Ficha Corrida

21/11/2015

A direita só vai presa quando puder arrastar junto a esquerda

fhc-imprensaA possibilidade de que a elite econômica padeça na justiça do mesmo rigor com que a esquerda é contemplada depende da… direita. Os maiores baques sofridos pela direita foram perpetrados pela própria direita. Graças à José Serra, via Mauro Chaves, o “Pó pará, governador” grudou de tal forma em Aécio Neves como se já tivesse nascido com ele. Outra obra inesquecível foi o Caso Lunus, em que, para eliminar uma candidata do seu campo, o ramo da Polícia Federal subordinado aos interesses de Serra vigiou de perto os dutos que abastecia o comitê de campanha rebento feminino do clã Sarney, Roseana Sarney.

A Lava Jata, assim com já fora o Mensalão, por visarem eliminar cabeças da esquerda, levam de roldão apenas quem pode servir ao plano. Não se trata de punir a corrupção, mas de punir a concorrência na corrupção. O caso mais emblemático que ilustra esta estratégia pode ser vistas diariamente no Congresso. Enquanto servia de algoz a Dilma, Lula e ao PT, Eduardo CUnha era a Meca dos jihadistas do exército islâmico abrigado no MPF/PF. Mesmo agora, bagaço a ser cuspido, continua podendo interferir na aplicação da justiça, corrompendo, ameaçando e ocultando provas sem que nada lhe aconteça. A família de Lula sofre contínua devassa, mas os devassos podem continuar ocupando microfones e manter o modus operandi que esvazias as burras das viúva.

Note que da oposição, apenas mortos ou personagens secundários aparecem. E ainda assim apenas para justificar a caça ao Lula. É a forma de iludir a opinião pública de que, aos olhos do Procuradores e Polícia Federal, perante a lei todos são iguais. Não nos esqueçamos, o mensalão do PT, filho do mensalão do PSDB, foi julgado e seus acusados, punidos. Já o mensalão do PSDB continua esquecido em algum escaninho das proteções mafiosas.

Dois episódios são ilustrativos da proteção mafiomidiática: 1) o caso FHC & Miriam Dutra e 2) o Escândalo da Parabólica. São ilustrativos o suficiente para demonstrar o caráter obsceno das relações do lumpenjornalismo com o poder político.

Outro episódio que ilustra a captura das instituições pelo lumpenjonalismo é a Operação Zelotes. A RBS pagou R$ 11 milhões para se sagar de R$ 111 milhões em impostos. Qual foi o único escritório invadido pela Polícia? O do filho do Lula… Até as noras foram objeto de acusações, mas a famiglia do estuprador de Florianópolis permanece dando cartas e jogando de mão. Coincidência, Sarney & Sirostky são filiais da Rede Globo

Justiça Federal nega pedido de prisão para Ricardo Murad

Por jloeffler

No dia 20/11/2015

Em Noticias

Corretíssima a decisão, pois não sendo genro do LULA e sim do SARNEY obviamente ele é honesto está sendo assim injustiçado.
O Editor

__________________________________________________-

Publicado em: 19/11/2015 – 18:06

O juiz federal da 1ª Vara Federal de São Luís, Roberto Carvalho Veloso, negou, na tarde de ontem (19), o pedido de prisão, feito pela Polícia Federal, do ex-secretário de Estado da Saúde Ricardo Murad.

Veloso entendeu que a prisão é desnecessária, mas decidiu apreender o passaporte de Murad, impedindo-o de sair de São Luís.

No despacho, o magistrado expediu mandado de busca e apreensão, solicitado pela PF, na casa onde morou a mãe do ex-secretário, falecida recentemente. A PF esteve na casa, mas nada encontrou.

Ricardo Murad – que foi secretário da Saúde na gestão de Roseana Sarney (PMDB), de quem é cunhado – foi uma das 27 pessoas conduzidas coercitivamente na Operação “Sermão aos Peixes”, da Polícia Federal, deflagrada na segunda-feira (16).

Ele depôs na PF por 15 horas (das 11h30 da terça às 2h30 da quarta), só então sendo liberado.

Na operação também foram cumpridos 13 mandados de prisão preventiva e 60 de busca e apreensão.

Doações eleitorais – Segundo a PF, duas entidades não governamentais contratadas pela Secretaria de Saúde do Maranhão para gerir unidades hospitalares do Estado, o ICN (Instituto Cidadania e Natureza) e a Bem Viver, contrataram, sem licitação, inúmeras empresas para serviços terceirizados.

Esse grupo de empresas recebeu um total de R$ 205,6 milhões em recursos públicos. Na mesma época, essas empresas, de acordo com a PF, beneficiaram campanhas eleitorais com doações registradas na Justiça Eleitoral em um total estimado em R$ 4,9 milhões.

Uma das principais contribuintes de campanha foi a Litucera Limpeza e Engenharia, sediada em Vinhedo (SP). A Litucera recebeu R$ 15,8 milhões da Bem Viver e outros R$ 28,2 milhões do ICN. Desse montante, segundo o relatório da PF, a Litucera destinou pelo menos R$ 1,9 milhão para candidatos nas eleições de 2010, 2012 e 2014.

“A autoridade policial logrou demonstrar que além da prefeita eleita [de Coroatá] Maria Teresa Trovão Murad, esposa de Ricardo Murad, a Litucera financiou a campanha de mais 60 candidatos a vereador, sendo que foram eleitos sete vereadores do total de 13 vereadores, que corresponde a 53% do total de vereadores da Câmara Municipal”, escreveu o juiz Roberto Veloso.

Além de ajudar a mulher do então secretário de Saúde com R$ 186 mil, a Litucera também destinou R$ 200 mil à campanha da filha do casal, a deputada estadual Andrea Trovão Murad (PMDB) e outros R$ 22 mil ao irmão de Maria Teresa, Alexandre Cesar Trovão, hoje presidente da Câmara de Coroatá.

No total, segundo a PF, 61 campanhas eleitorais de candidatos ligados a Ricardo Murad, em 2010, 2012 e 2104, foram turbinadas com recursos oriundos do “esquema” das empresas terceirizadas na Saúde.

Levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo aponta que uma das empresas investigadas também destinou R$ 1 milhão, em 2010, para a campanha que reelegeu a governadora Roseana Sarney, em doação registrada para a direção estadual do PMDB do Maranhão – e outros R$ 730 mil para a direção da sigla no Tocantins.

Copiado de: jornalpequeno.com.br

Praia de Xangri-Lá | Saiba tudo o que REALMENTE acontece em Xangri-Lá

19/02/2014

Até que enfim saiu um Coelha da cartola da Folha

Filed under: Direita,Esquerda,Maniqueísmo,Marcelo Coelho,Radicalismo — Gilmar Crestani @ 8:20 am
Tags:

Só faltou dizer quem tem o poder de espalhar as filosofias maniqueístas e as põem em relevo todos os dias, seja no papel, internet, rádio e televisão. Bem aí já seria pedir demais a quem trabalha na Folha…

MARCELO COELHO

Tiro, porrada e bomba

As pessoas sensatas são as mais desinteressantes, e do bom senso não se pode esperar grandes novidades

Vestida de rainha, em seu palácio de Cinderela, a funkeira Valesca Popozuda ameaça com "tiro, porrada e bomba" as inimigas que invejam sua emergência social.

Foi o tema do artigo que escrevi na semana passada. Mas essa celebração de tudo que é "tiro, porrada e bomba" encontra, infelizmente, outros exemplos no Brasil de hoje.

Desde que a esquerda abandonou a luta armada, há coisa de quarenta anos, ninguém mais pensava em promover grandes transformações sociais pela violência. Com nuances, um discurso mais simpático a essa atitude, inspirado sem dúvida pelas bizarrices do filósofo Slavoj Zizek, encontra alguns adeptos por aqui.

Toda essa aproximação, ainda que vaga, com a tática dos "black blocs" não faz mais do que jogar lenha na vasta fogueira inquisitorial da direita.

Será fácil, como nos anos 1970, associar todo pensamento democratizador, igualitário e timidamente socialista aos "baderneiros", aos "terroristas", aos "black blocs" e, por que não, aos "comunistas". Como se não vivêssemos, no panorama internacional, a verdadeira baderna criada por George Bush, pelos neocons e pelos irresponsáveis do mercado financeiro –sempre aplaudidos pela direita local.

No horror aos desatinos persecutórios da direita, há quem se confunda. O moderado de esquerda muitas vezes toma as dores dos sectários, dos fanáticos, dos radicais, porque reconhece e abomina a caça às bruxas.

Mas esses grupinhos violentos de esquerda não têm por que serem vistos como aliados de quem quer mais progresso social. Os "black blocs", ou seja lá quem for, atrapalham, combatem, inviabilizam esse caminho.

O progressismo, ao ser moderado, não necessita ser menos firme por causa disso. Rejeita com firmeza a direita do "prende e arrebenta", assim como rejeita o suposto charme radical do "bota pra quebrar".

Reconheço que é uma atitude meio sem graça, que de tanto olhar para os dois lados se imobiliza na inação. Infelizmente, as pessoas sensatas às vezes são as mais desinteressantes, e do bom senso não se pode esperar grandes novidades.

O mais preocupante é que o vandalismo, de certa forma, interessa a muita gente ao mesmo tempo. Ajuda o campo truculento das forças policiais, que precisam legitimar os excessos em que incorrem, por vício de formação. Ajuda o campo conservador, que pode colocar no mesmo saco toda crítica ao capitalismo e ao autoritarismo de Estado.

Ajuda, ao mesmo tempo, petistas e antipetistas. Os críticos do PT podem atacar as tentativas de "diálogo" com os "black blocs". O PT e aliados podem se livrar dos ataques que recebiam durante as manifestações.

Não se sabe quem são, e em que medida existem, os financiadores do vandalismo. Mas, pela quantidade de forças a quem os vândalos terminaram ajudando, o caixa dessa turma já poderia estar maior do que o do tio Patinhas.

Curiosamente, produziu-se uma espécie de "anticonsenso". Durante as manifestações de junho, sempre havia alguém defendendo alguma coisa com a qual milhares de outros podiam concordar. Havia caminho para um grande (não digo que fácil) acordo nacional.

A situação se inverteu: o caminho está aberto para o desacordo acirrado e completo, em que cada Valesca mostra unhas e dentes para as rivais.

Caso exemplar desse tom agressivo foi o da comentarista Rachel Sheherazade. Diante da foto do menor de rua amarrado nu a um poste, ela foi longe: é uma reação de "legítima defesa" da sociedade, e a quem se apieda do "marginalzinho", ela lançou a campanha "adote um bandido!".

O seu raciocínio não poderia ser mais típico da mentalidade extremista. Ou você acha certo amarrar um marginalzinho a um poste, ou então você deve adotar o garoto, acolhendo-o em sua própria casa.

Não há, nesse raciocínio, atitude intermediária. Todo caminho médio é "irrealista". Ou você mata ou beija. Quem não conhece a típica frase dos torturadores, segundo a qual você "não trata bandidos com luvas de pelica"? É nessa mentalidade, mas do lado oposto, que Joaquim Barbosa vira "torturador" e que José Dirceu vira "preso político".

De onde vem tanto extremismo? Há uma "policialização" do ambiente, irrompendo através da nossa película mais civilizada.

Afinal, no mundo da classe baixa, correm soltas as divisões: quem não está com o traficante está com a polícia, quem não é evangélico fundamentalista está entregue a Satanás. Suba um andar nesse barraco: quem é contra o PT é golpista, e quem é de esquerda apoia Pol Pot e Fidel.

