Ficha Corrida

27/06/2014

Coisa de brasileiro, SQN, made in England

Filed under: Complexo de Vira-Lata,Crimes Sexuais,Inglaterra — Gilmar Crestani @ 9:28 am
Tags:

A única diferença, é que nossos estupradores o STF de Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello soltam. Felizmente, também o STF está mudando. Para melhor!

As vítimas sexuais de Jimmy Savile eram pacientes entre 5 e 75 anos

O ministro de Saúde Pública britânico disse que o apresentador pode ter se servido de cadáveres

Patricia Tubella Londres 26 JUN 2014 – 18:34 BRT

ampliar foto

O apresentador Jimmy Savile, em 2002. / Adrian Dennis (AFP)

Que Jimmy Savile foi um predador sexual com traços monstruosos, disfarçado graças à sua figura pública como legendário apresentador estrela da BBC, é algo que os britânicos descobriram somente após sua morte há menos de três anos atrás. Apesar das revelações surgidas desde então apresentarem um homem capaz de atacar e violar centenas de menores e adultos, os dados mostrados hoje pelo ministro da Saúde Pública britânico, Jeremy Hunt, ultrapassam os limites imagináveis: Ao longo de várias décadas, Savile atacou pacientes de hospitais cuja idade vai dos 5 aos 75 anos, e suspeita-se que se serviu inclusive de cadáveres dos necrotérios.

Hunt pediu desculpas em nome do Governo por um caso cujos detalhes “vão sacudir o coração deste país”, com a confirmação de que Savile teve acesso sem restrições, na qualidade de estrela midiática, às dependências de pelo menos 28 hospitais públicos. Em 1988, os responsáveis pela rede de saúde pública (NHS, na sigla em inglês) lhe encomendaram um projeto de assistência aos pacientes, cativados por sua popularidade entre o público. A radiografia que agora se faz da passagem por estes centros daquele que foi o apresentador do programa musical Top of The Pops e de alguns programas infantis revela como ele teve livre acesso aos pacientes mais vulneráveis, abusou deles em seus quartos e, ao menos em um caso comprovado, de um garoto de 10 anos que esperava em uma cadeira de rodas para entrar na sala de radiografia.

Savile também agrediu alguns membros da equipe dos hospitais e tirou fotos com vários cadáveres dos necrotérios, ainda que o ministro tenha apenas sugerido a possibilidade dele ter se aproveitado destes corpos.

As conclusões da investigação do ministério se apoiam nas declarações de pacientes, visitantes dos hospitais e membros das equipes médicas. A opinião mais generalizada sobre Jimmy Savile, que morreu em outubro de 2011 aos 84 anos e enterrado com todas as honras, é a de que se tratava de um indivíduo “narcisista”, “manipulador” e curiosamente “apático”, que aproveitava sua boa relação com certos chefes de segurança dos centros médicos e principalmente sua influência entre os altos cargos do NHS para atuar impunemente nos recintos hospitalares.

As escassas denúncias feitas ao longo daqueles anos nunca foram levadas a sério. A maioria nunca chegou na mesa dos gestores, dada a lassidão do sistema naqueles tempos e também a incredulidade dos primeiros receptores. Há quatro meses, a Associação Nacional para Prevenção da Crueldade contra as crianças (NSPCC, na sigla em inglês) difundiu um comunicado no qual se reuniam as horrorosas experiências de algumas das vítimas de Savile. Aqueles que se atreveram a denunciá-lo toparam com um muro de silêncio, com o ostracismo e inclusive a chacota por parte de uma sociedade britânica seduzida pela estrela da televisão e também DJ da rádio pública.

Somente em 2012 as primeiras informações sobre os atos ilícitos do personagem – falecido um ano antes – saíram à luz em toda sua dimensão graças a um programa da rede de televisão independente ITV. Na casa na qual trabalhou durante alguns anos, a rádio e televisão pública BBC, sempre existiu a suspeita sobre a “fraqueza” de seu apresentador estrela, mas ninguém moveu um dedo, nem quando já não era mais nenhum segredo.

As vítimas sexuais de Jimmy Savile eram pacientes entre 5 e 75 anos | Sociedade | Edição Brasil no EL PAÍS

31/05/2014

Tudo o que o primeiro mundo tinha a nos ensinar, veio na ditadura

Filed under: BBC,Ditadura,Imperialismo Colonial,Inglaterra — Gilmar Crestani @ 12:59 pm
Tags: , , ,

Ditadura x liberdade

Tortura à Inglesa

Enviado por Edsonmarcon, sab, 31/05/2014 – 00:33

Autor: Enviado por Edson Marcon

Na véspera de uma visita do então presidente Ernesto Geisel à Grã-Bretanha, em 1976, havia uma referência indireta à uma "reforma da tortura". Uma das cartas fala de "padrões aceitáveis de interrogatório (por exemplo, o que é permitido na Irlanda do Norte)".

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/05/140530_tortura_grabreta…

Britânicos ensinaram ‘tortura psicológica’ a militares brasileiros na ditadura

Emily Buchanan   –  Repórter de Assuntos Internacionais da BBC

Paulo Malhães

Documentos e depoimentos obtidos com exclusividade pela BBC revelam um lado pouco conhecido da ditadura militar brasileira – a de que autoridades da Grã-Bretanha colaboraram com generais brasileiros – inclusive ensinando técnicas "avançadas" de interrogação equivalentes a tortura. A repórter da BBC Emily Buchanan apurou a história.

Alvaro Caldas pertencia a um grupo comunista quando foi preso em 1970. Ele passou dois anos preso dentro de um quartel da polícia militar no Rio de Janeiro.

Ele foi submetido a espancamentos, choques e pendurado no "pau de arara" – amarrado de cabeça para baixo por horas.

Ao ser solto, ele desistiu da política e passou a se dedicar ao jornalismo esportivo. Em 1973, voltou a ser preso. Caldas foi levado ao mesmo prédio, mas tudo estava diferente por lá.

"Desta vez, a cela estava limpa e esterilizada, com um cheiro nauseante. O ar condicionado era muito frio. A luz estava permanentemente acesa, então eu não tinha ideia se era dia ou noite. Eles alternavam sons muito altos e depois muito baixos. Eu não conseguia dormir de jeito nenhum."

Alvaro conta que a sensação avassaladora que sentia era medo. De tempos em tempos, alguns oficiais entravam na cela, o encapuzavam e levavam para interrogações. Ele sentia que o objetivo era desestabilizá-lo, fazendo-o confessar algum crime que não havia cometido.

Isso não era tortura física, mas sim uma pressão psicológica intensa.

"Por sorte, só passei uma semana lá. Se tivesse ficado duas semanas ou um mês, teria enlouquecido."

‘Sistema inglês’

Esta nova técnica de interrogação ficou conhecida como "sistema inglês". Depoimentos coletados pela Comissão Nacional da Verdade – criada pelo governo para investigar episódios ocorridos durante a Ditadura Militar – explicam o porquê.

Nas mais de 20 horas de seu depoimento, o coronel Paulo Malhães – um dos mais temidos torturadores e que morreu poucos dias depois – ganhou destaque nacional ao confessar ter torturado e mutilado diversas vítimas.

Malhães expressou grande admiração pela tortura psicológica que, para ele, era muito mais eficiente do que a força bruta, especialmente quando a tentativa era de transformar militantes de esquerda em agentes infiltrados.

"Naquelas prisões com portas fechadas, você podia mudar a temperatura, a luz, tudo dentro da prisão. A ideia veio da Inglaterra", disse ele.

Ele admitiu, em conversa em privado com a advogada e integrante da Comissão da Verdade do Rio, Nadine Borges, que viajou à Inglaterra para aprender técnicas de interrogação que não deixavam marcas físicas. Borges relatou detalhes de sua conversa com Malhães à BBC.

"A melhor coisa para ele era a tortura psicológica. Ele também esteve em outros lugares, mas disse que a Inglaterra foi o melhor lugar para aprender."

‘Melhor escola’

O professor Gláucio Soares entrevistou vários generais nos anos 1990. Muitos contaram que enviaram militares à Alemanha, França, Panamá e Estados Unidos para aprender sobre interrogatórios, mas todos elogiaram a Grã-Bretanha como o melhor lugar de aprendizado.

O general Ivan de Souza Mendes teria dito a Soares: "Os americanos também ensinam, mas os ingleses é que são os mestres em ensinar como arrancar confissões sob pressão, por tortura, de todas as formas. A Inglaterra é o modelo de democracia. Eles dão cursos aos seus amigos".

O general Fiuza de Castro disse que os britânicos recomendam deixar os prisioneiros nus antes de interrogá-los, para deixá-los angustiados e deprimidos – um estado que favorece o interrogador.

As técnicas teriam sido criadas nos anos 1960 em territórios britânicos na Ásia e aperfeiçoadas contra militantes na Irlanda do Norte.

O método ficou consagrado em inglês como "Five Techniques", ou "Cinco Técnicas":

  • Manter a pessoa de pé contra uma parede por muitas horas
  • Encapuzar
  • Sujeitar a grandes barulhos
  • Impedir o sono
  • Pouca comida e água

Muitos dizem que essas técnicas equivalem à tortura. Em 1972, elas foram oficialmente proibidas pelo premiê Edward Heath, depois que o público tomou conhecimento que eram usadas contra os militantes irlandeses do IRA.

Mas no Brasil, os métodos de interrogatório psicológico seguiram adiante, atendendo as necessidades dos militares. O péssimo histórico de direitos humanos do Brasil estava começando a atrair publicidade negativa no mundo. Um método que não deixava marcas físicas era considerado perfeito pelos militares para extrair informações.

Aparentemente, não só os militares brasileiros foram à Grã-Bretanha, mas o inverso também aconteceu. O ex-policial Claudio Guerra disse que agentes britânicos deram cursos no quartel-general da polícia militar sobre como seguir pessoas, grampear telefones e usar as celas isoladas.

Guerra disse que viu esses agentes britânicos nas ocasiões em que visitou o quartel-general para recolher corpos de vítimas que sofreram com os métodos antigos.

Correspondências

Há mais pistas sobre a relação entre militares britânicos e brasileiros no prédio dos Arquivos Nacionais, na região londrina de Kew.

Em agosto de 1972, o então embaixador britânico no Brasil, David Hunt, escreveu uma carta secreta a uma autoridade com referência aos métodos mais sofisticados usados pelos brasileiros.

Ele escreveu: "Como você sabe, eu acho, eles (os militares brasileiros) foram influenciados por sugestões e conselhos emitidos por nós; mas esta conexão não existe mais… É importante que o conhecimento deste fato fique restrito."

Na véspera de uma visita do então presidente Ernesto Geisel à Grã-Bretanha, em 1976, havia uma referência indireta à uma "reforma da tortura". Uma das cartas fala de "padrões aceitáveis de interrogatório (por exemplo, o que é permitido na Irlanda do Norte)".

Um documento intitulado "Tortura no Brasil" classificado como "confidencial" fala da péssima publicidade que o Exército brasileiro estava recebendo mundialmente, e de como foram adotadas novas técnicas baseadas em métodos psicológicos.

"O Primeiro Batalhão do Rio estaria usando agora as novas técnicas, cuja introdução foi descrita por um comandante do Exército como uma página tirada da cartilha britânica."

A correspondência do ministério britânico das Relações Exteriores deixa claro que interesses comerciais eram de suma relevância e que o péssimo histórico de direitos humanos do Brasil era subestimado.

