Ficha Corrida

14/04/2016

Brasília, a nova Estalingrado da Thyssenkrupp

thyssenO que aconteceria se a Petrobrás, na Alemanha, resolvesse apoiar um golpe de Estado? Seria expulsa de lá. E se por trás do apoio da Petrobrás estivesse o interesse de acabar com a concorrência?  Este grupo alemão está sempre no olho do furacão. O escândalo parecer fazer parte de seu DNA.

Ontem fiquei sabendo que representantes da Empresa no RS estão sendo levado para passar um fim de semana aprazível em Brasília. Apesar da capacidade alemã em BlitzKrieg, meu receio, diante do tipo de discurso que ouvi, é que dê tempo para construírem fornos crematórios. Deu pra ver que estão com todo gás. E uma cantilena démodé retirads do lata de lixo da história. Deixei meu interlocutor antes dele terminar o discurso. No coquetel de ódio rolava um papo, não só de guerra fria, envolvendo Putin e os Panama Papers, mas típico do anti-comunismo nazista. As acusações contra Lula, Dilma e o PT parecem ter saído de Goebbels, contra os judeus, responsáveis por todas as misérias da Alemanha.

O grupo alemão de Essen, deu-se muito bem com Hitler. E a expansão pelas américas, via EUA, se explicam por um documentário: Inimigo do meu inimigo. Está na rede. É imperdível para entender porque viramos alvo de uma sanha golpista exatamente quando é descoberto o pré-sal. O papo anti-comunista dos mais alucinados tem raízes na forma como nossa história recente é contada. O que está acontecendo agora deve-se à falta de informação a respeito da ditadura. Ao contrário da Argentina, por aqui fez-se silêncio cúmplice e obsequioso de todos os A$$oCIAdos do Instituto Millenium que, por coincidência, são as éguas madrinha do golpe em curso. A Ditadura escondida no rodapé das aulas de História, a ponto de a Folha de São Paulo, uma das cúmplices, já que emprestava peruas para os sádicos desovarem no Cemitério de Perus os corpos que haviam passado por sessões de tortura, estupro e esquartejamento, rotula-la de ditabranda

O golpe paraguaio para instalar, via quinta colunas tupiniquins,  a cleptocracia econômica mundial encontrou terreno fértil na mentalidade da casa-grande. O ódio com que pessoas classe média baixa extravasam em relação às cotas raciais e outras tímidas políticas sociais em relação às empregadas domésticas e ao acesso ao ensino público é o adubo que engrossou a marcha dos zumbis e seu lema “somos todos CUnha”.

A cleptocracia talvez seja o único sistema político admitido e festejado pela classe média que usa babás para levar os filhos nas manifestações ou bater panela nos bairros bem servidos por serviços públicos. Os discursos de retaguarda são entregues por organizações do tipo ThyssenKrupp. São os grupos econômicos transnacionais os principais interessados na instauração da cleptocracia. Não é sem motivo que o condutor deste processo seja um internacionalmente famoso sonegador. Em qualquer lugar civilizado, Eduardo CUnha estaria respondendo pelos atos praticados e não usando todo seu cabedal de recursos mal havidos para manipular, ameaçar e, com isso, locupletar-se com tantos corruptos. As barganhas do CUnha tiveram o condão de convencer até o PSB, talvez de que não haverá sequência nas investigações do avião do Eduardo Campos, a embarcarem no golpe. Isso diz muito sobre seus atuais dirigentes, incluindo impolutos gaúchos…

O que faria a Alemanha se uma empresa estrangeira lá se envolvesse num golpe de Estado? Expulsaria, penso eu. E é o que espero que aconteça com a ThyssenKrupp.

QUEM É A THYSSENKRUPP?
Por Informado 28/10/2011 às 20:58

Complemento do post http://prod.midiaindependente.org/pt/blue/2011/10/499359.shtml , neste CMI-Brasil.

A família Krupp faz parte de uma antiga dinastia da região de Essen, na atual República Alemã, dedicada desde o século 17 a mais suja de todas as atividades humanas, sejam individuais ou empresariais: a fabricação de armas. Amassaram uma fortuna incalculável ajudando nas muitíssimas guerras, invasões, depredações e sabotagens contra outros países deflagradas pelo Império Germânico, para pesadelo de países vizinhos que suportaram as agressões da mais violenta força militar da história.
Durante o nazismo, a fábrica Krupp fabricou tanques Panzer, submarinos U-Boat, armas e munição de todos os estilos, e até o enorme cruzeiro Prinz Eugen. A mente doentia dos Krupp os levou a fabricar enormes canhões que se moviam sobre ferrovias, cujo uso foi quase impossível porque a enorme energia do disparo, que lançava projéteis de várias toneladas criava uma perigosa força de recuo, que punha em perigo os próprios atiradores.
Durante a ocupação de países vítimas do nazismo, os Krupp se beneficiaram do trabalho escravo e recrutaram milhares de operários que eram obrigados a trabalhar até a morte. O conhecido Adolf Hitler, de cuja qualidade humana não há muita dúvida, num discurso a juventude alemã fez o seguinte elogio:
O jovem alemão do futuro deve ser esguio e esbelto, tão veloz como um galgo, tão rude como o couro, e tão forte como o aço Krupp [Tradução e grifo final meus]
Veja-se uma relação breve sobre estes fatos aqui ( http://en.wikipedia.org/wiki/The_Arms_of_Krupp ) e no livro The Arms of Krupp. Os trabalhadores escravos recrutados pelos Krupp eram, segundo os cálculos mais moderados, mas de 100 mil, dos quais 23 mil eram prisioneiros de guerra e os outros (pelo menos 80 mil) cidadãos escravizados dos países ocupados. (Vide aqui: http://en.wikipedia.org/wiki/Forced_labor_in_Germany_during_World_War_II ).
Alfred Krupp, o líder da família durante a 2ª. Guerra Mundial foi o décimo indiciado durante os chamados Julgamentos Subsequentes de Nuremberg, ou seja, os 12 julgamentos que tiveram lugar nessa cidade logo após dos Julgamentos Principais, em que foram condenados (e, em vários casos, enforcados) os chefes políticos e militares. Os julgamentos subsequentes foram conduzidos exclusivamente pelas forças americanas, e não por um tribunal misto que incluísse os representantes dos outros governos aliados (Grã Bretanha, França e a URSS). Hoje em dia, ninguém acredita seriamente que os EEUU ignoravam a enorme responsabilidade dos criminosos empresariais, mas voltaram todo seu esforço apenas sobre os criminosos militares e políticos, que eram os mais visíveis e odiados. Entretanto, é fácil imaginar que Hitler poderia ter produzido um dano quase tão enorme como o que ele fez, mesmo sem ter como oficiais todos os que foram executados em Nuremberg.
Ora, Alemanha nem poderia ter começado a guerra, se não tivesse Alfred Krupp.
Em 31 de julho de 1948, a Corte de Nuremberg condenou Alfred Krupp, que era um dos 12 indiciados (os outros 11 eram seus principais cúmplices). Apesar da pressão internacional e dos outros aliados pela execução do sinistro fabricante, o tribunal americano o condenou a ?vender suas possessões? (!). O objetivo dos EEUU era tonar os nazistas da Alemanha, como de fato aconteceu, seus grandes aliados contra o comunismo. Os efeitos desta aliança, como todos sabem, foram mais visíveis na Itália, pois Alemanha sempre esteve fortemente vigiada pela URSS e outros países que, como Israel, tinham sofrido enorme quantidade de vítimas.
A fortuna dos Krupp que cresceu numa proporção não apurada durante o regime nazista, continuou crescendo durante a democracia.
Friedrich Thyssen (1873-1951) pertence a uma dinastia menos ilustre e mais curta, e bastante menos rica, mas ainda assim poderosa. O poder econômico da família se tornou importante como fator político por volta de 1850. Thyssen foi menos relevante que Krupp para o nazismo, pois seu fábrica de aço era apenas a segunda e mantinha grande distância com a primeira. Mas, em compensação, foi um ativo militante do partido Nazi e um generoso doador de uma verdadeira fortuna para os exércitos nazistas. Ele teve a má idéia de discutir com o ditador, e foi enviado a um campo de concentração. Não se sabe se fez autocrítica de sua relação com o nazismo, mas, finalmente se exilou em Buenos Aires, em 1951. Antes disso, ele também foi julgado em Nuremberg, pois foi um membro distinto do partido nazista e usou mão de obra escrava judia em sua fábrica. Mas ele não foi condenado a prisão; em sua defesa, ele disse que os únicos trabalhadores que teve em seu poder eram judeus. Em 1950 foi condenado a pagar uma multa e liberado.
Em 1999, a velha afinidade entre as duas famílias, foi selada por meio da fusão das duas redes industriais, formando a Thyssen Krupp. Esta é a TKCAS que transformou numa enorme câmara de gás o bairro de Santa Cruz, uma espécie de Auschwitz a céu aberto.
Entre as reações contra o genocídio legal de Santa Cruz, foi convocada uma audiência pública na Assembleia do Rio de Janeiro (vide aqui: http://en.wikipedia.org/wiki/The_Arms_of_Krupp ), numerosas passeatas e atos públicos, e pedidos de colaboração a outros países. Na própria Alemanha, os representantes da empresa Thyssen foram sabatinados no Parlamento (vide aqui: http://www.portalguaratiba.com.br/2011/noticias/130204_acionistas_da_thyssen_krupp_tomaram
_conhecimento_do_que_acontece_na_siderurgica_de_santa
_cruz.html ).
Brasil é o único país Latino-Americano que se comprometeu durante a 2ª Guerra Mundial na luta contra o nazismo e o fascismo, e também é uma das nações não europeias cujos habitantes possuem o mais baixo uso de armas. É uma ofensa a esses atributos pacíficos do Brasil que se ceda território brasileiro e se entregue sua população a um novo holocausto justamente nas mãos dos maiores contribuintes à catástrofe da Humanidade na década de 30 e 40.
Ação Jurídica e Resposta
Não tenho ainda os termos exatos da demanda contra Monica Lima, pois tomei conhecimento do fato no dia de hoje e, pelo que eu entendi, o processo ainda não tinha sido entregue. Sabe-se que é uma ação pelos assim chamados ?danos morais? que o clube de genocidas ecológicos consideram ter sofrido por causa das denúncias dos ambientalistas. Não sabemos se a ação se refere a uma denúncia específica, a várias delas, ou a algum ponto forjado para justificar a ação.
Seja o que for, é fundamental que a população tenha consciência do dano múltiplo que produzem estas empresas nos países pobres, ante a indiferença ou a falta de decisão de seus líderes.
A fabricação de aço tem tantas aplicações pacíficas como militares, como o mostra o histórico das duas empresas alemãs aliadas para a construção da TKCSA. Durante a dita ?desnazificação? na Alemanha, os americanos apenas inverteram o intuito criminal dos fabricantes de armas, fazendo com que seus esforços deixassem de estar ao serviço dos derrotados nazistas, e estivessem ao serviço de seus sucessores na política de agressão mundial.
Entretanto, mesmo se as empresas poluidoras produzissem apenas produtos de uso positivo para a humanidade, como alimentos, remédios ou bolas de futebol, a população sofre o genocídio lento, que as empresas produzem colocando venenos no ar, nas águas e na terra, gerando doenças de todos os estilos, e contribuindo ao massacre em massa de enormes segmentos que não servem como consumidores e não são europeus.
A diferença que às vezes se pretende entre os nazistas tradicionais ou os sádicos genocidas das prisões americanas, e que os empresários devastadores como a TKCSA não usam câmaras de gás.
Ora, qual é a diferença entre ser asfixiado por gases colocados numa câmara fechada, dentro de um campo de extermínio, e ser gradativamente envenenado pela injeção no ambiente de substâncias nocivas que produzem distúrbios letais?
Pode argumentar-se que, a morte por envenenamento gradativo com substâncias que fazem parte de lixo das grandes empresas é MAIS LENTO e, para os que têm dinheiro e uma boa medicina, haveria possibilidade de parar o genocídio antes da morte massiva.
Isso é verdade. O Zyklon B demorava uns dez minutos em matar. Atualmente, as vítimas do envenenamento ambiental têm possibilidades de viver muito mais, pois o processo de ir perdendo aos poucos sua capacidade física e mental é demorado. Será que isto é uma grande vantagem, e faz tanta diferença entre os novos e os anteriores nazistas ou os atuais carrascos ianques? Lembrem que os dois Zyklon, A e B, eram inicialmente pesticidas, ou seja, substâncias letais usadas com fins aparentemente pacíficos.
É necessário ter em conta que organizações ambientalistas como Greenpeace têm demonstrado grande coragem ao lutar ?braço a braço? com navios pesqueiros predadores da fauna oceânica. É necessário que os ambientalistas de todo o mundo adotem métodos de resistência pacífica contra este neonazismo ecológico.
É muito frequente afirmar (e setores pacifistas e ativistas de direitos humanos compartilhamos essa opinião), que a força é um recurso que só pode ser usado racionalmente e em circunstâncias extremas, pois sempre existe o risco de militarizar a sociedade civil, degradando o cidadão à condição de soldado. É por isso que uso interrogativamente como epígrafe o poema de Bertold Brecht.
Apenas, porém, me permito uma reflexão. Os que resistiram de diversas maneiras o nazismo, na França, na Noruega, na Holanda, a Dinamarca, na Polônia e na ex URSS deveram optar entre a resistência ou a destruição? O famoso pacifista Mahatma Gandhi foi considerado otimista demais quando propôs aos povos atacados pelo nazismo se defender com a oposição pacífica. Entretanto, este novo nazismo não é dono (de maneira explícita) das forças armadas e policiais. Então, ainda é possível fazer muitas ações puramente pacíficas, desde que as instituições compreendam a justiça destas reclamações. É necessária a pressão internacional dos grupos ecologistas, e até daqueles cidadãos que só atuam por interesse pessoal.
Já nos anos 60, os capitães do capitalismo selvagem consideravam o Brasil como o melhor depósito de lixo industrial de Ocidente, graças a seu enorme território, sua grande floresta, e a facilidade de criar portos. Se o Brasil for contaminado, será difícil aos outros países salvar-se do contágio da devastação.
*Carlos A. Lungarzo, Anistia Internacional AIUSA 9152711
Solicitação do Carlos:
Agradeceremos dar a este comunicado a máxima difusão, e aos nossos contatos no exterior, traduzir às suas respectivas línguas se for possível.
Se vocês ficarem ombro com ombro
Eles vos matarão.
Mas, Vocês devem ficar ombro com ombro!
Se vocês lutarem
Os tanques vos esmagarão.
Mas, vocês devem lutar!
Essa luta será perdida
E quiçá a seguinte também o será
Mas a luta vos ensina
E vocês ficam sabendo
Que, se não for à força, não dá
E também não dá se a força for dos outros.
Bertold Brecht: Die heilige Johanna der Schlachthöfe (Santa Joanna dos matadouros, obra de teatro escrita em 1929 contra a repressão dos operários da carne.)

CMI Brasil – QUEM É A THYSSENKRUPP?

23/10/2014

Precisão e eficiência made in USA

A única coisa que os EUA sabem fazer, distribuir armas, e ainda conseguem ser ineficientes. Cadê a precisão de todo aquele aparato tecnológico quer serve para bisbilhotar a Petrobrás mas não ajuda a entregar armas. Se os EUA tivessem lançados médicos ou remédios, independentemente das mãos em que caíssem, não fariam mal a ninguém, mas os EUA só sabem lidar com armas. Por isso Cuba é sempre acionada quando se precisa de ajuda humanitária.

22 de outubro de 2014 • 08h32

Armas americanas caem nas mãos de jihadistas do EI, diz ONG

Fontes americanas afirmaram que estão divulgando um vídeo para comprovar se isso realmente aconteceu

Curdos observam bombardeios americanos contra Estado Islâmico na cidade de Kobane

Foto: Kai Pfaffenbach / Reuters

Um lançamento aéreo de armas e medicamentos destinados aos combatentes curdos caiu nas mãos dos jihadistas perto da cidade síria de Kobane, informou o Observatório Sírio do Direitos Humanos (OSDH).

Fontes militares americanas não confirmaram a notícia, mas afirmaram que estavam examinando o vídeo divulgado na internet que mostra homens encapuzados armados com o que parecem caixas amarradas a um paraquedas.

Caixas anexadas a paraquedas americanos com armas, munições e medicamentos foram lançadas no domingo à noite para ajudar os curdos a defender a cidade curda síria de Kobane dos ataques do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

"Uma carga foi levada pelo EI e existem informações contraditórias sobre uma segunda carga", afirma um comunicado o OSDH.

Saiba Mais

Estado Islâmico ataca cidade de Kobane com caminhão-bomba

EI lança ataques para tentar ganhar terreno em Kobani

Ofensiva do EI contra Kobani deixa 662 mortos em 1 mês

Jihadistas já controlam um terço da cidade curda de Kobani

Algumas fontes afirmaram que duas cargas caíram em uma área dominada pelo EI, mas outras destacaram que os aviões da coalizão internacional destruíram uma delas quando o erro foi detectado.

Na segunda-feira, o Comando Central do Estados Unidos, que coordena as ações das forças americanas no Oriente Médio, informou que apenas uma das 27 cargas foi extraviada, mas que foi destruída por aviões americanos para evitar que fossem levadas pelo EI.

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Em um vídeo divulgado na internet, um homem encapuzado mostra o que parece ser uma das cargas lançadas por aviões americanos.

"Esta é a ajuda americana lançada aos infiéis. Louvado seja Deus, isto é um espólio para os mujahedines", afirma o homem, que abre caixa com foguetes e granadas.

Armas americanas caem nas mãos de jihadistas do EI, diz ONG – Terra Brasil

25/02/2014

Descoberta da pólvora

Serra_EUAOs serviços de inteligência dos EUA, após o sucesso das manifestações no Iraque, Afeganistão, Líbia, Egito, Síria, Ucrânia, Venezuela e Brasil, descobriram que é mais barato finanCIAr um Black Bloc do que sustentar um soldado. Além disso, toda retaguarda pode facilmente ser substituída por âncoras de telejornais e colonistas de jornal… A Veja já faz este serviço de graça.

Secretário de Defesa dos EUA propõe redução do Exército

Sem militares no Afeganistão, país poderia ter menor efetivo desde a Segunda Guerra

ISABEL FLECKDE NOVA YORK

O secretário de Defesa, Chuck Hagel, apresentou ontem um plano de Orçamento para 2015 que pode reduzir o Exército americano ao seu menor efetivo desde a Segunda Guerra mundial.

Segundo Hagel, a proposta -que terá que ser aprovada pelo Congresso- reflete "a magnitude dos desafios fiscais" dos EUA. "Há decisões difíceis pela frente. Esta é a realidade com que temos que conviver", disse, em entrevista coletiva.

O Departamento de Defesa propõe diminuir o número de militares dos atuais 520 mil para algo entre 440 mil e 450 mil ""o menor efetivo desde 1940.

O Orçamento, de US$ 496 bilhões, prevê ainda acabar com a frota dos antigos aviões de ataque A-10, desenvolvidos na década de 70 para destruir tanques soviéticos ""uma economia de US$ 3,5 bilhões nos próximos cinco anos"" além de cortes em alguns benefícios para militares.

A previsão de retirada dos militares do Afeganistão neste ano, que marcará o fim da ocupação no país, contribuiu para a decisão sobre o enxugamento do Exército.

"Pela primeira vez em 13 anos, estamos apresentando ao Congresso um orçamento que não é de guerra. Esse é um orçamento decisivo, porque começa a redefinir [a Defesa]", disse Hagel.

Essa "redefinição" da Defesa americana passaria por uma mudança de direcionamento estratégico, com um enfoque cada vez maior à Ásia ""em especial, às ameaças cibernéticas da China"" e aos grupos afiliados à Al Qaeda na África.

Funcionários do Pentágono consideram que a redução do ainda garantiria uma força militar "capaz de derrotar qualquer adversário".

05/11/2013

Armas químicas na Síria, iguais às armas de destruição em massa no Iraque

siriaEsta frase extraída do texto abaixo, publicado no New York Times resume tudo: “Majid, que só deu seu primeiro nome, coletou amostras de cabelo e urina, roupas, folhas de árvores, terra e até um pássaro morto. Ele as compartilhou com a Sociedade Médica Sírio-Americana, grupo humanitário que vinha entregando essas amostras para autoridades da inteligência dos Estados Unidos como provas de possíveis ataques químicos.” Sociedade Médica Sírio-Americana, grupo humanitário que vinha entregando amostras para autoridade da inteligência dos EUA… Deus nos livre destes humanitários, prefiro ser atendido por um marine…

Médicos denunciaram de antemão armas químicas na Síria

Por SHERYL GAY STOLBERG e ANNE BARNARD

WASHINGTON – Meses antes de um ataque com armas químicas matar centenas de sírios e provocar ameaças de um ataque militar americano, um anestesista chamado Majid ouviu uma explosão perto de sua casa em um subúrbio de Damasco.

Ele correu até o hospital improvisado onde trabalha e encontrou pacientes com a pele irritada, os olhos ardendo e sem conseguir respirar.

Majid, que só deu seu primeiro nome, coletou amostras de cabelo e urina, roupas, folhas de árvores, terra e até um pássaro morto. Ele as compartilhou com a Sociedade Médica Sírio-Americana, grupo humanitário que vinha entregando essas amostras para autoridades da inteligência dos Estados Unidos como provas de possíveis ataques químicos.

Inspetores da ONU deram os primeiros passos para destruir o arsenal químico da Síria. Mas, enquanto o governo Obama reivindica o crédito por forçar o ditador Bashar al-Assad a entregar seu arsenal, alguns especialistas dizem que o verdadeiro crédito é dos médicos que arriscaram suas vidas -e enfrentaram questões de ética médica- para denunciar o uso de armas químicas.

A guerra civil na Síria tem sido especialmente perigosa para os profissionais de saúde. Um relatório da ONU descreveu "ataques a hospitais, pessoal e transportes médicos".

Segundo estimativas diversas, mais de cem médicos foram mortos e até 600 estão presos.

Mais da metade dos hospitais públicos foi danificada e 37% estão fora de serviço, segundo a Organização Mundial da Saúde.

Muitos médicos fugiram. Os que ficaram dizem que o atendimento básico muitas vezes não está disponível.

A guerra química -que culminou com o ataque de gás sarin em agosto que matou centenas de sírios- tornou a situação ainda mais complexa, colocando questões sobre se e como denunciar.

O grupo humanitário Médicos Sem Fronteiras (MSF) está operando em seis hospitais improvisados no norte controlado pelos rebeldes, sem permissão do governo Assad.

Em janeiro, ele também começou secretamente a oferecer aconselhamento técnico, equipamentos e remédios para hospitais e clínicas em regiões controladas pelo governo.

Em 21 de agosto, o grupo recebeu notícias de alguns hospitais "parceiros silenciosos" sobre uma enxurrada de pacientes com "sintomas neurotóxicos" -aproximadamente 3.600 em três horas, incluindo 355 que morreram. Seus líderes logo debateram como lidar com a informação, disse Sophie Delaunay, diretora-executiva de operações da Médicos Sem Fronteiras nos Estados Unidos.

Eles sabiam que qualquer declaração pública poderia colocar em risco o grupo de médicos e seus parceiros sírios, expondo-os a acusações de aliança com os rebeldes. Além disso, a organização temia que os governos ocidentais usassem sua palavra como base para um ataque militar.

O grupo emitiu uma declaração cuidadosamente redigida, pedindo uma investigação independente, dizendo que a MSF não podia confirmar a causa dos sintomas ou estabelecer quem era responsável.

Pouco depois, porém, o governo Obama começou a citar as conclusões do grupo como justificativa para a intervenção militar.

Uma autoridade do Departamento de Estado, falando no anonimato para discutir a tomada de decisão, disse que os americanos vêm reunindo informações e que o trabalho de grupos humanitários forneceu "apenas mais um indício". Mas J. Stephen Morrison, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais em Washington, disse que Delaunay e seus colegas "merecem enorme crédito" por forçar a colocação da questão na agenda internacional.

"Foi muito arriscado e uma decisão difícil. As coisas poderiam ter ficado feias para eles", disse.

O debate sobre se os médicos devem denunciar abusos aos direitos humanos é uma antiga fonte de debate, segundo Len Rubenstein, especialista em direitos humanos e ética médica na Universidade Johns Hopkins em Baltimore, Maryland. Enquanto a MSF tem uma cultura de "prestar testemunho", disse, nem todas as organizações humanitárias o fazem.

Na Síria, o governo e grupos de oposição tentam controlar as evidências contra o outro. As alegações conflitantes tornaram crucial a coleta de amostras físicas. Mas a MSF não participou, disse Delaunay.

Em vez disso, os médicos sírios reuniram amostras sob a orientação de grupos estrangeiros.

A explosão que enviou Majid para o hospital na última primavera ocorreu no meio da noite. Depois, ele disse que pôde retirar amostras de duas pessoas.

Isso foi em 25 de abril. Horas depois, o secretário de Estado, John F. Kerry, e o secretário da Defesa, Chuck Hagel, disseram pela primeira vez que a comunidade de inteligência tinha evidências de que o governo sírio havia usado armas químicas.

04/10/2013

Panamá, despensa de armas químicas dos EUA

 

EE UU dejó en Panamá basureros de armas químicas usadas en experimentos

El Pentágono aceptó limpiar una isla panameña del Pacífico que en el siglo XX fue convertida por tropas estadounidenses, canadienses y británicas en depósito de gases y agentes venenosos

José Meléndez San José (Costa Rica) 4 OCT 2013 – 01:22 CET9

Un manifestante en una marcha en 1998 contra la presencia de bases norteamericanas en la ciudad de Panamá, en conmemoración por los enfrentamientos ocurridos en 1964, cuando murieron 22 estudiantes. / AP

Peligrosos basureros con toneladas de bombas y municiones de armas químicas—gas mostaza y agentes nerviosos, asfixiantes y venenosos—y convencionales usadas por el Ejército de Estados Unidos en experimentos bélicos durante el siglo XX, ya fuera en la Segunda Guerra Mundial (1939—1945) para alistar la invasión a Japón o en la guerra de Vietnam (1964-1975), fueron abandonados por tropas estadounidenses en San José, pequeña isla panameña del Océano Pacífico ubicada a poco más de 80 kilómetros al sur de tierra continental y en áreas militares aledañas al Canal de Panamá.

Los depósitos y basureros son parte del legado de Estados Unidos al finalizar en 1999 su presencia militar en Panamá, que se inició en 1903 y durante la que utilizó a San José como plataforma de experimentos militares con armas químicas, con apoyo de los Ejércitos de Canadá y Reino Unido de 1943 a 1947, y a las riberas del Canal como campos de tiro.

“Hay aparentemente seis bombas sin detonar que pueden contener gas mostaza y fosgeno” en la isla, dijo el panameño Tomás Cabal, director general de Análisis Antiterrorista del Ministerio de Relaciones Exteriores de Panamá. “Eso es lo que quedó en San José: cinco bombas de mil o dos mil libras y una de 500. El peligro no son tanto los químicos, que pensamos se pueden haber debilitado, sino que esas bombas también tienen explosivos convencionales que sí pueden estar todavía activos”, explicó, en entrevista con EL PAÍS.

El fosgeno, componente químico industrial para producir plásticos y pesticidas, fue usado como arma química en la Primera Guerra Mundial como un agente asfixiante y venenoso, al atacar el sistema pulmonar. De las armas químicas usadas en ese conflicto, el fosgeno causó el mayor número de muertos.

El desacuerdo sobre la limpieza de San José, de 44 kilómetros cuadrados y la segunda isla más grande del archipiélago de Las Perlas, se remonta a más de 66 años y quedó pendiente de solución bilateral en 1999, cuando el Canal y regiones adjuntas fueron entregados por Washington a Panamá.

“La isla es un lugar muy hermoso: tiene reservas de agua, ríos y depósitos que la hacen muy atractiva al turismo. Hay un hotel de lujo pero pequeño comparado con la isla, porque estas bombas están a lo largo y ancho. No están cerca del hotel, pero sí en sitios en donde podrían hacerse otros desarrollos turísticos”, narró Cabal, uno de los responsables de negociar con Washington.

Tras múltiples pedidos de Panamá, el Departamento de Defensa (Pentágono) de Estados Unidos aceptó este año iniciar la limpieza en el último trimestre de 2013, pero se atrasará a 2014 por la crisis presupuestaria en Estados Unidos.

“El acuerdo fue que una vez que obtuviera financiamiento, el Pentágono enviaría expertos a revisar la isla y a remover las municiones. Inicialmente empezaría a finales de este año, pero posiblemente será el otro año”, relató el diplomático.

Al revelar el acuerdo, el diario El Panamá América, de la capital panameña, informó que una primera misión trabajará en “localizar las armas, tomar fotos, diagramar y levantar el inventario que deje constancia sobre las condiciones en que está el armamento”.

En una declaración escrita que entregó a EL PAÍS, el canciller de Panamá, Fernando Núñez, recordó que “los Ejércitos de los Estados Unidos, Gran Bretaña y Canadá dejaron caer toneladas de armas químicas en la isla de San José anticipando su uso en la invasión a Japón”.

“La remoción de las armas químicas que quedaron en la isla permitirá que Panamá salga de la lista de la OPAQ (Organización para la Prohibición de Armas Químicas) de países que mantienen este tipo de armas sin detonar. El acuerdo ratificado por la Cancillería panameña se da en momentos que el tema relacionado con el uso de armas químicas en Siria ocupa la atención mundial”, afirmó.

Otros basureros

Los basureros de armas también quedaron en otras partes de suelo panameño.

“Durante la guerra de Estados Unidos en el sudeste asiático, el ambiente tropical de Panamá se convirtió en un campo de pruebas para equipo militar y entrenamiento de la tropa”, escribió el investigador estadounidense John Lindsay-Poland, en un artículo en la página en internet de ”Fellowship of Reconciliation”, organización no gubernamental estadounidense fundada en 1915 que trabaja por la paz, la justicia y la no violencia.

Lindsay-Poland, autor del libro “Emperadores en la jungla: la historia oculta de Estados Unidos en Panamá” (Duke University Press, 2003), relató que, según documentos militares estadounidenses, Washington dejó 105.000 municiones en Panamá al retirarse en 1999 y “que van desde bombas de 500 libras a granadas extremadamente sensibles de 40 milímetros”.

Las municiones y armas “engañan”, porque están “en zonas próximas a crecimiento demográfico intenso, donde los recién llegados no tienen memoria del entrenamiento militar que se produjo junto a donde ellos y sus hijos viven”, puntualizó.

Basado en “documentos oficiales”, Lindsay-Poland aseguró que Estados Unidos envió tres toneladas con minas del agente nervioso VX en 1964 a las bases militares estadounidenses en las riberas del Canal “para pruebas tropicales”. El VX, que en su momento también produjo Irak y considerada como arma de destrucción masiva, “es tan letal que sólo cinco miligramos en la piel son suficientes para matar a un ser humano”.

“De las tres toneladas de minas VX, los documentos indican solamente lo que pasó con 576 kilos. ¿Qué pasó con las restantes dos y media toneladas?”, preguntó, al describir que, según le confió un comandante del Tropic Test Center del Eército estadounidense destacado en Panamá en la década de 1960, que había un vertedero de químicos en la antigua zona aledaña al Canal, por lo que se teme que el VX esté enterrado en esa región.

Sobre la situación en la isla, aseveró que las municiones “sin estallar se quedaron allí, tan peligrosas como cuando fueron lanzadas”. Técnicos de la OPAQ, contó, inspeccionaron San José en 2002 y encontraron bombas de gas mostaza “todavía intacta y mortal”.

EE UU dejó en Panamá basureros de armas químicas usadas en experimentos | Internacional | EL PAÍS

22/09/2013

Quem USA armas químicas na Síria?

Filed under: Armas de Destruição em Massa,CIA — Gilmar Crestani @ 11:03 am
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A  resposta está na pergunta… É a mesma estratégia de sempre. Na Síria e no Brasil. Quando apareceram as denúncias do mensalão, FHC orientou o PSDB e a imprensa para não derrubarem Lula mas deixa-lo sangrar. E aí criaram o “maior julgamento da história”. Há um ditado latino muito adequado ao que acontece no Brasil, ou em qualquer lugar, quando há interesses da CIA: Se queres a paz, prepare-se para a guerra. Trocando em miúdos, como fez o PSDB para se ver livre do Mensalão Mineiro, a melhor defesa é o ataque…

¿Quién usó armas químicas en Siria?

Por Juan Gelman

Washington insiste en que el presidente sirio, Bashar al Assad, dio la orden de emplearlas contra los rebeldes. Moscú reitera que fue una provocación de los insurgentes para apurar la intervención directa de EE.UU. en la guerra civil que devasta al país mediterráneo. La ONU envió una misión a Siria para certificar la dimensión del ataque que tuvo lugar en unos suburbios de Damasco el 21 de agosto pasado y causó la muerte de centenares de civiles, muchos niños en particular. Obama declaró inmediatamente que lo averiguado por la misión “no deja duda alguna” acerca de la culpabilidad de Assad. Sin embargo, las 38 páginas del informe (//s3.documentcloud.org) se limitan a certificar que ataque hubo, pero no indican quién lo desató.

Los miembros de la Misión de las Naciones Unidas para investigar acusaciones de uso de armas químicas en Siria (Unojsr, por sus siglas en inglés) asientan en su informe que dependieron de las fuerzas rebeldes para inspeccionar la zona. Detectaron el uso inequívoco de gas sarín y, a la vez, que había signos de que ciertas evidencias parecían “trasladadas” y “posiblemente manipuladas”. Esto algo dice, pero no basta. Por lo demás, la discusión EE.UU./Rusia sobre el tema, tampoco: es evidente su inevitable cariz político. Ninguno de los dos poderes ha presentado hasta ahora pruebas definitivas de lo que sostiene. La conclusión de que el gas usado es el sarín poco ayuda: el gobierno sirio ha reconocido que posee un arsenal de armas químicas y algunos grupos rebeldes se han jactado de su capacidad de producir sarín en videos que subieron a YouTube (www.youtube.com, 5/12/12).

La organización de Profesionales Veteranos de Inteligencia por la Salud informativa (VIPS, por sus siglas en inglés) elevó a Obama un memo en que le señalan: “Lamentamos informarle que algunos de nuestros viejos colegas nos afirman categóricamente que, contrariamente a las declaraciones de su gobierno, las informaciones más fiables indican que Bashar al Assad no es responsable del incidente químico que mató e hirió a civiles sirios el 21 de agosto, hecho que también conocen los servicios británicos” (//consortiumnews.co, 6/9/13). Integran VIPS doce ex agentes de alto nivel de la Inteligencia estadounidense, entre otros Thomas Drake, que fue un alto funcionario de la Agencia Nacional de Seguridad (NSA, por sus siglas en inglés), el agente de la CIA retirado Larry Johnson y W. Patrick Lang, ex alto funcionario de los servicios de Defensa, quienes firman el documento.

VIPS había enviado a W. Bush un memo similar cuando el entonces secretario de Estado, Colin Powell, pronunció un discurso en la ONU presentando informaciones que justificaban la guerra contra Irak y que resultaron falsas (//warisucrime.org, 5/2/03). “Entonces acordamos al presidente Bush el beneficio de la duda, pensando que había sido inducido en error o que estaba mal aconsejado”, se afirma en el documento dirigido a Obama. VIPS acusa al director de la CIA John Brennan de “cometer un fraude idéntico al del pre-Irak dirigido a los miembros del Congreso, los medios, el público y, tal vez, a usted mismo”.

Según los agentes de la CIA que atienden la cuestión siria –agrega el memo– “es evidente” que los hechos del 21 de agosto “no fueron producto de un ataque del ejército sirio con armas químicas de nivel militar procedentes de su arsenal”. “Hemos sabido además –añade– que el 13 y el 14 de agosto (es decir, una semana antes) las fuerzas de oposición basadas en Turquía realizaron preparativos para una gran intervención del ejército rebelde.” VIPS estima que estos hechos dan cuenta de “una provocación, planificada de antemano de la oposición siria y de sus apoyos turcos y sauditas”, que esperaban la inmediata intervención de EE.UU., anunciada luego por Obama.

