Ficha Corrida

01/07/2015

Habermas, um clássico alemão pró-gregos

Creta - A Batalha e Resistência na Segunda Guerra MundialEstive duas vezes na Grécia. Guardo até hoje em minha carteira uma nota de 100 dracmas, a moeda mais antiga incinerada pelo Euro, como lembrança de minha primeira visita.  Na segunda vez, o Euro já era moeda corrente. E tudo estava mais caro. A parcela mais pobre empobrecia, a parte mais rica, enriquecia. A elite grega adotava, como se vê claramente, na aliança golpista jurídico-midiática brasileira, um velho brocardo jurídico: “dar a cada um o que é seu; ao rico a riqueza, ao pobre a pobreza”.

Na República Tcheca, onde o Euro não havia entrado, tudo era mais barato. O Euro foi muito bom para economia consolidadas como a alemã. Ângela Merkel, com seu Deutsche Bank fez mais pelo engrandecimento econômico alemão do que os panzers de Hitler. Que blitzkrieg  que nada, foi usando o banco central alemão que a Europa se ajoelhou à Alemanha.

Para quem quiser entender a resistência grega à subjugação do FMI há de ter um mínimo de conhecimento da história daquele povo. Não foram somente os 300 de Esparta que resistiram ao Império Persa. Da série de livros do historiador militar inglês, Antony Beevor, sobre a Segunda Guerra Mundial, recomendo o volume, para quem quer entender de onde sai a força do Syriza, que trata da Resistência grega naquela ilha, Creta: batalha e resistência na Segunda Guerra Mundial 1941/1945, disponível para download na internet.

Não foi a elite grega que resistiu. Foi o sentimento nacionalista do povo. Beevor pinta, de forma  muito feliz, as cores do povo cretense assim: “O caráter cretense, belicoso, orgulhoso, de generosidade compulsiva diante  de um amigo ou estranho em necessidade, ferozmente incapaz de perdoar um inimigo ou traidor, frugal no cotidiano mas pródigo nas comemorações era, naturalmente, muito influenciado pela paisagem de contrastes dramáticos em que viviam os ilhéus.”

A dívida alemã para com a Grécia é incomensurável. A Alemanha, sim, deveria ser condenada a pagar a dívida da Grécia pelos prejuízos humanos e materiais causados durante a Segunda Guerra Mundial. E até em agradecimento pelos sucessivos roubos feitos ao longo da história, como conta o próprio banqueiro alemão, Heinrich Schliemann, no livro que escreveu sobre a descoberta de Tróia (Ítaca, o Peloponeso e Tróia). Os sucessivos saques do eurocêntrico à Grécia também estão documentados no livro Os mármores de Elgin, a respeito dos  frisos do Partenon que estão no Museu Britânico. Hoje, há mais obras gregas fora do que na Grécia. O museu britânico tem mais peças sobre a Grécia que o museu nacional de Atenas.

E se tudo isso não bastasse, há o uso da cultura legada pelos gregos, sem pagar um centavo de royalties.

Habermas defende postura da Grécia

:

Filósofo e escritor alemão, Jürgen Habermas diz que "são os cidadãos, não os banqueiros, que têm de dizer a última palavra sobre as questões que afetam o destino europeu"; "o acordo não está fracassando por causa de alguns bilhões a mais ou a menos, nem por causa de um ou outro imposto, mas unicamente porque os gregos exigem que a economia e a população explorada pelas elites corruptas tenham a possibilidade de voltar a funcionar através da quitação da dívida ou uma medida equivalente, como, por exemplo, uma moratória dos pagamentos vinculada ao crescimento"

1 de Julho de 2015 às 08:05

Por Instituto Humanitas Usininas

“São os cidadãos, não os banqueiros, que têm de dizer a última palavra sobre as questões que afetam o destino europeu”. O comentário é de Jürgen Habermas, filósofo e escritor alemão em artigo publicado no jornal no El País, 28-06-2015. Habermas lembra que “a Alemanha deve o impulso inicial para sua decolagem econômica, do qual ainda se alimenta hoje, à generosidade dos países credores que no Tratado de Londres, de 1954, perdoaram mais ou menos a metade de suas dívidas”.

