Quando morre um Pontífice, os Cardeais se reúnem no Vaticano para elegerem um sucessor. Após cada escrutínio, as chaminés expelem fumaça. Se não há consenso, a fumaça é preta. Quando sai a branca, habemus papam. Como não há consenso na direita quanto a quem cabe o botim do golpe, o Napoleão das Alterosas, sempre que a mídia joga fumaça, pensa em assumir por direito divino. Como no programa de humor da Multishow, vai que cola…
A louca cavalgada do Aécio Neves, não fosse um diagnóstico estarrecedor da nossa direita golpista, pareceria apenas alguém saído das tripulias do Monty Python. Com seu histrionismo disléxico, Aécio parece ter saído de uma cena da Vida de Brian…. Foi assim que em questões de horas perpetrou três atos falhos homéricos: “fui reeleito presidente da República”, e, como Presidente do PSDB, confessa à Rádio Itatiaia que “o PSDB é o maior partido de oposição ao Brasil”. Na sua louca e alucinada cavalgada, o gazeteiro Napoleão de Hospício, pior senador no ranking da Veja, também assumiu-se “nós, cariocas”.
Há uma constatação tão óbvia quanto necessária: como admitir que Aécio esteja em condições psíquicas e populares de assumir o poder depois do golpe se ele sequer ganhou em Minas? Teria algo a ver com o fato de que agora anda se declarando “carioca”. Ele quer assumir a Presidência para não precisar mais comparecer ao Senado ou para poder morar definitivamente no Rio enquanto terceiriza o poder ao Renal Calheiros e ao Eduardo CUnha? E, por fim, se Aécio assumir a Presidência ele vai declarar guerra à Venezuela? Será que ele tem noção do que isso significa em termos comerciais só no ramo das drogas!?
As agressões, típicas de quem vive em síndrome de abstinência, é a outra faceta do estadista que fez a seguinte recomendação aos aliados do governo Dilma: “suguem mais um pouco e venham para o nosso lado”. E parece que o convite deu certo, os corruptos da Lava Jato, que em época eleitoral, faziam as capas da Veja, já estão em estado avançado indo para os lados do magarefe das gerais. E aí, para não deixar dúvidas ao golpismo, o IPOBE prepara esta presepada.
Ibope pesquisa eleição fictícia e elege Aécio
A mais de três anos das eleições presidenciais, o Ibope pesquisou cenários sobre a sucessão de Dilma Rousseff e descobriu que se a disputa fosse hoje o senador Aécio Neves (PSDB-MG) teria 48% contra 33% do ex-presidente Lula; única finalidade da pesquisa é inflamar ainda mais os ânimos golpistas de uma ala da oposição, que tenta, a todo custo, conseguir a cassação da presidente Dilma Rousseff e do vice Michel Temer, para entregar o poder presidencial temporariamente ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que convocaria eleições em 90 dias; Ibope também pesquisou cenários de uma eventual disputa entre Lula e Geraldo Alckmin, que apontou empate técnico; como Aécio sabe que só será candidato caso haja impeachment, ele tem orientado aliados, como o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), a trabalhar dia e noite pelo golpe
11 de Julho de 2015 às 17:03
247 – A mais de três anos das eleições presidenciais, o Ibope realizou uma pesquisa eleitoral feita sob medida para inflamar o golpismo que vem sendo abraçado por uma ala da oposição, liderada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG). Segundo o instituto, se as eleições fossem hoje, Aécio teria 48% dos votos contra 33% do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, num eventual segundo turno.
A validade de uma pesquisa eleitoral a tanto tempo de uma disputa presidencial é praticamente nula, mas o levantamento do Ibope atende a uma finalidade: a de manter acesa a chama do golpe. Desde a convenção nacional do PSDB, realizada no último domingo, 5 de julho, lideranças tucanas, incluindo o próprio Aécio, têm falado em abreviar o mandato da presidente Dilma Rousseff.
O senador mineiro, por sua vez, tem orientado aliados próximos, como o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), a explicitar a linha de ação. Ambos têm defendido a cassação não apenas da presidente Dilma Rousseff, como também do vice Michel Temer, do PSDB. Neste cenário, o poder presidencial seria entregue temporariamente ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que teria a obrigação de convocar eleições em 90 dias.
Este cenário, no entanto, não interessa aos outros três presidenciáveis tucanos, que são o senador José Serra (PSDB-SP) e os governadores Geraldo Alckmin e Marconi Perillo. Todos preferem que a disputa se dê no cronograma normal, ou seja, em 2018. O desespero de Aécio, no entanto, decorre justamente desse fato. Ele sabe que dificilmente conseguirá se manter candidato até lá. Por isso mesmo, ele é hoje o principal artífice do golpe contra a presidente Dilma.
A pesquisa Ibope, que será divulgada neste domingo, também pesquisou um cenário envolvendo Lula e o governador Alckmin. Neste caso, haveria empate técnico: Alckmin com 40% e Lula com 39%. Mas é um cenário tão inútil quanto o que envolve Aécio.