Quem não está comigo é meu inimigo, e, como diria Valesca Popozuda, merece "tiro, porrada e bomba". O castelo encantado dessa rainha é o favelão da nossa atual miséria ideológica.

coelhofsp@uol.com.br

15/12/2013

Bachelet prova que direita só permanece no poder apoiada por armas

Filed under: Chile,Direita,Esquerda,Michellle Bachelet,Pinochet — Gilmar Crestani @ 10:09 pm
Tags:

Início do conteúdo

Chilenos elegem Bachelet em 2º turno com baixa participação do eleitorado

Socialista que governou o país entre 2006 e 2010 recebe 62,2% dos votos e derrota com folga Evelyn Matthei, a candidata da centro-direita, que obteve 37,8%

15 de dezembro de 2013 | 20h 59

Guilherme Russo – Enviado Especial

Michelle Bachelet, líder da coalizão Nova Maioria, foi eleita neste domingo, 15, a nova presidente do Chile em um segundo turno marcado pelo baixo comparecimento da população. A socialista, que já governou o país de 2006 a 2010, derrotou a conservadora Evelyn Matthei por uma diferença expressiva de votos – com 96,32% das urnas apuradas, Bachelet tinha 62,2%, contra 37,8% de Matthei.

Veja também:
link Michele Bachelet lidera eleição presidencial no Chile
link Chilenos vão às urnas, socialista Bachelet é favorita

Eleitores celebram vitória de Michelle Bachelet - Felipe Trueba/EFE

Felipe Trueba/EFE

Eleitores celebram vitória de Michelle Bachelet

A conservadora reconheceu a derrota no início da noite. "Meu desejo mais honesto e profundo é que tudo vá bem para ela. Ninguém que ame o Chile pode desejar o contrário", afirmou.

A nova presidente participou neste domingo de uma comemoração em frente ao hotel onde estava seu comando de campanha na capital, Santiago. Diante do local, um palco foi montado e militantes começaram a chegar assim que os primeiros resultados foram divulgados.

A votação que confirmou a vantagem dada por pesquisas a Bachelet, no entanto, teve um comparecimento muito baixo. As filas que os chilenos enfrentaram para votar em 17 novembro não se repetiram no returno da disputa presidencial.

Foram as primeiras eleições presidenciais no Chile sem voto obrigatório. No primeiro turno, pouco menos da metade dos votantes registrados foram às urnas: 6,7 milhões, em um universo de 13,5 milhões. Os números do segundo turno ainda não foram divulgados oficialmente.

Desencanto. Nos centros de votação visitados neste domingo pelo Estado, em Santiago, o movimento era baixo. No Estádio Nacional do Chile, onde longas filas se formaram em novembro para o primeiro turno, não havia espera para votar. As urnas, de vidro emoldurado, tinham poucos votos às 13 horas – e uma mesária dormia sobre os registros de votação.

"Tem muito menos gente. No primeiro turno, esperei meia hora na fila, hoje não esperei nenhum minuto. O desencanto é muito grande com a classe política", afirmou o administrador de hotéis Cristián Verdugo, de 50 anos. "Como agora o voto é voluntário, as pessoas deixaram de lado o comprometimento cívico, pois não existe mais essa obrigatoriedade", disse a dona de casa Natacha Moran, de 63 anos.

A mesma impressão tinham os eleitores que votavam em centros eleitorais que concentravam menos mesas. "Da outra vez, esperei uma hora. Hoje não demorei nem três minutos. O voto deveria voltar a ser obrigatório", afirmou o motorista de ônibus Angel Arias, de 55 anos, no complexo educacional municipal de La Reina. "Vim porque tenho voz e voto", disse o analista de sistemas Rodrigo Moreno, de 37 anos, no Colégio Lenka Franulic, na comuna de Ñuñoa.

Analistas políticos chilenos ressaltam que uma baixa participação prejudicará Bachelet na implementação de suas principais promessas de campanha. Com a maioria que possui no Parlamento, de 55% nas duas Casas, sua coalizão tem votos suficientes para aprovar suas principais medidas – como a criação de um sistema educacional gratuito e de qualidade e uma reforma tributária que bancaria as mudanças na educação.

Para conseguir aprovar a reforma constitucional que pretende fazer, porém, a socialista precisará cooptar parlamentares da oposição, em busca da maioria qualificada necessária – para tanto, um grande número de votos do eleitorado chileno daria a ela o cacife político necessário para convencer os conservadores a apoiá-la.

Chilenos elegem Bachelet em 2º turno com baixa participação do eleitorado – internacional – geral – Estadão

08/12/2013

Pobre de direita é tão anacrônico quanto judeu nazista

Filed under: Direita,Esquerda — Gilmar Crestani @ 9:30 pm
Tags:

Se a primeira conclusão é o anacronismo de pobre na direita, a segunda é a de que o avanço da idade transforma as pessoas idealistas em conservadores. É tal da fadiga dos metais ou será apenas egoísmo de quem, tendo conseguido angariar alguns tostões, receie que a melhora dos outros lhes causem prejuízo.

Jovem tende à esquerda, e rico se inclina para a direita

Pesquisa Datafolha mostra perfil social de cada tendência ideológica

Não há muita variação de acordo com a região do país, ao contrário do que ocorre com a renda e o grau de escolaridade

DE SÃO PAULO

As pessoas que se identificam mais com as ideias associadas à esquerda são mais jovens e têm escolaridade consideravelmente melhor. Mas ganham menos.

É o que mostra a última pesquisa nacional do Datafolha sobre as inclinações ideológicas da população.

Os esquerdistas, que representam 10% dos entrevistados e são mulheres em sua maioria (56%), têm 35 anos de idade, em média, cinco a menos que o observado em todo o país.

A idade vai aumentando conforme a ideologia da pessoa vai se distanciando da esquerda. Assim, o grupo mais velho é o formado pelos brasileiros mais simpáticos às teses de direita, com 46 anos, em média.

Na escolaridade, o universo dos esquerdistas é o único onde mais de 20% das pessoas têm ensino superior. No polo oposto, é ainda o grupo que tem o menor contingente de pessoas com ensino apenas fundamental, 30% ante 52% no grupo dos direitistas.

DINHEIRO

Na hora de faturar, no entanto, as pessoas de direita parecem mais eficientes. Ou pelo menos uma parte delas.

Ainda que as diferenças sejam pequenas, o contingente dos direitistas que têm renda familiar mensal acima de R$ 6.780 é o maior na comparação com os outros quatro segmentos: 7%.

Em compensação, é a direta também que tem o maior agrupamento de pessoas no recorte mais baixo de renda, até R$ 1.356 por mês.

A pesquisa mostra ainda que os diferentes segmentos ideológicos estão distribuídos de forma mais ou menos parecida pelo país.

Em relação à média, a esquerda é um pouco mais intensa no Nordeste, um pouco menos intensa no Sul. Com os direitistas ocorre exatamente o oposto.

O Datafolha ouviu 4.557 pessoas nos dias 28 e 29 de novembro. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

(RM)

27/01/2013

Lula, el anfitrión de un debate sin tabúes

Filed under: América Latina,Esquerda,Lula — Gilmar Crestani @ 10:53 am

 

EL PAIS › “PERSPECTIVAS DE LA IZQUIERDA PROGRESISTA EN LATINOAMERICA” FUE EL EJE DEL DEBATE EN SAN PABLO, BRASIL

Lula, el anfitrión de un debate sin tabúes

En el Instituto Lula, el ex presidente de Brasil reunió a políticos e intelectuales de la región para analizar la convergencia de proyectos y las dificultades de instrumentación. Un encuentro en que el debate afloró sin temores.

Por Horacio González

Lula, en el centro de una mesa en la que coincidieron intelectuales de Latinoamérica.

Como primera curiosidad de la reunión citada en San Pablo, el día 21 de enero, sobre “perspectivas de la izquierda progresista” en Latinoamérica, es que quien la presidía, el ex presidente Lula, además de hacer dos fuertes intervenciones que luego comentaremos, no dejaba de aludir a pequeños detalles de funcionamiento de la reunión –el cónclave, como solía decir la vieja revista Primera Plana–, en relación con cómo pedir la palabra, cómo debían circular los micrófonos, más allá de la excelente coordinación de Luis Dulci, presidente del Instituto convocante. Se escuchó allí la vibrante exposición de Luis Maira, ex embajador de Chile en Argentina, mostrando un cuadro completo y complejo de las alianzas mundiales y latinoamericanas, y de Aldo Ferrer(Aqui, no Ficha Corrida), con su concisa relación de sus propuestas de un desarrollo nacional autosustentado.

A su turno, intervinieron los altos funcionarios brasileños –actuales ministros y ex ministros de Lula y de Dilma, como Celso Amorim, actual ministro de Defensa, y Luciano Coutinho, presidente del crucial Banco de Desarrollo Económico–, con reflexiones breves y contundentes sobre los problemas de su área, siempre vinculados con un tema que fue recurrente: la alianza del Pacífico, con las preocupaciones que origina, tanto así como la ardua cuestión de la inflación. Abundaron las ineludibles menciones a las relaciones económicas con China, sin que se tratara de fijar políticas sino de presentar con fundamentos los puntos candentes de los que serán futuros y absorbentes temas de Sudamérica. Apenas insinuadas, se escucharon quejas sobre la opción mexicana, de la que al parecer se preveían menos entusiasmos en su relación con el problemático vecino del Norte.

En la exposición de Aldo Ferrer se dejó ver la maduración contemporánea de los clásicos trabajos de este economista, muy respetado en Brasil. En general Prebisch y la Cepal lo son, tomados como mojones de la historia intelectual en la economía brasileña que, por razones históricas conocidas, no ocupan el mismo lugar de prestigio en la Argentina. El presidente del Foro de San Pablo pidió por industrias culturales de nuevo tipo, sin que sea fácil decir cuál sería ese plano de enmienda a lo ya conocido, aunque viendo, en la desolación de nuestro cuarto de hotel (todos lo son, por más lujos calculados que tengan) la abrumadora televisión brasileña (pero ¿cuál no lo es?), impera el folletín de gran calidad técnica, pero con una trama cultural que presenta estructuras masivas de fosilización de la emotividad, lo que luego da un dudoso modelo para todo el lenguaje público.

No es, sin embargo, fácil establecerse en una sumaria noción de pueblo brasileño, que escapa de toda norma cultural fija sin dejar de presentar impresionantes unanimidades, todo lo cual se nota en las infinitas variantes del habla real. Al propio Lula, es interesante escucharlo en las innumerables capas de signos que tiene su discurso. No se ausenta, en los planos profundos, el gran embravecido de aquellas arengas en el conurbano de San Pablo, al promediar los años ’70. Pero ahora es también el cauto ironista que cita con pequeños deslices picarescos, los dichos de los políticos más encumbrados del mundo, sin dejar de mentar una idea consabida sobre “los porteños”, todo con afecto experimentado y amistosa complicidad. Lo cierto es que de la gran batería anecdótica de Lula surge de repente la reflexión profunda, matizada con un ligero aire de desafío con el que terminan las frases, ese “¿sabe?”, partícula que aparenta condescendencia pero es un ancestral toque airado y de inconformidad que anida en la lengua brasileña popular.

Lula presentó temas suyos, inesperados para el que hace tiempo no lo escucha, en especial el tema de la paradoja del “ex presidente”. Si hace algo, parece entrometerse; si no hace nada, parece indiferente. Pero su gran tema es el obstáculo político que presentan las burocracias estatales, junto al empleo de lo que llama en interesante paradoja, paciencia política. Algo así como la célebre “sophrosyne” griega, lo que a primera vista parece en efecto contradictorio. Son las burocracias las que se suelen aliar a la “lentitud de la paciencia”, lo que en la humorada de Theotonio dos Santos adquiere este gracioso aforismo: la inútil e irresoluble discusión de los que dicen “avanzar para consolidar” y de aquellos otros que prefieren “consolidar para avanzar”. Pero Lula cuestiona la aceitosa cotidianidad fáctica del Estado y en contraposición alienta el procedimiento de la “larga obstinación” como categoría casi decisionista.

