Ficha Corrida

06/09/2014

Depois dos transgênicos, Beto Albuquerque vai cuidar da saúde (dos Laboratórios)

beto albuquerqA lógica é simples: libera veneno que engorda e, com isso, justifica a liberação de veneno que emagrece. Mata todo mundo e ainda fica com os bolsos cheios…

A melhor coisa da escolha de Beto Albuquerque para vice da Marina foi oportunizar aos gaúchos de melhor conhece-lo. Se antes parecia um 51 (uma boa idéia), agora fica parecendo 171 (estelionatário) da nossa boa-fé.  Ele tem receita pra melhorar a saúde da Monsanto (transgênicos) e Laboratórios (emagrecedores), só não tem para a saúde do povo.

Não vivemos ditadura das agências reguladoras’, afirma vice de Marina

Autor de projeto que liberou volta de emagrecedores, Beto Albuquerque faz críticas à Anvisa

Deputado nega que sua intenção seja a de atacar a competência do órgão para regular o mercado farmacêutico

JOHANNA NUBLATDE BRASÍLIA

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não é dona "da verdade absoluta" e precisa parar de tomar decisões de forma isolada, diz o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), vice na chapa de Marina Silva (PSB) à Presidência e autor do projeto que liberou a volta dos emagrecedores ao mercado, aprovado na terça-feira (2) pelo plenário do Senado.

O texto ainda será promulgado pelo Congresso para passar a valer, o que deve ocorrer após as eleições. Com isso, ficará suspensa a decisão da Anvisa que vale desde 2011 e proíbe a venda das substâncias femproporex, mazindol e anfepramona (do grupo das anfetaminas e seus derivados), e exigia regras mais rígidas para o comércio da sibutramina.

A direção da Anvisa –que considera o uso dos anfetamínicos um risco à saúde– já fala em aprovar novas restrições à venda dos produtos, como proibir a venda dos anfetamínicos em farmácias de manipulação, onde eram mais comercializados.

À Folha, Beto Albuquerque afirmou que o Congresso tentou dialogar com a Anvisa antes da proibição mas não obteve sucesso, o que deixou pacientes graves sem alternativa de tratamento. Ele diz que foi procurado por pacientes e médicos "desesperados", mas afirma que não teve contato com a indústria de remédios no período.

"Além de não ter valorizado o debate, a Anvisa não apontou alternativas. O médico e o paciente fazem o quê? –Começou a haver todo um mercado paralelo, contrabando, e surgiram outros medicamentos [de uso off-label, ou seja, usados para emagrecer, mas originalmente registrados para outros fins]. E a Anvisa não se preocupou com essas coisas", argumenta.

Questionado sobre os riscos à saúde apontados pela Anvisa para o banimento das drogas, o deputado afirma que todos os medicamentos têm contraindicações e que cabe aos médicos avaliar os riscos e a possibilidade de uso em cada caso.

"Por isso que a Anvisa existe, para fiscalizar o uso dos medicamentos. Lógico que se usar indevidamente pode fazer mal", afirma.

COMPETÊNCIA LEGAL

O vice na chapa de Marina diz que o projeto de decreto legislativo foi proposto diante do que vê como uma "intransigência monocrática da Anvisa" e que teve o objetivo de recolocar o assunto em discussão com "sobriedade".

Albuquerque explica que não teve a intenção de questionar a competência legal da agência para regular o mercado de remédios –apesar de o projeto de decreto legislativo ser usado para sustar atos do Executivo que exorbitam o que se consideram ser suas competências.

"O recado é: tem que se criar uma solução, não pode ser só uma decisão monocrática em que os médicos não podem prescrever mais."

O deputado afirma que a Anvisa deveria chamar o setor envolvido para uma discussão antes de qualquer nova decisão. "Não vivemos a ditadura das agências."

Num eventual governo federal do PSB, aponta Albuquerque, as indicações para as agências federais seguirão só critérios técnicos: "Agência não vai ter mais indicação política", afirma.

    08/10/2011

    ANVISA emagre Veja

    Filed under: ANVISA,Veja — Gilmar Crestani @ 7:42 am
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    Com o trabalho da ANVISA, os financiadores ideológicos, que juntos com a CIA, aquela que fomenta guerras religiosas, mantém a anoréxica Veja de pé,  estão com processo de franca decomposição. Hoje, só assinam Veja os escritórios de proctologia. E, óbvio, só leem seus frequentadores, reais ou virtuais. Tudo porque, ao folhearem a revista, se reconhecem pelo cheiro.

    Os excessos do lobby

    Cynara Menezes7 de outubro de 2011 às 9:00h

    A Anvisa alega riscos aos pacientes e proíbe vários tipos de emagrecedores. Médicos protestam. Ilustração: Istockphoto

    O mercado multimilionário do emagrecimento acaba de sofrer um duro golpe no Brasil. Na terça-feira 4, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a decisão de proibir em todo o território nacional a comercialização de três substâncias anorexígenas (anfepramona, mazindol e femproporex) e de aumentar o controle sobre um quarto produto, a sibutramina, por considerar que oferecem mais riscos do que benefícios à saúde. No caso dos inibidores de apetite, a Anvisa alegou, inclusive, a falta de estudos clínicos a comprovar sua real eficácia.

    Com a proibição, a agência espera coibir os abusos nas prescrições de remédios para emagrecer no País. De acordo com dados divulgados em março pela Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), o Brasil é hoje o terceiro maior consumidor de anorexígenos do mundo: com seis doses diárias a cada mil habitantes, só perde para os EUA, com 11 doses diárias, e para a Argentina, com nove. Uma denúncia chegou a ser feita pela Anvisa ao Conselho Federal de Medicina (CFM) há cerca de dois anos, com uma lista de médicos, em todos os estados do País, suspeitos de exagerar nas prescrições de inibidores de apetite.

    Havia médicos, segundo a denúncia da Anvisa, que chegavam a prescrever até 8 mil receitas por ano. O campeão, por incrível que pareça, seria um pediatra. Uma sindicância foi aberta pelo conselho para averiguar a denúncia, mas até agora não foi concluída e não tem prazo para chegar ao fim. Já a proibição dos anorexígenos resultou em reação imediata do CFM, que anunciou a intenção de recorrer à Justiça para reverter a decisão da agência. O conselho também está, ao lado de outra entidade ligada aos médicos, a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), fazendo circular um abaixo-assinado na internet contra a decisão.*

    *Leia a íntegra da matéria na edição 667 de CartaCapital, nas bancas nesta sexta-feira 7

    Cynara Menezes

    Cynara Menezes é jornalista. Atuou no extinto "Jornal da Bahia", em Salvador, onde morava. Em 1989, de Brasília, atuava para diversos órgãos da imprensa. Morou dois anos na Espanha e outros dez em São Paulo, quando colaborou para a "Folha de S. Paulo", "Estadão", "Veja" e para a revista "VIP". Está de volta a Brasília há dois anos e meio, de onde escreve para a CartaCapital.

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    10/09/2011

    Anvisa adverte: Veja faz mal à saúde

    Filed under: ANVISA,Veja,Victoza — Gilmar Crestani @ 8:39 pm
    Tags:

    Eu só desejo que todos os assinantes de VEJA tomem Victoza. Assinantes e revista se merecem. Não é por acaso que VEJA seja a rainha dos consultórios de proctologia.

    Por Altamiro Borges
    A revista Veja não tem cura. Na edição da semana retrasada, ela estampou na capa o título “O poderoso chefão” e publicou uma “reporcagem” cheia de adjetivos contra o ex-ministro José Dirceu. O seu repórter tentou invadir o apartamento do dirigente do PT e imagens ilegais foram usadas na matéria. A ação criminosa está sendo investigada pela polícia e a Veja está acuada.
    Nesta semana, na edição número 2233, a revista preferiu uma capa mais light, talvez tentando esfriar a reação à sua ação mafiosa contra Dirceu. “Parece milagre!” foi a manchete da longa reportagem sobre um novo remédio “que faz emagrecer entre sete a 12 quilos em apenas cinco meses”. Novamente, porém, a revista parece ter cometido outro crime.
    Hipoglicemia, náusea e diarréia
    Em comunicado oficial, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) imediatamente alertou que o remédio propagandeado pela Veja não deve ser usado como emagrecedor. “A única indicação aprovada atualmente para o medicamento é como agente antidiabético… Não foram apresentados à Anvisa estudos que comprovem qualquer grau de eficácia ou segurança do uso do produto Victoza para redução de peso e tratamento da obesidade”.
    Ainda segundo o comunicado, o uso do medicamento para qualquer outra finalidade apresenta “elevado risco para a saúde da população”. O Victoza foi aprovado para comercialização em março de 2010 para uso específico no tratamento de diabetes. A Anvisa informa que foram relatados eventos adversos associados ao medicamento nos estudos clínicos, como dores de cabeça, hipoglicemia, náusea e diarréia. Ela destaca ainda os riscos de pancreatite, desidratação e alteração da função renal e da tireóide.
    Propaganda descarada
    Como relata Ligia Martins de Almeida, em artigo no Observatório da Imprensa, a revista tem o péssimo costume de propagandear remédios. “Não é a primeira vez que Veja dedica seu precioso espaço para falar de dietas milagrosas… Mas talvez seja a primeira vez que ela usa sua capa para divulgar um produto de forma tão descarada”. Os resultados desta jogada comercial são imediatos.
    “O sucesso da matéria pode ser comprovado no site DoceVida, especializado na venda de produtos para diabéticos, que já no domingo trazia a reprodução da capa de Veja com a matéria sobre o remédio. O medicamento, aliás, que só pode ser vendido com receita médica e custa entre 343 e 350 reais nos sites de farmácias especializadas em vendas online… Com a matéria de Veja, certamente a procura – na internet e nos consultórios de endocrinologistas – vai aumentar muito”.
    Quem tem culpa no cartório?
    “Os pauteiros e editores da revista – felizes com a repercussão da matéria (porque as matérias desse tipo sempre dão excelentes resultados) – não terão qualquer sentimento de culpa se eventualmente se descobrir que os efeitos do tal medicamento podem ser péssimos para quem não tem problemas com glicemia. Até lá, terão mudado os pauteiros e os editores e os próximos poderão discutir o assunto sem qualquer culpa no cartório”.
    “O que Veja deixou claro, com essa matéria, é que a responsabilidade da imprensa com os seus leitores nem sempre vem em primeiro lugar. A vontade de causar impacto (ou talvez de atender os interesses de seus anunciantes) às vezes fala mais alto”, conclui Ligia Martins de Almeida, que até pegou leve com a inescrupulosa e ambiciosa famiglia Civita, dona da revista.
    O crime não será punido?
    Como ensina o professor Dênis de Moraes, no livro “Por uma outra comunicação”, a mídia privada e monopolizada tem interesses políticos e econômicos. Na “reporcagem” contra Dirceu, ela visou desgastar e enquadrar o governo Dilma. Já na matéria sobre o remédio milagroso, os interesses comerciais e publicitários falaram mais alto. Nos dois casos, a revista Veja cometeu crimes.
    Será que o laboratório que fabrica o Victoza pagou pela chamativa propaganda na capa da Veja? Ele banca anúncios publicitários na revista? Quais seriam os valores? Existe “caixa-2” no mercado publicitário? Isto não configuraria uma forma de corrupção? Se a saúde da população é colocada em “risco elevado”, não caberia aos poderes públicos tomarem providência contra a revista?

    Altamiro Borges

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