Ficha Corrida

24/12/2015

Silvino Heck

Filed under: Igreja Católica,Igreja Universal,Religião,Silvino Heck — Gilmar Crestani @ 10:34 am
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Não sei se ele já contou, mas Silvino Heck protagonizou outro episódio que denigria sua imagem. Durante sua passagem pelo Seminário Seráfico São Francisco de Taquari/RS, repudiou a recepção ao ditador de plantão e natural de Taquari, Costa e Silva. Desde aí estaria marcado na paleta. Sei desta história porque também, alguns anos depois, passei por lá. Heck foi saído, eu saí por vontade própria. Minha passagem se deu no tempo da Teologia da Libertação. Me libertei. Saí. Mas a partir de história como esta do Silvino virei apóstata. Não se pode acreditar em alguém, qualquer que seja, que usa a religião e o nome de Cristo para fazer patifaria.

Não há nenhuma diferença entre D. Vicente Scherer e Eduardo CUnha.

Que Deus é este que não serve para nem para punir patifes e que o usam para se locupletarem?

Infelizmente a Igreja Católica conseguiu criar uma ideia de inferno mais convincente que a de céu. Mas tem horas, como esta em que tantos usam o nome de Jesus para lavar dinheiro, que depois serve para comprar mídia e comparsas, que lamento não acreditar também na existência do inferno.

O INESQUECÍVEL NATAL DE 1975 (Por Selvino Heck)

Published dezembro 23, 2015 Uncategorized 1 Comment
Tags: Ditadura, PT, Selvino

sELVINO

Selvino Heck também foi Deputado Estadual Constituinte no RS, em 1986

24 de dezembro de 1975, sou chamado ao 5º andar do prédio central da PUC do Rio Grande do Sul, Gabinete do Reitor. O Irmão José Otão, Reitor da PUCRS, comunicou-me o seguinte: Eu e três colegas – Hermes Miolla, Paulo Vidor e Nínive Florisbal Figueiró -, todos estudantes do curso de Teologia, não teríamos renovada nossa matrícula na Universidade para 1976. Era uma forma ‘branda’ de expulsão da Universidade, sem precisar fazer mão dos Decretos da ditatura militar então vigentes.

As razões estão expressas nos informes do SNI (Serviço Nacional de Informações), V COMAR e DOPS/RS, em transcrição literal: “CONFIDENCIAL – Ficha informativa nº 12.164. Em 13 JUN 75, INFO. O nominado (no caso eu, Selvino Heck) foi eleito para a Diretoria do DCE/PUC/RS, gestão 75/76, o qual está infiltrado de elementos esquerdistas, capazes de manipular técnicas de propaganda, objetivando ampliar a área de influência no meio estudantil.”

Ainda. “22 SET 75 – A diretoria do DCE/PUCRS, gestão 75/75, é composta por JORGE VIEIRA (economia) – Presidente, LUIZ ALBERTO RIGON (odontologia) – vice-presidente, e o nominado (teologia e Letras). Lançaram o panfleto ‘O GRAMPO’, editado e distribuído em SET 75, abordando tópicos sobre o ‘477’, a ‘liberdade’ e o apelo para que os acadêmicos da PUC/RS se engajem no Movimento Estudantil de Esquerda. Esta diretoria está infiltrada de elementos esquerdistas, capazes de manipular, adequadamente, técnicas de propaganda no meio estudantil.”

Outro informe. “21 NOV 75 PUC/RS – INFO – O nominado, Hermes Miolla, Paulo Vidor, e Nínive Florisbal Figueiró, alunos do Instituto de Teologia/PUC POA/RS, tiveram suas atividades suspensas por 30 dias de seus cursos por serem responsáveis pela publicação de um ‘jornalzinho’ naquela Faculdade, o qual procura ridicularizar todas as atitudes tomadas por qualquer autoridade, como direção e professores da referida faculdade, bispos e, principalmente, do governo.”

Ainda: “21 nov 75 – O Diretor do Instituto de Teologia e Ciências Religiosas da PUC/RS, UZ (Urbano Zilles) aplicou ao nominado, SH (Selvino Heck), a pena de suspensão das atividades acadêmicas por 30 dias, com fundamento no art 159, letra c, & 3º, letra a do Regimento Geral da PUCRS, por participar de atividades de ridicularização em publicações caluniosas de autoridades, perturbando o clima de respeito e colaboração existente naquela Universidade. (SS 19.2/771/75) fb nº2413/77).”

Eu era o representante geral dos alunos e DCE junto à Reitoria e representante dos alunos da Teologia junto à direção da Faculdade. Cursava Letras e Teologia.

Resultado imediato da não renovação da matrícula: não pude concluir o curso de Teologia. (Como estava no terceiro ano, a Província franciscana do Rio Grande do Sul ativou seu curso de Teologia com um único aluno. Assim, formei-me e obtive o diploma em Teologia). Resultados futuros: D. Vicente Scherer, Chanceler da PUCRS, vetou minha ordenação sacerdotal no final de 1976, para o que tinha me preparado a vida toda. Saí de casa aos onze anos, 1963, para o Seminário Seráfico em Taquari. Problema adicional: Como explicar, naqueles idos tempos, os acontecimentos para uma família de colonos de uma pequena comunidade do interior do interior do Rio Grande do Sul, cujo sonho era ter um filho padre?

A vida, por força das circunstâncias, começou a tomar outros rumos. Como frade, fui morar numa comunidade franciscana na Lomba do Pinheiro, bairro popular, periferia de Porto Alegre e Viamão, para atuar em Comunidades Eclesiais de Base, Pastorais Populares (Pastoral da Juventude e Pastoral Operária), Associações de Bairro, o que plasmou definitivamente os compromissos com o povo trabalhador e com uma sociedade justa e igualitária. Mais adiante, saí da vida religiosa franciscana.

Natal inesquecível este de 1975. Um jovem de 24 anos viu parte de seus sonhos desmoronarem. Mas outros sonhos, ou os mesmos, de outra forma, puseram-se no lugar. O nascimento de Jesus numa manjedoura, não recebido em hospedaria, atraiu os pastores. Em meio ao inesperado e às maiores dificuldades e crises, é preciso sempre de novo (re)nascer.

Feliz Natal a todas e todos!

Selvino Heck

Assessor Especial da Secretaria de Governo da Presidência da República

Em vinte e quatro de dezembro de dois mil e quinze

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20/09/2015

A diferença abissal entre Voytila e Bergoglio

Che Guevara: um mate por Havana!

che-guevara_Mate (2)Durante o governo Ronald Reagan, o Vaticano foi ponta de lança para a destruição da Rússia. A ligação de Carol Voytila com Lech Walesa era adubada com abundante dinheiro da CIA. Como velha propaganda, o mundo gira e a lusitana roda. Ao invés de usar o Vaticano para expandir fronteiras mercadológicas para os EUA, o Vaticano usa Cuba para  denunciar a prepotência dos EUA. Francisco sabe, como argentino que é, o significado do imperialismo, via Malvinas.

O diagnóstico preciso das relações que confrontavam EUA x Cuba foi de Fidel Castro: “Estados Unidos dialogará con Cuba cuando tenga un presidente negro y haya un papa latinoamericano”. Esta foi a resposta de Fidel ao jornalista Brian Davis, em 1973, quando este perguntou quando voltaria a normalidade diplomática entre os dois países. Fidel sabia tanto do racismo norte-americano quanto do envolvimento da igreja na guerra fria.

Papa Francisco é o terceiro argentino a fazer sucesso em Cuba. Primeiro foi Che Guevara, depois Maradona e agora Bergoglio. Um timaço!

Ortega, el cardenal de las negociaciones secretas

Este diario tuvo acceso al contenido de los diálogos que mantuvo en los últimos días el cardenal de La Habana. Qué argumentos usó el Papa con Obama. Y por qué la Iglesia quiere cuidar a Raúl Castro.

Por Martín Granovsky

Francisco hasta le sugirió a Barack Obama que el acercamiento a Cuba fortalecería las chances de una sucesión demócrata en los Estados Unidos en las elecciones de 2016. Página/12 pudo recoger de diplomáticos latinoamericanos con acceso a información reservada ése y otros datos que pintan el enorme interés del Papa por la normalización entre Washington y La Habana y por protagonizar él mismo una novedad: Francisco no es el primer papa que visita Cuba sino el tercero, después de Juan Pablo II en 1998 y Benedicto XVI en 2012, pero es el primero que lo hace en medio de la distensión.

Un personaje de la Iglesia Católica cubana colaboró con Francisco. Como el papa, nació en 1936 y aún no cumplió 79. Le lleva apenas dos meses a Jorge Bergoglio. Jaime Lucas Ortega y Alamino nació el 18 de octubre en Jagüey Grande y Bergoglio el 17 de diciembre en Flores, Buenos Aires. Cardenal y arzobispo de La Habana, Ortega es una figura central del viaje del Papa a Cuba y del acercamiento entre Raúl Castro y Barack Obama. Página/12 estableció por diplomáticos latinoamericanos que el cardenal abonó la llegada de Francisco a La Habana con un mensaje: “Obama y Raúl tienen muchos enemigos y hay que cuidarlos a los dos”.

Naturalmente ningún dignatario de la Iglesia Católica dice una frase así en público. Pero tampoco se priva de deslizarla en privado a interlocutores selectos. Algunos de esos interlocutores accedieron a relatar esa información a cambio de su reserva de identidad. Ortega acostumbra subrayar la buena química que el Papa y Obama experimentaron en la primera reunión, la de Roma en marzo de 2014. Fue desde aquel encuentro que el Papa empezó a insistir en un acuerdo entre Estados Unidos y Cuba. Y no descansó hasta lograr que Obama y Castro conversaran. Relata Ortega a sus visitantes que el segundo momento de gran química en esta historia ocurrió justamente cuando Castro y Obama empezaron a tomar contacto. Las charlas fueron secretas. Ninguno de los dos informó ni al Departamento de Estado ni a la Cancillería cubana. Hasta que todo quedó a la luz en Panamá, durante la Cumbre de las Américas de abril en la que terminó la exclusión de Cuba.

¿Piensa el cardenal Ortega que el proceso de normalización ya es irreversible? Está en camino a serlo, pero según él “Obama y Raúl tienen enemigos y hay que protegerlos a ambos porque los dos saben que antes de irse todavía tienen mucho que hacer”. Cuando habla de los retos a Raúl, Ortega describe el peso de lo que él llama “ideología”, o sea el resabio del modelo soviético y de la rigidez. Para el cardenal el efecto se nota aún en sectores del Partido Comunista Cubano, en los medios controlados por él, en la TV, la radio y la prensa escrita.

Contó un ejemplo. El periodista Amaury Pérez lo entrevistó para la tele cubana y en vez de la media hora habitual le dio una hora. Era el primer reportaje televisivo en 60 años. El director de TV se opuso. Quería revisar y cortar partes. “La entrevista se pasa sin tocar una coma”, le dijeron a Ortega que fue la frase de Castro. El diálogo se puede ver haciendo click en http://bit.ly/1JCqhe7.

El desafío para la Iglesia es ganar feligreses, sobre todo entre la juventud, y conseguir fondos propios para ayuda humanitaria. Por el bloqueo la Iglesia no puede recibir dólares porque los aportes de afuera son interferidos en algún punto de su curso por Estados Unidos. Ocurrió con fondos regalados por Los Caballeros de Colón, por la Isla de Malta y por grupos irlandeses. Llegaron a Cuba tras operaciones clandestinas e incluso algún obispo debió recorrer el mundo con 200 mil dólares ocultos en una valija. En La Habana no hubo problemas.

Ni Obama ni Castro tienen reelección. No se sabe quién sucederá a Obama. Hasta ahora Hillary Clinton sigue siendo la favorita. Pero ya se sabe que el próximo presidente cubano no se llamará Castro. En buena parte porque comparten esa condición de último mandato se comprometieron mucho con la normalización. Después del secreto inicial a Obama, lo ayudó mucho el secretario de Estado John Kerry, que tomó la iniciativa con entusiasmo. También dos norteamericanos de origen latino, el hondureño Ricardo Zuñiga, con funciones en el Consejo de Seguridad Nacional, y el chileno Arturo Valenzuela, que trabajó también en ese órgano de consulta de la Casa Blanca. Ortega y la Iglesia Católica cubana ayudaron a Castro en la liberación de presos, un gesto que facilitó la tarea de Obama en Washington. Ortega se muestra como un negociador plástico. No niega los problemas de fondo pero tampoco les da carácter de obstáculos dramáticos. El bloqueo, en cambio, sí perjudica la vida cotidiana.

Para Estados Unidos el problema de fondo es la situación de los derechos humanos en Cuba, que la Casa Blanca critica. Para Cuba el problema de fondo es la posesión norteamericana de la base de Guantánamo, que está en poder de Estados Unidos desde principios del siglo XX. Ni el asunto de los derechos humanos ni la ocupación de Guantánamo alcanzan a obturar los avances. La Iglesia piensa que no es útil que el presidente ecuatoriano Rafael Correa o la Comunidad de Estados de Latinoamérica y el Caribe, la Celac, meneen la cuestión de Guantánamo porque ni siquiera el gobierno cubano quiere hacerlo. Raúl plantea, al parecer, que recuperar Guantánamo será materia de tiempo, de mucho tiempo, y que agitar ahora con demasiada fuerza la reivindicación de soberanía puede complicar las cosas.

Norteamericanos y cubanos fueron tan celosos en su empeño por evitar roces alrededor de Guantánamo que terminaron transformando ese punto en una oportunidad de construcción de confianza. El tercer viernes de cada mes se realiza un encuentro entre mandos militares de Cuba y de Estados Unidos, una vez en la base y otra fuera de ella. A partir de Guantánamo los negociadores acabaron flexibilizando el uso del territorio aéreo cubano por parte de los aviones estadounidenses y facilidades para navegar más cerca de la costa. Las dos fuerzas armadas vienen haciendo ejercicios conjuntos contra desastres naturales.

Tal vez para no granjearse la antipatía de toda América latina, hasta el anticomunista Juan Pablo II, tan letal para Polonia y la Unión Soviética, fue contemplativo con Cuba. El papa polaco visitó Cuba en 1998 y también celebró misa en la Plaza de la Revolución.

Contó Ortega estos días que Juan Pablo II les preguntó a los obispos: “¿Cuánto saben los cubanos de democracia?”. Le sintetizaron la historia de Cuba. Le dijeron que después de una larga guerra para independizarse de España, una guerra horrible con campos de concentración montados por la autoridad española, cuando los rebeldes estaban a punto de lograr la victoria, en 1898, una intervención norteamericana mantuvo el control. Que desde entonces los gobiernos cubanos, siempre bajo dependencia de Washington, fueron dictaduras. Que fueron dictaduras combatidas por las armas. Según el relato de Ortega, el papa miró a los obispos y les dijo: “La historia enseña que ustedes deben avanzar hacia la democracia muy de a poco”.

Ni la Iglesia cubana ni el PC quieren para Cuba la suerte de la Unión Soviética, que implosionó en medio del desorden y el caos. Por eso mantienen un canal de comunicación fluida en persona y por teléfono cuando es necesario. Un día el menor de los Castro preguntó a los obispos cuál sería su agenda. Ortega elevó tres cosas: solución al problema de los presos políticos, cambios económicos y solución de la relación con Estados Unidos. Coincidían, porque la idea de Raúl era que los cubanos pudieran viajar con mayor facilidad y manifestarse. La percepción eclesiástica no es que los cubanos quieran dar vuelta todo sino que buscan cambios económicos para vivir mejor, el mismo objetivo que tiene Raúl con el llamado proyecto de actualización que debería ampliar el sector privado con énfasis en la franja cooperativa y sin dejar un millón de empleados públicos en la calle. Por eso Ortega lució ofuscado al comentar la toma de la catedral de Pinar del Río por parte de cinco de las Damas de Blanco, familiares de presos. Un grupo que estaba con las cinco se comunicó desde allí con radios y canales de televisión de Miami. Ortega fue crudo con las Damas de Blanco: “Son unas pocas señoras y dentro de ellas hay de todo”, dijo a uno de sus interlocutores a principios de septiembre.

martin.granovsky@gmail.com

Página/12 :: El mundo :: Ortega, el cardenal de las negociaciones secretas

En el viento de La Habana

La cobertura especial de Radio Rebelde, los que pasean por el Malecón, la historia de enfrentamientos entre Iglesia y gobierno revolucionario, que se está cicatrizando, y la muchedumbre de periodistas que cubre el evento.

Por Darío Pignotti

Desde La Habana

Francisco bajó del avión a las 16.04, en pleno viento de la época de tormentas cubana. Las sotanas y guayaberas flameaban, su solideo se voló. Unas cien mil personas saludaron el papamóvil, mientras Radio Rebelde, la estación fundada por otro argentino, el Che, hacía una cobertura especial sobre la visita de “Su Santidad”. Los mensajes incluían criticar las medidas de EE.UU. sobre el embargo como “limitadas” y darle bastante espacio a la presencia de Cristina Fernández de Kirchner. Raúl Castro dio un discurso de bienvenida al Papa que incluyó un tema de la presidenta argentina, “la desestabilizadora” contra los gobiernos progresistas de Latinoamérica.

La Habana es una Babel de periodistas internacionales, peregrinos venidos de Latinoamérica y Estados Unidos, turistas transparentes de tan blancos que pasean con sandalias y medias por el Malecón, a la altura del Monumento al Maine, el navío norteamericano hundido en 1898 cuando estaba fondeado frente a costa. Uno de los viajeros “gringos” fotografía las dos columnas que recuerdan el incidente que sirvió de pretexto para la invasión a la isla. Otros se desentienden del monumento, que está a pocas cuadras de la embajada norteamericana reabierta en julio pasado.

“Es bueno que el papa argentino nos venga a visitar –dice una de las espléndidas morenas que pasean por el Malecón–. No soy católica pero me doy bien con los católicos.” Esto es típico y si bien la acogida a Bergoglio es afectuosa, expansiva, bien a la cubana, no se percibe el fervor de México u otros países más arraigadamente católicos.

En la catedral, una joya de la arquitectura barroca, donde hoy estará el Pontífice, decenas de jóvenes oraron y cantaron hasta casi la medianoche del viernes, ellos sí con un entusiasmo místico. Los cubanos católicos representan una minoría de una población que es “muy religiosa” pero en su mayoría cultiva la santería, traída por los esclavos africanos “como sucede en Bahía”, comparó ayer el teólogo Frei Betto. “Francisco merece recibir el Premio Nobel de la Paz por todo lo que ya ha hecho” para aproximar a los gobiernos cubano y norteamericano. “El hecho de que el Papa haya venido a Cuba antes que ir a Estados Unidos es un reconocimiento a la soberanía de este país. Alguien se preguntó por qué eligió ir a Holguín, es porque es la ciudad más cercana a la base de Guantánamo.”

Betto recordó que en los años sesenta, la revolución enfrentó una verdadera sedición católica, con las iglesias funcionando como centros políticos. Hasta hubo “un cura loco” que llevó 14.000 chicos a Estados Unidos diciendo que “el comunismo los iba a apartar de sus padres”. Sólo en los ’80 y en parte gracias a Betto, mejoraron las relaciones con la institución.

13/10/2013

O que o Papa põe em dúvida?

Filed under: Igreja Católica,Los Kikos,Opus Dei,Papa Francisco,Roubo de bebês — Gilmar Crestani @ 11:46 am
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O Papa não pôs em dúvida o apoio da Igreja ao franquismo. Só ficou em dúvida se pediria ou não perdão por isso. Aliás, a Igreja esteve ao lado do franquismo assim como de todas as ditaduras latino-americanas. Não é mero acaso que a linha ultraconservadora da Igreja Católica, e uma das mais ricas financeiramente falando, tem seu berço na Espanha. A Opus Dei só perde em conservadorismo à Los Kikos. No Brasil, a Opus Dei comando o Estado de São Paulo, e tem em José Serra, por seu obscurantismo religioso e político, o candidato ideal. A verdade é que, se não existir Inferno, muitos próceres da Igreja Católica deixarão de penar pelos crimes que cometeram em vida.

El Papa elude pedir perdón a las víctimas por el apoyo de la Iglesia al franquismo

Más de 25.000 asistentes participan en la ceremonia de entronización de los asesinados

El Pontífice pide a los fieles ser de “cristianos con obras y no de palabras”

El papa Francisco ha llamado a ser “cristianos con obras y no de palabras” y ha elogiado la vida de los mártires por ser “discípulos” que han aprendido “bien el sentido de amar hasta el extremo que llevó a Jesús a la cruz”. El Papa ha realizado estas declaraciones en un mensaje de tres minutos grabado con antelación y con el que ha dado comienzo a la ceremonia de beatificación de 522 mártires “de la persecución religiosa del siglo XX en España”, como lo denomina la Iglesia católica. En ella, ha eludido pedir perdón a las víctimas del franquismo por el apoyo de la Iglesia a la dictadura, como le había solicitado en una carta la Comisión de la Verdad, que reúne a unas 100 asociaciones de memoria histórica. Sectores de la sociedad civil como la Coordinadora por lo Laico y la Dignidad, y entidades cristianas de base habían pedido también a las autoridades eclesiásticas que el Papa aprovechara la celebración para pedir “perdón” por el apoyo de la Iglesia al golpe de Estado de 1936 contra a la República y por la complicidad con la dictadura franquista. Pero el Papa no ha realizado en su discurso ni una sola alusión a estas peticiones.

“Me uno de corazón a todos los participantes en la celebración, que tiene lugar en Tarragona, en la que un gran número de pastores, personas consagradas y fieles laicos son proclamamos beatos mártires”, ha afirmado el Papa entre aplausos de los más de 25.000 asistentes al acto, procedentes de toda España. “Imploremos la intercesión de los mártires para ser cristianos concretos, cristianos con obras y no de palabras; para no ser cristianos barnizados de cristianismo pero sin sustancia, ellos no eran barnizados, eran cristianos hasta el final”, ha añadido el Pontífice en alusión a los nuevos beatos.

El Papa no ha realizado en su discurso ni una sola alusión al golpe de estado de 1936 ni a la complicidad franquista, como pidieron diversas entidades cristianas

El acto ha sido organizado por la Conferencia Episcopal Española (CEE) y el Arzobispado de Tarragona. En esta ocasión, los elevados a los altares están agrupados en 33 causas. La más numerosa es la de Tarragona, con 147 mártires, entre ellos el obispo auxiliar Manuel Borrás, y 66 sacerdotes diocesanos. Este ha sido el motivo para elegir la ciudad de la celebración, explicó el arzobispo de la demarcación, Jaume Pujol Balsells. El acto, multitudinario, suscita recelo incluso en el seno de la Iglesia católica, entre los cristianos de base. El motivo es que la gran mayoría de los nuevos beatos, 520, fallecieron tras el estallido de la Guerra Civil y solo dos religiosos Paúles de León y Teruel murieron antes, el 13 de octubre de 1934. Aún con estos datos, la Conferencia Espiscopal huye del término “mártires de la Guerra Civil” porque, argumenta, “no fueron combatientes, ni estaban con las armas en la mano. Murieron por no renegar de su fe”, según el secretario y portavoz del episcopado, Juan Antonio Martínez Camino. Fuentes de la CEE justifican que la elección de la fecha y la ubicación ha sido “casual”, frente a las críticas que alertaban de una posible “exaltación españolista”.

Más de 25.000 personas han ido inundado desde las 7 de la mañana la antigua Universidad Laboral, fundada por el franquismo, y que estaba rodeada de grandes medidas de seguridad. La ciudad se ha paralizado: solo las matrículas de vehículos inscritos de antemano y debidamente acreditados podían acceder a la zona, lo que ha provocado grandes congestiones de tráfico. Los vehículos particulares, tenían vetada la entrada, y el Ayuntamiento ha fletado dos líneas de autobuses para desplazar a los invitados. Prueba de las restricciones es que los autobuses destinados a periodistas han partido con una hora de retraso al haberse estraviado el censo de la matrícula en los controles.

No se permite la entrada de banderas ni pancartas, aunque algunos asistentes han burlado la seguridad llevando camisetas con la bandera española estampada

Decenas de asistentes a la misa han aprovechado los momentos previos para confesarse en improvisadas sillas, al aire libre y a casi a centímetros de los demás congregados. Entre los asistentes figuran familiares y religiosos de las órdenes de los beatos, como las 300 Siervas de María de España y América Latina desplazadas a Tarragona. De esta congregación se beatifican cuatro religiosas y matizan que “solo es un acto religioso”. Unos sentados en la hierba, otros acomodados en sus sillas y algunos que aprovechan para confesarse en un cara con el sacerdote en medio de la avenida. De Menorca han llegado más de 100 personas, una treintena corresponde a la familia de Juan Huguet, uno de los mártires. Llevan una fotografía con un sospechoso lema: “Viva Cristo Rey”, que son las tres últimas palabras que dijo él un segundo antes de que le mataran al negarse a escupir a un crucifijo, han explicado sus familiares. Han venido dos de sus hermanos, hijos, sobrinos. “¿Resentimiento? Al contrario, en casa siempre hemos vivido el perdón”, explica Juan Huguet, uno de sus sobrinos, de 59 años. “Lo mató el brigada Marqués que había tomado la isla. Lo mararon en la cárcel, pero se convirtió y escribió una carta espectacular de arrepentimiento”, ha continuado narrando.

Algunos de los asistentes han contestado a las críticas que califican el acto de “político”. “No tiene nada que ver una cosa es un enfrentamiento civil y otra una persecución sistemática de liquidación. Igual que no tiene nada que ver la Guerra Mundial con el Holocausto”, ha concluido Huguet. Entre los invitados figura el presidente de la Generalitat, Artur Mas, el del Congreso de los Diputados, Jesús Posada, el ministro de Justicia, Alberto Ruiz-Gallardón, el ministro de Interior, Jorge Fernández Díaz, y el inspector general del Ejército, Ricardo Álvarez-Espejo.

En la ceremonia no se permite la entrada de banderas ni pancartas, aunque algunos asistentes han burlado la seguridad llevando camisetas con la bandera española estampada. Los cuerpos policiales han desplegado un gran dispositivo de seguridad ante la posible presencia de grupos ultraderechistas.

El Papa elude pedir perdón a las víctimas por el apoyo de la Iglesia al franquismo | Cataluña | EL PAÍS

26/08/2013

Igreja católica apoiou, sim, por ação e/ou omissão

Filed under: Ditadura,Igreja Católica — Gilmar Crestani @ 8:39 am
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Fui seminarista de 1978 a 1983. A maioria dos Franciscanos eram adeptos da Teologia da Libertação, mas remanesciam no grupo algumas viúvas da ditadura. Em Taquari, Costa e Silva foi recebido em festa, e os que protestaram não foram ordenados por D. Vicente Scherer. Silvino Heck, que ainda está por aí, pode comprovar. Vicente Scherer é aquele que foi esfaqueado por guris, na Azenha. Deus talvez não soubesse o que o bispo queria com os guris, mas sabia perfeitamente que seu Vicente fazia meia com os agentes da ditadura. A alta cúpula católica brasileira não fez diferente de Carol Voityla, pois todos foram capachos dos EUA. Eles queriam exclusividade e tinham medo que os comunistas viessem comer “suas” criancinhas…

¿Apoyó la Iglesia de Brasil el golpe militar de 1964?

Juan Arias Río de Janeiro 26 AGO 2013 – 03:45 CET2

Se ha escrito muchas veces sobre la postura de intransigencia y de enfrentamiento de la Iglesia de Brasil frente a los militares que dieron el golpe en 1964. Una postura muy diferente, por ejemplo, que las Iglesias de Argentina o de Chile en idénticas circunstancias. La verdad, sin embargo, es que la jerarquía católica de Brasil apoyó y bendijo el golpe militar, tal como cuenta en el libro Los obispos católicos y la dictadura militar brasileña: la visión del espionaje (1971-1980).

La obra, basada en la tesis de doctorado del historiador Paulo César Gomes Becerra, acaba de ser publicada por la editorial Multifico y puede estar llamada a levantar polémica.

Eran los tiempos de la guerra fría y los obispos de Brasil compartían con los militares la misma preocupación de que el país pudiera caer en manos de los comunistas, aunque por motivos diferentes: los militares miraban el lado político y la Iglesia el religioso, temiendo la imposición del ateísmo comunista importado de la Unión Soviética.

El libro presenta un documento de mayo de 1964, un manifiesto firmado por 26 obispos de la Conferencia Episcopal de Brasil en el que se agradecía a los militares el haber “salvado al país del peligro inminente del comunismo”.

Más aún, el mismo día del golpe, el monseñor Paulo Evaristo Arns, que acabaría siendo más tarde perseguido y amenazado por los mismos militares del golpe, y que se convertiría en uno de los héroes de la Iglesia contra las atrocidades de la dictadura, salió de Petrópolis, cerca de Río, donde vivía, para bendecir la llegada de las tropas golpistas del general Mourâo Filho.

El libro revela también cómo los militares espiaban a los obispos en todos sus movimientos. No se fiaban de ellos, a pesar de haber bendecido el golpe.

Las cosas solo cambiaron en 1968 cuando, ya entrada la dictadura, los militares comenzaron a torturar, matar y cercenar todas las libertades. Fue entonces cuando la misma Iglesia que
había apoyado y bendecido el golpe se volvió en contra del régimen.

En mayo de 1970, un documento el que la Iglesia denunciaba las torturas realizadas por el Ejército criticaba al mismo tiempo las acciones de violencia atribuidas a la izquierda. En esas filas se encontraba la joven guerrillera Dilma Rousseff, hoy presidenta de la República. La ruptura definitiva tuvo lugar en septiembre de ese año, cuando los militares llegaron a detener por cuatro horas al monseñor Aloisio Lorscheider, entonces secretario general de la Conferencia Episcopal y que, junto con Arns, acabaría siendo una figura importante contra los desmanes de la dictadura.

La obra de Bezerra recuerda que después de que la Iglesia había roto oficialmente con la dictadura, hubo aún algún obispo que personalmente siguió dando apoyo a los militares. Cuenta, por ejemplo, el caso del monseñor Luciano Cabral, arzobispo de Aracayú que llegó a denunciar al entonces Nuncio Apostólico, Carmine Rocco, la participación del monseñor Helder Camara en un acto de Sergipe. En él, el obispo “habría defendido la unión de estudiantes y campesinos para derribar a la dictadura”.

Los obispos acabaron siendo espiados tanto por los militares como por Roma, a través de la Nunciatura.

¿Apoyó la Iglesia de Brasil el golpe militar de 1964? | Internacional | EL PAÍS

24/03/2013

A igreja argentina deu as costas, a bunda e hóstias à ditadura

De tanto dar, a igreja argentina também ganhou. Um papado. Simples assim!

E tudo fica pior se, no fim, não existir inferno. Significaria que estas pessoas que usam o nome de Cristo para cometer barbaridades contra a humanidade ficariam eternamente impunes. Quem vai julgar a Opus Dei e sua relação especial com Franco, na Espanha, e com ditadores e golpistas em qualquer outro lugar no mundo onde existam? O anjo Lúcifer?

La Iglesia argentina dio la espalda a la mayoría de los crímenes de la dictadura

Bergoglio pidió perdón en 2000 por no "haber hecho lo suficiente" entre 1976 y 1983

Francisco Peregil Buenos Aires 23 MAR 2013 – 19:50 CET138

El dictador Jorge Videla toma la comunión. / REUTERS

Las aguas del río de la Plata bajaban manchadas con la sangre de los secuestrados que arrojaban desde los aviones militares y la mayoría de los jerarcas de la Iglesia católica argentina parecían dormidos. La siesta se prolongó desde 1976 hasta 1983, los años de la dictadura. Luis Zamora, que ahora ejerce como político opositor al Gobierno de Cristina Fernández, era entonces un abogado de 28 años. “Yo iba los jueves a la plaza de Mayo para manifestarme junto a las madres de los desaparecidos. No me olvidaré jamás de aquel día de 1979 en que nos reprimió la policía de la dictadura. Que te persiguiera esa policía significaba que podías desaparecer para siempre. Salimos corriendo hacia la catedral, que está en la misma plaza. Y cuando nos estábamos acercando cerraron la puerta. Eran las madres de los desaparecidos y les cerraron las puertas. Tuvimos que refugiarnos en el subte [el metro]. Aquello me pareció un símbolo muy directo de la complicidad entre la Iglesia y la dictadura”.

“A las pocas semanas del golpe militar más de 60 obispos de todo el país se reunieron para evaluar la situación”, explica Luis Zamora. “Todos convinieron en que en sus obispados había secuestros, desapariciones, despidos por actividades gremiales… Hubo una discusión sobre si se pronunciaban o no. Por unos 40 votos contra 20 optaron por no pronunciarse públicamente y afrontar el problema con gestiones reservadas. Eso significó avalar públicamente la dictadura y tener una carta en el futuro que les permitiera decir: ‘Hicimos cuestionamientos privados o gestiones orales’. Pero a la población le transmitían que ellos apoyaban la dictadura. En todos los actos públicos, en las fiestas patrias… siempre había un obispo o un cardenal al lado de los dictadores. La Iglesia católica bendijo el golpe”.

El entonces cardenal Jorge Mario Bergoglio llegó a pedir perdón en nombre de la Iglesia en el año 2000 por no “haber hecho lo suficiente”. Lo que se comenzó a cuestionar muy pronto es si, además de no hacer lo suficiente, la Iglesia hizo demasiado. O sea, si fue cómplice necesaria en la comisión de ciertos crímenes. El director del diario Página 12, Horacio Verbitsky, sostiene que Bergoglio colaboró en la detención de los jesuitas Francisco Jalics y Orlando Yorio, secuestrados durante seis meses en 1976. Yorio murió en 2000, pero su hermana Graciela, de 67 años, señaló que Bergoglio mantuvo el doble juego: “Preocuparse [por el destino de los dos jesuitas] y por detrás hacer todas las maniobras necesarias para que los secuestraran”. Tras conocerse el nombramiento de Francisco, Jalics declaró en un comunicado desde el monasterio de Alemania en que se encuentra que ya se había reconciliado con Bergoglio y que para él estaba cerrado el caso. Sin embargo, su mensaje parecía más incriminatorio que exculpatorio. Así que el pasado miércoles, Jalics sentenció tajante en otro comunicado: “Es un error afirmar que nuestra captura ocurrió por iniciativa del padre Bergoglio”.

A pesar de esa declaración, el asunto siguió coleando en Argentina. El pasado jueves el periodista Verbitsky relató que el jesuita Jalics le había revelado en 1999, bajo la condición del anonimato, que “durante meses Bergoglio contó a todo el mundo que Jalics y Yorio estaban en la guerrilla”. Ese dato bastaba en aquella época a los militares para secuestrar, torturar o matar a cualquiera. Y más si la información provenía del superior provincial de los jesuitas, cargo que entonces ejercía el papa Francisco. Jorge Mario Bergoglio negó siempre de forma rotunda haber asociado a Jalics y Yorio con la guerrilla.

“Qué dirá la historia de estos pastores que entregaron sus ovejas al enemigo sin defenderlas ni rescatarlas”, se preguntaba estos días Verbitsky citando el libro Iglesia y dictadura, del fallecido Emilio Mignone. El Vaticano alega que esas afirmaciones son “calumniosas y difamatorias” y que nunca hubo una sola prueba en firme contra Bergoglio.

La presidenta de las Abuelas de la Plaza de Mayo, Estela de Carlotto, declaró al conocerse el nombramiento del papa Francisco: “Uno condena a la jerarquía eclesiástica porque fueron partícipes, cómplices, ocultadores, directa o indirectamente. Es una historia muy triste que entinta a toda la jerarquía de la Iglesia católica argentina, que no ha dado ni un paso para colaborar con la verdad, la memoria y la justicia. Bergoglio pertenece a esa Iglesia que oscureció al país”.

El 14 de marzo —al día siguiente de la elección papal— el gran referente de los derechos humanos en Argentina, el premio Nobel de la Paz Adolfo Pérez Esquivel, escribió un mensaje bastante crítico hacia Bergoglio en el que, sin embargo, le eximía de la acusación más grave: “Es indiscutible que hubo complicidades de buena parte de la jerarquía eclesial en el genocidio perpetrado contra el pueblo argentino y, aunque muchos con exceso de prudencia hicieron gestiones silenciosas para liberar a los perseguidos, fueron pocos los pastores que con coraje y decisión asumieron nuestra lucha por los derechos humanos contra la dictadura militar. No considero que Jorge Bergoglio haya sido cómplice de la dictadura, pero creo que le faltó coraje para acompañar nuestra lucha por los derechos humanos en los momentos más difíciles”.

“La actitud de la jerarquía episcopal en la dictadura fue muy difusa y confusa", explica Eduardo de la Serna, coordinador del Grupo de Curas en Opción por los Pobres de Argentina. “Hubo un grupo muy pequeño de obispos claramente opuestos y críticos de la dictadura (Alberto Pascual Devoto, Enrique Angelelli, Eduardo Pironio, Vicente F. Zazpe, Jaime de Nevare, Jorge Novak y Miguel Hesayne); un grupo no muy grande de obispos francamente cómplices (Victorio Bonamin, Adolfo Tortolo…). Creo que la mayoría confundió una serie de elementos: pánico al comunismo que creían que se aproximaba; muchos con una ignorancia en teología soberana entendieron que ‘la autoridad viene de Dios’ y entonces oponerse a la autoridad era oponerse a Dios; otros tenían una pobre idea del mal menor… Lo cierto es que entre unos y otros conformaron un episcopado cómplice o silencioso, callado y temeroso. No hicieron denuncias claras, no levantaron la voz, no se atrevieron a excomulgar —por ejemplo— a los torturadores. Bergoglio no fue Victorio Bonamín, pero tampoco fue Jorge Novak”.

Luis Zamora cuenta que acudió en 1979 junto a otros abogados a las oficinas en Buenos Aires del nuncio apostólico Pio Laghi. “Llevábamos muchos informes de gente que había desaparecido en esos tres años de dictadura. Y el nuncio no nos atendió. Su secretario nos dijo: ‘Está muy bien la información que traen, pero ya la tenemos’. Nos fuimos diciendo ‘¡Qué ingenuos somos!’. ¿Cómo podíamos pensar que la Iglesia no sabía todo esto desde el comienzo?”.

Hace tres años, Bergoglio se vio obligado a declarar como testigo en un juicio sobre los crímenes de la dictadura. El abogado que lo interrogó en representación de varias familias de víctimas era Luis Zamora. “Tras escuchar su testimonio, no me cabe duda de que Bergoglio entregó a esos jesuitas”, concluye Zamora.

Hoy día, sin embargo, soplan nuevos aires en el Vaticano. Desde que se conoció el nombramiento de Francisco han salido a la luz varios casos de personas perseguidas por la dictadura a quienes de forma discreta Bergoglio ayudó a salvar la vida. Además, se da por hecho que la primera persona a quien Francisco pretende beatificar es Carlos de Dios Murias, un fraile franciscano torturado y asesinado durante la dictadura. Las encuestas revelan que el Papa es profeta en su tierra. Y no será el Gobierno de Cristina Fernández el que se atreva a ir abiertamente en contra de las encuestas.

La Iglesia argentina dio la espalda a la mayoría de los crímenes de la dictadura | Internacional | EL PAÍS

14/03/2013

Meu Deus!

Filed under: Igreja Católica,Papa Francisco — Gilmar Crestani @ 8:05 am
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É Bergoglio, mas podem chamá-lo, para lembrar dos Bórgias de Florença, de Borgia da tortura. Se Cesare e Alexandre Borgia promoviam sessões de sexo, agora o Vaticano pode virar entreposto de bebês ou câmara de tortura. Se foi culpado pelas ações, foi pelas omissões. Como de resto, também a igreja brasileira. E não poderia ter sido acinte maior do que usar o nome de Francisco. Só pode ser na tentativa de achincalhar São Francisco de Assis. Quem fez a opção preferencial pelos ricos e ditadores jamais poderia usar o nome de quem fez a “opção preferencial pelos pobres”. Fosse esta a intenção do Conclave, teria escolhido Claudio Humes, que é franciscano.

A Igreja Católica desce mais um degrau. Dante Alighieri esqueceu de descrever, na Divina Comédia, um dos círculos do Inferno. Aquele em que estariam os Papas. Pelo menos os últimos, todos ligados a Opus Dei. Diante do quadro dantesco, seria uma pena se não existisse inferno. Ou, parodiando Voltaire ("Se Deus não existisse teria de ser inventado."), se o inferno não existisse, agora já mereceria ser criado. Só para abrigar quem faz atrocidades em nome de Deus! De Papa em Papa, Cristo vai perdendo seu rebanho e a religião vira abrigo de malfeitor. De mecenas da ditadura. E não admira que outras religiões monoteístas, que também usam o nome de Cristo, cresçam. Depois da Carol Wojtyla e sua aliança com Ronald Reagan  e a máfia do Ambrosiano, Joseph Ratzinger e a pedofilia, vem aí os cúmplices de torturas e roubo de bebês. Como estampa a manchete do Página12, argentino, Dios Mio! Os Engenheiros do Hawai terão de mudar a letra da música, pois agora o  Papa é podre!

¡DIOS MIO!

El cardenal primado de la Argentina, Jorge Bergoglio, es el nuevo papa, el primero que no es europeo y que viene de América latina. El alto prelado ha sido denunciado por complicidad con la dictadura militar, mantuvo una relación conflictiva con los gobiernos kirchneristas y fue un tenaz opositor del matrimonio igualitario y las políticas de educación sexual y salud reproductiva

Errar es divino

Había quedado detrás de Ratzinger en la votación de 2005, pero esta vez no figuraba entre los candidatos. Ejercerá el cargo con el nombre de Francisco. En la Argentina se lo cuestiona por su actuación durante la dictadura.

Por Fernando Cibeira

Luego de cuatro votaciones, no demasiadas teniendo en cuenta sus últimas reuniones, el cónclave de cardenales del Vaticano eligió ayer como nuevo papa al arzobispo de Buenos Aires, Jorge Bergoglio, quien resolvió que ejercerá con el nombre de Francisco. “Ustedes saben que el deber del cónclave es dar un obispo a Roma, y parece que mis hermanos cardenales han ido a buscarlo al fin del mundo”, bromeó el argentino desde el balcón de San Pedro a los miles de fieles que habían aguardado bajo el frío y la lluvia ver el ansiado humo blanco que surgió a las 19.08. Su designación es histórica por varios motivos: es el primer papa americano en los 266 que se han elegido, el primer jesuita, el primero en llamarse Francisco y viene a reemplazar a Benedicto XVI, el primer pontífice en renunciar en 600 años. En la Argentina su figura es controversial por el papel que desempeñó durante la dictadura. También por hecho más recientes, como su militante oposición al proyecto de matrimonio igualitario. La presidenta Cristina Kirchner, con quien siempre mantuvo una relación tirante, le envió una carta felicitándolo y en un acto abogó porque lleve adelante “una labor significante para la región”. En la Casa Rosada adelantaron que viajará el martes a Roma para la ceremonia.

Si bien en 2005 había quedado segundo detrás de Joseph Ratzinger, Bergoglio esta vez no figuraba entre los principales candidatos a la sucesión. En eso jugaban en contra su edad, 76 años, y sus recientes achaques de salud. Luego del rápido declive físico de Benedicto, se suponía que los cardenales elegirían a alguien más joven. Bergoglio incluso le había enviado a Benedicto XVI la carta presentando su renuncia al arzobispado dado que había superado el límite de edad, pero el anterior papa le extendió el mandato. La primera decisión de Bergoglio fue pedirle a los fieles en San Pedro una oración por su antecesor. Poco después lo llamó por teléfono.

Los especialistas creyeron ver señales de una nueva etapa en una Iglesia Católica jaqueada por múltiples controversias. Una, más evidente, la de optar por un nombre nunca usado, el de Francisco de Asís, el santo que eligió vivir en la pobreza. La segunda, más sutil, la aparición pública con sotana blanca y crucifijo negro de obispo, evitando el púrpura y el oro papal, en un símbolo de austeridad. Una de las características de Bergoglio en su carrera han sido sus dotes de político, enrolado en las corrientes conservadoras moderadas de la Iglesia.

Historia oscura

Porteño del barrio Flores, hincha de San Lorenzo –el equipo “santo” que ayer difundió orgulloso el carnet de socio del Papa–, Bergoglio nació el 17 de diciembre de 1936 en un hogar de inmigrantes italianos: su padre era empleado ferroviario y su madre ama de casa. Estudió para técnico químico, pero a los 21 años decidió entrar al seminario jesuita. Se ordenó sacerdote a los 33 años e inició una rápida y siempre ascendente carrera: apenas cuatro años después ya presidía la Compañía de Jesús en Argentina.

Durante aquella época sucedió el episodio por el que debió declarar como testigo ante la Justicia en 2010 y que aún hoy le vale las acusaciones de los organismos de derechos humanos. Hay testimonios que aseguran que Bergoglio les quitó protección a los sacerdotes jesuitas Orlando Yorio y Francisco Jalics, quienes hacían trabajo social en la villa de Flores y fueron secuestrados en mayo de 1976, al inicio de la dictadura. Fueron liberados cinco meses después, luego de sufrir la tortura de los interrogatorios de la ESMA. Esos testimonios sostienen que Bergoglio les había advertido que debían abandonar el trabajo social. Como los sacerdotes se negaron, les dijo que tenían que renunciar a la Compañía de Jesús, lo que fue interpretado como una luz verde por la represión.

En su declaración testimonial, Bergoglio negó haber quitado esa protección y aseguró que los sacerdotes decidieron ellos alejarse de la Compañía porque querían formar su propia congregación. Que luego incluso vio dos veces a Jorge Videla y dos veces a Emilio Massera para pedir por los sacerdotes. Yorio nunca se recuperó. Murió en Uruguay en el 2000 convencido de que Bergoglio no había hecho nada por salvarlos.

Los organismos de derechos humanos mostraron ayer su contrariedad por la llegada de Bergoglio al trono de San Pedro (ver página 11).

Contra los Kirchner

En su imparable ascenso, Bergoglio fue nombrado obispo de Buenos Aires en 1992, arzobispo en 1998 y en 2001 llegó a cardenal por decisión de Juan Pablo II. Desde la presidencia de la Conferencia Episcopal Argentina mantuvo su enfrentamiento con el gobierno de Néstor Kirchner primero y de Cristina Kirchner después. Las diferencias fueron tanto de políticas como de estilo. Bergoglio siempre se presentó como un cultor del diálogo, en contra de la “crispación social” que adjudicaba al kirchnerismo. Pero lo cierto es que siempre encontró reparos para mantener ese diálogo con el Gobierno, mientras que le resultó mucho más sencillo encontrarse con frecuencia con algunos dirigentes de la oposición con los que entabló una muy buena relación.

En su estilo siempre un poco críptico, ya en su homilía de 2004 Bergoglio criticó “el exhibicionismo y los anuncios estridentes”, que fue interpretado como una crítica al Gobierno. Kirchner lo identificó entonces como un opositor y evitó a partir de ahí el Tedéum en la Catedral Metropolitana. En 2008, durante el conflicto por el campo, le reclamó a la Presidenta “un gesto de grandeza”. Pero la ruptura se volvió sin retorno a partir de proyectos como los de matrimonio igualitario o el aborto no punible, a los que Bergoglio se opuso con denuedo. “Es la pretensión destructiva del plan de Dios”, sentenció en una carta acerca del matrimonio entre personas del mismo sexo. Las organizaciones de la diversidad sexual ayer criticaron su designación (ver página 14).

En paralelo con estas posturas, Bergoglio siempre mostró preocupación social y en sus escritos y homilías suele incluir párrafos relacionados con la pobreza. En su entorno destacan sus costumbres austeras: que se mueve en transporte público, que evita las salidas nocturnas y todo tipo de ostentación. También resaltan su preparación y solidez intelectual.

Algunos cientos de personas se congregaron por la tarde en la Catedral de Buenos Aires para celebrar la designación de Bergoglio agitando banderas argentinas y del Vaticano. La Conferencia Episcopal Argentina, que Bergoglio presidió hasta 2011, expresó “su alegría al hermano Jorge”. Dirigentes opositores como Gabriela Michetti y Elisa Carrió –que siempre se jactaron de su relación con el religioso– dijeron sentirse emocionadas por la noticia.

Repercusiones

El papa argentino generó repercusiones en todo el planeta. Los líderes mundiales saludaron su llegada. “Espero trabajar con Su Santidad para promover la paz, seguridad y dignidad para todos los seres humanos”, escribió en Twitter el presidente de Estados Unidos, Barack Obama. Los mandatarios latinoamericanos celebraron la consagración de un pontífice de la región, en la que viven casi la mitad de los 1200 millones de católicos de todo el mundo. “En nombre del pueblo brasileño felicito al nuevo papa Francisco y saludo a la Iglesia Católica y al pueblo argentino”, sostuvo la brasileña Dilma Rousseff.

En general, los medios del mundo destacaron el perfil “modesto” y “conservador” de Bergoglio. Obviamente, también se resaltó la inédita condición de jesuita, latinoamericano y argentino. Las palmas se las llevó el diario inglés Daily Mirror: “La nueva mano de Dios”, tituló en su portada.

Página/12 :: El país :: Errar es divino

19/01/2013

¿Qué diría Jesús?

Filed under: Igreja Católica,Opus Dei,Pedofilia,Religião — Gilmar Crestani @ 9:46 am

Com a palavra, a Opus Dei. Como diria aquele Ministro da Opus Dei que escreve na Folha: Dei, e daí?!

¿Qué diría Jesús?

Por Osvaldo Bayer

Desde Bonn, Alemania

Una muy mala noticia para aquellos católicos que se habían alegrado cuando los obispos alemanes resolvieron convocar a expertos universitarios para hacer una profunda investigación sobre los abusos sexuales de sacerdotes y docentes católicos, cometidos contra menores de edad, alumnos de escuelas, colegios e internados de esa religión cristiana. Esta medida, por primera vez en la historia del catolicismo, había sido resuelta por las máximas cabezas de la Iglesia alemana ante las repetidas denuncias de esos abusos contra niños y adolescentes.

Todos aplaudieron esa medida tan profunda de autocrítica y creyeron que iba a ser el primer paso de la Iglesia Católica oficial para abandonar la obligación de la “castidad” de por vida que deben jurar todos aquellos que eligen el sacerdocio como dedicación de sus vidas. Exigir la castidad es nada menos que poner del lado del mal y del pecado al amor, tal vez lo más preciado en la vida del ser humano. Y, también, una especie de demonización del cuerpo de la mujer.

Todo eso ha llevado a que se produjeran delitos, los cuales nunca se juzgaron oficialmente, pero han subsistido durante siglos entre los sacerdotes, monjes y los llamados hermanos católicos. Aunque siempre, en todos los países católicos del mundo, fue un tema oculto pero del cual se hablaba con vergüenza. Por eso, esa actitud de los obispos alemanes de hace dos meses cayó como un acto de coraje civil al ser la primera de las iglesias del mundo en llevar el tema a la opinión pública.

En estos días, sin embargo, acaba de producirse un vergonzoso retroceso de la investigación que fue encargada al Instituto de Investigaciones Criminológicas de Alemania, entidad que preside el especialista holandés Christian Pfeiffer, consagrado investigador en toda Europa. Cuando la investigación estaba llegando a su término, el obispo alemán de Tréveris, Stephan Ackermann, en nombre de todos los obispos alemanes, acaba de retirar la investigación al instituto oficial que preside Pfeiffer, aduciendo que la “confianza en el instituto ha llegado a su fin” por la “conducta comunicativa del profesor Pfeiffer”. Este ha reaccionado de inmediato diciendo que los obispos comenzaron a censurar su investigación negando las actas internas de la Iglesia por los delitos sexuales cometidos por sus representantes con menores de edad, y que se le comenzó a practicar una censura inadecuada para una investigación absolutamente jurídica, con todos los derechos de defensa de los religiosos acusados.

Así quedó lo que parecía un paso adelante de la Iglesia Católica, a siglos de su creación. Ultimamente comenzaron a salir a la luz todos los delitos cometidos por los religiosos en el caso de los niños. Los hechos tomaron estado público cuando llegaron las denuncias de los padres de los alumnos del Colegio de Jesuitas “Canisius” en Berlín. Luego, lo cometido por religiosos con miembros del coro de niños Domspatzen von Regensburg (“Los gorriones de la Catedral de Regensburgo”) y en el Aloisiuskolleg de Bad Godesberg. Esto último produjo la renuncia del arzobispo de Augsburgo a pedido del Papa. Varios sacerdotes fueron pasados a retiro y hasta en Tréveris se los despojó del título de sacerdote que abusaba. La Iglesia trató siempre de cubrir todos esos delitos ofreciendo dinero a los padres de las víctimas. Hasta que la opinión pública exigió una línea oficial antidelictiva contra los abusadores. De allí que la Iglesia aceptó esta investigación académica que ahora acaba de rechazar.

Ante esta medida oficial de la Iglesia reaccionó la ministra de Justicia del gobierno alemán, Sabine Leuheusser-Schnarrenberger, quien declaró: “Es una lástima que la Iglesia Católica haya rechazado esta investigación científica”. Esto podría haber ayudado a los católicos de todo el mundo porque era el inicio contra un silencio culpable. Lo que necesitábamos era saber la verdad a través de esa información científica. Esto destruye la confianza en la Iglesia Católica”.

Claro, son palabras bien justas, pero la misión del Ministerio de Justicia es comenzar él mismo una investigación sobre cada caso de violación que es un delito. ¿Por qué no participan ante crímenes cometidos por las iglesias? Todavía hay un temor que viene de siglos, y se sigue teniendo miedo al poder de tales instituciones construidas sobre bases denominadas espirituales, con el único respaldo de la denominada fe.

De cualquier manera, esta actitud negativa de la Iglesia va a tener sus consecuencias. El tema ha llegado a la mayoría de la sociedad. Ya no será posible ocultar. La Iglesia Católica deberá aprender de todo esto y debatir por fin en su interior si es lo mismo seguir exigiendo la castidad a sus representantes o permitirles el matrimonio, como ya lo exigió Lutero en el siglo XV. Y también deberían dejar de lado tener a su cargo establecimientos de enseñanza para niños y adolescentes, que han sido siempre el foco de esos delitos. Pero es la grey católica la que tiene que terminar de tratar esos temas como intocables y comenzar el gran debate interno en congresos, principalmente en las reuniones de la juventud.

La reacción de la opinión pública alemana ha sido tan grande que el obispo Ackermann tuvo que salir a explicar –mediante una conferencia de prensa– que se va a continuar con la investigación. En ese sentido abrió una línea telefónica adonde pueden llamar todos aquellos que han sufrido abuso sexual con religiosos de esa creencia. Además presentó informes donde se detallan 1800 casos de abuso sexual de niños por parte de docentes. También informó que se ha llegado a comprobar que muchos de los culpables usaron para sus actos la “autoridad de sus cargos”, al haber empleado sistemáticamente la confesión o las plegarias para vencer los “mecanismos de autodefensa” de los niños, para “ganar poder sobre los sentimientos de esos menores y jóvenes para entrar en su intimidad”. Palabras textuales. En muchos casos hacían aparecer los delitos como “expresión de amor por Cristo o del mismo Dios. En el 90 por ciento de los casos, las víctimas son niños y adolescentes varones”. Prometió por último el obispo “continuar con toda intensidad y consecuencia la investigación profunda de los hechos”.

Ojalá que este propósito se imite en todas las iglesias católicas de los diferentes países del mundo y se llegue por fin a debatir en su seno el tema de la “castidad” obligatoria.

Otro hecho de total irresponsabilidad y falta de moral acaba de ocurrir en Alemania. Dos hospitales de Colonia rechazaron la atención de una joven mujer que acababa de ser violada y se presentó para ser atendida y pedir también que se le diera la “píldora del día después”. Los directivos católicos de los dos hospitales se negaron a atenderla, diciendo que ellos estaban en contra de toda tentativa de aborto. El hecho se hizo público y la reacción fue tan grande que las autoridades del hospital llamaron a una conferencia de prensa para pedir disculpas y prometer que algo así nunca más volvería a ocurrir. Increíble. Un llamado más de atención ante la deshumanización de las religiones. ¿Qué hubiera pensado Jesús ante un hecho así?

Página/12 :: Contratapa :: ¿Qué diría Jesús?

05/01/2013

Santo remédio

Filed under: Bancos,Igreja Católica,Vaticano — Gilmar Crestani @ 12:09 pm

Diz-se que, e eu estive lá e pude comprovar, que no Vaticano se vende relíquias da pedra que Cristo não teve para encostar a cabeça quando sepultado…

Italia suspende los pagos con tarjeta en el Vaticano

La Santa Sede incumple las normas sobre lavado de dinero

Lucia Magi Bolonia4 ENE 2013 – 20:31 CET55

Un hombre saca dinero de un cajero junto al Vaticano. / Alessandra Tarantino (AP)

El Banco Central de Italia ha bloqueado los pagos electrónicos, incluidas las tarjetas de crédito, en el Vaticano por considerar que este Estado no ejerce suficiente control sobre las transacciones financieras. De esta forma, a partir de ahora, en las tiendas y museos de la Ciudad del Vaticano se deberá pagar en efectivo o con cheques. Solo serán válidas las tarjetas expedidas por el banco del vaticano, el Instituto para las Obras Religiosas (IOR).

El Deutsche Bank Italia, que suministraba el servicio de pagos electrónicos al Vaticano, ha confirmado que el Banco Central italiano le ha retirado la autorización para prestar este servicio. La decisión se basa en que la Santa Sede no ha cumplido con las salvaguardas de la Unión Europea sobre lavado de dinero. “La Santa Sede no tiene una legislación bancaria y financiera ni un sistema de vigilancia sólidos. No nos basta con las actuales leyes contra el lavado de dinero”, ha dicho una fuente del Banco de Italia, que reconstruye el proceso de decisión: “Deutsche Bank Italia no es una filial del alemán, es una entidad italiana en toda regla, así que somos nosotros los que controlamos su actividad. Como cualquier otro banco autóctono, puede operar en un Estado extracomunitario sin abrir allí oficinas, con tal de tener el visto bueno del Banco Central. En 2010, nos dimos cuenta de que, sin autorización previa, gestionaban varias terminales de POS [point of sale, el aparato donde se pasa la tarjeta o se introduce el código, conectado con el banco que coordina el sistema]. En 2011, nos presentaron una instancia para regularizar su situación. El 6 de diciembre de 2012, acabadas las inspecciones, rechazamos la petición. Desde nuestro punto de vista, la Ciudad del Vaticano no tiene una legislación adecuada. Ningún banco italiano puede dispensar allí el servicio de pago con tarjetas hasta que no mejoren sus leyes”.

La Santa Sede dice que no se trata de un cuestionamiento a la transparencia del Estado sino de una cuestión técnica de autorizaciones y de diferencias jurídicas

En la Santa Sede, minimizan el asunto: “Estamos buscando a otro proveedor. El servicio será reactivado en breve”, dice el portavoz, Federico Lombardi. No se trata, añaden en el Vaticano, de un cuestionamiento a la transparencia del Estado, sino una cuestión técnica de autorizaciones y de diferencias jurídicas. En junio, el comité de vigilancia sobre lavado de dinero del Consejo de Europa (Moneyval) consideró que la Santa Sede había recorrido “un largo camino en un tiempo muy breve”, pero que tenía que “fortalecer su régimen de vigilancia”.

En las 44 hectáreas de su territorio, la Iglesia tiene una farmacia, un supermercado y varias tiendas de filatelia, antigüedades, libros religiosos y recuerdos. Tampoco se pueden pagar con tarjeta los 16 euros de la entrada a los Museos Vaticanos, que en 2011 recibieron cinco millones de visitantes y recaudaron 91,3 millones de euros.

Italia suspende los pagos con tarjeta en el Vaticano | Internacional | EL PAÍS

30/12/2012

La bestia veste nero

Filed under: Igreja Católica,Sexualidade — Gilmar Crestani @ 11:49 am

E se algum coroinha achar que ele, Piero Corsi, fica muito atraente de vestido preto, e, atraído, o estupra? Como diria Jânio Quadros, gosta-lo-ia? Aí ele poderá dizer, Ops, Dei e daí?!

Il parroco di Lerici: “Femminicidio? Colpa delle donne che provocano”

Don Piero Corsi, san­gui­gno par­ro­co della ri­den­te lo­ca­li­tà di San Te­ren­zo, fra­zio­ne di Lerici (SP), fa di nuovo par­la­re di sé. Sta­vol­ta per at­tac­chi contro le donne, col­pe­vo­li a suo dire di pro­vo­ca­re il fem­mi­ni­ci­dio. Il prete già era noto per una col­lut­ta­zio­ne con due clo­chard in­tro­dot­to­si in sa­cre­stia, nonché per aver espo­sto vi­gnet­te an­ti-islam.

Per le feste di Natale don Corsi ha avuto la bella idea di af­fig­ge­re sulla ba­che­ca della chiesa un ar­ti­co­lo preso pari pari dal sito cat­to­li­co in­te­gra­li­sta Pon­ti­fex. In cui si so­stie­ne che il “fem­mi­ni­ci­dio”, una piaga che vede vio­len­ze e mal­trat­ta­men­ti verso le donne e di cui danno spesso conto tri­ste­men­te le cro­na­che, è colpa pro­prio delle donne.

Sa­reb­be­ro loro, so­stie­ne l’e­di­to­ria­li­sta del sito ul­tra-cat­to­li­co Bruno Volpe, che “sempre più spesso pro­vo­ca­no, cadono nel­l’ar­ro­gan­za, si cre­do­no au­to­suf­fi­cien­ti e fi­ni­sco­no con esa­spe­ra­re le ten­sio­ni esi­sten­ti”. Quindi “se una fa­mi­glia fi­ni­sce a ra­men­go e si arriva al de­lit­to” — seb­be­ne questo sia “forma di vio­len­za da con­dan­na­re e punire con fer­mez­za”, si pre­mu­ra di pre­ci­sa­re a let­te­re ma­iu­sco­le l’ar­ti­co­li­sta — “spesso le re­spon­sa­bi­li­tà sono con­di­vi­se”.

Il pezzo con­tie­ne anche una tirata contro “ra­gaz­ze e anche si­gno­re mature” che girano per strada “in ve­sti­ti pro­vo­can­ti e suc­cin­ti”. E che così pro­vo­ca­no “gli istin­ti peg­gio­ri”: “se poi si arriva anche alla vio­len­za o al­l’a­bu­so ses­sua­le (lo ri­ba­dia­mo: roba da ma­scal­zo­ni), fac­cia­no un sano esame di co­scien­za: ‘forse questo ce lo siamo cer­ca­te anche noi’?”. Ed ecco le so­lu­zio­ni, degne di un paese teo­cra­ti­co: “proi­bi­re o li­mi­ta­re ai negozi di lin­ge­rie fem­mi­ni­le di espor­re la loro mer­can­zia”, “proi­bi­re l’im­mon­da por­no­gra­fia” e gli “spot te­le­vi­si­vi ero­ti­ci”. Ma questa so­cie­tà ormai cor­rot­ta “pro­prio non ne vuol sapere: così le donne di­ven­ta­no li­ber­ti­ne e gli uomini, già esau­ri­ti, tal­vol­ta esa­ge­ra­no”, con­clu­de scon­so­la­to Pon­ti­fex.

Una con­ce­zio­ne col­pe­vo­liz­zan­te e ar­cai­ca delle donne, le quali ven­go­no rese di fatto re­spon­sa­bi­li morali delle vio­len­ze

Parole che espri­mo­no una con­ce­zio­ne col­pe­vo­liz­zan­te e ar­cai­ca delle donne, le quali ven­go­no rese di fatto re­spon­sa­bi­li morali delle vio­len­ze, delle an­ghe­rie, degli stupri e degli omi­ci­di che su­bi­sco­no. E che non po­te­va­no che far scop­pia­re po­le­mi­che non solo su in­ter­net, ma anche da parte delle as­so­cia­zio­ni che tu­te­la­no i di­rit­ti delle donne. Come il pre­si­den­te di Te­le­fo­no Rosa, Maria Ga­briel­la Car­nie­ri Mo­sca­tel­li, che ha in­vo­ca­to l’in­ter­ven­to di Be­ne­det­to XVI e del ve­sco­vo di La Spezia contro il par­ro­co che ha dato ul­te­rio­re vi­si­bi­li­tà al sito in­te­gra­li­sta. No­no­stan­te le cri­ti­che, il sito Pon­ti­fex man­tie­ne la sua coe­ren­za in­te­gra­li­sta e an­ti­con­ci­lia­re, con­ti­nuan­do gli at­tac­chi a fem­mi­ni­ste, gay, laici e di­fen­den­do a spada tratta il prete, con­si­de­ra­to vit­ti­ma di un at­tac­co me­dia­ti­co. In­ter­vi­sta­to sulla que­stio­ne dal Gr1, il par­ro­co è ar­ri­va­to a do­man­da­re al gior­na­li­sta “non so se anche lei è un frocio o meno”.

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I par­ro­ci non sono nuovi ad uscite del genere, indice del raf­for­zar­si nel cat­to­li­ce­si­mo più ol­tran­zi­sta di un noc­cio­lo di con­ce­zio­ni re­tri­ve e in­tol­le­ran­ti. Don Gian­fran­co Rolfi, per esem­pio, ha pen­sa­to bene di espri­me­re cri­stia­na­men­te lo spi­ri­to delle feste al­le­sten­do nella sua chiesa di San Felice a Fi­ren­ze un pre­se­pe dei “cat­ti­vi” e contro “il fa­na­ti­smo laico”. In­se­ren­do delle foto di Hitler, Mao, Stalin in­sie­me a Cor­ra­do Augias, Mar­ghe­ri­ta Hack, Pier­gior­gio Odi­fred­di e per­si­no del teo­lo­go cat­to­li­co Vito Man­cu­so cor­re­da­te dalle scrit­ta “Schiac­cia­te ‘infame”. Ma non suc­ce­de solo in Italia. Già di­ver­si mesi fa un frate fran­ce­sca­no noto negli Usa, Be­ne­dict Groe­schel, aveva così giu­sti­fi­ca­to i tanti casi di abusi ses­sua­li su minori da parte di preti: non erano i sa­cer­do­ti i pe­do­fi­li, ma erano i ra­gaz­zi­ni a pro­vo­car­li e se­dur­li.

Suc­ces­si­va­men­te, dopo ave ri­ce­vu­to una va­lan­ga di cri­ti­che e su­sci­ta­to l’in­di­gna­zio­ne anche di molti fedeli, il par­ro­co di Lerici ha fatto die­tro­font. Si è scu­sa­to per la “im­pru­den­te pro­vo­ca­zio­ne” e oggi è stato con­vo­ca­to dal ve­sco­vo. Dopo l’in­con­tro, ha an­nun­cia­to di voler la­scia­re l’a­bi­to talare per un pe­rio­do di ri­fles­sio­ne. Poi ha smen­ti­to e ha pure in­vei­to contro un’al­tra gior­na­li­sta, au­gu­ran­do­le un in­ci­den­te. Una clas­si­ca te­le­no­ve­la ita­lia­na.

È co­mun­que in­cre­di­bi­le e pre­oc­cu­pan­te che un sito come Pon­ti­fex sia con­si­de­ra­to un ri­fe­ri­men­to at­ten­di­bi­le da un certo mon­tan­te cat­to­li­ce­si­mo in­te­gra­li­sta. Del resto ci scri­vo­no sa­cer­do­ti, quali il fa­mi­ge­ra­to don Mar­cel­lo Stan­zio­ne, già noto per in­vet­ti­ve contro i soci Uaar, che in­vi­ta­va cri­stia­na­men­te al sui­ci­dio come il re­gi­sta Mario Mo­ni­cel­li, nonché contro gli omo­ses­sua­li (e anche agli “omo­ses­sua­li­sti”). Ven­go­no poi in­ter­vi­sta­ti nu­me­ro­si vip, so­pra­tut­to te­le­vi­si­vi, nonché di­ver­si ve­sco­vi eme­ri­ti.

Un mondo, quello del­l’in­te­gra­li­smo cat­to­li­co via web, espres­sio­ne di una pe­san­te dif­fi­col­tà che vive la Chiesa cat­to­li­ca

Un mondo, quello del­l’in­te­gra­li­smo cat­to­li­co via web, espres­sio­ne di una pe­san­te dif­fi­col­tà che vive la Chiesa cat­to­li­ca: una realtà che si fa più ag­gres­si­va e in­tol­le­ran­te, in­ca­pa­ce di aprir­si al mondo e di com­pren­der­lo, che di­ven­ta più estre­mi­sta nella difesa del pro­prio for­ti­no. Ci chie­dia­mo se sia questa la nuova evan­ge­liz­za­zio­ne via in­ter­net pre­co­niz­za­ta da Ra­tzin­ger e quanto suc­ces­so possa avere. In fin dei conti i preti sono sempre meno e una quota sempre più con­si­sten­te pro­vie­ne ormai da mo­vi­men­ti ec­cle­sia­li ca­rat­te­riz­za­ti da set­ta­ri­smo e in­tran­si­gen­za: è pre­ve­di­bi­le quindi che la qua­li­tà dei sa­cer­do­ti cadrà sempre più in basso.

Pro­prio per questo, però, la classe di­ri­gen­te ita­lia­na do­vreb­be capire quanto sia sba­glia­to il “pre­giu­di­zio po­si­ti­vo” che nutre nei con­fron­ti delle par­roc­chie (e delle dio­ce­si). Che svol­go­no at­ti­vi­tà am­pia­men­te sus­si­dia­te dallo Stato e dalle am­mi­ni­stra­zio­ni pub­bli­che, e che sono gui­da­te da mi­ni­stri di culto che godono di larghe im­mu­ni­tà e be­ne­fi­ci. Da sa­cer­do­ti che si pro­pon­go­no come “esempi” di so­lu­zio­ne di un’e­mer­gen­za edu­ca­ti­va di cui sono, fino a prova con­tra­ria, an­ch’es­si causa.

Il parroco di Lerici: “Femminicidio? Colpa delle donne che provocano” – AgoraVox Italia

21/12/2012

Advogado do diabo

Filed under: Igreja Católica — Gilmar Crestani @ 8:21 am

O advogado da PUC vai acabar no Inferno. Ou pelo menos faz esforço. Defender a PUC porque nasceu na Idade Média é um tremendo tiro no pé. Se é verdade que o ensino religioso nasceu na Idade Média, é bem verdade também que foi um momento de trevas em que o Estado e a Igreja se fundiam e se confundiam. Dentre outras coisas introduzidas pela Igreja medieval não podemos esquecer a Inquisição. Dinheiro público não é só que entra tilintando, mas o que se deixa de recolher, festejando.  Isenção também diz respeito a dinheiro público, mas àquele que, por razões legais, estão dispensado do recolhimento. Com um advogado como este D. Odilo Scherer não vai conseguir comprar terreno no céu. Nem vender!

FRANCISCO BORBA RIBEIRO NETO

TENDÊNCIAS / DEBATES

Democracia na universidade católica

Safatle questiona universidades confessionais, mas deveria se informar melhor sobre o uso de verbas públicas. E a PUC já acolheu muitos marxistas ateus

A "crise" na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), aparentemente gerada pela indicação, por dom Odilo Scherer, do terceiro nome numa lista de candidatos a reitor elaborada pela comunidade universitária, é reflexo de um fenômeno cultural mais amplo.

Ele se manifesta também nas universidades públicas, como a USP -onde as invasões da reitoria pelos alunos têm sido frequentes.

A democracia não é construída pela força de alguns, ainda que estes se considerem maioria. Nazismo e fascismo tiveram apoio das maiorias, nem por isso foram democráticos.

A democracia depende de poder compartilhado, reconhecimento da dignidade de todos e respeito a normas universais. Nela, poder implica em autonomia, mas também em diálogo e busca do bem comum.

A gestão das grandes universidades brasileiras se rege por um sistema de poder compartilhado, iniciado pela PUC-SP, no qual a comunidade indica uma lista dentro da qual o órgão mantenedor (governo ou fundações) escolhe o reitor.

No caso atual, a comunidade se manifestou por meio da consulta que gerou a lista tríplice, na qual o cardeal escolheu o terceiro nome.

Neste sentido, a escolha -mesmo que não sendo pelo candidato mais votado- não feriu a tradição democrática da PUC. Identidade católica, pluralismo e democracia podem e devem andar juntos, basta haver diálogo e respeito mútuo -e esta é a mensagem central do artigo de dom Odilo publicado na Folha ("Identidade e pluralismo: a missão da PUC-SP", em 7/12).

Por isso, causa espanto o artigo de Vladimir Safatle ("Fé e saber", em 11/12), quando se vale deste episódio para questionar as universidades confessionais no Brasil.

Ele sugere que essas universidades não permitem a liberdade de pensamento e vivem com verbas públicas. Deveria se informar melhor: dinheiro público só entra nestas instituições com projetos de pesquisa ou extensão iguais aos realizados nas universidades públicas ou em programas de bolsas para alunos como o ProUni.

Safatle lembra que a universidade desde o início foi pensada como "um espaço crítico de livre pensar", mas parece esquecer que este espaço nasceu na Idade Média, dentro da Igreja. As primeiras universidades eram todas católicas. Reflexão crítica e identidade cristã estão na essência da universidade católica e não se contrapõem.

Ele teme que nas universidades católicas os professores não possam expressar ideias contrárias às da Igreja. Mas, na história recente, foi na universidade estatal que os professores marxistas ateus foram expulsos, durante a ditadura militar. E foi na PUC-SP que eles foram acolhidos -justamente porque a identidade católica levou a instituição a se posicionar contra o poder e lutar pelo bem comum.

O perigo, então, parece residir no "alinhamento conservador" de Bento 16. Justamente dele, que sempre debateu com intelectuais agnósticos, que chegou a pontos consensuais sobre o que é democracia com Habermas, que reafirmou que a fé não pode deixar de dialogar com a razão, que declarou que os agnósticos com um coração sincero podem estar mais perto de Deus que os fieis por convenção ou oportunismo.

Safatle parece falar de um personagem que ele imagina, mais do que da pessoa concreta, que ele desconhece. Instituições com identidade clara, sejam confessionais ou laicas, não são ameaça à democracia. São condição para uma democracia forte, desde que busquem o bem comum e o diálogo. Essa busca não tem faltado e não vai faltar na PUC-SP.

FRANCISCO BORBA RIBEIRO NETO, 54, sociólogo e biólogo, é coordenador de Projetos do Núcleo Fé e Cultura da PUC-SP

11/12/2012

Católico e/ou obtuso?

Filed under: Igreja Católica,Vladimir Safatle — Gilmar Crestani @ 8:11 am

VLADIMIR SAFATLE

Universidade católica?

A crise na PUC-SP devido à nomeação da terceira colocada em uma lista tríplice evidenciou uma questão mais grave, que não diz respeito apenas ao mecanismo viciado de escolha de reitor. Artigo publicado na Folha por dom Odilo Pedro Scherer demonstra profunda distorção no sentido do que é uma universidade.

Uma universidade não é apenas um espaço de formação profissional e de qualificação técnica. Desde o seu início, ela foi uma ideia vinculada à constituição de um espaço crítico de livre pensar. Ela era a expressão social do desejo de que o conhecimento se desenvolvesse em um ambiente livre de dogmas, sem a tutela de autoridades externas, sejam elas vindas do Estado, da igreja ou do mercado. A universidade dialoga com essas três autoridades, mas não se submete a nenhuma delas, mesmo quando é dirigida pelo poder público, por grupos confessionais ou empresários.

Por isso, há de se falar com clareza: no interior da República, não há espaço para universidades católicas, protestantes, judaicas ou islâmicas, mas universidades dirigidas por católicos, dirigidas por protestantes etc., o que é algo totalmente diferente.

Uma universidade não existe para divulgar, de maneira exclusiva, valores de qualquer religião que seja. Ela admite que tais valores estejam presentes em seu espaço, mas admite também que nesse mesmo espaço encontremos outros valores, pois só esse livre pensar é formador do conhecimento.

Se certos setores da igreja não querem isso, principalmente depois do realinhamento conservador de Bento 16, então é melhor que eles se dediquem à gestão de seminários.

A universidade, mesmo particular, é uma autorização do poder público que exige, para tanto, a garantia de que valores fundamentais para a formação livre serão respeitados.

Se a igreja percebe a PUC como um instrumento de defesa de seus valores, então não há razão alguma para ela fazer isso com dinheiro do Estado, já que seus cursos de pós-graduação recebem dinheiro público via agências de fomento.

Ao que parece, alguns acreditam que, em uma universidade dirigida por católicos, professores não devem se manifestar publicamente a favor do aborto e do casamento homossexual. E o que fará tal universidade com professoras que abortam e professores que se declaram abertamente homossexuais? Serão convidados a se retirar?

E o professor que ensina Nietzsche e a "morte de Deus", Voltaire e seu pensamento anticlerical? Terão o mesmo destino do professor de história que pesquisou as barbáries da Inquisição ou das relações entre o Vaticano e o fascismo ou da professora de psicologia que defende teorias "queers", já acusadas pelo papa de minar os valores da família cristã?

VLADIMIR SAFATLE escreve às terças-feiras nesta coluna.

28/11/2012

O diabo faz a trampa mas esquece a tampa

Filed under: Igreja Católica,Religião — Gilmar Crestani @ 7:37 am

Perfeito o vitupério do advogado do diabo. E cumpre à risca sua missão, se não fosse um detalhe. Não mente, mas omite. Pode não ser um pecado, mas não é religioso com o tema. A candidata escolhida ficou em terceiro na lista e foi pedir ao bispo. Não há detalhes se ajoelhou e rezou. O certo é que havia assinado conjuntamente com os demais candidatos que só assumiriam caso fossem o primeiro da lista. A escolhida do bispo foi a terceira. Nesta hora valeu o escrito bíblico, às favas com os escrúpulos, os últimos serão os primeiros. E o catolicismo em São Paulo está virando isso: José Serra se une a Opus Dei para acusar Dilma de ser favorável ao aborto, escondendo que a mulher dele havia cometido aborto. Depois aquele Bispo de Guarulhos atrela a gráfica da igreja à blasfêmia.  Agora mais esta, o Bispo escolhe para representar o espírito católico e da instituição PUC alguém que assume por escrito que só aceitaria ser escolhida reitora se fosse a mais votada, mas ficou em terceiro. O único argumento que sobra ao Dom Odilo é também bem paulista, do Jânio Quadros, e bem que poderia dar título à lengalenga do canônico Edson: fi-lo porque qui-lo!!

EDSON LUIZ SAMPEL

TENDÊNCIAS/DEBATES

O ASSUNTO DE HOJE: DISCÓRDIA NA PUC-SP

Pontifícia Universidade Católica: pontifícia e católica

Querem banir o catolicismo da PUC, trocá-lo por cristianismo light ou nem isso. Lista tríplice é um mecanismo justo. Dom Odilo exerce seu nítido direito

É líquido e cristalino o direito do grão-chanceler da PUC-SP, arcebispo de São Paulo, de nomear reitor um entre os três professores eleitos pela comunidade universitária.

O procedimento da lista tríplice, igualmente adotado em várias instâncias do Estado -como na escolha de juízes de tribunais superiores ou do chefe do Ministério Público-, revela-se altamente democrático.

Ele produz um equilíbrio saudável entre o sufrágio dos eleitores e a participação crítica do moderador que, entre três pessoas, dará posse àquela que mais se aproxima do perfil ideal para ocupar o cargo.

No caso da PUC-SP, os corpos docente e discente, bem como os funcionários, em votação universal, endossam os três candidatos com potencial para assumir a reitoria.

O grão-chanceler, autoridade máxima da universidade, nomeia um deles. Fá-lo com cabal discricionariedade, tendo em vista o bem maior da instituição.

A PUC-SP é uma escola confessional, católica e pontifícia, conforme indica seu próprio nome, estando sob a égide tanto do direito estatal quanto do direito canônico.

Com efeito, reza a constituição apostólica Ex Corde Ecclesiae, a lei canônica que disciplina as universidades católicas, que uma das características essenciais desse jaez de instituição de ensino consiste na "fidelidade à mensagem cristã tal como é apresentada pela Igreja" (13, 3).

Dom Odilo tem dado o melhor de si para recrudescer a confessionalidade da PUC-SP, resgatando-lhe a "alma católica". Infelizmente, essa postura do grão-chanceler, assaz benemérita e imprescindível do ponto de vista pastoral e jurídico-canônico, arrosta opositores vorazes.

Debaixo do inconsistente vexilo da independência acadêmica, alguns desejam mesmo que o catolicismo seja banido do campus e cambiado por um relativismo cristão ou cristianismo light ou, então, por outras ideologias.

É possível imaginar não protestantes assumindo a direção da Universidade Presbiteriana Mackenzie? É claro que não, haja vista a natureza confessional dessa escola. Quer-se preservar a integridade da doutrina de Calvino. Eles têm todo o direito de proceder desse modo. Vivemos num país livre.

E as escolas hebraicas de São Paulo? Acolheriam elas em seus quadros executivos católicos ou protestantes? É óbvio que não fazem isso. São judeus, quando não rabinos, que dirigem essas entidades.

Tal raciocínio é válido inclusive para empresas privadas. Quanto tempo duraria na fábrica da Volkswagen um diretor que fosse grande defensor e entusiasta dos automóveis montados pela Ford? Cuido que não teria sobrevida de uma semana.

No entanto, querem que a PUC-SP seja complacente com professores que defendem, por exemplo, o aborto na mídia -e que só tem acesso aos jornais em virtude de exibirem o título de professor ou professora da PUC-SP.

Quanto mais congruente com os valores autenticamente católicos, tanto mais a PUC-SP acenderá ao cume da excelência científica, pois a Igreja é perita em humanidades (Populorum Progressio, 13).

EDSON LUIZ SAMPEL, 47, doutor em direito canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense, do Vaticano. É professor do Instituto Teológico Pio XI (Unisal) e da Escola Dominicana de Teologia (EDT)

19/10/2012

Não comungo desta idéia

Filed under: Aborto,Igreja Católica,Uruguai — Gilmar Crestani @ 8:46 am

E o Papa Bórgia (Alexandre VI) reencarna no Uruguai. Até que faz sentido, o famoso papa que a TNT traz no seriado Os Bórgias, era espanhol. Não me consta que a Igreja Católica uruguaia tenha excomungado os bispos e padres que participaram ativamente na ditadura, nem mesmo tenha se manifestado contra os congregados pedófilos. Pensando bem, excomungados são eles, os excomungadores. Eu também, ex-seminarista por longos seis anos, já não comungo mais. Deus escolhe muito mal seus representantes na Terra. São dispensáveis intermediários deste nível.

Igreja Católica excomungará defensores do aborto no Uruguai

Decisão foi anunciada um dia depois do Congresso do país aprovar a descriminalização da prática

A Igreja Católica anunciou nesta quinta-feira (18/10) que vai excomungar todos os uruguaios que fizeram campanha em favor da descriminalização do aborto, medida aprovada nesta semana pelo Congresso do país.
De acordo com o Monsenhor Heriberto Bodeant, secretário da Conferência Episcopal, a decisão foi tomada porque a Igreja Católica classifica a decisão como um retrocesso do Uruguai no que se refere a direitos humanos.

Leia mais

Bodeant refutou inclusive a proposta de um referendo para que a população se posicione sobre a questão, segundo o jornal El País.
A hipótese de um plebiscito para discutir o aborto no Uruguai foi levantada nesta quinta-feira, com a realização de um abaixo-assinado. Parlamentares da coalização governista Frente Ampla, como a senadora Lucía Topolansky, se mostraram favoráveis à ideia, que já havia sido sugerida por opositores à descriminalização.
A votação de ontem foi a segunda vez em que o Congresso uruguaio aprovou a medida. No governo anterior ao do presidente José Mujica, de Tabaré Vázquez, a descriminalização foi vetada pelo então mandatário. Mujica, que pertence ao mesmo partido de Vázquez, no entanto, já afirmou que não pretende repetir o antecessor.
O projeto aprovado pelo Parlamento uruguaio diz respeito às mulheres com até três meses de gestação e que, para abortar, serão obrigadas a passar por um comitê de ginecologistas.

Opera Mundi – Igreja Católica excomungará defensores do aborto no Uruguai

11/10/2012

Contra a Teologia da Libertação, a opção preferencial por torturadores

Filed under: Argentina,Ditadura,Igreja Católica — Gilmar Crestani @ 9:37 am

Imagen: Rafael Yohai

Telón para el conflicto

De Tortolo al Centinela

Por Horacio Verbitsky

El capellán de la Gendarmería Nacional Gerardo Fernández Rizzo, separado a raíz de su participación en los actos de indisciplina por la liquidación de los sueldos de setiembre, fue secretario del ex Arzobispo de Paraná y Vicario General Castrense Adolfo Servando Tortolo y ante pedidos de auxilio de familiares de personas detenidos-desaparecidos justificó la represión contra “los subversivos”. Fernández Rizzo sugirió que el sacerdote provisoriamente a cargo del Obispado Castrense, Pedro Candia, lo expulsó por presión del gobierno nacional, y “cedió para preservar la continuidad de la diócesis castrense”. En declaraciones a medios del Grupo Clarín lamentó que lo echaran “no por pedófilo, no por ladrón, sino por cumplir con mi tarea sacerdotal. Lo único que hago es proclamar el Evangelio”, que “no es una proclama revolucionaria para derrocar a las autoridades competentes”. Añadió que “debemos perder el miedo de decir toda la verdad”. En respuesta a esta exhortación, vale la pena recordar su desempeño como el más próximo colaborador de Tortolo. En el juicio de Bahía Blanca varios ex alumnos de la Escuela Técnica secuestrados cuando eran adolescentes denunciaron el “encubrimiento eclesiástico”. Uno dijo que el sacerdote Aldo Vara visitaba en el Cuerpo V de Ejército a los seis estudiantes que antes habían sido torturados en el campo clandestino de concentración La Escuelita. “Nos traía galletitas, cigarrillos, nos preguntaba cómo habíamos llegado ahí. Pero no les avisó a nuestros padres, como le pedíamos.” Otro narró que el arzobispo Jorge Mayer les dijo a sus padres que “algo habrán hecho” los secuestrados. Varios prelados prometieron a los padres de la detenida-desaparecida bahiense Elsa Alicia Nocent interesarse por la muchacha ante las autoridades. Pero Fernández Rizzo les advirtió que no debían usarse “los derechos humanos como un instrumento político, ya que la subversión continúa asesinando a mansalva para imponer la dictadura comunista”. Ante un reclamo del padre de la desaparecida a la Conferencia Episcopal, su entonces presidente, Raúl Francisco Primatesta, interpretó que Fernández Rizzo “no ha tenido la intención de molestarlo” y negó que la hiriente respuesta implicara que “el fin justifique los medios”. Pasados 36 años y pese a los esfuerzos de los últimos gobiernos por sanear ese foco de fanatismo y violencia antidemocrática, Fernández Rizzo seguía en funciones, ahora en la Gendarmería, a la espera de un pretexto para pronunciarse en contra de las autoridades nacionales. Esto reafirma la necesidad de denunciar el concordato castrense en el que se basa la existencia de esa institución, vacante desde 2005, cuando el entonces presidente Néstor Kirchner desconoció como funcionario público al último obispo castrense, Antonio Baseotto, por su reivindicación pública de los métodos del terrorismo de Estado. El gobierno nacional propuso al Vaticano un acuerdo negociado, pero la Iglesia Católica ha dado largas al asunto, a la espera de un cambio de autoridades nacionales que vuelvan las cosas a su cauce tradicional. Como lo evidencia el caso de Fernández Rizzo, la única solución es terminar con esa institución anacrónica, de modo que tanto el personal militar como el de las fuerzas de seguridad pueda practicar el culto de su elección en los mismos templos a los que concurren quienes ejercen otras profesiones, como los escribanos, las manicuras y los cartoneros.

Página/12 :: El país :: De Tortolo al Centinela

06/10/2012

Na terra da Inquisição, a farsa continua

Filed under: Ditadura,Franquismo,Igreja Católica,Roubo de bebês — Gilmar Crestani @ 8:05 am

A Igreja Católica, desde a Idade Média, fez sua opção preferencial pelo poder e, consequentemente, pelo dinheiro. Na terra onde floresceu a Inquisição, não poderia ser diferente. Não só participaram de roubo de bebês, como abençoam os ladrões. Onde havia um filha da puta, lá havia um membro da igreja para deitar incenso. O mesmo modelo imperou nas ditaduras latinas. Na Argentina, então, a Igreja Católica virou sucursal do Inferno. O quadro em que Franco aparece ajoelhado, pintado numa Igreja Católica, me faz lamentar que o Inferno não exista. Seria a única punição justa para o assucedido.

Silvino Heck, que os gaúchos conhecemos, protestou no Seminário em Taquari quando os padres franciscanos receberam em homenagem o ditador Costa e Silva. Posteriormente, em represália, o bispo se negou a ordena-lo padre.

El franquismo pervive en Valencia

Los socialistas piden al Ayuntamiento la retirada de 60 calles y menciones conmemorativas a dirigentes de la dictadura

Cristina Vázquez Valencia5 OCT 2012 – 22:28 CET163

Francisco Franco en el altar de la iglesia del Carmen de Valencia.

A partir de 1939, con la Guerra Civil recién acabada, se produjo un auténtico asalto al callejero, a los monumentos y los cuadros de honores por parte del bando vencedor. Y durante los siguientes 40 años de dictadura franquista no cesó esta práctica. Los honores a Franco y sus generales, a dirigentes falangistas y la proliferación de placas y escudos se extendieron por calles y plazas de pueblos y ciudades. 34 años después de la llegada de la democracia, los símbolos del franquismo perviven en Valencia ajenos al paso del tiempo.

Los partidos de la oposición al PP, el grupo en el gobierno, pelean desde hace años por que el Consistorio erradique estos símbolos, sobre todo desde la aprobación de la Ley de Memoria Histórica en 2007. El Gobierno de Rita Barberá ha tumbado una tras otra las mociones de PSPV, EU y Compromís en este sentido. Hasta que un tribunal obligó en julio al Ayuntamiento a retirarle el título de alcalde honorífico a Francisco Franco. Fue un recurso contencioso-administrativo que ganó Compromís después de que el PP rechazase la propuesta. En el último pleno municipal el vicealcalde, Alfonso Grau, aceptó de forma parcial una moción de EU y planteó a la oposición que si tenía conocimiento de estos honores y símbolos los llevaran a la Comisión de Cultura y si contravenían la ley, se retirarían.

El Consistorio mantiene en su cuadro de honores a generales golpistas

Los socialistas dan el primer paso. Ayer el concejal Salvador Broseta y Matías Alonso, anunciaron una moción en la que piden la retirada del callejero de Valencia de 30 nombres destacados del franquismo. El del Barón de Cárcer, primer alcalde franquista de Valencia tras la ocupación, nombrado a dedo y con el que desapareció la democracia municipal. En 1943 se otorgó a sí mismo calle y honor. Está también la calle dedicada al General Urrutia, militar sublevado en Zaragoza en 1936, o al Comandante Franco, hermano del dictador, que bombardeó varias veces Valencia. O la vía de Ramón Contreras, jerarca falangista, fundador de Falange Española junto a José Antonio Primo de Rivera. Alonso estima que en total son unas 50 calles las que contravienen la ley de Memoria. “Hemos escogido primero las que consideramos incontestables”, subrayó.

Hay otros 30 nombres que aparecen en el cuadro de honores de la ciudad de personajes ligados de forma estrecha al alzamiento militar de 1936 y al régimen posterior. Hace apenas siete días que el pleno retiró a Franco el título de alcalde honorífico, pero quedan muchos más.

Broseta hizo un somero repaso. Adolfo Rincón de Arellano, alcalde y jefe de FE y de las JONS en Valencia durante el conflicto, es también alcalde honorario. Son hijos adoptivos Antonio Aranda, general golpista que ocupó Valencia al final de la guerra, Carlos Asensio, general que ocupó Tetuán e intervino en la matanza de Badajoz, donde murieron 4.000 personas. O Ramón Laporta, jefe falangista y gobernador civil de Valencia de 1943 a 1950. La lista de honores concedidos entre 1939 y 1975 es larga.

El pleno retiró hace siete días el título de alcalde honorario a Franco

“Hasta 1939”, explicó el concejal Broseta, “las distinciones de la ciudad se otorgaban a personas del mundo de la cultura y las artes, como Joaquín Sorolla, Vicente Blasco Ibáñez, José Benlliure o Muñoz Degrain”. Broseta insistió: “Los socialistas no pretendemos que esos nombres sean borrados de la historia de la ciudad porque la historia hay que recordarla para que no se repita”, pero los honores deben dejarse sin efecto.

“Queremos que el cuadro de honores del Ayuntamiento de Valencia pueda ser expuesto en la escalera principal del edificio consistorial”, declaró Alonso, que añadió que ni el callejero ni el cuadro de honores “sigan siendo rehenes de personas que no están a favor de la democracia y la Constitución”.

Los socialistas animaron al Gobierno local que preside Barberá a que llegue a acuerdos con la oposición para eliminar todo lo que suponga un enaltecimiento de los valores del franquismo, como establece el artículo 15 de la ley de Memoria Histórica. “No es bueno que esto siga así”, agregó Broseta. Y para ilustrar que el proceso de normalización no es algo superado, los socialistas mostraron una esquela publicada en diciembre de 2006 en memoria de José Corbín Carbó y de José María Corbín Ferrer, los dos falangistas. Debajo de sus nombres se podía leer: “Vilmente asesinados por las hordas demócratas-republicanas integrantes del Frente Popular (social-comunistas) en el Picadero de Paterna (Valencia) y en el buque prisión Alfonso Pérez (Santander)”.

“Este es el espíritu que hay que desterrar si queremos llegar a la reconciliación”, enfatizó Matías Alonso, quien anunció que completarán el inventario.

Piqueta contra los escudos

La capital conserva vestigios de aquella época, pero otros se han retirado. La estatua ecuestre del generalísimo abandonó el pedestal que ocupaba en la plaza del Ayuntamiento a mediados de los ochenta. Se trasladó al interior de Capitanía General y su último destino conocido son los almacenes de los cuarteles militares de Bétera.

Uno a uno y poco a poco se han desmantelado vestigios como el escudo franquista que presidía la fachada de la Capitanía General de Valencia. De ello se encargó el Ministerio de Defensa. O el escudo que presidía el Hospital Militar en Mislata. O el que había encima de la puerta del Conservatorio de Música de la capital.

Quedan, por el contrario, un puñado de símbolos pendientes de su retirada. Es el caso del escudo encima de la puerta principal del colegio público Teodoro Llorente o del colegio San Juan de Ribera. En el altar mayor de la iglesia del Carmen aparece pintado el dictador Franco, que mantiene la medalla de oro de la ciudad.

Los grupos de la oposición al Gobierno de Rita Barberá no han entrado todavía en las placas en homenaje “a los caídos por Dios y por España” en los muros de algunos templos católicos o al puñado de calles con nombres de conocidos falangistas en el grupo de viviendas conocidas como de Antonio Rueda, donde se pueden ver hoy todavía estampadas en sus fachadas escudos con yugos y flechas.

Otras localidades de la Comunidad Valenciana han pasado por un parecido proceso. La capital de La Plana le retiró al generalísimo el título de alcalde honorario a la vez que lo hizo Valencia. El alcalde de Aspe, el socialista Manuel Díez, se ha dirigido a la Diócesis de Orihuela-Alicante para reclamar el cumplimiento de la Ley de Memoria Histórica que prohíbe la existencia de símbolos franquistas en todos los edificios públicos.

El Gobierno local de Orihuela también ha anunciado que la retirada de los elementos con referencias franquistas se hará consensuadamente.

El franquismo pervive en Valencia | Comunidad Valenciana | EL PAÍS

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