y favores de todo tipo.

La infiltración de las mafias en la política ha sido un tema que los italianos asocian generalmente a regiones como Sicilia (por la mafia), Calabria (por la ’Ndrangheta) o Campania (por la camorra), pero raramente con el norte del país. Los habitantes del norte, de regiones como Lombardía, Piemonte y Veneto, han tendido históricamente a acusar de mafioso al sur del país, sin tomar conciencia de que las mafias también se han instalado en el norte desde hace tiempo, como demuestra una vez más el caso Zambetti.

El gobernador de la región Lombardía, el militante ultracatólico y miembro del PDL Roberto Formigoni, también ha sido indicado por la prensa como sospechoso de corrupción dado que un amigo suyo, con el que pasaba vacaciones en las playas más bellas del mundo, Pierangelo Daccó, ha sido ya arrestado. Según los magistrados de Milán, los recursos que la región tenía disponibles para la salud pública habrían terminado en manos del asesor regional de la Salud, Antonio Simone, y de Daccó, que pagando a una serie de personajes públicos, los habrían manejado desde hace diez años como querían, a través de la Fundación Maugeri.

Lo que muchos se preguntan ahora –después de que con una maniobra sorpresiva la Liga Norte y principal aliada del PDL en la región hizo renunciar a todos sus consejeros– es qué hará Formigoni ahora que la Junta y el Consejo Regional se le están cayendo a pedazos. Prácticamente se está repitiendo la misma escena del escándalo del Lazio, donde la presidenta Renata Polverini se vio obligada a renunciar y a llamar a elecciones. Formigoni promete dar una “señal fuerte” de cambio, dijo, tal vez en las próximas horas. Pero seguro es que no se le pasa por la cabeza la idea de renunciar. Sabe, de todas maneras, que la actitud de la Liga lo pone en crisis. “Si los leguistas quieren dialogar, tienen que retirar las renuncias. De lo contrario iremos a elecciones”, dijo.

Hasta el presidente de la República, Giorgio Napolitano, se sintió en la obligación de hacer algún comentario sobre los escándalos. Al recibir a los representantes de la Conferencia de las Regiones de Italia, los instó a una inmediata acción legislativa regional para reducir los costos del mundo político y acabar con el fenómeno de los abusos en relación con el dinero público.

Página/12 :: El mundo :: Cruzada anticorrupción a la italiana

21/08/2012

Aldo Moro e as Brigadas Vermelhas

Filed under: Aldo Moro,Brigadas Vermelhas,Itália,Leonardo Sciascia — Gilmar Crestani @ 8:48 am

 

Los terroristas amables

Por: José Andrés Rojo| 16 de agosto de 2012

La cita es larga, pero merece la pena: "Mucho se podría decir, por cierto, de la aureola de rigor y de verdad, así como de mortífera perfección e inaprensibilidad, que rodeaba y rodea a las Brigadas Rojas en el inconsciente colectivo y en esa parte del inconsciente colectivo que anida en las instituciones (la policía, la magistratura, el periodismo). Es un caso extremo lo ocurrido en un banco de cierta población del norte de Italia, a cuyas ventanillas se presenta un señor que, abriéndose la chaqueta y mostrando una pistola discreta y desganadamente, intima al cajero, diciendo que lo envían las Brigadas Rojas, a que lo conduzca al despacho del director, a quien exige, de nuevo en nombre de las Brigadas Rojas, ochenta millones de liras; se las dan, el hombre extiende un recibo, pide que lo acompañen a la puerta, ordena que no den la alarma ni denuncien el robo hasta la seis de la tarde (lo que se cumple rigurosamente) y desaparece; es un caso extremo, digo, y extremadamente gracioso, pero revelador de una mentalidad muy difundida". El texto forma parte de El caso Moro (Tusquets, traducción de Juan Manuel Salmerón), donde Leonardo Sciascia reconstruye el secuestro y posterior asesinato en 1978 del entonces presidente de la Democracia Cristiana por parte de las Brigadas Rojas. El episodio al que alude da cuenta de un inquietante fenómeno que desencadena el terror: esa aureola, a la que se refiere el escritor italiano –“de rigor y de verdad, así como de mortífera perfección e inaprensibilidad”–, que provoca en las sociedades afectadas una suerte de disponibilidad (no sé sabe bien si por miedo o por otra cosa) para favorecer sus desmanes. En aquel banco del norte de Italia todo fueron facilidades para el representante de la organización terrorista que realizó, con exquisitos modales, el asalto a mano armada. Mostró la pistola discretamente, preparó un recibo en cuanto le dieron la pasta, rogó que lo acompañaran a la salida. Da la impresión de que los empleados del banco actuaron como si colaboraran con una delegación de la Iglesia o con el inspector fiscal.