Alan Munro, que foi cônsul geral britânico no Rio nos anos 1970, disse que, pessoalmente, não tinha conhecimento da colaboração dos militares britânicos.

"Se os brasileiros estavam procurando técnicas de interrogatório usadas por autoridades britânicas, o melhor exemplo vinha dos primeiros anos da Irlanda do Norte. Isso teria sido aprendido por inciativa dos brasileiros, e no sentido de reduzir as práticas mais crueis, isso teria sido um passo no caminho certo", diz Munro.

Mas os brasileiros não veem isso como "um passo no caminho certo".

O diretor da Comissão da Verdade do Rio, Wadih Damous, disse que há anos conhece o envolvimento dos Estados Unidos no treinamento de militares do regime brasileiro, e que ficou indignado ao tomar conhecimento do papel dos britânicos.

"É sempre chocante ouvir que uma democracia que é tão importante, tão consolidada, tão velha, colaborou com a ditadura", disse Damous.

A BBC pediu uma declaração oficial ao ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha. Um porta-voz disse que "não pode fazer comentários sobre administrações passadas", mas que qualquer política atual do governo de colaboração internacional cumpre com exigências de direitos humanos estabelecidas dentro do país.

Tortura à Inglesa | GGN

02/11/2013

Todo “primeiro mundo” USA Terrorismo de Estado

Filed under: Arapongagem made in USA,Espanha,Europa,Inglaterra,Primeiro Mundo — Gilmar Crestani @ 10:41 am
Tags: ,

El general Alexander, director de la NSA, había hablado de la colaboración europea.

Daban cátedra de espionaje

La agencia de inteligencia del Reino Unido GCHQ mantuvo una estrecha colaboración durante los últimos cinco años con esos países para desarrollar métodos destinados a vigilar el tráfico de Internet y llamadas telefónicas.

Los servicios de inteligencia del Reino Unido asesoraron a España, Alemania, Francia y Suecia sobre cómo desarrollar métodos de vigilancia masiva de las comunicaciones, según documentos del ex agente estadounidense Edward Snowden revelados ayer por el diario británico The Guardian. Según información proveniente del llamado centro de escuchas británico (GCHQ), la inteligencia del Reino Unido mantuvo una estrecha colaboración durante los últimos cinco años con esos países para desarrollar métodos destinados a vigilar el tráfico de Internet y llamadas telefónicas. El grueso de la monitorización se realiza a través de pinchaduras directamente a los cables de fibra óptica y a través de relaciones encubiertas con las compañías de telecomunicaciones, según el diario.

La documentación filtrada por Snowden subraya que el centro de escuchas británico jugó un papel clave a la hora de recomendar a sus aliados europeos modos de eludir las leyes nacionales que restringen la capacidad de vigilancia de las agencias de inteligencia. The Guardian asegura, a partir de la información filtrada, que la clave de la vigilancia masiva en Internet del Centro Nacional de Inteligencia español (CNI) se encuentra en los lazos con una empresa de telecomunicaciones británica cuyo nombre no se menciona.

“El GCHQ todavía no ha comenzado a trabajar formalmente con el CNI en explotación de IPs (direcciones de Internet), pero el CNI ha estado haciendo grandes progresos a través de su relación con un socio comercial británico”, señala el documento filtrado en un apunte con fecha de 2008.

“Ese socio comercial ha proveído al CNI con algunos equipos, al tiempo que nos ha mantenido informados a nosotros, lo que nos ha permitido invitar al CNI a un diálogo este otoño centrado en IPs”, añade el texto que publica el diario británico.

El diario londinense subraya la reacción del general Keith Alexander, director de la NSA, la agencia de escuchas estadounidense, que acusó de hipócritas a los países europeos por su reacción a las informaciones de que la agencia que él dirige estaba espiando a Europa. “Algunos de ellos me recordaron aquel pasaje de la película Casablanca en la que un protagonista exclama: ‘Por Dios, en este local se juega’”, declaró Alexander.

La ministra de Justicia alemana, Sabine Leutheusser-Schnarrenberger, había expresado que las denuncias de espionaje sonaban como una pesadilla digna de Hollywood y advirtió al gobierno del Reino Unido, uno de los pocos países que respaldó a Washington, que las sociedades libres y democráticas no pueden prosperar cuando los Estados resguardan sus acciones en un velo de secreto. Sin embargo, en un estudio país por país de sus socios europeos, los funcionarios del GCHQ habían demostrado admiración por la capacidad técnica de la inteligencia alemana para hacer lo mismo que ellos, destaca The Guardian.

El GCHQ también elogió al sistema de espionaje francés: “Un socio altamente motivado y técnicamente competente, que ha demostrado una gran voluntad de dedicarse a cuestiones de IP y trabajar con el GCHQ en términos de cooperar y compartir”. Suecia, que aprobó una ley en 2008 que permite a su agencia de inteligencia vigilar correos electrónicos y llamadas telefónicas internas y transfronterizas, sin una orden judicial, ha sido relativamente moderada en su accionar.

“En el mundo de la inteligencia, mucho más de lo que logró en la diplomacia, el Reino Unido ha sido un puente indispensable entre Estados Unidos y los espías de Europa”, destacó el diario británico.

Página/12 :: El mundo :: Daban cátedra de espionaje

19/10/2013

O país da mãe das privatizações está na privada

Filed under: Inglaterra,Margaret Thatcher,Neoliberalismo,Privatidoações — Gilmar Crestani @ 9:14 pm
Tags:

 

Privatizadas bajo presión

Como las compañías privatizadas por el thatcherismo están en el centro de la agenda electoral, grupos de consumidores británicos están impulsando un congelamiento de las tarifas de electricidad y gas, poniendo al gobierno a la defensiva.

Por Marcelo Justo

Desde Londres

A 18 meses de las elecciones británicas, las compañías privatizadas por el thatcherismo están en el centro de la agenda política. En un país con sueldos semicongelados y tarifas que aumentan mucho más que la inflación, la oposición laborista y los grupos de consumidores están impulsando un congelamiento de las tarifas de electricidad y gas que ha puesto al gobierno a la defensiva. Las compañías han respondido con un nuevo menú de aumentos tarifarios. La última ha sido British Gas, que este jueves ha anunciado un salto de los precios para gas y electricidad del 8,4 por ciento y 10,4 por ciento respectivamente, entre tres y cuatro veces el nivel de la inflación.

En la Cámara de los Comunes el primer ministro, David Cameron, y el líder de la oposición, Ed Miliband, protagonizaron el último round de un combate de semanas por el costo de vida simbolizado por la tarifa de los servicios. Miliband acusó a Cameron de estar de parte de los seis gigantes energéticos que dominan el mercado y el primer ministro señaló que el congelamiento de precios impulsado por el laborismo era inviable. Un día después, el anuncio de aumentos de British Gas volvió a generar furibundos cruces mediáticos entre el gobierno y la oposición.

Entre los políticos nadie ha hablado de nacionalización, pero la intervención estatal en el mercado ha dejado de ser una palabra tabú. Al respecto, el pueblo británico parece a la vanguardia. Un sondeo de ComRes a principios de septiembre reveló que tres cuartas partes de los encuestados pensaba que las tarifas eran excesivas y un 69 por ciento creía que la solución era la nacionalización de las firmas.

La privatización de la electricidad y el gas en los ’80 no cumplió con las promesas de un mercado eficiente que mejoraría exponencialmente el servicio y abarataría los costos. En un país que necesita calefacción por lo menos durante medio año, se ha acuñado un nuevo concepto para medir el impacto de los precios energéticos en la calidad de vida: fuel poverty (pobreza debido a los precios energéticos). Esta pobreza creció un 12 por ciento en los últimos dos años: hoy casi el 20 por ciento de los hogares se encuentra bajo la línea de la fuel poverty.

Según el regulador del sector Ofgem, hubo un aumento tarifario del 24 por ciento en los últimos cuatro años. Los márgenes de ganancia de las compañías saltaron del 3,2 por ciento en 2011 a un 7 por ciento hoy, equivalente a unas 95 libras (145 dólares) por cliente. La escalada tarifaria es tal que Ofgem deberá ahora recalcular estos porcentajes. La semana pasada uno de los gigantes, SSE, anunció un aumento del 8,2 por ciento que marcó la señal de largada para incrementos tarifarios similares del resto de los operadores, clara señal oligopólica.

British Gas ha sido la segunda compañía en hacerlo: se descarta que en las próximas semanas le seguirá el resto. Según el experto de un sitio de Internet para consumidores, MoneySavingExpert, el impacto para el inminente invierno será brutal. “Millones de personas se verán obligadas a elegir entre tener menos calefacción o menos comida”, indicó Martin Lewis al matutino Daily Express.

El efecto de estos aumentos y la baja calidad de los servicios privatizados en los ‘80 está cambiando el debate público. A fines de septiembre, el líder laborista Ed Miliband se atrevió a algo impensable hasta hace poco: proponer un congelamiento tarifario. La portavoz de transporte del Laborismo, Maria Eagle, añadió que si ganan las elecciones de 2015 podrían renacionalizar el servicio ferroviario. El descontento colectivo parece haber envalentonado a los organismos regulatorios. Ofwat señaló esta semana que bloquearía el aumento de un 8 por ciento de los precios del agua que buscaba Thames Water, que suministra servicio a unos 14 millones de hogares.

La coalición conservadora-liberal demócrata ha lamentado estos aumentos, pero se ha limitado a aconsejar a los usuarios a cambiar de compañías y buscar the best deal (la mejor oferta), mientras el gobierno implementa nuevas medidas para aumentar la competencia y transparencia del mercado. A casi tres décadas de las privatizaciones y con un retroceso en la calidad de vida sin precedentes desde el estallido financiero de 2008, los británicos no parecen tener la misma paciencia que a principios de siglo para esperar que “la mano invisible del mercado” solucione sus problemas.

Página/12 :: El mundo :: Privatizadas bajo presión

10/10/2013

2008: Lula fez da crise uma marolinha, já a Inglaterra…

Filed under: Crise Financeira Européia,Inglaterra — Gilmar Crestani @ 9:35 am
Tags: ,

Ah, que ódio deste Lula…

Ex premier laborista Gordon Brown.

Imagen: AFP

De cuando un premier británico pensó en matar británicos

Por Juan Gelman

No era un don nadie: llegó a pensarlo el ex premier laborista Gordon Brown, según una autobiografía explosiva de quien fuera su asesor personal y miembro de su círculo íntimo, Damian McBride (Power Trip: A Decade of Policy, Plots and Spin, Kindle Edition, 2013). Preocupado por la crisis bancaria de octubre de 2008, el primer ministro británico temía la ruptura de la ley y el orden por las masas y buscaba cómo impedirla. La BBC dio a conocer algunas citas del libro de McBride (www.bbc.co.uk, 21-9-13).

El autor, que renunció en el 2009 cuando se descubrió que procuraba difamar a políticos conservadores para abrirle camino a su jefe, cuenta que en octubre del 2008 se reunió con Brown antes de que éste anunciara la nacionalización parcial de los bancos británicos y que le manifestó muy agitado: “Si los bancos cierran sus puertas y los cajeros automáticos no funcionan y la gente va a Tesco (una cadena de supermercados) y no le aceptan las tarjetas de crédito, todo explotará. Si no puede comprar comida o gasolina o medicamentos para los hijos, la gente romperá las vidrieras y tomará lo que necesite. Y tan pronto vean esto por televisión todos pensarán que está bien, eso es exactamente lo que tenemos que hacer ahora. Será la anarquía. Es lo que puede ocurrir mañana”.

