Ficha Corrida

21/11/2014

Corrupção empresarial

Há três diferenças  básicas em relação aos governos anteriores, como bem notou Ricardo Semler com seu artigo, na Folha de Hoje, “Nunca se roubou tão pouco”.

A primeira diferença está exatamente em ser um governo de esquerda. Se é verdade que o PT ganhou o governo mas ainda não alcançou o poder, também é verdade que, por isso, não pode dar cavalinho de pau nos rumos. A mudança é gradual e vem obtendo isso ao longo das gestões Lula e Dilma. Lenta e gradual como a abertura da ditadura, as mudanças no enfoque social também é lenta e gradual, constante e irreversível.

Em segundo lugar não só a liberdade mas o incentivo para a atuação republicana da Polícia Federal. Mesmo quando seus agentes são manifestamente contrários ao projeto político do PT, fazendo propaganda contra Dilma e a favor do Aécio Neves, não há como não reconhecer que agora não são mais operações para arrancar maconha no polígono das secas. Contra aliados ou partidários, nunca antes neste país a Polícia Federal atuou com tanta liberdade.

Por fim, a terceira diferença reside na maneira como Lula e Dilma encaram as críticas e por vezes até as calúnias em relação às respectivas atuações políticas. Por paradoxal que seja, os grupos mafiomidiáticos que os acusam de antidemocráticos costumam processar tudo e todos que não concordam com eles. Lula e Dilma nunca processaram jornalistas ou grupos de mídia. Lula e Dilma não dependem de um Gilmar Mendes para se livrarem da cadeia, como FHC.

Para quem quer se inteirar um pouco mais a respeito dos grupos empresariais que estão estrelando cadeias, há uma matéria muito interessante do grupo de jornalistas investigativos, Pública, que pode ser lido aqui: As quatro irmãs!

Casamento de empreiteiras com poder começou com JK e teve lua de mel na ditadura

Carlos Madeiro, Do UOL, em Maceió , 21/11/201406h00

  • Folhapress

    A ponte Rio-Niterói em construção em 1972

    A ponte Rio-Niterói em construção em 1972

O casamento harmonioso das empreiteiras envolvidas na operação Lava Jato com as obras públicas é mais antigo do que muitos pensam: começou no governo Juscelino Kubitschek (1955-1960) e teve sua "lua-de-mel" na ditadura militar (1964-1985). Essa é a análise de especialistas ouvidos pelo UOL e que fizeram uma retrospectiva sobre a história das empreiteiras no Brasil.

Autor da tese de doutorado "A ditadura dos empreiteiros", o historiador Pedro Campos avalia que, no regime militar, as empreiteiras começaram a se nacionalizar e se organizaram, ganhando força no cenário político e econômico. Para isso, elas criaram associações e sindicatos.

"Até a década de 50, eram construtoras que tinham seus limites no território do Estado ou região. O que acontece de JK pra cá é que eles se infiltraram em Brasília", explica Campos, professor do Departamento de História e Relações Internacionais da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro). A construção de Brasília, fundada em 1961, foi um marco para a história das construtoras: foi a partir de então que elas se uniram. "Ali, reuniram-se empreiteiras de vários Estados e começaram a manter contato, se organizar politicamente. Depois, passaram pelo planejamento da tomada de poder dos militares e pautaram as políticas públicas do país."

Com a chegada ao poder dos militares, as empreiteiras passaram a ganhar contratos do governo muito mais volumosos que os atuais. "Se eles era grandes, cresceram exponencialmente no regime militar. Se elas hoje são muito poderosas, ricas e têm um porte econômico como construtoras, posso dizer que elas eram maiores. O volume de investimentos em obras públicas era muito maior. Digamos que foi uma lua-de-mel bastante farta e prazerosa", comentou.

