Ficha Corrida

24/05/2014

Jornal Britânico, Financial Times, contraria Joaquim Barbosa

JB e GM dormindoAo contrário do nossos Ministros do STF, o jornal britânico, Financial Times, não se dá por satisfeito com poucas provas.

Para a turma da Margareth Tatcher, não basta serem provas, há de serem muitas. Eles não conhecem o Joaquim Barbosa, que, por falta de provas, importou clandestinamente da Alemanha a teoria Dormindo de Fato, para satisfazer seu ódio àqueles a quem deve, pelas cotas, o cargo.

O erro, segundo o panfleto de fala inglesa, está na “escolha deliberada de alguns dados”. Talvez, para o domínio do fato made En Glande, a escolha devesse ser aleatória…

Poucas provas não é nada para o jornal. Mas o jornal não apresente nem poucas nem boas provas da invectiva, paga pelos seus financiadores ideológicos, contra o best-seller de Thomas Piketty. A constatação que deixa mal os patrocinadores do jornal fez com que o jornal saísse às ruas para atacarem, sem provas, quem os desnudou.

Acho que o Financial Times não consultou a Forbes…

Jornal britânico aponta erros em pesquisa de ‘best-seller’ Piketty

‘Financial Times’ diz que há poucas provas nas fontes originais que sustentem conclusão do autor

Segundo estudo, há erros de transcrição em planilhas e indícios de escolha deliberada de alguns dados

CHRIS GILESDO "FINANCIAL TIMES", EM LONDRES

"Capital in the Twenty-First Century", livro de Thomas Piketty, vem sendo a sensação editorial do ano. Sua tese quanto a uma desigualdade crescente se enquadrou bem ao zeitgeist ("espírito do tempo") e eletrificou o debate sobre política pública pós-crise financeira.

Mas, de acordo com um estudo conduzido pelo "Financial Times", o economista francês que se tornou uma espécie de astro pop parece ter se enganado nas contas.

Os dados que embasam as 577 páginas de Piketty, líder nas listas de mais vendidos das últimas semanas, contêm uma série de erros que adulteram as conclusões.

O "Financial Times" identificou erros e inclusões injustificadas nas planilhas, semelhantes aos que desacreditaram o trabalho de Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff sobre a relação entre dívida pública e crescimento.

O tema central da obra do professor Piketty é o de que as desigualdades de renda voltaram a crescer a níveis vistos pela última vez antes da Primeira Guerra Mundial.

O estudo do "Financial Times" contraria essa afirmação, indicando que existem poucas provas nas fontes originais de Piketty que sustentem a tese de que porção cada vez maior da riqueza mundial se concentra nas mãos da minoria mais rica.

Piketty, 43, oferece fontes detalhadas para suas estimativas quanto à desigualdade de renda na Europa e nos Estados Unidos ao longo dos últimos 200 anos. No entanto, suas planilhas contêm erros de transcrição das fontes originais e fórmulas incorretas.

Alguns dados parecem ter sido escolhidos de maneira deliberada ou construídos sem fonte original.

Por exemplo, depois que o "Financial Times" limpou e simplificou nos dados, os números quanto à Europa não apontam para qualquer tendência de alta na desigualdade de renda de 1970 para cá.

Contatado pelo "Financial Times", o professor Piketty disse ter usado "um conjunto muito diversificado e heterogêneo de fontes de dados que precisa passar por uma série de ajustes nas fontes de dados brutos" (leia a carta enviada por Piketty ao jornal britânico, na página B4).

"Não tenho dúvida de que minha série de dados históricos possa ser melhorada e que será melhorada no futuro, mas seria uma grande surpresa para mim se qualquer das conclusões substantivas a que cheguei sobre a evolução das distribuições de riqueza em longo prazo fosse muito afetada por essas melhoras", ele declarou.

21/06/2013

O ovo da serpente

 

Igor Grabois: Reação contra a Dilma começou com a redução dos juros

publicado em 21 de junho de 2013 às 11:19

por Igor Grabois, especial para o Viomundo

Como, em tão pouco tempo, a direita brasileira conseguiu capturar uma onda de manifestações de massa, com causas justas e origem na esquerda? Por que tanta demonstração de insatisfação, mesmo em um período de bonança econômica? E, mais, por que essa concentração de ataques ao governo Dilma? Nem Lula viveu uma onda de ataques tão intensa no período do mensalão.