Segundo ele, “o acordo não está fracassando por causa de alguns bilhões a mais ou a menos, nem por causa de um ou outro imposto, mas unicamente porque os gregos exigem que a economia e a população explorada pelas elites corruptas tenham a possibilidade de voltar a funcionar através da quitação da dívida ou uma medida equivalente, como, por exemplo, uma moratória dos pagamentos vinculada ao crescimento”.

Eis o artigo.

A última sentença do Tribunal de Justiça Europeu [que permite ao Banco Central Europeu (BCE) comprar dívida soberana para combater a crise do euro] lança uma luz prejudicial sobre a falida construção de uma união monetária sem união política. No verão de 2012, todos os cidadãos tiveram que agradecer a Mario Draghi, presidente do BCE, que com uma só frase [“farei o necessário para sustentar o euro”] salvou a moeda das desastrosas consequências de um colapso que parecia iminente. Ele tirou do sufoco o Eurogrupo ao anunciar que, caso fosse preciso, compraria dívida pública em quantidade ilimitada. Draghi teve que dar um passo à frente porque os chefes de Governo eram incapazes de agir pelo interesse comum da Europa; todos estavam hipnotizados, prisioneiros de seus respectivos interesses nacionais.

Naquele momento, os mercados financeiros reagiram – diminuindo a tensão – diante de uma única frase, a frase com a qual o presidente do BCE simulou uma soberania fiscal que absolutamente não possuía. Porque agora, assim como antes, são os bancos centrais dos países-membros os que aprovam os créditos, em última instância. O Tribunal Europeu não pode referendar essa competição contrária ao texto literal dos tratados europeus; mas as consequências de sua sentença deixam implícito que o BCE, com escassas limitações, pode cumprir o papel de credor de última instância.

O tribunal abençoou um ato salvador que não obedece em nada à Constituição, e o Tribunal Constitucional alemão apoiará essa sentença acrescentando as sutilezas às quais estamos acostumados. Alguém poderia estar tentado a afirmar que os guardiões do direito dos tratados europeus se veem obrigados a aplicá-lo, ainda que indiretamente, para mitigar, caso a caso, as consequências indesejadas das falhas de construção da união monetária. Defeitos que só podem ser corrigidos mediante uma reforma das instituições, conforme juristas, cientistas políticos e economistas vêm demonstrando há anos. A união monetária continuará sendo instável enquanto não for complementada pela união bancária, fiscal e econômica. Mas isso significa – se não quisermos declarar abertamente que a democracia é um mero objeto decorativo – que a união monetária deve se desenvolver para se transformar em uma união política. Aqueles acontecimentos dramáticos de 2012 explicam por que Draghi nada contra a corrente de uma política míope – até mesmo insensata, eu diria.

Estamos outra vez em crise com Atenas porque, já em maio de 2010, a chanceler alemã se importava mais com os interesses dos investidores do que com quitar a dívida para sanar a economia grega. Neste momento, evidencia-se outro déficit institucional. O resultado das eleições gregas representa o voto de uma nação que se defende com uma maioria clara contra a tão humilhante e deprimente miséria social da política de austeridade imposta ao país. O próprio sentido do voto não se presta a especulações: a população rejeita a continuação de uma política cujo fracasso as pessoas já sentiram de forma drástica em suas próprias peles. De posse dessa legitimação democrática, o Governo grego tentou induzir uma mudança de políticas na zona do euro. E tropeçou em Bruxelas com os representantes de outros 18 Governos, que justificam sua recusa remetendo friamente a seu próprio mandato democrático.

Recordemos os primeiros encontros, quando os novatos – que se apresentavam de maneira prepotente motivados por sua vitória arrebatadora – ofereciam um grotesco espetáculo de troca de golpes com os residentes, que reagiam em parte de forma paternalista, em parte de forma desdenhosa e rotineira. Ambas as partes insistiam como papagaios que tinham sido autorizadas cada uma por seu respectivo “povo”. A comicidade involuntária desse estreito pensamento nacional-estatal expôs com grande eloquência, diante da opinião pública europeia, aquilo que realmente é necessário: formar uma vontade política comum entre os cidadãos em relação com as transcendentais fraquezas políticas no núcleo europeu.

As negociações para se chegar a um acordo em Bruxelas travam porque ambas as partes culpam a esterilidade de suas conversas não às falhas de construção de procedimentos e instituições, mas sim à má conduta de seus membros. O acordo não está fracassando por causa de alguns bilhões a mais ou a menos, nem por causa de um ou outro imposto, mas unicamente porque os gregos exigem que a economia e a população explorada pelas elites corruptas tenham a possibilidade de voltar a funcionar através da quitação da dívida ou uma medida equivalente, como, por exemplo, uma moratória dos pagamentos vinculada ao crescimento.

Os credores, por outro lado, não cedem no empenho para que se reconheça uma montanha de dívidas que a economia grega jamais poderá saldar. É indiscutível que a quitação da dívida será irremediável, a curto ou a longo prazo. No entanto, os credores insistem no reconhecimento formal de uma carga que, de fato, é impossível de ser paga. Até pouco tempo atrás, eles mantinham inclusive a exigência, literalmente fantástica, de um superávit primário superior a 4%. É verdade que essa demanda foi baixada para 1%, que tampouco é realista. Mas, até o momento, a tentativa de se chegar a um acordo, do qual depende o destino da União Europeia, fracassou por causa da exigência dos credores de sustentar uma ficção.

Naturalmente, os países doadores têm razões políticas para sustentá-la, já que no curto prazo isso permite adiar uma decisão desagradável. Temem, por exemplo, um efeito dominó em outros países devedores. E Angela Merkel também não está segura de sua própria maioria no Bundestag. Mas não há nenhuma dúvida quanto à necessidade de rever uma política equivocada à luz de suas consequências contraproducentes. Por outro lado, também não se pode culpar apenas uma das partes pelo desastre. Não posso julgar se há uma estratégia meditada por trás das manobras táticas do Governo grego, nem o que deve ser atribuído a imposições políticas, à inexperiência ou à incompetência dos negociadores. Essas circunstâncias difíceis não permitem explicar por que o Governo grego faz com que seja difícil até mesmo para seus simpatizantes discernir um rumo em seu comportamento errático.

Não se vê nenhuma tentativa razoável de construir coalizões; não se sabe se os nacionalistas de esquerda têm uma ideia um tanto etnocêntrica da solidariedade e impulsionam a permanência na zona do euro apenas por razões de astúcia, ou se sua perspectiva vai além do Estado-nação. A exigência de quitação da dívida não basta para despertar na parte contrária a confiança de que o novo Governo vá ser diferente, de que atuará com mais energia e responsabilidade do que os Executivos clientelistas aos quais substituiu. Tsipras e o Syriza poderiam ter desenvolvido o programa reformista de um Governo de esquerda e apresentá-lo a seus parceiros de negociação em Bruxelas e Berlim.

A discutível atuação do Governo grego não ameniza nem um pouco o escândalo de que os políticos de Bruxelas e Berlim se negam a tratar seus colegas de Atenas como políticos. Embora tenham a aparência de políticos, eles só falam em sua condição econômica de credores. Essa transformação em zumbis visa a apresentar a prolongada situação de insolvência de um Estado como um caso apolítico próprio do direito civil, algo que poderia levar à apresentação de ações ante um tribunal. Dessa forma, é muito mais fácil negar uma corresponsabilidade política.

Merkel fez o Fundo Monetário Internacional (FMI) embarcar desde o início em suas duvidosas manobras de resgate. O FMI não tem competência sobre as disfunções do sistema financeiro internacional; como terapeuta, vela por sua estabilidade e, portanto, atua no interesse conjunto dos investidores, principalmente dos investidores institucionais. Como integrantes da troika, as instituições europeias também se fundem com esse ator, de tal forma que os políticos, na medida em que atuem nessa função, podem se restringir ao papel de agentes que se regem estritamente por normas e dos quais não se podem exigir responsabilidades.

Essa dissolução da política na conformidade com os mercados pode explicar a falta de vergonha com a qual os representantes do Governo federal alemão, todos eles pessoas sem mácula moral, negam sua corresponsabilidade política nas devastadoras consequências sociais que aceitaram, como líderes de opinião no Conselho Europeu, por causa da imposição de um programa neoliberal de austeridade. O escândalo dentro do escândalo é a cegueira com que o Governo alemão percebe seu papel de liderança. A Alemanha deve o impulso inicial para sua decolagem econômica, do qual ainda se alimenta hoje, à generosidade dos países credores que no Tratado de Londres, de 1954, perdoaram mais ou menos a metade de suas dívidas.

Mas não se trata de um escrúpulo moral, e sim do núcleo político: as elites políticas da Europa não podem continuar se escondendo de seus eleitores, ocultando até mesmo as alternativas ante as quais nos coloca uma união monetária politicamente incompleta. São os cidadãos, não os banqueiros, que têm de dizer a última palavra sobre as questões que afetam o destino europeu.

Habermas defende postura da Grécia | Brasil 24/7

01/05/2015

Que democracia cristã age em parceria com o demônio? A da Alemanha!

Filed under: Alemanha,Angela Merkel,Arapongagem made in USA,Deutsche Bank,NSA — Gilmar Crestani @ 1:22 pm
Tags:

alemanha-greciaAngela Merkel fez mais para a economia alemã, com a ajuda do Deutsche Bank, do que Hitler com seus panzers e SS. A destruição da economia da Grécia, por exemplo, tem o DNA ariano da Angela Merkel. É, como dizem os vira-latas brasileiros, o tal de planejamento alemão.

Quando os países ditos do primeiro mundo falam em planejamento esta afirmação não tem necessariamente relação com economia, mas com política. Vampiros também planejam. Planejam o tempo todo como sugar a economia dos outros. É disso que eles dependem.

Depois que Alemanha enfiou 7 x 1 no admirador de Pinochet, Felipão, os ventríloquos da velha mídia passaram a repetir que se tratava da relação do planejamento com o amadorismo. Curioso que antes da Copa o que não existia era planejamento dos organizadores, ao passo que a Seleção era festejada…, como aquela manchete da Folha do dia 05/06/2014: “Copa começa hoje com seleção em alta e organização em cheque”. Para a Folha teria havido  planejamento na Seleção, mas não na organização. A vida como ela é mostrou que os profetas do atraso estavam, como sempre, atrasados.

Até para perder de 7 x 1 tem de ser planejado, não é mesmo. Ou será que as demais seleções não planejaram, só a Alemanha? O fato de perder não significa que tenha faltado planejamento, assim como quem ganhou pode ter alcançado mesmo sem planejamento.

Basta ter o mesmo advogado do fluminense…

Alemanha ajudou os Estados Unidos a espionarem países europeus

Escândalo da colaboração entre o BND e a NSA deixa sob pressão o Governo de Merkel

Luis Doncel Berlim 30 ABR 2015 – 14:01 BRT

Alemania

Angela Merkel, em um ato em Berlim em 29 de abril. / JOHN MACDOUGALL (AFP)

O escândalo da colaboração entre os serviços secretos alemães com a Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA) ganhou força até transformar-se em uma séria ameaça ao Governo de Angela Merkel. A revelação de que os norte-americanos utilizaram as instalações do BND – os serviços secretos da Alemanha para o exterior – para espionar locais tão emblemáticos como o Palácio do Eliseu (sede da presidência da França), o ministério dos Assuntos Exteriores francês, ou a Comissão Europeia mira o coração das relações da Alemanha com seus vizinhos europeus.