Entre as centenas de obras feitas no período miliar, há casos emblemáticos como a ponte Rio-Niterói, que foi feita por um consórcio que envolveu Camargo Corrêa e Mendes Junior entre 1968 e 1974. Já a Hidrelétrica Binacional de Itaipu, que teve o tratado assinado em 1973 e foi inaugurada em 1982, foi feira pelas construtoras Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Mendes Júnior. As mesmas Mendes Júnior e a Camargo Corrêa Transamazônica, que começou em 1970 foi inaugurada, incompleta, em 1972.

Apesar de denúncias de pagamento de propina terem sido escancaradas com a operação Lava Jato da Polícia Federal, o historiador acredita que a corrupção envolvendo empresários da construção e políticos é antiga.

"Todos os indícios são de que a corrupção não aumentou. O que a gente tem hoje é uma série de mecanismos de fiscalização que expõe mais, bem maior do que havia antes. Na ditadura não tinha muitos mecanismos fiscalizadores, e que o havia era limitado", afirmou.

 

Operação Lava Jato da
O presidente da construtora UTC, empresário Ricardo Pessoa, chega preso à Superintendência da Polícia Federal no bairro da Lapa, na zona oeste de São Paulo. Ele é um dos alvos da sétima fase da Operação Lava Jato, na qual são cumpridos 27 mandados de prisão nos Estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Distrito Federal Leia mais Marcos Bezerra/Futura Press/Estadão Conteúdo
Internacionalização e campanhas

Uma das provas do sucesso das empreiteiras no Brasil na ditadura foram os investimentos fora do país. A Mendes Júnior, em 1978, por exemplo, inaugurou a ferrovia Baghdad-Akashat-Alqaim, que liga três importantes cidades no Iraque e tem 515 quilômetros.  A Odebrecht construiu a Hidrelétrica de Capanda, em Angola.

"As empreiteiras tiveram um volume de investimentos tão dilatado na época que os empresários fizeram ramificações econômicas e iniciaram a internacionalização. Assim, conseguiram desenvolver a estratégia manter o tamanho na participação política e na economia, diversificando suas atividades, como em ramo petroquímica, de telecomunicações, etanol. Hoje, elas são grande grandes multinacionais", afirma Campos.

Após a ditadura, e já com os cofres supercapitalizados, o financiamento privado de campanhas passou a garantir a manutenção das empreiteiras nas grandes obras do país. Somente na campanha deste ano, as empreiteiras doaram pelo menos R$ 207 milhões a candidatos de todos os cargos. No entanto, as doações sempre existiram, mas começaram a ser regulamentadas a partir de 1945 e já passaram por várias atualizações desde então.

"As vantagens a essas grandes empreiteiras nunca acabaram, pois com o regime democrático vieram as doações de campanha. E seria muita inocência achar que as empreiteiras doam por ideologia. Elas doam a todos. Tanto que vem aparecer dinheiro delas em prestação de conta  de um deputado estadual aqui de Alagoas, por exemplo", disse o cientista político e professor História do Brasil da Ufal (Universidade Federal de Alagoas) Alberto Saldanha.

Para o juiz maranhense Márlon Reis, a força adquirida pelo lobby das grandes empreiteiras viciou o sistema de licitações.  "A grande maioria dos empresários não acredita na possibilidade de participar das grandes licitações em condição de igualdade com as financiadoras de campanha. Isso reduz a confiança nas instituições, inibe a livre concorrência e reduz o ritmo do desenvolvimento", analisou.

Com a proximidade ao poder, as empresas passaram a tornar o mercado de participação em obras públicas exclusividade de um "clube", como era chamado.

"Nunca houve uma descentralização [de empresas] porque elas monopolizam e só abrem espaço para menores de forma terceirizada. Caberia ao gestor dar transparência ao processo, mas como aqui, nesse caso, uma mão lava a outra, aí se faz de tudo para tentar burlar", afirmou o professor Alberto Saldanha.

Data de fundação das empreiteiras

  • 1939

    Camargo Corrêa

  • 1944

    Odebrecht

  • 1948

    Andrade Gutierrez

  • 1953

    Mendes Júnior

  • 1953

    Queiroz Galvão

  • 1965

    Engevix

  • 1974

    UTC Engenharia

  • 1976

    OAS

  • 1996

    Galvão Engenharia

Casamento de empreiteiras com poder começou com JK e teve lua de mel na ditadura – Notícias – Política

19/11/2014

Operação Lava Jato: nossos empresários copiam práticas “Ndrangheta”, menos a solução para “equívocos”

 

‘Ndrangheta ordena aos que se equivocam: “Cianureto ou uma bala”

A procuradoria de Milão prende 40 integrantes da máfia calabresa e grava seus rituais

Pablo Ordaz Roma 18 NOV 2014 – 18:29 BRST

Um chefe da ‘Ndrangheta preso em 2011. / ap

Um tiro ou uma cápsula de cianureto. Um verdadeiro membro da máfia ‘Ndrangheta deve ter em mente que, se cometer um equívoco, ele mesmo terá de se administrar um corretivo eficaz. E também deve levar em conta os perigos dos dispositivos eletrônicos. “Eu sempre digo que levar um telefone celular”, adverte um membro da máfia calabresa, “é como levar um carabiniere [policial italiano] no bolso”. Tanta razão tem o velho capo que a procuradoria de Milão, utilizando gravações telefônicas, microfones escondidos e microcâmeras, não apenas conseguiu prender 40 integrantes da ‘Ndrangheta em diversas cidades da Itália, mas também gravou em vídeo pela primeira vez alguns de seus rituais secretos.

Entre eles, o juramento de um novo integrante da organização mafiosa mais poderosa da Itália. As câmeras e os microfones colocados por agentes dos carabinieri registraram o momento em que um chefe de um clã do norte vindo da Calábria comanda a cerimônia de admissão dos novos mafiosos. E faz uma advertência: “Hoje, deste momento em diante, não serão julgados pelos homens, serão julgados por vocês mesmos. Há duas alternativas. Se na vida cometerem uma negligência grave, não devem ser seus irmãos que os julguem. Vocês devem admitir a negligência e escolher o caminho. Aqui tem uma cápsula de cianureto. Ou se envenenem ou peguem esta [pistola] que dispara. De todas as balas do carregador, devem reservar sempre uma. A última é para vocês”.

mais informações

E, é claro, nada de dedurar para a polícia. “Se perguntarem”, continua o chefe do juramento mafioso, “de quem você é filho? Quem é o seu pai…? Você tem que responder: ‘Meu pai é o Sol e minha mãe é a Lua”. Além da novidade de presenciar uma cerimônia da qual até agora só se tinha notícia pela confissão de algum mafioso, a operação comandada pela procuradora de Milão Ilda Boccassini – aquela que durante anos também foi o terror de Silvio Bersluconi – revela que este tipo de prática também é realizada fora da Calábria.

Os 40 mafiosos, detidos em sua maioria em localidades do norte (Como, Lecco, Monza-Brianza, Verona e Bérgamo), mas também na cidade siciliana de Caltanissetta, são acusados de crimes de associação mafiosa, extorsão e posse ilegal de armas. Alguns deles aparecem refletidos em vídeos que, além disso, confirmam que a ‘Ndrangheta – também denominada “A Santa” – invoca em seus juramentos figuras históricas da Reunificação italiana. Entre eles, Giuseppe Mazzini, conhecido como “a alma da Itália”, e Giuseppe Garibaldi.

‘Ndrangheta ordena aos que se equivocam: “Cianureto ou uma bala” | Internacional | EL PAÍS Brasil

Blitz anti-’ndrangheta in Lombardia: 38 arresti

Nel mirino le cosche del Comasco e del Lecchese: Documentati i rituali di affiliazione

18/11/2014
paolo colonnello

milano

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«Noi non possiamo cambiare…». Una mafia feroce, dedita al controllo del territorio con sconfinamenti in Svizzera, a un proselitismo preoccupante e all’inedita alleanza con insospettabili imprenditori e liberi professionisti per ricattare e mettere in atto estorsioni verso altri imprenditori. Una ’ndrangheta senza scrupoli pronta ad arruolare, come documentano le intercettazioni dei Ros, persino dei minorenni nel rispetto di una tradizione arcaica che vede, nell’eredità fra padre e figlio, la trasmissione di un potere criminale. 

È uno spaccato inedito e molto inquietante, quello che emerge dall’operazione “Insubria”, scattata questa mattina ad opera dei Ros di Milano nell’ambito di un’inchiesta coordinata dalla Distrettuale antimafia (pm: Ilda Boccassini, Paolo Storari , Francesca Celle). Ma soprattutto, grazie alle intercettazioni e alle riprese filmate, è un’indagine con un elevatissimo valore “storico”, perché documenta per la prima volta in assoluto e in maniera completa, le fasi di arruolamento e affiliazione degli ‘ndranghetisti finora raccontate solo dai pentiti e ora fissate in nitidi filmati dove si riconoscono nitidamente i personaggi e si ascoltano le formule complete dei rituali durante le “mangiate”. Non in qualche masseria sperduta dell’Aspromonte ma al “nord del nord”: tra il Lecchese e il Comasco, ai confini con la Svizzera, dove ormai la criminalità organizzata calabrese si sta espandendo importando un’arcaicità e una ferocia impressionanti che documentano l’esistenza di un “antistato” in Lombardia. 

Almeno 38 persone sono state arrestate nelle provincie di Milano, Como, Lecco, Monza-Brianza, Verona, Bergamo e Caltanissetta, con un’ordinanza di custodia in carcere firmata dal gip Simone Luerti e accuse che vanno dall’associazione di tipo mafioso, all’estorsione, detenzione e porto abusivo di armi. Al centro delle indagini dei Ros due famiglie di caratura storica nella mappa della malavita calabrese, collusi con Giuseppe soprannominato “melangiana” e il Bruzzese. Sodalizi della ‘ndrangheta radicati nel comasco e nel lecchese, con diffuse infiltrazioni nel tessuto locale e saldi collegamenti con le cosche calabresi di origine. Tra le “locali” colpite, ovvero le cosche di zona, quella di Calolziocorte, di Cermenate e di Fino Mornasdco: a riprova dell’infiltrazione sul territorio del cancro criminale calabrese e dell’esistenza di una sovrastruttura del nord in regione, chiamata appunto “La Lombardia”. 

07/01/2014

Coveiro só se entusiasmo com caixões

O choro dos que têm voz e dinheiro. Não necessariamente nesta ordem. Para entender as lágrimas de crocodilo desta gente basta ler o artigo do Clóvis Rossi, um antipetista de carteirinha, na Folha de hoje, aqui. Um dos países festejados pelos antipetistas é o México, que privatizou a PEMEX, a Petrobras deles.  Acontece que a PEMEX já tem o X, que o PSDB queria por na Petrobrax… As notícias sobre o México variam de acordo com os interesses maiores ou menos via Washington. Hoje, no El País, há coisas que não saem nos nossos grupos mafiomidiáticos: “As autodefesas avançam no México: Grupos de civis armados que declararam guerra ao narcotráfico já controlam uma quinta parte do território do Estado de Michoacán”. São os mesmos que, ontem, também na Folha, trouxeram a Colômbia como exemplo a ser seguido. Coincidentemente, ambos participam da ALCA e são luluzinhos dos EUA.

O pessimismo dos empresários é compreensível. Deve ser difícil não ter um exército de desempregados para contratar com salários de fome. Mais otimismo causa a Espanha, onde o desemprego já beira aos 28%. Veja mais aqui, no El País: A desigualdade corrói o projeto europeu: “Seis longos anos após o início da Grande Recessão, o número de britânicos que se veem obrigados a procurar instituições beneficentes para se alimentar cresceu 20 vezes, segundo um relatório recente da ONG Trussell Trust. O governo da Itália reconheceu na semana passada que os níveis de pobreza têm batido recordes desde 1997. O total de espanhóis atendidos pelos serviços de assistência da Cáritas aumentou de 370.000 para 1,3 milhão durante a crise. Doenças como a malária e a peste estão de volta à Grécia.” Esta informação não vais encontrar nos grupos mafiomidiáticos brasilerios. Está no El País, de hoje… Não fosse a internet e estaríamos tendo de beber e comer pelas mãos da máfia travestida em grupos de informação.

Otimismo de empresa brasileira sofre a maior redução em 2013

Pesquisa global ouviu 12,5 mil empresas em 44 países; Brasil passou de 48%, em 2012, a 10%

Falta de confiança nos rumos da economia é principal fator citado para o pessimismo, desbancando burocracia

DAVID FRIEDLANDERDE SÃO PAULO

A falta de confiança no rumo da economia demoliu o otimismo das empresas brasileiras, que até outro dia estavam entre as mais entusiasmadas do mundo.

Ao longo de 2013, o índice de confiança no futuro do país, calculado pela consultoria Grant Thornton, despencou de 48% para apenas 10%. Foi a maior queda entre os 44 países da pesquisa.

A média global, feita com base na opinião de 12.500 empresas sobre os países em que atuam, é 27%. O Brasil ficou abaixo até da média de 22% de otimismo dos Brics, o bloco emergente do qual o país faz parte ao lado de Rússia, Índia, China e África do Sul.

Para pesquisar o índice de confiança na economia brasileira, a anglo-americana Grant Thornton acompanha anualmente o humor de donos e executivos de 300 empresas de médio porte.

O levantamento é feito a cada três meses.

Dos empresários ouvidos, apenas 22% disseram estar seguros o suficiente para fazer novos investimentos este ano –queda de seis pontos percentuais em relação ao levantamento anterior.

Sobre novas contratações, 37% declararam que planejam aumentar seus quadros. Mas apenas 7% disseram que pretendem dar aos funcionários aumento real de salário (acima da inflação) em 2014.

"O Brasil é um país caro para produzir, a inflação está alta, os juros estão subindo e o governo não consegue entregar o que anuncia. É difícil investir num ambiente desses", afirma José Velloso, presidente-executivo da Abimaq, a associação dos fabricantes de máquinas e equipamentos.

De acordo com Velloso, hoje a maior parte dos novos investimentos sai da prancheta de setores que ele considera protegidos, como a indústria automobilística, ou de atividades em que o país é altamente competitivo, como os segmentos do agronegócio ou da mineração. "É pouco."

As dúvidas em relação ao rumo da economia passaram a ser apontadas como fator que mais incomoda os empresários pela primeira vez desde que o levantamento começou a ser feito no Brasil, em 2007. Até então, o custo de lidar com a burocracia era de longe o mais citado como o principal problema.

"O humor dos empresários não piorou apenas porque o país vem crescendo pouco. É porque a gente não tem a sensação de que há encaminhamento das questões relevantes. Isso mina a confiança", diz Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Abit, que reúne a indústria têxtil.

Preocupado com a indústria do petróleo, carro-chefe da economia de seu estado, o empresário Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan (federação das indústrias do Rio), reclama de ingerência da parte do governo, como na política de preços da Petrobras.

"Eu vejo empresas que já começam a desconfiar da capacidade da Petrobras de cumprir seu plano de investimento. Elas fizeram investimentos pensando nisso."

G7 x BRICS

A pesquisa da Grant Thornton mostra grandes mudanças de humor entre os empresários dos Brics e também os dos países ricos do G7 (Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Japão e Canadá). O índice de otimismo nesse bloco cresceu 44 pontos percentuais, de -16% no começo de 2012 para 28% no ano passado, impulsionado por perspectivas melhores no Japão, Reino Unido e EUA. No mesmo período, a confiança entre os Brics caiu 17 pontos percentuais e hoje está em 22%.

"O humor dos empresários não piorou apenas porque o país vem crescendo pouco. É porque a gente não tem a sensação de que há encaminhamento das questões relevantes. Isso mina a confiança"
Fernando Pimentel
Diretor-superintendente da Abit, associação que reúne a indústria têxtil

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