Desde 2000 venho mostrando nos meus blogs a diferença de tratamento que a imprensa dá quando denúncias são contra o PT ou se são contra outros partidos. A Justiça Eleitoral barrou muitíssimos mais candidatos do PSDB às eleições, mas este dado passa batido. Quando alguém do partido dos grupos mafiomidiáticos é detido, não aparece o nome e muito menos o partido. Quando um presidiário solta falação, toma ares de verdade e todos os a$$oCIAdos do Instituto Millenium põem PT na capa.
Durante os períodos eleitorais os exércitos comandados pelos cinco marechais da mídia (Civita, Frias, Mesquita, Marinho & Sirotsky) passam seus panzers sobre qualquer prurido. Que a velha mídia consiga levar de roldão às cúpulas do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Polícia Federal e do grande empresariado, há explicação para isso: a manutenção do status quo. Agora, quando as vítimas dessas superestruturas se deixam conduzir é porque não estão bem informadas sobre o leitmotiv que as une, ou mal intencionadas, pelo ódio com que foram adestradas para com o PT.
Ninguém está dizendo que no PT não haja pessoas que cometam erros. O que estou dizendo que é o tratamento dado em relação ao PT é muito diferente daquele dado ao PSDB, por exemplo.
Os vazamentos do Poder Judiciário, da Polícia Federal e do Ministério Público tem via de mão única. Quando um juiz é preso, ninguém condena em manchete o “Poder Judiciário”. Quando Pimenta Neves, Diretor de Redação do Estadão assassinou a colega Sandra Gomide, nenhum jornal condenou todos os jornalistas, todas imprensa ou mesmo o Estadão, que sabia dos assédios morais e sexuais de seu Diretor de Redação. A pergunta é, por que esta diferença de tratamento dispensada ao PT?
O que as pessoas que não pertencem às superestruturas deveria pensar é a razão que leva a esta diferença de tratamento. Por que será que o “Kehlsteinhaus” sempre reúne todos os que estiveram ao lado da ditadura, que são contra políticas sociais, que convivem muito bem com a entrega do patrimônio público?
Por que será que são os mesmos que lutam contra o Bolsa Família, as cotas raciais, o PROUNI, o PRONATEC mas são a favor de privilégios, isenções fiscais, subsídios, empréstimos a fundo perdido, empréstimo dos bancos públicos com juros subsidiados? Por que estas mesmas empresas que fazem de tudo contra as forças políticas de esquerda tomas empréstimos nos bancos públicos ao invés de tomarem nos bancos particulares? Será que as pessoas não se dão conta que empréstimos pessoais ou para aquisição de casa própria são menores nos bancos públicos do que nos bancos privados? E não seria exatamente por isso que a primeira coisa que fazem é se desfazerem dos bancos públicos? Por que será que todas as denúncias envolvem a Petrobrás? Não seria exatamente pelo interesse que os EUA tem no nosso pré-sal?
Que os generais se reúnam no “Ninho da Águia” para derrotarem as forças de esquerda é da natureza deles. Agora, que não se repita como na Alemanha, não sejamos como Os Carrascos Voluntários de Hitler…
Hitler também conseguiu enganar muita gente por muito tempo, mas não conseguiu enganar todos o tempo todo.
Judith Brito tinha razão, a matéria da Folha, abaixo, não apresenta uma única prova sequer do que diz na manchete.
Propina ao PT era paga a tesoureiro, diz ex-diretor
Suborno na Petrobras, segundo Costa, correspondia a 3% do valor dos contratos
Citado pelos depoentes, Vaccari refutou as acusações e disse que todas as doações ao PT são feitas dentro da lei
MARIO CESAR CARVALHOFLÁVIO FERREIRAALEXANDRE ARADE SÃO PAULOSAMANTHA LIMADO RIO
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef apontaram em interrogatório na Justiça que o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, recebia para o partido recursos desviados de obras da estatal.
"A ligação era diretamente com ele", disse Costa em interrogatório em Curitiba (PR), na quarta-feira (8).
Vaccari refutou as declarações e disse que todas doações ao PT são feitas dentro da lei.
Três partidos se beneficiaram desse esquema: PT, PMDB e PP, segundo os depoentes. O doleiro disse que o intermediário do PMDB era o lobista Fernando Soares e ele próprio cuidava do suborno destinado ao PP.
Para Costa, as empreiteiras envolvidas no escândalo da Petrobras pagavam propina por receio de sofrer retaliação em concorrências do governo. "No meu tempo lá, eu não lembro de nenhuma empresa ter deixado de pagar."
Foi o primeiro interrogatório de Costa e Youssef após ambos terem feito um acordo de delação premiada para escapar de penas que podiam chegar a 50 e 100 anos, respectivamente. Eles foram presos em março, sob acusação de comandarem um dos maiores esquemas de lavagem de dinheiro no país.
O suborno na Petrobras, segundo Costa, correspondia a 3% do valor líquido dos contratos da Petrobras.
O ex-diretor disse que, desses 3%, 2% ficavam com o PT e 1% ia para o PP, partido que indicou Costa para o cargo na Petrobras em 2004. Ele ficou na estatal até 2012, quando foi demitido pela presidente Dilma Rousseff (PT).
Costa contou que o desvio dos 3% valia para contratos em todas as diretorias da Petrobras. Nas encabeçadas por indicados pelo PT –a de exploração e produção, a de gás e energia e a de serviços, segundo ele–, os 3% iam integralmente para o partido.
A atual presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, foi diretora de gás entre 2007 e 2012, cargo ocupado antes por Ildo Sauer.
Guilherme Estrella foi diretor de produção e exploração entre 2003 e 2012. Renato Duque foi diretor de serviços entre 2004 e 2012. Costa, no entanto, não citou nominalmente Graça, Estrella e Sauer.
Segundo ele, a diretoria internacional, em que trabalharam Nestor Cerveró (2003 a 2008) e Jorge Zelada (2008 a 2012), abastecia o PMDB com 1% do valor dos contratos.
Em seu depoimento, Youssef contou que num contrato da Camargo Corrêa para a refinaria Abreu e Lima, de R$ 3,48 bilhões, o suborno que ele tinha conhecimento chegou a 2%. De acordo com ele, PT e PP receberam R$ 34 milhões cada um. A refinaria, de R$ 40 bilhões, é a obra mais cara em curso no Brasil. O ex-diretor da Petrobras disse que o contrato foi superfaturado para que houvesse suborno.
O doleiro disse que os acertos sobre propina eram feitos em reuniões com políticos, Costa, executivos de empreiteiras e ele próprio. O encontro ocorria em hotéis ou na casa de políticos, segundo ele. Os acordos eram registrado em atas, de acordo com ele.
A ação penal em que Costa e Youssef são réus, sobre desvios na Petrobras, corre sem segredo de Justiça. Por isso, os depoimentos foram disponibilizados nesta quinta-feira (9) pela Justiça Federal.
Os dois, no entanto, foram alertados pelo juiz Sergio Moro que não poderiam citar o nome de políticos nos depoimentos, já que eles têm foro privilegiado e só podem ser processados pelo Supremo.
Auxiliares de Dilma querem que Vaccari deixe a tesouraria do partido. Também pressionam para que ele saia do conselho de administração de Itaipu. O PT, porém, resiste ao afastamento.
Colaboraram NATUZA NERY, ANDRÉIA SADI e VALDO CRUZ, de Brasília
Curtir isso:
Curtir Carregando...