De acuerdo: no pudieron hacer otra cosa ante la amenaza de la pistola. ¿Pero después? ¿Por qué no accionaron la alarma, cómo pudieron esperar hasta las seis de la tarde para avisar a la policía? Es ahí donde interviene ese inconsciente colectivo que se pliega ante las exigencias de los grupos radicales, incapaz ya de tomar distancias, dócil a cualquier exigencia, llamada, petición u orden de los terroristas. Es lo que parece seguir ocurriendo con ETA en el País Vasco. Se han retirado los de las pistolas, pero gran parte de la sociedad sigue coreando sus consignas y rindiéndoles pleitesía como si fueran héroes. ¿Qué mecanismo opera para que siga faltando el coraje para enfrentarse a tanto años de horror, destrucción y fanatismo?

Aldo moro 2
El caso Moro
es un libro que aborda con extrema lucidez los lacerantes conflictos que desencadenan en una sociedad, y en su clase política, las exigencias de los terroristas. Los interrogantes que abre son muchos, pero el mayor de ellos seguramente tiene que ver con un dilema trágico. Ante la barbarie del horror, qué tiene prioridad: ¿la abstracción de valores indiscutibles, como la razón de Estado, o la necesidad de maniobrar en las aguas pantanosas de la realidad para salvar una vida? La respuesta de la Democracia Cristiana ante el secuestro de Aldo Moro fue la de no ceder ante la barbarie. Y Moro fue asesinado (en la imagen, el coche (en la imagen, el cuerpo sin vida del político en el coche en el que fue abandonado). Sciascia, refiriéndose a las reiteradas peticiones del político democristiano para que el Gobierno negociara con los terroristas y su partido apoyara ese camino, escribe: "Moro pensaba que el canje podía aceptarse con ‘realismo’, o sea, por esa capacidad que tiene lo real de hacer posibles y lícitas cosas que abstractamente no son ni posibles ni lícitas. Aquellas cosas, al menos, de las que depende una vida humana. Una vida humana frente a unos principios abstractos: ¿puede un cristiano dudar en la elección?".

En uno de los momentos finales de aquel terrible secuestro, Sciascia recuerda la conversación del terrorista que se puso en contacto con un amigo de la familia para señalarle dónde podían encontrar el cadáver de Moro. Vuelve a subrayar entonces los buenos modales de aquel miembro de las Brigadas Rojas. Se toma tiempo, se refiere con respeto a su víctima, es tremendamente considerado con el dolor de su interlocutor. Quizá esos buenos modales, o las supuestas buenas causas que dicen defender (la revolución, en el caso de los italianos; la independencia, en el de los vascos), son los que confunden a quienes, al final, se dejan llevar por la corriente y son incapaces ya de reconocer el horror. Sciascia, a propósito de aquella llamada, apunta un escalofriante comentario: "Quizá aquel joven terrorista siga pensando que se puede vivir de odio y contra la piedad; pero aquel día, en el cumplimiento de aquel deber, la piedad penetró en él como la traición en una fortaleza. Y espero que la arrase".

Los terroristas amables >> El rincón del distraído >> Blogs EL PAÍS

06/08/2012

A crise na Sicília tem nome e sobrenome: Silvio Berlusconi

Filed under: Itália,Sicília — Gilmar Crestani @ 7:31 am

Nestas horas, o showmen, Sílvio Berlusconi e seu grupo neofascista Forza Italia não aparecem, mas por 20 anos deram as cartas e jogaram de mão. E tudo sob as bênçãos da máfia… Os polentoni, do Norte, sempre escravizaram os terroni, do Sul, com o apoio da máfia. Aí, duas palavras que não aparecem no texto como que por milagre: Sílvio Berlusconi e  máfia. Por quê?

Sicília corre o risco de ser "a Grécia da Itália"

Por RACHEL DONADIO

PALERMO, Sicília – Enquanto o primeiro-ministro Mario Monti luta para proteger a Itália do contágio que empurra o custo dos empréstimos a níveis perigosos, uma região está sob os refletores: a Sicília, que segundo alguns poderá se tornar "a Grécia da Itália", com o risco de moratória.

Monti escreveu para o presidente regional da Sicília em meados de julho, advertindo que tem "sérias preocupações". Na véspera, uma autoridade da filial siciliana da maior associação de industriais da Itália pediu que o governo central declare a falência da ilha, para organizar suas finanças.

Quando as manchetes sobre uma potencial moratória siciliana repercutiram pelo mundo, o governo rapidamente minimizou as preocupações e disse que enviaria ¤ 400 milhões (cerca de US$ 486 milhões) para reduzir o aperto de liquidez da Sicília e ela continue pagando salários e aposentadorias. Uma autoridade do governo disse que a carta de Monti se destinava a um público doméstico e que os problemas da Sicília não podiam se espalhar pelo país.

Mas com a crise da dívida na Europa a política local rapidamente tornou-se um problema internacional. A erupção sobre a Sicília salienta os desafios que Monti enfrenta ao tentar usar a pressão de líderes europeus e dos mercados internacionais para forçar os políticos italianos a cortar os custos. Essas despesas foram infladas durante décadas de um sistema de nepotismo em que o Estado foi o principal empregador na Sicília.

