Quando membros histórico do PSDB se revoltam com a escolha do Cel. Telhada para a Secretaria de Direitos Humanos fica fácil entender porque o PSDB produziu PCC e aumentou a insegurança pública. O choque de gestão tão mentiroso quanto propagada pelos parceiros do Instituto Millenium vez por outra vaza.
São Paulo, após 20 anos de PSDB, faz jus à marchinha de carnaval: “São Paulo, cidade que seduz/ De dia falta água, de noite falta luz”. Só não faltam roubos, assaltos e propinodutos.
Diz-se que o PSDB não costuma legar aos sucessores nenhuma obra que se use cimento e tijolos. Em compensação, faz aumentar a indústria que vive da insegurança. O Cel. Telhada na Secretaria de Direitos Humanos é apenas mais violência, pois é uma bofetada, sem luvas de pelica, em Paulo Sérgio Pinheiro, sociólogo e fundador do PSDB.
O Instituto Brasileiro de Ciências Criminais traz um dado tão estarrecedor quanto festejado pelo PSDB de Geraldo Alckmin e Cel. Telhada: “Em cinco anos, PM de São Paulo mata mais que todas as polícias dos EUA”. E nem por isso, ou talvez por isso, não só não tenha acabado com a violência como tem aumentado. De fato, a inteligência nunca foi o forte do PSDB. A violência, sim! Tanto é verdade que Yeda Crusius botou no Tribunal Militar o famigerado Cel. Mendes. É o fascínio do coturno que move a sanha do PSDB.
Ao premiar assassinos o PSDB sinaliza que a indústria da morte é seu norte. E assim vende mais cercas e seguranças particulares. Salve-se quem puder!
A campanha pelo desarmamento não surtiu efeito por culpa de gente como Telhada. A pesquisa trazida à luz hoje pela Folha mostra que são os tais “homens de Benz” que armam os bandidos. Essa é a única indústria, promovida pelas cinco irmãs(Folha, Estadão, Veja, Globo & RBS) legada pelo PSDB.
Roubada e apreendida, arma volta para o crime
Trajetória de revólver usado em roubos em SP revela ciclo de arsenal recolhido
Estudo mostra que armas de bandidos são de origem legal, fabricadas no país e anteriores a estatuto
REYNALDO TUROLLO JR.DE SÃO PAULO
Duas vezes desviado, duas vezes nas mãos do crime, duas vezes apreendido.
O revólver Rossi calibre 38, de corpo preto, cabo de madeira, número D585777, deixou a fábrica no Rio Grande do Sul no início da década de 1980 e veio a ser registrado por uma empresa de segurança privada de São Paulo.
A história dele sintetiza os resultados de um estudo do Ministério Público paulista e do instituto Sou da Paz, lançado recentemente, que rastreou 2.031 de todas as armas (4.289) apreendidas em roubos e homicídios na cidade de São Paulo em 2011 e 2012.
A maior parte das armas usadas por criminosos é nacional, já foi legal -muitas registradas em São Paulo- e de fabricação anterior a 2003, quando o Estatuto do Desarmamento restringiu o porte e a posse desses artefatos.
O Rossi 38 foi roubado em 29 de maio de 1998 pela primeira vez. Um jovem de 19 anos, com uma pistola, entrou à tarde numa agência de banco em São Vicente, no litoral paulista, rendeu dois vigias e roubou as armas deles. Uma delas era o Rossi.
Um mês depois, o revólver foi encontrado no guarda-roupa do ladrão -conhecido entre os policiais por outro roubo a banco e que, segundo os registros, assumiu o assalto. Estava com uma bala a menos, segundo a perícia.
Entregue de volta à empresa proprietária, a GP Guarda Patrimonial -que não quis comentar o caso-, o Rossi foi novamente subtraído em março de 2010. Devido aos bancos de dados incompletos, não é possível saber em que circunstâncias aconteceu o segundo desvio.
RETORNO
Sabe-se, porém, que a arma só reapareceu um ano mais tarde, no assalto a um restaurante no Jardim Arize, na zona leste de São Paulo.
"Quando ele entrou, eu percebi pelos lábios dele que ele tinha falado ‘assalto’. Meu irmão achou que era brincadeira, até que ele levantou a camisa e mostrou a arma", conta a dona do restaurante.
Foi ela quem, disfarçadamente, chamou a polícia. O ladrão foi preso em flagrante.
Dessa vez, por ter sido apreendido em um ato criminoso, o Rossi não foi devolvido ao dono. Foi destruído pelo Exército em abril de 2012.
"Alguns mitos foram quebrados [com a pesquisa]: a arma do crime não é o fuzil, não é a metralhadora. É o revólver nacional calibre 38. Não veio do Paraguai, não cruzou a fronteira. Ele foi comercializado no Estado de São Paulo e continuou cometendo crimes ali por até 30 anos", diz Ivan Marques, diretor-executivo do instituto Sou da Paz.