Ficha Corrida

23/01/2015

Evoé, Evo viu uva na vulva da Eva

Filed under: Bolívia,Eleições,Evo Morales — Gilmar Crestani @ 9:46 am
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Saudemos a reeleição de Evo Morales com a saudação com que os gregos aclamavam Baco: Evoé! Até porque demorou para nação de maioria indígena pudesse ter um presidente de origem indígena. Veja-se o caso do Paraguai, onde também há uma maioria indígena e, salvo engano, é o único país das Américas ainda tem a língua indígena (Guarani) como língua oficial. Mas pode ter toda sorte de bandido golpista na presidência, menos alguém de origem indígena. As três eleições seguidas de Evo Morales vai consolidando e provando que os índios têm uma visão muito diferente dos colonizados pelo Consenso de Washington

Mostra que é possível governar para todos sem ter de se submeter a teorias alienígenas, de exploração interna para favorecimento externo. Que as quinquilharias andinas são de melhor qualidade daquelas chinesas compradas em Miami…

Evo, presidente record

Por Alfredo Serrano Mancilla *

Parece haber transcurrido más de un siglo desde aquellos momentos en los que el presidente boliviano Evo Morales estaba sometido a eso que el mismo vicepresidente Alvaro García Linera llamara el “empate catastrófico”. Se habían ganado las elecciones de finales del 2005 por mayoría absoluta y las elecciones a la Asamblea Constituyente del 2006, pero esto, de ninguna manera iba a significar que la disputa política se hubiese decantado definitivamente a favor de la Revolución Democrática y Cultural propuesta por el MAS. Eran meses en los que los constituyentes masistas tuvieron que salir literalmente huyendo después de ser perseguidos en Sucre o en los que el propio presidente no podía ni aterrizar en aeropuertos del propio territorio nacional. Eran años difíciles en los que la otra mitad del país, esa llamada media luna, desconocía a un presidente que había llegado para iniciar un proceso acelerado de cambio a favor de la mayoría social boliviana. Fueron momentos complicados propios de la política, con su esencia confrontativa, en esa etapa inicial en la que Bolivia venía mal acostumbrada, de una larga época donde el consenso venía a ser realmente un disenso, en los que una minoría imponía cualquier “acuerdo” en contra de la mayoría.

Con buena letra y a fuego lento, Evo Morales fue logrando que una propuesta contrahegemónica fuese transitando hacia una sólida hegemonía posneoliberal en múltiples dimensiones. En lo económico, se cuestiona el modelo venido de afuera al mismo tiempo que se viene construyendo otra organización económica en base a la recuperación de los sectores estratégicos; se fueron sustituyendo paulatinamente a los Chicago Boys por los Chuquiago Boys (economistas formados en las universidades bolivianas). En estos años, la democratización económica y la mejora microeconómica han venido acompañadas de una incuestionable bonanza macroeconómica. En lo social, Morales trajo consigo una política de redistribución que abandona la vieja e ineficaz teoría del goteo; fue enterrando el viejo Estado aparente (un Estado de Bienestar en miniatura) a cambio de un nuevo Estado integral del Vivir Bien que ha centrado toda su atención en erradicar la deuda social heredada a la mayor velocidad posible. Cuando las urgencias coyunturales son tan destructivas para la vida cotidiana del pueblo boliviano (hambre, desnutrición), éstas no pueden ni deben tener demasiada paciencia para ser resueltas. En este sentido, el presidente aymara planteó desde el primer momento una economía humanista del ahora, economía del ya, en la que los derechos sociales constituyen la centralidad innegociable de la nueva política económica del Estado. Y en relación con lo internacional, el nuevo proceso de cambio ha considerado desde siempre que sólo es posible una transformación adecuada hacia adentro si ésta viene acompañada por una reinserción afuera a partir de criterios reales de soberanía, con una clara apuesta por una emancipada integración latinoamericana y buscando resituarse virtuosamente en la actual transición geoeconómica que permita definitivamente revertir los patrones de intercambio desigual del pasado.

Es así como Morales afronta el reto de asumir un nuevo mandato presidencial tanto simbólicamente en Tiwanaku como institucionalmente. Este período no puede ser concebido como un período cualquiera; Evo Morales será el presidente que habrá estado más tiempo ininterrumpido como presidente a partir de finales de año llegando a superar a Andrés de Santa Cruz (entre 1829 y 1839). No es un dato menor en un país que presumía de tener el record en el número promedio de presidentes por año en las últimas décadas. Es realmente una muestra inequívoca del nuevo sentido común en Bolivia, propio de un cambio de época en el que se avanza de forma irreversible. No hay marcha atrás; el neoliberalismo está muerto en Bolivia. Y desde ese logro, en adelante, Morales encara estos próximos años con renovados desafíos en lo productivo y en lo tecnológico, con la necesidad de ir sorteando el amenazante rentismo importador del siglo XXI que constituye una nueva forma de neodependentismo del capitalismo mundial. Seguramente también será necesario anticiparse a las nuevas preguntas que vendrán de un sujeto social mayoritario cambiante que ya no es aquel de las décadas perdidas; esta década ganada en curso afortunadamente comienza a enterrar viejas demandas para reabrir nuevos horizontes. Y será Evo Morales, con amplio respaldo popular, quien tenga que pilotear este camino con el objetivo de que el “vamos bien” de la última campaña electoral pueda volver a repetirse en la próxima contienda.

* Director del Centro Estratégico Latinoamericano de Geopolítica (Celag). Doctor en Economía.

Página/12 :: El mundo :: Evo, presidente record

21/09/2013

Eis porque Gilmar Mendes odeia a Bolívia

Filed under: Bolívia,Corinthians,Gilmar Mendes — Gilmar Crestani @ 11:29 am
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Demora, mas sempre acabamos entendendo os destemperos verbais do meu xará, Gilmar Mendes: Brasil dormiu Alemanha e acordou Bolívia ou Venezuela, diz Gilmar Mendes ao Correio Braziliense. Este ato falho significa que o Brasil dormiu com espírito nazista e acordou justo, como a Bolívia, e isso não agrada a pessoas (sic) como Gilmar Mendes.

E hoje sai esta notícia, abaixo, de O Globo. A interpretação do comportamento de Gilmar Mendes indica que ele, fosse boliviano, daria dois habeas corpus em menos de 24 horas para soltar o marginal corintiano. O que me faz lembrar de uma passagem da biografia de Alexandre Magno, narrada por Plutarco nas Vidas Paralelas:

Depois que Alexandre venceu os Persas na planície do Isso, o grande rei Dario III, enviou-lhe a seguinte proposta: O Império seria dividido entre os dois, desde que ele cessasse a luta e voltasse à Europa.

“Eu aceitaria, se fosse Alexandre”, disse Parmênio, general macedônio.

“Eu aceitaria, se fosse Parmênio, mas como sou eu, e como o mundo não tem dois sóis, a Ásia não pode ter dois senhores” .

O Juiz boliviano, fosse Gilmar Mendes, teria dado dois habeas corpus ou tantos quantos fossem necessário para soltar o marginal. Para sorte da Bolívia o juiz boliviano não é Gilmar Mendes.

Torcedor que ficou preso na Bolívia é ferido em troca de tiros com PM

Raphael Machado Castilho foi baleado em Santo Estevão, na Bahia.
Ele foi baleado e está em estado grave em Feira de Santana, diz PM.