Também foram um duro lembrete da fragilidade da Itália enquanto Monti luta para evitar que o país peça um resgate, que viria com as condições onerosas que prejudicaram as economias grega e espanhola. Em 20 de julho, a Bolsa de Milão caiu 5%, e a diferença nas taxas de juros sobre os títulos italianos e alemães atingiu seu nível mais alto em meses, um sinal de que os investidores consideram a Itália uma aposta arriscada.

Em uma entrevista em 20 de julho, Raffaele Lombardo, o presidente da Sicília desde 2008, recebeu as críticas com indignação.

"A Sicília corre o risco de moratória porque a Itália corre o risco de moratória", disse Lombardo. "Nós cortamos despesas, mas não crescemos. Essa é uma espiral que vai nos levar ao abismo."

Quando os dois se reuniram em Roma em 24 de julho, Monti impôs um regime estrito de corte de gastos. Lombardo disse que cumpriria sua promessa de se demitir no final de julho. A medida deveria dar a Monti um pouco mais de força para conter os gastos.

Lombardo será substituído até as eleições regionais em outubro por um membro do comitê governante da Sicília que é considerado em melhores relações com o Ministério das Finanças da Itália.

Mas muitos críticos dizem que a Itália -e a Sicília em particular- foi levada às enormes dificuldades financeiras não pela austeridade, mas pelos gastos públicos desenfreados do passado, produto de um sistema arraigado de troca de empregos por votos que ajudou a manter os governos italianos no poder e os sicilianos empregados.

Hoje, o governo da Sicília tem 1.800 funcionários -mais que o gabinete de governo britânico- e a ilha emprega 26 mil auxiliares de patrulheiros florestais; nas vastas florestas da Colúmbia Britânica, no Canadá, há menos de 1.500.

De uma população de 5 milhões de pessoas na Sicília, o Estado emprega mais de 100 mil e paga aposentadorias para muitos mais. Lombardo disse que os funcionários públicos têm proteção no emprego. "Precisamos esperar que eles se aposentem."

Esse sistema tem um preço. Em junho, o tribunal de auditoria da Itália emitiu um relatório, dizendo que a Sicília tinha ¤ 7 bilhões (cerca de US$ 8,5 bilhões) em dívidas no fim de 2011 e demonstrava "sinais de um declínio incontrolável".

O índice de desemprego na Sicília é de 19,5%, o dobro da média nacional, e 38,8% dos jovens não têm empregos. Muitos sicilianos estão desiludidos sobre a classe política.

"Se eu roubar um pouco, vou para a prisão, se roubar muito, avanço em minha carreira", disse Gioacchino De Giorgi, 34, que trabalha em uma tabacaria em Palermo.

Ele disse que se preocupa com o futuro. "Você viu o que aconteceu na Grécia, o que aconteceu na Espanha", disse. "Também vai acontecer aqui."

19/07/2012

Os mafiosos que acusavam Cesare Batistti contribuíram para o assassinato de Falconi e Borselino

Filed under: Itália,Máfia — Gilmar Crestani @ 8:46 am

El caso del asesinato del juez Borsellino empaña la imagen de Giorgio Napolitano

Pablo Ordaz Roma18 JUL 2012 – 21:20 CET36

Mario Monti y Giorgio Napolitano charlan durante la celebración de la fundación de la República el pasado 2 de junio. / Giorgio Cosulich (Getty Images)

Hace 20 años justos, la Cosa Nostra asesinó en Palermo al juez Paolo Borsellino, pero cada vez hay más indicios de que no lo hizo sola. Desde antes del atentado, el Estado italiano y la Mafia mantenían conversaciones para frenar las masacres a cambio de ciertas concesiones, sobre todo en materia penitenciaria. Tanto Borsellino como su amigo Giovanni Falcone —asesinado dos meses antes— se habían opuesto a tales canjes. Las últimas pesquisas de las fiscalías de Palermo, Caltanisetta y Florencia parecen indicar que sectores del Estado habrían traicionado a los jueces hasta el punto de permitir que la Cosa Nostra los asesinara. La policía ha grabado unas conversaciones telefónicas recientes en las que, al verse acorralado por los fiscales para que diga qué sabe sobre el asunto, el ministro del Interior entre 1992 y 1994, el democristiano Nicola Mancino, pide ayuda al presidente de la República, Giorgio Napolitano. El jefe del Estado exige que tales interceptaciones sean borradas. Pero la fiscalía de Palermo se niega.

