Heróis não foram os 300 de Esparta comandados pelo Rei Leônidas que enfrentaram o poderoso exército persa no desfiladeiro das Termópilas. Até porque eles só tinham um escudo numa mão e a espada noutra para enfrentar uma epidemia de imortais. Iguais aos paulistas com dengue, lutaram sem água. Choque de gestão é isso que acontece na gestão da saúde pública em São Paulo, o resto é coisa do PT. 300 casos por 100 mil pessoas só os espartanos e o PSDB conseguem. E viva o partido com os melhores quadros… Se a má gestão tivesse sido coisa isolada, do Alckmin, e estaria desculpado. Mas tem sido rotina por onde passa o PSDB. Foi assim na Paraíba do Cássio Cunha Lima, nas Minas Gerais do Aécio Neves, no RS da Yeda Crusius e agora também no Paraná do Beto Richa.
Não fossem os Fernando Gouveia espalhados pelos grupos mafiomidiáticos e o PSDB já teria sido varrido para o lixo de onde nunca deveria ter saído. Além do Poder Judiciário, segundo Jorge Pozzobom do PSDB gaúcho…
FHC, que é chamado para comentar até pum do Lula, não dá um pio sobre a dengue em São Paulo nem sobre o fascismo policial instalado no Paraná!
Ao invés de enfrentarem a dengue, a Jovem Pan, famosa por seu puxasaquismo do PSDB, associou-se à Globo e demais veículos do Instituto Millenium para venderem a ideia de caos no Brasil durante a Copa. Tínhamos seleção, mas a administração da Copa estava em cheque, manchetava a Folha de São Paulo. É, não tivemos dengue, tivemos administração mas não tivemos seleção. E agora vê-se que a dengue está impondo uma derrota alemã no planejamento administrativo da mídia pelo PSDB. Se a AMBEV, a Multilaser e o Banco Itaú tivessem investido em saúde pública ao invés de amestrar uma manada para xingarem Dilma na abertura da Copa, talvez os paulistas poderiam estar comemorando algo melhor que uma epidemia de dengue.
Fica ainda mais incompreensível o que está acontecendo na medida que São Paulo vive, sim, racionamento de água. Imagine se tivesse em abundância. Estados onde não houve racionamento d’água e onde o PSDB foi apeado do poder, a dengue regrediu. Esta epidemia é o exemplo pronto e acabado do compadrio dos sucessivos governos paulistas e os grupos Abril, Folha, Estadão e Globo. Se estes fatos estivessem acontecendo num governo petista, haveria reportagens especiais, e até a cunhada do Vaccari seria presa acusada de transportar mosquitos transmissores. Não há minutos infindáveis no Jornal Nacional, entrevistas nas páginas amarelas da Veja.
Por isso que se diz que o panelaço nos bairros ricos de São Paulo é para espantar o mosquito da dengue…
Tivemos mensalão, petrolão e agora temos o mosquitão. Só que este não aparece porque nossa imprensa é dengosa. Quando envolve PSDB, só faz cafuné…
Epidemia de dengue afeta 1 a cada 4 cidades
Mapeamento federal inclui a capital paulista, pela primeira vez, entre os municípios com alta transmissão da doença
No Estado de São Paulo, 82% das cidades estão em situação epidêmica, com mais de 300 casos por 100 mil pessoas
NATÁLIA CANCIANDE BRASÍLIA
Uma em cada quatro cidades do país já apresenta epidemia de dengue, segundo levantamento do Ministério da Saúde a pedido da Folha.
O Estado com a situação mais crítica é São Paulo, onde 82% dos municípios estão nessa condição. Entre eles, a capital paulista, que, pela primeira vez, aparece em situação epidêmica da doença no mapa do governo federal.
O parâmetro adotado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para caracterizar a epidemia é quando a incidência de dengue supera 300 casos por 100 mil habitantes.
De 5.570 cidades brasileiras, 1.397 estão nessa condição, sendo 530 em São Paulo.
O levantamento mostra um avanço acelerado do vírus pelo país. No anterior, com informações do começo de março, 511 municípios estavam em epidemia. Um mês depois, esse número quase triplicou.
Além da capital paulista, outras seis capitais já aparecem no grupo epidêmico: Florianópolis, Goiânia, Palmas, Rio Branco, Recife e Natal.
VULNERÁVEL
Na avaliação de Giovanini Coelho, coordenador do Programa Nacional de Controle de Dengue, a combinação entre condições climáticas favoráveis e modo de vida urbana, com problema no abastecimento de água (que leva a população a armazenar o produto) e na coleta de lixo, tornam o Brasil vulnerável à dengue.
Outro problema, diz, é a falta de instrumentos de controle mais eficazes, como vacina e medicamentos específicos.
"As ferramentas hoje disponíveis são de eficácia limitada. Só temos o combate ao vetor. Isso torna a situação desafiadora. Se é difícil fazer o controle onde há boa estrutura, imagina num cenário em que não tem rede de água ou coleta regular de lixo."
Os números do Ministério da Saúde consideram todas as notificações da doença, com base em fatores clínicos/epidemiológicos, e não só em confirmações depois de contraprova em cada município.
O critério segue recomendação dos planos de contingência quando há alta expressiva de casos de dengue.
Os dados apontam que, nas cidades em epidemia, a incidência média é de 1.480 casos por 100 mil habitantes –quase cinco vezes a referência básica da OMS. No Brasil, a média é de 367 casos por 100 mil, conforme dados do ministério atualizados até 18 de abril. Na capital paulista, atingiu 346.
O mapeamento aponta que 26 Estados têm ao menos uma cidade em epidemia. Só o Distrito Federal fica de fora.
O topo do ranking de incidência de dengue é ocupado por cidades de pequeno e médio porte. A principal é São João do Cauiá, no Paraná, que tem 6.044 habitantes –lá, é como se uma em cada cinco pessoas tivesse sido contaminada pelo Aedes aegypti.
Coordenador de epidemiologia da cidade, Magno Zonta diz que a situação começa a ser controlada após atingir o auge em fevereiro. Agentes têm aplicado multas em quem mantém água parada e alunos fazem "miniarrastões" no entorno das escolas na caça de focos do mosquito.