Lílian Marques Do G1 BA

Torcedor do Corinthias Rafael Machado Castilho e a mãe (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press/Estadão Conteúdo) Rafael Machado Castilho e a mãe quando chegou
no Brasil (Foto: Marcos Bezerra/Futura Press/
Estadão Conteúdo)

Um dos torcedores do Corinthians preso na Bolívia após a morte de um adolescente em um jogo realizado pela Libertadores no estádio Jesús Bermúdez, na cidade de Oruro, foi preso novamente, desta vez na em Santo Estevão, na Bahia, na noite de sexta-feira (20).

Segundo informações do tenente Wilson, da 57ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), Raphael Machado Castilho de Aráujo, que é de Praia Grande (SP), estava acompanhado de um rapaz de 23 anos em uma moto. Segundo a PM, um dos dois teria atirado contra uma viatura que fazia uma blitz pela cidade.

De acordo com o tenente, a polícia reagiu aos tiros e perseguiu os dois suspeitos, que acabaram baleados e detidos. Raphael foi atingido no braço e acima do peito, do lado esquerdo. O outro rapaz, que é baiano, foi atingido nas nádegas. Os dois foram levados para o Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, cidade distante cerca de 100 km de Salvador.

Arma apreendida com torcedor corintiano e outro rapaz na Bahia (Foto: PM/ Divulgação)Revólver 38 foi apreendido com corintiano e baiano
após troca de tiros com a PM (Foto: PM/ Divulgação)

O tenente Wilson informou que foi apreendido com os rapazes um revólver calibre 38, de modelo especial. Com Raphael, a polícia encontrou documentos que comprovam a entrada e saída dele na Bolívia. Também foi encontrada uma carteira da torcida organizada do Corinthians, a Gaviões da Fiel, em nome de Raphael. A polícia informou que os dois suspeitos não correm risco de morte. Nenhum policial ficou ferido durante a troca de tiros.
Raphael estava no primeiro grupo de corintianos libertado pelo governo boliviano, e chegou ao Brasil em 9 de junho. A mãe do torcedor, Valcineia Machado dos Santos, confirmou ao G1 que o filho foi hospitalizado na Bahia, mas não quis dar mais detalhes sobre o ocorrido.

O caso foi registrado no Complexo Policial de Feira de Santana, de onde deve ser encaminhado para uma delegacia local.

Carteira da Gaviões da Fiel de Raphael Castilho, baleado na Bahia (Foto: PM/ Divulgação)Carteira da Gaviões da Fiel de Raphael Castilho, baleado na Bahia (Foto: PM/ Divulgação)

Documento que mostra saída de Raphael da bolívia foi encontrado com ele na Bahia (Foto: PM/ Divulgação)Documento que mostra saída de Raphael da Bolívia foi encontrado com ele na Bahia (Foto: PM/ Divulgação)

01/09/2013

“A corrupção é ruim ou boa dependendo da exploração política que permita”

Filed under: Bolívia,Corrupção,Roger Pinto — Gilmar Crestani @ 11:22 pm
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JANIO DE FREITAS

O sofrimento corrupto

Roger Pinto recebeu o privilégio de uma liberdade que o governo brasileiro precisaria ter explicado

Se o senador boliviano Roger Pinto é "considerado imigrante comum" pelo governo brasileiro, é porque tem permanência no Brasil sem restrições legais. Mas o senador não a tem. Tanto que solicita a condição de refugiado, e seu motivo para isso é bastante eloquente: a Interpol tem um pedido do governo boliviano para capturá-lo como condenado por corrupção.

O senador Roger Pinto também não é asilado. O asilo que lhe permitiu resguardar-se na embaixada brasileira perdeu validade ao deixá-la, como é próprio desse denominado asilo diplomático. O asilo territorial, que vale como um visto de permanência, nem sequer está pedido pelo senador, cujo advogado considerou-o mais problemático do que a condição de refugiado, dada a necessidade de comprovar razão política para a concessão.

O senador Roger Pinto está, portanto, em situação idêntica à de Cesare Battisti no seu momento de notoriedade aqui. Não é imigrante comum, não é refugiado, não é asilado político e é condenado em fuga de seu país. Mas Cesare Battisti, que aqui serve para exemplificar incontáveis casos, foi preso pela Polícia Federal em razão da mesma presença sem amparo legal. E preso ficou até que Lula desprezasse a Justiça italiana e o liberasse da sentença por associação com quatro crimes de morte.

O senador Roger Pinto recebeu o privilégio de uma liberdade que o Ministério da Justiça brasileiro, ou o Planalto, precisaria ter explicado publicamente. Se pudesse. E quando o governo deu uma explicação esporádica, foi como o fez o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams: "O que o Conare decidir está decidido". O Conare, Comitê Nacional para os Refugiados, considerou fundada a extradição de Battisti pedida pela Justiça e pelo governo italianos, e Lula fez valer, com o benefício, a palavra final do presidente.

Agora, pelo menos soçobraram mais duas mentiras da história cabulosa de alegada fuga. Uma das razões do sofrimento do senador Roger Pinto no DOI-Codi do Itamaraty em La Paz, a considerar-se a explicação do diplomata Eduardo Saboia para trazê-lo, era estar impossibilitado até de receber visita da família. A filha residente em La Paz disse agora que visitava o pai todos os dias. Aliás, já se sabe que lhe levava pratos do seu especial agrado.

Para completar o isolamento, também a gravidade cardiopática do senador Roger Pinto foi fator da comoção caridosa do diplomata Eduardo Saboia. Indagada, a moça quis confirmar o mau estado de saúde do pai: "É, nos rins".

Nota do Ministério da Justiça boliviano, no começo da semana passada, referiu-se a "13 processos judiciais por atos de corrupção e uma condenação a um ano de prisão por dano econômico ao Estado" como culminâncias biográficas do senador Roger Pinto. Diante disso, só mesmo lembrando o que disse um jornalista que toca comentário em uma rádio: "Aquele senador sofrendo ali… Eu até entendo a atitude desse diplomata Eduardo. Foi, no sentido humano, muito correto".

Por essas é que não tenho dúvida do equívoco que se seguiu à vitória do deputado Natan Donadon na Câmara. Por que a indignação? Prevaleceu a coerência entre o resultado e o ambiente humano e político que o produziu. E, ainda maior, a coerência com uma sociedade em que a corrupção é ruim ou boa dependendo da exploração política que permita. O que também é uma forma de corrupção.

02/08/2012

O país da coca não se acoca

Filed under: Bolívia,Coca-Cola,Evo Morales — Gilmar Crestani @ 8:57 am

 

Bolivia anuncia una nueva era sin capitalismo ni Coca-Cola

El ministro de Exteriores fija el fin de la venta del refresco para el día 21 de diciembre

El Gobierno señala que la fecha coincide con el final del calendario maya

Mabel Azcui Cochabamba1 AGO 2012 – 19:05 CET389

Evo Morales durante un acto de apoyo a Hugo Chávez el 24 de julio. / AIZAR RALDES (AFP)

Ha empezado en Bolivia la cuenta atrás para el fin de la Coca-Cola, por lo menos de su consumo en el país, fijado para el 21 de diciembre de 2012. La decisión “estará en sintonía con el fin del calendario maya y será parte de los festejos para celebrar el fin del capitalismo y el comienzo de la cultura de la vida”, según ha citado el ministro de Asuntos Exteriores, David Choquehuanca.