Italia, que apenas puede soportar los problemas del presente, debe arrastrar también la oscura carga del pasado. Y la más vergonzosa sin duda es la que apunta a que Falcone y Borsellino, los dos héroes indiscutibles de la lucha contra la Mafia, pudieron ser traicionados por el propio Estado al que servían. Como ha dicho en más de una ocasión Attilio Bolzoni, el experto del diario La Repubblica, la Mafia, a través de los arrepentidos, ya ha hablado. Ahora falta la versión del Estado, cuyo comportamiento sigue siendo un misterio. Uno de los hombres que a buen seguro tiene mucho que contar es el exministro Nicola Mancino. Pero, a preguntas de los fiscales, titubea, entra en contradicciones, calla. En un intento desesperado por no ser cazado, descuelga el teléfono y llama al palacio del Quirinal para pedir ayuda. Pide consejo a los asesores del presidente de la República y, al final, logra hablar con el propio Giorgio Napolitano en dos ocasiones. Le pide que medie ante la fiscalía de Palermo para que rebajen la presión sobre él.

Si existe un personaje en la política italiana que todavía goza del respeto de la mayoría, ese es Napolitano. Pero el asunto de las escuchas amenaza con minar la credibilidad del viejo comunista convertido en jefe del Estado. Tras ser puesto en tela de juicio, sostiene —enarbolando la ley 219 del 2009— que las conversaciones del presidente de la República no pueden ser interceptadas ni siquiera de forma accidental. Tales conversaciones, añade, deben ser destruidas apenas se tenga consciencia de que existen, sin esperar siquiera a que un magistrado las escuche y decida si tienen o no valor. La fiscalía de Palermo tiene otra opinión. Dice que las intervenciones no buscaban grabar al presidente, pero sí a Mancino, objeto de la investigación, y por tanto debe ser el instructor quien decida sobre ellas. Ante esta divergencia, Napolitano ha decidido elevar a la Corte Constitucional un conflicto de atribuciones. Dice que no lo hace por defenderse a sí mismo, pero sí las prerrogativas de la institución. Quiere, en suma, evitar un precedente. El choque frontal entre los diversos poderes está servido, pero no es lo más grave. Lo peor es la sensación de que La Casta se sigue protegiendo para ocultar una verdad tanto tiempo buscada y con la que el propio Napolitano, durante el homenaje reciente en Palermo a la memoria de Giovanni Falcone, se comprometió pública y personalmente.

Paolo Borsellino fue asesinado el 19 de julio de 1992, a las puertas de la casa de su madre. La explosión de un coche con 100 kilos de explosivo acabó con su vida y con la de sus cinco guardaespaldas. El caso se resolvió en tres meses. Los presuntos culpables confesaron y fueron condenados a cadena perpetua. Pero, en 2008, un arrepentido admitió que todo aquello había sido un montaje para cerrar el caso. Los acusados habían sido obligados a confesar mediante torturas y promesas. En octubre de 2011, la fiscalía de Caltanisetta reabrió el caso y puso en libertad a siete de los condenados. Entre los misterios del asesinato del juez Borsellino está el destino de su agenda roja. Allí apuntaba todo y siempre la llevaba consigo, pero alguien la robó tras el atentado. El 1 de julio anterior a su muerte, Borsellino visitó a Nicola Mancino en su despacho, pero el exministro dice ahora que no lo recuerda, a pesar de que el juez era uno de los personajes más famosos de Italia. Cuatro días antes de ser asesinado, durante un paseo por la playa, el juez confió a Agnese, su esposa: “No será la Mafia quien me mate”.

Los lazos entre la Mafia y el Estado italiano salpican al presidente | Internacional | EL PAÍS

15/06/2012

Itália e França, cansados de cortar, agora querem crescer

Filed under: França,Itália — Gilmar Crestani @ 9:43 am

 

Monti y Hollande se conjuran por el crecimiento

Los nuevo líderes de Italia y Francia, europeístas convencidos, tienen ante sí el reto conjunto de convencer a la canciller Angela Merkel de que el camino del rigor máximo solo puede conducir a la asfixia

Pablo Ordaz Roma 14 JUN 2012 – 21:15 CET38

Durante la última reunión del G-8 en Camp David, el 18 y 19 de mayo, Mario Monti se quedó muy impresionado de lo clara que tenía su receta para Europa François Hollande, que asistía por primera vez al encuentro presidido por Barack Obama. Hoy, en Roma, el primer ministro italiano volvió a comprobar, esta vez con luz y taquígrafos, que tiene un poderoso aliado en el flamante presidente de Francia.

más información

Tras su primera reunión bilateral en el Palacio Chigi, sede de la presidencia del Gobierno, Hollande resumió en tres puntos el memorándum que le ha mandado a Herman Van Rompuy. Primero: “Crecimiento”. Segundo: “Estabilidad del sistema financiero”. Tercero: “Reforma de las instituciones europeas”. Monti, que fue el primero en ejecutar un duro plan de ajuste, resumió complacido: “Hemos coincidido en las acciones que hay que tomar para afrontar la crisis en Europa”.

La situación europea es terrible, pero peor podría ser –reflexionaba un periodista italiano mientras aguardaba el inicio de la conferencia de prensa— “si ahora, por esa puerta, aparecieran Silvio Berlusconi y Nicolas Sarkozy”. Lo cierto es que los nuevo líderes de Italia y Francia, europeístas convencidos, tienen ante sí el reto conjunto de convencer a la canciller Angela Merkel de que el camino del rigor máximo solo puede conducir a la asfixia. Un empeño para el que cuentan, además, con el apoyo expreso de Barack Obama, con quien el primer ministro italiano mantiene frecuentes contactos telefónicos. El jefe del Gobierno italiano admitió que las medidas tomadas hasta ahora “no son suficientes”.

Hemos coincidido en las acciones que hay que tomar para afrontar la crisis en Europa”.

Mario Monti

Por su parte, François Hollande habló por boca de los dos cuando dijo que “nuestro objetivo” para la reunión del G-20 que se celebrará en Los Cabos (México) la próxima semana es definir políticas concretas para el crecimiento: “Hacen falta mecanismos estables, duraderos y eficaces, con recursos suficientes, para proteger al euro de la especulación”.

Cuando una periodista le recordó las palabras de la presidenta del Fondo Monetario Internacional (FMI), la francesa Christine Largarde, sobre que solo quedan tres meses para salvar el euro, Hollande hizo una mueca y, de forma lacónica, dejó caer: “Ya hace dos años y medio que nos dicen que el euro va a morir o que ha sido salvado…”. Ambos líderes coincidieron también en “valorar positivamente” las últimas medidas tomadas por Europa, entre ellas “la última intervención en apoyo al sistema bancario español”.

A su llegada a Roma,  Hollande se encontró con las calles tomadas por manifestantes y policías. Los sindicatos, que a pesar de los duros ajustes puestos en marcha por Mario Monti venían manteniendo un perfil bajo, se manifestaron en masa para denunciar la situación desesperada de 390.000 prejubilados –y no los 65.000 que había calculado el Gobierno– que se van a quedar colgados sin sueldo y sin pensión al haber atrasado el nuevo gobierno la edad de jubilación.

Fue una coincidencia, pero también un símbolo. La Europa de los recortes no solo no logra amansar a los mercados, sino que se está volviendo irrespirable para miles de familias. La reunión entre Monti y Hollande de hoy precede a la cumbre del próximo día 22, que también se celebrará en Roma, y a la que acudirán, además, Angela Merkel, y el presidente del Gobierno español, Mariano Rajoy.

Hasta en los pequeños detalles se vio que Monti y Hollande –que cenó con el presidente de la República, Giorgio Napolitano— comparten un buen talante. La rueda de prensa conjunta estuvo salpicada de gestos de buen humor, como cuando al presidente francés le preguntaron por el comprometedor tuit de su novia. Hollande respondió: “No creo que Monti pueda responder a esa pregunta”. A lo que el primer ministro italiano añadió: “Pero puedo escuchar”. El presidente francés, como era de prever, se escapó por la tangente.

Monti y Hollande se conjuran por el crecimiento | Internacional | EL PAÍS

11/06/2012

Presidente e Primeiro Ministro italianos em debate

Filed under: Crise Financeira Européia,Itália,Republicanismo — Gilmar Crestani @ 9:40 am

O debate sobre a moralidade do Estado e os destinos da coisa pública, quando o economicismo invade todas as searas não é exclusivo europeu. No Brasil também temos a economia como medida sobre todas as coisas. Pelo menos é o que nos quer fazer crer a velha imprensa reunida entorno do Instituto Millenium.

Io, i poteri forti e il diritto alla lealtà

di MARIO MONTI

Lo leggo dopo

Io, i poteri forti e il diritto alla lealtàMario Monti

CARO direttore, la ringrazio per l’invito, che ho accolto volentieri, ad un’intervista pubblica con lei, Eugenio Scalfari e Claudio Tito per sabato prossimo a Bologna, nell’ambito della "Repubblica delle idee".
Nel suo bell’editoriale di ieri ("Draghi, Bersani, varie ed eventuali 1"), Eugenio Scalfari ha voluto farmi conoscere in anticipo due delle domande che potrebbero venirmi rivolte in quell’occasione: se esista in Italia una "questione morale"; se un’Europa federale comporti la messa in comune di una parte del debito pubblico degli Stati membri. Implicitamente, ha anche accennato ad un terzo tema che immagino verrà evocato: i cosiddetti "poteri forti". Sarò lieto di discutere con voi su questi ed altri argomenti. Mi preme tuttavia replicare fin d’ora in merito ad alcune esemplificazioni che Scalfari ha ritenuto di fare a proposito del terzo tema. Per comodità dei lettori, cito l’intero passaggio.
"… Alcuni ‘poteri fortì sono insediati fin dall’inizio nella struttura del governo stesso e quelli sì, remano sistematicamente contro la sua politica. Qualche nome per non esser generici: il capo di gabinetto di Palazzo Chigi [in realtà, del ministero dell’Economia e delle finanze], Vincenzo Fortunato; il sottosegretario alla Presidenza, Antonio Catricalà; il ragioniere generale del Tesoro, Mario Canzio, sono certamente abili conoscitori della