Comenta McBride: “Era extraordinario ver a Gordon tan poseído por los riesgos de lo que debía hacer y a la vez totalmente convencido de que había que tomar acciones decisivas inmediatamente”. ¿Habrá que imponer el estado de sitio –se preguntaba Gordon– “sacar el ejército a la calle, cómo hacer para que vuelva a imperar el orden?” Y comparaba la situación con la crisis de los misiles en Cuba.

Las crisis económicas son así: provocan el terror de los funcionarios encargados de proteger a quienes las provocan. Algo similar le ocurrió en septiembre del 2008 al entonces secretario de Hacienda de EE.UU., Hank Paulson: advirtió que el gobierno estadounidense podría verse obligado a recurrir a la ley marcial si no se salvaba a Wall Street del colapso crediticio (The Global Economic Crisis: The Great Depression of the XXI Century, Michel Chossudovsky and Andrew Gavin Marshall editors, 2010). Nada de eso ocurrió: la presión de notorios intereses doblegó a los gobiernos y Parlamentos de ambos países y sacaron de apuros a los bancos con sumas ingentes de dinero.

…¿Alguien habrá pensado en EE.UU., incluso antes del cierre parcial de su administración, en posibles levantamientos o rebeliones por la crisis económica, como en su momento lo hicieron Gordon Brown y Hank Paulson? Imposible saberlo y mucho menos probarlo. Sólo que hay hechos llamativos. El Departamento de Seguridad Nacional (DHS, por sus siglas en inglés) ordenó la adquisición de 1600 millones de proyectiles, incluidas las balas llamadas “hollow-point” de carácter expansivo: producen una perforación de un diámetro axial mayor que las corrientes y maximizan el daño producido en los órganos humanos (www.forbes.com, 11-3-13). Distintas convenciones internacionales prohíben su uso en los conflictos bélicos. ¿Contra quién pensará utilizarlas el DHS? Los agentes de este departamento no están encargados de llevar a cabo operativos comandos en Libia o Somalia, sino de mantener el orden y cuidar la seguridad interior del país. Durante los períodos de combates más encarnizados en Irak, el ejército estadounidense disparaba menos de seis millones de balas mensualmente (www.belfasttelegraph.co.uk, 10-1-11). Es decir, esta compra del DHS le permitiría sostener una guerra de más de 20 años. “En EE.UU.”, subraya Forbes.

La revista señala que el DHS adquirió además vehículos blindados de gran potencia que fueron traídos de vuelta de Irak y Afganistán. Según Ken Jorgustin, especializado en el tema, se trata de “un número indeterminado de Mine Resistant Ambush Protecter (MRAP) para servicio en las calles de EEUU. (//modernsurvivalblog.com, 6-9-12). Los blindados MRAP pueden resistir la explosión de las minas que aplasten y salir airosos de una emboscada gracias al armamento que poseen.

Forbes pregunta por la razón de estas compras: “Es absolutamente inconcebible que la secretaria del Departamento de Seguridad Nacional, Janet Napolitano, esté planeando un golpe de Estado contra el presidente Obama y el Congreso para autoproclamarse Líder Suprema de Estados Unidos”. Ciertamente. Pero la pregunta sigue en pie: ¿para qué este exceso de poderosos instrumentos de guerra si sólo se trata del orden interno? La revista para multimillonarios opina: “Comprar 1600 millones de proyectiles y desplegar vehículos blindados es algo completamente contrario a lo que ‘seguridad nacional’ realmente significa”. ¿Entonces?

Página/12 :: Contratapa :: De cuando un premier británico pensó en matar británicos

06/10/2013

A terceira guerra será digital

Filed under: Imperialismo Colonial,Inglaterra — Gilmar Crestani @ 8:41 pm
Tags:

 

Reino Unido convoca un Ejército de ‘hackers’ para su defensa

Londres anuncia la creación de un cuerpo de reservistas para la lucha cibernética en el que llama a expertos informáticos británicos a participar

Walter Oppenheimer Londres 6 OCT 2013 – 13:43 CET31

ampliar foto

El ministro de Defensa británico, Philip Hammond, durante su discurso en el congreso del Partido Conservador. / Oli Scarff (Getty Images)

El Gobierno británico ha sorprendido al mundo al anunciar la creación de un cuerpo de reservistas para formar un Ejército cibernético. La creación de ese cuerpo, anunciada por el ministro británico de Defensa, Philip Hammond, tiene como misión no solo defenderse de ataques cibernéticos, sino estar preparados para lanzar sus propios “ataques en el ciberespacio”. Se entiende por guerra cibernética el uso de ordenadores para trastornar las actividades de un país enemigo, especialmente mediante ataques deliberados a sus sistemas de comunicaciones.

El verdadero objetivo de ese paso, sin embargo, no está claro. El ministro Hammond ha hablado de disuasión, aunque algunos expertos opinan que eso no es técnicamente posible en materia de ciberseguridad. Otras explicaciones que se manejan van desde la mera propaganda para distraer la atención sobre el impacto de las políticas de ajuste a una maniobra para concienciar a la opinión pública o simplemente un intento de atraer genios informáticos en un momento en el que un gran segmento de la población desconfía cada vez más de los servicios secretos británicos.

En respuesta a la creciente amenaza cibernética, estamos desarrollando una cibercapacidad de espectro total, incluida la capacidad de atacar, para mejorar la gama de capacidades militares de Reino Unido

Philip Hammond, ministro de Defensa de Reino Unido

Desconfía, especialmente, después de que los papeles filtrados por el ex empleado de la NSA Edward Snowden al diario londinense The Guardian entre otros revelaran la enorme dimensión del espionaje británico y su penetración en las redes privadas de comunicaciones y la estrecha colaboración en esa materia con Estados Unidos.

Hammond confirmó el domingo pasado la creación de una nueva Ciber Reserva Conjunta para que “los reservistas trabajen junto a las fuerzas regulares para proteger redes críticas de ordenadores y salvaguardar datos vitales”, según una nota del Ministerio de Defensa. En esa nota se citan las palabras textuales del anuncio del ministro. “En respuesta a la creciente amenaza cibernética, estamos desarrollando una cibercapacidad de espectro total, incluida la capacidad de atacar, para mejorar la gama de capacidades militares de Reino Unido”, precisa Hammond. “Estamos invirtiendo una parte cada vez mayor de nuestro presupuesto en capacidades de alta calidad como herramientas cibernéticas, de inteligencia y de vigilancia para mantener la seguridad del país”, añade.

“La Ciber Reserva será una parte esencial para asegurar que defendemos la seguridad nacional en el ciberespacio. Esta es una fantástica oportunidad para que expertos en la industria de Internet puedan poner sus conocimientos para que sean aprovechados por la nación, protegiendo servicios vitales y nuestras capacidades informáticas”, concluye el ministro de Defensa en el llamamiento más claro y directo de un miembro del Gobierno para que los hackers con más talento busquen cobijo bajo las amplias alas de los servicios de seguridad de Reino Unido.

El Ministerio de Defensa no ha aclarado cuáles son las compensaciones que ofrece a quienes quieran formar parte de esta nueva fuerza cibernética, pero sí ha explicado qué condiciones han de cumplir para poder ser aceptados.

Los candidatos han de ser mayores de 18 años; británicos o de un país de la Commonwealth; haber vivido en Reino Unido al menos los últimos cinco años; ser capaces de comprometerse a realizar un entrenamiento de entre 19 y 27 días al año, incluidas dos semanas consecutivas y varios fines de semana; tener tiempo libre en fin de semana para apoyar misiones de ciberseguridad de la defensa; superar un proceso de seguridad; y, por supuesto, tener “aptitudes cibernéticas excepcionales y verificables”. Entre las cualidades más apreciadas cita una cuarentena de tipo general o relacionadas con redes, lenguajes, calificaciones y cuerpos profesionales a los que se pertenece.

Los candidatos han de ser mayores de 18 años, británicos o de un país de la Commonwealth y haber vivido en Reino Unido al menos los últimos cinco años

La cuestión que más ha llamado la atención es que los británicos hayan sido el primer país que admite públicamente que está montando una fuerza cibernética capaz de atacar y no solo de carácter defensivo. “Las guerras del futuro se van a librar mediante expertos en telecomunicaciones en habitaciones como esta y no con soldados desfilando por las calles o tanques o aviones de combate”, declaró Philip Hammond al diario The Mail on Sunday antes del anuncio formal del proyecto.

En esa entrevista, el ministro explica cómo un ciberataque puede destrozar las comunicaciones del enemigo, sus arsenales atómicos y químicos, sus aviones o sus barcos. “La gente piensa en lo militar como algo de tierra, mar y aire. Nosotros hace tiempo que hemos incorporado una cuarta esfera: el espacio. Estamos ante una nueva frontera en materia de Defensa. Durante años hemos estado construyendo una capacidad defensiva para protegernos de ciberataques. Eso ya no es suficiente”, advierte. “Para disuadir, has de tener capacidades ofensivas. Vamos a construir en Gran Bretaña una capacidad de ciberataque que nos permita responder en el ciberespacio a los enemigos que nos atacan, poniendo lo ciber como una actividad militar convencional junto a tierra, mar, aire y espacio”.

¿Quién es ese enemigo? Los británicos nunca lo dicen en público, pero en privado señalan a China y Rusia. Hammond aseguró en el congreso del Partido Conservador que el año pasado, las defensas cibernéticas de Reino Unido “bloquearon 400.000 avances, amenazas cibernéticas maliciosas a la red de intranet del Gobierno”. Pero, un ejército concebido para atacar, ¿puede convertirse en una herramienta de disuasión como el arma nuclear?

Thomas Rid, profesor del King’s College y experto en guerra cibernética, cree que no. “Construir un arma cibernética significa atacar primero. Construir una capacidad ofensiva exige conocer de antemano cuál es el objetivo, en detalle, incluyendo configuraciones singulares de sistemas industriales de control, conocidos como SCADA. Conocer esos objetivos exige penetrar primero el objetivo, a través de agresivos sondeos de inteligencia. El efecto de eso es la escalada, no la disuasión”, ha declarado a The Guardian. Y en declaraciones al Financial Times, Rid sostiene que hacer ahora públicos los planes de poner en marcha una fuerza cibernética atacante “puede ser contraproducente porque otros protagonistas pueden reaccionar de forma que todos estemos menos seguros”. La guerra de las galaxias ya está aquí pero no se libra con sables de luz, sino con pantallas y teclados.