La declaración del canciller boliviano, ideólogo de la cosmovisión aymara –que intenta imprimir en el pensamiento del Gobierno–, ha tenido como escenario el poblado religioso de Copacabana junto a un santuario y un observatorio astronómico pre-hispánico a orillas del Lago Titicaca, propicio para hablar de un cambio de época: el fin de un periodo y el comienzo de otro de buen augurio en línea con las profecías mayas y la serie de películas relacionadas con un probable y temido fin del mundo.

"El 21 de diciembre de 2012 es el fin del egoísmo, de la división, el 21 de diciembre tiene que ser el fin de la Coca-Cola, y el comienzo del mocochinche (refresco de durazno). Los planetas se alinean después de 26.000 años", ha dicho el canciller para afirmar que se trata de una fecha de gran importancia para el planeta.

Choquehuanca, que acompañó al presidente Evo Morales a inaugurar obras de un aeropuerto en Copacabana para incentivar el turismo, ha recordado que, con el fin del calendario maya “tiene que terminar la macha; estamos en la macha, la oscuridad. Es el fin del odio y el comienzo del amor, es el fin del capitalismo y es el comienzo de la Pacha, del amor, del comunitarismo”, al referirse a una forma de cooperación fraterna que se habitúa entre los indígenas altiplánicos para la siembra, la cosecha y trabajos de beneficio colectivo.

La grave amenaza que se cierne sobre los adictos a la Coca-Cola ha llevado ya a hacer cálculos sobre los costos del doloroso cambio; pero la popular bebida bandera del capitalismo tiene ventajas a la hora de los precios. Una botella de dos litros vale un equivalente a 65 centavos de euro. En cambio, la misma cantidad de melocotón deshidratado hervido alcanza a un euro y 20 centavos.

Por si fuera poco, el “trago largo” más requerido en este país es el “Cuba Libre” a base de un ron anejo del Caribe con hielo y mucha Coca-Cola que, probablemente, no quedaría igual si se reemplaza con moccochinche o con agüita de wilcaparu, un maíz morado que hervido y con leche se destina a la crianza de los lactantes.

La Cancillería ha señalado que el fin de la Coca-Cola ha sido más bien un simbolismo utilizado por el ministro Choquehuanca para destacar la terminación de una era, como señala el calendario maya.

De todos modos, para el 21 de diciembre se ha programado una gran reunión de indígenas de los cinco continentes que tendrá como escenario la Isla del Sol, en el lado boliviano del Titicaca donde, según cuenta la leyenda, aparecieron Manco Kapac y Mama Ocllo que, más tarde, desde Macchu Pichu, organizaron el imperio de los Incas.

Entretanto, en Cochabamba y La Paz circulan ya botellas de refresco de cola a base de hoja de coca, cafeína y agua carbonatada, y otras más internacionales como la Coca-Energy, que tienen el propósito de ganar mercados y desbancar a la bebida que es bandera del capitalismo

Bolivia anuncia una nueva era sin capitalismo ni Coca-Cola | Internacional | EL PAÍS

02/06/2012

La modista chic de Evo Morales

Filed under: Bolívia,Evo Morales — Gilmar Crestani @ 11:01 am

Como já disse Gogol, se queres ser universal, cante sua aldeia. É isso que Evo faz. Literalmente. Os vira-latas preferem gravatas hermés, trajes  Hugo Boss e malas Vuiton. De preferência, que nada lembre a origem.Pensam que para serem diferentes (de nosotros brasileiros) precisam ser iguais aos colonizadores.

La modista chic de Evo Morales

El presidente de bolivia le encargó en 2006 un vestuario aymara que alcanzaría la fama global

La sofisticada diseñadora Beatriz Canedo Patiño afronta hoy críticas y elogios por el ‘Evo fashion’

Francesc Relea La Paz 2 JUN 2012 – 03:00 CET13

Evo Morales, en La Moncloa, en septiembre de 2009. / ULY MARTIN

Beatriz Canedo Patiño es la diseñadora de moda boliviana –ella prefiere el término francés couturier– de mayor proyección internacional. Lleva 26 años trabajando en alta moda telas de vicuña, alpaca y llama; estudió en París, abrió tienda (en Bloomingdale’s) y marca en Nueva York –Royal Alpaca Inc–, y regresó a su Bolivia natal a finales de los años ochenta con la marca Alpaca Design, desde donde exporta sus prendas a todo el mundo. Ha vestido a famosos, políticos y mujeres y hombres cercanos al poder.

En los últimos años, la notoriedad de la creadora paceña ha dado un nuevo salto, con la incorporación de Evo Morales, el primer presidente indígena de Bolivia, a su lista de clientes ilustres. El siempre imprevisible mundo de la política ha reunido a perfiles tan dispares y alejados como una modista que ha tenido taller en la Séptima Avenida de Nueva York, junto a nombres como Ralph Lauren, Calvin Klein, Donna Karan y la princesa Diane Von Fürstenberg, y un presidente bregado en las luchas del movimiento campesino boliviano que jamás vistió prenda más sofisticada que el poncho.

“Estaba a punto de viajar a Alemania, para presentar mi colección, cuando recibí la visita de una persona de palacio”, recuerda Beatriz Canedo en su exclusiva tienda en una céntrico barrio de La Paz. “Me propuso realizar el diseño del vestuario del señor presidente en la toma de mando [en enero de 2006]. El emisario me transmitió dos requisitos: el presidente no quería llevar corbata y deseaba un diseño que le identificara con su pueblo aymara. Era un gran reto y un gran orgullo para mí. Pero me dejó temblando”.

La diseñadora cambió los billetes a Alemania y presentó a su interlocutor varios bocetos de trajes con diferentes alternativas, sin utilizar en ningún caso materiales acrílicos. “Discutimos y coincidimos en el mismo diseño para el acto de investidura presidencial”. La prenda elegida era un traje de bebé alpaca negro, con aplicaciones de aguayos, textiles aymaras hilados a mano hace más de noventa años en colores naturales. Un antropólogo certificó en un informe el origen de aquel tejido, “que perteneció en algún momento a un cacique de la cultura aymara, en el norte del departamento de La Paz, y por ello decidimos utilizarlo para el presidente”.

La diseñadora Beatriz Canedo Patiño. / LOS TIEMPOS

Evo Morales aguantó pacientemente las sesiones de pruebas, que se realizaron en su modesta casa del barrio paceño de La Florida, adonde se traslada la diseñadora más famosa de Bolivia. “Andaba muy cansado, había días que casi se dormía. Siempre fue extremadamente respetuoso conmigo. No sabía cómo llamarle, porque era presidente electo a punto de tomar posesión. No quería meter la pata. ‘Jefa, tú eres mi jefa, compañera jefa’, me decía”. Beatriz Canedo diseñó también las camisas de algodón puro sin cuello. “Él ya había elegido el traje, y me dijo que confiaba totalmente en mí”.

¿Quedó satisfecho? “Supongo que sí, aunque la respuesta está en el número de prendas que me ha encargado desde entonces. Creo que entendí lo que quería, y por esta razón el Evo fashion ha dado la vuelta al mundo, hasta con la salida de una muñeca Barbie con el look Evo”.

Desde la toma de posesión de Evo Morales, las peticiones de diseños idénticos a los del presidente boliviano han llegado al taller de Beatriz Canedo desde diversas partes del mundo. Algunas van acompañadas de atractivas ofertas económicas. “Por respeto a la investidura, jamás he repetido los diseños del señor presidente. He hecho variaciones, es verdad, pero nunca he repetido nada igual”.

En el taller trabajan 45 personas. “Sabían coger la aguja, pero yo los he formado totalmente. He tenido que subir montañas, he tenido que ir a El Alto a buscar y encontrar artesanos que no saben leer ni escribir, pero que son buenos en lo suyo. Así he ido formando poco a poco mi equipo”.

