Ficha Corrida

19/07/2015

República do C…

Filed under: Eduardo Cunha,Fernando Collor de Mello,Janio de Freitas,Renan Calheiros — Gilmar Crestani @ 9:35 am
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A República dos Canalhas está de volta: CUnha, Collor, Calheiros.

O “não me deixem só” de Cunha, segundo Janio de Freitas

19 de julho de 2015 | 08:23 Autor: Fernando Brito

TODOS

As décadas de janela na política permitem a Janio de Freitas ver o obvio que a muitos escapa.

Em seu artigo hoje, na Folha, resume a ópera: “Tudo que se passou na política desde a segunda posse de Dilma Rousseff esteve, e está, condicionado pelo retorno ao poder do grupo Collor, ocupante das presidências de Senado e Câmara com Renan Calheiros e Eduardo Cunha”.

A ele acumpliciaram-se a oposição tucana e a mídia, prontos a confraternizar com tudo o que pudesse abalar o resultado eleitoral.

As semelhanças que a leitura de Janio nos provoca, porém, vai mais adiante: a reação patética de Eduardo Cunha nos remete àqueles tempos do “não me deixem só” das bravatas sem sustentação política do ex-presidente, algo que a gente já sabe como termina.

Efeitos de um processo de degradação da política que vem de longe, desde o tempo de Sarney, quando os partidos começaram a ser degradados, até que o quadro parlamentar viesse a se tornar a mixórdia de hoje – e já de muitos anos – com o qual, porém, tem-se de conviver.

A incapacidade dos governos petistas de promover uma reforma política – incapacidade, porém, derivada em parte das reações do conservadorismo, a quem sempre interessa um parlamento corrupto e cúmplice dos interesses do dinheiro, tinham e teriam ainda mais se os passos para implementá-la fossem para valer.

Na moda de collorir

Janio de Freitas

A direção mudou. Mas não muda o peso de verdade dado a umas poucas palavras acusatórias vindas, sem provas ou indícios, de pessoa com idoneidade inatestável.

E as instituições políticas se abalam, jornalistas falam de futuras retaliações e derrubadas entre Câmara e Presidência, políticos espertalhões pensam em um acordo de compensações com impeachment de Eduardo Cunha e impeachment de Dilma. Claro, Estado de Direito e democracia à brasileira.

Tudo que se passou na política desde a segunda posse de Dilma Rousseff esteve, e está, condicionado pelo retorno ao poder do grupo Collor, ocupante das presidências de Senado e Câmara com Renan Calheiros e Eduardo Cunha, discípulo que encantou PC Farias.

É apenas lógica a volta do próprio Fernando Collor à projeção, acompanhado, entre outros, de Pedro Paulo Leoni Ramos, que foi o seu encarregado de neutralizar a rede de informações e negócios do SNI, para maior tranquilidade das transações colloridas.

Deputados e senadores, com exceções exíguas, outra vez aceitaram bem o domínio e as práticas do collorismo. Associação, e em muitos casos sujeição, bem ilustrada no silêncio de Aécio Neves e do PSDB, capazes de pedir na Justiça a cassação do mandato presidencial com base em uma frase de delação premiada, mas emudecidos quando a mais grave das acusações a políticos cai sobre Eduardo Cunha.

Essa situação de Câmara e Senado não precisará esperar a comprovação ou negação da culpa de Eduardo Cunha para receber efeitos políticos importantes.

Tanto mais que ele sentiu o golpe. Sua resposta de superioridade quando esteve na expectativa de uma visita policial substituiu-se, em apenas 24 horas, por um jorro de agressões patéticas, evidência de tombo e descontrole.

Eduardo Cunha não imaginaria, a sério, que o governo dirija o procurador-geral da República, nem Rodrigo Janot obrigou delator algum a difamar Eduardo Cunha. Nem o juiz Sergio Moro detém indevidamente o inquérito em que Eduardo Cunha é acusado da extorsão de US$ 5 milhões.

O enfraquecimento de Eduardo Cunha é imediato, embora parcial. Se a acusação não for eliminada no recesso parlamentar, a iniciar-se amanhã, os projetos induzidos na Câmara por seu presidente já serão recebidos, no Senado, sem a complacência interesseira ou temerosa dada a Cunha. O PSDB, por exemplo, não será o mesmo da semana passada.

Citar Eduardo Cunha já é meia lembrança de Renan Calheiros. O enfraquecimento de um alcança o outro.

Mas na Câmara é que a provável permanência da acusação tem o maior campo de influência. Cunha adiou para agosto a votação final de alguns projetos, convencido de que os deputados voltarão radicalizados pelos eleitores.

Mas as aprovações obtidas por Eduardo o foram acima de tudo por suas manobras e articulações. No caso de seu enfraquecimento, a esperteza encontrará, no mínimo, um ambiente incerto.

Para completar, a situação de Eduardo Cunha é muito mais complicada do que o enfrentamento a uma afirmação breve de delator bem premiado. Ele o prova, descontrolado a ponto, por exemplo, de desmentir-se em apenas horas. Mal acabara de repetir que passar à oposição -na qual, de fato, sempre esteve- não influiria na conduta de presidente da Câmara, correu a aprovar duas CPIs contra o governo.

Na porta do recesso. Desespero raivoso é isso aí.

O “não me deixem só” de Cunha, segundo Janio de Freitas | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

14/07/2015

Na Zelotes foi pega a RBS, agora outra filial da Rede Roubo

Quando os golpistas de sempre se deram conta que não tinham votos, partiram para o golpe. Isso lá em 1964. A Rede Globo fez um antológico editorial saudando a chegada da prisão sem mandado, da tortura, do estupro, do assassinato e do esquartejamento. A Folha entrou com as peruas para desovar nas valas clandestinas do Cemitério de Perus os pedaços dos corpos. Corpos que fizeram parte das sessões em que participavam os patrocinadores do DOI-CODI. Quando tudo isso acontecia, a Rede Globo montava uma forma de abocanhar todo o território nacional. No RS, a RBS. No Maranhão, Sarney, o personagem principal dos Honoráveis Bandidos. Em Alagoas, Collor, o caçador de Marajás, que a Globo enfiou goela abaixo, como tenta fazer agora com o toxicômano das gerais.

E assim fica mais fácil, pelo menos para quem tem uma inteligência mediana, de entender porque os assoCIAdos do Instituto Millenium tanto odeiam Lula, Dilma e o PT. Claro, nunca antes neste país os corruptos estiveram tão à mercê da Polícia. Não há mais Geraldo Brindeiro, o Engavetador Geral da República dos tempos do pior governante que este país já teve, FHC. Sua qualificação pode ser medida pela infidelidade da própria amante, conforme provaram os exames de DNA.

Não foi diferente estados da Federação. Onde quer que havia uma família disposta a apoiar os ditadores, era com elas que a Rede Globo construiu mais uma filial.

Se não houvesse um medo ancestral do PT, já teria sido cassada a concessão da matriz e suas filiais, senão por sonegação, pelo menos pelos desvios éticos, como se vê pela Operação Zelotes.

TV da família Collor, afiliada da TV Globo, também é investigada na Lava Jato

Os agentes da PF estiveram nas casas da família Mello, em Maceió, e, também, no prédio da TV Gazeta, afiliada da TV Globo no Estado. Collor é um dos principais acionistas da emissora
A Polícia Federal cumpre desde a manhã desta terça-feira (14) 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), referentes a seis processos instaurados a partir de provas obtidas na Operação Lava Jato. As residências do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) e sedes de empresas ligadas à família são os principais alvos nesta nova etapa da investigação.
Os agentes da PF estiveram nas casas da família Mello, em Maceió, e, também, no prédio da TV Gazeta, afiliada da TV Globo no Estado. Collor é um dos principais acionistas da emissora.A PF tambem fez busca na casa do advogado Thiago Cedraz, filho do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz
Segundo as investigações, o senador Fernando Collor aparece como suspeito de ter recebido dinheiro de propina de esquema de corrupção na Petrobras.
Operação Politéia
A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal deflagrou a Operação Politéia que tem como objetivo o cumprimento de 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), referentes a seis processos instaurados a partir de provas obtidas na Operação Lava Jato, informa o site do órgão nesta terça-feira (14).
Entre os políticos são alvo das ações da PF desta terça-feira, estão os senadores Ciro Nogueira (PP-PI), Fernando Collor de Mello (PTB-AL) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE). Ciro, que é presidente nacional do PP é investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, segundo informações do jornal O Estado de São Paulo. A PF cumpre os mandados no bloco G da quadra 309 da Asa Sul, em Brasília, onde ficam os apartamentos funcionais dos senadores.
Segundo a PF, Os mandados, que foram expedidos pelos ministros Teori Zawascki, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski, estão sendo cumpridos no Distrito Federal (12), na Bahia (11), Pernambuco (8), Alagoas (7), Santa Catarina (5), Rio de Janeiro (5) e São Paulo (5). Cerca de 250 policiais federais participam da ação.
As buscas ocorrem na residência de investigados, em seus endereços funcionais, sedes de empresas, em escritórios de advocacia e órgãos públicos. Foram autorizadas apreensões de bens que possivelmente foram adquiridos pela prática criminosa.
As medidas decorrem de representações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal nas investigações que tramitam no Supremo. Elas têm como objetivo principal evitar que provas importantes sejam destruídas pelos investigados.

Os Amigos do Presidente Lula

12/03/2015

Clube militar: “nós matávamos por muito menos”

avante-soldados-para-tras-14453-MLB3355656801_112012-FÉ impressionante falta da memória destes gorilas. Collor foi parceiro da ditadura, cria da Globo. O PP descende diretamente da ARENA, cria da ditadura. E aí vem estes celerados Tonton Macoute nos querer dar lição de moral. Por que será que todo sem vergonha sempre é o primeiro que nos quer dar lição de moral?!

Quem colocou Collor no governo federal foi gorilas como estes do Clube Militar, razão pela qual deveriam ter se esforçado mais para tirarem-no de lá. Melhor do que limpar é não sujar. Se não conseguem não se sujarem, que pelo menos aprendam a usar papel higiênico.

A única guerra que estes caras enfrentaram foi estuprar depois que vítima estava no pau-de-arara. Perseguiam todos os que pensavam diferente. Quem não conseguia fugir, prendiam sem mandado, torturavam por prazer, estupravam por falta de mãe, e matavam porque gorila não conhece o pai.

Para quem preferiu o cheiro de cavalo ao do povo não é de admirar que se perfile ao lado da massa cheirosa para dar golpe. Estes caras só são valentes com arma na mão e desde que o adversário esteja preso. É por isso que a melhor história do nosso heroísmo militar tenha sido escrito por Dionísio da Silva: “Avante, soldados: para trás!”

Eles podem pensar que todos somos como os filhos deles. Mas, como nos demais assuntos que metem o bico sem serem chamados, erram feio. Nem todo mundo nasceu para bater continência e servir de rabo entre as pernas.

Se eles tivessem vencido o Paraguai sem ajuda da Argentina, Uruguai e Inglaterra, aí talvez merecessem dar palpite. Por enquanto, que o milico não vá além de lustrar os próprios botões!

Clube militar: Collor foi afastado por menos

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“Estamos acompanhando com preocupação esse desgaste grande não só do Executivo, mas também do Legislativo. Vemos com apreensão como tudo isso vai acabar”, disse o representante da entidade, general Sérgio Costa de Castro; segundo ele, os protestos populares contra a presidente Dilma Rousseff se assemelham ao momento anterior ao golpe de 64; ele cita o caso de corrupção na Petrobras e afirma que o ex-presidente Fernando Collor de Mello foi afastado do cargo “por muito menos”

12 de Março de 2015 às 07:29

247 – O Clube Militar se mostra favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em entrevista ao site do Valor, o representante da entidade, general Sérgio Costa de Castro cita o caso de corrupção na Petrobras, que “gera muita insegurança no país” e diz que o ex-presidente Fernando Collor de Mello foi afastado do cargo “por muito menos”.

“Estamos acompanhando com preocupação esse desgaste grande não só do Executivo, mas também do Legislativo. Vemos com apreensão como tudo isso vai acabar”, afirma.

Segundo ele, os protestos populares contra a presidente Dilma Rousseff se assemelham ao momento anterior ao golpe de 64, mas afastou a possibilidade de intervenção das Forças Armadas, embora ressalte: “Estamos vivendo uma época em que tudo pode acontecer” (leia mais).

Clube militar: Collor foi afastado por menos | Brasil 24/7

14/10/2014

Dando as cartas e jogando de mãe

Filed under: Fernando Collor de Mello,José Ivo Sartori,Leda Collor,Veja — Gilmar Crestani @ 6:47 am
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Sartori não é novidade, a mãe chama de Zé. Eu, em homenagem ao Pedro Ortaça, chamo de Sorro Manso. Não confiaria minhas galinhas ao filho da d. Elsa…

Houve outro momento que uma candidatura política se escondeu embaixo da saia da mãe. Era o homem família, jovem, boa praça, que empolgava. Ele tinha a força. Pelo menos era o que as imagens de tv dizia. A verdade é sempre um pouco mais dura. Como sempre, os velhos grupos de mídia, que estiveram ao lado do gorilas para dar o golpe, e, depois do golpe que ajudaram dar, publicaram um editorial saudando a chegada da ditadura. Com Collor não foi diferente. Ainda não existia o Instituto Millenium para coordenar a publicação daquilo que viria se tornar o padrão Rubens Ricúpero do jornalismo que se revelou no Escândalo da Parabólica: “Não tenho escrúpulos…”

Hoje, as cinco irmãs (Civita, Frias, Mesquita, Marinho & Sirotsky) fazem venda casa, entre eles. Resolveram também patrulhar o Poder Judiciário, mas é sabido que 90% da cúpula do Poder Judiciário é oriundo de uma classe média conservadora. Não precisam patrulhar, o Judiciário vaza. Seletivamente. Mas para os a$$oCIAdos não basta vazar, tem de ser controladamente, por eles. Quando não é a Polícia Federal que bota uma camita do PT no sequestrador do Abílio Diniz, é o Delegado Bruno que em parceria com a Globo divulga uma foto-montagem que, passadas as eleições daquele ano não deu em nada.

O problema, portanto, não é o homem em si. Não é Sartori e sua mãe. É que enquanto o zorro manso come “sá con bolassa e bife na sapa”, a turma que já esteve com Brito, Rigotto, Yeda vai estar no galinheiro cuidando das galinhas. Já vimos este filme antes, e depois dá um trabalho danado viver das penas recolhidas por onde passou a matilha.

Governar não é uma brincadeira de infância, mãe e filho. As relações não se equiparam às familiares e o Piratini não é a casa da mãe Elsa. Entregar o Banrisul à sanha da RBS é outra bem diferente. Não é mero acaso que a RBS, por seus funcionários, já desembarcaram no colo de d. Elsa.

Com José Ivo Sartori corremos o risco de ver Jardel tomando conta da cultura, senão de porta-voz do próprio governo. Para quem já apoiou Mônica Leal não vai fazer grande diferença.

O Estado não é uma chácara de família, não é o espaço lúdico para charla de galpão, para brincar de casinha. Mexer com o destino de milhões de gaúchos não é a mesma coisa que mexer polenta. Haverá interesses contrariados, prioridades, valores que podem não ser exatamente o da própria família.

Já tivemos um D. Leda, vamos ressuscitá-la de mãe Elsa?! Aliás, tá tão interessante este Complexo de Édipo que, ao invés de leva-los para a Casa da Dinda, digo, do Piratini, d. Eva Sopher deveria leva-los ao São Pedro, o teatro…

Abaixo as Cartas da d. Leda e do Millôr, que guardei como exemplo de infantilidade política que vez por outro assombra algum dos quatro cantos do Brasil, como já assombrou todo. Caso queira le-las, basta salvar e ampliar.

Carta D. Leda

Carta Millor 1

Carta Millor 2

29/09/2014

Aécio ressuscita lema de Collor

Filed under: Aécio Neves,AécioPorto,Fernando Collor de Mello — Gilmar Crestani @ 8:20 am
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Aécio apela a conterrâneos para chegar ao 2º turno

Tucano convoca mineiros a dizer ‘não à corrupção’

DO ENVIADO A SÃO JOÃO DEL-REI (MG)

Apegando-se a simbolismos e às tradições familiares, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, voltou a São João del-Rei (MG) neste domingo (28) para apelar aos seus conterrâneos.

Aécio precisa eliminar a diferença de nove pontos percentuais em relação a Marina Silva (PSB), segundo pesquisa Datafolha, para conseguir a vaga no segundo turno contra Dilma Rousseff (PT).

O novo apelo de Aécio foi com tom emocional: "Hoje é o dia em que o meu coração fala mais alto do que a razão".

Antes do ato, Aécio levou os filhos gêmeos, Julia e Bernardo, para o batismo na mesma igreja onde ele e seu avô Tancredo Neves (1910-85) foram batizados. Ao final da cerimônia, fez um pronunciamento convocando os conterrâneos a "redobrarem os esforços".

"Daqui de Minas, da minha São João del-Rei, eu convoco a todos os mineiros para que digam ‘não’ à corrupção. (…) Caminho com coragem e confiança porque sei que, em Minas, existirão vários Aécios a ecoarem minha voz e a bradarem minha coragem. Chega de tanto desmando."

O presidenciável pediu empenho também para o candidato tucano ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, que ele próprio escolheu, mas que corre o risco de perder no primeiro turno para Fernando Pimentel (PT).

(PAULO PEIXOTO)

01/09/2014

Beto Collor

Filed under: Beto Albuquerque,Beto Collor,BlackBosta,Fernando Collor de Mello — Gilmar Crestani @ 9:24 am
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Depois de transformar parada de ônibus em símbolo da burguesia, Beto Albuquerque também quer transformar democracia em ditabranda, feias ecológicas em atacados de agrotóxicos. A mosca azul do poder ou o cheiro de algum agrotóxico transbordou em merda algo que já cheirava mal em Beto Albuquerque.

Beto anuncia tática black bloc no governo Marina

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O deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) fez, neste domingo, a declaração mais grave de toda a campanha eleitoral; afirmou que a ex-senadora Marina Silva não deve se preocupar com a ausência de base parlamentar no Congresso porque irá governar "com a força das ruas"; em seguida, anunciou o cerco ao Poder Legislativo: "Depois de eleger Marina, temos de ir para as ruas dar a ela a cobertura para que possa exigir do Congresso as mudanças necessárias ao país"; será que Beto pretende convocar para Brasília novas manifestações, como as que depredaram o Congresso e o Itamaraty em junho do ano passado?; será que vale também depredar agências e caixas eletrônicos do Itaú, de Neca Setúbal?; coincidência ou não, o "black bloc" Caetano Veloso foi um dos primeiros a marinar; no entanto, os outros dois presidentes que decidiram peitar o Congresso, Jânio Quadros e Fernando Collor, não terminaram seus mandatos

1 de Setembro de 2014 às 06:47

247 – Para quem ainda considera exagerada a comparação entre Marina Silva e os ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor, que foram eleitos prometendo uma nova política e caíram porque não tinham base parlamentar, vale a pena prestar atenção ao significado das palavras ditas, neste fim de semana, pelo deputado Beto Albuquerque (PSB-RS). Vice na chapa de Marina, ele afirmou que Marina irá governar "com a força das ruas", minimizando o fato de sua candidata não possuir nenhuma articulação política consistente.

O mais grave, no entanto, foi a declaração seguinte, quando o vice de Marina praticamente convocou novas manifestações diante do Congresso. "As urnas, quando te dão essa força, permitem que você estabeleça uma relação política na largada. Ou seja, não vamos propor reforma tributária, reforma política, no terceiro ano. Vamos propor nos primeiros meses do primeiro ano de governo, para que esse lastro da sociedade, que está vindo conosco, permita uma negociação diferente na Câmara e no Senado. Nós vamos construir essa maioria, mas sem cacifar as velhas raposas", afirmou. Em seguida, Beto fez a ameaça: "Depois de eleger Marina, temos de ir para as ruas dar a ela a cobertura para que possa exigir do Congresso as mudanças necessárias ao país."

O que o vice do PSB disse foi cristalino. Sem força política e sem base parlamentar, um governo Marina convocaria as ruas para emparedar o Congresso. Coincidência ou não, em junho do ano passado, quando manifestantes cercaram o Congresso Nacional e houve um princípio de incêndio no Itamaraty, foram identificados integrantes da Rede, alguns bem próximos a Marina Silva, entre as lideranças das manifestações.

Se o novo modelo proposto por Marina e Beto, num programa de governo coordenado por Neca Setúbal, propõe suplantar o Congresso e governar "com a força das ruas", é preciso questionar se essa tática black bloc comporta também a depredação de agências bancárias, como as do Itaú?

Ao apoiar publicamente Marina Silva, o cantor e compositor Caetano Veloso, que, no passado, se vestiu de black bloc, afirmou que é impossível ceder à luz irresistível que emana da candidatura do PSB. As declarações de Beto Albuquerque, o recuo de Marina diante do pastor homofóbico Silas Malafaia e as revelações de que ela consulta a Bíblia antes de tomar decisões prenunciam uma era de obscurantismo.

Beto anuncia tática black bloc no governo Marina | Brasil 24/7

29/08/2014

Collor de saias

 

Marina e o mito do cavaleiro solitário

sex, 29/08/2014 – 06:00

Atualizado em 29/08/2014 – 07:05

Luis Nassif


Todo fim de ciclo político abre espaço para os outsiders da política.

São períodos em que ocorre um aumento da inclusão, da participação popular e os mecanismos políticos tradicionais não mais dão conta da nova demanda. Há o descrédito em relação à política e, no seu rastro, o cavaleiro solitário, cavalgando o discurso moralista e trazendo a esperança  da grande freada de arrumação.

Fazem parte dessa mitologia políticos como Jânio Quadros, Fernando Collor e, agora, Marina Silva.

***

Tornam-se fenômenos populares, o canal por onde desaguará a insatisfação popular com o velho modelo.

No poder, isolam-se por falta de estrutura partidária ou mesmo de quadros em qualidade e quantidade suficiente para dar conta ro recado de administrar um país complexo como o Brasil.

Com poucos meses de mandato, a população percebe que não ocorrerá o milagre da transformação política brasileira e se desencantará com o salvador. Sem base política, sem o canal direto com o povo, perdem o comando e trazem a crise política.

***

Desde a redemocratização de 1945 o Brasil tornou-se um país difícil de administrar, dada a complexidade de forças e setores envolvidos. Só é administrável através das composições políticas.

Na última década, a complicação ficou maior porque floresceram uma nova sociedade civil, novas classes de incluídos e o fantasma da hiperinflação (e dos pacotes econômicos) não mais funcionava como agente organizador das expectativas e de desarme das resistências.

***

O maior momento de Marina foi quando, na OMC (Organização Mundial de Comércio) defendeu a o direito do Brasil proibir a importação de pneus. No episódio Cessna descobre-se um sócio oculto do ex-governador Eduardo Campos, que enriqueceu com incentivos fiscais (do estado de Pernambuco) justamente para a importação de pneus.

***

Não apenas isso.

Sua vida profissional indica uma personalidade teimosa e desagregadora.

Começou a vida política com Chico Mendes. Depois, rompeu com ele e aderiu ao PT. Foi parceira de Jorge Vianna, governador do Acre. Rompeu com Jorge, tornou-se MInistra de Lula.

Teve embates com a então Ministra-Chefe da Casa Civil Dilma Rousseff acerca da exploração da energia na Amazonia. Perdia os embates nas reuniões Ministeriais, mas criava enormes empecilhos no licenciamento ambiental.

Nas reuniões ministeriais, jamais abria mão de posições. Quando derrotada, se auto-vitimizava e, nos bastidores, jogava contra as decisões com as quais não concordava.

Saiu do governo Lula no dia em que anunciou seus planos para a Amazonia e Lula entregou a gestão para Roberto Mangabeira Unger.

***

Saiu do governo, entrou no PV e promoveu um racha no partido. Tentou montar a Rede, juntou-se com o PSB e criou conflitos de monta com os principais auxiliares de Campos.

A teimosia em geral estava a serviço de ideias e conceitos totalmente anticientíficos.

Combateu as pesquisas em células tronco. Em 2010, em uma famosa entrevista no Colégio Marista, em Brasilia, anunciou que proibiria ensinar Darwin nas escolas, por ser a favor do criacionismo.

Se o país resolver insistir na aposta no personagem salvador, só há uma coisa a dizer: bem feito!

Marina e o mito do cavaleiro solitário | GGN

17/02/2014

Rede Globo de Manipulação

 

A confissão de Boni sobre o debate entre Lula e Collor

por : Paulo Nogueira

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Me enviam um vídeo que resume o Brasil.

Nele, sorridente, aparentemente orgulhoso, o ex-chefão da Globo, Boni, confessa um crime de lesa sociedade.

Você pode vê-lo aqui.

Boni conta que, no célebre debate entre Lula e Collor que definiria as eleições presidenciais de 1989, a Globo preparou Collor.

Quer dizer: uma concessão pública achou que tinha o direito de se meter nas primeiras eleições diretas para presidente.

A Globo, conta Boni, tirou a gravata de Collor para dar a ele um ar mais popular. Se pudesse, disse Boni, a Globo borrifaria caspa em Collor, a exemplo da tática clássica de Jânio Quadros para se identificar com a voz rouca das ruas.

Mas havia coisa bem pior.

Há muitos anos conheço a história das pastas de Collor. Ele se apresentou no debate com elas.

O que nas redações se comentava é que fora um truque de Collor. Chegou a Lula a informação de que na pasta estavam denúncias contra ele.

Lula ficou apavorado. Durante todo o debate, Collor fingia de tempos em tempos que ia abrir as pastas para apanhar coisas que comprometeriam Lula.

As pastas tinham papel que não significana nada, na realidade.

A revelação – confissão – de Boni é que quem armou o golpe das pastas foi a Globo, e não Collor.

Mais uma vez: ele disse isso em tom triunfal. Não tinha noção, ou não parecia ter, da gravidade do que estava dizendo.

O que se fez diante das palavras de Boni?

Nada. A mídia não se mexeu. A justiça não se mexeu. O governo não se mexeu. Para que serve um Ministério da Comunicação?

Este é o Brasil.

A Globo goza de espantosa impunidade. Pode fazer tudo, que não acontece nada.

Joaquim Barbosa arrumou um emprego para o filho na Globo. Ayres Britto escreveu o prefácio de um livro de Merval sobre o Mensalão. Gilmar Mendes aparece em fotos ao lado de Merval.

Lula, a vítima do crime eleitoral da Globo, foi ao enterro de Roberto Marinho, e produziu uma eulogia em que disse que ele era um brasileiro que viera “a serviço”.

A serviço do quê?

Não satisfeito em aplaudir Roberto Marinho, Lula decretou três dias de luto oficial. Ao fazer isso, Lula enxovalhou a memória de homens como Getúlio Vargas e João Goulart, vítimas das conspirações golpistas de Roberto Marinho.

É possível que o episódio do debate tenha deixado Lula para sempre com um sentimento paralisante de medo em relação à Globo, para infortúnio da sociedade.

A Carta aos Brasileiros, com a qual logo no início do mandato ele se comprometeu essencialmente a não fazer nada de muito diferente do que vinha sendo feito antes dele, foi arrancada a ele por João Roberto Marinho, filho de Roberto Marinho.

Montaigne escreveu que seu maior medo era ter medo.

A Globo pôs medo em Lula. E põe medo no Brasil.

O medo foi o responsável pela chamada “mídia técnica”, pela qual a Globo recebeu de governos petistas 6 bilhões de reais em dez anos mesmo tendo sonegado escandalosamente impostos e mesmo produzindo um conteúdo destrutivo todas as causas sociais.

O medo da Globo impediu que se discutissem regras para a mídia, para evitar monopólios como a Globo.

Se Kirchner tivesse medo do Clarín, não faria o que fez.

Enquanto perdurar o medo da Globo, o país vai patinar no desenvolvimento social, porque a Globo é um obstáculo intransponível para a construção de uma sociedade justa.

É irônico que um partido que dizia que a esperança tinha que vencer o medo tenha se tornado, ele mesmo, depois de chegar ao poder, tão medroso.

Paulo Nogueira

Sobre o Autor

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Diário do Centro do Mundo » A confissão de Boni sobre o debate entre Lula e Collor

06/02/2013

O último suspiro de influência da mídia

Filed under: Fernando Collor de Mello,Golpismo,Grupos Mafiomidiáticos,Paulo Nogueira — Gilmar Crestani @ 9:18 am

Paulo Nogueira5 de fevereiro de 201389

A imprensa construiu e destruiu Collor, e depois se dedicou a defender seus próprios interesses.

Collor e a ex-mulher em sua posse

A queda de Fernando Collor de Mello, há 20 anos, foi a última demonstração de força e influência da imprensa brasileira, para o bem e para o mal. Collor, um político provinciano e oco, tagarela e bonitão, se tornou uma figura nacional graças à mídia, que viu nele uma alternativa salvadora a – sempre ele – Lula na presidência.

Collor seria consagrado como “o caçador de marajás” por jornais e revistas. Era descrito pela mídia como o homem perfeito: combatia marajás – os funcionários públicos de altos salários – e era moderno. Este foi o primeiro empurrão em Collor, e lhe permitiu chegar ao segundo turno das eleições presidenciais.

Sua plataforma era a versão tosca em português da de Margaret Thatcher, que então era tida como uma semideusa. Não haviam aparecido ainda os efeitos sinistros do thatcherismo. Hoje eles são claros, impressos que estão na grande crise econômica e financeira mundial. Mas quando Collor virou um pretendente sério à presidência a fórmula de Thatcher – desregulamentar e privatizar — parecia funcionar.

Como um Thatcher de calças, Collor cortejou e conquistou Roberto Marinho, à época considerado amplamente o homem mais poderoso do país. Isso foi essencial para o segundo empurrão dado em Collor: a edição mal-intencionada da TV Globo do debate entre ele e Lula às vésperas da eleição. Lula não foi bem no debate, mas na edição da Globo – vista por uma audiência gigantesca que já não existe mais para a emissora – ele foi ainda muito pior. E então nosso Thatcher virou presidente.

Collor cometeu o erro de achar que, porque andara de avião, podia voar sozinho. Foi fatal. Não buscou alianças políticas, e não soube manter sequer o apoio da mídia que tanto contribuíra para sua vitória. Sem base política, foi jogado para o abismo pela mesma mídia que o alçara ao Planalto.

Foi o apogeu da imprensa como força política.

Em 1964, ela participara ativamente das ações para a derrubada do presidente João Goulart – mas o papel principal coube aos militares. Em 1992, o protagonismo foi da mídia. Passados vinte anos, o poder da imprensa é uma sombra do que foi. Em parte porque a internet foi ocupando um espaço cada vez maior. Mas também porque as grandes corporações de jornalismo não souberam captar o zeitgeist, o espírito do tempo. E isso é fatal no jornalismo.

Em 1992, por exemplo, ler a Folha era considerado coisa de gente bacana. Ela captara o espírito do tempo na campanha das Diretas Já. Hoje, na nova geração de leitores, quem se importa com a Folha? O espírito do tempo agora se manifesta em coisas como a inconformidade com a iniquidade social monstruosa que varreu o mundo. Na agenda de que grande empresa de mídia se vê algum traço desse inconformismo?

A maior demonstração da crescente falta de potência está nos resultados das três últimas eleições presidenciais. Ganharam candidatos – Lula e Dilma – que jamais gozaram do apoio da mídia, para dizer o mínimo.

É bom ou ruim o enfraquecimento da mídia estabelecida para o Brasil? É difícil lamentar a perda de influência. O Brasil que as grandes empresas de jornalismo ajudaram a construir era simplesmente insustentável em sua iniquidade, na forma absurda com que era distribuído o bolo, no número abjeto de miseráveis amontoados em favelas.

No mundo perfeito, a mídia teria apontado esse drama e lutado para corrigi-lo. Não fez. Fez o oposto, na verdade: se alinhou à manutenção de privilégios e de mamatas. Por isso, vinte anos depois da queda de Collor, fala apenas para os privilegiados – e não todos eles, mas aqueles que em seu egoísmo sem limites ignoram e desprezam os desfavorecidos.

Leia mais: É um disparate a mídia no papel de oposição.

Leia mais: A concentração na mídia é um mal para a democracia

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O jornalista Paulo Nogueira, baseado em Londres, é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Diário do Centro do Mundo – O último suspiro de influência da mídia

14/01/2013

O caçador de marajás matou Rubem

Os mesmos que elegeram Collor, tratado como héroi na Rede Globo, querem também que outros paciente com câncer morram. E não falo só de Hugo Chávez e Lula, mas é através da eliminação dos outros, daqueles com os quais não concordam e por isso têm ódio, que pretendem construir o seu mundo.

RUBEM BRAGA E O PODER

Em 1990, Rubem Braga descobriu que estava com câncer. O presidente Collor confiscara todos os haveres bancários, incluídos os das cadernetas de poupança. Carlos Castello Branco – que não era amigo do cronista e havia feito uma cirurgia nos Estados Unidos, para livrar-se de mal semelhante – escreveu-lhe uma carta. Nela, com grande otimismo, aconselhava o autor de O Conde e o Passarinho a tratar-se no mesmo hospital em que se tratara, creio que em Houston.

Rubem disse aos amigos comuns que iria a Houston, com prazer, desde que o governo liberasse as suas aplicações. Sua amiga Vera Brant acionou as excelentes relações em Brasília, para que o dinheiro de Rubem – não tão grande assim – lhe fosse entregue para a viagem e o tratamento, comunicou ao cronista as suas diligências e a confiança em que tudo seria resolvido logo.

O Ministério da Economia informou que se todos que estivessem com câncer pedissem a liberação de seus haveres, o Plano Collor Fracassaria

Rubem, segundo alguns amigos, começou a pensar na viagem, enquanto o tempo passava. Uma semana, duas semanas, um mês – e nada. As pessoas do governo, contatadas por Vera Brant, davam vagas informações do pleito, até que a brava mineira reclamou uma resposta clara: o Ministério da Fazenda – ou da Economia, não me lembro ao certo – informou que se todos os que estivessem com câncer pedissem a liberação de seus haveres, o Plano Collor fracassaria.

Vera então imaginou um ardil. Disse a Rubem que o dinheiro já estava liberado, mas dependia de meras providências burocráticas. Assim, ela e outros amigos iriam adiantar-lhe a importância necessária para a viagem, e ele, quando recebesse seu dinheiro, poderia devolvê-la.

Rubem agradeceu muito, mas como homem honrado e orgulhoso, não aceitava. Percebera a manobra amiga da escritora, agradeceu, recusou com elegância e polidez. Não era um necessitado, só queria que lhe devolvessem as economias que fizera, e com as quais cuidaria da própria saúde. Entendia a solidariedade de Vera e seus amigos, mas era um homem soberbo.

Quando percebeu que não havia outro jeito, tratou de se preparar para o pior. Com o dinheiro que reunira, de seus salários na televisão, Rubem foi a São Paulo, onde funcionava o único crematório no Brasil, indagou pelo preço, preencheu o cheque. E quando lhe perguntaram onde se encontrava o corpo, apontou o próprio peito, e disse que seriam informados na hora certa, mas descontassem o cheque logo. Voltou para o Rio, reuniu os amigos em seu apartamento, dois dias antes da morte, e falaram de tudo, dos ausentes, das mulheres amadas, daquele verão, com seu sol e suas chuvas.

Conheci Rubem em 1956, em Belo Horizonte, quando ele esteve na redação do Diário de Minas, para ver o jornalista Hermenegildo Chaves, de quem havia sido companheiro noDiário da Tarde no início dos anos 30. Rubem tinha então 43 anos e estava no auge de sua carreira.   Sempre que eu ia ao Rio, eu o visitava e, enquanto trabalhava com Chaves – que tinha o apelido de Monzeca – era portador de cachaça e requeijão de Montes Claros que ele enviava ao amigo.

Ao longo dos anos, sempre que nos encontrávamos, ele era muito amável e conversávamos invariavelmente sobre Minas e os mineiros.

Lembro-me de sua irritação quando descobriu que um sósia visitava escolas do Rio e se apresentava com seu  nome, sendo homenageado pelas professoras e pelos pequenos alunos.  Vociferava contra o canalha, por enganar as crianças e as professoras ingênuas.  Chegou mesmo a escrever uma crônica, denunciando que havia no Rio um sujeito que tinha o péssimo hábito de se passar por Rubem Braga.

Não houve, em meu modesto juízo, quem melhor escrevesse em nossa língua portuguesa, nos dois lados do oceano. Seu texto fluía como as águas limpas de um riacho na montanha, contornando suavemente as rochas: sua profundidade se revelava, sem pudores e sem disfarces, na superfície. Era, embora muitos assim não o vissem, severo crítico da sociedade, já em seu tempo hipócrita e egoísta – embora muito menos do que hoje.

Certo marido, alertado por delator anônimo, surpreendeu a mulher em companhia do amante – e matou os dois. No dia seguinte, a sua crônica se endereçou ao canalha responsável pela tragédia, chamando-lhe hiena, e o cumprimentando pelo provável prazer diante dos mortos, dos filhos órfãos, das famílias atingidas.

Poucos conseguiram mostrar a patologia do regime militar com a precisão de Rubem

Poucos conseguiram mostrar a patologia  do regime militar com a precisão de Rubem, ao compará-lo, em crônica, a “uma porca mal capada”. Os que conhecem o  meio rural sabem que raramente a porca castrada com imperícia consegue sobreviver: sobre a ferida as moscas pousam suas larvas, a infecção se torna invencível e o animal agoniza lentamente – a menos que alguém o sacrifique.    

Vai, aqui, modesta sugestão aos responsáveis pelo ensino de nossa língua: adotem os textos do velho Braga no ensino fundamental. Não há, neles, nada de politicamente incorreto, posto que são, e declaradamente, subversivos contra a ordem do ódio, as regras do ressentimento, o domínio do dinheiro.

Aconselho, como obrigatório, talvez o mais sério de seus textos, em que, aparentemente sem assunto, narra tenaz acompanhamento do cronista a fugaz borboleta amarela nas ruas centrais do Rio: alegre concessão da vida a si mesma, cumplicidade do homem e do inseto, partilhando a alegria de estarem vivos, sem destinos, sob o sol e o azul.

Rubem foi um dos maiores nomes da literatura brasileira. Há quem o compare a Machado de Assis. Ao autor de Dom Casmurro – salvo em dois ou três contos, nos quais a ironia ainda era mais forte do que a compaixão – faltava solidariedade para com o sofrimento e não havia a alegria com a felicidade dos outros.

Mauro Santayana

14/12/2012

Como diria Gurgel, uns são mais investigados que outros

Filed under: Cláudia Sampaio,Fernando Collor de Mello,Roberto Gurgel — Gilmar Crestani @ 7:55 am

CONGRESSO

Gurgel diz que ‘provavelmente’ não vai aceitar convite para se explicar

DE BRASÍLIA – O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse ontem que provavelmente não vai aceitar o convite da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso para prestar esclarecimentos.

Na quarta-feira, em uma manobra articulada com o senador Fernando Collor (PTB-AL), a base do governo conseguiu aprovar convites para Gurgel e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso falarem aos parlamentares.

O convite a Gurgel tem como justificativa ouvi-lo sobre as relações entre o Ministério Público e órgãos de inteligência.

"Convite a gente aceita ou não", disse o procurador-geral ontem. Questionado se pretende aceitar, ele respondeu: "provavelmente não".

Os requerimentos para os convites a Gurgel e FHC não estavam previstos na pauta da comissão e foram incluídas durante a sessão, após acerto entre o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), e Collor, que preside a comissão.

Os convites foram aprovados na semana que foi revelado o depoimento do empresário Marcos Valério ao Ministério Público Federal envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no mensalão.

13/12/2012

O que um disser do outro, acredite!

Filed under: Fernando Collor de Mello,Roberto Gurgel — Gilmar Crestani @ 10:43 pm

E aquela história de que quem não deve não teme nem a Cláudio Sampaio acredita!

Gurgel diz que não deve aceitar convite de Collor

:

Sob a presidência do senador Fernando Collor (PTB-AL), a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso aprovou ontem um convite ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para falar sobre assuntos diferentes. Questionado se pretende aceitar, Gurgel foi breve: "provavelmente não"

13 de Dezembro de 2012 às 18:59

247 – O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que provavelmente não vai aceitar o convite da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso para prestar esclarecimentos. O convite foi articulado pelo senador Fernando Collor (PTB-AL), que presidia a sessão, ocorrida ontem. A base do governo também conseguiu aprovar um convite para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso falar sobre a ‘Lista de Furnas’.

Collor justificou o convite a Gurgel dizendo que pretende ouvir o procurador-geral da República sobre as relações entre o Ministério Público e órgãos de inteligência. Mas o senador já vinha tentando convocar o procurador-geral desde o início da CPI do Cachoeira, para falar sobre as operações da Polícia Federal que revelaram as ações do bicheiro.

Questionado sobre o assunto, Gurgel disse que "convite a gente aceita ou não". Quando a pergunta foi se ele pretende aceitar o convite, a resposta foi um breve "provavelmente não".

Gurgel diz que não deve aceitar convite de Collor | Brasil 24/7

13/10/2012

Veja terceiriza o atáque, Época aceita e a Folha repercute

Depois que Fernando Collor apresentou requerimento para convocar Policarpo Junior e o Roberto Civita pela parceria da Revista Veja com Carlinhos Cachoeira, os a$$oCIAdos do Instituto Millenium reunidos entorno da madrasta SIP, partiram para o ataque. PC Farias foi morto, Collor que se cuide. A Veja não brinca em serviço, como provam os tantos policiais federais que participaram das  investigações do esquema Cachoeira e já foram mortos.

Jardineiro de Collor é pago com verba do Senado, diz revista

DE SÃO PAULO

Três funcionários contratados como assistentes parlamentares pelo gabinete do senador Fernando Collor (PTB-AL) prestam serviços particulares a ele, segundo reportagem publicada nesta semana pela revista "Época".

André Borges/Folhapress

O senador Fernando Collor (PTB-AL) fala durante sessão da CPI do Cachoeira

O senador Fernando Collor (PTB-AL) fala durante sessão da CPI do Cachoeira

Folha de S.Paulo – Poder – Jardineiro de Collor é pago com verba do Senado, diz revista – 13/10/2012

08/08/2012

Collor: Civita é "bandido" e Policarpo "quadrilheiro"

Collor: Civita é Foto: José Cruz/ABr

No retorno dos trabalhos da CPI do Cachoeira, senador cobra convocação do dono da Editora Abril, Roberto Civita, e do chefe de sucursal da Veja, Policarpo Jr, por envolvimentos com Cachoeira; requerimentos serão debatidos na próxima semana

07 de Agosto de 2012 às 21:59

247 – Na primeira sessão da CPI do Cachoeira no retorno do recesso, o senador Fernando Collor (PTB-AL) voltou a cobrar as convocações do dono da Editora Abril, Roberto Civita, e do chefe de sucursal da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior. O parlamentar acusou Civita de "bandido" e Policarpo de "quadrilheiro". Os requerimentos, de autoria do próprio senador, serão discutidos na próxima reunião administrativa da comissão do Congresso, agendada para a próxima semana.

Collor também fez duras críticas ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a quem chamou de "chantagista". Segundo ele, Gurgel segurou a investigação da Polícia Federal chamada Operação Vegas como trunfo para chantear o senador cassado Demóstenes Torres.

Recentemente, a revista Veja foi citada pela mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, acusada de ter chantageado o juiz titular do caso, Alderico Rocha Santos. Segundo o magistrado, ela disse que Cachoeira encomendou a Policarpo Jr. um dossiê contra ele, e que se não fosse negociada uma saída para seu marido, as informações seriam publicadas. Na edição desta semana, a revista negou ter feito qualquer dossiê para Cachoeira.

Collor: Civita é "bandido" e Policarpo "quadrilheiro" | Brasil 247

04/07/2012

Questão de lógica

Filed under: Arapongas,Fernando Collor de Mello,PT — Gilmar Crestani @ 9:18 am

Nem poderia ser diferente. Imagina se Collor e Veja, podendo, não alvejariam o PT. Está tudo dentro da lógica política. Ilógico seria seguir Carlinhos Cachoeira e Policarpo Júnior. Quem ousaria imaginar que a Veja se associaria ao banditismo?

Governo Collor seguiu cubano ligado ao PT

Arapongas seguiram e fotografaram Sergio Padilla, que teve encontros com José Dirceu

RUBENS VALENTE
LUCAS FERRAZ
DE BRASÍLIA

Documentos do serviço de inteligência do governo Fernando Collor (1990-1992) revelam que o cubano Sergio Cervantes Padilla, conhecido da cúpula do PT e descrito como "conselheiro político" da Embaixada de Cuba no Brasil, foi seguido e fotografado pelos arapongas nos anos 90.

Os documentos integram um conjunto de 30 mil relatórios liberados anteontem pelo Arquivo Nacional.

Os arapongas do governo Collor mapearam as relações de Padilla com líderes petistas, incluindo Lula, com quem ele teria jantado em São Bernardo do Campo (SP), e José Dirceu. Em outubro de 1991, Padilla teria passado dez dias hospedado com a família no apartamento de uma assessora de Dirceu, então deputado estadual. Na ocasião, o cubano foi fotografado pelos agentes da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos), a sucessora do Serviço Nacional de Informações.

Padilla ficou conhecido em 2005 quando a revista "Veja" o apontou como ligado a uma suposta doação de US$ 3 milhões do governo cubano à campanha de Lula em 2002. A doação -contestada pelo PT- nunca foi comprovada.

No início da década de 90, Padilla tinha encontros frequentes com a cúpula do PT.

José Dirceu informou, por meio da assessoria, que Padilla é "um velho conhecido da esquerda brasileira" e que foi apresentado a ele quando viveu em Cuba, nos anos 60.

O ex-ministro disse que o acompanhamento da SAE foi "indevido", pois Padilla era vinculado ao serviço diplomático. A assessoria de Lula não foi localizada ontem.

Além da cúpula petista, Padilla procurava outros grupos. Em março de 1990, a SAE registrou que ele conversou com o historiador Valério Arcary, então na organização Convergência Socialista (que foi expulsa do PT em 1992), sobre índices sociais de Cuba.

Arcary disse que é "um escândalo" ter sido monitorado num regime democrático, mas que não falou "nada que não pudesse ser dito em público": "Ele estava preocupado com o isolamento de Cuba e procurava acompanhar a esquerda brasileira".

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