Reino Unido convoca un Ejército de ‘hackers’ para su defensa | Internacional | EL PAÍS

04/09/2013

Guerra: Inglaterra lucra nas duas pontas

Filed under: Imperialismo Colonial,Inglaterra — Gilmar Crestani @ 8:38 am
Tags: , ,

 

Reino Unido concedeu licenças para exportação à Síria de gases usados em armas químicas

Políticos cobram explicações do governo sobre negociação em larga escala em 2012 de fluoreto de sódio e fluoreto de potássio

O Reino Unido concedeu em janeiro de 2012 licenças para exportação à Síria de fluoreto de sódio e fluoreto de potássio, “mesmo sabendo que os dois agentes são fundamentais na fabricação de armas químicas”, revelou um relatório publicado nesta segunda-feira (02/09) pelo comitê responsável por controle de armas da Câmara dos Comuns britânica.
Leia também:
Wikileaks: EUA têm planos para derrubar Assad desde 2006
Os políticos cobram explicações do governo do motivo das licenças terem sido concedidas às vésperas da eclosão do conflito civil na Síria. “A Defesa tem que explicar porque o Reino Unido sequer considerou conceder uma licença como essa”, afirmou Angus Robertson, do partido Nacional da Escócia, à agência RT. “É impossível dizer”, reiterou em referência à clara possibilidade de grupos opositores utilizarem os gases para produção de armas químicas.
Veja também:
Entrevista com Roque Monteleone: Missão da ONU não tem condição de definir quem fez ataque químico na Síria
Agência Efe

Cameron: Reino Unido concedeu licenças para exportação de fluoreto de sódio e fluoreto de potássio
Ontem à noite (02), o governo britânico se defendeu dizendo que as licenças foram concedidas para uma empresa localizada na Síria. “Os exportadores dos gases nos mostraram que os produtos químicos eram para fins legítimos da população, como utensílios de alumínio (produção de chuveiros elétricos e acabamento de janelas e portas), afirmou um porta-voz do governo britânico à imprensa europeia.
As informações do fornecimento de licenças foram reveladas no momento em que cresce a tensão na comunidade internacional com a possibilidade de intervenção militar na Síria após denúncias do uso de armas químicas. EUA e outras potências europeias afirmam ter provas que o governo sírio utilizou gás sarin contra civis durante o conflito no país.

Leia mais

O presidente Bashar al Assad classificou na última sexta-feira (30) como "falsas" as provas apresentadas por Washington sobre o uso de armas químicas. Segundo comunicado da diplomacia do país, os EUA se baseiam em dados dos ativistas e da oposição.

Até o momento, não houve qualquer confirmação dos peritos da ONU – responsáveis pelas investigações – sobre os possíveis ataques químicos. "Para verificar quem usou armas químicas na Síria, é necessário uma investigação com poder de polícia, o que não é o caso dos atuais enviados da ONU", afirma Roque Monteleone Neto, que participou de missões especiais das Nações Unidas no Iraque na década de 1990 em entrevista a Opera Mundi. Segundo ele, a única coisa que será verificada com os especialistas que estão na Síria é se, de fato, alguém fez uso de substâncias químicas.

Opera Mundi – Reino Unido concedeu licenças para exportação à Síria de gases usados em armas químicas

04/06/2013

A superior civilização ocidental

Filed under: Afeganistão,Inglaterra — Gilmar Crestani @ 11:04 pm
Tags:

 

Soldados britânicos admitem abusos contra crianças e adultos afegãos

Eles estão sendo julgados por um tribunal militar; crimes teriam ocorrido entre 2011 e 2012

Dois soldados britânicos que serviam no Afeganistão admitiram nesta terça-feira (04/06), durante julgamento militar realizado em uma base do Reino Unido, em Paderborn (oeste da Alemanha), terem cometido abusos contra a população local, incluindo crianças. As agressões ocorreram em patrulhas realizadas entre o fim de 2011 e o início de 2012. O julgamento ainda está em curso.
Um dos militares confessou ter adotado “conduta indecente” contra uma criança, enquanto o segundo responde pelo crime de ofensas racistas a um adulto – ele admite o ato, mas não o considera racismo.
Wikimedia Commons

Crianças afegãs se aproximam, com curiosidade, de soldade norte-americano; tropas estrangeiras atuam com funções policiais
A pedido da defesa, os soldados não tiveram seus nomes divulgados, sob a justificativa que o anonimato protegeria suas vidas e a de suas famílias contra futuras agressões. Devido aos recentes atentados contra soldados britânicos em Londres, a corte aceitou manter o sigilo. Acabaram denominados publicamente pelas letras “X” e “Y”. O local exato da patrulha também não foi revelado.

Leia mais

O soldado X, que já havia deixado as Forças Armadas britânicas, admitiu ter puxado a mão de um menino afegão em sua virilha durante uma das patrulhas. O episódio foi gravado e a filmagem, utilizada como prova durante o julgamento. O militar foi visto com a criança, cercado por outros soldados que riam enquanto ele repetia a frase “toque em meu lugar especial” por diversas vezes.  X se declarou culpado pelos crimes de prejuízo à ordem e à disciplina durante o serviço. Ele também admitiu ter repetido a mesma ação contra outra criança afegã posteriormente.
Um segundo vídeo, filmado pelo próprio soldado, o mostrou insultando um adolescente afegão que pretendia cumprimentá-lo. Ao se aproximar e estender a mão, X gritou uma série de palavrões ao menino que, assustado, saiu correndo.
Por sua vez, o soldado "Y", que continua em atividade, admitiu ter fotografado um homem afegão pintado com os dizeres "Silly Paki" (“paquistanês estúpido”, em tradução livre). A procuradora do caso, tenente coronel Jane England, disse que a conduta de Y foi racista e suscetível de causar assédio e angústia na vítima e na comunidade local. A defesa insistiu na tese de que ele não foi racista e apenas “passou da linha”.
Um terceiro militar, denominado “soldado Z”, responsável pelo comando da patrulha, foi inocentado da acusação de ter falhado em sua responsabilidade de apurar as ofensas.

Opera Mundi – Soldados britânicos admitem abusos contra crianças e adultos afegãos

02/06/2013

Franco adestrou Churchill

Filed under: Espanha,Franco,Inglaterra,Winston Churchill — Gilmar Crestani @ 5:54 pm
Tags:

Eis aí uma boa explicação porque o General Franco ficou no poder por tantos anos sem ser questionado pela Inglaterra e pelos EUA. Exatamente os dois países que nos querem ensinar democracia. Eles, agora fica claro, haviam sido capturados pela política de “neutralidade” do ladrão de bebês espanhol. A longevidade de Franco deve-se às vitaminas inglesas…

“General Varela (2 millones)”

Los documentos desclasificados por los Archivos Nacionales británicos detallan los sobornos a cargos franquistas para que España no abandonara la neutralidad

Walter Oppenheimer Londres 1 JUN 2013 – 00:57 CET2563

ampliar foto

Visita del dictador Francisco Franco (tercero por la izquierda) a la sede de la compañía Fecsa, propiedad de Juan March.

El 4 de junio de 1940, el embajador británico en Madrid, sir Samuel Hoare, envió un mensaje cifrado de la máxima urgencia, secreto y “personal” al secretario del Foreign Office, el vizconde Halifax, según los más de 400 documentos hasta ahora secretos que acaban de ser desclasificados por los Archivos Nacionales británicos. “Hay indicios de que está cogiendo impulso la idea de abandonar la neutralidad y tengo la impresión de que ha llegado el momento de actuar de forma inmediata para verificarlo”, arrancaba el texto. El embajador cree tener “una forma segura” de acceder a los ministros mejor colocados.

Esa forma de “influir de forma decisiva y asegurar la neutralidad de España” en la II Guerra Mundial no es otra que el pago de sobornos, para lo cual necesita de “un máximo de medio millón de libras” y exige de forma “urgente” la autorización. Y ruega que “si hay alguna duda, se consulte con el primer ministro”, Winston Churchill. Al final, los británicos se gastarían 13,5 millones de dólares en sobornos (hoy 222 millones, 170 de euros). Los pagos se harían a través del banquero mallorquín Juan March y los sobornados no sabrían que el dinero procedía del Gobierno británico. El mayor problema no fue encontrar candidatos a ser sobornados, sino que March pudiera hacerse con el dinero sin levantar sospechas. La fórmula elegida, una cuenta en Nueva York de un banco suizo, levantó las suspicacias del Tesoro de EE UU, que bloqueó la cuenta durante meses.

El embajador Hoare recibió luz verde con el visto bueno directo de Winston Churchill y el canciller del Exchequer y ministro del Tesoro, sir Kingsley Woody. El 9 de junio confirmaba en un nuevo telegrama que las negociaciones “se desarrollan de forma satisfactoria” pero advertía que serían necesarias “cantidades más amplias” que el medio millón de libras estimado al principio. El Foreign Office cuestiona el 14 de junio la posibilidad de autorizar un gasto superior, pide detalles de la operación y avisa al embajador que si las ofertas de sobornos son rechazadas y se llega a conocer la implicación británica la consecuencia sería “un daño infinito”. “Tengo dudas de enviar ningún nombre, ni siquiera en un mensaje cifrado”, responde al día siguiente el embajador. “Tienen que aceptar mi palabra de que las personas son de la mayor importancia”, asegura, y lanza una advertencia definitiva: “Puede muy bien ocurrir que la entrada de España en guerra dependa de la rapidez de nuestra actuación. La situación es crítica”. El 21 de junio, el Foreign Office confirma que “el dinero ha sido depositado según lo acordado en el Swiss Bank Geneva en Nueva York”.

Un informe firmado por el comandante Furse el 26 de junio y dirigido a Churchill y sir Kingsley sintetiza la operación desde el punto de vista de la legación en Madrid. “La Embajada opina que España está a punto de entrar en guerra y solo la adopción de esta estrategia puede evitarlo”, describe. “Franco desea seguir siendo neutral pero está aterrorizado con Alemania; Suner [Suñer] Yague [Yagüe] y el ala izquierda de la Falange están a favor de la intervención; el ala derecha (Requetés, Carlistas, empresarios, la mayoría del Ejército y los campesinos) están por la neutralidad”, prosigue el militar.

ampliar foto

Documento desclasificado en el que se muestra una lista de los generales sobornados.

“El objetivo de sir S. Hoare es dar al ala derecha la fuerza necesaria para que se puedan organizar. Esa organización sería pro-España y anti-extranjera (por ejemplo, tanto anti italiana como anti inglesa) pero no reclamaría Gibraltar hasta después de la guerra”, continúa. Y explica que “la oposición a Suñer se está organizando a través de Juan March, con el que el agregado Naval está en contacto directo”. “March actuó como un agente doble para nosotros y para los alemanes en la última guerra y está de nuevo en contacto con nosotros”, recuerda.

March se encargó de contactar con ministros y militares (a menudo eran ambas cosas), pero no por amor al arte: no solo se acabaría embolsando cinco millones de dólares, sino que a juicio de los británicos, March quiere que fracasen las políticas de Ramón Serrano Suñer como ministro de Exteriores “para salvar sus inversiones e incrementar su poder”. El documento de Furse detalla a continuación los pagos comprometidos y el grado de compromiso de los implicados en la operación, también el dinero prometido a cada uno y el calendario de los pagos. Documentos posteriores especifican además que de los 13,5 millones de dólares a pagar, 3,5 se abonarían al final de la guerra. De los otros 10 millones, dos ya se habían pagado cuando Furse envía su informe, tres se deben entregar de inmediato y de una vez y los otros cinco (la comisión de March), al cabo de seis meses.