El mandatario sigue con su búsqueda de apoyos nacionales e internacionales a su voluntad de atacar a Siria, pero los socios europeos no responden plenamente a su llamado. El premier David Cameron sufrió una no pequeña humillación cuando la Cámara de los Comunes rechazó su propuesta de que Gran Bretaña se sumara a la intervención de EE.UU. (www.bbc.co.uk, 30/8/13). El socialista Hollande perdió apoyo de la opinión pública francesa que, sin embargo, estuvo de acuerdo con la invasión a Mali. En EE.UU., la mayoría rechaza un ataque a Siria: como señala el New York Times, “están cansados de casi 12 años de guerra y temen caer en otra” (www.nytimes, 9/9/13).

La encuesta anual de Transatlantic Survey, entidad que registra las opiniones imperantes en Europa y EE.UU., reveló que el 62 por ciento de los estadounidenses y el 72 por ciento de los europeos –Turquía incluida– se oponen a que sus gobiernos se involucren en la guerra civil siria (www.jpost.com, 18/9/13). Pareciera que el horno no está para bollos.

Página/12 :: Contratapa :: ¿Quién usó armas químicas en Siria?

11/09/2013

Armas químicas, uma especialidade made in USA

 

Conheça 7 ataques químicos que EUA se negam a comentar

Às vésperas de uma possível ação militar sob a justificativa de uso de armas químicas, relembre episódios que Washington não faz questão de citar

1. O Exército norte-americano no Vietnã. Durante a guerra, no período de 1962 até 1971, as Forças Armadas dos EUA despejaram cerca de 20 milhões de galões – 88,1 milhões de litros aproximadamente – de armamento químico no país asiático. O governo vietnamita estima que mais de 400 mil pessoas morreram vítimas dos ataques; 500 mil crianças nasceram com alguma deficiência física em função de complicações provocadas pelos gases tóxicos. E o dado mais alarmante: mais de um milhão de pessoas têm atualmente algum tipo de deficiência ou problema de saúde em decorrência do Agente Laranja – poderosa arma química disparada durante o conflito.
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Aviões norte-americanos sobrevoando território do Vietnã
2. Israel ataca população palestina com Fósforo Branco. Segundo grupos ligados aos direitos humanos – como Anistia Internacional e Human Rights – o material altamente venenoso foi disparado em 2009 contra civis de origem palestina em território israelense. O Exército negou na época o uso de armas químicas. No entanto, alguns membros das Forças Armadas admitiram os disparos. Clique aqui e veja a reportagem.
3. Washington atacou iraquianos com Fósforo Branco em 2004. Jornalistas que participaram da cobertura da Guerra do Iraque reportaram que o Exército norte-americano utilizou armas químicas na cidade de Fallujah. Inicialmente, os militares se justificaram dizendo que o material serviu apenas para “iluminar o local ou criar cortinas de fumaça". No entanto, o documentário “Fallujah, o massacre encoberto”, do diretor Sigfrido Ranucci, apresenta evidências do ataque com depoimentos com membros das Forças Armadas dos EUA admitindo o episódio. Crianças e mulheres foram as principais vítimas.
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Ação militar no Iraque em 2004
4. CIA ajudou Saddam Hussein a massacrar iranianos e curdos em 1988 com armas químicas. Documentos da Inteligência norte-americana divulgados uma década depois revelam que Washington sabia que Saddam Hussein utilizava armas químicas na guerra Irã-Iraque. Mesmo assim, continuou colaborando com o presidente iraquiano. No começo de 1988, em específico, Washington alertou Hussein do movimento de tropas iranianas. Usando a informação, foi feito um ataque químico que massacrou tropas do Iraque em um vilarejo povoado por curdos. Cerca de cinco mil pessoas morreram. Outras milhares foram vítimas de complicações em decorrência dos gases venenosos.
5- EUA realizaram testes químicos em bairro pobre e negro de St Louis. No começo da década de 50, o Exército norte-americano organizou um teste de militar em alguns bairros populares de St. Louis – caracterizados por ter maioria negra. O governo disse aos moradores que realizaria um experimento com fumaças de iluminação "contra ameaças russas". No entanto, a substância atirada na atmosfera continha gases sufocantes. Após os testes, um número grande de pessoas da região desenvolveu câncer. Não há informações oficiais do número de pessoas vítimas do ataque químico.

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Imagem histórica de inspetores de Washington preparando o teste químico em bairro de St. Louis

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6 – Exército norte-americano bombardeou tropas iraquianas com armas químicas em 2003.  A cruzada de Washington à procura de armas nucleares teve episódios de disparos químicos contra os militares iraquianos, que acabaram atingindo civis. Durante 2007 e 2010, centenas de crianças nasceram com deficiências. “As armas utilizadas no confronto no Iraque destruíram a integridade genética da população iraquiana”, afirmou na ocasião Cristopher Busby, o secretário do comitê europeu de Riscos de Material Radioativo.
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Bombas norte-americanas massacram milhares de japoneses durante a Segunda Guerra Mundial
7- Japoneses são massacrados com Napalm entre 1944-1945. Em 1980, a ONU (Organização das Nações Unidas) declarou que a utilização do Napalm (um tipo de álcool gelatinoso de alto grau de combustão) seria a partir de então considerada crime de guerra dado o efeito absolutamente devastador da substância. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Exército norte-americano derrubou sobre os japoneses o suficiente para queimar 100 mil pessoas, deixar mais um milhão feridas e destruir milhares de residências

Opera Mundi – Conheça 7 ataques químicos que EUA se negam a comentar

16/05/2013

Os motivos por trás da guerra no Iraque

Filed under: Armas de Destruição em Massa,Guerra do Petróleo — Gilmar Crestani @ 10:12 pm
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Enviado por luisnassif, qui, 16/05/2013 – 18:02

Por Dê

Da Revista Vice

O verdadeiro motivo por trás da Guerra do Iraque

By Greg Palast

O Greg Palast é um autor de best-sellers lançados pelo New York Times e um destemido repórter investigativo que trabalha para a BBC Television, a Newsnight e o The Guardian. Palast mastiga e cospe os ricos. Veja as matérias e filmes dele no www.GregPalast.com, onde você também pode mandar para ele aqueles seus documentos carimbados como “confidenciais”.

Como todas as páginas estavam marcadas com o carimbo de “confidencial”, a fantoche da indústria do petróleo não conseguia acreditar que o Departamento de Estado norte-americano tivesse me dado uma cópia de seus planos secretos para campos de exploração de petróleo no Iraque.

Na verdade, o Departamento de Estado não fez isso mesmo. Mas minha experiência com enrolação é tão ampla e minha identidade falsa tão bem estabelecida, que até eu estou começando a acreditar nas minhas próprias mentiras.

Me fechei. Disse que queria ter certeza de que trabalhávamos no mesmo projeto do Departamento de Estado. Eu disse que precisava que ela me desse o nome oficial, a data e o número de páginas. E ela me deu.

Bingo! Eu tinha vencido o Complexo Petroleiro Militar num concurso de mentiras, estava na hora do meu prêmio.

Depois de ligar para alguns números da Califórnia para o Cazaquistão para disfarçar meu sinal, minhas próximas chamadas foram para o Departamento de Estado e para o Pentágono. Agora que eu tinha especificações sobre o esquema para o petróleo do Iraque — que os departamentos de Estado e de Defesa tinham jurado, por escrito, que não existiam —, eu disse que apreciaria muito se eles me mandassem uma cópia disso (nada de expurgos, por favor) ou uma história muito embaraçosa sairia no Newsnight aquela noite na BBC.

Alguns dias depois, nossa chefe de investigações, senhorita BadPenny, entregou na minha cabana nos arredores de Nova York um programa de três volumes e 323 páginas para o petróleo iraquiano criado pelo Departamento de Estado de George Bush e uma comissão de pessoas de dentro da indústria de petróleo em Houston, Texas.

Quando abri a pilha de papéis, fiquei pasmo.

Como a maioria dos jornalistas de esquerda, eu achava que George Bush e Tony Blair tinham invadido o Iraque para comprar barato seus campos de petróleo sob a mira das armas. Achávamos que sabíamos o verdadeirocasus belli dos neoconservadores: sangue por petróleo.

Mas a verdade sobre as opções para a indústria do petróleo iraquiana eram muito piores que “Sangue por Petróleo”. Muito, muito piores.

A chave estava no gráfico da página 15, Cronograma do Regime Petrolífero do Iraque & Análise de Cenário:

“…Uma única companhia estatal… melhora as relações do governo com a OPEP.”


Infográfico feito pelo autor apresentando a história secreta da Guerra do Iraque. Clique para aumentar.

Deixe-me explicar por que essas palavras mexeram com a minha cabeça.

Eu já tinha em mãos um documento de 101 páginas, outro esquema secreto do Departamento de Estado, descoberto primeiramente pelo repórter do Wall Street Journal Neil King, que pedia a privatização, a completa liquidação de todos os ativos de propriedade e indústrias do governo. E no caso de alguém ter perdido o fio da meada, as privatizações incluiriam cada torre, cano e barril de petróleo, ou, como o documento colocava, “especialmente o petróleo”.

O plano tinha sido criado por um bando de lobistas corporativos e neoconservadores que trabalhavam para a Heritage Foundation. Em 2004, a autenticidade do plano foi confirmada pelo poderoso de Washington, Grover Norquist (é difícil apagar da memória a cena bizarra de Grover gesticulando empolgado com suas mãos macias enquanto se gabava de transformar o Iraque numa Disneylândia de livre mercado, recriando o Chile na Mesopotâmia com uma ditadura estilo Pinochet necessária para trancar os ativos — atrás dele, Richard Nixon ria da minha cara em seu retrato gargantuesco pendurado na parede).

A ideia neoconservadora era quebrar e vender os campos de petróleo iraquianos, aumentar a produção, inundar o mercado mundial com petróleo — esmagando assim a OPEP e, de quebra, a dominância política da Arábia Saudita.

O general Jay Garner também confirmou o plano de se apropriar do petróleo. De fato, o secretário da defesa Donald Rumsfeld demitiu Garner quando o general, que tinha morado no Iraque, reclamou que o plano neoconservador começaria uma guerra civil. O que realmente aconteceu. No entanto, Rumsfeld substituiu Garner com um novo vice-rei norte-americano, Paul Bremer, sócio da empresa de Henry Kissinger, para completar a tomada corporativa dos ativos iraquianos — “especialmente o petróleo”.

Mas simplesmente não era para ser. Enquanto Bremer supervisionava a transferência total das indústrias iraquianas para corporações estrangeiras, ele foi barrado bruscamente à beira dos campos de petróleo.

Como? Eu sabia que existia apenas um homem que poderia rebater de uma só vez todo o exército neoconservador: James Baker, ex-secretário de Estado, conselheiro da família Bush e, mais importante, conselheiro da Exxon-Mobil Corporation e da Casa de Saud.

(Uma fonte involuntária foi o especialista da indústria petroleira Edward Morse, do Lehman/Credit Suisse, que ameaçou processar a Harper’s Magazine por eu tê-lo citado num artigo. Morse negou ter falado comigo. Mas quando toquei a gravação da nossa conversa no meu gravador portátil escondido, a memória dele voltou magicamente e ele saiu correndo.)

Não tinha como os clientes de Baker, da Exxon ao Abdullah, deixarem um bando de malucos neoconservadores destruírem a indústria de petróleo iraquiana, as cotas de produção da OPEP, inundarem o mercado com seis milhões de barris de petróleo iraquiano por dia e assim derrubar o preço para US$13 o barril como se estivéssemos em 1998.


O autor.

A indústria do petróleo não ia permitir que os campos iraquianos fossem privatizados e tomados do controle estatal. Isso tornaria impossível manter o Iraque dentro da OPEP (um objetivo confesso dos neoconservadores), já que o estado não poderia mais limitar a produção de acordo com o sistema de cotas do cartel. A indústria do petróleo norte-americana estava usando todo seu mojo político para evitar receber a posse dos campos de petróleo do Iraque.

Isso mesmo: as companhias de petróleo não queriam os campos de petróleo — e com certeza também não queriam o petróleo. E sim o contrário. Eles queriam ter certeza de que haveria um limite para a quantidade de petróleo que saía do Iraque.

Saddam não estava tentando impedir o fluxo de petróleo — ele queria é vender mais. O preço do óleo subiu 300% com as sanções e um embargo que cortava as vendas de petróleo do Iraque para dois milhões de barris por dia, dos quatro milhões anteriores. Com Saddam fora do caminho, a única maneira de manter o maldito petróleo no chão era deixar isso trancado dentro das empresas estatais que continuariam atuando sob as cotas da OPEP (ou seja, dos sauditas).

O James Baker Institute rápida e secretamente começou a elaborar o plano de 323 páginas para o Departamento de Estado. Com garantia de autoridades no topo (ou seja, Dick Cheney), o ex-CEO da Shell Oil USA, Phil Carroll, foi mandado às pressas para Bagdá em maio de 2003 para tomar conta do petróleo iraquiano. Ele disse a Bremer: “Não haverá privatização do petróleo — FIM DA DECLARAÇÃO”. Carroll depois passou o controle do petróleo iraquiano para Bob McKee da Halliburton, a antiga companhia de petróleo de Cheney, que implementou a opção de “reforço à OPEP” ancorada na propriedade estatal de Baker.

Algum petróleo até podia ser liberado, principalmente para a China, através de “acordos de produção compartilhada” limitados, porém lucrativos.

E foi assim que George Bush venceu a guerra do Iraque. A invasão não foi uma questão de “sangue por petróleo”, mas algo muito mais sinistro: sangue por petróleo nenhum. Uma guerra para manter a oferta escassa e os preços na estratosfera.

Homens do petróleo, seja James Baker, George Bush ou Dick Cheney, não estão no negócio de produção de petróleo. Eles estão no negócio de produção de lucros.

E eles tiveram sucesso. O Iraque, capaz de produzir de seis a 12 milhões de barris por dia, ainda exporta sob a velha cota da OPEP de três milhões de barris.

O resultado: enquanto comemoramos o décimo aniversário da invasão do Iraque este mês, também podemos festejar o quinto ano do óleo cru na marca de US$100 o barril.

Como George Bush podia dizer orgulhosamente para James Baker: missão cumprida!

Siga o Greg no Twitter: @Greg_Palast

Os motivos por trás da guerra no Iraque | Brasilianas.Org

28/04/2013

Harvard, fábrica de armas de destruição em massa

Filed under: Armas de Destruição em Massa,Harvard,Lula Seja Louvado — Gilmar Crestani @ 10:07 am
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A ignorância de Lula o impediu de seguir os diplomados de Harvard… Foi  por isso que a crise de 2008, cujas ondas ainda devastam economias europeias, no Brasil foi apenas uma marolinha. Tivesse seguido os doutos de Harvard e estaríamos vendendo alguns Estados, a começar pelo mais mal administrado, São Paulo, à Espanha…

El estudiante que salvó al mundo de la austeridad

Un alumno de doctorado de 28 años desmontó el informe de dos economistas de Harvard

Las políticas de recortes del gasto se basan en este estudio erróneo

Sandro Pozzi Nueva York 28 ABR 2013 – 00:00 CET380

 

Los profesores de Harvard Kenneth Rogoff y Carmen Reinhart. / M. F. Calvert

Cuando la deuda de un país supera el 90% del PIB, el crecimiento de la economía es inviable. El aserto, nacido de dos cerebros de Harvard y sobre el que se asientan las políticas de austeridad que están a punto de dinamitar los pilares del Estado de bienestar en medio mundo, ha resultado tan falaz como las armas de destrucción masiva que sirvieron para justificar la invasión de Irak.

“Es exagerado hacer la comparación, pero acepto la analogía porque es cierto que se están adoptando políticas a partir de premisas que son falsas”. Quien habla es Thomas Herndon, el estudiante de 28 años que, en su camino para sacarse un doctorado en Economía en la Universidad de Massachusetts, ha desenmascarado la mentira macroeconómica más significativa de los últimos años, y sobre la que EE UU y Europa se han apoyado en su campaña por la austeridad fiscal y el recorte drástico del gasto.

Herndon cuenta que se frotaba los ojos al cruzar los datos de su trabajo ordinario de carrera con los del hipercitado informe de los profesores de la prestigiosa Universidad de Harvard Carmen Reinhart y Kenneth Rogoff. Los errores eran básicos. De hecho, al principio pensó que el equivocado era él. No podía ser que dos reputadas eminencias hubieran podido pasar por alto cosas así.

El estudio que está en el centro de la controversia global lo publicaron Reinhart y Rogoff en la American Economic Review en 2010. Ahí defienden cómo el crecimiento cae de golpe cuando la deuda pública de un país supera el 90% del PIB. Reinhart, nacida en La Habana (Cuba) hace 57 años, fue economista jefa durante tres años del difunto Bear Stearns, la primera víctima de la crisis financiera. Eso fue en los años 1980, antes de ocupar varios cargos en el Fondo Monetario Internacional (FMI), donde llegó a ser la número dos en el departamento de investigación antes de llegar a Harvard. Rogoff, de 60 años, fue su jefe en el FMI, donde tuvo un sonado encontronazo con Joseph Stiglitz a cuenta de la crítica que el premio Nobel hizo de esa institución en su libro El malestar en la globalización (2002).

Su novia, una socióloga acostumbrada a cruzar números, fue la primera en apoyarle: “No creo que estés equivocado”, le dijo

No fueron pocos los políticos que echaron mano del trabajo para defender que se pase la podadora al gasto para volver a la senda de un crecimiento sano y robusto. Entre ellos, Paul Ryan, el candidato republicano a la vicepresidencia de EE UU. También el comisario europeo de Asuntos Económicos, Olli Rehn, y el expresidente del Banco Central Europeo Jean-Claude Trichet. Ninguno cuestionó la metodología del trabajo, ni sus datos, como hizo el joven Herndon.

“Estaba convencido desde el principio de que algo iba realmente mal con el estudio. Y cuando me llegaron los datos [los autores le mandaron las tablas de Excel que utilizaron, a petición del estudiante], se confirmaron mis sospechas”, relata Herndon. El joven estudiante, criado en Austin (Texas), de padre texano y madre de Hong Kong, al que le gusta tocar el bajo, le pasó las tablas a su novia, Kyla Walters. Ella tiene un doctorado en Sociología y gracias a su trabajo de investigación está muy acostumbrada a cruzar números. “No creo que te estés equivocando”, le respondió.

El siguiente paso fue acudir a Michael Ash y Robert Pollin, dos de sus profesores, que ahora le cubren las espaldas, pero que en un primer momento se mostraron más bien incrédulos. Lo que no logró anticipar Herndon, ni tampoco Ash y Pollin, es lo que venía a continuación. Hay economistas que les han llamado para emprender con ellos una batalla contra la idea de que el alto endeudamiento frena el crecimiento.

Pero hasta ahora ni un solo dirigente político se ha puesto en contacto con el trío para conocer su teoría. Aun así, el estudiante señala que el trabajo “está empezando a marcar la diferencia en los círculos de decisión política”. Cita, por ejemplo, el blog de John Taylor. El reputado economista por Stanford asegura que el error puesto en evidencia por el joven influyó en la decisión de los ministros de Finanzas del G-20 para omitir en su comunicado de la semana pasada una referencia al nivel de endeudamiento.

En el origen del fiasco está un encargo convencional de los profesores. Pidieron a los alumnos que emularan resultados estadísticos de estudios ya publicados. Él eligió el estudio de Reinhart y Rogoff porque, “aunque era poco atractivo”, le pareció oportuno vistas las dificultades que tienen Europa y EE UU para salir del agujero de la recesión y del impacto de las políticas que se están adoptando en los países.

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El estudiante Thomas Herndon.

Los profesores de Harvard ahora cuestionados le facilitaron en enero todo el material que necesitaba para descifrar el estudio y le dieron libertad para publicar lo que quisiera. “Vi el error muy rápido”, dice Herndon. A comienzos de abril, Reinhart y Rogoff admitieron que habían cometido algunos fallos a la hora de codificar las cifras. Pero siguen defendiendo su metodología e insisten en que existe una clara correlación entre alto endeudamiento y lento crecimiento. “Este lamentable desliz no afecta al mensaje central”, dicen en una nota.

Herndon, que habla siempre en plural, admite que criticar el trabajo de los dos profesores de Harvard “es lo más fácil” y no cree que hubiera una intencionalidad cuando omitieron ciertos datos, como el hecho de que Australia, Canadá y Nueva Zelanda crecieran en periodos de alto endeudamiento, o se equivocaran en alguna suma al introducir mal las órdenes en la celdilla de Excel. Pero está convencido también de que la teoría no puede replicarse, porque está mal planteada. Y apoya que se adopten políticas de estímulo para salir de la recesión. “La austeridad es contraproducente, crea sufrimiento”.

El joven no se declara ni conservador ni liberal; dice que no le gustan las etiquetas. Pero sí parece tener muy claro que “es falso decir que el alto endeudamiento es malo”. Por eso cree que lo que deben hacer los dirigentes es ver las circunstancias específicas en las que la deuda puede ser efectiva en un escenario de recesión. Su prioridad ahora, comenta, es terminar el segundo semestre y recopilar ideas para su tesis final.

De momento se está dedicando con sus profesores a publicar los primeros hallazgos para después seguir desarrollando el trabajo a lo largo del verano, integrando mejoras estadísticas. Y entre clase y clase busca tiempo para conceder entrevistas e incluso acercarse a Nueva York para verse con Stephen Colbert, el conductor del programa satírico The Colbert report. Colbert le dedicó esta semana dos espacios a su trabajo, lo que muestra hasta qué punto está caliente el debate. En el primero se dedicó a mofarse de los profesores de Harvard y de los que se apoyaron en su estudio para aventurar “una nueva crisis económica alimentada por la deuda”. “¿Sabes que has enfadado a mucha gente en el campo de la austeridad, importantes y muy poderosos?”, le preguntó después. “La Universidad me cuida mucho”, le respondió. Herndon admite no estar preparado para la avalancha mediática. “Ni siquiera tenía una buena foto”, comenta. Y las siglas con las que los tres autores firman el trabajo, HAP, tomada de la inicial de sus apellidos, ha inspirado ya una expresión entre los estudiantes: “To get happed”, que alguien te señale los errores.

El joven cree que su experiencia hará que los estudiantes presten mucha más atención a la hora de comprobar una y otra vez los resultados de sus trabajos. “Serán mucho más cuidadosos”. Como le dijo Colbert, la pareja de Harvard no se dio cuenta de los errores porque no hay nadie por encima de ellos que les revise sus estudios. Ahora, como señala Kyla, su chico tendrá menos tiempo para practicar música, pero sus perspectivas de trabajo han mejorado.

El estudiante que salvó al mundo de la austeridad | Economía | EL PAÍS

23/04/2013

Contra os EUA, panela de pressão é arma de destruição em massa…

Já as bombas atômicas contra Hiroshima e Nagasaki, depois que a guerra havia acabado, foi só um passeio aéreo em busca de cogumelos…

La Casa Blanca asegura que el acusado de Boston será juzgado en un tribunal civil

La fiscalía acusa al joven de 19 años de “conspiración para usar armas de destrucción masiva contra personas y propiedades de EEUU con resultado de muerte”

Yolanda Monge Washington 22 ABR 2013 – 21:41 CET245

FOTO: REUTERS / VIDEO: ATLAS

Cerrando un debate judicial que reavivaba la herida abierta de Guantánamo, la Casa Blanca ha asegurado que el sospechoso del atentado del maratón de Boston, Dzhokhar Tsarnaev, no será juzgado en una comisión militar y tratado como un combatiente enemigo sino que será llevado ante un tribunal civil, “sistema que se ha demostrado muy eficaz para investigar y condenar a otros autores de delitos de terrorismo en EE UU”, ha declarado el portavoz del presidente, Jay Carney, en rueda de prensa.

Carney ha puesto como ejemplo el caso del hombre de Detroit que en 2009 intento volar un avión el día de Navidad llevando explosivos en su ropa interior. Umar Faruk Abdulmutallab fue condenado posteriormente por un tribunal civil a varias cadenas perpetuas sin posibilidad de libertad condicional. “Es importante recordar que desde el 11-S hemos usado el sistema de justicia federal para condenar y encarcelar a cientos de terroristas”, ha finalizado Carney.

Casi al mismo tiempo que la Casa Blanca hacía ese anuncio, se ha sabido que a Tsarnaev un juez le ha leido los cargos de los que se le acusa en la cama de su habitación del hospital de Boston, donde se le trata de las heridas del asalto que vivió con la policía durante la madrugada y el día del viernes. A Tsarnaev no se le han leído todavía sus derechos –doctrina Miranda que le garantiza un abogado y le concede mantener silencio- porque la Administración se ha acogido a la excepcionalidad del caso y sus conexiones terroristas, por lo que existen ciertas dudas sobre cual será la trascendencia del acto de ayer.

La fiscalía de Massachussetts ha anunciado que a Tsarnaev se le acusa de “conspiración para usar armas de destrucción masiva contra personas y propiedades de EEUU con resultado de muerte”, cargos que podrían acarrear al ya acusado la pena de muerte en un tribunal federal y no estatal, ya que Massachussetts tiene abolida la máxima pena de su ordenamiento jurídico.

Fuertemente sedado y recuperándose de una grave herida en el cuello, el acusado yace esposado en una cama del hospital Beth Israel de Boston

Fuertemente sedado y recuperándose de una grave herida en el cuello –entre otras-, Tsarnaev yace esposado en una cama del hospital Beth Israel de Boston. Incapacitado para hablar, el acusado ha estado contestando por escrito a las preguntas del equipo de especialistas en lucha contraterrorista que se ha desplazado hasta la ciudad. El joven de 19 años contestó a las demandas de los interrogadores con movimientos de cabeza, según fuentes citadas por la cadena CNN.

Tsarnaev perdió bastante sangre y, al parecer, ha perdido bastate audición como resultado de dos explosiones que se utilizaron para hacerle salir del bote en el que se había refugiado en una casa de la localidad de Watertown, a las afueras de Boston.

A las preguntas que las autoridades policiales más buscan respuestas es a si los dos hermanos tenían planeados otros ataques, si existen otras bombas, explosivos escondidos o armas. También es clave en la investigación determinar si los jóvenes de origen ruso tuvieron cómplices o actuaron solos, que es la teoría por la que apuesta la policía, aunque el FBI y el departamento de Seguridad Nacional siguen con todas las vías abiertas.

Las fuerzas del orden también investigan ahora si el sospechoso que falleció durante el intercambio armado con la policía, Tamerlán Tsarnaev, 26 años, tuvo alguna conexión con un triple homicidio en Massachussetts en 2011, según informó ayer una portavoz de la fiscalía. El FBI identificó la semana pasada al mayor de los Tsarnaev como una de las dos personas implicadas en el atentado que dejó tres muertos y más de 170 heridos hace una semana en Boston. El FBI sigue ahora la pista de si Tamerlán era amigo íntimo de uno de los tres hombres que murieron apuñalados en el cuello en un apartamento de Waltham.

Las fuerzas del orden investigan si el sospechoso fallecido, Tamerlán Tsarnaev, 26 años, tuvo alguna conexión con un triple homicidio en Massachussetts en 2011

La policía considera una persona clave en la investigación a la esposa del mayor de los Tsarnaev, Katherine Russell, con quien tenía una hija de dos años, ya que podría conocer incidentes que le llevaran a actuar como lo hizo hace una semana. El abogado de Russell ha asegurado que su cliente supo de lo sucedido a través de las noticias. “No sabía nada”, dijo Amato DeLuca.

El FBI cree que los hermanos compraron los componentes para fabricar las bombas en alguna localidad cercana a sus residencias pero que las armas llegaron de fuera del Estado, armas para las que no tenían ninguna licencia, lo que ha avivado una polémica ya existente sobre la violencia y las armas de fuego.

La Casa Blanca asegura que el acusado de Boston será juzgado en un tribunal civil | Internacional | EL PAÍS

30/03/2013

O filho mais burro do pai

Filed under: Armas de Destruição em Massa,Bush,Iraque — Gilmar Crestani @ 8:17 pm
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O pai já não era boa bisca, e dos filhos, o pior venceu. Nos EUA, com arma na mão, isto é normal.

Por que a invasão do Iraque foi o maior erro da história da política externa americana

Depois de algum modo ter transformado todo o Islã em um inimigo, Washington simplesmente atrelou-se a intermináveis crises, as quais não teve nenhuma chance de vencer. Nesse sentido, o Iraque não foi uma aberração, mas o auge histórico de um modo de pensar que agora está lentamente ruindo. Por Peter Van Buren, do The Nation

Peter Van Buren – The Nation

Eu estava lá. E esse lugar era onde se deve estar se você quiser ver os sinais do fim dos tempos para o império americano. Era o lugar para se estar se você quiser ver a loucura e, oh, sim, foi uma loucura, não filtrada através de uma mídia complacente e sonolenta que fez a política de guerra de Washington parecer, se não sensível, pelo menos sensata e séria o suficiente. Eu estava no Ground Zero, que era para ser a peça central de uma nova Pax Americana no Grande Oriente Médio.
Não querendo estigmatizar, mas a invasão do Iraque acabou por ser uma piada. Não para os iraquianos, claro, e nem para os soldados americanos. E aqui a mais triste verdade de tudo: no dia 20 de março, que marca o décimo aniversário da invasão infernal, nós ainda não entendemos seu propósito. No caso de você querer ir para o cerne da questão, ao invadir o Iraque os Estados Unidos fizeram mais para desestabilizar o Oriente Médio do que nós poderiamos ter imaginado àquela altura. E nós – e muitos outros – iremos pagar o preço por isso por muito, muito tempo.
A loucura do Rei George
É fácil esquecer quão normal a loucura pareceu naquela época. Em 2009, quando eu cheguei no Iraque, já estávamos no momento do último suspiro da possibilidade de salvar algo que já podia ser entendido como o maior erro da história da politíca externa americana. Foi então que, como um oficial do Departamento de Estado designado para liderar duas equipes de reconstrução provincial no leste do Iraque, eu entrei pela primeira vez naquela fábrica de processamento de frango que ficava no meio do nada.
Até então, o plano de resconstrução americano estava afundando em rios de dinheiro mal gasto. No centro dos esforços americanos – pelo menos depois de os Estados Unidos abandonarem a ideia de um governo interino para o Iraque, e de que nossas tropas invasoras seriam recibidas com doces e flores como libertadores – nós não tinhamos conseguido reconstruir nada de significante. Primeiramente concebido como um Plano Marshall para o novo século americano, seis longos anos depois tudo tinha se desenvolvido em uma farça.
Na meu período de atuação, os Estados Unidos gastaram algo entorno de 2,2 milhões de doláres para construir uma enorme instalação no meio de nada. Ignorando a dura realidade dos iraquianos que nasceram e vendiam frangos ali há cerca de 2000 anos, os Estados Unidos decidiram financiar a construção de uma unidade central de processamento (tendo os iraquianos como gerentes de compras locais) que cortará os frangos com máquinas complexas trazidas de Chicago, empacotaria os peitos e asas em filme plástico e, em seguida, transportaria tudo para supermercados locais. Talvez tenha sido o calor do deserto, mas isso fazia sentido na época, e o plano foi apoiado pelo Exército, o Departamento de Estado e a Casa Branca.
Elegante na concepção, pelo menos para nós, mas não se conseguiu lidar com algumas deficiências simples, como a falta de energia elétrica regularmente, um sistema logístico para levar as frangos para a fábrica, capital de giro, e… mercearias. Como resultado disso, os reluzentes 2,2 milhões investidos na fábrica não processaram nenhum frango. Para usar algumas das palavras de ordem do momento, nada foi transformado, não qualificou ninguém, não estabilizou nem promoveu economicamente nenhum iraquiano. Ele apenas ficou lá vazio, escuro e não utilizado no meio do deserto. Como os frangos nós fomos depenados.
De acordo com a loucura da época, no entanto, o simples fato que a fábrica não ter cumprido nenhum de seus reais objetivos não significa que o projeto não foi um sucesso. Na verdade, a fábrica foi um sucesso na mídia dos EUA. Afinal, para cada visita monitorada, com fins de propaganda, à fábrica, meu grupo abastecia o local às pressas com frangos comprados, preparávamos as máquinas e faziamos uma apresentação fantasiosa.
No humor negro daquele momento, nós batizamos o lugar de Fábrica de Frango Potemkin. Entre visitas públicas e privadas, tudo ficava às escuras, apenas ressurgindo com o cantar do galo a cada manhã que alguma equipe de filmagem vinha para uma visita. Nossa fábrica foi, portanto, considerada um grande sucesso. Robert Ford, então na embaixada de Bagdá e agora embaixador dos EUA para a Síria, disse que sua visita foi o melhor dia que ele esteve no Iraque. O general Ray Odierno, então comandannte de todas as forças dos EUA no Iraque, enviou blogueiros e civis, que acompanhavam os militares, para ver o projeto da vitória. Algumas das propagandas proclamavam que "ensinando os iraquianos a florescer sozinhos dá a eles a capacidade de fornecer a sua própria estabilidade, sem necessidade de contar com os americanos".
A fábrica de frangos era uma história engraçada no começo, o tipo da piada interna que você precisa saber o que realmente ocorre pra entender. É, nós desperdiçamos algum dinheiro, mas 2,2 milhões de dólares é uma quantia pequena numa guerra que um dia irá custar trilhões. Realmente, ao final das contas, qual foi o prejuízo?
O dano foi este: nós queríamos deixar o Iraque (e o Afeganistão) estáveis para avançar nos objetivos americanos. Fizemos isso gastando nosso tempo e dinheiro em coisas obviamente inúteis, enquanto a maioria dos iraquianos não têm acesso a electricidade, água limpa, regular e assistência médica ou hospitalar. Como poderíamos ajudar a estabilizar o Iraque se nós agíamos como palhaços? Como um iraquiano me disse, "é como se eu estivesse pelado em uma sala com um grande chapéu na minha cabeça. Todo mundo entra e ajuda a botar flores e fitas no meu chapéu, mas ningúem parece reparar que eu estou pelado".
Por volta de 2009, é claro, tudo isso deveria estar muito óbvio. Nós não estavamos mais dentro do sonho neoconservador de uma superpotência mundial incomparável, estávamos apenas atolados no que aconteceu neste sonho. Nós eramos uma fábrica de galinhas no deserto que ninguém queria.
Viagem no tempo para 2003
Aniversários são tempos de reflexão, em parte, porque é muitas vezes só retrospectivamente que reconhecemos os momentos mais significativos em nossas vidas. Por outro lado, em aniversários muitas vezes é difícil lembrar o que era tudo, realmente, quando tudo começou. Em meio ao caos do Oriente Médio hoje, é fácil, por exemplo, esquecer como as coisas pareciam no começo de 2003. O Afeganistão pareceu ter sido invadido e ocupado de forma rápida e limpa, de forma que os soviéticos (os britânicos, os gregos antigos…) jamais poderiam ter sonhado. O Irã estava assustado, vendo o poderoso exército americano na sua fronteira oriental e em breve na ocidental também, e estava pronto para negociar.
A maioria do resto do Oriente Médio foi enfiado em um longo sono com ditadores confiáveis o suficiente para manter a estabilidade. A Líbia era uma exceção, embora as previsões eram de que em pouco tempo Muammar Kadafi iria fazer algum tipo de acordo. E ele fez. Tudo o que era necessário era um golpe rápido no Iraque para estabelecer uma presença militar americana permanente no coração da Mesopotâmia. Nossas futuras guarnições militares lá, obviamente, supervisionariam as coisas, fornecendo os músculos necessários para derrubar todos os futuros elementos desestabilizadores. Isso fazia tanto sentido para a visão neoconservadora do começo da era Bush. A única coisa com a qual Washington não contava era que nós fossemos o primeiro elemento desestabilizante.
De fato, o grande plano estava se desintegrando até durante o período em que ele estava sendo sonhado. Com vontade de ter tudo em seus termos, a equipe de Bush perdeu uma oportunidade diplomática com o Irã que poderia ter feito o barulho de hoje desnecessário. Como parte do desastre, homens desesperados, blindados pela história, aumentaram o volume de medidas desesperadas: tortura, gulags secretos, dissimulações, uso de drones para assassinatos, e ações extraconstitucionais em casa. O mais frágil do acordos foi aparado para tentar salvar alguma coisa, incluindo ignorar a rede de proliferação nuclear paquistanesa A.Q Khan em troca de uma aproximação com Líbia, e uma foto brega da Condoleezza Rice com o Kadafi.
Dentro do Iraque, as forças do conflito sectário entre sunitas e xiitas foram desencadeadas pela invasão dos EUA. Isso, por sua vez, criou as condições para um confronto entre os Estados Unidos e o Irã dentro da política interna iraquiana, similar à crescente guerra na política interna do Líbano entre Israel e Irã.
Nada disso terminou. Hoje, de fato, a guerra na política interna desses países simplesmente achou um novo palco, a Síria, com várias forças usando "ajuda humanitária" para empurrar e impulsionar os seus alidados sunitas e xiitas.
Descontentando as expectativas neoconservadoras, o Irã emerge da década americana no Iraque economicamente mais poderoso, com o comércio não oficial entre os dois vizinhos sendo avaliado agora em cinco bilhões de dólares por ano, valor que continua crescendo. Nessa década, os Estados Unidos também conseguiram remover um dos contrapesos estratégicos do Irã, Saddam Hussein, substituindo-o por um governo dirigido por Nouri al-Malaki, que já encontraram apoio em Teerã.
Enquanto isso, a Turquia está agora envolvida em uma guerra aberta com os curdos do norte do Iraque. A Turquia é, naturalmente, parte da Otan, então imagine o governo dos EUA sentado em silêncio enquanto a Alemanha bombardeava a Polônia. Para completar o círculo, o primeiro-ministro do Iraque advertiu recentemente que uma vitória dos rebeldes da Síria vai desencadear guerras sectárias em seu próprio país e vai criar um novo refúgio para a Al Qaeda, que iria desestabilizar ainda mais a região.
Enquanto isso, militarmente queimado, economicamente sofrendo com as guerras no Iraque e no Afeganistão e sem qualquer moral no Oriente Médio pós-Guantánamo e Abu Ghraib, os Estados Unidos sentam sobre suas próprias mãos, com a faísca regional do que veio a ser chamada de Primavera Árabe se apagando, para ser substituída por desestabilização ainda maior dentro da região. E mesmo assim Washington não parou de procurar a versão mais recente da (agora sem nome) guerra global contra o terror em regiões cada vez mais novas que precisam de desestabilização.
Tendo notado a facilidade com que o entorpecido público americano patrioticamente olhou para o outro lado, enquanto nossas guerras seguiram seus caminhos específicos para o desastre, nossos líderes nem sequer piscam mais ante a possibilidade de mandar caças americanos não tripulados e forças de operaçoes especiais para lugares cada vez mais distantes, notavelmente mais para dentro da África, criando das cinzas do Iraque uma versão do estado de guerra perpétua que George Orwell uma vez imaginou em seu romance não-utópico 1984.
Feliz aniversário
No décimo aniversário da Guerra do Iraque, o Iraque continua, em qualquer nível, um lugar perigoso e instável. Até mesmo o sempre otimista Departamento de Estado aconselha viajantes americanos que vão para o Iraque, posto que esses cidadãos "continuam correndo risco de serem sequestrados… porque grupos rebeldes, incluindo Al Qaeda, ainda estão ativos", além de notar que "a norma do Departamento de Estado para negócios americanos no Iraque aconselha o uso de ‘Detalhes de Segurança’".
Numa perspectiva mais ampla, o mundo está muito mais inseguro e perigoso do que estava em 2003. De fato, para o Departamento de Estado, que me enviou para o Iraque para testemunhar as leviandades do imperialismo, o mundo tornou-se ainda mais assustador. Em 2003, no momento infame do "missão cumprida", só a embaixada em território afegão foi considerada "extremamente perigosa" na lista de embaixadas além-mar. Não muito mais tarde, ainda, Iraque e Paquistão foram adicionados nesta lista. Hoje, Iemêm e Líbia, antes seguros para embaixadas, agora estão categorizadas como "extremamente inseguras".
Outros lugares antes considerados tranquilos para diplomatas e suas famílias, como Síria e Mali, foram esvaziadas e não contam com nenhuma presença diplomática americana. Até mesmo a sonolenta Tunísia, uma vez calma o bastante para que uma escola de árabe fosse estabelecida na embaixada, conta agora com uma equipe reduzidíssima com nenhum familiar residente. No Egito isso é oscilante.
Explicitamente o grande apologista da estrátegia adotada no Iraque, com a ausência de George W. Bush e dos altos funcionários de seu governo, o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair lembrou-nos recentemente de que há mais no horizonte. Admitindo que há "muito tempo desistiu de tentar persuadir as pessoas do Iraque que foi a decisão certa", Blair acrescentou que novas crises estão se aproximando. "Você tem uma crise hoje na Síria, você tera uma outra no Irã em breve", disse ele. "Estamos no meio dessa luta, que vai levar uma geração, e vai ser muito árduo e difícil. Mas acho que estaremos cometendo um erro, um erro profundo, se pensarmos que podemos ficar fora dessa luta".
Pense nesse comentário como um aviso. Depois de algum modo ter transformado todo o Islã em um inimigo, Washington simplesmente atrelou-se a intermináveis crises nas quais não tem nenhuma chance de vencer. Nesse sentido, o Iraque não foi uma aberração, mas o auge histórico de um modo de pensar que agora está lentamente ruindo. Por décadas, os Estados Unidos terão uma força militar grande o suficiente para garantir que a nossa queda seja lenta, sangrenta, feia e relutante, embora inevitável. Um dia, porém, mesmo os caças não tribulados terão que aterrissar. Assim, feliz 10 anos de aniversário, Guerra do Iraque! Uma década depois da invasão, um caótico e instavél Oriente Médio é o legado não terminado da nossa invasão. Eu acho que o alvo da piada somos nós ao final, embora ninguém esteja rindo.

Tradução: Mailliw Serafim e Caio Sarack

Carta Maior – Internacional – Por que a invasão do Iraque foi o maior erro da história da política externa americana

10/01/2013

Aparece mais uma prova da obra típica norte-americana

O assassinato de 210 mil pessoas de Hiroshima e Nagasaki pelos EUA mostram quem são os assassinos do mundo e nas mãos de quem a bomba atômica vira arma de destruição em massa.

Encontrada nova foto da bomba de Hiroshima, tirada do chão

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A icônica imagem da nuvem de fumaça em forma de cogumelo provocada pela bomba atômica lançada sobre Hiroshima (Japão) foi apresentada ao mundo ontem sob um novo ângulo.

Uma foto encontrada na última segunda-feira na escola primária Honkawa, em Hiroshima, mostra, em preto e branco, a coluna de fumaça vista do chão, partida em dois.

A imagem teria sido tirada entre 20 e 30 minutos após a "Little Boy" (apelido da bomba) atingir a cidade, na manhã de 6 de agosto de 1945. A foto foi feita de um local cerca de dez quilômetros a leste do epicentro da explosão.

Até então, as fotos difundidas haviam sido tiradas de aviões e mostravam o "cogumelo atômico" do alto.

"A existência deste registro já havia sido mencionada, mas é a primeira vez que a fotografia original foi descoberta", explicou uma curadora do Memorial da Paz de Hiroshima.

A imagem foi encontrada entre uma coleção de cerca de mil artigos relacionados à bomba atômica na escola.

O material foi doado pelo sobrevivente Yosaburo Yamasaki na década de 50, segundo o jornal "The Japan Times".

O autor da foto é desconhecido. Ela ficará exposta em um museu próximo à escola.

Mais de 140 mil pessoas morreram no ataque americano à cidade. Três dias depois, os EUA lançaram outra bomba sobre Nagasaki, deixando mais de 70 mil mortos.

09/12/2012

A diferença entre um estadista e um ventríloquo está no Brasil

clinton-e-fhc

FHC fez tudo exatamente o que o Bill Clinton pedia. Mandou seu chanceler tirar os sapatos para entrar nos EUA. Se ajoelhou e rezou com a bunda voltada para os EUA. Deu no que deu. Abundantemente! Quem não se respeita não é respeitado, e foi exatamente por isso que a amante, Miriam Dutra, declarou o que o filho era dele. Ele acreditou, mas os filhos de D. Ruth sabiam que não era filho do pai, mas da mãe… O pai eles conheciam, pois é, como se diz lá no interior, um trouxa, um mongoloide! Um ventríloquo!

Bob Fernandes

Em Berlim, Lula revela conversas reservadas com líderes mundiais

Durante eventos em Berlim, Lula falou sobre o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) e a crise europeia (Foto: Clarissa Neher/Especial para Terra)

POR BOB FERNANDES

Em encontro com representantes da social democracia nesta sexta-feira, 07, em Berlim, o ex-presidente Lula revelou detalhes de algumas das suas conversas reservadas com líderes mundiais no tempo em que estava na Presidência. Abaixo, relato do que foi dito por Lula:

"Vamos pegar o cara do Irã, que eu participei ativamente. O cara do Irã. Eu saí do Brasil e fui ao Irã. Contra a vontade de todo mundo… da minha companheira Angela Merkel, do companheiro Obama, do companheiro Sarkozy, do companheiro Medvedev, do companheiro… eu estava convencido que era possível convencer o Irã a assinar o documento que a Agência (Internacional de Energia Atômica) precisava… e eles me diziam assim ‘Lula, você é um ingênuo, você está acreditando no Ahmadinejad e ele não está falando a verdade…’Eu falei, ‘eu sou ingênuo, mas eu acredito na política’".

Uma vez, na reunião de Princeton, perguntei:

– Obama, você já conversou com Ahmadinejad?

– Não.

Sarkozy, você já conversou com Ahmadinejad?

– Não.

Angela Merkel, você já conversou com Ahmadinejad?

– Não.

– Gordon Brown, você já conversou com Ahmadinejad?

– Não.

– Berlusconi, você já conversou com Ahmadinejad?

– Não.

– Ora, se ninguém tinha conversado com o cara, que diabo de política é essa?

(Gargalhadas e aplausos).

Prosseguiu Lula:

-Antes do Irã, passei em Moscou para conversar com o presidente Medvedev. Chego em Moscou e o presidente Obama tinha ligado para Medvedev:

– Olha, diga para o Lula não ir ao Irã porque ele não vai fazer acordo. Ahmadinejad não cumpre acordo…

Aí, passo no Qatar e o emir do Qatar recebeu um telefonema da secretária de Estado dizendo:

– Olha, diga para o Lula não ir, ele está sendo ingênuo, ele não pode ir porque o Irã não vai.

Eu fui… chegamos no Irã e eu fui conversar com o grande líder (religioso), o Kaminey, fui conversar como presidente do parlamento, e fui conversar com Ahmadinejad e falei com todas as palavras:

– Ahmadinejad, eu estou vindo aqui, os meus amigos estão brigando comigo, (e aí eu citei o nome de cada presidente), a imprensa brasileira está me batendo há uma semana e eu não saio daqui sem uma acordo…

(Risos da plateia)

– Não, mas Lula, você pode sair que eu concordo.

– Olha, tem de escrever. (Risos da plateia) Sabe por que tem de escrever, Ahmadinejad? Sabe o que eles pensam de você? Eles pensam que você é mentiroso e não cumpre a palavra… então, eu só saio daqui com um documento escrito.

Qual não foi minha surpresa, e quando eu pensei que o conselho de segurança da ONU iria me dar um prêmio de agradecimento (Risos da plateia), eles deram a maior demonstração de ciúme do mundo e ainda assim resolveram punir o Irã. Ainda bem que a imprensa democrática do mundo publicou uma carta, que o presidente Obama tinha me mandado, dizendo quais as condições que eles aceitavam e o Ahmadinejad aceitou exatamente as condições que estava na carta. E ainda assim, eles fizeram retaliações com o Irã, não aceitaram o documento…

Então, o que eu percebi: eu percebi uma coisa que eu vou dizer com a maior sinceridade, eu acho que tem gente no mundo que não quer paz, quem quer paz é o povo. Mas tem quem precisa da discórdia, necessita da discórdia pra poder ser importante, senão, não teria nenhuma explicação a gente não ter paz no Oriente Médio. A mesma ONU que criou o estado de Israel porque não cria o estado Palestino?

(Aplausos da plateia).

Lula iniciou sua fala de 8 minutos dizendo o seguinte:

“Eu queria só lembrar uma coisa. Nós criamos o G-4; Brasil, Alemanha, Japão e índia. O que aconteceu? A Itália não quer que a Alemanha entre no Conselho de Segurança (da ONU). A China não quer que o Japão entre no Conselho de Segurança. Todo mundo defendia que o Brasil deveria entrar, mas não entrou. Ou seja.. dizem que não tem reforma das Nações Unidas porque qual é o país da África que vai entrar?

Olha, vamos ser francos…tem três 54 países na África…você tem três países importantes, grandes, com grande população…. África do Sul, Nigéria e Egito, por que  não entra os três? Porque que não entra Brasil e México? Qual é o problema? O problema é que quem tá lá não quer repartir o poder. Essa é a verdade. É muito cômodo do jeito que tá. Então, o Brasil está disposto a se engajar, o Brasil está no Haiti já há bastante tempo.

Se dependesse de mim quando estava na Presidência eu teria retirado o Brasil do Haiti, não tiramos porque o presidente Préval pediu pra gente ficar, e nós ficamos lá e o Brasil presta um grande serviço. O dia que tiver no Haiti um sistema de segurança que diga que o Brasil não precisa ficar mais lá, nós traremos a nossa tropa. Agora, o que não dá é pra gente trabalhar com base em mentiras. Não dá. Ou seja, cadê as armas químicas do Iraque? Cadê? Se contou uma mentira pra humanidade, em toda essa mentira se invadiu um país…o que aconteceu?

Em Berlim, Lula revela conversas reservadas com líderes mundiais | Bob Fernandes

27/08/2012

A indústria da morte made in USA

Filed under: Armas de Destruição em Massa,Isto é EUA!,Terrorismo de Estado — Gilmar Crestani @ 10:06 am

 

Estados Unidos vendió en 2011 más armas que nunca

La venta total fue de 52.960 millones de euros

Los destinatarios fueron, sobre todo, aliados del golfo Pérsico preocupados por Irán

El País México27 AGO 2012 – 01:44 CET58

La venta de armas por parte de Estados Unidos batió en 2011 un récord histórico. EE UU vendió el año pasado más armas al extranjero que nunca, por un valor total de 66.300 millones de dólares (aproximadamente 53.000 millones de euros), según revela el diario estadounidense The New York Times. Los principales destinatarios del armamento (sobre todo sistemas de misiles avanzados y aviones de última generación): Arabia Saudí, Emiratos Árabes Unidos y Omán, países aliados del golfo Pérsico preocupados por los avances del programa nuclear de Irán.

La cifra de ventas de armamento triplica la de 2010, cuando se exportaron 21.400 millones de dólares (unos 17.100 millones de euros), según el estudio que cita The New York Times, elaborado por el Servicio de Investigación del Congreso, un organismo independiente. El alza previa en la venta de armas se había dado en 2009, cuando las exportaciones alcanzaron los 31.000 millones de dólares (24.700 millones de euros). Aunque la crisis había hecho decrecer las ventas, las crecientes tensiones por el desarrollo nuclear iraní han reactivado este tipo de comercio.

Mientras que las exportaciones armamentísticas de EE UU supusieron casi un 78% del mercado mundial de 2011, Rusia se colocó en un lejano segundo puesto con 4.800 millones de dólares (unos 3.800 millones de euros).

EE UU vendió a Arabia Saudí un escudo antimisiles y 84 aviones F-15, además de "docenas" de helicópteros Apache, Black Hawk y Chinook, según el informe. El importe total de la transacción fue de 33.400 millones de dólares (26.700 millones de euros).

Emiratos Árabes Unidos pagó 4.429 millones de dólares (unos 3.500 millones de euros) por un escudo antimisiles avanzado y 16 helicópteros Chinook, mientras que Omán compró 18 aviones de combate F-16, entre otras armas, por valor de 1.400 millones de dólares (1.100 millones de euros). Además, EE UU vendió 4.100 millones de dólares en aviones G-17 a la India, y otros 2.000 millones de baterías antimisiles Patriot a Taiwán.

Estados Unidos vendió en 2011 más armas que nunca | Internacional | EL PAÍS

04/08/2012

¿Tenía razón Descartes?

Filed under: Alemanha,Armas de Destruição em Massa,Descartes — Gilmar Crestani @ 9:10 am

 

Por Osvaldo Bayer

Desde Bonn, Alemania

Lástima que el filósofo Descartes no vuelva a nacer hoy en esta Europa. Me asomo a la ventana. Veo pasar a la gente, con prisa. Me digo: no hemos aprendido nada. Anoche vi en la televisión las airadas disputas de economistas europeos, escuché la radio con severas críticas al titular del Banco Europeo por sus anuncios. Leo los diarios: Europa no camina, Grecia, Italia y España en sus últimas oportunidades de salvar a la economía. Dicen que la culpa la tiene Alemania. Alemania sostiene: no tenemos por qué los alemanes pagar todos los desaciertos de los demás europeos. Discusiones, planes. Un momento, señores: ¿y la Lógica? No, la palabra dominante no es la Lógica sino, ¿cómo salvar al euro? Cada economista tiene su plan y nadie se pone de acuerdo. Todos tienen razón y le echan la culpa al vecino. La solución está para ellos en aumentar los impuestos, rebajar los sueldos, dejar cesantes a todos los que empiezan a cobrar. Nadie piensa en cambiar el sistema ni aprender de los fracasos cada vez más seguidos. Pero el problema es que la gente sale a la calle. Y a la pobreza y la desocupación no se las soluciona con palos, rejas y expulsión de extranjeros… ¿Cómo? ¿Y qué pasó con el capitalismo que iba a solucionar todos los problemas por sí mismo?

Alemania, que es el mejor país europeo en lo económico, acaba de anunciar que el Deutsche Bank va a dejar cesantes a 1900 empleados. Pensemos en ellos, mirémosle la cara a cada uno, pensemos en sus familias, en los años perdidos en aprender ese oficio siempre pleno en novedades, el sentirse cómodos de trabajar en una entidad que sólo ha tenido ganancias desde su origen. Y ahora, a la calle. Además, lo irracional e inexplicable de todo esto es que el mismo Banco anuncia que en el último período ha tenido una ganancia neta de 9000 millones de euros. Pero como en el anteúltimo período tuvo una ganancia mayor, de 13.000 millones de euros, entonces se llegó a tomar la decisión de las cesantías de casi dos mil empleados. No hay una explicación ética para esta medida. Porque la menor ganancia no la tienen que pagar los empleados, más cuando los altos ejecutivos ganan sueldos de pura fantasía. Por ejemplo, el mismo Deutsche Bank publicó que el último presidente ganaba sumas aproximadas a un millón de euros por mes. No, la interpretación de la ética del capitalismo roza ya con lo fantástico, pero de una fantasía que alcanza ya la perversión plena. ¿Porque, qué pasa con la crisis europea? Crisis para los de abajo, pero no para los poderosos. Esto es absolutamente sabido. El sociólogo Walter Wüllenweber lo ha publicado en Stern con todos los datos: las fortunas multimillonarias de la clase alta en los países en crisis: Italia, Grecia, Portugal, España. Aquí algunos números que lo dicen todo. Por ejemplo, Italia tiene una deuda de 1946 miles de millones de euros, mientras que la fortuna personal del 10 por ciento de la población llega a 4152 miles de millones de euros. En España, la deuda del Estado es de 775 miles de millones de euros, mientras la fortuna privada alcanza a 2789 miles de millones. En Alemania, la deuda estatal alcanza a 2112 miles de millones de euros y la fortuna privada se eleva nada menos que a 8236 miles de millones de euros. Más datos indiscutibles: en Italia viven 1.400.000 millonarios; en Alemania vive un millón de millonarios. ¿La solución no estaría en aplicarles un impuesto a los que tienen como fortuna más de un millón de euros y no despedir a gente de trabajo? No, eso no se toca. Y podemos decir que no hay verdadera democracia en países donde no hay trabajo para todos y al mismo tiempo hay fortunas millonarias. El principal argumento es que si se cobran impuestos a la riqueza, esos “seres humanos” se van del país a vivir a los paraísos fiscales de los ricos, donde se les cobra un impuesto muy bajo: Luxemburgo, las Bermudas, las islas del Canal de la Mancha, Suiza, Chipre, Singapur y también Austria. Se calcula que los millonarios han depositado entre 21 y 32 billones de dólares en esos paraísos sin impuestos. La organización Tax Justice Network acaba de denunciar que 21 billones es superior a lo que produce toda Europa en un año. Los entendidos sostienen que –por ejemplo en Alemania– si ocho por ciento de los más ricos entregaran al Estado sólo el ocho por ciento de sus fortunas, se recogerían en total 230 mil millones de euros. Se señala además que Italia, España y Grecia son los países europeos donde más se practica el no pago de impuestos. Ya sea por inmoralidad de las oficinas de cobro de impuestos o por la ine-ficiencia de ellas.

Con respecto al argumento de “que si se cobran los impuestos a los ricos, éstos se van a vivir a donde no pagan impuestos”, esa razón queda desmentida por las normas que rigen en dos países: Suecia y Finlandia, donde se les cobra a las grandes fortunas fuertes impuestos y sin embargo en esos dos países hay más millonarios que en Italia.

El presidente francés, François Hollande, ha dado un ejemplo de honestidad: comenzó con las leyes de ahorro público rebajándose su propio sueldo en un treinta por ciento. Esa actitud tendrían que tener todos los representantes gubernamentales europeos que tienen sueldos por demás altos. Además ha anunciado que se aplicará un aumento de impuestos a todas las fortunas de más de un millón de euros. Un primer paso hacia la justicia y hacia la verdadera democracia.

Otros de los problemas no resueltos por nuestra llamada civilización humana son la fabricación, compra y venta de armas. Y aquí, en Alemania, es un tema crucial. Luego de las experiencias de las dos últimas guerras, diversos sectores verdaderamente progresistas habían prometido nunca más la fabricación de armas ni menos la venta de armas, en especial a los países en conflicto. Bien, ya expresamos en una contratapa anterior que Alemania se ha convertido en el tercer país del mundo que fabrica y vende armas, detrás de Estados Unidos y de Rusia. Y ya es casi un hecho la venta de los doscientos tanques Leopard al emirato árabe Katar, a pesar de la oposición férrea del partido socialdemócrata, el Partido de Izquierda y el Verde. También está ya aceptada la venta de ochocientos Leopard al reino de Arabia Saudita. Y ha tomado estado público la venta de esos tanques de guerra a Indonesia.

En ese sentido, fracasaron nuevamente las conversaciones de un nuevo convenio en Naciones Unidas por el cual se prohíbe en el mundo entero la venta de armas a países en conflicto o en los cuales no se respeten los derechos humanos. Pero todo quedó en proyectos. El fracaso se debió a la total oposición de Estados Unidos y a la respuesta de Rusia y de China de que “todavía no habían decidido su opinión”. La representante de Amnesty International dijo con toda razón: “La nueva demora sólo favorece a los señores de la guerra. Mientras tanto muere cada minuto un ser humano por acción de las armas”.

Alemania Federal vendió en el 2010 armas por valor de 2119 millones de euros. Pero se dejan cesantes casi dos mil empleados del Deutsche Bank “porque disminuyeron las ganancias anuales de la empresa”.

Pero ante tales fracasos en países con una experiencia de siglos, con gobiernos que siguen cometiendo los mismos errores basándose solamente en el poder del dinero, siempre hay gente que no se rinde. En forma individual o en grupos se reúnen para resolver los verdaderos problemas de los seres humanos. Por ejemplo, aquí en Alemania he encontrado la organización “Ser humanos” integrada por alemanes y argentinos, con sede en Córdoba y en Leipzig. Su fin es cumplir con un plan: llevar a los habitantes de las villa miseria de las grandes ciudades argentinas a un futuro pleno de trabajo junto a la naturaleza y con un techo digno para sus hijos. Para ello compran tierra en el interior argentino y les construyen un techo, les dan instrumentos de labranza para que se dediquen a productos de huerta y otros que otorga la naturaleza. Para lo cual se llevan a cabo actos donde lo obtenido por las entradas se dedica a esas obras, pero también se reciben donaciones. Es decir, un plan lleno de dignidad para aprender todos a “ser humanos”. Todo ese plan se está cumpliendo en Villa Albertina, lugar situado a 110 kilómetros de Córdoba capital. Allí ya se ha fundado un centro cultural donde además de ayuda escolar se da enseñanza de computación, de oficios y también todo lo que tenga que ver con la cultura. Un plan que ha comenzado con toda fuerza. Todo su accionar se puede consultar en http://www.serhumanos.org y en info@serhumanos.org.

El ser humano no se rinde, a pesar de todo. En esto Descartes, siempre en busca del racionalismo, vería que su sabiduría no fue en vano. Es que la verdadera sabiduría racional está en el empleo de la sonrisa, la mano abierta, la bondad y no en el egoísmo que siempre termina en la violencia.

Página/12 :: Contratapa :: ¿Tenía razón Descartes?

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