Pubblica amministrazione, ma hanno un difetto assai grave: sono creature di Gianni Letta (Catricalà) e di Giulio Tremonti (Fortunato, Canzio). Sono sicuramente poteri forti e sono sicuramente contrari alla linea del governo come ogni giorno i loro comportamenti dimostrano".
Quando ho nominato sottosegretario Catricalà e confermato nelle loro posizioni Fortunato e Canzio, non ero certo all’oscuro dei loro rispettivi percorsi di carriera, né di chi avesse avuto un ruolo decisivo nel valorizzarli in passato. Ma si tratta di qualificati funzionari dello Stato e nel decidere di avvalermi della loro collaborazione li ho valutati alla luce di quelle che, dopo attento esame, mi sono parse le loro caratteristiche di competenza, integrità, autorevolezza nell’esercitare le funzioni ad essi attribuite, lealtà. Lealtà allo Stato e alle linee programmatiche del Governo, non ad una "mia" parte politica (che, come è noto, non esiste).
Certo, le due posizioni al ministero dell’Economia e delle finanze – oltre, beninteso, a quella di sottosegretario – rientrano nello "spoil system". Avrei perciò potuto modificarne a mia discrezione i titolari, magari per il fatto che il Ministro che li aveva nominati non sempre aveva mostrato particolare rispetto per le mie tesi di politica economica (o per la mia persona) nel corso degli anni. Ma non credo che sia questo il modo corretto di intendere lo "spoil system". Soprattutto se si è a capo di un governo sostenuto da una maggioranza che è composta da forze politiche antagoniste tra loro, con anime culturali e ambienti di riferimento spesso antitetici. Devo cercare, è stata la mia convinzione fin dall’inizio, di estrarre il meglio da ogni forza e di rendere compatibile ciò che "in natura" (cioè nei molti anni di acceso bipolarismo che ci hanno portato alla crisi del novembre 2011) ha mostrato di non esserlo.
In altre parole, non avrei potuto – ma neppure voluto – evitare di prendere in considerazione professionalità di valore solo perché erano "creature" di Gianni Letta o di Tremonti. O di Bersani, Casini o Alfano.
Nel caso di Catricalà, Fortunato e Canzio (il quale in più, come Ragioniere generale dello Stato, deve essere visto e rispettato dallo stesso ministro dell’Economia e perfino dal presidente del Consiglio, oltre che ovviamente da ciascun ministro, come imparziale garante della credibilità dei conti pubblici), non ho avuto finora alcun motivo per rammaricarmi delle scelte che ho fatto nel novembre scorso. Ho anzi apprezzato le loro qualità e il loro spirito di servizio.
Naturalmente, nel caso riscontrassi in loro, come in qualsiasi altro collaboratore, anche un solo caso di mancata correttezza o lealtà, non esiterei a privarmi della loro collaborazione. Nei primi mesi del mio mandato di Commissario europeo, nel 1995, un direttore generale si mise d’accordo con il governo del suo Paese, in una procedura di infrazione, senza riferirmene preventivamente, come avrebbe dovuto. Quell’alto funzionario, pur appartenente ad un grande Stato membro, venne rimosso dal servizio.
L’autore è presidente del Consiglio
LEGGI LA RISPOSTA DI EUGENIO SCALFARI 2

(11 giugno 2012)

Io, i poteri forti e il diritto alla lealtà – Repubblica.it

02/06/2012

Fubebol italiano: “Hay un sistema corrupto, criminal y bien rodado”

Filed under: Futebol,Itália,Máfia — Gilmar Crestani @ 11:06 am

ENTREVISTA | DAMIANO TOMMASI »

“Hay un sistema corrupto, criminal y bien rodado”

El Presidente de la Asociación de Futbolistas Italianos analiza los escándalos de corrupción que azotan el ‘calcio’, critica la presencia de los ultras y dice que el fútbol está “envenenado”

Eleonora Giovio Madrid 1 JUN 2012 – 23:37 CET5

Tomassi, ayer en Madrid / LUIS SEVILLANO (EL PAÍS)

Damiano Tommasi (Verona, Italia, 1974) está de visita en Madrid. Ha venido para disputar la Eurocopa de fútbol indoor que se celebra en el Parquesur de Leganés. Echar un partidillo quizás sea la mejor forma para desconectar del escándalo de corrupción que azota el calcio. En los últimos cuatro días, Tommasi, presidente de la AIC (Asociación de Futbolistas Italianos), y que jugó en el Roma y en el Levante, entre otros, no se ha separado de Cesare Prandelli, el seleccionador, y de Coverciano. Prandelli fue ayer tajante: “Si es lo mejor, no vamos a la Eurocopa”.

Pregunta. ¿Por qué Italia está siempre envuelta en estos casos de corrupción?

Respuesta. Cada día más. Es un problema que no tiene que ver solo con Italia. Las investigaciones hablan también de personas que no son italianas, que tienen su cuartel general en el extranjero y que precisamente por eso favorecen cierto tipo de apuestas. Más allá de eso, nuestra voluntad es aclarar las cosas lo antes posible. De todas formas, generalizar nunca es la mejor solución. Pero sí, la imagen del calcio hoy es negativa.

P. Dicen en España que, al menos, en Italia se investiga y se castiga a los corruptos. ¿Le sirve de consuelo?

R. He leído que en España han archivado la Operación Galgo… A mí no me sirve de consuelo. Yo tengo ganas de ir hasta el fondo de la cuestión. Italia necesita un cambio de mentalidad ya. Muchas veces somos superficiales y el riesgo es que las consecuencias son muy graves.

P. ¿El cambio de mentalidad dónde tiene que empezar?

R. En tomar consciencia de que hay que hacer algo distinto. Ya no vale el discurso de “Lo hacen todos, así es como funciona”… Pues no, así no tiene que funcionar. Esperemos que se cierre el círculo lo antes posible.

P. El juez instructor del caso, Roberto Di Martino dice que, si quisiera, seguiría hasta el infinito…

R. Se ve que tiene la confianza de aguantar hasta el infinito [se ríe]. Sabemos que el problema es grave, que no son casos aislados. Hay un sistema corrupto, criminal y bien rodado. A mí me han preocupado más las declaraciones de Laudati [el fiscal que lleva la investigación de Bari], que habla de estas tramas de apuestas como de un negocio que genera más dinero que el tráfico de drogas. No creo que se pueda llegar hasta el infinito, no porque no haya ganas, sino porque hay que delimitar el problema y hacer justicia. Si queremos volver a empezar el curso que viene, hace falta convicción y otra mentalidad.

P. La policía ha asegurado que los incidentes en el campo del Génova de hace un par de meses [los ultras pararon el partido y exigieron las camisetas de los jugadores] estaban preparados. Hay un sms entre un jefe de los ultras y Sculli [el futbolista del Génova que fue a hablar con los ultras y consiguió reanudar el partido] que lo demuestra. Entre ellos se llaman “hermanos”. ¿Esa connivencia existía ya en su época?

R. La cercanía de los jefes de los ultras con jugadores y clubes siempre ha existido. Ellos viven el día a día de los clubes. Los futbolistas en esto son muy superficiales, se lo toman a la ligera, se rodean de personas de las que desconocen cuáles son sus verdaderas intenciones. Habría que empezar a pensar cómo evitar eso, pero en Italia esas relaciones siempre se han considerado como un mal menor. Italia es así: se da por hecho que cuando un equipo pierde hay que montar una manifestación; cuando un futbolista juega mal hay que insultarlo. La gente y la opinión pública toleran este sistema.

P. Prandelli habla de los que están metidos en la trama de apuestas como de “40 o 50 pringados”. ¿Cómo los califica usted?

R. Delincuentes. Gente que no es consciente de cuál es su rol [desde 2005, todos los que tienen fichas en la Federación tienen prohibido apostar]. Habría que preguntarse si la culpa de esa falta de percepción es solo de ellos. Para vivir como protagonistas en este ambiente hay que estar preparados.

P. Hasta ahora solo estaban implicados jugadores de Segunda y Tercera. Desde el lunes, se sospecha de siete partidos de la Serie A. ¿Por qué se ha llegado tan arriba?

R. Porque en Italia siempre ha habido una mala costumbre: considerar como algo normal que los equipos que no tienen objetivos en la tabla no jueguen con el mismo espíritu que los que sí se juegan algo. Y claro, en eso ahora han entrado las apuestas, los negocios, los enchufes… Si se llega a la Serie A es porque el sistema ya está bien rodado, y quienes los están poniendo en práctica sienten que tienen las garantías necesarias para que no les pillen.

P. Buffon no está investigado pero, ¿es para preocuparse que de su cuenta bancaria salga un millón y medio de euros destinado al dueño de un estanco habilitado para apuestas deportivas?

R. Habrá que ver si tiene responsabilidades, penales o de comportamiento, y luego sacar las conclusiones. Pero creo que se está enfatizando mucho en eso. Es un asunto de enero de 2011, que se refiere al año 2010. Si durante año y medio no se han tomado medidas y no se han hecho más investigaciones, será porque las cosas no son tan graves como se están pintando. Molestan, eso sí. Y la gente quiere explicaciones… y habrá que darlas.

P. ¿Mermará todo esto el estado de ánimo de la selección para la Eurocopa?

R. Todos estos días he estado en Coverciano y el ambiente es de serenidad. Quieren competir. Supongo que costará alejarse de todo lo que está pasando, pero el césped es el mejor sitio para desviar la atención. Creo que debutar contra un rival de peso como España es una suerte, les meterá rápidamente en la competición.

P. Prandelli ha dicho que si es necesario, Italia no irá a la Eurocopa…

R. Es una provocación. No es fácil trabajar como están trabajando pero no ir, no es lo mejor. Son momentos en los que hay que pensar en el fútbol. Sé que es bastante complicado, pero lo mejor es participar en la Eurocopa. Algo de cansancio sí hay, lo he visto estos días, se levantan cada mañana con una noticia nueva…

P. ¿Usted cree que el calcio está limpio?

R. Habría que ver qué se entiende por calcio. El fútbol de alto nivel, no solo el italiano sino también el europeo, se ha convertido en un negocio. El fútbol italiano, además, da popularidad, y eso ha atraído a personajes poco cristalinos, gente que se aprovecha del balón para conseguir otros objetivos. El fútbol hoy está poblado de gente que lo envenena. Pero el calcio no solo es eso: son más de un millón y medio de fichas federativas, son padres que juegan con sus hijos, son niños de dos años que corren detrás de un balón. Como mi hijo pequeño. El fútbol de alto nivel, en cambio, ha dejado de ser una competición deportiva.

“Hay un sistema corrupto, criminal y bien rodado” | Deportes | EL PAÍS

30/05/2012

Com a morte de Falconi, subiu Berlusconi

Filed under: Giovane Falcone,Itália,Máfia,Silvio Berlusconi — Gilmar Crestani @ 7:26 am

Gente como Berlusconi, dono de império mediático italiano (Mediaset), ou como as famiglias Civita, Frias, Mesquita, Marinho & Sirotisky, sabem quem alvejar para colocar os seus no poder. São os mesmos que atacam o tamanho do Estado, a máquina pública, o salário dos servidores públicos. E o fazem bem. Bem porque não querem um Estado republicano, que afronte máfias, com servidores qualificados e bem remunerados. Querem um Estado débil para que possam prostituírem-se com o dinheiro público, mesmo que para isso tenham de corromper servidores. E fica bem mais fácil se não forem “marajás”…

Falcone y la batalla pendiente

Hace veinte años fue asesinado el juez que desentrañó la manera de operar de la Cosa Nostra

El País 30 MAY 2012 – 00:07 CET

SOLEDAD CALÉS

Hace veinte años, 500 kilos de trinitrotolueno explotaron en la curva de una carretera que conecta la ciudad de Palermo con el aeropuerto. Volaron por los aires el juez Giovanni Falcone, su mujer Francesca Morvillo, también magistrada, y tres de sus escoltas. La Mafia siciliana acabó así con el hombre que había sentado en el banquillo, entre febrero de 1986 y diciembre de 1987, a 400 de los suyos para procesarlos por una larga serie de delitos cuyas condenas sumaron en total unos 2.500 años. Cerca de dos meses después era Paolo Borsellino, otro juez que se enfrentó a la organización criminal, el que era aniquilado con un coche bomba.

El presidente de Italia, Giorgio Napolitano, y Mario Monti, el actual primer ministro, viajaron el pasado jueves a Palermo para acordarse junto a 2.600 jóvenes de esos dos inmensos referentes en la lucha contra el crimen organizado. Hablaron allí bajo la espesa sombra de dos recientes atentados todavía sin aclarar —contra un empresario en Génova y contra un instituto de Brindisi, donde murió una joven de dieciséis años—, y Napolitano señaló que la crisis económica y el desgaste del tejido institucional son el caldo propicio para alimentar los excesos de las mafias.

Falcone dejó dicho que los hombres pasan y las ideas permanecen, y que siguen caminando “sobre las piernas de otros hombres”. Empezó en el invierno de 1979 —acababa de regresar a Palermo como juez, tenía 40 años— y decidió entonces que convenía sobre todo reconstruir el itinerario que sigue el dinero de los criminales. Así supo que la pasta que llegaba de Estados Unidos a Sicilia servía para pagar la heroína que salía de sus puertos.

Más adelante, en el verano de 1984, Falcone se encerró durante 45 días con Tommaso Buscetta, el arrepentido de la Cosa Nostra que le fue contando los grandes secretos de los suyos que le sirvieron para juzgar a muchos de ellos en el maxiproceso que se celebró en un búnker al lado de la cárcel de Ucciardone. Por eso lo mataron. Quedan por conocer las íntimas relaciones de las mafias con el aparato del Estado. Es el desafío que toca ahora. Hace tres años, Berlusconi detuvo toda investigación. Adujo que no podía gastarse dinero del contribuyente en asuntos del pasado.

Falcone y la batalla pendiente | Opinión | EL PAÍS

Próxima Página »

Crie um website ou blog gratuito no WordPress.com.

%d blogueiros gostam disto: