O hino rio-grandense é a única música para muitos gaúchos. Mas, de tão embotados, sequer se dão conta, ou quiçá por isso, do que cantam: “povo que não tem virtude acaba por ser escravo”, e “sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra”. Tudo isso vem sendo cuidadosamente cevado, por anos a fio, pela RBS. Os negros e índios viraram escravos porque “não tem virtude”?! Que façanha deve ser vista por toda terra além do Manpituba? A derrota dos farroupilhas?!
Pois é, então vamos buscar algumas razões para separar do Brasil os três estados do sul:
A Ponte da Amizade com o Paraguai, por onde um dos heróis da república separatista fazia escambo, Newton Ishii?!
Álvaro Dias como nosso embaixador no Paraguai?!
Beto Richa e Yeda Crusius, com Fernando Francischini, de executivo, seriam exemplos para a educação do novo país?!
Lírio Parisotto para a Secretaria das Mulheres?!
Se Paulo Odone fosse o Presidente do novo país, a OAS construiria todas as sedes. O primeiro decreto seria para financiar a compra da Arena pelo Grêmio só para depois poder vender o Grêmio e a Arena juntos para a empreiteira do Piffero;
Luis Carlos Heinze cuidaria da nossa Funai e da igualdade racial?!
Luis Carlos Prates seria responsável pelo trânsito?!
A família Germano ocuparia, além da distribuição de Biscoitos Zezé, também dos assuntos da famiglia?!
O Gerdau cuidaria, além da fábrica de parafusos financiada pelo FUNDOPEN, também dos julgamentos do CARF?!
Augusto Nardes seria o Presidente do nosso tCU?!
Nosso banco central seria comandado pelos donos ou pelos correntistas do Portocred?!
PP gaúcho cuidaria do braço gaúcho da Petrobrás ou daria origem ao ramo da Família Real!?
O presidente do parlamento seria Jardel?!
Se não temos mais a CRT o que o PMDB terá de entregar à RBS?!
Sem IBOPE ou DataFalha, a CEPA terá exclusividade para abastecer a RBS com pesquisas?
Olívio Dutra seria conduzido coercitivamente para qual presídio, de Charqueadas, Presídio Central ou Ilha do Presídio?!
Políbio Braga seria o porta-voz?
O Tiririca da Serra seria Ministro das Obras da Tumeleiro?!
Rodin seria considerado herói da nova pátria?
Só tenho uma certeza: a vitória dos separatistas garantiria a continuidade das comemorações pela perda da Revolução Farroupilha, mas logo esqueceriam a vitória plebiscitária.
Grupo organiza plebiscito informal para separar o Sul do resto do Brasil
Edu Andrade – 22.jul.2016/Folhapress
Os separatistas Gilberto Miranda, Edison Estivalete Bilhalva, Anidria Rocha e Liziney Barreiro
PAULA SPERB
DE COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PORTO ALEGRE
25/07/2016 00h58
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A gaúcha Anidria Rocha, 46, administra 20 grupos de Whatsapp e acompanha centenas de outros. O requisito para fazer parte é simpatizar com a causa "O Sul é Meu País", que deseja separar Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul do Brasil.
Moradora de São Jerônimo (a 70 km de Porto Alegre), a empresária lidera o movimento que organiza um plebiscito informal marcado para outubro, com 4.000 "urnas" nos três Estados.
A votação ocorrerá no dia 2 de outubro, simultaneamente às eleições municipais, das 8h às 17h. As urnas estarão a pelo menos cem metros dos colégios eleitorais.
A cédula fará a pergunta: "Você quer que o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul formem um país independente?".
A meta é alcançar 1 milhão de pessoas, o equivalente a 5% dos eleitores do Sul. Voluntários irão bancar custos de urnas e cédulas.
Segundo o promotor gaúcho Rodrigo Zilio, do gabinete eleitoral, a votação não tem legalidade, mas é permitida. Para ter algum valor, o plebiscito deveria seguir a lei 9.709, o que exigiria que fosse aprovado pelo Congresso e sob regulação da Justiça Eleitoral.
PELO MUNDO
O grupo argumenta que movimentos separatistas são comuns. "Falam em 400 movimentos por independência no mundo. A cada ano, três ou quatro países se separam", diz Anidria.
O último país a se tornar independente foi o Sudão do Sul, em 2011. Além deste, ela cita Namíbia, Timor-Leste, Eritreia e Palau como frutos de processos de separação.
Apesar de o primeiro artigo da Constituição definir que a república brasileira é "formada pela união indissolúvel dos Estados", o grupo pretende pleitear a ideia junto a órgãos internacionais.
Além da ONU, o resultado será levado para a Unpo, organização internacional que defende minorias não reconhecidas e seus territórios.
Os militantes comparam a iniciativa com o desejo separatista da Catalunha, na Espanha. Um jornal catalão publicou em março matéria com o título "El sur de Brasil sigue los pasos de Catalunya".
O movimento sulista, porém, é mais jovem. Foi fundado há 23 anos, em um congresso em Laguna (SC), com o liderança de Adílcio Cadorin, ex-prefeito da cidade.
‘XENOFOBIA’
O historiador Tau Golin, da UPF (Universidade de Passo Fundo), define o ato como "xenófobo". "É um movimento antibrasileiro que mostra a dificuldade certos grupos têm de se integrar à nação".
Os separatistas, diz, "não admitem a ideia de pluralidade" e consideram descendentes de italianos e alemães, comuns no Sul, como "especiais" ou "raça superior".
O atrito ecoa no MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho). Para o autor de músicas típicas gaúchas Daniel Brasil, 54, o MTG não defende abertamente o separatismo.
"Os caras comemoram uma coisa que ninguém ganhou nada", diz o artista sobre a Revolução Farroupilha, que queria criar a República Rio-Grandense e declarar independência do Império.
A disputa foi perdida, mas é intensamente comemorada em setembro pelos gaúchos. "Quando conseguirmos separar o Sul, eu mudo meu sobrenome", brinca Brasil.