Ficha Corrida

13/09/2014

E se tivesse acontecido o contrário? Marina choraria

Filed under: Antalogia,Chororô,Fraqueza,Ibama,Marina Silva,Tucano — Gilmar Crestani @ 10:44 pm
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Marina Chororo

Em evento com Marina, aliado da candidata do PSB chama Dilma de anta

Blog do Mário Magalhães

Imagine a cena.

No tradicionalíssimo Clube de Engenharia, aqui no Rio, um aliado da candidata à reeleição Dilma Rousseff enche o peito e, microfone à mão, esgoela-se:

“A candidatura de Dilma pode ser anulada pelo Ibama: ela abateu um tucano e uma anta”.

Ao seu lado, sentada na mesma mesa diretiva dos trabalhos, Dilma ouve o que se pretende uma piada.

Como Aécio Neves é filiado ao PSDB, partido simbolizado por um tucano, a anta só pode ser Marina Silva.

Na presença da presidente da República, uma ex-senadora é chamada de anta.

E Dilma cala, mesmo tendo a oportunidade de pedir para seu companheiro manter algum nível de civilidade na campanha. Isto é, não apela contra a baixaria proferida pelo colega de coligação.

Agora, imagine o barulho do noticiário sobre o discurso do aliado da presidente e o silêncio dela, recusando-se a confrontar a desclassificação agressiva e pública da concorrente ao Planalto.

Quantas horas na TV, no rádio, na internet? Quantas páginas de jornais, quantos posts? O mundo desaba, afinal Dilma foi condescendente com o recurso apelativo do correligionário que compartilhava a mesma mesa com ela.

“Quem cala consente”, diriam os comentaristas.

O contrário

Esta cena de fato aconteceu, nesta quinta-feira no Rio.

Mas, onde se leu Dilma, leia-se Marina, e vice-versa.

Eis a nota “Fino”, que saiu hoje no “Painel”:

“Do vice-presidente do PPL, Fernando Siqueira, em ato no Rio: ‘A candidatura de Marina pode ser anulada pelo Ibama: ela abateu um tucano e uma anta’. A ex-senadora sorriu amarelo”.

Acrescento eu: “sorriu amarelo”, mas calou, sem repreender o dirigente de partido que integra a coligação que propõe Marina à Presidência.

A “anta” a quem o aliado de Marina se referiu é, obviamente, Dilma Rousseff.

Ao lado de Marina, ele tratou a presidente da República como anta, e Marina calou.

Jornalismo

Não perderei tempo debatendo o mérito do tratamento ou o tratamento em si. Cada um que pense o que bem quiser.

Mas observo que somente numa nota do bravo “Painel” eu soube do que aconteceu ontem no Rio (talvez tenha saído em outros veículos, mas sem maior repercussão).

Imagine se as personagens estivessem trocadas.

Também ontem, em sabatina a jornalistas de “O Globo”, Marina Silva disse ser vítima de um “batalhão de Golias contra Davi”.

Com o perdão da senadora, a julgar pela cobertura dos meios de comunicação nos últimos dias, se há um Golias nesse confronto, é ela mesma.

SQN

27/01/2014

Às antas, com alfafa!

Filed under: Antalogia,Diogo Mainardi — Gilmar Crestani @ 9:06 am
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Mainardi é minha anta

Eduardo Guimarães

EDUARDO GUIMARÃES 23 de Janeiro de 2014 às 16:05

Ao longo da vida, essa anta (adjetiva) continuou praticando depredações. Depredou a boa educação, o bom gosto, depredou – ou tentou depredar – a imagem de seu país, a verdade e, no último domingo, depredou o programa Manhattan Connection

Em 2007, o ex-colunista da revista Veja (hoje um dos apresentadores do programa Manhattan Connection, da Globo News) Diogo Mainardi publicou livro que surpreendeu o país por ter como título insulto ao então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que batia recordes sucessivos de popularidade e terminou seu governo com 80% de aprovação.

O livro "Lula é minha anta", porém, segundo seu autor não questiona a inteligência do ex-presidente – e seria prova ainda maior de burrice se o fizesse –, pois cita o animal como "substantivo" e não como "adjetivo".

Explico: Mainardi via Lula como "anta" no sentido de um animal a ser caçado, ou melhor, a ser cassado. Literalmente.

O título do livro teve origem em uma das colunas do sujeito publicada na Veja em 2005 sob o título "Uma anta na minha Mira". No trecho do texto reproduzido abaixo, o autor explica a "razão" do insulto ao então primeiro mandatário do país.

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"(…) Passei o ano todo amolando Lula. Dediquei-lhe mais de trinta artigos. Prometi derrubá-lo em 2005. Fracassei. Prometo derrubá-lo em 2006. Chegaram a atribuir motivos ideológicos à minha campanha contra o presidente. Não é nada disso. Tentei derrubá-lo por esporte. Há quem pesque. Há quem cace. Eu não. Prefiro tentar derrubar Lula. Ele é minha anta. Ele é minha paca (…)"

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O ex-editor da Editora Globo Paulo Nogueira escreveu recentemente em seu blog, Diário do Centro do Mundo, que se tornou desafeto de Mainardi por ter dito que ele "vivia de Lula", ou seja, que a única projeção real que obteve em sua carreira se deveu à caça que empreendeu ao petista ao longo dessa obsessiva campanha de três dezenas de artigos.

Alguém pode discordar do blogueiro do DCM?

Mainardi não conseguiu "derrubar" Lula em 2006 nem nos anos seguintes por uma simples razão: não é um homem de ideias, não faz críticas sérias a Lula, ao PT, a Dilma, aos governos petistas e ao país em que vive, o qual, aliás, ele detrata de uma forma que brasileiro algum pode aceitar.

Após recente polêmica em que esse indivíduo se meteu ao tentar – e não conseguir – humilhar a empresária Luiza Trajano, presidente da rede varejista Magazine Luiza, no programa de que participa na Globo News, eclodiu nas redes sociais um outro texto dele, também de 2005, em que faz um pavoroso ataque a este país.

Sim, o Brasil tem muitos problemas – entre os quais sua classe política, suas instituições em geral, como ocorre em tantos outros países jovens como este –, mas o que Mainardi disse não deriva desses problemas, mas de um verdadeiro ódio que nutre não só ao país, mas ao seu povo.

Um trecho daquele texto hediondo esclarece tudo:

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"(…) Entre viajar para os Estados Unidos e rodar pelo Brasil, é muito mais recompensador viajar para os Estados Unidos. O potencial turístico brasileiro costuma ser grandemente superestimado. Jamais seremos uma meta preferencial dos estrangeiros. O país tem pouco a oferecer. Só desembarcam aqui os turistas mais desavisados. Ou então os que buscam sexo barato. O mundo está cheio de lugares mais atraentes que o Brasil. Da Tunísia à Croácia, da Indonésia à Guatemala. Temos muitas praias. Mas nosso mar é feio. Turvo. Desbotado. Com despejos de esgoto. Pouco peixe. Peixe ruim. Chove demais. Chove o ano todo. Não temos monumentos. Não temos ruínas arqueológicas. Nossas cidades históricas são um amontoado de casebres ordinários e igrejas com santos disformes . Não temos o que vender porque não sabemos fazer nada direito. Não temos museus (…)"

—–

É por proferir "pérolas" como essas que tanta gente, no Brasil, despreza Mainardi.

Aliás, a repulsa nacional a esse sujeito é tanta que post que publiquei nesta semana sob o sugestivo título "Diogo Mainardi paga mico na Globo News" bateu o recorde de audiência deste Blog, com mais de 32 mil pessoas que curtiram o texto no Facebook – até o momento em que escrevo (23/01), pois a "curtição" continua correndo solta naquela rede social.

O comportamento sociopático do enfant terrible em questão ecoa desde 1979, no período "black block" dele, quando, de relógio Rolex no pulso – filhinho de papai que era –, apareceu depredando uma agência bancária durante uma greve do setor (vide foto acima). A cena saiu em destaque na revista Veja (edição nº 576 de 19 de set. de 1979).

Ao longo da vida, essa anta (adjetiva) continuou praticando depredações. Depredou a boa educação, depredou o bom gosto, depredou – ou tentou depredar – a imagem de seu país, depredou a lógica, depredou o jornalismo, depredou a literatura, depredou a verdade e, no último domingo (19/01), depredou o programa Manhattan Connection.

Mainardi é minha anta | Brasil 24/7

21/11/2011

Campanha de 2010: “antalogia” em 2 capítulos

Mônica Cerra: vim pedir o seu voto

Palmério Dória e Mylton Severiano escreveram “Crime de Imprensa – um retrato da mídia brasileira murdoquizada”, pela Editora Plena, com prefácio de Lima Barreto ( !).

Trata-se de uma afiada e divertida reconstituição do Golpismo “murdoquiano” da “imprensa nativa”, como diz o Mino Carta, autor da epígrafe do livro:
“Na maioria dos casos, a midia é ponta-de-lança para grandes negócios.”
(Como se sabe, aqui “midia” se trata de PiG (*).)
Vamos reproduzir aqui algumas frases – é a primeira prestação dessa notável antologia – que Doria e Severiano recuperam e que indicam os crimes ou a defesa de interesses negociais – como se quiser:
– Diogo Mainardi ao reproduzir conversa com Padim Pade Cerra:
Marina é a companheira de chapa de seus sonhos.
– Merval Pereira ao consul americano:
Aécio está “firmemente comprometido” com a chapa puro sangue: ser vice do Cerra.
– Paulo Henrique Amorim:
O Vesgo do Pânico tem mais chance de ser presidente que o Cerra.
– Aécio sobre quem deveria ser  a vice do Cerra:
“A Ana Hickman”, mestre de cerimônias da convenção do PSDprê.
– Oscar Quiroga, astrólogo do Estadão:
“… seria tolice não arriscar que José Serra será o próximo Presidente”
– Jaqueline Roriz, ao lado de Jose Arruda, diante de um “pagador”:
“Você vê a possibilidade de aumentar isso ?”
– Eliane Catanhêde, na convenção do PSDB:
“O PSDB parece até que virou partido de massa, mas uma massa cheirosa.”
– William Waack, ao perceber um áudio com a voz de Dilma Rousseff:
“Manda calá a boca”.
– Alexandre Garcia sobre a candidatura de Arruda como vice do Cerra:
“Vote num careca e leve dois.”
– Clovis Rossi sobre a morte do brasileiro Jean Charles, em Londres:
“É justo dizer que no revólver que matou Jean Charles estão também as digitais do PT e de seu governo…”
– Heleno de Freitas, editor do Estadão, ao explicar por que a Agência Estado divulgou com detalhes noticia de que Cerra tinha ido a um comício em Palmas, Tocantins, embora Cerra não tivesse posto o pé lá:
“Era uma matéria de prateleira”
– Fátima Bernardes ao anunciar o ataque com bolinha de papel à cabeça do Cerra:
“A atividade (sic) de campanha do candidato do PSDB José Serra foi interrompida hoje no Rio depois que ele foi agredido num tumulto iniciado por militantes do PT”.
– Mônica Cerra, no dia 14 de setembro, um mês antes da eleição, em Nova Iguaçu, Rio, acompanhada de Índio da Costa:
“Sou a mulher do Serra e vim pedir o seu voto”
A um leitor evangélico que dizia “Jesus Cristo foi o único homem que prestou no mundo”, Mônica falou que Dilma é a favor do aborto:
“Ela (a Dilma) é a favor de matar criancinhas.”
Esta notável antologia continuará, pelas mãos de Dória e Severiano, em outros retumbantes capítulos.

 

“Monica Serra fez um aborto”.
A inesquecível campanha de 2010 – II

Será que foi aí que o Papa entrou na campanha ?

Este é o capítulo II desta reveladora antologia.

Revela crimes de imprensa.
Leia o capitulo I que trata, no título, de memorável frase da estadista chilena Monica Cerra, que desempenhou papel decisivo na campanha presidencial do Padim Pade Cerra.
Palmério Dória e Mylton Severiano escreveram “Crime de Imprensa – um retrato da midia brasileira murdoquizada”, pela Editora Plena, com prefácio de Lima Barreto ( !).
Trata-se de uma afiada e divertida reconstituição do Golpismo “murdoquiano” da “imprensa nativa”, como diz o Mino Carta, autor da epígrafe do livro:
“Na maioria dos casos, a midia é ponta-de-lança para grandes negócios.”
(Como se sabe, aqui “midia” se trata de PiG (*).)
Vamos reproduzir aqui outras frases que Dória e Severiano recuperaram e que indicam os crimes ou a defesa de interesses negociais, como se quiser :
– Plateia na área VIP, no estádio do Morumbi, no show do Paul McCartney quando vê, um mês depois da eleição, o Padim Pade Cerra ao lado do Fernando Henrique:
“Bolinha de papel, bolinha de papel !”
– O perito Molina, no jornal nacional do Ali Kamel, com uma bolinha de papel numa mão e uma fita adesiva na outra:
“São dois eventos completamente diferentes. Um é o evento da bolinha e o outro é o evento rolo de fita”
– Maitê Proença ao sugerir uma união contra Dilma:
“Onde estão os machos selvagens ?”
– Texto no site da filha do Padim Pade Cerra e da irmã de Daniel Dantas, que quebrou o sigilo de 60 milhões de brasileiros :
“Encontre em nossa base de licitações a oportunidade certa para se tornar um fornecedor do Estado”
– Rodrigo Vianna, então repórter da Globo, numa carta aberta em que denuncia a parcialidade do jornalismo do Ali Kamel na cobertura das ambulâncias superfaturadas no Ministério da Saúde na gestão do Cerra e os aloprados:
“Olhem no ar. Ouçam os comentaristas. As poucas vozes dissonantes sumiram. Franklin Martins foi afastado. Do Bom Dia ao JG temos um desfile de gente que está do mesmo lado”
– Diálogo com Fernando Henrique sobre seu ex-assessor Eduardo Jorge, protagonista da tentativa de envolver Dilma e o Nunca Dantes na violação do sigilo de membros da família de Cerra:
– O senhor acha que o Eduardo Jorge pode estar usando o seu nome para facilitar negócios, presidente ?
– Não tenho provas mas não tenho dúvidas
– Senador Roberto Requião a Eduardo Jorge, na CPI do Judiciário, que investigava as relações de Eduardo Jorge com o Juiz Lalau:
” Você não devia estar aqui, devia estar numa penitenciária”
– Manchete da Folha na edição que publicou a ficha falsa da Dilma:
” Grupo de Dilma planejou sequestro de Delfim Netto”
– Frase da advogada da Folha, ao constatar que o Superior Tribunal Militar abriu os 16 volumes do processo contra Dilma depois das eleições:
” Lamentável que o pedido tenha sido deferido depois das eleições”
(A Folha não achou um grama de prova que responsabilizasse Dilma do sequestro sequer tramado. A Folha também não achou um grama de prova de que a Dilma usasse armas, quando guerrilheira. PHA)
– Reação de Tasso Tenho Jatinho Porque Posso Jereissati, ao ser advertido pelo Padre Francisco de uma igreja de Canindé, interior do Ceará. O padre se irritou com a entrada de Tasso e do Padim, no meio da missa. Os dois se sentaram na primeira fila, falavam em voz alta e perturbavam o culto. O Padre criticou um panfleto que o grupo de Cerra distribuiu na igreja, que acusava Dilma e sua religiosidade: ninguém podia falar em nome da Igreja, disse Padre Francisco. Revela o jornal O Povo, do Ceará:
” Tasso, que estava na frente, não se conteve e partiu para cima do padre, chamando-o de petista. Foi contido por uma assessora e sua mulher, dona Renata”
– Cerra, diante da constatação de que a gráfica que imprimia panfletos para o bispo de Guarulhos, com acusações a Dilma, era de uma filiada ao PSDB e irmã do coordenador da infra-estrutura da campanha de Cerra:
” O fato da (sic) gráfica ser ou não ser de uma parente de alguém que está trabalhando na campanha é inteiramente irrelevante “
– De Sheila Ribeiro, aluna de Monica Serra, na Unicamp:
“Com todo respeito que devo a essa minha professora, gostaria de revelar publicamente que muitas de nossas aulas foram regadas a discussões sobre o aborto, sobre seu aborto traumático. Monica Serra fez um aborto (no Chile, casada com Cerra)”
Breve, aqui, o capitulo III dessa reveladora coleção de frases que levam ao que Dória e Severiano chamam de “crime de imprensa”.

“Monica Serra fez um aborto”. A inesquecível campanha de 2010 – II | Conversa Afiada

“Ela é a favor de matar criancinhas”. A inesquecível campanha de 2010 | Conversa Afiada

Paulo Henrique Amorim

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