O que aconteceria se a Petrobrás, na Alemanha, resolvesse apoiar um golpe de Estado? Seria expulsa de lá. E se por trás do apoio da Petrobrás estivesse o interesse de acabar com a concorrência? Este grupo alemão está sempre no olho do furacão. O escândalo parecer fazer parte de seu DNA.
Ontem fiquei sabendo que representantes da Empresa no RS estão sendo levado para passar um fim de semana aprazível em Brasília. Apesar da capacidade alemã em BlitzKrieg, meu receio, diante do tipo de discurso que ouvi, é que dê tempo para construírem fornos crematórios. Deu pra ver que estão com todo gás. E uma cantilena démodé retirads do lata de lixo da história. Deixei meu interlocutor antes dele terminar o discurso. No coquetel de ódio rolava um papo, não só de guerra fria, envolvendo Putin e os Panama Papers, mas típico do anti-comunismo nazista. As acusações contra Lula, Dilma e o PT parecem ter saído de Goebbels, contra os judeus, responsáveis por todas as misérias da Alemanha.
O grupo alemão de Essen, deu-se muito bem com Hitler. E a expansão pelas américas, via EUA, se explicam por um documentário: Inimigo do meu inimigo. Está na rede. É imperdível para entender porque viramos alvo de uma sanha golpista exatamente quando é descoberto o pré-sal. O papo anti-comunista dos mais alucinados tem raízes na forma como nossa história recente é contada. O que está acontecendo agora deve-se à falta de informação a respeito da ditadura. Ao contrário da Argentina, por aqui fez-se silêncio cúmplice e obsequioso de todos os A$$oCIAdos do Instituto Millenium que, por coincidência, são as éguas madrinha do golpe em curso. A Ditadura escondida no rodapé das aulas de História, a ponto de a Folha de São Paulo, uma das cúmplices, já que emprestava peruas para os sádicos desovarem no Cemitério de Perus os corpos que haviam passado por sessões de tortura, estupro e esquartejamento, rotula-la de ditabranda…
O golpe paraguaio para instalar, via quinta colunas tupiniquins, a cleptocracia econômica mundial encontrou terreno fértil na mentalidade da casa-grande. O ódio com que pessoas classe média baixa extravasam em relação às cotas raciais e outras tímidas políticas sociais em relação às empregadas domésticas e ao acesso ao ensino público é o adubo que engrossou a marcha dos zumbis e seu lema “somos todos CUnha”.
A cleptocracia talvez seja o único sistema político admitido e festejado pela classe média que usa babás para levar os filhos nas manifestações ou bater panela nos bairros bem servidos por serviços públicos. Os discursos de retaguarda são entregues por organizações do tipo ThyssenKrupp. São os grupos econômicos transnacionais os principais interessados na instauração da cleptocracia. Não é sem motivo que o condutor deste processo seja um internacionalmente famoso sonegador. Em qualquer lugar civilizado, Eduardo CUnha estaria respondendo pelos atos praticados e não usando todo seu cabedal de recursos mal havidos para manipular, ameaçar e, com isso, locupletar-se com tantos corruptos. As barganhas do CUnha tiveram o condão de convencer até o PSB, talvez de que não haverá sequência nas investigações do avião do Eduardo Campos, a embarcarem no golpe. Isso diz muito sobre seus atuais dirigentes, incluindo impolutos gaúchos…
O que faria a Alemanha se uma empresa estrangeira lá se envolvesse num golpe de Estado? Expulsaria, penso eu. E é o que espero que aconteça com a ThyssenKrupp.
QUEM É A THYSSENKRUPP?
Por Informado 28/10/2011 às 20:58Complemento do post
http://prod.midiaindependente.org/pt/blue/2011/10/499359.shtml , neste CMI-Brasil.
A família Krupp faz parte de uma antiga dinastia da região de Essen, na atual República Alemã, dedicada desde o século 17 a mais suja de todas as atividades humanas, sejam individuais ou empresariais: a fabricação de armas. Amassaram uma fortuna incalculável ajudando nas muitíssimas guerras, invasões, depredações e sabotagens contra outros países deflagradas pelo Império Germânico, para pesadelo de países vizinhos que suportaram as agressões da mais violenta força militar da história.
Durante o nazismo, a fábrica Krupp fabricou tanques Panzer, submarinos U-Boat, armas e munição de todos os estilos, e até o enorme cruzeiro Prinz Eugen. A mente doentia dos Krupp os levou a fabricar enormes canhões que se moviam sobre ferrovias, cujo uso foi quase impossível porque a enorme energia do disparo, que lançava projéteis de várias toneladas criava uma perigosa força de recuo, que punha em perigo os próprios atiradores.
Durante a ocupação de países vítimas do nazismo, os Krupp se beneficiaram do trabalho escravo e recrutaram milhares de operários que eram obrigados a trabalhar até a morte. O conhecido Adolf Hitler, de cuja qualidade humana não há muita dúvida, num discurso a juventude alemã fez o seguinte elogio:
O jovem alemão do futuro deve ser esguio e esbelto, tão veloz como um galgo, tão rude como o couro, e tão forte como o aço Krupp [Tradução e grifo final meus]
Veja-se uma relação breve sobre estes fatos aqui (http://en.wikipedia.org/wiki/The_Arms_of_Krupp ) e no livro The Arms of Krupp. Os trabalhadores escravos recrutados pelos Krupp eram, segundo os cálculos mais moderados, mas de 100 mil, dos quais 23 mil eram prisioneiros de guerra e os outros (pelo menos 80 mil) cidadãos escravizados dos países ocupados. (Vide aqui:
http://en.wikipedia.org/wiki/Forced_labor_in_Germany_during_World_War_II ).
Alfred Krupp, o líder da família durante a 2ª. Guerra Mundial foi o décimo indiciado durante os chamados Julgamentos Subsequentes de Nuremberg, ou seja, os 12 julgamentos que tiveram lugar nessa cidade logo após dos Julgamentos Principais, em que foram condenados (e, em vários casos, enforcados) os chefes políticos e militares. Os julgamentos subsequentes foram conduzidos exclusivamente pelas forças americanas, e não por um tribunal misto que incluísse os representantes dos outros governos aliados (Grã Bretanha, França e a URSS). Hoje em dia, ninguém acredita seriamente que os EEUU ignoravam a enorme responsabilidade dos criminosos empresariais, mas voltaram todo seu esforço apenas sobre os criminosos militares e políticos, que eram os mais visíveis e odiados. Entretanto, é fácil imaginar que Hitler poderia ter produzido um dano quase tão enorme como o que ele fez, mesmo sem ter como oficiais todos os que foram executados em Nuremberg.
Ora, Alemanha nem poderia ter começado a guerra, se não tivesse Alfred Krupp.
Em 31 de julho de 1948, a Corte de Nuremberg condenou Alfred Krupp, que era um dos 12 indiciados (os outros 11 eram seus principais cúmplices). Apesar da pressão internacional e dos outros aliados pela execução do sinistro fabricante, o tribunal americano o condenou a ?vender suas possessões? (!). O objetivo dos EEUU era tonar os nazistas da Alemanha, como de fato aconteceu, seus grandes aliados contra o comunismo. Os efeitos desta aliança, como todos sabem, foram mais visíveis na Itália, pois Alemanha sempre esteve fortemente vigiada pela URSS e outros países que, como Israel, tinham sofrido enorme quantidade de vítimas.
A fortuna dos Krupp que cresceu numa proporção não apurada durante o regime nazista, continuou crescendo durante a democracia.
Friedrich Thyssen (1873-1951) pertence a uma dinastia menos ilustre e mais curta, e bastante menos rica, mas ainda assim poderosa. O poder econômico da família se tornou importante como fator político por volta de 1850. Thyssen foi menos relevante que Krupp para o nazismo, pois seu fábrica de aço era apenas a segunda e mantinha grande distância com a primeira. Mas, em compensação, foi um ativo militante do partido Nazi e um generoso doador de uma verdadeira fortuna para os exércitos nazistas. Ele teve a má idéia de discutir com o ditador, e foi enviado a um campo de concentração. Não se sabe se fez autocrítica de sua relação com o nazismo, mas, finalmente se exilou em Buenos Aires, em 1951. Antes disso, ele também foi julgado em Nuremberg, pois foi um membro distinto do partido nazista e usou mão de obra escrava judia em sua fábrica. Mas ele não foi condenado a prisão; em sua defesa, ele disse que os únicos trabalhadores que teve em seu poder eram judeus. Em 1950 foi condenado a pagar uma multa e liberado.
Em 1999, a velha afinidade entre as duas famílias, foi selada por meio da fusão das duas redes industriais, formando a Thyssen Krupp. Esta é a TKCAS que transformou numa enorme câmara de gás o bairro de Santa Cruz, uma espécie de Auschwitz a céu aberto.
Entre as reações contra o genocídio legal de Santa Cruz, foi convocada uma audiência pública na Assembleia do Rio de Janeiro (vide aqui:http://en.wikipedia.org/wiki/The_Arms_of_Krupp ), numerosas passeatas e atos públicos, e pedidos de colaboração a outros países. Na própria Alemanha, os representantes da empresa Thyssen foram sabatinados no Parlamento (vide aqui:
http://www.portalguaratiba.com.br/2011/noticias/130204_acionistas_da_thyssen_krupp_tomaram
_conhecimento_do_que_acontece_na_siderurgica_de_santa
_cruz.html ).
Brasil é o único país Latino-Americano que se comprometeu durante a 2ª Guerra Mundial na luta contra o nazismo e o fascismo, e também é uma das nações não europeias cujos habitantes possuem o mais baixo uso de armas. É uma ofensa a esses atributos pacíficos do Brasil que se ceda território brasileiro e se entregue sua população a um novo holocausto justamente nas mãos dos maiores contribuintes à catástrofe da Humanidade na década de 30 e 40.
Ação Jurídica e Resposta
Não tenho ainda os termos exatos da demanda contra Monica Lima, pois tomei conhecimento do fato no dia de hoje e, pelo que eu entendi, o processo ainda não tinha sido entregue. Sabe-se que é uma ação pelos assim chamados ?danos morais? que o clube de genocidas ecológicos consideram ter sofrido por causa das denúncias dos ambientalistas. Não sabemos se a ação se refere a uma denúncia específica, a várias delas, ou a algum ponto forjado para justificar a ação.
Seja o que for, é fundamental que a população tenha consciência do dano múltiplo que produzem estas empresas nos países pobres, ante a indiferença ou a falta de decisão de seus líderes.
A fabricação de aço tem tantas aplicações pacíficas como militares, como o mostra o histórico das duas empresas alemãs aliadas para a construção da TKCSA. Durante a dita ?desnazificação? na Alemanha, os americanos apenas inverteram o intuito criminal dos fabricantes de armas, fazendo com que seus esforços deixassem de estar ao serviço dos derrotados nazistas, e estivessem ao serviço de seus sucessores na política de agressão mundial.
Entretanto, mesmo se as empresas poluidoras produzissem apenas produtos de uso positivo para a humanidade, como alimentos, remédios ou bolas de futebol, a população sofre o genocídio lento, que as empresas produzem colocando venenos no ar, nas águas e na terra, gerando doenças de todos os estilos, e contribuindo ao massacre em massa de enormes segmentos que não servem como consumidores e não são europeus.
A diferença que às vezes se pretende entre os nazistas tradicionais ou os sádicos genocidas das prisões americanas, e que os empresários devastadores como a TKCSA não usam câmaras de gás.
Ora, qual é a diferença entre ser asfixiado por gases colocados numa câmara fechada, dentro de um campo de extermínio, e ser gradativamente envenenado pela injeção no ambiente de substâncias nocivas que produzem distúrbios letais?
Pode argumentar-se que, a morte por envenenamento gradativo com substâncias que fazem parte de lixo das grandes empresas é MAIS LENTO e, para os que têm dinheiro e uma boa medicina, haveria possibilidade de parar o genocídio antes da morte massiva.
Isso é verdade. O Zyklon B demorava uns dez minutos em matar. Atualmente, as vítimas do envenenamento ambiental têm possibilidades de viver muito mais, pois o processo de ir perdendo aos poucos sua capacidade física e mental é demorado. Será que isto é uma grande vantagem, e faz tanta diferença entre os novos e os anteriores nazistas ou os atuais carrascos ianques? Lembrem que os dois Zyklon, A e B, eram inicialmente pesticidas, ou seja, substâncias letais usadas com fins aparentemente pacíficos.
É necessário ter em conta que organizações ambientalistas como Greenpeace têm demonstrado grande coragem ao lutar ?braço a braço? com navios pesqueiros predadores da fauna oceânica. É necessário que os ambientalistas de todo o mundo adotem métodos de resistência pacífica contra este neonazismo ecológico.
É muito frequente afirmar (e setores pacifistas e ativistas de direitos humanos compartilhamos essa opinião), que a força é um recurso que só pode ser usado racionalmente e em circunstâncias extremas, pois sempre existe o risco de militarizar a sociedade civil, degradando o cidadão à condição de soldado. É por isso que uso interrogativamente como epígrafe o poema de Bertold Brecht.
Apenas, porém, me permito uma reflexão. Os que resistiram de diversas maneiras o nazismo, na França, na Noruega, na Holanda, a Dinamarca, na Polônia e na ex URSS deveram optar entre a resistência ou a destruição? O famoso pacifista Mahatma Gandhi foi considerado otimista demais quando propôs aos povos atacados pelo nazismo se defender com a oposição pacífica. Entretanto, este novo nazismo não é dono (de maneira explícita) das forças armadas e policiais. Então, ainda é possível fazer muitas ações puramente pacíficas, desde que as instituições compreendam a justiça destas reclamações. É necessária a pressão internacional dos grupos ecologistas, e até daqueles cidadãos que só atuam por interesse pessoal.
Já nos anos 60, os capitães do capitalismo selvagem consideravam o Brasil como o melhor depósito de lixo industrial de Ocidente, graças a seu enorme território, sua grande floresta, e a facilidade de criar portos. Se o Brasil for contaminado, será difícil aos outros países salvar-se do contágio da devastação.
*Carlos A. Lungarzo, Anistia Internacional AIUSA 9152711
Solicitação do Carlos:
Agradeceremos dar a este comunicado a máxima difusão, e aos nossos contatos no exterior, traduzir às suas respectivas línguas se for possível.
Se vocês ficarem ombro com ombro
Eles vos matarão.
Mas, Vocês devem ficar ombro com ombro!
Se vocês lutarem
Os tanques vos esmagarão.
Mas, vocês devem lutar!
Essa luta será perdida
E quiçá a seguinte também o será
Mas a luta vos ensina
E vocês ficam sabendo
Que, se não for à força, não dá
E também não dá se a força for dos outros.
Bertold Brecht: Die heilige Johanna der Schlachthöfe (Santa Joanna dos matadouros, obra de teatro escrita em 1929 contra a repressão dos operários da carne.)