En su respuesta al agudo cuestionamiento de Marilena Chauí –la filósofa brasileña que se halla preparando su segundo gran volumen, esta vez más ensayístico que el anterior, sobre la obra de Spinoza–, Lula había respondido repentinamente que “el sujeto es el Estado”. Sucede que esta filósofa hizo un alegato vehemente bajo la forma de incisivas preguntas, en torno de la noción de desarrollo y de sujeto de la historia, concluyendo su intervención con una crítica a la “teoría de la información”, un nuevo deconstruccionismo conservador que a todo –las estrellas, el hígado, el arte de la encuadernación, la política, etc.,– considera emitiendo signos “informacionales”. De ahí la pregunta sobre cuál es hoy el sujeto de la historia, al margen de los modelos estructural-desarrollistas que culminan en una sospechosa “sociedad del conocimiento”.

Lula no se intimida ante tales desafíos, sentado las ocho horas que duró la reunión, enfundado en su camperita con la insignia de la Confederación Brasileña de Deportes, y con una libretita de apuntes, incorporando temas, matizando respuestas enfáticas, en las que habita “el viejo Lula” con toques de la cauta sabiduría del nuevo Lula, que anunció haber superado enteramente su delicado trance de salud. El joven embajador venezolano en Brasil, presente en la reunión, en nombre del vicepresidente Maduro, anunció por su parte una leve mejoría en el estado de Chávez. Hubo un documento de base firmado por Marco Aurelio García, el asesor de relaciones internacionales de la presidencia, cuyo fin era el de analizar el despliegue de las izquierdas latinoamericanas en los últimos diez años. Es un documento sucinto y pleno de interés, poco analizado en la reunión, pero por los temas que plantea –la pregunta por el poscapitalismo– se convierte en una inusual sinopsis de una antigua y renovada discusión.

Hubo voces peruanas, bolivianas, ecuatorianas. El economista argentino Bernardo Kosacoff aportó datos complejos, pequeñas teorías encerradas en una gran dotación de referencias sustantivas de cómo funcionan los grandes aparatos productivos y de circulación de la economía regional; el ex ministro y ex senador chileno Carlos Ominami balanceó su exposición entre su profundo conocimiento de la política chilena desde el ángulo de la experiencia compleja de la izquierda de ese país, con referencias económicas que no pasaban por alto la importancia de la referida y preocupante “Alianza del Pacífico”.

Ser testigo y modesto participante de esa reunión del Instituto Lula resultó, pues, reconfortante. El ex presidente paraguayo de Itaipú Binacional citó al olvidado trabajo de Varsavsky, Estilos tecnológicos; el senador uruguayo Curiel intervino en desenfadado estilo que no le reduce agudeza. Todo permitió comprobar la vivacidad de la vida intelectual latinoamericana que explora caminos de transformación en medio de la tormenta, aunque nunca falta el ministro –como en este caso, el sutil Celso Amorim–, que proteste por la calificación de intelectual. La siente excesiva para un funcionario –dijo– que sólo exhibe su fuerte experiencia. ¿Pero cómo llamarla a esa misma experiencia, expuesta acabadamente por ese mismo ministro, sino una condensación de muchas décadas de debate intelectual en nuestros países? Nadie disimuló problemas, ni pareció predominar el rodeo al que obligan las jergas funcionariales. Se habló con plenitud, preocupación y moderado entusiasmo. Emir Sader, ex presidente de Clacso, festejó que alguien de origen obrero haya citado la reunión. Lula, imperturbable, escuchaba las numerosas referencias a su nombre como si se tratase de otra persona, un ente simbólico que con esa denominación arquetípica hubiese sido amasado por las heterogéneas arenas culturales de Brasil. “Siempre se está aprendiendo”, dijo. Y comparó su caso al del ex presidente Kirchner. Se inicia la tarea desde el asombro del aprendiz, y luego aparece el mundo con su drástico rostro desafiante.

Página/12 :: El país :: Lula, el anfitrión de un debate sin tabúes

18/12/2012

“La izquierda ha desaparecido”

Filed under: Esquerda — Gilmar Crestani @ 8:34 am

A esquerda, quando desaparece por conta próprio, é dizimada por ditaduras e pelos grupos mafiomidiáticos.

“La izquierda ha desaparecido”

Manuel Castells analiza las protestas que han sacudido Europa y el mundo árabe

El sociólogo publica su último libro, ‘Redes de indignación y esperanza’

Francesc Arroyo Barcelona17 DIC 2012 – 20:20 CET33

ampliar foto

El catedrático de Sociología Manuel Castells. / MASSIMILIANO MINOCRI

De la indignación a la esperanza es el camino descrito por el sociólogo Manuel Castells (Hellín, Albacete, 1942) en los movimientos de protesta que han sacudido los países árabes y Occidente, con especial presencia en España. Un movimiento que se gesta en las redes informáticas y cuaja en los espacios urbanos ocupados: desde la Puerta del Sol o la plaza de Tahrir hasta Wall Street. Castells, catedrático en la Universidad del Sur de California, ve ahí el germen del cambio hacia formas de democracia más participativas. Lo explica en su última obra Redes de indignación y esperanza (Alianza).

Pregunta. Haga balance del movimiento de los indignados.

Respuesta. Va por países. En Islandia se nacionalizaron los bancos, se echó a los dos partidos que la gobernaban desde 1927, se creó un nuevo Gobierno con democracia participativa, se elaboró una nueva Constitución debatida por Internet con miles de ciudadanos interviniendo. Fue una revolución, pacífica, pero una revolución. En algunos países árabes se acabaron las dictaduras. Se puede pensar si el islamismo gusta más o menos, pero es otra cosa. Dictaduras inalteradas durante décadas se acabaron en semanas. En Túnez. En Egipto. En otros casos, los gobernantes avisados convirtieron las revueltas en guerra civil. En EE UU la distinción entre ricos y pobres era ajena a la cultura americana y ahora es un asunto vivo y ha tenido un efecto electoral de segundo grado en la campaña, a favor de Obama.

Existe un espacio de comunicación, la Red, en el que los jóvenes viven”

P. ¿En España?

R. España es el país de Europa donde el sistema político ha mostrado menos sensibilidad ante la protesta, y con los dos grandes partidos de acuerdo en ignorarla. El caso más dramático es el de las hipotecas. Los suicidios han disparado la alarma social, pero hace más de un año y medio que viene planteándose sin respuesta. La opinión pública ha registrado las críticas del 15-M. Las encuestas señalan un 70% de apoyo, pero también registran que apenas se cree que haya capacidad de cambio. Ha cambiado la conciencia de la gente, pero el sistema político se mantiene impermeable. Y esto puede degenerar en enfrentamientos y en violencia.

P. Una violencia que el movimiento rechaza de plano.

R. Con una sociedad movilizada, indignada, sin respuesta institucional creíble, es difícil evitar la violencia. Espero que no la haya y mucha gente del 15-M lo espera también.

P. Usted señala que parte de la desconfianza hacia los partidos se debe a que son percibidos como subordinados al capitalismo financiero. Pero anota que no hay un rechazo del capitalismo.

R. Dentro del movimiento hay una tendencia que es anticapitalista, pero no todo el movimiento lo es. Lo que se rechaza es el sistema financiero como funciona ahora. Su indignidad e inmoralidad. Y también la subordinación de las instituciones y los partidos. El movimiento parte del malestar económico y social, pero es sobre todo un movimiento político que exige la democracia real. Ha hecho varias propuestas razonables de democratización del sistema electoral porque la sociedad ha cambiado, pero el sistema político no cambia. Ha generado más debate y ha creado más conciencia política que los partidos en los últimos 20 años. Ya se traducirá en votos. El problema es que ninguna de las propuestas políticas refleja hoy esta nueva sensibilidad.

P. De modo que, cuando hay elecciones, vencen las formaciones que defienden lo contrario.

R. Es que la izquierda ha desaparecido. Hoy, en términos políticos, estamos en un periodo constituyente. No desaparecen los partidos conservadores, pero la izquierda está en crisis, pese a que hay un espacio de centroizquierda que no se llena porque la ley electoral funciona como mecanismo de bloqueo. Los partidos españoles se sienten acosados, creen que si se abren desaparecen. Y tienen razón, sobre todo, la izquierda. Y eso es dramático.

P. El movimiento se comunica a través de las redes, como antes los obreros se veían en la fábrica.

R. Todos los movimientos sociales nacen de la comunicación. El individuo aislado con su enfado no tiene fuerza. Puede suicidarse. Los suicidios son lo que precede a las revoluciones islámicas. La gente pasa de la humillación a la autodestrucción. La suerte es que existe un espacio de comunicación, Internet, en el que muchos jóvenes viven. La gente se organiza donde vive. Los obreros se comunicaron en las fábricas, los jóvenes de hoy lo hacen en Internet, pero es vital que luego ocupen el espacio público. Al ocupar un espacio público, la gente se da cuenta de que existe y de que puede imponer su derecho a la ciudad por encima de las reglas de tráfico. Lo que produce los cambios históricos es la combinación de un espacio de comunicación, un espacio de reunión, un espacio de incidencia política. Son viejas libertades (de reunión, de expresión) traducidas a la era digital. Los movimientos nacen en la Red y se organizan en el espacio urbano. Y como la ocupación del espacio urbano no se puede eternizar (a veces de eso se encarga la policía) se repliegan en la Red, pero no desaparecen.

P. Una comunicación a la que el poder combate con la coacción y la manipulación.

R. La dominación perfecta es la que no se siente. Puede ser por adhesión a los valores dominantes o por resignación y ahí los procesos de persuasión son fundamentales. Cuando fallan, se recurre a la coerción, pero los mejores sistemas de control son los que no necesitan del uso de la policía.

P. Resalta usted el papel de las emociones, del miedo que paraliza o la esperanza que estimula.

R. La primera emoción que aparece es la indignación. El miedo atenaza a la gente. Miedo a perder lo poco que le queda. El miedo y la resignación paralizan a la gente. Esto salta cuando no se puede más. En ese momento se supera el miedo. La esperanza llega cuando superas el miedo y encuentras en las redes, en la calle, mucha gente que está como tú. Ese es el paso del miedo a la esperanza. No se producen efectos a corto plazo, pero aun así la gente se siente mejor protestando que quedándose en casa.

“La izquierda ha desaparecido” | Cultura | EL PAÍS

24/11/2012

Conservadores e liberais (com o dos outros)

Filed under: Direita,Economia,Esquerda — Gilmar Crestani @ 7:11 am

ANDRÉ SINGER

O lugar da diferença

Para quem julga a política pela aparência, é recorrente a impressão de que os dois partidos dominantes, PT e PSDB, tornaram-se quase a mesma coisa. Com o PMDB aliado ora a um ora a outro, reforça-se o sentimento de geleia geral. Mas basta olhar para a economia, em que com frequência opções relevantes são tomadas, e se verifica o contrário.

Daqui em diante, o cruzamento de duas tendências de médio prazo tornará a distinção ainda mais nítida. A continuidade da crise mundial dificulta, no Brasil, a mera reprodução do modelo que deu certo entre 2004 e 2010. Em segundo lugar, passados os pleitos municipais, entra-se na fase ascendente do ciclo eleitoral para presidente da República.

A partir de agora, os tambores partidários fazem outra marcação. Um PIB fraco em 2013 pode atrapalhar os planos situacionistas. No segundo semestre de 2014, quando a campanha presidencial estiver em curso, o ritmo do PIB precisa girar rápido, o que implica ter começado a acelerar bem antes.

Para se ter noção de como os estímulos demoram a surtir efeito, nos últimos 15 meses o governo viu-se obrigado a mexer em pontos sensíveis do mecanismo -juros, câmbio e gasto público- para que apenas poucas semanas atrás os números começassem a reagir.

Desde agosto de 2011, quando o Banco Central começou a reduzir a Selic à revelia do mercado, críticos da oposição alertam para o perigo inflacionário. De lá para cá, a pressão da presidente sobre os bancos privados para a diminuição do "spread", a desvalorização da moeda brasileira e o aumento do dispêndio estatal elevaram a temperatura das objeções.

A sugestão de que o trinômio sagrado do liberalismo -metas de inflação, superavit primário e câmbio flutuante- está sendo desmontado por Dilma é estimulada por vozes conservadoras, pois seria o modo de tentar carimbá-la, adiante, como aquela que destruiu o Plano Real.

Na realidade, embora não corresponda a uma troca de modelo, há mudanças em curso. A disputa presente é sobre que grau a inflexão vai atingir. Para que lado penderá o braço de ferro com a finança privada, que até agora cedeu pouco? Será possível desvalorizar a moeda a ponto de a indústria brasileira se tornar competitiva? Terão as obras do PAC o dinheiro que precisam para deslanchar?

Por trás da pauta "técnica" há interesses que dividem a sociedade, cortam os partidos e continuam a influenciar o jogo do poder. Quem não quiser ficar alheio a ele, deveria prestar atenção ao lugar em que as diferenças entre os contendores se expressam.

ANDRÉ SINGER escreve aos sábados nesta coluna.

15/11/2012

Noam Chomsky, la lingüística, la informática y el activismo

Filed under: Esquerda,Noam Chomsky — Gilmar Crestani @ 11:38 am

Por: Año Turing| 15 de noviembre de 2012

FERNANDO CUARTERO

Noam ChomskyNoam Chomsky , nacido en 1928 en Filadelfia, es profesor de lingüística en el MIT, Estados Unidos, y una de las figuras más destacadas de la lingüística del siglo XX, con grandes aportaciones en el campo de la informática. Estudió en Pensilvania, donde se doctoró en 1955 con una tesis sobre el análisis transformacional, tras lo que pasó a integrarse en el equipo docente del MIT.

Entre su contribución científica podemos destacar una aportación fundamental a la lingüística moderna, consistente en la formulación teórica y el desarrollo del concepto de gramática transformacional y generativa. Esta contribución perfeccionó los trabajos de sus maestro, Zellig Harris, creando técnicas para el análisis científico del significado, dando origen a una verdadera revolución en el campo de la lingüística, incorporando el concepto de transformación a la lingüística, apartándose del estructuralismo y del conductismo imperantes hasta entonces.

También se aparta de los métodos descriptivos tradicionales para conseguir que la lingüistica siga rigurosamente el método científico, con teorías y predicciones falsables, mediante la búsqueda de los principios explicativos de su evolución; y que pase a ser una ciencia con objetivos propios, y no meramente una técnica al servicio de otras disciplinas, y para ello parte de las similitudes entre lenguas, más que de las diferencias, centrándose inicialmente en unas pocas lenguas bien conocidas para explicar su funcionamiento.

Como resultado de todo ello, sostiene la existencia de una gramática universal, integrada en el patrimonio genético de los seres humanos, que ya desde su nacimiento disponen de un patrón al que se adaptan las diferentes lenguas existentes, lo que queda evidenciado por el uso corriente del lenguaje y la habilidad con la que los niños aprenden una lengua aún poseyendo una escasa experiencia externa.

En su tesis doctoral desarrolló sus ideas en lingüística, que completó posteriormente en su libro "Estructuras sintácticas", su trabajo más conocido. Sus planteamientos lingüísticos han revolucionado el estudio del lenguaje, que se han visto plasmado en la teoría de la gramática transformacional y generativa, donde sostiene que el análisis estructural se extiende más allá de la oración, creando fórmulas, que denomina transformaciones, para abarcar todas las relaciones sus diferentes tipos.

En cuanto a la relación de ChomskyManual de Fortran con la informática proviene de sus importantes aportaciones a la teoría de autómatas y al estudio de los lenguajes formales. Dichas aportaciones han resultado elementos indispensables para la construcción de compiladores y traductores que puedan servir de intérpretes válidos entre las órdenes que dan los seres humanos y su correcta recepción y aplicación por máquinas automáticas. Puede decirse que el papel desempeñado por Chomsky ha resultado crucial en este importante campo, pues fue imprescindible para dar el siguiente paso tras los primeros computadores, el ENIAC o el propio ACE de Alan Turing, programados directamente en código binario, de forma que a mediados de 1954 su obra ya influyó en la especificación del borrador para el lenguaje Fortran, y en la conocida notación Backus-Naur.

La jerarquía de Chomsky, que estableció en 1956 en su obra "Three models for the description of language" se convirtió en un concepto central en informática. Así, los lenguajes formales(que no admiten excepciones a las reglas) se dividen en cuatro nivelesJerarquía de Chomsky (tres en el estudio original), que son:

  1. Lenguajes regulares.  
  2. Lenguajes libres del contexto.
  3. Lenguajes sensibles al contexto.
  4. Lenguajes recursivamente enumerables.

Esta descripción encaja con los dispositivos automáticos de cómputo entonces existentes. Así, los lenguajes regulares con el autómata finito, los libres del contexto con el autómata dotado de una pila de memoria, mientras que el concepto de lenguaje recursivamente enumerable coincide exactamente con los lenguajes reconocidos por una máquina de Turing. Posteriormente, los lenguajes sensibles al contexto se identificaron con una máquina de Turing con memoria acotada en función del tamaño de la palabra a reconocer. El propio Chomsky realizó la demostración de la equivalencia entre los lenguajes definidos por su gramática general con los lenguajes que pueden ser reconocidos por una máquina de Turing abriendo un nuevo horizonte de estudio no imaginado originalmente por Turing.

Según Chomsky, una gramática formal es una estructura matemática, consistente en un conjunto de reglas que definen la forma de construir  todas y cada una de las cadenas de caracteres que componen un determinado lenguaje, denominadas sentencias, y donde el conjunto de todas las sentencias constituye el lenguaje. Como no se describe el significado de dichas sentencias, sino únicamente su forma, de ahí procede el calificativo de formal. Además de las reglas, la descripción de una gramática formal se completa con dos conjuntos de símbolos, denominados alfabetos, uno, denominado terminal,  de los caracteres que conforman las sentencias propias del lenguaje, y otro, el no terminal, constituido por una serie de símbolos auxiliares usados durante el proceso de cómputo y que no aparecen en las sentencias válidas del lenguaje, sino únicamente durante los pasos intermedios. Para finalizar, también se añade un símbolo no terminal especial, denominado inicial, usualmente denotado por la letra S, que sirve para dar comienzo a la construcción de cualquier sentencia.

Además de por sus contribuciones científicas, tanto referentes a la lingüística como a la informática, Chomsky también es ampliamente conocido por sus tareas de activismo político, desarrolladas principalmente en los Estados Unidos, pero que afectan a casi todos los rincones del planeta.

Este activismo se inició con la movilización popular contra la guerra del Vietnam, durante la cual analizó el papel del mundo académico en la implicación de Estados Unidos en la guerra, destacando el artículo "La responsabilidad de los intelectuales" publicado en 1967. Desde entonces ha sido muy conocido por sus ideas políticas, situadas en una izquierda política de tipo anarquista. Su mayor preocupación se centra en su lucha por superar el déficit democrático existente, tanto en Estados Unidos como en el resto de los países democráticos, y que a su entender se plasma en la enorme distancia existente entre las decisiones políticas y la opinión pública, así como en denunciar las ambiciones imperialistas del gobierno norteamericano en el resto del mundo.

Aún considerándose a sí mismo un anarquista, Chomsky no se opone a la política electoral, y suele proponer, como estrategia, el voto a los demócratas locales si existe riesgo de victoria republicana, mientras que suele apoyar candidaturas más a la izquierda como los verdes, si la victoria o la derrota demócratas son muy probables. En España ha mostrado su fuerte apoyo a los movimientos de indignados surgidos a partir del 15 de mayo de 2011, conocidos como movimiento 15-M, coincidiendo con sus demandas de una auténtica democracia real.

Siendo judío, se define a sí mismo como sionista, pero con un concepto muy peculiar, pues si bien ha declarado su admiración y adhesión al kibbutz como una forma de organización social alternativa, es sumamente crítico con la política israelí, siendo calificado como antisionista, al señalar que desde hace años la maquinaria militar israelí junto a EE.UU. vienen realizando sistemáticamente acciones violentas al margen de las leyes internacionales, llegando a calificar a ambos estados como terroristas.

Jose Saramago. Fuente: Presidencia ArgentinaActualmente  se le considera como una de las principales figuras de la política radical norteamericana, y además, junto a José Saramago, Eduardo Galeano o Leonardo Boff, uno de los referentes de la intelectualidad de la izquierda mundial, si bien en este ámbito, y al contrario de su actividad científica, sus aportaciones no han sido tan relevantes, no pudiendo ser catalogado como un teórico de la política, sino más bien como un científico bien informado que mantiene una actitud muy crítica con el poder.

Eduardo Galeano. Autor: Miguel A. MonjasEn ese sentido, podríamos considerar que su mayor aportación en este terreno ha sido su análisis de los medios de comunicación, donde con carácter general aparecen enfoques sesgados, o incluso directamente engaños, y que existen detrás de su supuesta neutralidad, hasta en los medios más prestigiosos. Es por eso que ha acuñando la frase: "La propaganda es en la democracia lo que la porra en un estado totalitario". En su libro "Los Guardianes de la Libertad: Leonardo Boff. Autor: grau562Propaganda, Desinformación y Consenso en Los Medios de Comunicación de Masas" explora esta situación de manera detallada, siendo un resumen de su contenido las 10 estrategias de la manipulación mediática, redactadas por Sylvain Timsit en 2002, y que compendian el pensamiento de Chomsky.

Así pues, su denuncia de la política exterior de Estados Unidos, las deficiencias democráticas en su funcionamiento interno, y la manipulación de las corporaciones de los medios de comunicación han hecho a este intelectual poner en cuestión los pilares donde descansa el fuerte nacionalismo norteamericano, lo que le ha llevado, a pesar de su gran prestigio internacional, tanto por su actividad científica como por sus ideas políticas, a ser un desconocido en su propio país, ignorado por los grandes medios de carácter general.

Documentos, entrevistas y vídeos sobre Noam Chomsky se pueden encontrar aquí.

Fernando Cuartero es catedrático de la Universidad de Castilla-La Mancha.

Noam Chomsky, la lingüística, la informática y el activismo >> El Año de Turing >> Blogs EL PAÍS

12/10/2012

A direita que não ousa dizer seu nome

Filed under: Direita,Esquerda,Isto é PSDB! — Gilmar Crestani @ 11:27 am

Mas a prática demonstra que o lobo veste pele de cordeiro. Desde queando o PSDB apresentou qualquer projeto que tenha qualquer laivo de Social? Entregar o legado público à iniciativa privada, mesmo quando esta não  tem dinheiro nem capacidade para tocar adiante, inclusive usando dinheiro público para que a privada compre o público, pode ser qualquer coisa, menos de esquerda. Usar o moralismo seletivo é de esquerda ou de direita? Acusar outros de praticarem aborto, por empunharem bandeira anti-aborto, e tendo eles mesmos praticados aborto, é de esquerda ou de direita. Desregulamentar o Estado para que o setor privado possa se apropriar dos serviços sem dar contrapartida é de esquerda ou de direita. Em que o PSDB se difere do DEM? E o DEM é de esquerda ou de direita. Quem chama aposentado de vagabundo, sendo ele mesmo um aposetando, é de esquerda ou de direita? Com que estão os meios mafiomidiáticos que apoiaram a ditadura e com ela se locupletaram? Com o PSDB! Tirar fotos com políticos de esquerda transforma políticos da direita em políticos de esquerda? Organizações norte-americanas financiam políticos de esquerda ou de direita? Ser campeões de Ficha Suja torna um partido de esquerda? Comprar a própria reeleição é prática de esquerda ou de direita? Por que todos os grandes grupos mafiomidiáticos se fazem de porta-voz para defender alguém que demonstrou nenhum compromisso com a transparência das instituições públicas, como foi a escolha de Aristides Junqueira para Engavetador Geral é de esuqerda ou direita? Silas Malafaia é de esquerda ou de direita?

Por qué el PSDB de Cardoso no es de derechas

Por: Juan Arias | 09 de octubre de 2012

Algunos comentaristas se han escandalizado porque he colocado al PSDB (Partido Socialista democrático de Brasil) en el ámbito de la socialdemocracia, es decir, en la linea de la izquierda no marxista.

Llegan a decir que el PSDB es un partido de derechas como por ejemplo el PP español y que yo no conozco la realidad brasileña.

Cardoso
Para que no queden dudas,
quiero recordar que el PSDB, que tuvo entre sus fundadores al sociólogo de fama internacional, Fernando Henrique Cardoso, nació con la vocación de representar en Brasil a la socialdemocracia europea.

Cardoso ha siempre defendido que el PSDB se inspiró en la socialdemocracia nacida trás la crisis del socialismo soviético y él mismo ha sido desde joven un analista del Marx y de Gramsci.

Lo máximo que se podría decir es que se trata de un partido de centro izquierda, en la linea del PSOE español.

Desde su fundación los principios que inspiraron al PSDB, cuya ideología no dista excesivamente de la del Partido de los Trabajadores (PT) de hoy es bien clara. El fundador del PT, el tornero, Lula da Silva, siempre ha sostenido que él no es “ni de izquierdas ni de derechas”, sólo sindicalista.

Los principios que inspiraron el nacimiento del PSDB son los clásicos de una socialdemocracia: una economía de mercado regulada por el estado; una máquina del Estado enjugada; defensa del parlamentarismo y de todas las libertades y un crecimiento económico con distribución de renta y fuertes programas sociales.

El sambenito de partido derechista se lo colgó al PSDB la oposición a causa del proceso de privatizaciones llevado a cabo por Cardoso durante su Presidencia, olvidándose que, gracias por ejemplo a la privatización de los teléfonos, hoy pueden disfrutar de un teléfono hasta los más pobres de las favelas.

Cuando yo llegué a Brasil, hace 12 años, tener un teléfono era de ricos y privilegiados. Yo tuve que pagar por uno entonces mil dólares y me costó tiempo encontrarlo.

Cardoso llevó a cabo ya antes de ser Presidente, como ministro de Economía de Itamar Franco, una de las reformas que prepararon las bases para la prosperidad y crecimiento económico de hoy como fue el Plan Real que acabó con el cáncer que corroía la renta de los más pobres: una inflación de tres ceros. E impuso la Ley de Responsabilidad Fiscal que evitó que municipios y Estados, se desbocaran en sus gastos. Una ley que hoy Europa reconoce que está necesitando.

Lula y cardosoLula y Cardoso jóvenes

Fueron los programas sociales del PSDB como la Bolsa Escola los que prepararon el camino al PT para ampliarlas cuando Lula llegó al poder. Para entonces ya el 92% de los niños frecuentaba la escuela gracias a los programas sociales del PSDB.

Si tan de derechas era y es el PSDB, habría que explicar por qué el gobierno de izquierdas del PT cuando con Lula llegó al poder en 2003, siguió paso a paso el programa económico de Cardoso, dejando incluso al frente del importante puesto del Banco Central al que había sido de Cardoso, a Henrique Meirelles.

Tan cercanos se encuentran el PSDB y el PT que cuando ganó Cardoso las elecciones ofreció a Lula una colaboración con su partido para continuar juntos las reformas económicas y sociales en curso. Y volvió a proponerlo cuando Lula llegó al poder. Y no pocos analistas políticos ven en el futuro un gobierno conjunto de ambos partidos socialdemócratas progresistas y de izquierda liberal.

La Presidenta Dilma Rousseff sorprendió hasta a su mismo partido cuando el año pasado al cumplir Cardoso sus 80 años le envió una carta personal que quiso hacer pública en la que dice admirarlo por haber sido “El ministro artífice de un plano duradero de la salida de la hiperinflación y el Presidente que contribuyó a la consolidación de la estabilidad económica del país”.

Dilma alabó también en su carta, “Su fe en el diálogo como fuerza motriz de la democracia brasileña”. Y por fin hace explícita su admiración " por su apertura a la confrontación franca y respetuosa de las ideas”.

Y nadie podrá negar que Dilma fue siempre de izquierdas hasta el punto de haber sido encarcelada y torturada por los militares durante la dictadura por defender entonces ya sus ideas incluso de la izquierda marxista.

¿Haría nunca la exguerrillera, un elogio así a un sujeto de derechas?
Esa es la realidad. El resto es retórica política.

Dilma y Cardoso (5)

Vientos de Brasil por Juan Arias >> Blogs Internacional EL PAÍS

11/10/2012

As chaves do Hugo

Filed under: Eleições,Esquerda,Hugo Chávez,Venezuela — Gilmar Crestani @ 8:39 am

 

A MÃO ESTENDIDA DE CHAVEZ

“Pode não ser para amanhã – dizia o professor Afonso Arinos, quando presidia à Comissão de Estudos Constitucionais, em 1986 -, mas o mundo caminha para a esquerda”. A vitória de Chávez na Venezuela, e os resultados eleitorais  no Brasil,  parecem dar razão ao intelectual e político mineiro que, a partir de certo trecho da vida, abandonou a visão conservadora do mundo. Uma frase definidora de sua revisão ideológica foi a de que as favelas de nosso tempo são as senzalas do passado.

                           A política não se faz aos pulos, da mesma maneira que natura non facit saltus: para chegar à esquerda, é preciso passar pelo centro. Chávez jamais escondeu seus projetos e suas idéias. É provável que, se estivesse vivo, Bolívar –  grande herói da independência hispano-americana e paladino da ascensão dos mestiços ao poder – não comungasse dos mesmos ideais socialistas do líder de hoje. Uma coisa era o mundo de 1810, outra o mundo de nossos dias. Como sabemos, Marx nasceu em 1818. Alem disso, Chávez não é rigorosamente um marxista e tampouco pode ser identificado como intelectual. Ele, como Lula e, bem antes, Josip Tito, são homens do povo, conduzidos pela consciência de classe, diante do sofrimento e da injustiça.

               O processo eleitoral da Venezuela é o mais fiscalizado do mundo. Os próprios norte-americanos, que gostariam de ver Chávez longe do poder, e que enviam regularmente seus observadores quando há eleições no país, são forçados a reconhecer a lisura do sistema. Chávez, apesar de seus arroubos oratórios, que se inspiram na particular visão do mundo dos mestiços andinos, é um homem lúcido. A enfermidade deve tê-lo feito refletir sobre a sua responsabilidade diante do futuro, e na necessidade de não legar aos pósteros uma nação dividida em duas facções.

       Em razão disso, tomou uma atitude inusitada: em lugar de esperar que o vencido, Capriles, o cumprimentasse pela vitória, telefonou para o adversário, com quem manteve uma conversação amistosa, e, em seguida, estendeu sua mão à oposição, propondo o entendimento para vencer as dificuldades do país.

      Chávez, como reiterou, não renunciou ao projeto de “socialismo bolivariano”, mas tampouco demonstrou pressa em implantá-lo. Ele está profundamente preocupado com a espiral da violência em seu país, e sabe que é preciso mobilizar toda a sociedade, a fim de evitar a mexicanização da Venezuela. É a mesma preocupação que parece mover o Presidente Juan Manuel Santos, da Colômbia, na busca do entendimento com as Farc. Essa é a plataforma para a civilidade do debate político.

      Em nosso país, pelo menos até agora, a direita recuou em várias regiões. Não é exagero concluir que o eleitorado deu um passo em direção à esquerda. É essa consciência do possível, diante da ameaça de que a criminalidade organizada ocupe o Estado, que parece despertar em nosso continente.

Mauro Santayana

23/04/2012

El 57% de los brasileños prefiere a Lula que a Dilma Rousseff como presidente

Filed under: Dilma,Esquerda,Lula — Gilmar Crestani @ 7:55 am

Tanto mais se sabe da direita, mas se quer a esquerda. Simples assim. Aliás, é por isso que a direita não quer a Comissão da Verdade. Não quer que sabemos. Ou acha que não sabemos o suficiente, ou se soubermos mais, pior fica para eles. Quanto mais alto berra a Veja, manipula a Globo, ou mente a Folha de São Paulo, mais Demóstenes Torres se criam à sobra de Carlinhos Cachoeiras. O Estadão é um órgão tipicamente de direita: vê tudo, e tudo denuncia como anacrônico. Agora, há algo mais anacrônico do que ter um diretor de redação que assedia moral e sexualmente e não finge não saber de nada. Se o Estadão fizesse o que exige dos outros, Pimenta Neves não teria assassinado Sandra Gomide! A RBS vive de escrever editorias contra os movimentos sociais e de perseguir a esquerda. Talvez por isso não via no seio da família os movimentos de um estuprador, que ameaçava comer até a mãe. Estes são os moralistas que querem ensinar bons modos à esquerda. Taí o resultado!

Un sondeo indica que pese al prestigio de la gobernante muchos añoran a Lula

Un 57% de los encuestados querría la vuelta de su mentor en las elecciones de 2014

Juan Arias Río de Janeiro 22 ABR 2012 – 23:47 CET8

Lula besa a Rousseff tras ganar ella las elecciones de Brasil en 2010. / GOB. DE BRASIL

El Instituto Datafolha ha publicado un sondeo que ha sorprendido a la opinión pública brasileña. Según los resultados de la encuesta, realizada en todo el territorio, a pesar de que la presidenta Dilma Rousseff presenta al año y medio de Gobierno un consenso popular mayor que el que tenía su antecesor y mentor político, Luiz Inácio Lula da Silva, en dicho periodo el 57% de los brasileños prefiere que Lula vuelva la jefatura del Estado y que se presente como candidato a la presidencia en 2014.

Solo el 32% prefiere a Dilma y un 6% preferiría a un tercero sin determinar. Sin embargo, el 64% de los brasileños considera el Gobierno de Dilma como bueno u óptimo y solo un 29% lo considera regular. Paradójicamente, en el mismo periodo de mandato Lula tenía solamente el 38% de consenso.

Los analistas consideran que la figura de Lula ha trascendido de la política a la mitología popular

Rousseff aúna más consenso entre la población de renta elevada -con un 48% frente a un 45% del expresidente-, aunque la aprobación de la presidenta también ha crecido últimamente (17 puntos) entre las clases más desfavorecidas.

Los analistas explican esta anomalía de una presidenta con un respaldo civil récord pero con menos tirón que su antecesor. La mayoría de los ciudadanos prefiere que Lula vuelva a la presidencia porque el expresidente ya es más que un político, de acuerdo con la interpretación de los analistas brasileiros.

Lula, el sindicalista que llegó a presidente, el carismático exlíder que se recupera con éxito de un cáncer, se ha convertido en un mito que resiste a pesar de todas las críticas que se le han hecho por haber dejado a su sucesora un legado negativo en su Ejecutivo, del que ha tenido que expulsar a ocho ministros -seis por corrupción, la mayoría heredados del Gobierno de Lula-.

La presidente batalla con lo peor del legado de su carismático antecesor, la corrupción en los ministerios

Y como afirman los psicólogos, los mitos no se discuten, no mueren nunca. Al mismo tiempo, y a pesar del sondeo, los analistas políticos ven muy difícil que Lula pueda volver a presentarse, sobre todo si para 2014 la economía brasileña sigue bien y Rousseff continúa con ese consenso récord tras haber conquistado a la clase media que no la había votado, sin perder al tiempo el apoyo de los más pobres. Hoy más de la mitad de los brasileños cree que la economía mejorará. Y ello fortalece aún más a la presidenta.

El 57% de los brasileños prefiere a Lula que a Dilma Rousseff como presidente | Internacional | EL PAÍS

12/04/2012

Requião: Esquerda brasileira foi abduzida pelo pragmatismo

Filed under: Esquerda,PT,Roberto Requião — Gilmar Crestani @ 10:42 pm

Vendo os governos de Dilma e Tarso, não há como não dar razão à Requião. São pragmáticos, pensando em si, mas não são de esquerda. Esquerda foi Olívio, por isso foi perseguido. Tarso, não. É mais do mesmo. No máximo, se compara a Rigotto. Não tem culhões para enfrentar os verdadeiros energúmenos deste Estado. Pelo contrário, prefere almoçar com eles. Mas ele deve saber que quem cria cuervos

Requião: Esquerda brasileira foi abduzida pelo pragmatismo

Discurso do senador Roberto Requião (PMDB/PR) feito no dia 30/03/2012 no Senado da República

(via e-mail)

Senhoras e senhores senadores.

Faz quase um ano que morreu, em Paris, o militante e escritor espanhol Jorge Semprún.  Ele foi um dos intelectuais e dirigentes políticos mais fascinantes do século passado e início deste. Lutou na Guerra Civil Espanhola, contra os fascistas; participou da Resistência Francesa, contra o nazismo; conheceu os horrores dos campos de concentração de Hitler, ao ficar preso em Buchenwald. E, por muitos anos, correndo o risco da prisão, tortura e morte foi o principal dirigente clandestino do Partido Comunista na Espanha ditatorial do generalíssimo Franco.

Quando já estava no fim da vida, perguntam a Semprún se arrependia de alguma coisa.

Ele mesmo formula a pergunta e responde:

“Arrependo-me e renego ter sido militante do comunismo estalinista? Não. Creio que naquele momento havia uma justificativa para tal”.

“Arrependo-me de não haver saído do Partido Comunistas em 1956, ano dos movimentos anti-estalinistas populares na Polônia e na Hungria? Não. Porque sou espanhol. Se fosse francês, teria sido o momento de romper. Mas na Espanha, quaisquer que fossem os crimes de Stalin, lutar com o Partido Comunista contra  Franco valia a pena”.

Por fim, querem saber se a palavra-de-ordem “o bem é roubar o pão e reparti-lo bem”, usada pelos prisioneiros de Buchenwald ,continuava válida. Ele responde. “Não. Essa fórmula não a repetiria hoje. No entanto, o bem, desde sempre, é repartir. E é possível repartir melhor. O absurdo da situação é que se pode repartir melhor”. E não se faz.

Essas reflexões finais de Jorge Semprún deveriam dar o que pensar a todos os que se dizem de esquerda em nosso país, especialmente ao partido que, com frequência, reivindica, se não o monopólio, pelos menos a co-autoria da posição.

Sou um homem de esquerda. A vida toda fui um homem de esquerda. Politicamente, nasci na esquerda. E se fosse o caso de alguma confissão, também diria que não me arrependo de, por cinco vezes, ter votado no candidato do Partido dos Trabalhadores à Presidência da República. Votado e feito campanha, porque em cada uma daquelas eleições era o que havia a fazer.

Em que pesem os Paloccis, os Meirelles, a política econômica conservadora, o caixa dois, também carinhosamente chamado de “mensalão”, não me arrependo.

Era o que havia a fazer naquele momento. Mesmo que divergisse, era o que havia a fazer.

Hoje, é outra coisa que devo fazer. Agora, devo cobrar, duvidar, criticar, desconfiar. E, com frequência, votar contra.

O meu respeito à presidenta Dilma está acima de qualquer dúvida. E é por isso mesmo que tenho questionado o PT. Abertamente e, às vezes, desabridamente. Houve um tempo em que, para não dar argumento à direita, evitei criticar o PT. Aquela história de não dar armas ao dito “inimigo de classe”.

Leandro Konder, no seu livro sobre Walter Benjamin, falando sobre o processo de descaracterização dos partidos de esquerda, nas primeiras décadas do século 20, capturados pelo reformismo, pelo economicismo e pelo pragmatismo, observa: “Quando a esquerda evita falar sobre os seus próprios erros e se recusa a discuti-los à luz do dia, ela não está, afinal, se protegendo da direita: está protegendo o conservadorismo que conseguiu se infiltrar no interior dela mesmo”.

Alguém tem dúvida de que a citação ajusta-se com perfeição à esquerda brasileira hoje, especialmente à esquerda acantonada no Partido dos Trabalhadores? Ou no PCdoB? Ou mesmo em meu partido, essa frente heterogênea chamada PMDB?

Não há dúvida – e alguns acham isso uma virtude — que a esquerda brasileira foi abduzida também pelo economicismo,  pelo pragmatismo, pelo determinismo. Não digo pelo reformismo porque ela é, há muito tempo, essencialmente reformista, tendo abandonado qualquer veleidade revolucionária.

Aqui cabe muito bem outra referência ao livro de Leandro Konder. Falando sobre a transformação que sofreram os socialistas no início do século passado, ele diz que a esquerda européia era cada vez mais levada “a pensar em termos empíricos ou pragmáticos, abandonando a dimensão filosófica – inquietante e radical — da reflexão de Marx”.

Novamente o nosso retrato em branco e preto. Empíricos e pragmáticos, cortamos laços com a idéia de transformação da sociedade brasileira que, em um dia tão distante, cultivamos.

Quando falo, citando o escritor, em dimensão filosófica inquietante e radical, não estou propondo a ninguém pegar em armas. Quando falo em revolução, não estou concitando ninguém ao levante. A direita, pródiga em mistificações, buscou sempre associar revolução à luta armada, à violência, mediocrizando, circunstanciando a idéia de transformação, de mudança da sociedade.

Foram-se os tempos dos grandes debates, do terçar de idéias, da esgrima filosófica. A Grande Política vê-se confinada aos livros, presa às letras ou arquivada na alma e na memória de algumas pessoas.

A Grande Política foi escorraçada do Parlamento, corrida dos sindicatos, anatematizada pela mídia, apequenada pela academia, distanciada pela juventude. E parece sobreviver quase que apenas nos debates na internet.

Estamos vivendo aqueles tempos tediosos de que falava Marx, tempos em que dias parecem condicionar séculos, arrastando-se monotonamente, mediocremente.

Nada de notável acontece. Tempos em que, para alguns, cessam todas as dúvidas porque a história acabou, porque a luta de classes acabou, porque todas as contradições acomodaram-se com o triunfo final do capitalismo. Tempos, para outros, de angústia, de pessimismo, desanimadores.

Tomás de Aquino, na alta Idade Média, olha para o mundo e lhe parece que tudo está resolvido. As heresias, sufocadas, as ilusões de um cristianismo popular, desfeitas, igreja e estado cabeças duplicadas em um mesmo corpo. E o doutor da Igreja não resiste em proclamar que a humanidade — a que se acantonava na Europa Ocidental diga-se –  chegara aos seus dias de glória, de máximo fulgor e progresso. Daí às excelsitudes celestiais, um Padre Nosso e uma Ave Maria.

Essa tentação de decretar o fim da história, de considerar esgotada a capacidade do homem de criar e avançar é recorrente. Tentações à esquerda e à direita.

A que não resistiram os sucessores de Stalin, ao proclamarem a União Soviética como o Estado de todo o povo e o Partido Comunista, como partido de todo o povo, imaginando vencidas as contradições de classe, em conseqüência, a luta de classes, naquele imenso naco do planeta.

Terrível engano, com trágicas conseqüências, como se viu. Como se vive.

Mutatis mutantis, do outro lado do muro desmoronado, Reagan e Thatcher, orquestrando patéticos presidentes latino-americanos e caricatos dirigentes do leste europeu cultivaram a mesma ilusão e festejaram o triunfo final e perpétuo do capitalismo.

Foram poucos, são muito poucos os que não aceitam o fim das contradições de classe. Que não aceitam o fim das ideologias. Que não aceitam essa simplicidade rasa, fronteiriça que decreta a morte do conceito de esquerda e direita.

Um parêntesis. Dias desses, um notório torturador, assassino de não sei quantos militantes à época da ditadura militar, disse que se opunha à Comissão da Verdade,  porque cessara a luta entre esquerda e direita, que a Guerra Fria fora-se, que o país vive uma democracia e somos todos democratas, indistintamente.

Já perto da morte, tomado pelo câncer, François Mitterrand, depois de 14 anos na presidência da França e duas coabitações com primeiros ministros conservadores,  e sob pressão cada vez mais intensa do avanço neoliberal, adverte a esquerda e tenta desiludi-la quanto aos compromissos democráticos da direita. Dizia ele que a direita sempre considerou o poder propriedade sua, um direito natural e que a eventual ascensão da esquerda era uma usurpação desse direito. Logo, se a esquerda, ocasionalmente, ascender ao poder, a direita vai exigir dela que cumpra o seu programa, o programa da direita, porque só ele tem legitimidade.

Fiz essa longa digressão, para confessar o meu desencanto com a política brasileira, com os dias que correm.  Com a geléia geral em que se transformou o Senado, com a atuação do PT, do PCdoB, do PSB e do PDT. Partidos, em hipótese, de esquerda, que deram uma clara demonstração de renúncia a princípios que, em hipótese, supostamente, não decorreram três dias.

Requião: Esquerda brasileira foi abduzida pelo pragmatismo | Viomundo – O que você não vê na mídia

03/04/2012

A França se curva

Filed under: América Latina,Crise Financeira Européia,Esquerda — Gilmar Crestani @ 8:40 am

Até que enfim a esquerda europeia mostra um pouco de visão. A crise que eles enfrentam tem muito a ver com a esquerda. Na Itália, Máximo D’Alema fez um péssimo governo, a tal ponto que quando Berlusconi tomou o poder lá ficou por mais de 20 anos. Lionel Jospin não fez melhor na França.  E Zapatero enterrou a Espanha adotando políticas neoliberais. Três patetas que se diziam de esquerda com políticas de direita, como os três patetas latinos: Fujimori, Menem & FHC. Para fazer igual à direita, nada melhor do que a própria direita. Por isso a Itália optou por Berlusconi; a França, por Sarkozy e a Espanha, por Mariano Rajoy.

“En el proyecto de la revolución ciudadana hay una ruptura teórica de fondo con la socialdemocracia”, dijo el candidato del Frente de Izquierda.

Imagen: EFE

“Tomé mis modelos en América latina”

El poco más de 15 por ciento de intención de voto hizo de Mélenchon “el tercer hombre” que desplazó a la hija de Le Pen. Afirma que extrajo de los Kirchner la forma de enfrentar el sistema de medios y de la crisis argentina, la consigna “que se vayan todos” de 2001.

Por Eduardo Febbro

Desde París

Son las 10 de la mañana de un miércoles primaveral. La sede de campaña del candidato del Frente de Izquierda, Jean-Luc Mélenchon, está en un suburbio popular del norte de París y lleva muy bien su apodo: “La Fábrica”. Un gran galpón donde alguna vez hubo una fábrica de zapatos, ahora reacondicionado para estos días de batalla electoral. El sol está afuera y adentro de este amplio local donde no se respira la puesta escena sino la vida misma: humilde, sana, problemática, solidaria, trabajadora, humana. El sol llega con los sondeos de opinión que han puesto ahora al movimiento que lidera Mélenchon en el tercer lugar de las intenciones de voto para las elecciones presidenciales del próximo 22 de abril y 6 de mayo: el poco más de 15 por ciento hizo de Mélenchon “el tercer hombre” que desplazó del trono a la extrema derecha del Frente Nacional y se colocó detrás del presidente Nicolas Sarkozy y del candidato socialista François Hollande. La Fábrica vive una jornada especial. Uno tras otro, los obreros exponen sus problemas, la confrontación con el patronato, las consecuencias de las deslocalizaciones, el desperdicio de los recursos, la destrucción ecológica, el costo inhumano de las reorganizaciones industriales, los errores monumentales de gestión, las ideas concretas para salvar una fábrica y, con ella, cientos de empleos. Los obreros de la CGT, micrófono en mano, presentan la historia que los medios ocultan con un empeño perverso. Jean-Luc Mélenchon los escucha, toma notas, pregunta, pide aclaraciones.

Con el correr de las semanas, esa práctica de cercanía tejió una historia increíble para un movimiento político apenas fundado y en cuyo seno cohabitan comunistas del PC, izquierda radical y antiliberal, socialistas disidentes y ecologistas duros. La mayoría de estos partidos estuvo a punto de salir de la historia. Ahora están aunados en torno de un proyecto que los federó y con ello hizo realidad uno de los sueños más inalcanzables de las izquierdas mundiales: pactar un consenso orgánico por encima de las querellas asesinas que los dispersaron. En 2009, el Frente de Izquierda ganó cinco europarlamentarios en las elecciones europeas. El abanico se amplió de manera espectacular con las elecciones presidenciales. Tanto que, durante el meeting que el Frente de Izquierda realizó en la Plaza de la Bastilla hace dos semanas, Jean-Luc Mélenchon no pudo terminar su discurso porque lo embargó la emoción. El militante de las corrientes minoritarias tenía enfrente a 120 mil personas en la plaza más emblemática de la historia de la Humanidad. El proyecto político del Frente de Izquierda es mucho más que una máquina antiliberal. El Frente incorporó la ecología política en su programa y, con ese aporte, se diseñó un proyecto de sociedad novedoso, que contrasta con la pasividad de la socialdemocracia y el encierro en el que cayeron los partidos ecologistas tradicionales. No basta ser antiliberal para plantear un modelo de sociedad distinto. En esta entrevista exclusiva con Página/12, Jean-Luc Mélenchon, el hombre milagro de la izquierda radical, revela sus modelos y el corazón de una propuesta que, de una u otra forma, cambiará las alianzas y la filosofía políticas futuras de los partidos de izquierda.

–¿Cuál es la fórmula para unir tantas corrientes distintas y a menudo antagónicas dentro de un mismo movimiento? Usted unió lo que estaba disperso y, encima, el éxito acompaña esta estrategia.

–Todo lo nuestro es nuevo: el Partido de Izquierda es nuevo, cumplimos cuatro años el próximo mes de noviembre, el Frente de izquierda también es nuevo. Nosotros acabamos de salir de las catacumbas, somos una corriente que estuvo a punto de desaparecer del paisaje político. En realidad he tomado mis modelos en América latina, me he inspirado en lo que pasó allí. Por ejemplo, el Frente de Izquierda es una fórmula política que liga a partidos muy diferentes. Ahora tenemos hasta ecologistas oriundos de la franja más radical. En el mismo Frente tenemos partidarios del no crecimiento, partidarios del crecimiento y comunistas. Todos llegaron a encontrar cuál era su intersección común. En este caso, el modelo que puedo evocar es el Frente Amplio de Uruguay. Para mí fue una fuente de inspiración, desde hace muchos años. La revolución ciudadana es un proyecto federador porque incluye la idea del poder ciudadano. Esa palabra permitió hacer converger tradiciones revolucionarias muy distintas. Pues bien, esa idea la tomé de Ecuador. La manera de enfrentar el sistema de los medios de comunicación la tomé de Néstor y Cristina Kirchner. Aquí, en Francia, me atribuyeron ese estilo a mi mal humor, a mis dificultades, pero en realidad no es así: ellos me manipulan y yo los manipulo. Ahora los tengo a puro pan seco, igual que hicieron el ex presidente Néstor Kirchner y la presidenta Cristina Kirchner. En suma, me inspiro mucho en la tradición revolucionaria de América latina. Nuestra consigna es: ¡que se vayan todos! Esa consigna la saqué de la crisis argentina de 2001.

–¿Cuál es la clave, la consigna de base del consenso entre tantas izquierdas?

–Diría que si hay una palabra clave es la siguiente: la racionalidad concreta. Mi postulado inicial consiste en decir que no hay ningún problema al que no se le pueda aportar una respuesta técnica, concreta, radical. Se trata de salir de los debates preguntándose cómo se puede superar el marco de la contradicción. Yo les diría a los camaradas que quisieran imitarnos: a veces hay que tomar el viejo vocabulario, ponerlo a un lado, volver a comenzar desde cero como si acabáramos de nacer. A través de las palabras podemos crear una gramática nueva, una síntesis nueva y convergencias extraordinarias.

–Estamos en una época de crisis global y profunda. Su discurso de ruptura ha encontrado un eco enorme en el electorado. ¿Qué tipo de socialismo o de planteamiento de izquierda se puede formular dentro de movimientos de sensibilidades similares, pero enfrentadas para controlar la crisis y cambiar el sistema?

–En la época de la crisis argentina, tuve una discusión con unos camaradas que habían ocupado un hotel en Buenos Aires. Tuvimos una discusión sobre el tipo de socialismo que era necesario plasmar a través de las críticas que se podían hacer del modelo venezolano o cubano. El camarada que estaba ahí nos dijo: “Miren, ustedes, los europeos, son muy interesantes para las polémicas, pero están en crisis. La última vez que hubo una crisis desencadenaron una Guerra Mundial y la Shoá para salir de la crisis. ¿Qué van a hacer ahora?”. Nos quedamos mudos. Aquel camarada había puesto el dedo en la llaga: la crisis del capitalismo de nuestra época conjuga crisis económica y crisis ecológica, y provoca deflagraciones que son mucho más que esquemas teóricos: son deflagraciones en las cuales la misma humanidad puede abolirse. Es preciso que nuestra izquierda se cure de la manía de las querellas teológicas, de las discusiones aterradoras sin fin. Es preciso tener una práctica racional. En cuanto se presenta una dificultad, se trata de desconstruirla, de desconstruir su contenido y volverlo a construir con los útiles que funcionan. Es imposible separar la práctica del trabajo teórico. Tengo una intuición, una suerte de certeza histórica y política: la clase trabajadora está llena de ideas, de conocimiento, de una mirada de experto. ¡Es una fuente fabulosa! La dialéctica del intercambio nos permite progresar.

–Como lo señaló hace un momento, dentro del Frente de Izquierda están los ecologistas. Pero su presencia no es decorativa, es orgánica. La ecología política es el núcleo del proyecto que usted defiende.

–Al principio no había tomado en cuenta esa dimensión. Tenía una sensibilidad ante el medio ambiente, frente al desperdicio y la contaminación, pero no iba más lejos. En la antigua izquierda éramos capaces de pensar todo, pero nos quedábamos con ángulos muertos. Uno de los ángulos muertos era: ¿cómo vivimos? En la historia del socialismo hay una suerte de obsesión sobre el hombre nuevo. Sin embargo, es una noción tan turbia que al final se vuelve peligrosa. ¿Qué es ese hombre nuevo al que queremos reformatear, a partir de qué? Enseguida vemos aparecer el riesgo totalitario. Ese era un ángulo muerto. El otro estaba en el hecho de que el desarrollo mismo del sistema puede poner en tela de juicio las mismas bases de la existencia del sistema porque agota los recursos y saquea el medio ambiente. Fueron los verdes quienes pusieron ese tema sobre la mesa. Reconozco la deuda intelectual que tengo con ellos. Alguien dijo que la ecología política era el nuevo paradigma organizador de la izquierda, y tiene razón. Me interesé en ese tema y para mí fue un shock intelectual, similar al shock que tuve cuando, en mi juventud, leí el libro de Marx y de Engels, La ideología alemana. Para mí fue una revelación intelectual, una clave de comprensión. Lo mismo me ocurrió con la ecología política. En esa búsqueda volví a Marx a través del recuerdo de una frase en la que él hablaba de la naturaleza y decía que ésta era el cuerpo inorgánico del hombre. Marx describe la relación del ser humano con la naturaleza en una suerte de dialéctica en la que el ser humano es uno de los episodios de la naturaleza y no simplemente una criatura exterior que surge y se plantea la pregunta del control de la naturaleza. Así terminé por formular una síntesis entre la antigua izquierda, de la que yo era un representante, y el nuevo paradigma.

–Esa síntesis condujo luego a la profundización del principio de la planificación ecológica como modelo de gestión.

–Sí. Así surgió la idea de la planificación de la ecología. Con esa planificación se pueden desarrollar las fuerzas productivas y disminuir las huellas ecológicas de la humanidad.

–Su argumento implica que la izquierda dejó de lado la cuestión del medio ambiente, de los recursos naturales, que no integró ese dato fundamental en su proyecto de sociedad.

–El problema de la izquierda consistió en adoptar el principio según el cual los estándares de vida de los ricos eran el buen camino. Por consiguiente, eso es lo que le hacía falta a todo el mundo. Y es a eso a lo que hay que renunciar. La riqueza es sinónimo de irresponsabilidad en lo que atañe a los modos de consumo. Fue un error de la antigua izquierda pensar así. Teníamos una mirada acrítica sobre el consumo. Encima, cuando surgía una mirada crítica, ésta era absurda porque se basaba en principios morales. La ecología política permitió solucionar muchos problemas teóricos. Por ejemplo, toda la idea progresista reposa sobre la igualdad y la similitud de los seres humanos. Aunque eso es una mera idea. Si uno mira alrededor, ve enseguida que los seres humanos no son en nada iguales. Pero nosotros fundamos de manera natural nuestra idea sobre esa igualdad. La Revolución de 1789 dice: los seres humanos nacen y permanecen libres e iguales en derecho. Esa es la razón por la cual en Francia nacieron todas las matrices de los pensamientos totalitarios y racistas. Ellos postularon que no era así, que, por naturaleza, había diferencias, desigualdades, razas. Quienes niegan la desigualdad natural condujeron a todos los regímenes igualitarios a ser totalitarios, porque tuvieron que forzar algo que está ya en la naturaleza. La ecología política resuelve ese obstáculo teórico, cierra la discusión. ¿Por qué? Porque dice que sólo existe un ecosistema compatible con la vida humana. Es decir, todos los seres humanos son semejantes por el hecho de que, si ese ecosistema desaparece, los seres humanos desaparecen todos al mismo tiempo. Somos entonces iguales frente a las obligaciones del ecosistema. Esto quiere decir que si tenemos un solo ecosistema que hace la vida posible, hay entonces un interés humano general. Ese interés humano general es una realidad. De esta manera llegamos a refundar el conjunto de los paradigmas organizadores del pensamiento de izquierda, es decir, el socialismo, el humanismo, las Luces, la República y la democracia.

–En la línea de este pensamiento, usted puso en primer plano a la clase trabajadora como actor ecológico y la idea de la planificación ecológica.

–Desde luego. Son los trabajadores quienes manipulan los productos nocivos. Estos productos les arruinan el primer segmento de la naturaleza que son ellos mismos: los pulmones cuando se respiran porquerías, la fecundidad, etcétera. La clase que está en contacto con la catástrofe ecológica es la clase obrera. La planificación ecológica consiste en organizar la producción, que hoy está pensada a corto plazo. Las empresas están bajo el control de los inversores, de las agencias de calificación, quienes reclaman cuentas cada tres meses. No hay ninguna estrategia a largo plazo. Tornar compatibles los procesos de producción y de intercambios con los imperativos de la ecología requiere tiempo. La planificación consiste en aminorar el tiempo, el cual es una dimensión social y ecológica fundamental. La segunda idea subyacente concierne a la política de la oferta a partir de una pregunta: ¿qué necesitamos? De allí surge otra idea, la del imperativo común; algo común a todas las reflexiones y a toda la producción y los intercambios. Eso es la regla verde, es decir, disminuir la huella ecológica de la producción de una forma seria, metódica y profunda.

–En este contexto, su proyecto de la revolución ciudadana se distancia de los principios de la socialdemocracia ya que, por ejemplo, se inscribe contra el credo del crecimiento como fórmula de progreso.

–En el proyecto de la revolución ciudadana hay, en efecto, una ruptura teórica de fondo con la socialdemocracia. Nosotros no decimos que vamos a repartir el fruto del crecimiento. La socialdemocracia está orgánicamente ligada al productivismo porque declara que el progreso social sólo existe dentro del productivismo. No. Nosotros pensamos lo contrario. Creemos que el progreso económico sólo es posible si hay progreso humano y progreso social. Para nosotros, el progreso humano y social es la condición del desarrollo económico. Estamos en dos visiones diametralmente opuestas. Tenemos que recuperar la audacia de los pioneros, de aquella gente que decía “este mundo es bello, es nuevo”. Tenemos que conocer, descubrir, proteger e impedir el saqueo de los recursos. La tierra es de una gran belleza. Todo no está perdido.

efebbro@pagina12.com.ar

Página/12 :: El mundo :: “Tomé mis modelos en América latina”

31/03/2012

Sexo : eleitores de direita são brochas; de esquerda, ardentes?

Filed under: Direita,Esquerda,Sexo,Sexualidade — Gilmar Crestani @ 7:42 am

 

Sexe : Electeurs de droite mous, électeurs de gauche ardents ?

Le lien entre pratiques sexuelles et opinions politiques a fait l’objet d’une enquête de l’Ifop. Commandée par le magazine de charme Hot Vidéo, elle a été dévoilée ce matin sur les ondes de France Info. La presse, dont Le Parisien, en a largement fait l’écho. Il semblerait, d’après les résultats, que les électeurs de droite et du centre aient une vie sexuelle plus "tranquille" et moins intense que les électeurs de gauche, d’extrême droite, et du reste des Français.

La toute dernière étude de l’Ifop donne un coup de fouet à la campagne présidentielle. L’institut a en effet réalisé une enquête, par le biais d’internet, sur les pratiques sexuelles des Français et leurs orientations politiques. Cette étude, à trois semaines du premier tour des présidentielles, est tout à fait sérieuse. Et contrairement à ce que laisse entendre François Kraus, directeur d’études au département Opinion et Stratégies d’Entreprise de l’Ifop, il ne s’agit pas du premier sondage du genre, un reportage similaire ayant été réalisé il y a une vingtaine d’années (et qui avait d’ailleurs pris en compte les électeurs écologistes, qui sont ici ignorés). Cette année, l’Ifop s’est donc invitée dans la chambre à coucher des électeurs de Nicolas Sarkozy, François Hollande, Marine Le Pen, Jean-Luc Mélenchon, François Bayrou, des abstentionnistes (mais qui ne sont pas plus abstinents que les autres)…
Les questions, sans détour, ont apporté des résultats étonnants. Principal enseignement, le nombre moyen de rapports sexuels mesuré chez les électeurs de Nicolas Sarkozy (6,7 par mois) et de François Bayrou (5,9) est sensiblement plus faible que celui observé chez les électeurs de gauche (7,6), d’extrême gauche (7,7) et d’extrême droite (8). Et les abstentionnistes n’iraient pas « à la pêche à la ligne », comme le disent souvent les commentateurs politiques, mais auraient tendance à rester dans la chambre à coucher : Ils détiennent le record du nombre de galipettes, avec 9,9 rapports moyens mensuels. Concernant le nombre de partenaires déclarés au cours de leur vie, là encore, les sympathisants de l’UMP et du MoDem sont légèrement en dessous de la moyenne générale, qui est de 8.
Et les sympathisants du Front de Gauche et du Front National seraient sur tous les fronts, en déclarant le plus grand nombre de partenaires (respectivement de 9 et de 10). Ce sont également les électeurs de ces deux partis protestataires qui franchissent les dernières barricades, puisque la pratique de la sodomie y est plus répandue que chez les autres Français. Concernant plus spécifiquement les femmes, ce sont les électrices de gauche -rejointes à cette occasion par les électrices de François Bayrou- qui sont les plus adeptes de la fellation, à hauteur de 80%. Ce serait moins du goût des électrices de Nicolas Sarkozy qui se détachent ici du reste des Françaises, ne déclarant cette pratique que pour deux tiers d’entre elles. Concernant les aventures extraconjugales ou échangistes, les électeurs de gauche se montrent, dans leur ensemble, plus enclin à ces « écarts » que le reste des Français, et surtout des abstentionnistes (qui semblent être les plus fidèles).
Pour ce qui est du sentiment d’« insatisfaction sexuelle », il serait particulièrement fort chez les électeurs de Jean-Luc Mélenchon (chez 35% d’entre eux), alors que électeurs de François Hollande sont les moins nombreux à manifester un mécontentement de cet ordre (22%). Les autres Français font ici état d’un sentiment proche de la moyenne (qui est de 26% d’insatisfaction sexuelle). A la lueur des résultats, François Kraus, s’est risqué à une conclusion : « plus les Français partagent des positions politiques progressistes ou radicales, plus ils s’écartent des normes sociales en matière de sexualité ». Mais pour ce qui serait du manque relatif de "vigueur" des sympathisants de droite, l’explication serait entre autre l’âge avancé des électeurs de Nicolas Sarkozy.

Sexe : Electeurs de droite mous, électeurs de gauche ardents ? – CareVox

28/01/2012

Izquierda social e izquierda política

Filed under: Esquerda — Gilmar Crestani @ 8:56 am

Raúl Zibechi

La profundización de las diversas crisis y la emergencia de nuevos movimientos están promoviendo un debate sobre el papel de la izquierda en los cambios posibles y deseables. Muchos apuestan a una profunda renovación o a la unidad como forma de encontrar un norte que permita quebrar la hegemonía del sector financiero.

En general, los debates apuntan al papel de la izquierda política, o sea los partidos que se proclaman de izquierda. Superar las divisiones históricas, supuestamente alimentadas por diferencias ideológicas, sería un paso decisivo para ir más allá de la situación actual. La unidad entre las tres grandes corrientes, socialistas o socialdemócratas, comunistas y anarquistas o radicales, sería un paso imprescindible para que este sector esté en condiciones de jugar un papel decisivo en la superación de la crisis actual.

La experiencia histórica dice, sin embargo, otra cosa. La primera es que los partidos de izquierda no se unen si no existe un poderoso movimiento desde abajo que les imponga una agenda común. Quiero decir que los partidos de izquierda dependen del estado de ánimo y la disposición, para resistir o para acomodarse al sistema, de los trabajadores. Para la gente común los debates ideológicos son cosa de poca importancia.

Las experiencias del Frente Popular en la España republicana, de la Unidad Popular en el Chile de Salvador Allende y del Frente Amplio en Uruguay, indican que es el empuje de los diversos abajos lo que termina por derribar los sectarismos e impone, como mínimo, la unidad de acción. Fue la potencia del movimiento obrero la que decidió a los anarquistas a apoyar en las urnas a los candidatos del Frente Popular, venciendo sus resistencias a lo electoral.

La segunda es que ese 99 por ciento que se supone que somos, frente al uno por ciento que detenta el poder y la riqueza, tiene intereses diversos y, en esta etapa del capitalismo, contradictorios. A grandes rasgos, hay dos abajos, como dicen los zapatistas. Los de más abajo, o los del sótano –indios, afros, inmigrantes, clandestinos e informales–, componen el sector más oprimido y explotado del amplio mundo del trabajo. Ese mundo está integrado básicamente por mujeres y jóvenes pobres, en general de piel oscura, que viven en áreas rurales y en periferias urbanas. Son los más interesados en cambiar el mundo, porque son los que no tienen nada que perder.

El otro abajo es diferente. En 1929 sólo uno por ciento de los estadunidenses tenía acciones que cotizaban en la bolsa de Wall Street. En 1965 ya eran 10 por ciento, y en 1980, 14 por ciento. Pero en 2010 50 por ciento de los estadunidenses eran propietarios de acciones. Con la privatización del sistema de jubilaciones y la creación de los fondos de pensiones, todo un sector de la clase trabajadora quedó engrapado al capital. General Motors y Chrysler fueron salvadas de la quiebra en 2009 por los aportes de los fondos controlados por los sindicatos.

La segunda minera del mundo, la brasileña Vale, rechazada por ambientalistas y sin tierra, es controlada por Previ, fondo de pensiones de los empleados del Banco de Brasil, que tiene junto al BNDES una sólida mayoría en el consejo de administración de la multinacional. Los fondos de pensiones de Brasil tienen inversiones que representan casi 20 por ciento del PIB del país emergente y controlan enormes empresas y grupos económicos. Los fondos son el núcleo de la acumulación de capital y son gestionados por sindicatos, empresas y Estado.

Se trata apenas de dos ejemplos bien distantes para ilustrar el hecho de que la izquierda social, o los movimientos, supuestamente antisistémicos, tienen intereses contradictorios.

La tercera cuestión es que si reconocemos esta diversidad de intereses es para construir estrategias de cambio que estén enraizadas en la realidad y no en declaraciones o ideologías. ¿Cómo unir obreros manuales que ganan una miseria con empleados de cuello blanco que se sienten más cerca del patrón que de sus hermanos de clase?

Los obreros que construyen la gigantesca hidroeléctrica de Belo Monte en Brasil, que será la tercera del mundo, se lanzaron a la huelga en diciembre porque ganan 500 dólares mensuales por 12 horas diarias de trabajo y la comida que les sirven está podrida. Los representantes sindicales fueron hasta la obra para convencer a los obreros de que volvieran al trabajo. Los fondos de pensiones de tres empresas estatales tienen 25 por ciento de las acciones del consorcio que construye Belo Monte.

Los trabajadores de Petrobras, de la Caja Económica Federal y del Banco do Brasil están interesados en el éxito de Belo Monte ya que sus fondos de pensiones, controlados en gran medida por delegados sindicales, repartirán más dinero a costa de la explotación de los obreros, de la naturaleza y de los indígenas que desplaza la hidroeléctrica.

La cuarta es que toda estrategia para cambiar el sistema debe instalarse sólidamente entre aquellos que más sufren este sistema, los del sótano. Pensar en la unidad orgánica de los de abajo es colocar en el timón de mando a los que hablan y negocian mejor, a los que tienen más medios para estar allí donde se toman las decisiones, o sea, el arriba del abajo. Son los que mejor se mueven en las organizaciones formales, las que cuentan con locales amplios y cómodos, funcionarios y medios de comunicación y de transporte.

Los del sótano se reúnen donde pueden. A menudo en la calle, el espacio más democrático, como los Occupy Wall Street, los indignados de Grecia y España, y los rebeldes de El Cairo. No lo hacen en torno a un programa sino a un plan de acción. Y, claro, son desordenados, hablan a la vez y a borbotones.

Las estrategias para cambiar el mundo deben partir, a mi modo de ver, de la creación de espacios para que los diferentes abajos, o izquierdas, se conozcan, encuentren formas de comunicarse y de hacer, y establezcan lazos de confianza. Puede parecer poco, pero el primer paso es comprender que ambos sectores, o trayectorias, nos necesitamos, ya que el enemigo concentra más poder que nunca.

La Jornada: Izquierda social e izquierda política

Próxima Página »

Blog no WordPress.com.

%d blogueiros gostam disto: