Ficha Corrida

21/08/2016

Uma imagem que resume a envergadura moral do golpe paraguaio

É claro que uma foto destas jamais seria publicada na velha mídia brasileira. Nossos grupos mafiomidiáticos têm consciência de que equivaleria a depreciação do próprio patrimônio. Michel Temer é o melhor produto que os a$$oCIAdos do Instituto Millenium poderiam oferecer. Não há, no seio da plutocracia, nada mais representativo. Como não assoCIA-los à cleptocracia?!

Enquanto nossos jornais suam para limpar chão com merda, a mídia internacional fura o bloqueio e retrata o golpe paraguaio tal como ele é, um assalto aos cofres públicos.

Um dos mais importantes jornais argentinos, o Pagina12, estampa na capa deste domingo o golpe brasileiro.  

A onça Juma e o Michel Temer, grades para quem?

Por Fernando Brito · 20/08/2016

juma

O jornal alemão  Süddeutsche Zeitung, de Munique, foi destaque, no início do ano, quando revelou o escândalo Panamá Papers, sobre a Mossack Fonseca, lavadora internacional (aqui, inclusive) de dinheiro.

Agora, porém, não se registra aqui a matéria, assinada pelo correspondente Brian Hermann, que faz uma tragicômica metáfora entre a onça Juma, abatida numa cerimônia de passagem da tocha olímpica em Manaus e as grades que protegiam o presidente interino Michel Temer, na quinta-feira passada, quando participou de um balanço dos Jogos, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca.

“A pesada grade parecia feita para deter predadores selvagens”, diz Brian, mas quem surge atrás delas, “é uma das criaturas mais amedrontadas do Brasil de hoje: Michel Temer, o presidente interino.”

A foto de Regina Schmeken, que ilustra a matéria do jornal e reproduz-se no alto do post capta perfeitamente a afirmação do alemão.

Depois de ser esperado por quase três horas pelos jornalistas, Temer, segundo o jornal, falou apenas por três minutos, para dizer que tudo ia bem e o Brasil tinha  “segurança absoluta” e “paz absoluta”.

O alemão observa que, enquanto os políticos procuram usar o esporte para ter mais exposição, no Brasil olímpico a autoridade mais alta da república está a fazendo tudo para não ser visto.

“Temer não esteve realmente presente  na cerimônia de abertura. Se não tivesse sido vaiado,  sua saudação apressada  provavelmente não seria sequer notada.”

Temos, como o blog afirma desde sempre, um presidente clandestino.

Ninguém de bom-senso pode achar que uma situação como esta se sustentará.

A onça Juma e o Michel Temer, grades para quem? – TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

29/06/2016

Enquanto as hienas caçam Lula, Temer deita e rola

Se pelo menos caçassem Lula pelo motivo certo, ainda vá lá. Por exemplo, poderiam atacar Lula por nunca ter feito nada para impedir que a Rede Globo continuasse operando na marginalidade. Ou caçassem-no por ter ajudado a colocar Temer na chapa com Dilma, mas, não. Caçam-no para que isso sirva de cortina de fumaça para que elementos como Temer e Eduardo CUnha continuem operando os cofres públicos.

O silêncio das institutições que deveriam zelar pelo respeito às leis tem nome: Omertà!

PHA mostra documento que acusa Temer de propina nas Docas de Santos

Por Fernando Brito · 28/06/2016

paginafolha

Referido em entrevista de Ciro Gomes ao DCM, o caso judicial de 1999 em que uma mulher pede pensão alimentícia ao ex-companheiro, Marcelo de Azeredo, presidente da Companhia Docas de Santos e elenca entre os ganhos dele uma “caixinha” que dividiria com o então deputado Michel Temer , apareceu pelas mãos de Paulo Henrique Amorim, no Conversa Afiada.

O nosso “jornalismo investigativo” bem que poderia se interessar em ver em que deu, se é que deu em algo, o inquérito que em 2011 tramitava contra Temer no Supremo Tribunal Federal.

Para que não fique parecendo perseguição ao pobre usurpador, vou me limitar a transcrever reportagem de Breno Costa na Folha de S. Paulo de 6 de abril de 2011. E a resposta de Temer, na ocasião.

Temer se recusou a dar
explicação sobre propina, afirma PF

Breno Costa

Investigado por envolvimento em um suposto caso de corrupção no porto de Santos, o vice-presidente Michel Temer não respondeu a dois ofícios enviados pela Polícia Federal no ano passado.
A Folha revelou ontem que tramita um inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal), desde 28 de fevereiro, em que Temer é investigado sob a acusação de receber propina de empresas detentoras de contratos da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), que administra o porto.
Os pagamentos, segundo o inquérito, ocorreram na gestão de Marcelo de Azeredo (1995-1998), investigado conjuntamente com o vice, e indicado para o cargo pelo PMDB paulista. Os ofícios da PF pediam que o então presidente da Câmara prestasse esclarecimentos.
No inquérito, consta um ofício datado de 7 de janeiro de 2010, assinado pelo delegado Cassio Nogueira, da PF em Santos, destinado a Temer. No documento, o delegado solicita que ele escolha dia, horário e local para prestar depoimento.
Diante da ausência de resposta, o pedido foi reiterado em 14 de julho, tendo como destinatário o gabinete da Presidência da Câmara. O pedido era o mesmo: Temer, pelas prerrogativas do cargo, poderia escolher quando e onde responderia às perguntas da polícia.
O já candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff (PT) não respondeu nem acusou recebimento.
No inquérito, não há a confirmação de recebimento dos ofícios. Diferentemente de uma intimação, o documento não é levado por um oficial de Justiça, mas sim enviado pelos Correios.
Segundo despacho ao qual a Folha teve acesso no inquérito que corre no STF contra Temer, o delegado Nogueira escreveu à procuradora da República Juliana Mendes Daun insinuando que a ausência de respostas seria uma “manobra” para retardar as investigações.
“Como se pode notar […] há uma certa tendência em evitar o atendimento ao chamamento da autoridade policial, no que pode resultar em prescrição, tendo em vista a época em que os supostos delitos teriam se consumado, além de outras manobras que podem ter ocorrido para ocultar bens e transações financeiras”, escreveu.

CASO
O caso começou em 2000, quando a ex- mulher de Azeredo entrou com processo de dissolução de união estável na Vara da Família em Santos. Nesse processo cível, ela juntou planilhas e documentos que indicavam, de acordo com o inquérito, o pagamento de propina.
Em 2006, a Polícia Federal instaurou o inquérito, já com o nome de Temer entre os suspeitos.

Vice nega ter sido procurado pela polícia

O vice-presidente Michel Temer nega que tenha ignorado os dois ofícios enviados pela Polícia Federal para que prestasse esclarecimentos no inquérito que investiga supostas distribuições de propinas no porto de Santos.
Por meio de sua assessoria, Temer afirma que nunca chegou a receber os ofícios.
Sua assessoria chegou a mostrar um e-mail à reportagem no qual um funcionário da presidência da Câmara, cargo que Temer ocupava na época do envio dos ofícios, informa que não foi encontrado nenhum documento da PF referente a investigações sobre irregularidades no porto de Santos.
Na tarde de ontem, ao chegar para a posse da nova diretoria da Frente Nacional de Prefeitos, em Brasília, Temer voltou a negar envolvimento nas suspeitas que estão em apuração no STF (Supremo Tribunal Federal).
O vice afirmou que “não há conexão entre os fatos descritos [no inquérito] e a realidade”. “Isso é coisa velha. Mais do que velha, antiquíssima”, afirmou.
Segundo Temer, a decisão do ex-procurador-geral da República Geraldo Brindeiro, que determinou o arquivamento de um procedimento administrativo em 2002 -na época, não havia um inquérito policial sobre o caso-, eliminaria a possibilidade de uma investigação formal sobre o mesmo caso.
“Quando há uma decisão já proferida pelo procurador-geral, não se pode retomar o mesmo fato, a não ser que haja provas novas”, afirmou.
Aparentando irritação, Temer se disse indignado com o envolvimento do seu nome em suspeitas de recebimento de propinas.
“Não vou revelar a minha indignação porque ela até suja um pouco a forma como eu respondo”, disse.

PHA mostra documento que acusa Temer de propina nas Docas de Santos – TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

23/08/2015

A blindagem do Elio Gaspari

Eduardo Cunha e Joao Roberto MarinhoElio Gaspari, um dos jagunços da ditadura e que constantemente faz a defesa de seus pares, hoje bota o dedo na ferida do PSDB: “Até agora, Dilma é acusada no Tribunal de Contas da União de ter pedalado as contas públicas. O TCU não é um tribunal, mas um conselho assessor da Câmara. Ademais, a acusação ainda não foi formalizada. Eduardo Cunha foi acusado pelo Ministério Público de ter entrado numa propina de US$ 5 milhões. O PSDB quer tirar Dilma do Planalto e admite manter Eduardo Cunha na presidência da Câmara.”

Curiosamente, Gaspari só se manifesta de forma mais contundente quando os mais variados segmentos empresariais e bancários já apontam que o Brasil não é o Paraguai para se atolar neste golpismo desvairado. Elio Gaspari só desembarca quando seus financiadores lhe negam carona!

A sociedade mais esclarecida, mesmo aquela parcela que perdeu as eleições mas não perdeu a civilidade, já se deu conta que não há absolutamente nada contra Dilma. Pelo contrário, há elementos muito mais contundentes contra o Napoleão das Alterosas do que contra a Presidenta.

Se por um lado Gaspari acerta o verdadeiro alvo do golpismo, por outro blinda os atiçadores do golpismo. Assim como o PSDB golpeia Dilma para defender Eduardo CUnha, Elio Gaspari golpeia do PSDB, desde sempre um partido de ventríloquos, para defender o golpismo dos assoCIAdos do Instituto Millenium. Assim como as acusações contra Dilma, Lula e o PT é grito de “pega ladrão” de trombadinha com a bolsa na mão, também é verdade que a manifestação extemporânea contra o PSDB é um “pega ladrão” para abrir corredor para a passagem de seus colegas golpistas na mídia. Basta ver, por exemplo, o silêncio ensurdecedor da velha mídia quando o assunto é a Operação Zelotes, ou a Lista Falciani do HSBC

Ou será que Gaspari não lembra do auê que a mídia fez do jantar que Lula teria estado com Marcelo Odebrech? Pois bem, naquele jantar esteve Lula, mas também estiveram FHC, Geraldo Alckmin, Gerdau. Não houvesse blogs sujos para detonar com a hiPÓcrisia da mídia, e teríamos ficado por isso mesmo. Aliás, ninguém mais do que a Globo, mediante o uso da Lei Rubens Ricúpero, blinda Eduardo CUnha.

ELIO GASPARI

A blindagem de Eduardo Cunha

Os interesses que protegem Eduardo Cunha têm pouco a ver com ele, o que buscam é conter a Lava Jato

Fernando Henrique Cardoso disse o seguinte:

"Se a própria presidente não for capaz do gesto de grandeza (renúncia ou a voz franca de que errou e sabe apontar os caminhos da recuperação nacional), assistiremos à desarticulação crescente do governo e do Congresso, a golpes de Lava Jato."

Poderia ter dito a mesma coisa a respeito de Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, denunciado pelo procurador-geral da República junto ao Supremo Tribunal Federal. Não disse. Nem FHC, nem qualquer outro grão-tucano.

Até agora, Dilma é acusada no Tribunal de Contas da União de ter pedalado as contas públicas. O TCU não é um tribunal, mas um conselho assessor da Câmara. Ademais, a acusação ainda não foi formalizada. Eduardo Cunha foi acusado pelo Ministério Público de ter entrado numa propina de US$ 5 milhões. O PSDB quer tirar Dilma do Planalto e admite manter Eduardo Cunha na presidência da Câmara.

Surgiu em Brasília o fantasma de um "acordão". Nele juntaram-se Dilma e Renan Calheiros. Há outro: ele junta Eduardo Cunha, o PSDB, DEM e PPS. Um destina-se a segurar Dilma. O outro, a derrubá-la. À primeira vista, são conflitantes, mas têm uma área de interesse comum: nos dois acordões há gente incomodada com a Lava Jato. A proteção a Dilma embute a contenção da Lava Jato, evitando que chegue ao Planalto ou a Lula. A proteção a Eduardo Cunha pretende conter a responsabilização dos políticos de todos os partidos metidos em roubalheiras.

É sempre bom lembrar que Fernando Collor, também denunciado por Janot, renunciou ao mandato em 1992, mas foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal. Renan Calheiros foi líder do governo Collor e Eduardo Cunha dele recebeu a presidência da Telerj.

E-MAIL PARA JANOT
De Marcio Thomaz Bastos para Rodrigo Janot:
"Daqui onde estou não posso dar mais detalhes, mas há um jovem procurador do Banco Central que poderia lhe contar as pressões que sofreu em 2012 para dar um parecer favorável à ideia de se usar o Fundo de Compensação da Variação Salarial para aliviar bancos que estavam sob intervenção. Poderia contar endereços, personagens e diálogos.

O assunto foi levado a Dilma e ela foi clara: ‘Diga ao rapaz para não fazer o que lhe pedem. Se fizer, será o primeiro a ir para a cadeia’.

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