Luego cita a los implicados y lo que recibe cada uno en dólares: Nicholas \[sic\] Franco (2 millones); general Varela (2); general Granda (2); el secretario general de la Falange, Gallardo (1); general Kindelán (500.000 dólares), del que añade entre paréntesis: “Es un chorizo”. Todos reciben el dinero directamente de March. Siete más están en la operación pero solo tres, los generales Queipo de Llano, Orgaz y Asensio, reciben pagos, sin que se detalle la cantidad. Los otros cuatro son los generales Llana, Moreno, Alonso y Solchagar y el ex secretario general de la Falange, Muñoz Grandes. Un telegrama del embajador Hoare del 28 de junio explica: “Los planes están dando resultados. El general Yagüe, protagonista de la entrada de España en la guerra, ha sido despedido”.

“General Varela (2 millones)” | Cultura | EL PAÍS

03/04/2013

Terrorismo de Estado made England

Filed under: Inglaterra,Patrice Lumumba,Terrorismo de Estado — Gilmar Crestani @ 8:43 am
Tags:

O que ELIO GASPARI conta hoje já havia sido denunciado à época. Mas quem ouviria Fidel Castro? Este não foi o primeiro nem será o último cometido pelas organizações terroristas de estado também chamados de serviços secretos. São serviços secretos de tortura e morte. Todos conhecemos muito bem a CIA e seu legado de chantagens, sabotagens, torturas e mortes pelo mundo. As ditaduras no mundo todo não existiriam sem a participação destes países irmãos, ditos civilizados. A Al-Qaeda terá de cometer milhares e milhares de assassinatos para chegar aos pés dos “serviços” nem sempre secretos ordenados pelos governos dos EUA e da Inglaterra. E por aí também se entende o risco que corre Cristina Kirchner em virtude das Malvinas…

Os ingleses e a morte de Lumumba

Passados 52 anos do assassinato do congolês, o lorde conta que a baronesa lhe disse: "fomos nós"

A CENA não podia ser mais chique. Em 2010, Lord Lea de Crondall tomava chá com a baronesa Park de Monmouth e comentou um trecho de um livro que discutia o envolvimento do serviço secreto britânico no assassinato do primeiro-ministro congolês Patrice Lumumba, em 1961. O mistério completaria meio século. Lumumba tinha 35 anos e parecia um Fidel Castro (versão 1.0) africano. Vencera uma eleição e mal completara três meses como primeiro-ministro quando foi deposto e preso. Fugiu e foi capturado. Seu assassinato foi um crime que superou, de longe, a execução do Che Guevara. Primeiro, porque estava no seu país. Ademais, porque foi filmado apanhando, até mesmo quando soldados tentavam fazê-lo comer um documento que assinara. A imagem de sua altaneira resignação, com as mãos amarradas, está no YouTube. Tropas da ONU que policiavam o Congo poderiam tê-lo libertado. Lumumba foi martirizado durante duas semanas. Apanhou de soldados, generais e até mesmo do presidente de uma província rebelada. Finalmente, no dia 17 de janeiro de 1961, militares congoleses e mercenários europeus encostaram-no numa arvore e fuzilaram-no.

A execução foi uma espécie de Assassinato no Expresso Oriente da Guerra Fria. Os americanos tentaram envenená-lo, os belgas tratavam-no pelo codinome de Satan e planejaram seu assassinato. O primeiro-ministro inglês discutira sua "eliminação" com o presidente americano Eisenhower, mas o dedo de Londres só apareceu durante o chá dos lordes. Faltava uma peça: quem armou a cena final?

"Fomos nós. Eu organizei a coisa", disse a octogenária baronesa de Monmouth. Aos 39 anos ela era Daphne Park e chefiava a estação da inteligência inglesa no Congo. Para quem se habituou com a cenografia de James Bond, Park encarnava o anticlímax. Com jeitão de missionária gorda, dirigia um Citroën velho. Até chegar à Câmara dos Lordes, passaria por Moscou, Zâmbia e Hanói. Nunca falou de sua carreira, ria do Bond de Ian Fleming e não gostava das tramas de John Le Carré. Daphne morreu aos 88 anos, poucos meses depois de seu breve comentário com Lord Crondall. Ele narrou a conversa numa carta recente ao London Review of Books.

Recompondo-se os fatos de janeiro de 1961, é possível que Daphne tenha organizado e instruído a ida de um ex-assessor de Lumumba à prisão onde ele estava, transferindo-o para a capital de uma província rebelada, onde seu fim estaria selado. Semanas antes, ela salvara a vida desse novo colaborador escondendo-o na porta-malas de seu carro.

Passados 52 anos do assassinato de Lumumba, ficou o saldo. De 1961 a 1997, o Congo foi governado por Joseph Mobutu, um policial transformado em coronel, queridinho da Central Intelligence Agency americana. O embaixador inglês achava-o incapaz de se tornar ditador. Foi um arquétipo dos cleptocratas africanos, intitulando-se Messias, Supremo Combatente e O Grande Leopardo. Juntou algo como US$ 5 bilhões, mais um castelo na França. Desde então o Congo viveu meio século de guerras civis (numa das quais se meteu Che Guevara) e nelas morreram milhões de pessoas. País de imensos recursos naturais, o Congo é um dos mais pobres e corruptos do mundo.

18/03/2013

Os britânicos, quem diria, copiam o “ditador” Hugo Chávez

Filed under: Inglaterra,Liberdade de Expressão,Monarquia — Gilmar Crestani @ 9:58 pm
Tags:

Neste momento os vira-bostas e os vira-latas tupiniquins devem estar cortando os pescoços um dos outros. A política bolivariana acaba de aterrissar em Londres.  O próximo passo será a adoção de eleições livres para Rei e Rainha. O ditador foi eleito 17 vezes em 15 anos, a Elisabeth virou rainha sem um único voto. Então, qual dos dois povos ainda segue instituições medievais? Esta história de regular os órgãos de imprensa só poderia vir de um povo que mantém instituições anacrônicas, como a monarquia…

Britânicos chegam a acordo para regular imprensa

:

Os três principais partidos políticos da Grã-Bretanha concordaram, nesta segunda-feira, em criar um novo sistema para regular os jornais do país sedentos por escândalos; o sistema será voluntário, mas haverá fortes incentivos financeiros para encorajar os jornais a adotá-lo

18 de Março de 2013 às 18:45

Por Andrew Osborn

LONDRES, 18 Mar (Reuters) – Os três principais partidos políticos da Grã-Bretanha concordaram, nesta segunda-feira, em criar um novo sistema para regular os jornais do país sedentos por escândalos, depois de um inquérito público que expôs uma cultura de rastreamento telefônico e outros comportamentos antiéticos disseminados.

O acordo vai estabelecer um novo órgão regulador de imprensa, introduzir multas de até 1 milhão de libras (1,5 milhão de dólares) e obrigar jornais a imprimir desculpas proeminentes quando apropriado.

O sistema será voluntário, mas haverá fortes incentivos financeiros para encorajar os jornais a adotá-lo.

"O que temos hoje, que é uma coisa boa, é um acordo entre os partidos", disse um porta-voz do primeiro-ministro David Cameron, dizendo que o acordo foi fechado nesta segunda-feira.

"Vai colocar em prática um forte sistema de regulação independente da imprensa", acrescentou.

O governo ficou sob pressão para criar um novo sistema de regulamentação depois que um inquérito liderado por juízes e uma série de detenções revelaram uma cultura perturbadora de rastreamento de telefone e imperícia em algumas partes da imprensa.

A maneira que alguns tablóides relataram o desaparecimento e morte de duas crianças atraiu críticas particulares.

Mas as preocupações de que qualquer acordo colocaria em risco a liberdade de expressão adiaram um acordo, com alguns barões da imprensa ameaçando boicotar um novo regime regulatório e ativistas cobrando por uma regulamentação mais severa acusando Cameron de ser influenciado pela imprensa.

"NÃO É UMA LEI DE IMPRENSA"

Cameron disse que estava satisfeito com o resultado. "O que queríamos evitar, e o que temos evitado, é uma lei de imprensa", disse ele à BBC TV.

"Em nenhum lugar diz o que este órgão é, o que ele faz, o que ele não pode fazer, o que a imprensa pode e não pode fazer. Isso justamente foi mantido fora do Parlamento, para não ter embasamento legal nenhum, mas sim uma salvaguarda que diz que os políticos não podem no futuro brincar com este acordo."

Ed Miliband, líder do Partido Trabalhista, de oposição, também disse que o compromisso atingiu o equilíbrio certo.

"Eu realmente acredito que defende a liberdade de imprensa e também satisfaz os termos que as vítimas de rastreamento (de telefone) estabeleceram", disse ele, acrescentando que o jornalismo investigativo não seria restringido pelo novo arranjo.

Outros ficaram menos felizes. O Index on Censorship, um grupo que faz campanha pelo discurso livre, disse que era um "dia triste para a liberdade de imprensa na Grã-Bretanha".

"O envolvimento de políticos fere o princípio fundamental de que a imprensa cobra os políticos", afirmou Kirsty Hughes, CEO do grupo. "Os políticos agora assumiram o papel de mestre de cerimônias e nossa democracia ficou manchada como resultado."

Britânicos chegam a acordo para regular imprensa | Brasil 24/7

02/12/2012

David Cameron, o melhor amigo de Murdoch

 

David Cameron defrauda a las víctimas de los tabloides

El primer ministro británico rechaza regular por ley el control del sector tras conocer las conclusiones de la Comisión Leveson, creada a raíz del escándalo de las escuchas ilegales

Walter Oppenheimer Londres1 DIC 2012 – 21:19 CET6

El juez Leveson, el jueves en Londres tras presentar su informe. / Dan Kitwood (AP)

David Cameron se puso el listón muy alto: la prueba del algodón del informe Leveson sobre los abusos de la prensa británica sería qué opinan del informe las propias víctimas de esos abusos. El juez lord Brian Leveson ha pasado el examen con notable. El primer ministro, al oponerse a la propuesta más controvertida, lo ha suspendido. El suspenso ha supuesto para él la apertura de un frente de batalla en el que tiene que luchar no solo contra la oposición, sino con sus socios de coalición liberalesdemócratas y un amplio sector de su partido, a favor de que los nuevos mecanismos de control de la prensa estén sometidos a algún padrinazgo legal.

Sin embargo, Cameron cuenta con un poderosísimo aliado: la prensa. La de la derecha, con el Daily Mail, el Telegraph y el Times a la cabeza. Pero también los recelos del centrista Financial Times y de los izquierdistas The Independent e incluso The Guardian.

Las propuestas del juez Leveson culminan la investigación encargada por el primer ministro a raíz del escándalo de las escuchas ilegales del tabloide News of the World. Tras 16 meses de investigación y la declaración de más de 600 testigos en lo que ha sido un proceso a las legendarias malas prácticas de una gran parte de la prensa británica, el juez ha concluido que hace falta no solo poner en marcha un sistema de autorregulación de la prensa controlado de forma independiente, sino que este se ha de apoyar en algún tipo de legislación para que realmente funcione.

La mayoría de la prensa cree que esa es una manera de instaurar la censura, que funcionó hasta que en 1695 el Parlamento suprimió el sistema de licencias bajo el que operaban los diarios de la época, con el objetivo de garantizar así la libertad de prensa.

Varios periódicos tildan de censura las recomendaciones del ‘informe Leveson’

Para Leveson, esa propuesta es “esencial” y si el Gobierno la rechaza es como si rechazara el conjunto del informe, de casi 2.000 páginas. Para Cameron, sin embargo, eso sería “cruzar el Rubicón”, un punto de no retorno semejante al que traspasó Julio César cuando en el año 49 antes de Cristo cruzó ese riachuelo al frente de 50.000 soldados para tomar Roma.