A ascensão do PT ao governo federal não alterou o bloco de classes que detém o poder do Estado no Brasil. Ao contrário, alguns setores, como o agronegócio se fortaleceram. As grandes empresas nos dois mandatos de Lula nunca lucraram tanto. Os dois maiores bancos lucram, sistematicamente, cerca de um bilhão de reais por mês. Houve crescimento do emprego e da massa salarial. Há motivos de satisfação tanto para a burguesia quanto para os trabalhadores.

Mas como no capitalismo não há equação de ganha-ganha, alguém perde com as mudanças na economia. Lula legou para a sua sucessora uma política monetária restritiva – a maior taxa de juros real do mundo – e uma taxa de câmbio insustentável. Não mexeu nos contratos das empresas privatizadas herdados de FHC. O crescimento da economia, cujos motivos e causas não cabem nesse espaço, conseguiu adiar a necessidade de solução dessas contradições.

A economia crescia e passou relativamente bem à crise internacional. O crédito cresceu a despeito dos juros altos. Reservas internacionais foram acumuladas em sucessivos superávits comerciais. E houve uma generalizada sensação de elevação dos padrões de vida.

Reduzir a Selic e deixar o real depreciar são medidas necessárias para o funcionamento do capitalismo no Brasil. Era inescapável para o governo Dilma. Não são medidas ideológicas, em que pese a cortina de fumaça que cerca esses temas. A taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia, vem descendo desde o ano passado. Com isso, a dívida pública diminuiu em termos de proporção do PIB. O governo reconheceu a manipulação cambial como saída da crise por parte das economias centrais. O dólar saiu de R$ 1,60 em meados de 2012 para R$ 2,15 neste momento.

Dilma atendeu uma reivindicação dos industriais, a redução da tarifa da energia elétrica. O governo pactuou os novos contratos sem a conta de amortização de investimentos já amortizados antes das privatizações. A apropriação de uma parte da renda nacional por acionistas das empresas elétricas diminuiu brutalmente.

A redução dos juros e a subida do dólar atingiram diretamente quem se beneficiava da arbitragem de juros e câmbio, ou seja, pegar dinheiro barato fora do país e ganhar dinheiro caro aqui dentro. Atingiu especuladores nacionais e internacionais. A estrela da bolsa brasileira, o setor elétrico, viu seus ganhos se reduzirem brutalmente. A subida do câmbio pega quem está endividado em dólar, fugindo dos juros do sistema financeiro brasileiro.

As camadas médias tradicionais, não a classe C da mídia, têm no Brasil um traço rentista. Vários têm suas economias vinculadas à Selic. A classe média tradicional se sente ameaçada pelas cotas nas universidades e não utiliza da saúde, educação e transporte públicos. Põe os filhos na escola particular – com mensalidades proibitivas – paga plano de saúde e anda de carro. Tem ojeriza do serviço público e o discurso anti-imposto cai como uma luva nas suas aspirações.

Portanto, a pequena-burguesia serve como base social para setores da esfera financeira que perderam com a redução da Selic, subida do câmbio e redução das tarifas de energia. É a base social ideal para o fascismo.

Não é coincidência o recrudescimento dos ataques à Dilma a partir de dezembro, quando houve o anúncio da redução da tarifa. De repente a economia estava um caos, com inflação galopante etc. Os ataques começaram no noticiário econômico, que uníssono pedia elevação da taxa de juros. Esses ataques se estenderam à imprensa internacional. Nesse quesito, o Banco Central piscou, aumentando em 0,75%  a taxa Selic.

O governo tem uma política de impulso à infra-estrutura e estímulo industrial via crédito e desonerações. Diariamente são anunciados setores beneficiados e novas políticas estímulo. A saúde e a educação básica são marginalizadas na política oficial. Os projetos de transporte urbano ou são abandonados ou andam a passo de cágado. Em nome do agronegócio se implode a política indigenista e o código florestal. Simultâneo aos ataques da direita, o governo perdeu apoios à esquerda. A sensação é que se beneficia o setor empresarial e se esquece do povo.

Com cara de grande capital, o governo sofre um ataque cerrado de parte do grande capital, aqui e no exterior. E a direita organizada percebeu a fragilidade organizativa dos movimentos originados na esquerda.

