Desde o chamamento para a ditadura, a cobertura da ditadura, em todos os sentidos, o prazer com as torturas e os estupros da ditadura, os lucros com a corrupção na ditadura. É mais fácil encontrar provas da participação da Folha & Globo na tortura e estupro de presos políticos que gens de FHC num exame de DNA no filho da amante, Miriam Dutra. Lembremos, assim como a Rede Globo e a Folha se assoCIAram para criarem o jornal Valor, também se assoCIAram para convocarem a manada amestrada para derrubar Dilma. Como a Folha e suas peruas foram partícipes da ditadura, a Folha acha por bem chamar ditadura de ditabranda.
Sou gerente comercial do DCM e escrevo a você acerca da matéria em que nós somos citados. Gostaria de esclarecer algumas questões, bem como questionar outras.
Primeiro, gostaria de dizer que os números de audiência da Nielsen/Ibope estão errados. Simples: a contagem é feita com painelistas (pessoas que têm um painel da Nielsen), uma forma semelhante com que a Comscore e o Ibope (TV) trabalham. Isso é tratado erradamente há décadas pelo mercado como medição. Isso é projeção. Projeta-se um número, que é uma base de cálculo mais ou menos honesta.
A diferença do Ibope da TV e da internet é que na internet, os painelistas não são necessariamente divididos por faixa etária, renda, instrução, localização como mandam as boas práticas da pesquisa. É só querer ser painelista. Tente lá. É fácil. Também várias dessas ferramentas também não contam internet móvel, e isso significa metade da nossa audiência hoje.
Medição é o que nós fazemos aqui, em que cada visitante é contado. Os números de WordPress Stats e Google Analytics são quase idênticos, o que nos deixa bastante tranquilos em relação à veracidade desta medição. Este mês, deu 3,5 milhões de visitantes únicos. Veja bem: sem sites acoplados, sem “belas da torcida”, sem conteúdo erótico.
O DCM é um site de esquerda, e ninguém esconde isso. É um site que apoiou Dilma Rousseff no segundo turno, é verdade, mas tanto quanto apoio Luciana Genro no primeiro. É um site ligado a uma visão, não a um partido. Isso, com todas as críticas que possa pertinentemente vir a receber.
Me chateia é você escrever sobre nós sem sequer nos procurar. Meu telefone, ao contrário do seu, está no mídia kit, que pode facilmente ser baixado no site. Eu poderia ter dado tanta informação (se é que era isso que interessava).
Por exemplo, está errado dizer que nós simplesmente recebemos menos publicidade oficial e essa é a razão de estarmos abaixo da média. Não é verdade. Nós também praticamos um CPM muito competitivo. Se o UOL abrir seus números, eu abro os meus, mas já aposto um carregamento de sorvete que o nosso CPM final é mais baixo que o do UOL.
Quanto aos critérios técnicos, algumas empresas estatais seguem, eu poderia dizer que tenho certeza. Outras não, também digo com muita segurança. Todas dizem que seguem, e nada me deixa mais triste do que quando olham nos meus olhos e dizem que o DCM não entrou numa campanha por critérios técnicos quando eu sei e todos ali sabem que é mentira.
Mas garanto duas coisas. A primeira e mais importante é que, se fossem seguidos exclusivamente critérios técnicos, o DCM teria recebido muito mais publicidade. Se alguma manobra houve com o DCM, foi negativa – e não duvido que o UOL tenha ficado com alguma parte do quinhão que seria do DCM.
A outra é que os critérios técnicos do Governo Federal, com todos os seus problemas, são melhores, muito melhores que a de qualquer outro governo. Já tentou vender mídia a critério técnico para o governo do Estado de São Paulo? Nossa audiência em São Paulo é grande para caramba. Sabe quanto eu consegui vender pra SP? Zero.
Eu sei que seu texto mantém um tom sóbrio e neutro, mas você conhece as implicações que ele pode ter.
Eu poderia fazer coro a você em um monte de coisas. Os 6 bilhões da TV Globo, isso é uma grande coisa; os 3 milhões de um site pequeno de mais para valer isso é muito menor, mas também estranho, e eu estou com você nesta. Ao mesmo tempo, poderia criticar seu trabalho no caso HSBC, sonegando uma informação importantíssima sobre os Frias. Sabe-se lá quantas outras que não passaram pelo bizarro duopólio Folha-Globo neste caso.
Por falar em bizarro duopólio, é isso que faz ser necessário investir em sites alternativos. Para ter contraponto.
A necessidade de comprar publicidade em sites alternativos se intensifica quando você nota que, por se tratarem de sites de esquerda, e portanto serem, de modo geral, anti-status-quo vigente, isso assusta o empresariado, que limita muito os investimentos nesses sites (ao contrário do que fazem nos meios que defendem os interesses desse empresariado, UOL incluso).
Os sites de direita são protegidos pela iniciativa privada. “Não gostei do que vocês escreveram sobre a Veja”. Eu já ouvi isso tentando vender publicidade a um banco. Depois abro a Veja e vejo uma página dupla desse banco.
Se você está preocupado com custo por pessoa atingida, aliás, sugiro fazer as contas com a Veja. O nosso CPM relativo e absoluto, em comparação à Veja, é mais baixo. O tal banco prefere anunciar na Veja, que defende seus interesses, a anunciar no DCM, que defende os interesses de seus funcionários.
É direito deles, claro. Eles que anunciem onde quiserem. Não o governo. O governo tem a obrigação moral de fomentar a divergência. Faz isso pouco e faz isso mal, é bom que se diga. Mas não é anunciando no UOL que vai ter sucesso com isso, e a sua iniciativa de intimidar esse investimento é uma lástima para a sociedade.
Cordialmente,
Emir Ruivo
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Sobre o Autor
Emir Ruivo é músico e produtor formado em Projeto Para Indústria Fonográfica na Point Blank London. Produziu algumas dezenas de álbuns e algumas centenas de singles. Com sua banda, Aurélios, possui dois álbuns lançados pela gravadora Atração. Seu último trabalho pode ser visto no seguinte endereço: http://www.youtube.com/watch?v=dFjmeJKiaWQ
Recentemente o deputado gaúcho, Jorge Pozzobom, confesso que o PSDB goza de proteção no Poder Judiciário. A afirmação ainda não foi desmentida. Hoje saem do forno mais duas informações que comprovam a tese da proteção mafiosa ao PSDB. Fernando Rodrigues, de larga ficha corrida de serviços prestados aos PSDB, Folha e UOL, tem informação de grão tucanos paulistas envolvido no propinoduto tucano dos três (Alstom e Siemens) também esconderam dinheiro no HSBC na Suíça. Veja que coincidência. Quem trouxe o HSBC ao Brasil? FHC, quando entregou o Bamerindus, do Ministro Andrade Vieira, banqueiro do caixa 2 de FHC. O tesoureiro do PSDB, Márcio Fortes, também guardava vários bilhões no HSBC suíço. Na Operação Lava Jato, que pegou todas grandes empreiteiras, com esquema na Petrobrás montada ainda no tempo de FHC, vazaram para prejudicar Lula e Dilma. Até agora não há um centavo da participação dos dois. Isso explica a várias e múltiplas tentativas do golpe paraguaio. O tapetão voador pilotado por Aécio Neves, com incentivo do Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, levou uma manada de zumbis às ruas na tentativa de construir um álibi para derrubar Dilma. O golpe foi gestado todo por pessoas finanCIAdas, como este tal de MBL, pelos corruptores de sempre. Veja-se o caso agora descoberto na Receita Federal. Todo a fina flor do empresariado nacional está envolvida num desvio ainda superior àqueles perpetrados pela Lava Jato. O que eles odeiam na Dilma e no PT é a ausência de uma dupla afinada como o eram FHC e Geraldo Brindeiro. Lula e Dilma não manietaram Roberto Gurgel, mesmo apesar de todo seu ódio ao PT, nem Rodrigo Janot será, a depender da Dilma, outro Engavetador Geral da República. O ódio deles, como disse o Juremir Machado da Silva, não é os desvios cometidos por alguns petistas, mas o fato de o PT não ter encoberto o que o PSDB e a fina flor do golpismo vem fazendo.
Na Folha de hoje uma das manchetes, sem vergonha, diz tudo a respeito da promiscuidade, ou de proteção à bandidagem praticada pelo PSDB: “Caso do mensalão tucano está parado na Justiça de Minas” Diga-se de passagem, devolvido à Justiça de Minas Gerais pelo capitão-de-mato Joaquim Barbosa. Aquele que teria sido a gênese, que deu origem à Ação 470. Se isso não é proteção mafiosa então não sei o que seja. A justiça mineira, seguindo os passos de Rodrigo de Grandis, está conseguindo ridicularizar até a máfia…
De nada adianta a AMBEV, a Multilaser e o Banco Itaú finanCIArem manifestações de zumbis. O que eles precisam fazer é criar vergonha na cara e parar de roubar dinheiro público usando de todo e qualquer artifício. É claro que as manobras ficam difíceis de serem combatidas quando se vê um Ministro do STF, JB, criando uma empresa, a Assas JB Corp. para ludibriar o fisco. É por isso que estão todos juntos, vide dobradinha JB & Rede Globo, para tentarem retomar o controle do Estado.
Caso Alstom têm contas no HSBC, mas Rodrigues não revela
Jornalista Fernando Rodrigues, do portal UOL, disse à CPI do SwissLeaks no Senado que várias pessoas denunciadas no escândalo referente ao pagamento de propinas e formação de cartel para licitações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) nas obras do Metrô de São Paulo são correntistas de contas secretas do HSBC na Suíça; no entanto, ele afirma que não é possível divulgar estes nomes ainda, porque os dados estão sendo cruzados com outras informações
Brasília – Várias pessoas denunciadas no escândalo referente ao pagamento de propinas e formação de cartel para licitações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) nas obras do Metrô de São Paulo são correntistas de contas secretas do HSBC na Suíça. A informação foi dada quinta-feira (26) pelo jornalista Fernando Rodrigues, do portal UOL, durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga o caso – que pode estar relacionado a um esquema criminoso de evasão de receitas e sonegação fiscal de 8,6 mil brasileiros.
Rodrigues, o primeiro jornalista a divulgar o esquema no país – sem detalhes – foi indagado por senadores se não tinha encontrado nomes relacionados ao chamado “Caso Alstom”, que passou a ser conhecido assim por se tratar de propinas pagas por esta empresa a agentes da CPTM durante as obras do Metrô paulista.
De acordo com o jornalista, não é possível divulgar estes nomes ainda, porque os dados estão sendo cruzados com outras informações. Além disso, para que seja feita a divulgação dos nomes destes correntistas, é preciso que antes todos sejam ouvidos, dentro dos critérios estabelecidos pela Associação Internacional de Jornalistas Investigativos, entidade à qual ele pertence e que disponibilizou a relação, mediante determinados critérios.
Durante a tomada de depoimento de Fernando Rodrigues, o senador Blairo Maggi (PR-MT) destacou que considera importante que as investigações se debrucem também sobre as empresas importadoras e exportadoras em atuação no país.
Maggi afirmou que chama a atenção para este fato, como senador e também como empresário que é, porque acha que "qualquer empresário vai gostar de ver se alguma empresa com a qual mantém contatos está envolvida no caso, para rever suas relações".
O esclarecimento sobre as empresas que possuem contas secretas no HSBC da Suíça, conforme destacou o senador, "ajudará o país a depurar suas investigações em relação à iniciativa privada e, inclusive, a se estabelecer uma revisão dos atuais códigos de ética e de conduta por parte do empresariado brasileiro".
‘Sem evasão, sem ajuste’
Fernando Rodrigues disse que não é possível comprovar se as contas existentes são irregulares ou não. Já o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), que foi o autor do requerimento pedindo a instalação da CPI, acusou o governo brasileiro de ter se omitido na apuração e divulgação do caso de contas secretas pelo HSBC na Suíça nos últimos anos. Rodrigues afirmou que está evidente que o país vive uma situação grave na sua economia e se não tivesse havido a evasão de divisas dos brasileiros mais ricos por meio dessas contas, "muito provavelmente o Brasil não estaria precisando passar agora por um ajuste fiscal".
Ele também ressaltou considerar estranho que países como França e Bélgica já tenham conseguido o repatriamento de recursos e o Brasil tenha começado a apurar tão tardiamente o caso. O senador enfatizou que os valores dos correntistas brasileiros neste caso do HSBC – aproximadamente US$ 7 bilhões ou perto de R$ 20 bilhões – equivalem ao total das contas de milhares de correntistas de países diversos que depositaram em muitos paraísos fiscais do mundo, o que mostra como é desproporcional esse procedimento por parte da parcela mais rica de brasileiros.
Randolfe elogiou a postura do jornalista Fernando Rodrigues e de Chico Otávio, do jornal O Globo, que também depôs na CPI, e reiterou que foram eles que deflagraram, de fato, o interesse e a apuração do caso pelos brasileiros. Encontro com Janot
Na próxima terça-feira (31) os integrantes da comissão têm audiência na PGR com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para conversar sobe o tema e as investigações por parte do Ministério Público sobre o caso das contas secretas do HSBC.
Os senadores também vão pedir um encontro com o embaixador da França no Brasil na próxima semana, para tratar do mesmo assunto, já que a França foi um dos primeiros países a fazer a investigação sobre os correntistas envolvidos no escândalo HSBC na Suíça.
Dentre os requerimentos apresentados hoje, os principais pedem a quebra de sigilos fiscal e bancário de alguns dos nomes citados na lista, cujos titulares foram procurados, mas não deram ainda declarações sobre a legalidade dessas operações, nem disseram se tudo foi devidamente informado à Receita Federal. Outros solicitaram as convocações nos próximos dias do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, do diretor do Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf) e do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.
O secretário da Receita Federal no governo Fernando Henrique Cardoso, o economista Everardo Maciel, é outro que será convidado a prestar depoimentos à comissão. Seu requerimento já foi aprovado e algumas pessoas davam como certa a sua participação na CPI na audiência de hoje, mas sua participação será agendada para um outro dia.
Reúno aqui tudo o que precisas para entender o pouco que já se sabe a respeito da mega fraude via HSBC.
No Brasil, HSBC rima com FHC. Foi ele quem trouxe o mega lavador de grana suja. A privatização da Petrobrás, segundo os anencefálicos, serviria para acabar com a corrupção. Os tucanos diziam isso do BANESTADO, do Meridional, da Vale do Rio Doce.
O HSBC prova que não é a privatização que evita a corrupção.
Se FHC tivesse exonerado, ao invés de nomear Paulo Roberto da Costa, talvez não houvesse Operação Lava Jato. Se o Poder Judiciário já tivesse punido o PP gaúcho na Operação Rodin, talvez o PP gaúcho não estivesse todo atolado na Lava Jato.
Se ao invés de engavetar todas as falcatruas o PSDB mandasse investigar, talvez não houvesse necessidade da Lista Falciani. Veio a público agora, mas a lavanderia internacional é algo com que os golpistas de sempre estão muito bem acostumados.
Nunca um apelido, Ratinho, casou tão bem com as práticas…
É nestas horas que se descobre toda importância do Impostômetro que os impostores usam a mídia para fazer propaganda. Quem não paga imposto patrocina impostômetros…
Suiçalão é a ponta do iceberg?
14 de março de 2015 | 12:09 Autor: Miguel do Rosário
O Suiçalão ainda vai dar o que falar.
Nossas suspeitas, de que aquilo era um ninho de tucanos gordos, se confirmaram.
Que tucanos são mais gordos que os barões da mídia, quase todos com contas secretas no Suiçalão?
Eles são mais tucanos e mais gordos do que qualquer dirigente do PSDB.
Poderíamos dizer até que eles – os barões da mídia – são os tucanos originais, a matriz, os fundadores do tucanismo.
E hoje são seus guardiões, suas lideranças, seus acionistas principais.
O blog Ponto & Contraponto fez algumas especulações interessantes sobre a conta secreta da família Frias, donos da Folha.
E aponta duas coincidências estranhas.
Frias abriu a conta justamente no ano do confisco da poupança, feito por Collor.
E depois fechou exatamente antes da desvalorização da moeda nacional, aquele golpe cambial que os tucanos deram na economia brasileira.
Pode não ser nada.
O faro do blogueiro, porém, está seguindo o caminho certo.
O segredo não está apenas nos nomes das contas.
Agora queremos saber os valores guardados nessas contas, se os valores foram informados à Receita Federal, e se o envio de dinheiro ao exterior guarda alguma relação com informações privilegiadas concedidas pelos governos Collor e depois FHC, aos barões da mídia.
Queremos, enfim, uma coisa bem simples: a verdade.
Frias manipulou dinheiro no exterior com informações privilegiadas de Collor e FHC?
Muito previsíveis as informações que barões da mídia estão na lista dos sonegadores do Swissleaks. A dúvida é se um dia viriam a público.
Com a exclusividade dos dados repassados pela ICIJ, o jornalista Fernando Rodrigues se portou com arrogância, tentou culpar o governo e proteger poderosos, mas agora acossado por vazamentos que conclui serem inevitáveis, resolve liberar a parte que atinge justamente veículos de mídia que estavam responsáveis pela “investigação” no Brasil.
Nesse post vamos nos atentar para a conta da família Frias, que e dona do conglomerado Folha/UOL, onde o jornalista trabalhou por anos e agora tem seu blog hospedado.
Apesar de não revelar o montante que os Frias enviaram para o Suiçalão, duas informações foram publicadas, muito provavelmente por descuido do jornalista, que revelam a relação espúria que Otávio Frias mantinha com os governos Collor e FHC.
Informação privilegiada nº 1
Fernando Rodrigues diz que a conta foi aberta em 1990, ano que foi realizado o confisco de todos os brasileiros que estavam depositados em bancos brasileiros.
O jornalista não revelou o mês, o plano Collor, com o confisco aconteceu em março desse ano, parece que não atingiu o dono do império jornalístico, que espertamente enviou seu rico dinheiro para longe do apetite confiscatório que só atingiu pessoas comuns.
Tratando de salvar apenas sua pele, embora soubesse da informação a sonegou dos distintos leitores.
Informação privilegiada nº 2
Outra informação de enorme coincidência relatada por Fernando Rodrigues e o encerramento da conta: 1998.
Como todos sabem o governo FHC manteve até 1998 o Dólar ancorado para se reeleger, pouco tempo depois de se reeleger, no início de 1999, decidiu liberar o câmbio e o Dolar passou de próximo de um Real para quatro Reais numa estilingada.
Coincidência que Frias retirasse seus Dólares da Suíça justamente às vésperas da disparada do Dolar, tornando a conversão super lucrativa ou, mais uma vez passarinhos amigos o avisaram do “bom negócio”?
(…)
Barões da mídia, tremei: a CPI do Swissleaks vem aí
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL), autor do requerimento que cria a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do SwissLeaks, está determinado em investigar todos os brasileiros envolvidos com as contas secretas do HSBC; ele disse, neste sábado (14), que a primeira medida do colegiado será pedir a quebra de sigilo de todos os correntistas já conhecidos, para verificar se de fato eles declararam à Receita Federal o dinheiro depositado no exterior; Randolfe também convocará todos os órgãos de fiscalização e bancos para explicar como o sistema permite a sonegação de impostos; para ele, “essas contas secretas no HSBC reúnem personagens de todos os escândalos recentes da história do país, dos últimos 20 anos”; “É ali que muito corruptos iam esconder o resultado de seus crimes. Aliás, não é apenas os corruptos que deverão ser investigados, mas também o papel que teve o HSBC ao ser leniente com a entrada de dinheiro suspeito na instituição”, ressalta
247 – O senador Randolfe Rodrigues (PSOL), autor do requerimento que cria a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do SwissLeaks, disse que a primeira medida do colegiado será pedir a quebra de sigilo de todos os correntistas já conhecidos do HSBC na Suíça, para verificar se de fato eles declararam à Receita Federal o dinheiro depositado no exterior.
“Para a CPI é muito fácil fazer uma lista de todos os nomes e contas bancárias que o UOL e o Globo já publicaram, enviar tudo para a Receita Federal e requerer a quebra do sigilo fiscal. Vamos pedir que nos digam quem dessas pessoas declarou Imposto de Renda e incluiu nas suas declarações de bens as contas no exterior, na Suíça”, diz Randolfe.
Ele afirma que “essas contas secretas no HSBC reúnem personagens de todos os escândalos recentes da história do país, dos últimos 20 anos”. “É ali que muito corruptos iam esconder o resultado de seus crimes. Aliás, não é apenas os corruptos que deverão ser investigados, mas também o papel que teve o HSBC ao ser leniente com a entrada de dinheiro suspeito na instituição”, ressalta.
No entanto, a CPI ainda precisa que os partidos indiquem os nomes para compor a CPI. No momento, falta apenas a indicação do PMDB. “Espero que o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira, indique os nomes já no começo da semana”, diz Randolfe. Mas existe também a hipótese de a investigação começar a funcionar mesmo sem os nomes peemedebistas, pois já haveria quórum suficiente. Essa interpretação depende da direção do Senado.
Outro objetivo de Randolfe é investigar as brechas do sistema financeiro que permitem dar “guarida a quem comete crimes ou pretende sonegar impostos”. “O primeiro ato da CPI será convocar todos os órgãos responsáveis por fiscalizar os bancos e os fluxos financeiros. Vamos convocar o Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras], a Receita Federal, o Banco Central e o Ministério da Fazenda. Todos terão de explicar muito bem como é possível ter um sistema tão poroso que permite evasão de divisas e sonegação de impostos como parece ter sido o caso que agora está sendo revelado por essas reportagens do SwissLeaks”, afirma.
O silêncio dos “inocentes” ou de como pessoas de bem reagiriam à “lista da mídia” no HSBC suíço?
14 de março de 2015 | 16:24 Autor: Fernando Brito
Espero há algumas horas, rodando sites e facebooks, para ver se há reação dos empresários e jornalistas apontados na lista de depositantes do HSBC na Suíça.
Nada, nenhuma manifestação além daquele “não sei, nunca vi” que consta da matéria de O Globo, que procurou todos os citados.
Não lhes faltam espaços para se manifestarem: ou são donos de empresas de comunicação ou dispõem de acesso a elas, além de seus proprios sites, facebooks e contas no Twitter.
Bom, damo-lhes a presunção da inocência a que todos têm direito…
Mas a questão seguinte é inescapável: não parece obvio que estariam, neste instante, anunciando a interpelação judicial de O Globo e do UOL, onde se veiculou a denúncia para que entregassem os documentos que usaram para apontá-los, se os tem.
Providência básica para, a seguir, propor uma ação de danos morais contra o jornal.
Afinal, não se espalham ações contra os blogueiros, com muito menos causa de pedir – até “sacripanta” rendeu condenação do Miguel do Rosário pelo Ali Kamel?
Afinal, ao meu modestíssimo juízo, ser apontado nos maiores veículos de comunicação como detentor de conta na Suíça causa um abalo moral muito mais grave que um “sacripanta” num blog.
Mas certamente há a prova da presença nos arquivos do Banco e, saí, duas possibilidades: ou é declarada ou é clandestina.
Se é declarada, cada um tem o direito de, querendo, exibir sua declaração de bens ao Imposto de Renda e, neste caso, era só pegar o papelório – ou agora o arquivo de computador – e mostrar que a declarou, bem declaradinha, como eu e você declaramos o apartamento modesto ou a conta bancária com nossos caraminguás.
Até agora, alguém fez isso? Anunciou isso? Algum deles disse que vai fazer isso segunda-feira, embora todos tenham sido avisados, pela equipe de jornalistas que publicou a informação, pois deram respostas?
Não.
Portanto, acaba-se ficando livre para imaginarmos que, na maioria ou em todos os casos, não foram declaradas.
Portanto, clandestinas.
Os inocentes não costumam ficar tão quietos quando são ofendidos.
Pimenta ao 247: ‘Mídia fez sua defesa prévia’
Vazamento de nomes de proprietários de veículos de comunicação e jornalistas atende a estratégia preventiva diante da iminência do repasse da lista completa do Swissleaks ao governo brasileiro pelo Fisco francês; a afirmação é o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que cobra das diversas instituições a apuração de eventuais crimes na remessa de dinheiro à filial do Banco HSBC na Suíça; segundo ele, a seletividade no vazamento de nomes pelo portal Uol e agora pelo jornal O Globo tenta esconder possíveis malfeitos entre 1997 e 2001, época das privatizações do governo FHC, período que jaz nos subterrâneos da vida pública nacional
Realle Palazzo-Martini, do 247 – A divulgação pelo portal Uol e pelo jornal O Globo de que proprietários de importantes veículos de comunicação e jornalistas brasileiros mantiveram contas secretas no Banco HSBC na Suíça atende a uma estratégia prévia de defesa dos “barões da mídia”. Foi o que sustentou ao Brasil247 neste sábado (14) o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS). O surgimento dos nomes acontece menos de uma semana após a Embaixada da França firmar compromisso com o governo brasileiro para repassar a lista completa dos 8.667 brasileiros relacionados no escândalo.
A notícia veiculada no Uol e em O Globo é sintomática, avalia Pimenta. Segundo ele, a pressão da sociedade, por meio das redes sociais, pela revelação dos brasileiros relacionados no escândalo precipitou o surgimento dos nomes dos empresários da mídia. “Não parece um paradoxo que o jornalista Fernando Rodrigues tenha convidado justamente O Globo para auxiliar na pesquisa dos dados do Swissleaks?” questiona. Rodrigues, que trabalha no Uol, tem exclusividade de acesso aos dados das contas secretas no HSBC divulgados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos.
Na reportagem deste sábado de Uol e O Globo, surgiram nomes como Otavio Frias, do Grupo Folha, que controla o Uol. E também Lily Marinho, falecida em 2011, ex-mulher do fundador das Organizações Globo, Roberto Marinho (também já morto). Há ainda nomes como o do apresentador Ratinho, do SBT, Jhonny Saad, do Grupo Bandeirantes, e de José Roberto Guzzo, colunista e membro do conselho editorial da Abril (leia mais aqui).”Não podemos aceitar essa seletividade filtrada por Uol e Globo”, critica Pimenta. “Essa reportagem só confirma nossa denúncia de vazamento seletivo de modo a conduzir a opinião pública numa direção específica”, reforça.
Privatizações
O deputado Paulo Pimenta já encaminhou requerimentos ao Ministério da Justiça e à Procuradoria Geral da República (mais aqui) pedindo ações para investigar eventuais crimes na remessa de dinheiro para o HSBC suíço. Também esteve no Banco Central e com o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid. Nesta semana, em reunião com o ministro José Eduardo Cardozo, Pimenta recebeu a informação de que estão adiantadas as tratativas com o Embaixada da França para que o Fisco daquele país, depositário institucional das informações do consórcio de jornalistas, entregue todos os dados às autoridades nacionais.
O gaúcho lembra que países como a própria França, Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Argentina e Austrália já conseguiram repatriar US$ 1,360 bilhão das contas secretas do HSBC em razão de movimentações irregulares. Pimenta pondera, entretanto, que nem todas as contas podem ser consideradas ilegais. Mas sustenta que o histórico do dinheiro que chegou às contas do banco suíço pode levar ao crime original, como já revelado em casos envolvendo contraventores e traficantes de drogas.
O deputado petista tem interesse especial em por a lupa sobre possíveis personagens envolvidos nas privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) entre os anos de 1997 e 2001. “Tenho convicção de que esta investigação vai nos permitir fazer o caminho inverso ao dinheiro e resgatar um período importante da vida pública nacional que até hoje permanece nos subterrâneos”, acredita.
Pimenta também mantem contatos frequentes com o senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP), artífice da CPI do HSBC (ou CPI do Swissleaks), instalada no Senado pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL). Os líderes dos partidos já indicaram representantes. O deputado acha que a comissão pode jogar luz em muitos casos envolvendo evasão de divisas, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
PT: arautos da moralidade caíram por terra
A Agência PT de Notícias publicou neste sábado (14) um texto que trata sobre a lista dos nomes brasileiros com contas no HSBC na Suíça, “um dos maiores esquemas de evasão fiscal e de divisas já relevados no mundo”; “A relação traz representantes de grandes grupos de comunicação no País. Dentre eles, Folha, Globo, Abril, Bandeirantes, Verdes Mares, Rede Transamérica e outros arautos da moralidade”, ressalta o partido; o PT diz ainda que “o material caiu como uma bomba dentro da Globo que tentou desviar a atenção do caso”
247 – A Agência PT de Notícias publicou texto neste sábado (14) um texto que trata sobre a lista dos nomes brasileiros com contas no HSBC na Suíça, “um dos maiores esquemas de evasão fiscal e de divisas já relevados no mundo”. “A relação traz representantes de grandes grupos de comunicação no País. Dentre eles, Folha, Globo, Abril, Bandeirantes, Verdes Mares, Rede Transamérica e outros arautos da moralidade”, pontua.
Abaixo o texto na íntegra:
Nesta madrugada, foi divulgada a lista com os nomes de brasileiros com contas no HSBC da Suíça, envolvidos num dos maiores esquema de evasão fiscal e de divisas já revelados no mundo. A relação traz representantes de grandes grupos de comunicação no País. Dentre eles, Folha, Globo, Abril, Bandeirantes, Verdes Mares, Rede Transamérica e outros arautos da moralidade.
O material foi divulgado após as manifestações em defesa da democracia, realizadas nesta sexta-feira por movimentos sindicais e sociais de todo o Brasil, e à véspera dos atos marcados para 15 de março, numa estratégia para tentar diminuir a repercussão do caso junto à sociedade.
A lista mais recente, divulgada pelo jornalista Fernando Rodrigues e pelo site do jornal “O Globo”, contém o nome do já falecido empresário Otávio Frias, fundador do Grupo Folha, e de seu filho, Luís Frias, um dos donos do Uol, como beneficiário de conta no paraíso fiscal.
O material também revela o nome de Lily Marinho, viúva de Roberto Marinho, da Globo, morta em 2011, com nada menos que US$ 750,2 mil. O material caiu como uma bomba dentro da organização que tentou desviar a atenção do caso relacionando o ex-marido de Lily, Horácio de Carvalho, morto em 1983, aos recursos.
Quatro integrantes da família Saad, da Rede Bandeirantes, também mantinham contas no HSBC, em Genebra. São eles, João Jorge Saad, a empresária Maria Helena Saad Barros, Ricardo Saad e Silvia Saad Jafet.
A conta de José Roberto Guzzo, colunista e membro do conselho editorial da Abril, um dos mais raivosos contra o governo e o Partido dos Trabalhadores, também foi revelada.
O apresentador do SBT, Carlos Massa, conhecido como Ratinho, manteve a bagatela de US$ 12,4 milhões nos cofres suíços.
Mona Dorf, jornalista ligada à Rádio Eldorado, tinha US$ 310 mil na conta.
Arnaldo Bloch, do extinto grupo Manchete, também foi correntista, assim como a família Dines, que, à época, manteve US$ 1,3 milhão no banco suíço.
Com US$ 120,5 milhões, Aloysio de Andrade Faria, dono da Rede Transamérica, tem a maior soma das contas. Em suas rádios críticas contra à corrupção são comuns por parte de seus jornalistas e apresentadores.
Depois dele, aparecem Yolanda Queiroz, Lenise Queiroz Rocha, Paula Frota Queiroz e Edson Queiroz Filho, do grupo Verdes Mares, afiliado da Globo no Ceará, com US$ 83,9 milhões.
Ao Blog do Fernando Rodrigues, do Uol, todos eles disseram não terem cometido irregularidades. Além deles, aparece na lista Luiz Fernando Levy, que quebrou a Gazeta Mercantil, deixando dívidas tributárias e trabalhistas. Os registros indicam que 14 contas já estavam encerradas em 2007, quando os dados vazaram.
No Senado, a CPI do HSBC aguarda a indicação dos membros pelos partidos para que as investigações sobre o caso sejam iniciadas.
DCM: Rodrigues é o investigador que virou engavetador
O jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, afirma que o jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, está numa situação constrangedora em relação à divulgação da lista dos brasileiros com contas no HSBC da Suíça; “Por vários dias ele teve o monopólio da lista no Brasil, e o que se viu foi um engavetamento descarado de nomes. A relação das contas foi depois passada também ao Globo, e deu no que deu. Rodrigues está desmoralizado, é certo”, diz
247 – O jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, afirma que o jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, está numa situação constrangedora em relação à divulgação da lista dos brasileiros com contas no HSBC da Suíça. “Por vários dias ele teve o monopólio da lista no Brasil, e o que se viu foi um engavetamento descarado de nomes. A relação das contas foi depois passada também ao Globo, e deu no que deu. Rodrigues está desmoralizado, é certo”, diz.
Não só os Frias lutarão por sua reputação, a rigor. Também o jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, está numa situação constrangedora.
Por vários dias ele teve o monopólio da lista no Brasil, e o que se viu foi um engavetamento descarado de nomes.
A relação das contas foi depois passada também ao Globo, e deu no que deu.
Rodrigues está desmoralizado, é certo. Mas não é fácil a vida de um jornalista que recebe uma lista de predadores e, ao examiná-la, descobre o nome de seus patrões.
Isso tem que ser reconhecido.
Ratinho HSBC dizia que Dilma teria que ‘fugir’
O empresário Carlos Massa, o Ratinho do SBT e do HSBC, chegou a dizer que a presidente Dilma Rousseff poderia ser forçada a “fugir do País” quando a população acordasse para ir às ruas e protestar contra a corrupção; com US$ 12,4 milhões no HSBC em 2007, ele tem um filho político, Ratinho Júnior, que concorrerá à prefeitura de Curitiba em 2016, com apoio do tucano Beto Richa, um dos governadores menos populares do País; será que agora, com o escândalo do HSBC público, o apresentador também defenderá que os envolvidos sejam expulsos do país pela população?
Paraná 247 – O empresário Carlos Massa, o Ratinho do SBT e do HSBC (saiba mais), chegou a dizer que a presidente Dilma Rousseff poderia ser forçada a “fugir do País” quando a população acordasse para ir às ruas e protestar contra a corrupção.
Ratinho aparece na lista do HSBC com depósitos de US$ 12,4 milhões em 2007 – ano em que as informações foram obtidas pelo ex-funcionário do banco Hervé Falciani. Segundo ele, a conta foi declarada à Receita Federal.
Ele é pai do político Ratinho Júnior, aliado do governador tucano Beto Richa, do Paraná, que é hoje um dos mais impopulares do País. Ratinho Júnior deve concorrer à prefeitura de Curitiba em 2016, com apoio do pai.
Confira, abaixo, o vídeo em que ele previa a necessidade de que Dilma fugisse do País:
Barões da mídia, tremei: a CPI do Swissleaks vem aí
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL), autor do requerimento que cria a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do SwissLeaks, está determinado em investigar todos os brasileiros envolvidos com as contas secretas do HSBC; ele disse, neste sábado (14), que a primeira medida do colegiado será pedir a quebra de sigilo de todos os correntistas já conhecidos, para verificar se de fato eles declararam à Receita Federal o dinheiro depositado no exterior; Randolfe também convocará todos os órgãos de fiscalização e bancos para explicar como o sistema permite a sonegação de impostos; para ele, “essas contas secretas no HSBC reúnem personagens de todos os escândalos recentes da história do país, dos últimos 20 anos”; “É ali que muito corruptos iam esconder o resultado de seus crimes. Aliás, não é apenas os corruptos que deverão ser investigados, mas também o papel que teve o HSBC ao ser leniente com a entrada de dinheiro suspeito na instituição”, ressalta
247 – O senador Randolfe Rodrigues (PSOL), autor do requerimento que cria a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do SwissLeaks, disse que a primeira medida do colegiado será pedir a quebra de sigilo de todos os correntistas já conhecidos do HSBC na Suíça, para verificar se de fato eles declararam à Receita Federal o dinheiro depositado no exterior.
“Para a CPI é muito fácil fazer uma lista de todos os nomes e contas bancárias que o UOL e o Globo já publicaram, enviar tudo para a Receita Federal e requerer a quebra do sigilo fiscal. Vamos pedir que nos digam quem dessas pessoas declarou Imposto de Renda e incluiu nas suas declarações de bens as contas no exterior, na Suíça”, diz Randolfe.
Ele afirma que “essas contas secretas no HSBC reúnem personagens de todos os escândalos recentes da história do país, dos últimos 20 anos”. “É ali que muito corruptos iam esconder o resultado de seus crimes. Aliás, não é apenas os corruptos que deverão ser investigados, mas também o papel que teve o HSBC ao ser leniente com a entrada de dinheiro suspeito na instituição”, ressalta.
No entanto, a CPI ainda precisa que os partidos indiquem os nomes para compor a CPI. No momento, falta apenas a indicação do PMDB. “Espero que o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira, indique os nomes já no começo da semana”, diz Randolfe. Mas existe também a hipótese de a investigação começar a funcionar mesmo sem os nomes peemedebistas, pois já haveria quórum suficiente. Essa interpretação depende da direção do Senado.
Outro objetivo de Randolfe é investigar as brechas do sistema financeiro que permitem dar “guarida a quem comete crimes ou pretende sonegar impostos”. “O primeiro ato da CPI será convocar todos os órgãos responsáveis por fiscalizar os bancos e os fluxos financeiros. Vamos convocar o Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras], a Receita Federal, o Banco Central e o Ministério da Fazenda. Todos terão de explicar muito bem como é possível ter um sistema tão poroso que permite evasão de divisas e sonegação de impostos como parece ter sido o caso que agora está sendo revelado por essas reportagens do SwissLeaks”, afirma.
Fel-lha, #globogolpista e Band! O PiG se afogou no HSBC!
DO UOL
Ao menos 22 empresários do ramo jornalístico e seus parentes, além de 7 jornalistas, estão na relação dos que mantinham contas na agência do HSBC em Genebra, na Suíça, em 2006 e 2007.
Os registros indicam que 14 contas já estavam encerradas em 2007, quando os dados vazaram no escândalo que ficou conhecido como SwissLeaks. Todos os citados foram procurados. Parte negou irregularidades e alguns preferiram não comentar.
Ter uma conta bancária na Suíça ou em qualquer outro país não é ilegal, desde que seja declarada à Receita Federal. Os titulares também devem informar ao Banco Central quando o saldo for superior a US$ 100 mil.
Entre os correntistas do HSBC na Suíça estão ou estiveram pessoas ligadas a algumas das maiores empresas de comunicação do país.
É o caso de Lily de Carvalho, viúva de dois jornalistas e donos de jornais, Horácio de Carvalho e Roberto Marinho. Roberto Marinho (1904-2003) foi dono das Organizações Globo, hoje Grupo Globo. Lily morreu em 2011.
Na relação de correntistas do HSBC em Genebra também constam os nomes de proprietários do Grupo Folha.
Tiveram conta conjunta naquela instituição financeira os empresários Octavio Frias de Oliveira (1912-2007) e Carlos Caldeira Filho (1913-1993). Luiz Frias (atual presidente da Folha e presidente/CEO do UOL) aparece como beneficiário da mesma conta, criada em 1990 e encerrada em 1998. Em 2006/07, os arquivos do banco ainda mantinham os registros, mas a conta estava inativa e com o seu saldo zerado.
O Grupo Folha e a família de Octavio Frias de Oliveira “informam não ter registro da referida conta bancária e manifestam sua convicção de que, se ela existiu, era regular e conforme à lei”.
Quatro integrantes da família Saad, proprietária da Rede Bandeirantes, também detinham contas no HSBC à época, entre eles o fundador da companhia, João Jorge Saad (1919-1999).
Quá, quá, quá !
Os donos da Fel-lha e seu “segurança”, o “repórter” investigativo do UOL, Fernando Rodrigues, montaram durante certo tempo uma fraude: não podiam divulgar o nome dos flagrados no escândalo de lavagem de dinheiro no HSBC porque o Governo não tomava a iniciativa de pegar a lista.
Quá, quá, quá !
Afinal, dizia o “repórter” investigativo do UOL, ter conta no exterior não significa nada.
Desde que o correntista declare no Imposto de Renda.
Deve ser muito provável que certo colonista (no ABC do C Af), da Fel-lha, membro da família Steinbruch se dê ao trabalho de depositar dinheiro num banco especialista em lavar dinheiro e, ao mesmo tempo, confessar ao Imposto de Renda (brasileiro).
É muito provável !!!
Quá, quá, quá !
Depois, a Fel-lha e seu implacável “repórter” investigativo identificaram ladrões envolvidos na Lava Lato e que lavavam HSBC.
Aí, a dona Guevara, dona da lista lá na Europa, e que mereceu generosa correspondência do Amaury Ribeiro Jr, sentiu a batata assar e entregou a lista não à Carta Capital ou à Carta Maior, mas à #globogolpista !
Esperta a dona Guevara…
Entregar à Fel-lha e ao Globo.
E achar que ninguém percebe …
Acontece que a #globogolpista também sentiu a batata assar e começou a revelar uns nomes.
A batata assava.
E se, de repente, o Amaury, que pertenceu à organização (?) da dona Guevara mete a mão na lista toda ?
Foi o que fez o Otavinho, dono da Fel-lha e chefe do “repórter” investigativo.
“Bem, vamos revelar alguns nomes, para não sermos definitivamente desmoralizados”, teria pensado o dramaturgo e ensaista herdeiro da Fel-lha.
E enterrou a notícia lá embaixo, quase caindo pra fora, na página B6 (página par, menos lida que a ímpar), numa seção de nome “Mercado”, que ninguém do Mercado ou fora dele lê.
E fez isso num dia de sábado, o dia da semana em que menos se lê jornal – ou o acessa na internet.
Estão lá o pai do Otavinho, o sócio do pai do Otavinho e o irmão do Otavinho, Luis Frias, que é quem manda, de fato, no UOL, que sustenta Fel-lha.
Mas, segundo a Fel-lha, eles nem sabiam que tinham dinheiro lá.
Gente desatenta, não, amigo navegante ?
Não sabem que tem uma graninha no HSBC da Suíça.
Quá, quá, quá !
A doce Dona Lily, viúva do Dr Roberto Marinho estava lá.
Assim como a família Saad, dona da Bandeirantes, que exibe no Jornal da Band e no Boris Casoy catilinas furiosas em defesa da Moral e Ética !
Já imaginaram se o Boris Casoy pegasse a filha da Dilma na lista do HSBC ?
Com aqueles finos e reveladores lábios, com o timbre de camelô de muambas “made in China”, bradar furioso: “isso é uma vergonha !”
Logo na primeira linha diz que “ao menos 27 (ôba !) empresários do ramo jornalístico, além de sete (ôba !) jornalistas estão na relação”…
Sete jornalistas ?
Jornalistas ?
Que jornalistas têm grana suficiente para lavar dinheiro no HSBC ?
Que empresa jornalística pagaria salários tão altos para justificar essa lavagem ?
Mas, a Fel-lha não cita nenhum jornalista.
Que pena !
E quais são os outros empresários ?
É corporativismo da Fel-lha, poupar os amigos de jantar no Fasano ?
Ah, se o Amaury trabalhasse para o Conversa Afiada…
A Casa Grande caía.
Em tempo: o excelente repórter Chico Otávio (que sabe da vida do Imaculado Cunha (agora também no ABC do C Af), no Globo, acrescenta alguns nomes do PiG no HSBC: – Ratinho
– Yolanda Queiroz, da TV Verdes Mares, repetidora da #globogolpista e sogra do senador tucano Tasso tenho jatinho porque posso Jereissati;
– Aloysio Faria, dono do banco Alpha (ex-dono do Real) e do grupo Rede Transamérica de rádio, com US$ 120 milhões !!!;
– José Roberto Guzzo, diretor da Abril e colonista (no ABC do C Af) furioso, direitista do gênero ISIS, no detrito de maré baixa;
(Outro colonista do gênero ISIS, no detrito sólido, um tal de “rola bosta” figura de forma exuberante, na companhia do tucaníssimo Andrea Matarazzo, na lista da Camargo Correia, divulgada pela excelente Conceição Lemes);
– Familia Dines, do Globo e da falecida Manchete;
– Fernando Luis Vieira de Mello, dono da Jovem Pan, também conhecida como “Jovem Ku Klux Pan”, que compete com a CBN, “a rádio que troca a notícia”, para ver quem verte mais ódio contra a Dilma;
– e Mona Dorf, da Ku Klux Pan.
É essa a turma (tudo a mesma sopa, diria o Mino) que vai bater panela quatro anos e perder a eleição em 2018.
Deu nisso, Otavinho: acabar na lista do Ratinho !
Quá, quá, quá !!! Em tempo2: mas ainda falta a lista do Amaury !
Em tempo3: esse Bessinha …
Paulo Henrique Amorim
Otavinho, vem cá, Otavinho ! Traz o Fernandinho ! Vem fazer o DNA !
Incluído de forma torta na lista de jornalistas com contas na Suíça (divulgada também de forma torta e suspeita em “O Globo”), o veterano Alberto Dines desferiu um duro ataque contra o jornal conservador mantido pela família Marinho.
Ele acusou o jornal carioca de, malandramente, ter indicado os recursos em nome dos filhos dele (Dines) como pertencentes à “família Dines”. Mas na hora de identificar a conta de Lily Marinho, o jornal preferiu chamá-la de “Lily de Carvalho”, poupando os irmãos Marinho de qualquer esclarecimento sobre uma conta suspeita aberta na Suíça.
Vejam as ponderações de Dines:
“Entre os sete profissionais vivos [incluídos na lista] estão os quatro filhos deste observador agrupados como “Família Dines”. Embora classificados como “jornalistas independentes”, adultos e efetivamente independentes, aparecem identificados pelo nome do pai que apenas se prontificou a prestar esclarecimentos ao repórter já que três deles vivem no exterior há cerca de 30 anos, não têm conta bancária nem declaram rendimentos no Brasil.
O mesmo e perverso sistema que consiste em identificar as proles pelo nome dos pais não foi usado ao mencionar a conta secreta da falecida Lily de Carvalho, viúva do também falecido Roberto Marinho, cujos três filhos comandam o mais poderoso grupo de mídia da América Latina.
Seguindo a infame lógica que levou o jornal a colocar este observador no meio de supostos infratores, também os filhos de Roberto Marinho – o primogênito Roberto Irineu Marinho, o filho do meio João Roberto Marinho e o caçula, José Roberto Marinho (ou um deles em nome dos demais) – deveriam ter sido nomeados e feito declarações para explicar os negócios da madrasta.
O certo seria dar voz a João Roberto Marinho (que fala em nome da empresa e dos acionistas majoritários, além de comandar o segmento da mídia impressa) para dar as explicações que o Globo generosamente preferiu encampar no próprio texto da matéria para não macular a imagem do grande chefe.”
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Entendo a indignação de Dines – jornalista de posições dúbias, que apoiou o golpe de 64, mas depois se arrependeu.
Os Marinho jogaram a Débora Dines (que, inclusive trabalhou na Globo Rio como repórter), o pai dela e outros jornalistas nessa lista – para criar confusão.
Dines, no texto intitulado “Vazamentos brasileiros, canalhices brasileiras” (clique aqui para ler na íntegra), explica que os recursos contabilizados em nome dos filhos são fruto de herança recebida da mãe deles (oriunda da família Bloch – da falida Manchete), de quem Dines é separado há décadas.
Não informa, no entanto, se são recursos declarados ou não. Aliás, é muito dinheiro: 1,3 milhão de dólares estavam nas contas da Suíça em nome dos filhos de Dines.
O que interessa é que a madrasta dos irmãos Marinho (Lily – com quem Roberto Marinho dividia uma casa com flamingos e um lago, no Cosme Velho) está na lista. E a família Frias (dona da Folha) também está lá.
Os Frias, aliás, precisam explicar ao Brasil como abriram contas na Suiça em abril de 1990, um mês depois do confisco do Plano Collor – quando os brasileiros tiveram suas contas bloqueadas.
Os Frias guardavam dinheiro em casa e levaram pra Suíça?
Vejam a diferença: o Dines ao menos tenta se explicar, já os Frias dão uma resposta que beira o cinismo:
“O Grupo Folha e a família de Octavio Frias de Oliveira informam não ter registro da referida conta bancária e manifestam sua convicção de que, se ela existiu, era regular e conforme à lei”.
Ah, eles não têm registro. Entendi. Eu também vivo perdendo meus extratos nessa bagunça aqui em casa…
O jornal O Estado de São Paulo revelou nesta sexta feira (13) que obteve, através do jornal suíço Le Temps, informações de que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa – que confessou ter recebido propinas de empreiteiras – está na papelada do Swissleaks, ou seja, na lista de clientes do HSBC suíço
Outro ex-gerente da Petrobras pego na operação Lava Jato, Pedro Barusco Filho, também tem sua ficha lá. Estranhamente, no caso de Barusco, o jornal diz “segundo sua ficha, a conta foi mantida entre 1998 e 2005 e, em certo momento, chegou a ter US$ 992 mil”… Leia mais aqui
Sabendo que a imprensa estrangeira já estava fazendo matérias sobre a blindagem do PIG a brasileiros no Suiçalão (brasileiros com contas secretas no HSBC suíço vazadas no projeto Swissleaks), o jornal “O Globo” resolveu se antecipar e desistiu de tampar o sol com a peneira. Soltou alguns nomes de barões da mídia e jornalistas.
Eis os ilustres “suiçaleiros” do PIG: Donos do Grupo Folha/UOL:
Luiz Frias, atual presidente do jornal Folha de São Paulo e do portal UOL.
Octavio Frias de Oliveira e Carlos Caldeira Filho (já falecidos), foram donos da Folha.
Foram beneficiários de contas entre 1990 e 1998. Donos do Grupo Band (TVs, Rádios):
Ricardo Saad, acionista e membro do Conselho do Grupo Band, filho de João Saad.
Silvia Saad Jafet, sobrinha de João Saad.
João Jorge Saad, fundador da TV (já falecido).
Maria Helena Saad Barros (falecida esposa de João Saad e filha do ex-governador de SP Ademar de Barros). Donos da afiliada da Rede Globo tinham US$ 83,9 milhões:
Lenise Queiroz Rocha;
Yolanda Vidal Queiroz;
Paula Frota Queiroz
(todos membros do conselho de administração do Grupo Edson Queiroz, dono da TV Verdes Mares e do “Diário do Nordeste” no Ceará).
Edson Queiroz Filho (falecido). Viúva de Roberto Marinho (TV Globo):
Lily Marinho, já falecida, viúva do patriarca da TV Globo, tinha saldo US$ 750,2 mil em 2006/2007 na conta da Fundação Horácio de Carvalho Jr. Horácio de Carvalho foi seu primeiro marido, dono do extinto jornal “Diário Carioca”. Ratinho do SBT teve US$ 12,5 milhões.
O apresentador de TV Ratinho e dono da “Rede Massa” (afiliada ao SBT no Paraná) tinha uma conta com sua mulher, Solange Martinez Massa, em 2006/2007 com saldo acima. J. R. Guzzo, da revista Veja.
José Roberto Guzzo, conhecido como J.R. Guzzo é diretor editorial da revista Exame, colunista da revista Veja, e integra o Conselho Editorial da Abril. A reportagem só disse que teve conta mas não informou datas e disse que em 2006/2007 estava zerada. Jornalista do jornal “O Globo”
Arnaldo Bloch teve conta encerrada, mas a reportagem não informa datas. Jornalistas da rádio Jovem Pan
Mona Dorf, apresentadora da rádio Jovem Pan, tinha US$ 310,6 mil
Fernando Luiz Vieira de Mello (falecido), ex-diretor da rádio Jovem Pan, teve uma conta, que foi encerrada em 1999. Dono da TV Tribuna, afiliada ao SBT, no Espírito Santo tinha US$ 10 milhões
Fernando João Pereira dos Santos, do Grupo João Santos, tem a TV, rádio e jornal Tribuna no Espírito Santo, além de rádio FM em Pernambuco. Tinha duas contas com saldo totalizando US$ 10 milhões. Dono da Rede Transamérica tinha US$ 120,6 milhões:
Aloysio de Andrade Faria, do Banco Alfa e da Rede Transamérica. Filho de banqueiro do Banco Itaú e “Catão” golpista da UDN:
Luiz Fernando Ferreira Levy (falecido), teve conta secreta entre 1992 e 1995.
Herdou o extinto jornal “Gazeta Mercantil” do pai Herbert Levy, ex-deputado da UDN e da Arena, golpista de 1964, ex-banqueiro do Banco América, fundido com o Itaú, do qual foi presidente do conselho por 17 anos. Família do jornalista Alberto Dines tinha US$ 1,395 milhão:
Arnaldo Dines, Alexandre Dines, Debora Dines e Liana Dines, filhos de Alberto Dines, tinham a cifra acima. Dono das rádios Curitiba e Ouro Verde FM:
João Lydio Seiler Bettega, dono das rádios no Paraná, tinha US$ 167,1 mil em 2006/2007. Dono da Rede CBS de rádios:
Dorival Masci de Abreu (falecido), era proprietário da Rede CBS de rádios (Scalla, Tupi, Kiss e outras), teve conta entre 1990 a 1998. Viúva do antigo dono do grupo Manchete:
Anna Bentes, que foi casada com Adolpho Bloch (1908-1995), dono da antiga revista e TV Manchete, fechou sua conta no ano 2000.
Interessante a informação publicada no blog do jornalista Fernando Rodrigues sobre Fernanda Mano de Almeida, filha de Paulo Celso Mano Moreira da Silva, 70 anos.
Trata-se de um engenheiro e ex-diretor de operações do Metrô de São Paulo, durante o governo de José Serra, do PSDB.
Rodrigues, membro do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês), é dono, na imprensa brasileira, da lista de mais de 8 mil brasileiros pegos no chamado “SwissLeaks”, o megavazamento de contas numeradas do HSBC na Suíça.
Hoje, ao revelar a existência de uma conta de Moreira da Silva, o jornalista do UOL trombou, sem querer, com um caso emblemático de indignação seletiva nas redes sociais.
Fernanda, 41 anos, filha de Moreira Silva, é uma das beneficiárias da conta do pai, na Suíça. Apenas entre 2006 e 2007, o ex-diretor do Metrô de São Paulo tinha, na agência de Genebra do HSBC, a bagatela de 3 milhões de dólares (9 milhões de reais).
Assim como o colega Ademir de Araújo, ex-diretor de obras da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), o engenheiro Moreira da Silva abriu a conta numerada no paraíso fiscal suíço em 1997, justamente no período em que a estatal paulista se envolveu numa série de falcatruas com a empresa francesa Alstom.
E como se comporta Fernanda, beneficiária de uma conta clandestina na Suíça aberta por um pai acusado de corrupção?
Primeiro, junta-se ao coro dos revoltados on line contra a corrupção no Brasil.
Isso mesmo: como boa parte da direita nacional, Fernanda esconde-se atrás da velha banda udenista anticorrupção por pura hipocrisia.
Depois, declara-se eleitora de Aécio Neves, do mesmo PSDB que deu guarida e autoridade ao pai, alegre correntista do HSBC, durante a gestão de Serra.
É a velha tática de roubar a carteira e gritar “pega ladrão” – uma imagem muita cara à retórica tucana, embora usada sempre com propriedade discutível.
Nas ruas, no dia 15 de março, não tenham dúvida, haverá uma multidão de Fernandas horrorizadas com a corrupção do PT e os desvios na Petrobras.
Desvios, aliás, iniciados no mesmo período em que o papai engenheiro, também sob as asas de um governo tucano, montou a milionária poupança para a filha numa conta secreta na Suíça.
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Sobre o Autor
Leandro Fortes é jornalista, professor e escritor. Trabalhou para o Jornal do Brasil, O Globo, Correio Braziliense, Estadão, Revista Época e Carta Capital.
O nome mais interessante entre os empresários de mídia listados no Swissleaks é, de longe, Luís Frias, presidente da Folha e do UOL.
Seria em qualquer circunstância, dada a arrogância grosseira com que a Folha regularmente dá lições de moral.
Mas o que torna especialmente picante a presença de Frias na lista é que a notícia foi dada pelo Globo.
Os Marinhos são sócios dos Frias no UOL, e não costumam ser severos com amigos, como se viu pela forma como trataram Aécio na campanha.
Qual a explicação?
Três coisas podem ter se juntado aí. A primeira: o desejo da Globo de não ser a única empresa de mídia a carregar a pecha de sonegadora. Dividir com a Folha pode aliviar a vergonha.
A segunda: dar aquela lista foi uma forma de os Marinhos mostrarem que, ao contrário do que tantos suspeitavam, eles não estão no Swissleaks. Melhor os Frias embaraçados que eles, os Marinhos.
A terceira: Luís Frias é amplamente odiado entre os barões da mídia. Na Abril, lembro bem, quando a sociedade dos Civitas com a Folha no UOL foi desfeita, o comentário no alto escalão foi o seguinte: “Nos livramos do pior sócio do mundo.”
Na Globo, sócios dos Frias no Valor, os ânimos não devem ser muito diferentes. Numa reunião de diretoria da qual participei, o presidente Roberto Irineu Marinho se referiu aos Frias como os “anões da Barão”, em referência à estatura da família.
(Farpas assim não são exatamente incomuns. Uma vez, o caçula dos Marinhos, José Roberto, me perguntou se era verdade que Roberto Civita se referia a ele e aos irmãos como os Três Patetas. Respondi que nunca ouvira RC fazer isso.)
Bem, pessoalmente acho que o motivo do artigo que embaraça os Frias é uma mistura das três hipóteses que mencionei.
Outro ponto torna ainda mais excitante o artigo do Globo. Como a Folha vai reagir?
No caso da sonegação da Globo na compra dos direitos da Copa de 2002, a atitude da Folha foi abjeta.
Ela deu uma nota, e depois o assunto sumiu do jornal para sempre.
Os Frias agora devem estar arrependidos de poupar os Marinhos, ou por deliberação própria ou depois de um telefonema dos sócios.
É previsível que, além de tentar limpar sua imagem no escândalo, os Frias se dediquem nos próximos tempos a retaliar a Globo.
Assuntos não faltam, sabemos todos.
Se a lista do Globo representar o fim da proteção que as grandes empresas de mídia são umas às outras, a sociedade sairá lucrando.
Não só os Frias lutarão por sua reputação, a rigor. Também o jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, está numa situação constrangedora.
Por vários dias ele teve o monopólio da lista no Brasil, e o que se viu foi um engavetamento descarado de nomes.
A relação das contas foi depois passada também ao Globo, e deu no que deu.
Rodrigues está desmoralizado, é certo. Mas não é fácil a vida de um jornalista que recebe uma lista de predadores e, ao examiná-la, descobre o nome de seus patrões.
Isso tem que ser reconhecido.
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Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.
Sabendo que a imprensa estrangeira já estava fazendo matérias sobre a blindagem do PIG a brasileiros no Suiçalão (brasileiros com contas secretas no HSBC suíço vazadas no projeto Swissleaks), o jornal “O Globo” resolveu se antecipar e desistiu de tampar o sol com a peneira. Soltou alguns nomes de barões da mídia e jornalistas.
Eis os ilustres “suiçaleiros” do PIG:
Donos do Grupo Folha/UOL:
Luiz Frias, atual presidente do jornal Folha de São Paulo e do portal UOL.
Octavio Frias de Oliveira e Carlos Caldeira Filho (já falecidos), foram donos da Folha.
Foram beneficiários de contas entre 1990 e 1998.
Donos do Grupo Band (TVs, Rádios):
Ricardo Saad, acionista e membro do Conselho do Grupo Band, filho de João Saad.
Silvia Saad Jafet, sobrinha de João Saad.
João Jorge Saad, fundador da TV (já falecido).
Maria Helena Saad Barros (falecida esposa de João Saad e filha do ex-governador de SP Ademar de Barros).
Donos da afiliada da Rede Globo tinham US$ 83,9 milhões:
Lenise Queiroz Rocha;
Yolanda Vidal Queiroz;
Paula Frota Queiroz
(todos membros do conselho de administração do Grupo Edson Queiroz, dono da TV Verdes Mares e do “Diário do Nordeste” no Ceará).
Edson Queiroz Filho (falecido).
Viúva de Roberto Marinho (TV Globo):
Lily Marinho, já falecida, viúva do patriarca da TV Globo, tinha saldo US$ 750,2 mil em 2006/2007 na conta da Fundação Horácio de Carvalho Jr. Horácio de Carvalho foi seu primeiro marido, dono do extinto jornal “Diário Carioca”.
Ratinho do SBT teve US$ 12,5 milhões.
O apresentador de TV Ratinho e dono da “Rede Massa” (afiliada ao SBT no Paraná) tinha uma conta com sua mulher, Solange Martinez Massa, em 2006/2007 com saldo acima.
J. R. Guzzo, da revista Veja.
José Roberto Guzzo, conhecido como J.R. Guzzo é diretor editorial da revista Exame, colunista da revista Veja, e integra o Conselho Editorial da Abril. A reportagem só disse que teve conta mas não informou datas e disse que em 2006/2007 estava zerada.
Jornalista do jornal “O Globo”
Arnaldo Bloch teve conta encerrada, mas a reportagem não informa datas.
Jornalistas da rádio Jovem Pan
Mona Dorf, apresentadora da rádio Jovem Pan, tinha US$ 310,6 milFernando Luiz Vieira de Mello (falecido), ex-diretor da rádio Jovem Pan, teve uma conta, que foi encerrada em 1999.
Dono da TV Tribuna, afiliada ao SBT, no Espírito Santo tinha US$ 10 milhões
Fernando João Pereira dos Santos, do Grupo João Santos, tem a TV, rádio e jornal Tribuna no Espírito Santo, além de rádio FM em Pernambuco. Tinha duas contas com saldo totalizando US$ 10 milhões.
Dono da Rede Transamérica tinha US$ 120,6 milhões:
Aloysio de Andrade Faria, do Banco Alfa e da Rede Transamérica.
Filho de banqueiro do Banco Itaú e “Catão” golpista da UDN:
Luiz Fernando Ferreira Levy (falecido), teve conta secreta entre 1992 e 1995.
Herdou o extinto jornal “Gazeta Mercantil” do pai Herbert Levy, ex-deputado da UDN e da Arena, golpista de 1964, ex-banqueiro do Banco América, fundido com o Itaú, do qual foi presidente do conselho por 17 anos.
Família do jornalista Alberto Dines tinha US$ 1,395 milhão:
Arnaldo Dines, Alexandre Dines, Debora Dines e Liana Dines, filhos de Alberto Dines, tinham a cifra acima.
Dono das rádios Curitiba e Ouro Verde FM:
João Lydio Seiler Bettega, dono das rádios no Paraná, tinha US$ 167,1 mil em 2006/2007.
Dono da Rede CBS de rádios:
Dorival Masci de Abreu (falecido), era proprietário da Rede CBS de rádios (Scalla, Tupi, Kiss e outras), teve conta entre 1990 a 1998.
Viúva do antigo dono do grupo Manchete:
Anna Bentes, que foi casada com Adolpho Bloch (1908-1995), dono da antiga revista e TV Manchete, fechou sua conta no ano 2000.
Os grupos mafiomidiáticos que estão usando da prerrogativa constitucional de silenciarem para não se auto condenarem. Se fossem falar, teriam de remontar ao caso das privatizações e a quem trouxe o HSBC ao Brasil. A velha mídia não condenou o comportamento de Joaquim Barbosa, que criou a Assas JB Corp para ludibriar o fisco e comprar um apartamento por dez dólares em Miami, simplesmente porque usa do mesmo expediente.
Quem não lembra da CPI da Segurança Pública que a RBS, em conluio com o PDT do Vieira da Cunha e do Gilmar Sossella, para derrubarem Olívio Dutra, teve revelado a existência de uma empresa no Paraíso Fiscal das Ilhas Cayman?! Quem queria ditar honestidade estava mais suja que pau de galinheiro. É o que acontece agora com o escândalo do HSBC, o SwissLeaks ou Suiçalão. A velha mídia, como fez a Rede Globo com a Copa de 2002, sonega e pratica a chantagem da honestidade alheia em benefício do próprio locupletamento.
Agora conseguiram o monopólio do vazamento, seja da Operação Lava Jato, seja dos implicados na Lista Falciani. E eles querem ensinar aos brasileiros o que é honesto, ético e bom para o Brasil usando cuecas sujas como tapa-olho em relação aos seus finanCIAdores ideológicos.
Tijolaço critica seletividade do Uol no caso Swissleaks
Fernando Brito questiona o porquê do jornalista Fernando Rodrigues ter revelado apenas o nome do empresário de ônibus Jacob Barata no caso Swissleaks e não de outros: ‘Será o sr. Rodrigues capaz de dizer que não há concessionários da mídia no “listão da evasão”? Ou será que Rodrigues publicou o “furo de reportagem” porque, há duas semanas, o Diário de Notícias, de Portugal, já tinha publicado a informação’
Fernando Rodrigues, colunista do UOL que é “dono” da lista das contas secretas do HSBC na Suíça solta mais um pedacinho da sua “verdade seletiva”.
Desta vez, empresários de ônibus, à frente dele a figura emblemática de Jacob Barata.
Aquele que casou a filha numa festança suntuosa no Copacabana Palace, com direito a cenas de Maria Antonieta e Gilmar Mendes, o lento, de padrinho.
O dono da lista justifica a publicação das contas de Barata e não de outras.
“Há interesse público na informação: as linhas de ônibus no Brasil são concessões do Estado”.
Mesmo aceitando o “critério” de Rodrigues – o que é uma tolice, porque todo empresário tira a sua fortuna do público, seja como concessionário, seja como vendedor de produtos e serviços (não dá para comprar um sabonete com o desconto do dinheiro mandado para fora pelo “saboneiro”) fica a pergunta:
E os concessionários de rádios e emissoras de televisão, não são concessionários?
Será o sr. Rodrigues capaz de dizer que não há concessionários da mídia no “listão da evasão”?
A Globo, por sinal, mantinha uma empresa de fachada na mesma Road Town, Ilhas Virgens, onde Barata sediava a empresa que operava a conta no HSBC.
Ou será que Rodrigues publicou o “furo de reportagem” porque, há duas semanas, o Diário de Notícias, de Portugal, já tinha publicado a informação de que Barata era titular de uma conta no banco suíço, republicando informações de um jornal angolano?
Ou seja, é uma “novidade de segunda mão”.
Que os nossos “jornalões”, neste instante, repercutem furiosamente.
Será que vamos depender dos jornais lá de fora para que o “interesse público” exista aqui?
O senador do PSOL alertou para a necessidade da abertura de uma investigação, com fim ao silêncio e às decisões seletivas de Fernando Rodrigues
Jornal GGN – O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) propôs, nesta quarta-feira (25) na tribuna do Senado, uma investigação para quebrar o silêncio sobre os mais de 8 mil brasileiros com contas secretas no banco HSBC na Suíça. Randolfe alertou para a importância do assunto, pouco abordado no Brasil, seja pela escassa divulgação de dados brasileiros pela imprensa, seja pela investigação da Polícia Federal e da Receita Federal.
“A denúncia contra o HSBC mostrou o Brasil no topo da cadeia criminosa”, disse, lembrando que o Brasil é o quarto da lista de países com maior número de clientes associados às contas vazadas e o nono entre os países com maior quantidade de dinheiro depositado: R$ 7 bilhões. “Em moeda nacional, isso representa uma quantia equivalente a R$ 20 bilhões, exatamente o que o Governo Dilma pretende arrecadar com o pacote de maldades que resume o ajuste fiscal desenhado pelo ortodoxo ministro da Fazenda, Joaquim Levy”, disse Randolfe.
O senador chamou a atenção para a diferença de tratamento do tema, que ficou conhecido como "Swiss Leaks", no Brasil com o restante do mundo. “Estranhamente, no Brasil, o caso do HSBC mereceu um estridente silêncio da grande imprensa”, e elogiou o esforço de blogs e blogueiros desvinculados da grande imprensa: “blogs como Megacidadania e O Cafezinho, sites como Brasil 247 e Diário do Centro do Mundo ou blogueiros como Miguel do Rosário e Luís Nassif vasculham e revelam dados que não se vê, nem se lê nos grandes veículos de comunicação”, afirmou.
Como exemplo, Randolfe citou a reportagem do Jornal GGN, publicada na última terça-feira (17), "A lista dos brasileiros no HSBC da Ásia atualizada". Nela, por meio de internautas e colaboradores, foi possível chegar a uma lista atualizada de nomes e endereços de 93 contas do HSBC relacionadas a brasileiros, divulgada por um jornalista de Hong Kong, na China.
“Este caso do HSBC é importante demais para ficar restrito à decisão pessoal, privativa, seletiva, monocrática de um único jornalista, de um só blog, de apenas um veículo poderoso da internet. O dinheiro sonegado e subtraído ao Brasil e aos brasileiros não pode ser envolvido pelo segredo, pelo sigilo, pela impunidade que todos combatemos”, concluiu o senador, fazendo referência a Fernando Rodrigues, o único jornalista brasileiro que tem acesso aos dados vazados.
Alguém há de pensar que, em primeiro lugar, eles são contra a Copa.
Negativo, eles são contra o Brasil. Eles usam a Copa para atacar o Brasil, mas são eles são os primeiros a tirarem fotos nos jogos da Copa.
Os vira-latas estão enlouqecidos. Nem vacina anti-rábica vai nos livrar da loucura deles no mês de cachorro louco.
Se conseguem publicar algo deste teor contra um ser humano, só por ser jogador da Seleção que sequer conhecem direito, o que não publicam a respeito da própria mãe, que devem conhecem muito bem?!
O que um sem noção publica, outro com ainda menos neurônios repercute. É com pesar que vejo a força catalizadora dos a$$OCIAdos do Instituto Millenium em reunirem hienas para lhes servir. Por que será que todo vira-lata tem emprego garantido nos grupos mafiomidiáticos?!
Comentarista do R7 tripudia do sofrimento de Neymar
5 de julho de 2014 | 16:08 Autor: Miguel do Rosário
O Paulo Moreira Leite argumentou, em sua última postagem, que o principal escândalo referente à agressão sofrida por Neymar é a falta de indignação da imprensa brasileira.
Quando o uruguaio mordeu um jogador, o mundo caiu. A pressão inaudita fez com que a Fifa se sentisse obrigada a dar uma punição extremamente severa contra o agressor.
E agora, que o colombiano quase quebra a coluna dorsal do maior ídolo do futebol brasileiro, não há nenhuma indignação! Nenhum protesto!
Segundo Paulo, o espírito antibrasil continua vivo, apesar de um pouco intimidado pela alegria esfuziante das ruas.
Apesar de concordar, não achei que Paulo apresentou provas suficientes para embasar sua opinião.
Até que me deparei, há pouco, com um tweet de um dos principais colunistas políticos da Folha, Fernando Rodrigues, elogiando um artigo de um tal de Andre Forastieri, do R7, que tripudia do sofrimento de Neymar (e de todo o povo brasileiro) e profere uma quantidade inacreditável de viralatices de mau gosto.
Acho ótimo que Forastieri dê a sua opinião, porque isso nos permite avaliar o grau de devastação que o viralatismo midiático causou em nosso país.
Mas estou chocado. Agora sim eu fiquei assustado. E lembrei do que disse Paulo, em seu post: com essa falta de indignação, qual o recado que pretendemos passar para a Fifa e para a arbitragem dos próximos jogos?
Que o Brasil é um país tão vagabundo que não tem importância que nossos jogadores sejam trucidados em campo?
Reproduzo alguns trechos para vocês terem uma ideia do que eu estou falando.
*
Vamos chorar o machucado de Neymar, mais um santinho à brasileira? Nada feito. (…)
Esta comoção com o machucado de Neymar é patética. (…)
Dá um certo prazer sádico que o Brasil vá encarar o restante dessa Copa sem Neymar. Ele foi ungido a cara do nosso futebol, o garoto propaganda da brasilidade. É um símbolo da nossa dependência de jeitinho, ginga e emoção. Pensar para quê?
Perder a Copa já na próxima partida talvez fosse um bom basta nesta cultura de planejar e gerir mal, de corrupção e ignorância, de vitória a qualquer custo, na porrada e no “jeitinho”. Será um Brasil melhor quando não dependermos de jogadas milagrosas, padrinhos, geninhos. Quando o país não pensar em termos de goleada, eu só ganho muito se você perder bastante. Menos charmoso, menos “mágico”, talvez, mas melhor.
Merecemos ganhar da Colômbia? Ganhamos, a qualquer preço. Merecemos ficar sem Neymar, e aliás Neymar merece estar fora da Copa? Claro.
*
Tenho que concordar com Paulo. Setores importantes da grande imprensa comemoraram, embora em silêncio, a brutalização de Neymar. Sentiram um prazer mórbido com a dor inflingida a todo o povo brasileiro.
Sei que é meio clichê e enfadonho usar o termo Casa Grande, mas é nele que eu penso ao me deparar com um sadismo tão descarado, um desejo tão vil, de ver o povo sofrer, de pagar pelo atrevimento imperdoável de ser feliz
Hoje a Folha, além de dizer que Aécio lança Plano Vago, Fernando Rodrigues faz jogo de palavras anteriormente feito pelo Estadão: Pó pará, governador! “Pode tudo", diz o colonista, pé de coca, pó de guaraná.
FERNANDO RODRIGUES
O jovem velho
BRASÍLIA – Aécio Neves pode até ser eleito presidente da República em outubro de 2014. Tudo pode. Mas sua campanha parece bem desconectada do momento pelo qual passa o eleitorado brasileiro.
Política é forma e conteúdo. O tucano tratou ontem de conteúdo. Listou 12 diretrizes do seu eventual programa de governo. Ética, meritocracia, educação, saúde, segurança pública, meio ambiente, credibilidade na economia e por aí vai. Nada ficou de fora, inclusive o desejo irrefreável de ocupar espaço no noticiário televisivo –o que os marqueteiros chamam de mídia espontânea.
Mas quantos votos o tucano ganhou com esse evento? Esse é o ponto. Em junho deste ano abriu-se uma espécie de "porta da esperança" para quem desejava desafiar as forças no poder. Os brasileiros foram às ruas. Protestaram mostrando uma insatisfação difusa, embora com um recorte muito claro: ninguém aguenta mais assistir a políticos engravatados falando sobre saúde e educação a partir de uma sala com ar-condicionado em Brasília.
Na política do século 21, a necessidade mais primária é conectar-se diretamente aos eleitores. Aparecer no "Jornal Nacional" é importante. Para chegar à Presidência da República pode ser pouco.
Também é postiço criar perfis pessoais em redes sociais e mandar assessores no seu lugar para dialogar com os internautas. Os milhares de eleitores conectados percebem. Quem não interage se isola.
Ontem, Aécio falou de suas 12 diretrizes para 2014 a partir de um palco cenográfico num auditório no Congresso. Nas cadeiras, apenas jornalistas, assessores e políticos. Em frente a um fundo de tom azul, ele foi fotografado em várias posições. Numa delas, abria os braços para a plateia. Manjada, ortodoxa (e antiga), a imagem até tem sua plasticidade. Só que talvez seja insuficiente para conectar o tucano aos votos que hoje não tem.
Para Fernando Rodrigues, fazendo coro ao seu partido, o PSDB, a Bolsa Família faz parte de “programas assistencialistas oficiais”. É assistencialista porque, como ele mesmo escreve, “Bolsa Família começava a ter resultados visíveis, com a ascensão social dos mais pobres”.
O que causa urticária, de fazer babarem de ódio, é esta tal de “ascensão social dos mais pobres”. Onde já se viu isso! Já o roubo de bilhões no Metrô de São Paulo, e o providencial esquecimento na gaveta de ofício da justiça da Suíça pedido investigação não merece uma linha do indigitado colunista de aluguel. Nem um ponto de interrogação sobre o Bolsa Crack, como chamou o Estadão, do Alckmin. O que ele falou sobre a sonegação milionária da Rede Globo?
FERNANDO RODRIGUES
Bolsa Família e eleição
BRASÍLIA – Até quando o Bolsa Família será vital nas eleições presidenciais no Brasil? Se depender do PT, para sempre. O partido deu grande ênfase ao tema em sua propaganda na TV na semana passada.
Hoje, haverá uma grande festa com a presença da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Vão celebrar os dez anos do Bolsa Família, que atende a dezenas de milhões de brasileiros. Ministros farão palestras sobre o impacto do programa em suas áreas. A ideia é dar uma conotação épica ao evento.
Em 2014, tudo indica que Dilma não poderá contar com uma economia pujante. Sua reeleição terá de ser conquistada com base nos resultados de programas assistencialistas oficiais. É fundamental reforçar no eleitorado a percepção de que o Bolsa Família é essencial para o desenvolvimento do país.
Quando conquistou sua reeleição, Lula teve o melhor dos mundos. O Bolsa Família começava a ter resultados visíveis, com a ascensão social dos mais pobres. Além disso, a economia do Brasil estava aquecida.
Agora, os efeitos do Bolsa Família já estão incorporados ao dia a dia da população carente. E o crescimento da economia tem sido anêmico, para dizer o mínimo.
A atual presidente só tem uma vantagem comparativa em relação a seu padrinho político. Em outubro de 2005, um ano antes de sua reeleição e ainda abalado pelo mensalão, Lula era aprovado por apenas 28% dos eleitores. Dilma tem hoje 38%, dez pontos a mais.
Ou seja, a presidente começa a campanha pela reeleição a partir de um patamar mais elevado do que seu antecessor. O solavanco que tem pela frente é o baixo crescimento da economia.
É por essa razão que os dez anos do Bolsa Família serão tão festejados hoje. Interessa a Dilma e ao PT manter o programa bem vivo na mente dos eleitores mais pobres.
Engraçados estes empregados de d. Judith Brito. Mas é só sob o chicote do PT, a direita é diagnosticada como "establishment’ mais conservador”. Não dizem a mesma coisa quando a mesma direita dita os rumos do governo de Geraldo Alckmin. O cara sai diretamente do cargo de vice-governador de São Paulo, governando há vinte anos na aliança com o PSDB, mas só vira representante do "establishment" mais conservador” quando vai ser empregado da Dilma. A quem eles pensam que enganam?!
O que seria novidade neste caso: que o colunista traçasse uma comparação quanto ao papel da direita nos governos de Lula e Dilma com aquele desempenhado no 8 anos do moleque de recados dos grupos mafiomidiáticos, FHC.
FERNANDO RODRIGUES
A nova Arena
BRASÍLIA – A política guarda alguma semelhança com a máxima segundo a qual na natureza nada se perde, tudo se transforma.
O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva parece preocupado. Num livro recém-lançado, ele faz uma recomendação ao seu partido: "O PT precisa voltar a acreditar em valores que a gente acreditava e que foram banalizados por conta da disputa eleitoral".
O que tem feito o PT nos últimos anos? Aproxima-se cada vez mais de quem um dia abjurou. Em 2012, Lula foi até a mansão de Paulo Maluf. Deixou-se fotografar alegre abraçando o antigo adversário. Ao lado, a tiracolo, Fernando Haddad –então candidato e depois vitorioso na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
Amanhã, Dilma dará posse ao seu 39º ministro, Guilherme Afif Domingos, na Secretaria da Micro e Pequena Empresa. Nesse caso, o próprio Afif tem uma coleção de frases ácidas contra Lula, Dilma e o PT. Mas será agora recebido no aconchego do petismo de raiz.
É compreensível a atitude do PT. Depois de perder três eleições presidenciais seguidas, o partido e Lula perceberam que só havia um caminho para o sucesso dentro do modelo brasileiro de democracia representativa. Teriam de fazer alianças com o "establishment" mais conservador, do centro para a direita, sob pena de nunca chegar ao poder. E assim foi.
Em 2003, Lula se aliou ao antigo PL (hoje PR), do deputado federal Valdemar Costa Neto, condenado no julgamento do mensalão exatamente por causa de um acerto à época em que o PT chegou ao Palácio do Planalto.
Não custa dizer que o PMDB (quando foi poderoso) e o PSDB (ao ficar oito anos no comando do país) também seguiram a mesma cartilha agora adotada "con gusto" pelo PT. O processo de assemelhação é cada vez mais evidente na política brasileira. Tudo vai se transformando, quem diria, numa grande Arena.
FERNANDO RODRIGUES elogia para poder criticar. É o uso do cachimbo que entorta a boca. O cachimbo é o uso do “mas”. O FGTS é bom, “mas” a burocracia para recolher… e por aí vai seu nhonhô. Se, para esses colonistas, o recolhimento do FGTS torna o Estado nhonhô, experimente ligar para a OI ou Vivo, para falar em duas empresas que faturam milhões por mês, para reclamar de erro na conta. Tenho débito em conta da Vivo. Estava de férias, a fatura debitou mas meus colegas viram a fatura e, no intuito de resolverem um problema pra mim, pagaram-na novamente. Nunca consegui receber o dinheiro de volta, porque a irritação com o tempo gasto em busca da devolução me fizeram desistir. O ataque atávico contra o Estado e a leniência com empresas privadas justificam o uso do termo “privada”. O resto é resiliência nhonhô de vira-bosta!
A resiliência do Estado-nhonhô
BRASÍLIA – A emenda constitucional que ampliou os direitos de trabalhadores domésticos é uma grande medida civilizatória para o Brasil em muitas décadas.
Além do efeito positivo principal de retirar da Constituição uma classe de subempregados, a PEC das Domésticas tem um benefício educativo extra: demonstrar a milhões de brasileiros, na prática, o grau de burocracia no cotidiano de cada um.
Um empregador que gasta
R$ 1.000 de salário com um funcionário em sua casa certamente não irá à falência se vier a gastar 8% a mais por mês (R$ 80) para bancar o agora obrigatório FGTS.
Mas o que ficará evidente para todos é o universo kafkiano dos procedimentos burocráticos na vida de quem pretende seguir a lei à risca. É bom que cidadãos comuns passem a saber como é depositar o FGTS, recolher o PIS, o INSS e outras eventuais taxas locais.
Esse é o calvário de centenas de milhares de brasileiros que hoje têm pequenos empreendimentos. Gastam parte de seu tempo tratando de aspectos burocráticos. Agora, os empregadores domésticos incorporarão a mesma rotina: preencher fichas e boletos bancários mensalmente.
O novo hábito ajudará muitos a refletir: será que o FGTS é a forma correta de preservar empregos? Não seria mais útil aumentar os salários em 8%? Cada trabalhador decidiria o que fazer então com essa renda extra. Também seria o caso do PIS, vale-transporte, vale-refeição e outros?
A existência desses vales pressupõe uma inaptidão atávica do brasileiro: somos incapazes de poupar para emergências (FGTS) e nem sequer conseguimos reservar dinheiro para transporte ou refeição. Logo, o Estado-nhonhô faz uma lei para nos amparar e assumir a responsabilidade.
Esse entulho paternalista durará ainda longos anos. Mas a PEC das Domésticas estimula o debate sobre o atraso que tal burocracia representa na nossa baixa produtividade.
Se, FERNANDO RODRIGUES, da Folha, viu isso, porque não podemos ir além e ver que por trás das acusações contra Renan está um ataque à Dilma. Aliás, o candidato do PSDB, Aécio Neves, tem sido poupado. Ele não incorpora o espírito da oposição? Então, por que não se “oposiciona”!?
Indignação postiça
BRASÍLIA – Por volta das 13h de ontem, enquanto Renan Calheiros fazia seu discurso como candidato a presidente do Senado, um site completou a coleta de mais de 300 mil assinaturas eletrônicas contra o peemedebista de Alagoas.
O protesto digital resultou inócuo. Pouco depois, Renan Calheiros foi eleito com 56 votos. O candidato de oposição, Pedro Taques, do PDT de Mato Grosso, recebeu 18 votos.
A derrota de Pedro Taques era mais do que esperada. Ainda assim, escancara três aspectos relevantes do atual estágio da democracia brasileira. Primeiro, que gritaria na internet tem efeito limitadíssimo por aqui. Segundo, a quase inexistência de conexão entre opinião pública e ações dos congressistas. Terceiro, que a oposição no Congresso só joga para a plateia -por cinismo, inépcia ou as duas coisas juntas.
Pedro Taques tinha um potencial teórico para receber 30 votos. Eram 5 de dissidentes entre os senadores governistas. E outros 25 de partidos que referendaram sua candidatura de maneira oficial: PDT, PSDB, DEM, PSB e PSOL. No final, foram apenas 18 votos. Ou seja, 12 votos evaporaram entre o discurso e a prática.
O que isso significa? Que a oposição no Brasil sucumbe ao voto secreto, traindo a si própria. Em público, esfalfa-se num discurso de indignação postiça. Segue a máxima de Lampedusa, simulando mudanças para manter tudo como está.
Em meio ao desfecho previsível de ontem, chamou a atenção a atitude ladina do PSDB. O seu principal líder, Aécio Neves, senador por Minas Gerais, ficou mudo durante o processo de escolha de Renan Calheiros. No momento da contagem dos votos, posicionou-se ao lado de Pedro Taques para que as câmeras registrassem. Como ele votou, ninguém sabe.
E os eleitores? Mais de 320 mil já haviam clicado o seu protesto na internet no final do dia. Devem achar que só isso basta.
Os estereótipos são criados por preconceituosos como Fernando Rodrigues, José Serra, Rede Globo, Fernando Collor. O mais famoso ventríloquo fabricado pela mídia recebeu o título de Caçador de Marajás. Ninguém como ele criou tantos problemas para a administração, quando transformou celetistas em servidores públicos de carreira. Com um simples canetaço da noite para o dia a Previdência teve arcar com a aposentadoria integral de cem mil servidores que nunca haviam contribuído para o regime específico.
Como já escrevi ontem aqui a propósito da declaração do novo técnico da Seleção: Felipão é vítima do lê. Trago de novo uma história que não me canso de repetir. Lá por 86/87 era bancário do Bradesco. Estávamos em greve. Todo dia a RBS, através de seu panfleto Zero Hora, a pedido dos banqueiros, seus financiadores ideológicos, nos atacava. Numa assembleia no Gigantinho quando chegaram os colonistas da RBS para fazerem seus registros, viramos as costas. No outro dia a manchete: bancários viram as costas a Olívio Dutra, Presidente do Sindicato. Felipão teve seu dia de Mayara Petruso graças ao preconceito de gente como Fernando Rodrigues e dos grupos mafiomidiáticos a que pertencem.
BRASÍLIA – O técnico da seleção brasileira de futebol, Luiz Felipe Scolari, cometeu um "sincerocídio" nesta semana. Depois de dizer ser uma obrigação ganhar a Copa de 2014, emendou: "Se não quiser pressão, vai trabalhar no Banco do Brasil, senta no escritório e não faz nada".
Neste mundo politicamente correto, houve uma enxurrada de protestos. Felipão cometeu o pecado da generalização. Carimbou todos os funcionários do Banco do Brasil como preguiçosos.
O próprio Felipão telefonou para a direção do BB e pediu desculpas. O banco soltou uma nota se dizendo satisfeito.
Alguma coisa está errada quando alguém não pode vocalizar um sentimento generalizado na sociedade. Basta ir à praça da República, em São Paulo, ou à Cinelândia, no Rio, e perguntar aos pedestres se concordam com o axioma de Felipão (não vale incluir na enquete funcionários do BB). A imensa maioria concordará.
É evidente que há excelentes funcionários no BB. Mas também é inegável a condição privilegiada que eles têm na sociedade. Por exemplo, acesso a aposentadoria quase integral e a um plano de saúde dos sonhos, entre outros benefícios inalcançáveis para milhões de brasileiros.
Um funcionário que ingressa solteiro no BB pagará a vida inteira 3% de seu salário para ter acesso ao plano de saúde do banco, não importando se casar e agregar meia dúzia de filhos ou enteados desfrutando dessa facilidade. É um capitalismo sem risco elevado à máxima potência. Quem paga a conta é o restante da sociedade.
Em vez de apenas se indignar, o Banco do Brasil e seus funcionários deveriam se perguntar: por que tantos brasileiros têm uma visão parecida com a de Felipão? Não é só senso comum e preconceito. Trata-se de uma situação que emula a desigualdade social no país. Muitos se incomodam. E têm razão.
BRASÍLIA – Fernando Haddad protagonizou uma das mais espetaculares recuperações numa campanha para prefeito de São Paulo e deve dar ao PT, dizem as pesquisas, o comando da maior cidade do país.
A eleição paulistana é um passo relevante no projeto de hegemonia política do PT. Nenhum partido cresce de maneira orgânica e consistente como o PT a cada disputa municipal. A sigla sempre se sai melhor.
PMDB, PSDB, DEM (o antigo PFL) e outros já tiveram dias de glória, mas acumulam também vários revezes. O PT, não. Só cresce.
Embora já tenha vencido em São Paulo duas vezes (em 1988, com Luiza Erundina, e em 2000, com Marta Suplicy), agora com Fernando Haddad é uma espécie de PT 3.0 que pode chegar ao poder.
Não há outro partido da safra pós-ditadura militar que tenha conseguido fazer essa transição de gerações. O poderio sólido e real que o PT constrói encontra rival de verdade apenas na velha Aliança Renovadora Nacional (Arena), a agremiação criada pelos generais para comandar o Brasil -com a enorme diferença de hoje o país viver em plena democracia.
Alguns dirão que o PMDB mandou muito no final dos anos 80. Mais ou menos. Tratava-se de um aglomerado de políticos filiados a uma mesma sigla. Não havia orientação central.
O PSDB ganhou em 1994 o Planalto e os governos de São Paulo, Rio e Minas Gerais. Muito poder. Só que os tucanos nunca tiveram um "centralismo democrático" (sic) "à la PT".
No dia 28 de outubro, há indícios de que o PT novamente sairá das urnas como o grande vencedor nas cidades com mais de 200 mil eleitores, podendo levar pela terceira vez a joia da coroa, São Paulo.
Ao votar dessa forma, o eleitor protagoniza duas atitudes -e não faço aqui juízo de valor, só constato. Elege seu prefeito e entrega à sigla de Lula um grande voto de confiança para fazer do PT cada vez mais um partido hegemônico no país.
Do Executivo tudo se sabe. E se não se sabe, se inventa, por que é da natureza da política. O CNJ já vem se ocupando do Judiciário. Quem se ocupa dos associados da OAB? E dos pilantras jornalistas? Quando os jornais passarão a publicar quanto recebe de Jabá? Por que os jornais não publicam a lista de seus jornalistas que recebem bolada de político para fabricarem notícias favoráveis para si e caluniosas contra adversários? Na RBS, por exemplo, tinha jornalista com acesso ao Sistema Guardião, concedido pela ex-funcionária da casa, a pior exemplar que já encostou a bunda nos pilares do Piratini. O Fernando Rodrigues poderia contextualizar o que o patrão dele fez na ditadura passada, aquele período de transparência total, translúcida, que achou por bem chamar de Ditabranda!
A capivara e os juízes (24.11.11)
Por Fernando Rodrigues, jornalista (*) Talvez a capivara perdida e depois capturada perto do Supremo Tribunal Federal tenha sido um sinal para as Excelências ali dentro, sede do Poder mais opaco da República. Desde a volta do país à democracia, a transparência foi avançando. Hoje, quase tudo se sabe sobre deputados e senadores. De passagens aéreas a salários e vantagens obtidas no dia a dia. No Poder Executivo, o Portal da Transparência mostra uma vasta lista de despesas de cada órgão público. O mesmo não se pode afirmar do Poder Judiciário. Nesta semana, as coisas pioraram. O presidente do STF, Cezar Peluso, limitou o acesso – já pequeno – a processos disciplinares existentes contra seus pares. Por um curto período foi possível conhecer as iniciais dos nomes de juízes processados. Agora, eliminou-se essa brecha. Houve uma justificativa legal, é claro. Um artigo da Lei Orgânica da Magistratura Nacional determina que "o processo e o julgamento das representações e reclamações [contra juízes] serão sigilosos, para resguardar a dignidade do magistrado". Na categoria de iniquidade legal, esse artigo concorre como um dos mais indignos. A lei dos juízes está para ser reformada há anos, mas o Poder Judiciário não se move. O próprio Peluso, ao assumir, comprometeu-se a tratar do tema com vigor. Até agora, nada. Qualquer cidadão em litígio na Justiça tem exposta a sua "capivara", jargão policial para folha corrida. Deputados, senadores e ministros são escrutinados todos os dias, com suas fotos e declarações publicadas na mídia. A proteção indevida que os juízes se autoconcedem não serve só para proteger os incompetentes e os corruptos. Quando essa minoria fica escondida, todos têm a imagem prejudicada. Até a capivara que apareceu na terça-feira no STF sabe disso.
……………… (*) Repórter especial da Folha de S. Paulo em Brasília. Foi editor de Economia, correspondente em Nova York, Washington e Tóquio. Recebeu o Prêmio Esso de Jornalismo em 1997 e, em 2002, o "Esso de Melhor Contribuição à Imprensa".
O jornalista Fernando Rodrigues, do grupo Folha de São Paulo/UOL (PIG/SP), apontado em documentos vazados do Wikileaks como "informante" da embaixada dos EUA, ganhou bolsa de estudos por 1 ano (iniciada em agosto de 2007) na Universidade de Harvard, através da Nieman Foundation, daquele país. Passadas as eleições de 2006, consumada a derrota do candidato apoiado pelo grupo Folha (Alckmin perdeu para Lula), Rodrigues escreveu que passaria por um período de "aggiornamento" (atualização, adaptação à nova realidade) nos EUA, e voltaria em agosto de 2008, "pronto para a cobertura das eleições municipais" (nas palavras dele).
É público e notório, por mais que dissimulem, que bolsas e incentivos deste tipo concedidas pelos EUA visam formar líderes na mídia brasileira, simpáticos e afinados com os interesses econômicos e geopolíticos estadunidenses. É impensável esse tipo de bolsa para formar líderes cubanos que defenderão a revolução castrista, ou para adeptos de Hugo Chavez, de Cristina Kirchner, Evo Morales, Rafael Correa, ou do "lulopetismo" (como gostam de dizer). Essa mesma velha imprensa, que pinça até mesmo qualquer coincidência 100% legal na vida pessoal ou profissional de um ministro para fazer ilações pesadas sobre sua integridade moral, exigindo o imediato afastamento para "provar a inocência", o que tem a dizer sobre essas relações carnais de seus jornalistas com governos e corporações estadunidenses?
Inacreditável. E, agora, vai ser difícil manter as coisas cobertas pelo manto de silêncio. O jornal O Dia publicou a confirmação da história de que todos sabiam – acrescentando mais detalhes – as intimidades entre jornalistas famosos e a embaixada americana no Brasil. Cita, nominalmente, o apresentador da Globo William Waack e Carlos Eduardo Lins da Silva e Fernando Rodrigues, ambos da ‘Folha de S. Paulo’.
As visitas íntimas – pois não foram públicas, nem assunto de matéria por qualquer um deles – não se destinavam a apurar assuntos internacionais ou a falar sobre as relações entre os dois países, mas as avaliações – furadas, como se sabe – da candidatura Dilma Rousseff, no ano passado. À parte o fato de os EUA escolherem mal seus informantes e analistas, o episódio deixa evidente que estes profissionais ultrapassaram qualquer limite ético no relacionamento com um governo estrangeiro.
Têm todo o direito de serem amigos e buscarem informações com diplomatas estrangeiros, como fez dos citados, Fernando Rodrigues, da Folha, ontem, numa entrevista como o embaixador Thomas Shannon, reportagem legítima e de interesse público. Tem, mesmo, todo o direito de buscar, com eles, informações em off.
Mas não têm o papel de fazer análises privadas para a informação de outro país, escondendo isso de seus leitores e telespectadores. Imaginem se um diretor do NY Times ou um apresentador da NBC fazendo visitas discretas à embaixada brasileira para nos dar uma visão íntima dos candidatos a presidente dos EUA?
Agora, com a publicação de O Dia sobre os telegramas diplomáticos que revelam seu comportamento, vazados pelo Wikileaks, estão obrigados a dar explicações públicas.
Já não podem dizer que a informação é obra de “blogueiros sujos”.
Colher informações, para um jornalista, é sua obrigação.
Fornecer informações, eticamente, é algo que só ao leitor se faz.
Não a diplomatas estrangeiros, ainda mais nas sombras.
Isso tem outro nome, que deixo ao leitor a tarefa de lembrar qual.
PS. Vejo no Conversa Afiada que o JB publicou também. E agora, vão continuar fingindo que não viram e se escondendo numa nota da Globo que diz que não é verdade? Ou Waack vai dizer que foi ao porta-aviões americano por ser “âncora”?
@correio_dopovo A se julgar pelo Correio do ➕️Cedo, a seca começou agora, porque não havia essa mesma pressão sobre a milicocraCIA.@crestani 3 days ago
@A_MelhorNoticia Tem de prender e deixar dormindo como morcegos até toda merda que fazem sair pelo nariz.@crestani 3 days ago