Beatriz Canedo ha recuperado la alpaca, que hasta hace poco era despreciada por las clases altas por considerar que era una tela de las clases populares. “La he puesto en el mapa”, dice. “Un día me acerqué a saludar a una persona muy conocida de la alta sociedad y le dije: ‘Qué bello es tu traje de alpaca’. Y me contestó: ‘Discúlpame, esto es cachemira, mi sirvienta usa alpaca”.

El estilo Evo se ha puesto de moda, ha dado la vuelta al mundo, y en Bolivia ha generado nuevas fuentes de trabajo. “Me han plagiado mil veces, y tengo que reconocer que ha ayudado mucho a la exportación y a la imagen de Bolivia en el mundo”. Diplomáticos, políticos de distinto signo y sectores de la alta burguesía local llaman hoy a la puerta del taller de Beatriz Canedo.

Aunque no todo son parabienes para la diseñadora, que tiene que convivir con las críticas de los más racistas, que le censuran haber aceptado vestir al primer presidente indígena, y de los sectores políticos del otro extremo, que no digieren que el presidente de los pobres vista los diseños de una modista de ricos. Beatriz Canedo se limita a responder que lo suyo no es la política. “Mi partido son los camélidos”.

La modista chic de Evo Morales | Gente | EL PAÍS

02/05/2012

Morales Conserta

Filed under: Bolívia,Espanha — Gilmar Crestani @ 8:02 am

O editorial do El País não deixa margem para dúvidas. Os governos atuais devem se submeter aos erros dos anteriores, sem tentar consertar o que foi feito errado. Ademais, as nações estão abaixo dos interesses empresariais. Não fosse assim, não invocaria a expressão “respeito à propriedade”. Só faltou trazer à baixa, em defesa da empresa de eletricidade também o respeito à religião e à família espanhola. Os contratos são feitos com cláusulas que tratam de indenização em caso de rescisão. Se não o foi, pior para a REE. Em tendo havido cláusula específica em caso de descumprimento, cumpra-se a previsão de indenizar. E assim se fez na Argentina e está sendo feito na Bolívia. De resto, é choro de perdedor.

Morales también expolia

Al tratarse de una empresa participada por el Estado español, el Gobierno está directamente concernido

El País 2 MAY 2012 – 00:01 CET

En la desafortunada estela del Gobierno argentino y su decisión de expropiar el 51% de YPF, el presidente de Bolivia, Evo Morales, ha firmado el decreto de nacionalización de la compañía Transportadora de Electricidad S. A. (TDE), propiedad de Red Eléctrica Española (REE). Como en el caso de YPF, estamos ante un caso de expolio de una propiedad con dueños y accionistas, basado en retóricas insostenibles en términos de mera racionalidad económica o seguridad jurídica contractual. Morales y su Gobierno han actuado al margen de las reglas que ordenan el respeto a la propiedad y el ordenamiento jurídico internacional.

El anuncio y la exposición de motivos de la expropiación rivalizan en extravagancia. Morales ha convertido en un ritual la nacionalización de una eléctrica durante el Día del Trabajo; el 1 de mayo de 2010 nacionalizó tres. No se ha dignado el presidente boliviano a ofrecer una sola razón económica o industrial para su decisión; solo alude al “justo homenaje a los trabajadores y al pueblo boliviano que ha luchado por la recuperación de los recursos nacionales y los servicios básicos”, y recurre a la coletilla de que ha habido una inversión insuficiente. Retórica que encubre una respuesta o gesto chauvinista a la creciente desapego de sus apoyos políticos y al descontento en la población. Por desgracia, se extiende por América Latina la idea de afianzar regímenes carismáticos a costa expoliar propiedades privadas o de otros países.

Morales ha interpretado la expropiación de YPF como signo de debilidad del Gobierno español. Aunque causó algunas protestas internacionales, no se ha tomado una sola medida que castigue de verdad al expropiador. El daño económico de la decisión de Bolivia es inferior al de YPF. Sin embargo, hay una diferencia significativa: Red Eléctrica está participada por el Estado. El Gobierno está directamente concernido. Esperemos que ahora responda de forma disuasoria. Peligran inversiones decisivas en varios países latinoamericanos.

Morales también expolia | Opinión | EL PAÍS

23/12/2011

Integração, na prática, é a saída

Filed under: Bolívia,Evo Morales,Ollanta Humala,Perú — Gilmar Crestani @ 10:02 am

 

Evo y Ollanta por la salida al mar

Morales señaló que el reclamo de salida al mar es también una cuestión regional. Humala lo respaldó en su pedido y abogó por una mayor integración entre los países, así como por sumar fuerzas en la lucha contra la desigualdad.

Por Carlos Noriega

Desde Lima

El mítico templo de piedra inca Coricancha, ubicado en la andina ciudad peruana de Cuzco, fue el escenario del encuentro entre los presidentes Ollanta Humala y Evo Morales. Ambos mandatarios firmaron la Declaración del Cuzco, en la que se establece una serie de acuerdos bilaterales –entre ellos impulsar una salida al mar sin soberanía de Bolivia por la costa peruana–, se señala la prioridad que deben tener las políticas de inclusión social, se anuncia un trabajo conjunto contra la desigualdad y la exclusión y se acuerda fortalecer la apuesta por la integración regional. Humala y Morales también dialogaron sobre la controversia entre Bolivia y Chile por una salida al mar del país altiplánico. El presidente peruano le expresó a su par boliviano su respaldo a esa demanda. Morales aseguró que el problema de la salida al mar de Bolivia es un asunto regional. “Al margen de ser un tema bilateral, es un tema regional y, por tanto, para integrarse hay que resolver esos daños históricos”, señaló el presidente boliviano, al referirse a la demanda de su país a Santiago por una salida al océano que La Paz perdió en la Guerra del Pacífico de 1879, que enfrentó a Bolivia y Perú contra Chile.

Luego de la ruptura de las conversaciones entre Morales y Piñera, el gobierno boliviano ha expresado la posibilidad de llevar su demanda por una salida al mar al Tribunal Internacional de La Haya. Perú también mantiene un diferendo limítrofe por un amplio espacio marítimo con Chile y ha llevado el caso al Tribunal de La Haya. Humala expresó su respaldo a la demanda boliviana. “Nuestra posición es de apoyo a la demanda legítima del pueblo hermano de Bolivia a su salida al mar”, señaló el presidente peruano. “El presidente Ollanta Humala expresó sus más fervientes votos para que ese proceso de diálogo (entre Bolivia y Chile) conduzca a una solución satisfactoria para ambos pueblos en beneficio de la paz, la cooperación y la integración regional”, dice la declaración conjunta que firmaron los presidentes de Perú y Bolivia.

Humala y Morales acordaron impulsar el acuerdo firmado por Perú y Bolivia en octubre de 2010 que le otorga al país altiplánico una salida al mar sin soberanía por la costa del sur del Perú, que incluye la construcción y administración de un puerto. Pero este acuerdo hasta ahora no ha entrado en plena vigencia y ambos presidentes destacaron “la importancia” de su “pronta entrada en vigor” y acordaron impulsarlo para que se ponga en marcha. En la Declaración de Cuzco, firmada en el templo Coricancha, los presidentes de Perú y Bolivia señalan su compromiso de priorizar las políticas de inclusión social y acordaron “trabajar conjuntamente en la eliminación de la desigualdad socioeconómica, la pobreza, la marginalidad y la discriminación que aún afectan a importantes sectores de ambas sociedades”. Sobre política internacional, Evo y Ollanta suscribieron un acuerdo de trabajar conjuntamente para reforzar la integración regional. En ese sentido, expresaron su compromiso con la Unasur “como un espacio de integración y afirmación de la identidad suramericana” y señalaron su voluntad de “reafirmar la agenda social de la Unasur”. También acordaron trabajar conjuntamente por “la consolidación institucional y proyección futura” de la Comunidad Andina, y apoyar la puesta en marcha de la recién creada Comunidad de Estados Latinoamericanos y Caribeños (Celac) como “mecanismo representativo de concertación política, cooperación e integración”.

Morales llegó al Cuzco ayer temprano para una visita oficial de un día, sin embargo su estancia en la que fue la capital del Imperio Inca se prolongará hasta el lunes 26, con carácter de visita privada. Durante su visita oficial, el presidente boliviano recibió una serie de agasajos. Fue declarado huésped ilustre del Cuzco y recibió la vara de mando inca.

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22/12/2011

Saúde! Bolívia sem McDonald’s

Filed under: Bolívia,McDonald — Gilmar Crestani @ 8:48 am

 

Bolivia: único país de América del Sur sin McDonald’s

Por: Graciela Mochkofsky | 21 de diciembre de 2011

Ronald-mcdonald

El académico francés Charles-Édouard de Suremain, del Institut de Recherche pour le Développement, llegó a La Paz el 6 de agosto de 1998, día de la independencia de Bolivia. Le pareció natural encontrarse con la ciudad cerrada al tránsito, copada por grupos de baile locales y multitudes celebrando la fecha patria. Diez años más tarde, lo rememoró en un trabajo publicado en la revista Anthropology of Food:

Ante la imposibilidad de continuar su ruta, el taxi me dejó al inicio de la avenida 6 de agosto, llamada ‘el Prado’, el eje central de la ciudad. Me hice camino entre los curiosos y turistas, quedé maravillado por el vigor de las bailarinas y los bailarines, a veces con vestidos pesados, quienes no parecían ser afectados ni por el calor abrasador ni por la altitud. Los grupos desfilaban y se sucedían, pasando bajo largas banderolas de vivos colores a las cuales yo todavía no prestaba atención. Hacia la mitad de la avenida, sobre el pasaje de la izquierda que descendía, centenas de globos de color naranja, rojo y amarillo se elevaban hacia el cielo. Al mismo tiempo, gigantescos recintos elevados en andamios mal estructurados tocaban una música grabada, que se escucharía más en un parque de diversión de Disneylandia. Su ritmo estereotipado contrastaba con las tonalidades variadas de los cobrizos, de las flautas y de los tambores que acompañaban el desfile. En algunos segundos, la atención de la muchedumbre se vertió en un personaje singular: se trataba de un gigantesco maniquí inflable que erigía bruscamente en vertical.”

El maniquí no era un personaje idiosincrático, histórico o legendario de la nación andina. Era el más inesperado de los personajes. Uno de los más reconocibles íconos de la globalización.

Era Ronald McDonald.

En este instante me di cuenta que era la misma marca [McDonalds] que aparecía en el logo de las banderolas que atravesaban las calles, así como en los carteles y folletos distribuidos por todo sitio. Al leer los apoyos publicitarios, me di cuenta que la empresa subvencionaba en parte la organización de la fiesta nacional y que, en esta ocasión, se establecía en Bolivia (…) Luego, continuó una distribución gratuita de porciones de comida (…) de la susodicha marca. Con gran volumen del altoparlante, invitaba a la muchedumbre a aprovechar el banquete gratuito. Desbordado, el servicio (…) renunció ante el entusiasmo provocado por el anuncio. El edificio colonial, donde se ubicaba el restaurante, pintado de naranja y blanco para la ocasión fue tomado por asalto. En un arrebato de lirismo, probablemente debido al cansancio del viaje y a la caminata forzada, me dispuse a pensar que se trataba de un movimiento social contrario a aquél que en 1825 (durante la independencia), impulsaba a los hambrientos a desalojar a las élites extranjeras de los lugares simbólicos del poder”.

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Mcdonalds-broken-signRoberto Udler es un empresario de pelo blanco, en edad de ser abuelo. Durante sus viajes, a lo largo de los años, notó que toda ciudad del mundo tenía su McDonalds. ¿Y por qué no hay en Bolivia? se preguntó. Había McDonalds en toda América Latina: en Brasil, 480; en Argentina, 192; en Venezuela, 180; en Colombia, 97; en Chile, 55; en Perú, 20; en Ecuador, 19; en Uruguay, 19; en Paraguay, 7.

Tres años le llevó convencer a la compañía de instalarse en su país. Un año entero se fue –“yo pensé que estaban bromeando, pero no”—en formar al equipo en la Universidad de la Hamburguesa, en Chicago. En 1998 abrieron ocho restaurantes: tres en La Paz, tres en Santa Cruz y dos en Cochabamba. Durante los primeros seis meses, fueron un éxito: las colas eran permanentes.

Entre noviembre de 2002 y julio de 2003, uno tras otro, cerraron todos.

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Por qué quebró McDonalds en Bolivia es el título del documental recién estrenado del director Fernando Martínez. Los entrevistados sugieren distintas respuestas: que los precios, bajos en comparación con los del resto del mundo, eran altos para una sociedad acostumbrada a comer abundante y casero por muy poco dinero; que McDonalds decidió irse en el escenario post-11 de septiembre de 2001 (así lo afirmó Udler, sin mayor detalle en el documental).

El director del documental tiene otra teoría, discutible pero bella: que Bolivia no es un país para comida rápida.

MercadoEl documental es, en verdad, una celebración de la comida nacional (o las muchas comidas regionales del país), extraordinarias en su variedad, originalidad y riqueza. Sergio, un enólogo entrevistado, opina que McDonalds es “una solución para gente que está apurada, y Bolivia no es así”. Otro testimonio: “Aquí todavía no compartimos la torpeza que se ve en el cine norteamericano de comprar consomé en vaso de plástico y seguir trabajando frente a la computadora mientras te alimentas”. Y otro, de una extranjera asimilada: “Aquí todavía es la vida de antes”.

El documental pinta una sociedad agrícola en la que “las papas son amigas de las personas”, “las papas son hombres y mujeres” y “tienen su personalidad”.

Y pinta un país alimentado por mujeres, en el que la cocina es trasmitida, como un idioma, por madres a hijas y abuelas a nietas. Un matriarcado esforzado y sufrido: mujeres que se levantan en medio de la noche a hervir, moler, mezclar, moldear, asar, todo para que la arepita, el zonzo, estén en su punto perfecto a la hora del desayuno. Dice una mujer: “Mi esposo me decía: hay que trabajar hasta morir. Y ha trabajado hasta el último día”. Pero también orgullosas de lo que cocinan, pendientes de que los comensales se queden contentos.

El empresario Udler se declara “aficionado a la comida boliviana”. Cada vez que un ejecutivo de la multinacional lo visitaba, lo llevaba a recorrer todos los departamentos del país para probar una por una todas las comidas locales.

“Quedaban maravillados”.

Udler intentó incorporar la McEmpanada al menú boliviano. Viajaron los inspectores de la compañía a estudiar la propuesta. Al descubrir que la preparación debía “fermentar unas dos horas” la rechazaron. “Esto no va con la compañía –sentenciaron—. Un producto que fermenta es peligroso”.

(Una lista, larguísima y seguramente incompleta, de platos bolivianos, aquí)

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Nuestro académico francés nos da otras pistas sobre los motivos del cierre:

Cada fin de semana el McDo era investido por familias numerosas, procedentes de "clases medias superiores” que pasaban allí largas horas. Los precios eran idénticos en ambos sitios: se necesita tener 0,50 céntimos de euro para una hamburguesa simple y 2,50 euros para un menú. Si estos precios parecían razonables con respecto a los que se practican en Europa y Estados Unidos, seguían, sin embargo, siendo muy elevados en el contexto. Precisemos que para el periodo en cuestión, el salario mensual de un empleado de la administración era de alrededor 80 euros, que un policía percibía un promedio de 50 euros y que una empleada doméstica ganaba como máximo 150 euros.

(…) Hasta el 2001, las empleadas del centro de la ciudad – con sus largos cabellos trenzados – eran consideradas como la población “india”, mientras que las meseras de la zona sur – rubias de ojos azules – ofrecían una apariencia “germánica” prototípica, sea “natural” o artificialmente mantenida. Esta política de reclutamiento toma aquí un sentido particularmente fuerte. Muestra que una gran empresa capitalista, destinada a funcionar sobre los criterios de rentabilidad objetiva y a transmitir los valores de la modernidad la más arquetipada, se apodera, juega y utiliza hábilmente las divisiones socio-étnicas preexistentes para orientarlas hacia fines económicos.

(…) Después del entusiasmo de los estratos urbanos medios y superiores del país por la hamburguesa, el boicot del McDo se inició durante el año 2001. El movimiento se propagó rápidamente y arrastró a los componentes más modestos de la sociedad, incluso a los más marginados, por los cuales el consumo del producto era inconcebible. Se entablaron algunos procedimientos judiciales contra la cadena, bajo el impulso de los productores de carne y verduras locales (…) Los procesos judiciales entablados por los productores de carne y de verduras contra las prácticas monopolísticas de la cadena conocieron un éxito más que moderado

(…) Progresivamente, fue el rechazo del conjunto de la política norteamericana en Bolivia, como en otras partes del mundo, lo que se cristalizó en el boicot del McDo. En la medida que el consumo estigmatice a aquellos que han “vendido su alma” a los gringos, la hamburguesa se encuentra relegada al rango de “alimento identitario” o “alimento étnico”, puesto que encarna la globalización y la estandarización alimentaria de la manera más (caricaturesca).

Boliviade Suremain se fue de Bolivia el mismo día en que cerró McDonalds: 31 de julio de 2003. Apunta: "Esta vez no hubo fiesta".

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La salida de McDonalds de Bolivia coincidió con un período de conflicto político y social, conocido como la Guerra del Gas –estalló ante la decisión de exportar gas natural a Estados Unidos y México vía Chile– en el que Evo Morales, que llegaría a la presidencia en 2006, tuvo un protagonismo importante.

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Definición de Bolivia según la BBC: "País de extremos estadísticos, sin salida al mar. Es el país más alto y aislado de América del Sur". Es, también, el único país sin McDonalds.

Indias por Graciela Mochkofsky >> Blogs Internacional EL PAÍS

15/11/2011

Acuerdo con EU no incluye retorno de la DEA ni bases militares: Bolivia

Filed under: Bolívia,Democracia made in USA,Evo Morales — Gilmar Crestani @ 10:20 am
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La agencia "no luchaba contra el narcotráfico, (sino) controlaba el narcotráfico con fines políticos, fines geopolíticos. Eso ha terminado y terminará para siempre", afirmó Evo Morales

Afp
Publicado: 14/11/2011 09:59

La Paz. El acuerdo marco suscrito la semana pasada con Estados Unidos no comprende ni el retorno de la DEA ni la instalación de bases militares en Bolivia, indicó el presidente Evo Morales en un acto cívico de conmemoración del aniversario de creación del ejército nacional.

"Quiero decir a las Fuerza Armadas, al ejército en su día, que dentro de este acuerdo marco de respeto mutuo no está incluido ni el retorno de la DEA (la agencia estadunidense antidroga) ni las bases militares en Bolivia", señaló Morales.

"En nuestra gestión y por Constitución, jamás volverán las bases militares norteamericanas a Bolivia, menos la DEA", agregó.

Bolivia expulsó a la DEA y al embajador estadunidense, Philip Goldberg, a fines de 2008 tras acusarlos de injerencia en asuntos internos, en medio de una fuerte oposición de derecha a su gobierno. Estados Unidos replicó con la expulsión recíproca del embajador boliviano y suspendió los beneficios del ATPDEA.

La DEA "no luchaba contra el narcotráfico, (sino) controlaba el narcotráfico con fines políticos, fines geopolíticos. Eso ha terminado y terminará para siempre", afirmó Morales.

El mandatario ponderó; sin embargo, el contenido del acuerdo firmado la pasada semana en Washington con Estados Unidos, "después de superar problemas de carácter ideológico", en la perspectiva de normalizar las relaciones diplomáticas, que actualmente se manejan en el ámbito de encargados de negocios.

"Después de superar diferencias, retomamos nuestras relaciones diplomáticas con Estados Unidos. Tampoco significa que aquí mandan la normas norteamericanas como era antes. Ahora para cualquier norteamericano, aquí rigen nuestra Constitución, nuestras normas", dijo.

La Jornada en Internet: Acuerdo con EU no incluye retorno de la DEA ni bases militares: Bolivia

12/10/2011

Se a moda pega…

Filed under: Bolívia,Evo Morales — Gilmar Crestani @ 7:21 am
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Morales organiza unas elecciones para controlar la cúpula judicial en Bolivia

El Gobierno organiza una convocatoria inédita para elegir 56 jueces

La tensión política lo convierte en un plebiscito del presidente

Las condiciones para los candidatos eliminan ‘de facto’ a los críticos

M. Azcui Cochabamba 12 OCT 2011 – 08:56 CET1

Evo Morales, durante un acto público el pasado domingo. / Agencia ABI (EFE)

La polarización del debate político y el conflicto social en Bolivia están convirtiendo las primeras elecciones judiciales, el próximo domingo 16, más en una cuestión de apoyo o rechazo al presidente Evo Morales que en una elección de jueces, por otra parte inédita en el país.

El TSE considera que el proceso electoral se ajusta al cronograma de trabajo y que, en la práctica, todo está listo para que 5.243.375 electores definan en las urnas los nombres de 56 jueces, de un total de 116 candidatos, que se presentan en una enorme papeleta electoral, dividida en cuatro hileras con fotos de los aspirantes a magistrados en los tribunales Agroambiental, Constitucional, Supremo de Justicia y el Consejo de la Judicatura.

Estas elecciones, las primeras en su género en Bolivia, han desencadenado críticas y una corriente política de rechazo debido, básicamente, a “un proceso electoral muy mal organizado, a un diseño muy confuso que ha ocasionado muchos y muy serios cuestionamientos”, en criterio del analista Carlos Cordero.

Los 116 candidatos aparecen con su foto y un número identificativo en la más grande papeleta electoral que se haya visto en Bolivia (90 centímetros por 50). De los candidatos no se puede conocer más información que su ficha biográfica y profesional oficial.

