Ficha Corrida

19/10/2014

Quem finanCIA o IMAZON?

Filed under: CIA,Desmatamento,Folha de São Paulo,ONGs — Gilmar Crestani @ 9:13 am
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Folha HoróscopBastou Marina declarar apoio ao Aécio que mensagens subliminares começam a pipocar. Mesmo aquela denúncia do Paulo Roberto Costa, de que repassou R$ 10 milhões ao Presidente do PSDB, Sérgio Guerra, não passa de cortina de fumaça. É fácil falar de um morto, Sérgio Guerra, mas poupam tudo o que diz respeito aos vivos, muito vivos, do PSDB. Por que até hoje o racionamento d’água em São Paulo não foi manchete? Por que, apesar de todas as informações disponíveis, a Folha nunca trouxe para a capa os empregos fantasmas do Aécio? Por que a Folha nunca denunciou, com foto na capa, a irmã do Aécio, Andreia Neves, que coordenava a distribuição de verbas nos veículos de comunicação em Minas, que incluía, entre os recebedores, rádios e jornais do Aécio, além dos Diários A$$oCIAdos, que edita o Estado de Minas, por onde saiu o “Minas a reboque, não!?

De repente, não mais que de repente, o desmatamento da Amazônia, com dados fornecidos por uma ONG brota do nada, no meio da fumaceira da eleição, e ganha capa. Já que, como diz a própria Folha, “Nenhum dos dois sistemas é inteiramente confiável. Não foram desenvolvidos para calcular a área de desmate, mas para lançar alertas que orientam a fiscalização por agentes do Ibama.” por que o assunto ganha a capa neste fim de semana que antecede as eleições?!

Sei, não, mas esta notícia está com cheiro de Boimate!

Quando se trata de um órgão federal, sempre é culpa da Dilma. Quando é estadual, em São Paulo, é a tal de crise d’água, a SABESP, o Sistema Cantareira… nunca é Geraldo Alckmin! Por quê? Na Folha de hoje há outra manchete típica da Folha: CPTM afasta gerente ligado a empresas do cartel de trens. Viram, a Folha não põe “na gestão Alckmin”?!

Desmate da Amazônia na gestão Dilma volta a crescer

ONG aponta nova alta do desmate na Amazônia

Corte raso em agosto e setembro subiu 191% em 2014 em relação a 2013

Números são de monitoramento do Imazon; governo adiou divulgação de dados do desmatamento

MARCELO LEITEDE SÃO PAULO

Agora se entende por que o governo Dilma Rousseff adiou para novembro a divulgação dos dados parciais de desmatamento da Amazônia em agosto e setembro: as taxas estão subindo.

No confronto do mês passado com o mesmo período de 2013, o salto foi de 290%.

Um total de 402 km² de florestas sofreu corte raso em setembro, área equivalente a mais de um quarto do município de São Paulo. No mesmo mês do ano anterior, haviam sido 103 km².

A tendência de alta se sustenta também quando considerada a soma de agosto e setembro, os dois primeiros meses do "ano fiscal" do desmatamento. Comparando o bimestre de 2013 com o de 2014, o incremento foi de 191% (de 288 km² para 838 km²).

As informações partem da ONG de pesquisa Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), de Belém. Ela opera um sistema de alerta de desmatamento e degradação, o SAD, similar ao Deter, mantido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para o Ministério do Meio Ambiente.

"O aumento de 191% indica que vai ser difícil reduzir o desmate neste ano. Para reverter a tendência serão necessárias medidas de maior alcance e impacto, indo além da fiscalização", diz Adalberto Veríssimo, do Imazon

DADOS OCULTOS

As informações do Deter são divulgadas mensalmente, mas o governo federal decidiu nesta semana publicá-las só em novembro. A alegação é que os valores serão anunciados já com base em imagens de satélite quatro vezes mais precisas, com o programa chamado Novo Deter.

Nenhum dos dois sistemas é inteiramente confiável. Não foram desenvolvidos para calcular a área de desmate, mas para lançar alertas que orientam a fiscalização por agentes do Ibama.

A fim de cumprir esse objetivo, usam satélites que registram imagens em períodos mais curtos. Até aqui, o Deter só detectava polígonos desmatados com área mínima de 25 hectares (250 mil m²). O Novo Deter trabalhará com acuidade de 6 hectares.

Essa é a resolução obtida por outro sistema do Inpe, o Prodes, que fornece as taxas anuais oficiais de desmatamento na Amazônia. Dele proveio a informação de que entre agosto de 2012 e julho de 2013 se devastaram 5.891 km², 29% a mais que no período anterior de 12 meses. Essa taxa de desmatamento, no entanto, é a segunda menor já registrada na Amazônia.

Além disso, sempre houve discrepâncias entre as cifras apuradas pelo Deter e pelo SAD. O governo costuma silenciar sobre os alertas do Imazon, mas agora o faz ao mesmo tempo em que posterga os relatórios do Deter.

Cinco fatores, contudo, contribuem para reforçar a hipótese de que o Imazon tenha detectado uma tendência robusta de alta. O primeiro está no próprio aumento de 29% verificado em 2013/12.

O segundo é a recente intensificação, pelo Ibama e outros órgãos federais, do combate ao desmate ilegal. Ela teve como clímax a Operação Castanheira, no final de agosto, na região de Novo Progresso (PA), para desmantelar uma quadrilha de grileiros.

A baixa presença de nuvens no período analisado pelo SAD (apenas 7% da área da Amazônia Legal ficou sem monitoramento) constitui o terceiro fator. Menos áreas de sombra melhoram a acuidade do levantamento.

O quarto elemento é o aumento de outra variável computada pelo Imazon, a degradação florestal (por extração de madeira e queimadas). Foram detectados 711 km² em agosto e setembro, salto de 558% diante dos 108 km² do mesmo bimestre em 2013.

Por fim, o próprio governo indica que vêm crescendo as derrubadas abaixo do limiar de detecção do Deter. Como o Novo Deter enxergará desmates menores, de até 6 ha, seus resultados poderão ser maiores que os do SAD –e piores para Dilma.

24/09/2014

Só quando Itália, França, Alemanha & EUA tiverem tanta mata quanto o Brasil!

Filed under: CIA,Desmatamento,EUA — Gilmar Crestani @ 9:14 am
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EUAGloboÉ até engraçado que nestas horas a mídia da cobertura, como se todo mundo fosse burro e não tivesse condições de entender o que está em jogo. Os EUA dizimou os índios e celebrou o feito por meio da propaganda hollywoodiana do Faroeste. Não há mais matas nos EUA, Alemanha, França, Itália, Inglaterra, mas eles querem as nossas. Por quê? Por que eles não querem o Brasil crescendo, produzindo mais alimentos. Não nos esqueçamos, o Brasil é novo, foi ocupado apenas a partir de 1500, mas só ficou independente em 1822. Agora compare nossa história com a deste países aí atrás…

Se querem que o Brasil assine desmatamento zero porque não cobram para que os EUA assinem arma atômica zero, armamento zero, espionagem zero, guerra zero. Aliás, por que os EUA não se subordina ao Tribunal Internacional de Haia? Não sejamos burros, se os EUA apoiam alguma coisa esta coisa só é boa para eles.

O que é bom para os EUA é péssimo para nós! 

Brasil fica fora de acordo para zerar desmatamento até 2030

Compromisso foi assinado por 31 países e a União Europeia na Cúpula do Clima na ONU

Governo discorda da falta de distinção entre desmate ilegal e legal, como o manejo para extração de madeira

MARCELO LEITEENVIADO ESPECIAL A NOVA YORKISABEL FLECKGIULIANA VALLONEDE NOVA YORK

A presidente Dilma Rousseff, em seu discurso na Cúpula do Clima em Nova York, limitou-se a listar avanços obtidos pelo Brasil na questão do desmatamento, que caiu 79% desde 2004. Apesar desse trunfo, não endossou o principal documento da cúpula, a Declaração de Nova York sobre Florestas.

A redução no desmatamento evitou lançar na atmosfera, a cada ano, 650 milhões de toneladas de CO2. "O Brasil, portanto, não anuncia promessas. Mostra resultados", afirmou a presidente.

A Declaração de Nova York é mais uma carta de boas intenções do que um plano para cortar pela metade o desmate até 2020 e zerá-lo até 2030. O Brasil não aderiu à declaração por discordar, segundo a Folha apurou, do compromisso de desmatamento zero. O governo considera que a questão não precisa ser decidida agora, e há resistências à linguagem não diplomática do texto.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, alega que o país não foi convidado para a preparação do texto. Disse que uma cópia foi enviada só no final de agosto. A organização do documento diz que tentou engajar o Brasil, sem sucesso.

LEGAL OU ILEGAL

A maior restrição do Planalto diz respeito à ausência de distinção, no texto, entre desmatamento legal e ilegal.

Como no Brasil se permite manejo sustentável de florestas para extração de madeira e derrubada de áreas para agricultura, o país não poderia aderir ao desmatamento zero. Isso implicaria, na visão do governo, impedir derrubadas que hoje são legais.

O Plano Nacional sobre Mudança do Clima do Brasil, adotado por decreto em 2007, estipulava eliminar a perda líquida de área de cobertura florestal até 2015.

O tema esquentou a campanha eleitoral brasileira. Dilma, que como ministra de Minas e Energia de Lula vivia às turras com a do Ambiente, Marina Silva, disse em Nova York que a adversária está "mentindo" ao dizer que o desmatamento na Amazônia cresceu no último ano. Segundo a presidente, houve um "aumentinho" em 2013.

Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que o desmatamento cresceu 29% entre 2012 e 2013. Com 5.891 km² de florestas destruídas, porém, esta foi a segunda menor taxa registrada desde 1988.

Com o desmate zero proposto no texto, deixariam de ser emitidos por ano, a partir de 2030, de 4,5 bilhões a 8,8 bilhões de toneladas CO2, valor estimado para o que a destruição de florestas lança de poluição anualmente. Seria o mesmo que tirar de circulação o bilhão de carros que há hoje no mundo.

EUA e União Europeia apoiam a declaração. China e Índia, não. Outros países com floresta tropical assinaram (Peru, Colômbia, Guiana, República Democrática do Congo e Indonésia). Mas nenhum chega perto dos 4 milhões de km2 de mata amazônica do Brasil.

O jornalista MARCELO LEITE viajou para Nova York a convite da Burness Communications e da Fundação Ford

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