Este caldo de cultura, dirigido pelos perdedores da Selic, que tem a grande mídia como tambor, levou massas para as ruas. Quem esteve nas manifestações dessa quinta viu grupos fascistas organizados para muito além da internet, com apoio de pessoas comuns. A loucura pipoca pelos bairros e parece estar em todo lugar simultaneamente. A capilaridade impressiona.

Em São Paulo, a PM elegeu três vereadores nas eleições passadas. Está em todas as cidades e bairros. Em cada batalhão de bairro há um serviço de informações P2, que foi ostensivo nas últimas manifestações. Os alvos foram direcionados: prédios públicos, militantes de esquerda, interrupção de vias públicas, sempre acobertados pela noite.

Há uma combinação entre mobilização, que pelo menos em São Paulo teve presença da juventude de igrejas evangélicas, cobertura da mídia, falas de opinólogos de plantão, ação da polícia. O que a diminuição do capilé da Selic não faz. Nada de espontâneo, como querem fazer crer.

A tarefa da esquerda, agora, é recuperar as ruas e sair da letargia de correia de transmissão do governo. E superar o economicismo da atuação sindical. Barrar o fascismo exige ação política. As forças de esquerda precisam dirigir a vocalização das reivindicações dos setores populares e recuperar as justas bandeiras das mãos do fascismo, sob pena de perder a iniciativa política para a direita e viver um bárbaro retrocesso em cima de direitos duramente conquistados.

PS do Viomundo: Desse quadro fazem parte as reiteradas tentativas da revista The Economist derrubar o ministro da Fazenda, Guido Mantega. The Economist  é um órgão ideológico e um instrumento político do capital transnacional que busca ficar com a maior parte dos excedentes da sétima economia mundial.

Hoje, em sua  coluna na Folha de S. Paulo, Eliane Cantanhede engrossa o coro, insinuando que a saída de Mantega do governo seria a solução para crise. Diz ainda:  ”As tropas fiéis à presidente Dilma Rousseff tiveram de montar duas trincheiras: uma de defesa do Planalto, fisicamente; outra da própria presidente, politicamente”. Haveria tropas inféis? Seria uma ameaça?

Igor Grabois: Reação contra a Dilma começou com a redução dos juros – Viomundo – O que você não vê na mídia

17/11/2012

CIA the Letters

Filed under: Companhia das Letras,Financial Times — Gilmar Crestani @ 6:53 am

E por aí se explica porque a Companhia das Letras virou editora de livros traduzidos da língua inglesa. Houve um tempo em que bastava o selo Companhia das Letras para garantir a qualidade do livro. Hoje o selo só indica a qualidade do papel. Por outro lado, fica mais uma vez evidente que o jornal é apenas um instrumento que grupos como RBS, UOL e Globo venderem outras bugigangas. Só mal informados e mal intencionados não vêem que o foco destes grupos está em outros ramos da economia, e os rádios, jornais e tv servem apenas de muleta para aqueles.

‘FT’ pode ser vendido, indica diretor do jornal

Segundo agência, Grupo Pearson considera ofertas de compras e busca US$ 1,6 bi

DE SÃO PAULO

O grupo Pearson, dono do "Financial Times", indicou que avalia se desfazer do jornal. Em uma conferência em Barcelona nesta semana, o diretor financeiro, Robin Freestone, afirmou não descartar uma venda.

"Somos os melhores donos para ele? Até agora a reposta é sim. Isso pode mudar", disse Freestone em evento do Morgan Stanley, de acordo com a Bloomberg.

Segundo a agência de notícias, o grupo passou a considerar ofertas de compra neste ano -a Pearson busca o equivalente a US$ 1,6 bilhão pelo jornal.

A companhia "nega categoricamente" as intenções.

Durante os 16 anos em que comandou o grupo, Marjorie Scardino defendeu a propriedade do jornal, comprado pela empresa em 1957.

À medida em que John Fallon se prepara para assumir a presidência-executiva da Pearson, o grupo foca em seus negócios de educação como a editora.

Com mais de 120 anos, o "FT" emprega hoje mais de 600 jornalistas e tem circulação digital e impressa de cerca de 600 mil exemplares.

Em outubro, o jornal lançou uma edição no Brasil como parte da expansão global.

Antes, havia ampliado a cobertura e lançado uma publicação sobre o país em 2011.

O grupo Pearson já estava presente no Brasil com o curso de línguas Longman e os selos editoriais Prentice Hall, Addison Wesley e Macron.

Em 2010, a empresa comprou os sistemas de ensino, mas não as escolas, do COC e em 2011 adquiriu 45% da editora Companhia das Letras.

01/07/2012

Os erros básicos do guru dos economistas

Filed under: Crise Financeira Européia,Financial Times,Martin Wolf — Gilmar Crestani @ 10:58 am

 

La vuelta al mundo con Martin Wolf

El editorialista de ‘Financial Times’ dice que periodistas y economistas fallaron al no ver la crisis

Moisés Naím 30 JUN 2012 – 17:30 CET

La crisis ha transformado a algunos comentaristas económicos en personajes de fama mundial. Uno de ellos es Martin Wolf, el principal editorialista económico del Financial Times y seguramente uno de los columnistas más influyentes del momento. Hace unos días converse con él en Estambul.

Pregunta. ¿Qué aspectos de la crisis le sorprendieron?

Martin Wolf. El insuficiente capital propio que tenían los bancos y otras instituciones financieras para cubrir los riesgos que corrían. Captaban dinero a corto plazo y lo colocaban a largo plazo. Tenía puesta toda mi atención en la macroeconomía y no vi lo que estaba sucediendo con la microeconomía. Es el principal error que he cometido en mi carrera. Mi otro error fue no haberme percatado de cuan débiles e inadecuados eran los controles y regulaciones a los bancos.

P. ¿Qué responsabilidad tienen los periodistas en esta crisis?

M. W. Hubo muchos errores de omisión. Hemos debido ser mucho más agresivos y rigurosos en el escrutinio de los bancos, los reguladores etc. El problema es que, en general, los periodistas saben poco de economía y finanzas.

P. Pero los economistas más renombrados tampoco se cubrieron de gloria. Ni previeron la crisis ni se ponen de acuerdo en cómo manejarla. ¿Quiénes fueron las excepciones?

M. W. Nouriel Roubini alertó temprano sobre las burbujas de precios de ciertos activos financieros y su relación con el endeudamiento, y se dio cuenta que esa mezcla era explosiva. Robert Shiller analizó mejor que nadie lo que sucedía en el sector inmobiliario. Y Raghuram Rajan dio la primera campanada sobre la fragilidad del sector financiero y explicó cómo se estaba transformando en una amenaza para la estabilidad global. Pero, en realidad, no hubo muchos más. Y lo cierto es que la teoría económica ortodoxa ha resultado inútil para prevenir lo que sucedió.

P. Pero los jefes de Estado deben manejar la situación aunque las recomendaciones que les dan los economistas son de dudosa calidad. ¿Cómo califica usted el manejo que han hecho de la crisis George W. Bush, Barack Obama, Wen Jiabao y Angela Merkel?

M. W. Bush, reprobado. Obama y Wen Jiabao, aprobados. Y Merkel aprobada como líder de Alemania y reprobada como líder europea.

P. Pero Obama está siendo ferozmente criticado por su manejo de la economía.

M. W. Así es. Sus críticos argumentan que la recesión de EE UU ha debido ser más breve y la recuperación más veloz y vigorosa. Pero según la experiencia histórica y el análisis objetivo, la crisis que heredó Obama ha debido causar una recesión aún más profunda de la que hubo, y probablemente hasta una fuerte depresión. Obama logro evitar estas catástrofes y, desde que estalló la crisis hasta hoy, de las seis economías más avanzadas del mundo, la economía de EE UU es la que más se ha recuperado.

P. En esta crisis los jefes de los bancos centrales se han transformado en actores fundamentales. ¿Quienes son los mejores banqueros centrales del mundo?

M. W. Ben Bernanke, el gobernador de la reserva federal de EE UU.

P. ¿Nadie más?

M. W. Nadie. Los demás están en otra categoría. Entre 2008 y 2009 Bernanke salvó al mundo. Creo que después no ha sido lo suficientemente agresivo en estimular la economía y tampoco anticipó la crisis. Pero tuvo la responsabilidad histórica en el momento más crítico y lo hizo excepcionalmente bien.

P. Paul Krugman argumenta que una política monetaria y fiscal más expansiva reduciría el nivel de paro en EE UU. Raghuram Rajan piensa que muchos de los empleos que desaparecieron en la crisis son producto de cambios estructurales y tecnológicos y ya no volverán. ¿Quién tiene razón?

M. W. Los dos. Krugman en sostener que EE UU puede y debe hacer más a través del gasto público y la política monetaria para aumentar el empleo. Y Rajan, en decir que muchos empleos de antes ya no existirán y que a largo plazo hay que crear puestos de trabajo en otros sectores. Uno tiene razón sobre el corto plazo y el otro sobre el largo plazo.

P. Dentro de diez años ¿que país va a tener una economía con más crecimiento, España o Italia?

M. W. España.

P. ¿Y entre China e India?

M. W. India.

P. ¿Estados Unidos o Alemania?

M. W. Estados Unidos.

P. Y ya que estamos en Turquía, un país que ha tenido un desempeño económico espectacular, ¿cómo ve la situación acá?

M. W. Insostenible. Turquía sufre de desbalances económicos profundos. Su ahorro interno es demasiado bajo y su déficit en cuenta corriente demasiado grande.

P. ¿Y Europa?

M. W. Veo tres escenarios: Europa Federal; statu quo-plus y la ruptura. El statu quo va a fracasar, lo que puede llevar o al statu quo-plus o a la ruptura parcial. Lo que llamo statu quo-plus incluye reformas bancarias, un ajuste económico que no solo recaiga en los países más endeudados, un mayor estímulo por parte del Banco Central Europeo y abundante financiamiento a los países que hacen las reformas necesarias. Este es el escenario que veo más probable.

Sígame en twitter @moisesnaim

La vuelta al mundo con Martin Wolf | Internacional | EL PAÍS

15/05/2012

Financial Times critica Murdoch

Filed under: Corrupção,Financial Times,Grupos Mafiomidiáticos,Rupert Murdoch — Gilmar Crestani @ 8:44 pm

A diferença entre o Financial Times e o Globo é que aquele é conservador, este é golpista. O jornal inglês pode ser direitoso, mas burro não é. Coisa muito diferente de quem prefere a associação corporativista com o Crime do que fazer jornalismo. A Rede Globo secundou Veja em defesa do Crime Organizado. Se os fatos estão em desacordo com os interesses dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium, pior para os fatos.

A próxima vez que a Rede Globo convocar o brasileiros para lutarem contra a corrupção, todos ao Jardim Botânico, no RJ… Como se não soubéssemos disso antes!

Financial Times critica Murdoch

Financial Times critica MurdochFoto: Divulgação

Jornal condena uso de escândalos como forma de extorsão política. E a liberdade de imprensa não está ameaçada no Reino Unido

15 de May de 2012 às 19:38

247 – Nesta terça-feira, o jornal Valor Econômico reproduziu um interessante artigo de John Lloyd, publicado no Financial Times. Nele, o articulista aborda como o Publisher do News of the World utilizou a arma dos escândalos de seus tabloides como uma forma de extorsão política nos últimos anos. Intitulado “Murdoch ainda está em cena, mas acuado”, o artigo traz reflexões interessantes para o Brasil de hoje. Qualquer semelhança, não é mera coincidência. Leia um trecho:

Nas mãos dos jornalistas de Murdoch, o jornalismo de tabloides se transformou em um enorme fato político. Eles definiram, para o grande público na Austrália e no Reino Unido (e em menor grau nos Estados Unidos, onde o "New York Post" é poderoso, mas tem alcance limitado), o que constitui um escândalo político, o sucesso político e o poder político.

Os líderes britânicos, de Margaret Thatcher em diante, não estavam errados ao temer Murdoch: seus tabloides estabeleceram um padrão e deram aos seus repórteres e comentaristas um poder enorme sobre os políticos. O caso contra Murdoch não é o fato de que ele publicava jornais populares. É que ele e seu staff sênior usavam o poder resultante da popularidade para enfraquecer a democracia representativa.

Financial Times critica Murdoch | Brasil 247

23/09/2011

Brasil vai enfrentar os manipuladores da moeda

Filed under: Crise Financeira Européia,Dilma,Financial Times — Gilmar Crestani @ 9:33 am
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By Dilma Rousseff*, no Financial Times

Vivemos dias turbulentos. A crise financeira de 2008 não acabou, especialmente nas economias avançadas. Com o crescimento ainda fraco, estes países tem adotado políticas monetárias extremamente expansivas, em vez de buscar um maior equilíbrio entre estímulos fiscais e monetários. As economias emergentes têm sustentado o ritmo de crescimento, mas não podem assumir o papel de motores globais sem ajuda.

Economias que emitem moeda estão gerenciando a liquidez internacional sem considerar o bem coletivo. Estão recorrendo a taxas de câmbio subvalorizadas para garantir sua fatia dos mercados globais. Esta onda de desvalorizações unilaterais cria um círculo vicioso que leva ao protecionismo no comércio e nas taxas de câmbio. Isso tem efeitos devastadores para todos, mas especialmente para os países em desenvolvimento.

O grande desafio para os próximos anos é tratar da dívida soberana e dos desequilíbrios fiscais em alguns países, sem parar — ou reverter — a recuperação global.

Só o crescimento econômico, baseado em distribuição de renda e inclusão social, pode gerar os recursos para pagar a dívida pública e cortar déficits. A experiência da América Latina nas últimas décadas mostra quanto a recessão traz em perda de produção, aumento das desigualdades sociais e desemprego.

Se pretendem superar a crise, as maiores economias do mundo deveriam dar sinais claros de coesão política e coordenação macroeconômica. Não haverá recuperação de confiança ou crescimento sem maior coordenação entre os países do G-20. É vital — para a Europa em particular — que se recupere o espírito de cooperação e solidariedade demonstrado no ápice da crise.

http://www.viomundo.com.br/politica/dilma-no-financial-times-hora-de-det…

É por isso que o Brasil apoia o Quadro para Crescimento Forte, Sustentável e Equilibrado do G-20, que precisa ser gerenciado por todos e para todos, sem exceção.

Outras iniciativas são necessárias no campo internacional: maior regulamentação do sistema financeiro, para minimizar a possibilidade de novas crises; redução dos níveis de alavancagem. Precisamos avançar com as reformas das instituições financeiras multilaterais, aumentando a participação dos países emergentes que agora têm a responsabilidade primária pelo crescimento econômico global.

É urgente combater o protecionismo e todas as formas de manipulação das moedas, que promovem competitividade espúria às custas de parceiros comerciais. O G-20 pode oferecer uma resposta coordenada, na qual as grandes economias ajustem políticas fiscais, monetárias e/ou de câmbio, sem medo de atuar isoladamente. Um sistema aberto de comércio global requer a sensação de confiança mútua.

Enquanto isso, ameaçados pela entrada de capital largamente especulativo e pela rápida e insustentável apreciação de suas moedas, os países em desenvolvimento que adotam taxa de câmbio flutuante, como o Brasil, são forçados a adotar medidas prudenciais para proteger suas economias e suas moedas nacionais. Não vamos sucumbir a pressões inflacionárias vindas de fora. Com firmeza e serenidade vamos manter a inflação sob controle, sem abrir mão do crescimento econômico, que é essencial se vamos promover a inclusão social. Nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e a estabilidade dos preços não é negociável e a sintonia de nossa política econômica sempre vai trabalhar com este objetivo.

Quanto às políticas de longo prazo, o Brasil reconquistou a capacidade de planejamento em campos como a energia, o transporte, o setor habitacional e o saneamento, ao redefinir o papel do estado no desenvolvimento da infraestrutura social.

A descoberta de grandes reservas de petróleo em águas profundas vai abrir um novo ciclo de industrialização, especialmente nos setores naval, petroquímico e de bens de capital; também vai permitir ao Brasil criar um fundo especial para investir em políticas sociais, científicas, tecnológicas e culturais.

O país fortaleceu as empresas estatais como a Petrobras, a Eletrobras e os bancos públicos para induzir o desenvolvimento. Através de mecanismos de defesa comercial, apoiados nas regras da Organização Mundial do Comércio, o Brasil não vai permitir que sua indústria seja ameaçada pela competição injusta.

O Brasil também tem compromisso com a luta contra o desmatamento, especialmente na Amazônia; com a promoção da agricultura sustentável; com o fortalecimento de uma matriz energética variada. Estou convencida da necessidade de consolidar estas conquistas, assim como estou certa de que temos responsabilidade pelo reequilíbrio da economia mundial. É hora de os líderes globais agirem com determinação e ousadia. É isso o que o mundo espera de nós.

*The writer is president of Brazil

No ‘FT’, Dilma diz que vai "enfrentar os manipuladores da moeda" | Brasilianas.Org

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