El 57% de los candidatos "tiene militancia ideológica comprobada", dice un experto

El objetivo oficial de estas elecciones, según el Gobierno, es acabar con la cuotas de poder que asumían los partidos políticos en las designaciones de magistrados en la cúpula judicial. Pero la realidad es que los candidatos a estas elecciones los ha seleccionado la Asamblea Legislativa Plurinacional y, según los expertos, lo ha hecho con unos vicios de origen inconstitucionales.

El proceso introducía "prohibiciones de postulación" para abogados que asumieron la defensa de personas acusadas, por ejemplo, de separatismo, terrorismo, delitos de narcotráfico o "acciones contra la democracia". Tampoco pueden presentarse aquellos que hayan participado en procesos de enajenación de bienes o recursos naturales, es decir, las privatizaciones de otra época.

Es la más grande papeleta
electoral que se haya visto
en Bolivia: 90 centímetros por 50

“Son elecciones con alto contenido político partidario, con grave violación del principio democrático y con grave infracción de la Constitución”, resume el presidente del Colegio de Abogados de Cochabamba, el ex magistrado José Antonio Rivera.

Según Rivera, el resultado de todos estos condicionantes, además del filtro que impuso la mayoría del partido del Gobierno en la Asamblea, dio como resultado que el 57% de los candidatos "tiene militancia ideológica comprobada".

Aunque él no se presenta a nada el presidente Morales aspira a obtener una victoria del 70%

“No nos vamos a dotar de una justicia independiente e imparcial, sino sometida. Es muy peligroso”, apunta. Tras repasar todas las carencias del proceso desde la aprobación de la ley electoral y su reglamento hasta la designación de candidatos a jueces, el ex presidente del Tribunal Constitucional considera que se ha dado un plan y un proyecto de “copamiento y cooptación del órgano judicial por el poder político”.

Los tres partidos de oposición en la Asamblea Legislativa Plurinacional (APL) decidieron expresar el rechazo a la polémica selección de candidatos y pidieron a los ciudadanos el voto nulo. Los líderes de Unidad Nacional, Samuel Doria Medina, del Movimiento Sin Miedo, Juan del Granado, y el grupo parlamentario de Convergencia Nacional llevan, cada uno, su propia campaña para incentivar el rechazo ciudadano con el voto nulo o en blanco.

Un Tribunal Constitucional no independiente puede “favorecer un tercer periodo presidencial”

El Tribunal Supremo Electoral (TSE) advirtió, en el comienzo de la campana electoral, que quienes promuevan el voto nulo o blanco serán pasibles a sanción; esta invitación al rechazo es una forma de propaganda que afecta a todos los candidatos y se considera delito electoral, según las autoridades electorales.

Aunque él no se presenta a nada y las elecciones son supuestamente apartidarias, el presidente Morales aspira a obtener una victoria del 70% de apoyo popular y ha instado a sus seguidores a acudir a las urnas, principalmente en las áreas rurales, donde según la oposición se aplicará el voto consigna u “orgánico”, como se ha dado en llamar ahora en las filas del Movimiento Al Socialismo.

Cordero, en coincidencia con otros politólogos locales, advierte la posibilidad de que un Tribunal Constitucional no independiente puede “favorecer un tercer periodo presidencial” al que aspira el presidente Morales, que gobierna Bolivia por dos periodos consecutivos desde 2006, uno de ellos acortado para dar paso a la nueva Carta Magna y al Estado Plurinacional.

El máximo responsable del Tribunal Electoral, Wilfredo Ovando, ha dispuesto que se intensifique la campaña de información sobre los candidatos a vocales y magistrados en la semana antes de los comicios. Los sondeos de opinión han dado cuenta del marcado desconocimiento que tiene la ciudadanía sobre los aspirantes a esos cargos.

El desconocimiento ciudadano es consecuencia también de las normas adoptadas por las autoridades electorales, que prohibieron el proselitismo y dieron pautas a los medios de comunicación para realizar programas de presentación de los 116 candidatos en igualdad de oportunidades, en cuanto a horario de programación, tiempo de entrevista y similares preguntas.

“Todos estamos prohibidos de hacer campaña a favor o en contra de los candidatos o en contra de todos los candidatos. Es una prohibición aprobada por el pueblo”, recordó Ovando.

El ambiente que se vive en Bolivia refleja, de un lado, un proceso electoral único sin estridencia proselitista y, de otro, un complicado conflicto social expresado en una caminata indígena que reclama sus derechos constitucionales y, una “contramarcha” de indígenas altiplánicos que apoyan a Morales en su intención de construir una carretera que destrozará un territorio indígena, dentro de un parque nacional, considerado como reservorio de flora y fauna de la cuenca amazónica.

El apoyo solidario a los indígenas del TIPNIS crece cada día. Más, tras la violenta represión policial del pasado 25, y cala hondo el lema “Tipnis somos todos” para que muchos se sumen a la caminata.

Los “movimientos sociales” afines al partido de Gobierno organizan para hoy, 12 de Octubre, una gran manifestación para expresar su apoyo a Morales y la carretera. También servirá como “cierre de campaña” de las elecciones judiciales y, por añadidura, reafirmar su propósito de “descolonizar” el día de la raza, como se denominaba a la fecha que recuerda el descubrimiento de Colón y la heredad hispana en un mestizaje continental.

Morales organiza unas elecciones para controlar la cúpula judicial en Bolivia | Internacional | EL PAÍS

04/10/2011

Um presidente que sabe voltar atrás

Filed under: BNDES,Bolívia,Evo Morales,OAS — Gilmar Crestani @ 6:42 am
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O Presidente boliviano Evo Morales deu exemplo para os demais dirigentes de como se pode voltar atrás em determinadas circunstâncias. Uma estrada que passaria pelo  Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS) foi contestada por indígenas que consideravam a obra, financiada pelo brasileiro Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), atentatório ao meio ambiente e divisória de suas terras.

Uma dura repressão, segundo informaram as agências de notícias, não ordenada por Morales se abateu sobre os manifestantes. Morales não pensou duas vezes, suspendeu a obra e agora quer que seja submetida ao julgamento popular através de um plebiscito. O Presidente boliviano garantiu que não foi dele a ordem da repressão, fato que será investigado e os responsáveis punidos.

Embora em um primeiro momento a culpa tenha recaído sobre Evo Morales, quem se lembra de como os movimentos sociais na Bolívia eram reprimidos não poderia acreditar que a ordem da repressão tenha partido dele. Afinal, como líder dos cocaleiros antes de ser Presidente, conheceu de perto a repressão ordenada por governos neoliberais em episódios que remontam o ano 2000, como, por exemplo, a Guerra da Água em Cochabamba e assim sucessivamente. 

É possível que a construção da tal estrada sem consultar os indígenas da região tenha sido precipitada. Deve-se cobrar do BNDES como liberou verbas para uma obra que seria executada pela empresa brasileira OAS e é denunciada como atentatória ao meio ambiente. Isso é contra os princípios e a legislação que regula o próprio banco de fomento.  Como o BNDES ainda não tinha propriamente liberado a verba para a construção, agora se espera que os técnicos responsáveis do setor sejam mais prudentes e voltem atrás, bem como daqui para frente analisem melhor os projetos polêmicos na hora de dar o sinal verde para a sua execução.

Se assim procedesse no caso da estrada na Bolívia, críticas ao Brasil do tipo expansionista e único interessado na obra em questão poderiam ter sido evitadas. E não percam por esperar, a mídia de mercado do Rio e São Paulo provavelmente vai cair em cima de Morales acusando-o de não respeitar compromissos assumidos e coisas do gênero. Claro, os editoriais deverão defender os interesses da empreiteira OAS. Faz parte do DNA da mídia de mercado.

De qualquer forma, uma análise sobre os acontecimentos na Bolívia não pode deixar de considerar o recuo de Morales atendendo os apelos dos seus irmãos índios. Em qual país da América Latina e do resto do mundo tal fato acontece?

O acontecimento na Bolívia remete à usina de Belomonte, onde indígenas e movimentos sociais estão denunciando que os moradores do local não foram consultados para a realização das obras e mesmo assim elas estão sendo tocadas sem obedecer preceitos de conservação do meio ambiente, o que o IBAma nega.

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Já na Espanha, segundo o jornal El Pais, depois de 75 anos foi descoberta uma vala comum com restos de republicanos assassinados sumariamente pelas forças do fascista Francisco Franco, que acabou vitorioso na guerra civil e governou o país ibérico por mais de 40 anos.  Familiares de vítimas de massacres em lugarejo próximo de Cádiz e Málaga não desistiram das buscas dos restos mortais, finalmente encontradas.

Tal fato também remete ao Brasil, onde familiares das vitimas da repressão da guerrilha do Araguaia não desistem de encontrar os restos de opositores que foram mortos fora de combate. O Estado brasileiro por sinal tem até o mês de dezembro para responder uma petição da Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos sobre onde se encontram os restos das vítimas do Araguaia.

A luta de 75 anos dos espanhóis serve para demonstrar os que pensam ao contrário, ou seja, como é importante não desistir no meio do caminho, mesmo que o Estado não se mostre tão interessado em desvendar os mistérios sobre vítimas da repressão. Esse raciocínio é válido para todos os quadrantes do mundo onde a repressão truculenta predominou. O Brasil do pós 64 está enquadrado nesse contexto.

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Nem bem o líder palestino Mahmoud Abbas apresentou formalmente na Assembleia geral da ONU o pedido de reconhecimento com Estado membro das Nações Unidas, o governo extremista de Benyamin Netanyahu ordenou a construção de 1.100 casas na parte oriental de Jerusalém, em Gilo, área os palestinos residem e Israel ocupa.

Nem preciso dizer que se trata de uma pura provocação de quem não quer a criação do Estado Palestino e usa de sofismas do tipo que em vez de pedir o reconhecimento na ONU os palestinos deveriam negociar com os israelenses. Trata-se de uma mentira deslavada, porque negociações ocorrem desde 1990 e os resultados são praticamente nulos.  É o caso também de perguntar: que tipo de negociação deseja o troglodita político Netanyahu e seus correligionários?

Este teatro do absurdo tem o respaldo do governo estadunidense, que não exerce nenhum tipo de pressão sobre Israel e na prática também não quer a criação de um Estado Palestino livre e soberano. O que querem Israel e os Estados Unidos é apenas um Estado que nasça condenado a ter seu território dividido e totalmente submisso aos interesses sionistas.

Esta é uma realidade que não se pode fugir e que Israel tenta evitar utilizando como argumento que críticas ao desempenho de qualquer governo do país, seja ele Netanyahu ou trabalhista, é de tendência antissemita. Este é o exemplo típico de como o oprimido de ontem vestiu hoje a camisa do opressor.

Mário Augusto JakobskindÉ correspondente no Brasil do semanário uruguaio Brecha. Foi colaborador do Pasquim, repórter da Folha de São Paulo e editor internacional da Tribuna da Imprensa. Integra o Conselho Editorial do seminário Brasil de Fato. É autor, entre outros livros, de América que não está na mídia, Dossiê Tim Lopes – Fantástico/IBOPE

Um presidente que sabe voltar atrás | Direto da Redação – 10 anos

28/09/2011

Chora, El País

Filed under: Bolívia,Editorial,El País,Evo Morales,Pachamama — Gilmar Crestani @ 7:08 am

O editorial do El País de hoje é de embasbacar. Eles parecem ter constatado só agora que os indígenas não são todos iguais. Que no Brasil, Bolívia ou Colômbia há várias etnias de índios e que nem todos se dão entre si. E parecem comemorar, posto que isso traz problemas para o também indígena Evo Morales. Nossa, é só disso que precisa alguém para ser editorialista no El País? Por acaso são todos iguais na Espanha? Seriam todos franquistas? E da ETA não se fala. A única coisa que parece unir a Espanha é a cor da pele, de resto são tão antiquados que ainda tem uma instituição medieval chamada rei, como se ainda vivessem de contos de fadas. A terra da Opus Dei deveria olhar com mais respeito as idiossincrasias dos demais. Respeito é bom inclusive para com as etnias indígenas. Esta visão colonialista, particularmente quando o chefe de Estado for latino e não se subordina aos interesses da metrópole, aflora de vez em quando na boca dos pretensos civilizados espanhóis. Que tipo de majestade tem o rei que, por exemplo, se acha no direito de mandar um chefe de Estado se calar? Só pode ser um tipo de educação que se herda pelo nascimento, nunca pelo convívio civilizado. O editorial tem cheiro de matéria comprada por alguma empresa escravagista espanhola, do tipo Zara.

Llora la Pachamama

Evo Morales reprime a los indígenas y luego paraliza un proyecto de carretera en la Amazonia

28/09/2011

dos tercios de los habitantes de Bolivia -unos 12 millones- son indígenas o asumen esa herencia étnica e histórica. Sobre esa base popular Evo Morales llegó a la presidencia en 2006, con un programa de respeto a la madre tierra -la Pachamama- y contra "el capitalismo depredador", que era como decir contra Occidente. Pero ocurre que en Bolivia hay indígenas e indígenas. Una mayoría de esos dos tercios son nativos del Altiplano, de cultura quechua y aymara -etnia esta última a la que pertenece el presidente- y el resto, los llamados amazónicos, o de tierras bajas, se dividen en numerosos grupos de lengua y usos que los alejan de las etnias dominantes. Y el pasado domingo estallaba una cuasi insurrección de los segundos por razones relativas a los primeros.

El pasado 15 de agosto, 1.500 indígenas iniciaron una marcha hacia La Paz, en protesta por el proyecto de construcción de una carretera que cruzara el territorio yuracaré -tierras bajas- que, por añadidura, es un parque nacional. Y quienes pedían que se abriera esa vía eran, precisamente, indígenas del Chapare, zona cocalera y alma mater electoral de Morales.

La marcha ha sido hostigada por fuerzas afines al presidente y reprimida por la policía, que causó la muerte de un bebé y, en el plano político, la dimisión de la ministra de Defensa, María Cecilia Chacón, que criticaba la violencia oficial. Morales se ha apresurado a paralizar el proyecto hasta que una comisión haga un informe sobre el caso, que es la forma habitual en que los Estados -depredadores o devotos de la Pachamama- entierran los asuntos molestos, aunque el presidente ha llegado a hablar de la convocatoria de un referéndum sobre el caso.

Aparte del hecho, poco lucido, de que se favorezca a unos indígenas y se perjudique a otros, la cuestión de fondo es que los presidentes tienen que presidir y eso nunca se hace a gusto de todos y, por añadidura, en un mundo capitalista donde las lágrimas de la Pachamama tienen poca tracción, es Brasil quien financia la obra para acelerar la integración económica entre zonas limítrofes de ambos países. Hay que esperar, sin embargo, que la sangre no llegue al río porque Morales necesita a todos los indígenas, suyos o del prójimo, para seguir redondeando los fantásticos números electorales con los que lleva adelante su proyecto de revolución indigenista, con carretera o sin ella.

Llora la Pachamama · ELPAÍS.com

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