Al rechazar el núcleo duro de las recomendaciones del juez, Cameron arriesga mucho. Por encima de todo, el peligro de que su posición no sea percibida por la opinión pública como una defensa de la libertad de expresión, sino como su sometimiento a los grandes empresarios de prensa. Los afectados por las escuchas del News of the World y otros abusos de la prensa han reaccionado de inmediato. Si no hay ningún control legal, “las recomendaciones de Leveson no van a funcionar”, ha alertado la escritora J.K.Rowling, que un día se encontró un mensaje de un periodista en la ropa de su hija pequeña. “No acepto en absoluto el argumento de que el hecho de que la prensa esté regulada significa que no sean libres de escribir lo que quieran y lord Leveson ha sido muy claro al respecto”, opina la autora escocesa. “Me siento alarmada y consternada”, ha añadido.

Los afectados por ese tipo de abusos han dado la bienvenida a las recomendaciones a pesar de que echan en falta un mecanismo que permita paralizar al menos temporalmente una información. Ese es un aspecto que Leveson ha rechazado precisamente para evitar que pueda haber abusos que coarten la libertad de expresión. Lo que defiende es un código de conducta elaborado por la propia prensa pero aplicado por personas independientes, ajenas tanto a la industria mediática como al poder político. Esa regulación incluiría el poder de investigar por propia iniciativa los presuntos abusos y castigarlos con multas de hasta el 1% de la cifra de negocios de la empresa infractora, con un tope de 5.000 libras (6.200 euros).

Sería un sistema al que los periódicos se sumarían de forma voluntaria e incluiría la capacidad de resolver las denuncias del público sin acudir a los tribunales, abaratando todo el proceso. Los medios que no quisieran sumarse no tendrían esa ventaja y además Leveson sugiere que sean sometidos al control de Ofcom, el regulador de las telecomunicaciones. Algo que cuenta con un rechazo unánime, tanto de los medios como de los partidos, porque Ofcom rinde cuentas directamente al Gobierno y las televisiones tienen por ley la obligación de ser políticamente imparciales. “Eso sería dar un paso hacia el sistema de licencias”, advierte un editorial del Financial Times.

La vía de salida que promueve la prensa y que Cameron alienta sin disimulo es que la industria ponga en marcha de inmediato un sistema de autorregulación tan estricto y creíble que acabe haciendo innecesario reforzarlo por ley. Los diarios cuentan con la ventaja de que el proceso legislativo puede alargarse incluso hasta 2015. Los diarios reclaman una última oportunidad para vigilarse a sí mismos, pero esta ha sido la séptima investigación sobre sus abusos. La última, en 1991, acabó con la creación de la Comisión de Quejas de la Prensa (PCC). Entonces fue presentada como la panacea, pero ha acabado siendo dominada por los intereses de los diarios, no los de las víctimas de sus abusos.

Los puntos más controvertidos

Mientras la prensa británica alerta sobre el fin de la libertad de expresión y la llegada de la censura por primera vez desde el siglo XVII, las víctimas de sus abusos han puesto en marcha una petición en Internet para forzar al primer ministro a adoptar en su totalidad las recomendaciones del juez lord Brian Leveson. A las 48 horas de su puesta en marcha la habían firmado casi 63.000 personas.

Además de la polémica sobre si el nuevo sistema de autorregulación independiente de la prensa ha de estar reforzado con una ley, hay otros aspectos controvertidos:

» Voluntariedad. Leveson propone que la aceptación de un código de conducta de la prensa sea voluntario, pero al mismo tiempo sugiere una lista de premios y castigos para conseguir que sea aceptado. Los que se queden fuera no podrán beneficiarse de un nuevo sistema barato de arbitraje y deberían ser controlados por el regulador de las telecomunicaciones, Ofcom. Ese último punto es rechazado por todos, incluso quienes apoyan sin ambages a Leveson, como los laboristas, los liberales y el diario The Guardian.

» Periodistas desprotegidos. El juez propone que los periodistas dejen de estar exentos de la Ley de Policía y Evidencia Criminal y la ley de Protección de Dartos, lo que todos los diarios consideran que puede afectar al periodismo de investigación y facilitar a la policía la identificación de las fuentes de los periodistas.

» Independencia. El regulador ha de ser independiente pero algunos diarios cuestionan que pueda serlo si a sus miembros los nombra el Gobierno.

» Prensa y policía. La sugerencia de que la prensa no debe tener conversaciones confidenciales con policías se considera un absurdo y un indicio de que Leveson no entiende cómo funciona el oficio.

» Internet. Bastantes medios se quejan de que el juez proponga medidas para regular la prensa escrita pero no haga referencias al problema que supone la eclosión del periodismo en Internet.

David Cameron defrauda a las víctimas de los tabloides | Internacional | EL PAÍS

14/10/2012

Justicia para los Mau Mau

Filed under: Império Colonial,Inglaterra — Gilmar Crestani @ 9:15 am

Os vira-latas, como qualque eunuco, adoram estes tipo de notícia. O processo civilizatório que o imperialismo colonial impõe só aparece muitos anos depois. E o resultado é devastador!

Tres ancianos kenianos acaban de ganar en la Corte de Londres la primera batalla contra

el Gobierno británico por las violaciones y castraciones que sufrieron hace 60 años durante la época colonial. La tribu rebelde acusada de salvajismo busca reescribir su historia

José Miguel Calatayud Nairobi 14 OCT 2012 – 00:00 CET15

El abogado Martyn Day (a la izquierda) es felicitado por simpatizantes de la causa de los Mau Mau el pasado 5 de octubre. / Mathew Lloyd (GETTY)

Es diciembre de 1952, Kimweli Mbithuka Kilatya, Naomi Nziula Kimweli y sus tres hijos van en autobús de vuelta a su poblado en el centro de Kenia para celebrar la Navidad. Les va bien, Kimweli trabaja para el departamento de Obras Públicas y Naomi está embarazada de cinco meses. Pero en el pueblo de Athi River los soldados detienen el autobús y obligan a bajar a todos los pasajeros. Kenia era entonces una colonia del Reino Unido y al mando estaba un oficial británico al que Kimweli y Naomi llaman Luvai, que en su idioma kamba significa “persona sin piedad”.

Los soldados separan a hombres de mujeres y niños y los llevan a todos a un campo para detenidos. “Cuando llegamos, vimos que había gente siendo torturada, a todos nos preguntaban que si habíamos tomado el juramento Mau Mau y yo decía que no sabía nada de ningún juramento”, relata ahora Naomi en voz baja, como si no quisiera molestar. “Me habían tapado los ojos y en ese momento oía a mis hijos llorando y llamándome: ‘¡Mamá, mamá!’. Nunca los volví a ver”. Hoy tiene 85 años, lleva un vestido floreado y, sobre la cabeza, un pañuelo de colores que contrasta con su cara triste y enfadada y sus ojos vidriosos, y continúa sin alzar la voz y hablando con rapidez: “Porque cuando me metieron la botella en la vagina, perdí el sentido”.

Naomi despertó tiempo después en el hospital King George de Nairobi y allí descubrió que la violación le había hecho abortar. Muchas otras chicas y mujeres sufrieron la misma agresión, con botellas de cristal llenas de agua hirviendo, a manos de soldados kenianos que seguían órdenes de los oficiales del Gobierno colonial británico.

Kimweli, su marido, que hoy tiene 89 años, sufrió su propio calvario. Fue también interrogado sobre el juramento Mau Mau. “Me hicieron sentarme y estirar las piernas y el oficial empezó a darme pisotones con sus botas: ‘¿Tomaste el juramento?’. ‘¡No he tomado ningún juramento!’, y me pegaba más fuerte”, cuenta mientras se levanta las perneras y muestra unas cicatrices que, dice, son de aquel día. Kimweli viste un traje de chaqueta gastadísimo que le está pequeño. Es alto y seco, de pelo cano, expresión tensa y ceño fruncido, como si estuviera a punto de reprocharte algo. “Entonces me hicieron tumbarme de espaldas, con las piernas abiertas, cogieron un par de pinzas y sentí un tirón en los testículos y mucho dolor”. Los soldados le habían castrado.

“Éramos un movimiento de masas organizado para liberar a Kenia de la dominación”, dicen los veteranos de guerra

Ese año, en 1952, miembros de la etnia kikuyu, la más numerosa de Kenia, se habían alzado contra la Administración colonial británica, que gobernaba este territorio desde 1890. Se hacían llamar Ejército Keniano de la Tierra y la Libertad y no dudaban en asesinar a colonos británicos en sus granjas y a kenianos leales a la Administración colonial.

La represión de las autoridades coloniales fue brutal. Decenas de miles de kenianos murieron o fueron torturados y hasta 1,5 millones de personas fueron retenidas en campos para detenidos o llevadas a la fuerza a “poblados protegidos” rodeados de alambre de espino y patrullados por guardias que se diferenciaban poco de los campos de detención.

En julio, un juez del Tribunal Supremo del Reino Unido escuchó las historias de Kimweli y Naomi y de otros supervivientes de aquellos años. Palizas, violaciones, apaleamientos y diferentes tipos de torturas realizadas por la Administración colonial y narradas en Londres por los propios ancianos kenianos. Cuatro de ellos querían demandar al Gobierno británico en nombre de todos los Mau Mau y exigen una disculpa pública y compensación económica. Ahora, el juez acaba de rechazar el argumento británico de que había pasado demasiado tiempo para que un proceso justo fuera posible y ha dado permiso a tres de los veteranos para que vayan a juicio contra el Gobierno de su majestad. En julio del año pasado, el juez ya desestimó un primer recurso del Reino Unido, que había argumentado que la responsabilidad legal de la Administración colonial había pasado al Gobierno de Kenia durante la entrega de la independencia.

“He llegado a la conclusión de que un juicio justo de esta parte del caso sí que sigue siendo posible y que las pruebas de ambas partes siguen siendo suficientemente convincentes para que la Corte pueda completar su tarea satisfactoriamente”, explicó el juez en su decisión. Además, esta podría permitir a veteranos de otras excolonias británicas (Yemen, Chipre o Palestina) seguir el ejemplo de los kenianos y exigir justicia al Gobierno de su Majestad.

Los británicos estudian que los Mau Mau eran asesinos sin civilizar, pero los académicos están revisando esta versión

“Uno de los oficiales británicos obligó a los soldados a que nos dieran palizas y uno insertó una botella en mis partes íntimas”, cuenta con fría naturalidad Jane Muthoni Mara, una de las demandantes. “Querían que les dijéramos sí habíamos tomado el juramento y con quién. Yo nunca dije nada”, dice aún con orgullo. “Tomábamos el juramento para estar unidos y para pedir libertad y que nos devolvieran nuestra tierra, robada por los colonizadores”.

Jane tiene hoy 75 años, un rostro triste y pelo blanco que cubre con un pañuelo de colores. Fue arrestada, golpeada y violada en 1954, cuando apenas tenía 17 años. Jane narra estas torturas en voz baja en una sala de la Comisión de Derechos Humanos de Kenia (KHRC, en inglés), en Nairobi. La KHRC asesora y financia a los veteranos Mau Mau. El crimen de Jane fue llevar comida a los rebeldes que se escondían en un bosque cerca de su poblado, en el centro de Kenia.

Tras el inicio de la rebelión en 1952, el Gobierno colonial declaró el Estado de emergencia y dedicó todos sus recursos a reprimir el movimiento. Fueron los británicos quienes lo llamaron Mau Mau, una expresión cuyo origen y significado aún hoy siguen sin estar claros.

Como apenas tenían armas de fuego, los rebeldes usaban lanzas y machetes. Cuando mataban, solían dejar los cadáveres despedazados. Los guerrilleros malvivían en los bosques y cuando los oficiales británicos los encontraban se horrorizaban ante estos nativos sucios y de pelo largo o rastas armados con grandes cuchillos. Además, los Mau Mau estaban unidos por un juramento que, decían los colonos británicos, tomaban en una ceremonia bestial en la que consumían sangre y restos humanos. Para las autoridades británicas, los Mau Mau representaban el África violenta y salvaje que debía ser civilizada por la fuerza.

“¡Pero no es verdad! Éramos un movimiento de masas organizado para liberar Kenia de la dominación colonial”, responde encendido Gitu wa Kahengeri, presidente de la Asociación de Veteranos de la Guerra Mau Mau. “Cuando se fueron de Kenia, los británicos dejaron a mucha gente discapacitada, muchos perdieron algún miembro, otros perdieron sus propiedades, otros murieron, otros fueron torturados en campos de detención o en prisiones, nuestras mujeres también fueron torturadas…”, enumera enérgicamente Kahengeri, que aparenta menos de sus 84 años.

A Gitu wa Kahengeri le ha ido mucho mejor que al resto de los veteranos. Habla un perfecto inglés, llegó a ser diputado y hoy vive de su pensión, mientras que Kimweli, Naomi, Jane y otros supervivientes malviven con lo justo, aún trabajando en el campo a pesar de su edad, o gracias al apoyo de familiares y vecinos.

Gitu viste un elegante traje gris y habla en los tranquilos jardines del refinado Fairview Hotel, cerca del centro de Nairobi, que ya se alzaba en los años treinta. Entonces, la capital keniana servía de base administrativa a los miles de británicos que se habían trasladado a la colonia, atraídos por la posibilidad de poseer grandes extensiones de tierra y mano de obra nativa, ambas muy baratas.

“Eran muy duros con nosotros [los colonos], nos daban los peores trabajos y si te quejabas te pegaban”, describe Paulo Muoka Nzili, de 85 años, otro de los demandantes. Pequeño, encogido por el paso de los años, de entrecejo arrugado y ojos apagados, cuenta: “Tuvimos que alzarnos contra ellos por todas estas injusticias”.

En Nairobi y en sus fincas en el lago Naivasha, el Valle del Rift y el centro de Kenia, los colonos, algunos de ellos descendientes de la nobleza británica, disfrutaban de un nivel de vida altísimo y solo se ocupaban de vigilar el trabajo de sus empleados y criados nativos. Muchos kenianos se vieron despojados de sus tierras, obligados a realizar duros trabajos por sueldos miserables. Incluso necesitaban un permiso oficial para desplazarse por su propio país. Mientras tanto, las fiestas que organizaban los colonos y su agitada vida social eran legendarias en el Reino Unido, donde se hizo popular la pregunta: “¿Estás casado o vives en Kenia?”.

Paulo, que hoy no oye bien y a quien le cuesta entender las preguntas, cuenta que se refugió en el bosque y luchó contra los británicos junto a otros rebeldes, con rifles de fabricación casera. Él sí tomó el juramento Mau Mau y dice que tuvo que hacerse un corte y beber su propia sangre, además de otros líquidos hechos mezclando plantas del bosque. Con esta promesa, uno se comprometía a no informar sobre otros Mau Mau, a ayudar al grupo y a combatir al hombre blanco, al que veían como opresor y ocupante ilegal de sus tierras. Otros supervivientes describen de forma más simple la ceremonia, en la que sencillamente se comprometían a luchar por la liberación de los kenianos, sin sangre de por medio y en ningún caso con restos humanos.

Paulo fue capturado en 1955. “Me obligaron a tumbarme boca arriba, mis brazos estaban atados y mis piernas encadenadas y este hombre, Luvai, ordenó a un soldado que me castrara”, recuerda hablando a trompicones y, como los demás, a través de un traductor. “Así que el soldado me castró usando unas pinzas”, concluye sin más.

Los británicos describían a los Mau Mau como bárbaros que atacaban a los blancos y se mataban entre ellos. “No había enfrentamientos entre africanos”, responde indignado Ndiku Mutwiwa Mutua, que aparenta menos de sus 85 años. Era otro de los demandantes, pero que no va a poder continuar en el proceso por un tecnicismo legal. Alto, de pelo aún muy negro, rostro afable y sonrisa fácil, el gesto y el tono de Ndiku se endurecen cuando recuerda aquella época. “Lo que queríamos era libertad y claro que usamos armas. Nos escondimos y luchamos. Técnicamente, un keniano que apoyaba a los británicos era nuestro enemigo, pero no se trataba de kenianos contra kenianos”.

En 1961, el Gobierno británico declaró finalizada la rebelión y los números de kenianos detenidos y retenidos por la fuerza y la violencia sistemática que sufrieron no llegó a formar parte de la historia oficial. Dos años más tarde, Kenia obtuvo su independencia y su primer Gobierno estuvo mayoritariamente formado por antiguos colaboracionistas, a quienes tampoco interesó desenterrar la verdad de la revuelta Mau Mau y que ni siquiera levantaron la prohibición que pesaba sobre el movimiento.

“El Gobierno no ha hecho nada por nosotros”, se indigna de nuevo Ndiku. “Dependemos de nosotros mismos o de nuestros parientes, el Gobierno no ha hecho nada por los que luchamos por la libertad”.

Los demás veteranos corroboran esta versión y desde la KHRC, más diplomáticos, señalan que el Gobierno keniano se ha comprometido en alguna ocasión a financiar parte de los gastos legales del caso, aunque por el momento no ha aportado nada de dinero.

En 2003, el nuevo Ejecutivo del presidente Mwai Kibaki eliminó la norma que ilegalizaba a los Mau Mau. Inmediatamente, los veteranos comenzaron a reunirse y a compartir sus historias. Crearon la asociación y, junto con la KHRC, empezaron a trabajar en la posible demanda contra el Reino Unido.

La KHRC dijo que había conseguido documentar 40 casos de abusos sexuales, castraciones y detenciones ilegales. Al principio había cinco litigantes, pero uno de ellos, otra mujer que había sido violada, ya ha muerto desde entonces. La historia de Naomi y Kimweli, que abre este reportaje, no era conocida entonces y no forma parte del proceso legal.

El cuarto demandante es Wambugu wa Nyingi, que hoy tiene 84 años y una cara cansada y amable. Wambugu fue arrestado también en la Navidad de 1952. No había tomado el juramento ni participado con los Mau Mau, pero sí era miembro de otra organización política prohibida por el régimen colonial. Como los demás detenidos, fue llevado a un campo. “Allí nos golpearon y golpearon, tanto que 16 personas murieron”, asegura hoy en una mezcla de swahili y kikuyu, vestido con camisa y corbata. “Lo vi con mis propios ojos, no les dispararon sino que les pegaron hasta que murieron y luego los prisioneros tuvimos que enterrarlos”.

Esta violencia sigue sorprendiendo a muchos británicos, que en el colegio estudiaron cómo los Mau Mau eran unos salvajes y asesinos sin civilizar que fueron reeducados gentilmente por el Gobierno de su majestad. Pero la insistencia de los veteranos y el trabajo de algunos académicos occidentales ha ido cambiado esta versión de la historia.

Caroline Elkins, historiadora en la Universidad de Harvard, calcula que entre 160.000 y 320.000 kenianos fueron llevados a los campos y que, en total, alrededor de 1,5 millones de personas fueron detenidas o trasladadas a la fuerza a los “poblados protegidos”. La historiadora estima que entre varias decenas de miles y, según los cálculos más pesimistas, hasta 300.000 kenianos murieron durante la revuelta. Por comparar, menos de 100 británicos y unos 1.800 africanos leales al régimen colonial murieron en este periodo.

“Fueron ellos [los británicos] los que escribieron nuestra historia de la forma que ellos querían que fuera vista o escuchada”, dice Gitu wa Kahengeri, el presidente de la asociación de veteranos. “Pero espero que, con el apoyo de nuestro Gobierno, en el futuro podamos reescribir nuestra historia, quizá incluso antes de que muramos”.

Justicia para los Mau Mau | Internacional | EL PAÍS

27/09/2012

O que a Inglaterra quer é transformar o Brasil nas Malvinas

Filed under: David Cameron,Império Colonial,Inglaterra — Gilmar Crestani @ 7:58 am

ENTREVISTA – DAVID CAMERON

Protecionismo do Brasil trará custos no longo prazo

Premiê britânico, que chega hoje a SP, afirma que quer mais negócios com os brasileiros e defende ‘menos Europa’ para solucionar crise

RODRIGO RUSSO
DE LONDRES

David Cameron, premiê do Reino Unido, chega hoje ao Brasil com uma mensagem à presidente Dilma Rousseff: "Tentar isolar e proteger a indústria da concorrência pode trazer benefícios para a indústria doméstica, mas tem custos a longo prazo e impede o desenvolvimento de uma base industrial verdadeiramente competitiva e inovadora".

O primeiro-ministro aceitou responder por escrito a cinco perguntas enviadas pela Folha antes de sua visita ao país, que começa em São Paulo.

Além das críticas ao protecionismo brasileiro, Cameron prometeu ampliar o comércio com o país e comentou a relação Reino Unido-União Europeia -na contramão de outras autoridades da área, defendeu a ideia de "menos Europa" para seu país sair da crise.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

Folha – O Brasil não é um dos grandes parceiros comerciais do Reino Unido. Qual o impacto que o sr. espera para essa visita? Conquistar parceiros numa economia cujo PIB já é maior que o britânico?
David Cameron – Uma das principais prioridades do meu governo é vincular o Reino Unido às economias de crescimento mais rápido no mundo, a fim de estimular a prosperidade em casa.
Um comércio forte ajudará nossos países a enfrentarem as tempestades econômicas e se recuperarem desse período turbulento -mas, para ser franco, o Brasil é um país onde o Reino Unido não aproveitou as oportunidades no passado. Temos duas das maiores economias do globo e tradições de comércio com parceiros por todo o mundo.
Mesmo assim, nossa relação bilateral tem tido um desempenho baixo. Por exemplo, o Reino Unido corresponde a apenas 1,5% das importações do Brasil; a Alemanha corresponde a 6,4%.
É isso que estamos determinados a mudar. E estamos progredindo. Houve 17 visitas ministeriais desde que tomamos posse, e as exportações do Reino Unido para o Brasil subiram 24% neste ano. Mas temos mais trabalho a fazer, e é por isso que estou aqui.
Quero mostrar o que o Reino Unido tem a oferecer: expertise em alguns dos setores de importação mais importantes no Brasil, como energia e ciências biológicas; os serviços que podemos oferecer em educação, ciência, inovação e capacitação; e o excelente ambiente de negócios que temos a oferecer para investidores em potencial.
Estamos retirando todas as barreiras para transformar o Reino Unido no melhor lugar para começar e desenvolver um negócio -cortando impostos sobre sociedades para a menor taxa do G7, dando incentivos fiscais generosos a investimentos em estágio inicial e vistos de negócios para que os mais brilhantes se estabeleçam no Reino Unido.
Somos o lar da maior comunidade de capital de risco da Europa. E, como membro da União Europeia, temos acesso a um dos maiores mercados comuns do mundo, com 500 milhões de consumidores à nossa porta.
Começarei minha visita por São Paulo, onde me reunirei com muitas grandes empresas brasileiras. Espero poder convencê-las de que somos um país com quem vale a pena fazer negócios.

O setor automotivo britânico é o responsável pelas maiores exportações ao Brasil. De que modo seu governo avalia o aumento do protecionismo brasileiro às montadoras e como espera solucionar o conflito?
Acredito firmemente que estimular o comércio é essencial para mover os motores da economia mundial novamente. Não devemos prolongar a retração econômica nos isolando em casa e colocando barreiras protecionistas. Em vez disso, precisamos quebrá-las para estimular empregos, crescimento e prosperidade.
É por isso que venho pedindo mais acordos regionais de comércio, como o firmado entre União Europeia e Mercosul, o qual trará benefícios tanto para o Reino Unido como para o Brasil.
Obviamente, o setor automotivo é uma história de sucesso do Reino Unido. Hoje fabricamos e exportamos mais carros que em qualquer período da história, e as exportações a mercados emergentes têm sido parte importante desse sucesso. E queremos repetir isso no Brasil.
A lição que aprendemos é que os negócios prosperam quando há um ambiente de negócios estável, consistente e transparente. Decisões de investimento de longo prazo são extremamente complexas. As empresas precisam de clareza, confiança e certeza de que suas decisões sobre investimentos são bem fundamentadas.
Tentar isolar e proteger a indústria da concorrência pode beneficiar a indústria doméstica, mas tem custos a longo prazo e impede o desenvolvimento de uma base industrial verdadeiramente competitiva e inovadora. Essa será minha mensagem à presidente Dilma hoje.

O senhor foi um dos dois únicos governantes da União Europeia que vetaram o chamado pacto fiscal europeu. De que forma avalia a relação britânica com a União Europeia?
Acredito que o Reino Unido deve estar na União Europeia e que fazer parte do maior mercado comum do mundo, com mais de meio bilhão de clientes, é vital para o nosso interesse nacional.
Mas a Europa está mudando de forma rápida e fundamental para enfrentar os desafios da crise. Os países que compartilham o euro têm de fazer mais para se integrar e para dar aos outros, como o Reino Unido, chances de realizar suas próprias agendas.
Devemos usar a oportunidade para remodelar a participação do Reino Unido na União Europeia, de forma que impulsione nosso interesse em livre-comércio, livres mercados e cooperação. Creio que isso significa menos Europa, não mais Europa; menos custos, menos burocracia, menos regulação.
Mas a prioridade imediata é que a eurozona lide com a instabilidade do mercado e restabeleça a confiança. Eles tiveram algum progresso nas últimas semanas, mas, a longo prazo, é evidente que a área do euro, como qualquer moeda comum, precisa de uma integração econômica e fiscal mais estreita para assegurar seu futuro.

Diversos analistas mostram-se intrigados com a economia do Reino Unido, que experimenta o segundo mergulho na recessão, mas segue observando aumento no número de pessoas empregadas. Como o senhor avalia esse fenômeno?
O país tem lidado com alguns problemas bem enraizados em casa e com uma crise da dívida pública bem séria no exterior, e é por isso que fazer com que nossa economia cresça está provando ser um processo lento e difícil.
Quando este governo tomou posse, em 2010, tínhamos o maior deficit orçamentário em tempos de paz; uma dívida pública que dobrou para mais de 1 trilhão de libras (R$ 3,3 tri); e uma economia altamente desequilibrada, muito dependente dos setores bancário e financeiro.
Mas, crucialmente, estamos fazendo tudo que podemos para movimentar a economia. Após dois anos, o deficit diminuiu, a inflação recuou e mais de 1 milhão de empregos adicionais no setor privado foram criados.
E o emprego no Reino Unido, até agora, tem permanecido mais forte do que muitos analistas esperavam. É uma prova do alto nível de capacidade da mão de obra britânica e da abordagem flexível adotada pelos trabalhadores e empresas do país, de trabalho conjunto para responder à crise da dívida pública.
Portanto, confio em que, como o presidente do banco central do Reino Unido disse, a queda nos números de desemprego mostra que a economia está se curando aos poucos, com muitas das condições para a recuperação sendo colocadas em prática.
Mas esse será um processo lento e difícil. É por isso que estou fazendo tudo que posso para impulsionar o comércio, como trazer para o Brasil a maior delegação britânica de negócios já vista, para que possamos trabalhar juntos para gerar prosperidade -tanto para o Brasil quanto para cidadãos britânicos.

O senhor teve de formar a primeira coalizão de governo desde a Segunda Guerra para chegar ao cargo de premiê. Agora vê a popularidade do prefeito de Londres, Boris Johnson, ser maior do que a do senhor e rumores de que ele pode ser o candidato conservador na próxima eleição. Sente-se ameaçado no cargo?
De modo algum. Boris é grande amigo meu há muito tempo e um prefeito de primeira classe. Temos muita sorte de ter tantos grandes nomes em nosso partido, mas Boris ainda tem muito trabalho a fazer como prefeito, e eu como premiê.
É verdade que herdamos uma bagunça econômica quando tomamos posse há dois anos, mas estamos progredindo na arrumação dela.
Diminuímos o deficit do Reino Unido em um quarto nos últimos dois anos, na medida em que buscamos estabilizar as finanças públicas e, ao mesmo tempo, tomamos medidas para incentivar empresas a investirem no país.
Coalizões são relativamente incomuns no Reino Unido, mas as eleições de 2010 não produziram resultado decisivo para um partido. Portanto, foi a decisão certa nos unirmos aos Liberais Democratas para formar um governo que nos ajudasse a superar essa fase difícil da economia.

26/09/2012

Como age o “primeiro mundo” para manter o “terceiro mundo”

Filed under: Ditadura,Inglaterra — Gilmar Crestani @ 8:32 am

 

Reino Unido investiu em treinamento de militares de ditaduras

Governo britânico colabora com República Democrática do Congo e Sudão, envolvidos em denúncias contra direitos humanos

WikiCommons
O Reino Unido investiu milhões de libras esterlinas em programas de treinamento das Forças Armadas e da Polícia da Republica Democrática do Congo e do Sudão, rompendo com o embargo militar e econômico da União Europeia contra esses países.

[Esqueletos de pessoas mortas durante conflito no Sudão; forças armadas sudanesas incorporaram milícias envolvidas nos genocídios e continuam a realizar abusos contra a população]

As forças públicas dos dois países são acusadas de violações dos direitos humanos, como a promoção de episódios de torturas contra civis. O presidente sudanês, Omar al Bashir, foi denunciado por genocídio, crimes de guerra e contra a humanidade pelo Tribunal Penal Internacional.

Nos últimos cinco anos, autoridades britânicas injetaram mais de 2,4 milhões de libras (o equivalente a 7,9 milhões de reais) nos dois países africanos. De acordo com dados do Ministério de Defesa do Reino Unido divulgados nesta terça-feira (25/09) ao jornal britânico The Guardian, o objetivo dos investimentos era apoiar as operações de suas instituições de segurança. O pacote milionário incluiu cursos de estratégia e logística militar, de formação de tropas de elite, voltadas para a segurança das fronteiras e para o que chamam de "estabilização" da ordem interna. Parte dos treinamentos foi desenvolvido dentro do próprio território britânico.

O ministério também confirmou que oficiais sudaneses e congoleses estiveram na academia militar de elite de Sandhurst, uma vila localizada a 30 quilômetros de Londres. Lá foi desenvolvido um curso de 44 semanas com o exército britânico. Ainda não se sabe se houve a contratação de empresas de segurança privada para a coordenação desses treinamentos.

Respeito aos direitos humanos

O dossiê do Ministério de Defesa reforça acusações até então esparsas de membros da oposição ao governo de David Cameron. Em resposta, o governo conservador alegou que todos os programas de apoio militar são baseados em princípios humanitários.

WikiCommons


Os milhões de refugiados e deslocados internos do conflito em Darfur estão espalhados em campos, entre eles o de Chad

"Critérios rigorosos são aplicados em qualquer treinamento para garantir adequação com os direitos humanos”, disse um porta-voz citado pelo The Guardian. “Para cada decisão de financiamento, uma avaliação do risco de violação de direitos humanos é realizada. O governo realiza a avaliação contínua de seus programas e o cumprimento dos direitos humanos é um critério fundamental”, acrescentou.

O governo britânico também procurou afastar as acusações de que estaria rompendo com o resoluções internacionais ao cooperar com o presidente sudanês. Segundo o porta-voz, os funcionários têm contato apenas com acusados do Tribunal Internacional Penal quando isso é considerado essencial. “Não houve contato com o presidente Bashir para esses programas", afirmou.

No último mês de julho, lord Howell, alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores, alegou que o Sudão viola os direitos humanos. “Existem muitas evidências de que os crimes mais graves contra a humanidade podem estar sendo cometidos pelos militares sudaneses”.

Organizações de direitos humanos e ativistas no Congo e no Sudão criticaram o programa de ajuda militar e acusaram o Reino Unido de cooperar com regimes criminosos e ditatoriais.

"Embora seja possível argumentar que auxiliar um exército para manter os padrões profissionais poderiam melhorar o seu histórico de direitos humanos, este não é claramente o caso do exército sudanês, que continua a cometer atrocidades contra civis em Darfur, das montanhas Nuba e do Nilo Azul, e continua a ameaçar seu novo vizinho, o Sudão do Sul", argumentou o militante John Ashworth, que morou no Sudão por trinta anos.

Leia mais

“É uma pena que o governo do Reino Unido se comporte de forma irresponsável, apoiando um governo que comete crimes de guerra. É uma questão ética não ficar ao lado das vítimas de ambos os países”, disse Ishag Mekki, um dos  quatro milhões de refugiados de Darfur, ao Guardian. “Estou aborrecido de ver ministros e funcionários do governo visitar o Reino Unido regularmente para vários negócios, mas para treiná-los é chocante. Isso significa que o povo de Darfur terá que esperar muito tempo para convencer este governo a mudar sua mente", acrescentou ele que foi vítima do conflito na região.

Olhos fechados

Não é a primeira vez que o Reino Unido viola sanções internacionais contra regimes opressores. No início do mês, investigação conduzida pela rede BBC revelou que o governo britânico não aplicou as penas estabelecidas contra políticos da ditadura de Hosni Mubarak, no Egito.

Dessa forma, as fortunas desses egípcios, condenados por desvio de dinheiro público, permanecem intactas. Em um dos casos citados, um importante funcionário da ditadura, cujo nome configura na lista de sancionados do Tesouro Britânico, abriu há poucos meses uma empresa baseada em Londres.

A colaboração com o Sudão e com a República Democrática do Congo passa longe da agenda do premiê britânico, David Cameron. No ano passado, o premiê disse que "a ONU tem que mostrar que não podemos ser apenas unidos na condenação, mas unidos na ação, agindo de uma maneira que faz juz aos princípios fundadores da ONU e atende às necessidades do povo".

Opera Mundi – Reino Unido investiu em treinamento de militares de ditaduras

Próxima Página »

Crie um website ou blog gratuito no WordPress.com.

%d blogueiros gostam disto: