O Pasquim/Sul de 30/7 a 5/8/1987 tinha na Capa denúncia do Presidente da ABI, Barbosa Lima Sobrinho:
“Os contratos de risco, instituídos em outubro de 75, são, até aqui, a grande arma de que dispõe o entreguismo para solapar, em favor do capital estrangeiro, o enorme patrimônio que a Petrobrás amealhou desde a sua criação”.
A locução “contrato de risco”, tão em voga no capitalismo brasileiro, acontece quando o Estado entra com recursos e com os riscos, a empresa fica apenas com os lucros.
Foi assim que cresceram as grandes empreiteiras hoje formam o cartel envolvido na Operação Lava Jato”. Apesar de o nome da operação sugerir rapidez, a verdade é que, pelo menos desde 1975, a dilapidação da Petrobrás é uma constante de quem prefere ajudar empresas petrolíferas alienígenas.
Há um contingente brasileiro que sonha com Miami e, como mente colonizada, compra lá quinquilharias “made in China” só porque a nota fiscal sai em inglês…
As ratazanas estavam no esgoto esperando uma oportunidade para saírem, protegidas, à rua. Encontraram no candidato derrotado e nos grupos mafiomidiáticos o apoio e queijo para aparecerem à luz do sol. O convescote, em Foz do Iguaçu, em que o FHC/José Serra prometiam a Petrobrás à Chevron é apenas mais um detalhe da forma como as empresas petrolíferas estrangeiras encontram aqui pessoas que as representem. Desde sua criação a Petrobrás foi combatida pelos amestrados da velha mídia.
Como bem disse Ricardo Semler, se nunca se roubou tão pouco, porque tanta denúncia? Para atacar o governo que não quer transformar a Petrobras em Petrobrax.