A informação publicada nesta quinta-feira pelo jornal Süddeutsche Zeitung e as redes de televisão NDR e WDR sacudiu os alicerces da política berlinense. Já não se trata somente de espiões alemães dando informação aos seus colegas norte-americanos sobre empresas, ou a suspeita cada vez mais fundada de que o ministro do Interior, o democrata-cristão Thomas de Maizière, mentiu ao Parlamento.

mais informações

“Espionar os amigos é inaceitável”, disse categoricamente Merkel ao presidente Barack Obama em outubro de 2013, no auge do escândalo pelas escutas norte-americanas, que não respeitaram nem mesmo o celular da chanceler. Mas essas palavras podem agora voltar-se contra a líder alemã. Porque, segundo o Süddeutsche Zeitung, a espionagem a empresas foi feita somente em caráter excepcional. “O objetivo primordial era a espionagem política a nossos vizinhos europeus e às instituições da União Europeia”, diz o jornal, que cita fontes da chancelaria e do BND.

A rodada de revelações que começou em meados de abril deixa Merkel e seu partido democrata-cristão em uma situação muito delicada. As críticas da oposição vão desde os esquerdistas do Die Linke, que acusam o Executivo de “traição à Pátria” até os liberais, que exigem que Merkel peças desculpas aos líderes europeus. Dentro do Governo de grande coalizão também se começa a ouvir o mal-estar. Seu número dois e líder dos social-democratas, Sigmar Gabriel, pediu explicações por fatos que tachou de “escandalosos”.

Mas Merkel e seus porta-vozes permanecem calados por enquanto. Desde que na penúltima semana de abril admitiram que o BND padecia “de déficit técnico e organizacional” que precisava “ser sanado”, negaram-se a explicar quais consequências políticas esse escândalo trará. A oposição pede a demissão do presidente dos serviços secretos, Gerhard Schindel. Mas mesmo que Merkel ofereça sua cabeça, é pouco provável que se conformem com isso.

Espionagem Internacional: Alemanha ajudou os Estados Unidos a espionarem países europeus | Internacional | EL PAÍS Brasil

02/02/2014

Tomô!

UcraniaSó doentes do Complexo de Vira-lata  em estado terminal continuam ainda praticam a arte de tirar os sapatos para entrar nos EUA. Ontem El País, em edição espanhola, revelou mais um nível na degradação moral dos EUA que mostra de forma pedagógica como se constrói terrorismo de estado.

JANIO DE FREITAS

Os fins dos meios

Campos não terá mesmo a concordância de Marina em seu desejo de apoiar a recandidatura de Alckmin

Ao sair de Brasília para encontrar-se com a secretária de Segurança Nacional dos Estados Unidos, o ministro das Relações Exteriores levava uma bagagem politicamente simples: o Brasil não deixou de condicionar a restauração das relações com os EUA, e em particular com o governo Obama, ao pedido de desculpas pela violação das comunicações da presidente e do governo brasileiros, revelada por Edward Snowden.

Não era, por certo, o que Susan Rice esperava de Luiz Alberto Figueiredo, o que explica a brevidade do encontro depois da demorada viagem por ela pedida ao ministro. Menos de 45 minutos foram suficientes para os gestos protocolares, de chegada e de saída, e para o recheio com a explicação sobre as medidas –poucas, superficiais e sem garantias — anunciadas pelo próprio Obama na Agência Nacional de Segurança (NSA), a cidadela da espionagem.

Menos de 24 horas antes do encontro infrutífero em Washington, Angela Merkel, ao inaugurar na tribuna do Parlamento o seu terceiro mandato de chefe do governo alemão, dedicou duros e inteligentes parágrafos à espionagem americana, que também a visou. E, inevitável, ao discurso de Obama em defesa da NSA. "As ações em que os fins justificam os meios, nas quais o uso da técnica não tem limites, traem a confiança e instauram a desconfiança."

Os alegados fins da segurança a justificarem os meios. Razão bastante para a afirmação de Merkel, talvez jamais ouvida pelos americanos na voz de um aliado, de que Alemanha e Estados Unidos "estão muito distantes quando se trata de ética", entre "a liberdade e a ação do Estado". É estupendo que palavras assim venham da Alemanha.

Mas historicamente grandioso para a Alemanha e seu povo, não para a humanidade. Porque são palavras dirigidas a um país e um povo que outrora as diziam ao mundo e hoje são os destinatários delas. Se não as ouvem cabisbaixos e enrubescidos, é por superpotência significar, na realidade, superprepotência.

28/10/2013

Duas mulheres prensam Tio Sam

 

Alemania y Brasil lideran en la ONU una iniciativa para controlar el espionaje

La propuesta quiere garantizar la privacidad de las comunicaciones en Internet

Una veintena de países la respaldan y EE UU está dispuesta a estudiarla

Eva Saiz Washington 26 OCT 2013 – 21:28 CET78

Los presidentes Dilma Rousseff, Barack Obama y Angela Merkel, durante la cumbre del G-20. / AP

Alemania y Brasil han aunado sus fuerzas en Naciones Unidas para contener el espionaje masivo a través de Internet. Las delegaciones de ambos países están trabajando en una propuesta de resolución que persigue promover la privacidad en la red y a cuya redacción se han sumado una veintena de países, según fuentes diplomáticas citadas por varios medios de comunicación estadounidenses. Se trata de la primera iniciativa de carácter internacional para tratar de dar respuesta a las prácticas de vigilancia indiscriminada por parte de Estados Unidos, que en los últimos días han generado una indignación generalizada entre sus aliados.

La propuesta, que se difundió entre varias delegaciones este viernes en la sede de la ONU en Nueva York, se encuentra todavía en una fase muy prematura pero sus promotores esperan que pueda debatirse en el comité de Derechos Humanos de la Asamblea General de Naciones Unidas antes de que finalice este año. Aunque la capacidad de una resolución de Naciones Unidas para constreñir las actividades de la Agencia Nacional de Inteligencia (NSA) es prácticamente nula, un rechazo internacional suficientemente amplio y representativo de las prácticas de espionaje indiscriminado al que no se sumara EE UU, pondría en evidencia un aislamiento que Washington no desea y menos cuando lo que se defiende es la protección de la privacidad.

Se trata de la primera iniciativa de carácter internacional para tratar de dar respuesta a las prácticas de vigilancia indiscriminada por parte de Estados Unidos

A priori, EE UU no ha mostrado reticencias a sumarse a la iniciativa de Alemania y Brasil. “Revisaremos la resolución cuando nos pasen el texto, pero no es algo a lo que nos opongamos, en principio”, señaló el pasado viernes al respecto la portavoz del Departamento de Estado, Jen Psaki. Washington ha insistido en ha comenzado a revisar los procedimientos de recopilación de información de sus agencias de inteligencia y ha mostrado su predisposición a buscar fórmulas para tratar de recuperar la confianza de sus aliados en un esfuerzo por atajar la oleada de quejas que ha provocado la constatación del espionaje a jefes de Estado extranjeros.

El documento de Naciones Unidas, impulsado precisamente por dos países cuyas presidentas han sido víctimas de la vigilancia de la NSA, en ningún momento menciona explícitamente a la agencia o alude a sus las prácticas de espionaje masivo internacional, en una muestra de que la propuesta pretende ser inclusiva.

El documento de Naciones Unidas en ningún momento menciona explícitamente a la agencia o alude a sus las prácticas de espionaje masivo internacional, en una muestra de que la propuesta pretende ser inclusiva

En la propuesta de resolución, que recoge la iniciativa de un foro mundial para la regulación de Internet presentada por la presidenta brasileña, Dilma Rousseff, durante su intervención en la pasada Asamblea General de la ONU, se insta a los Estados a “asegurar el respeto del derecho a la privacidad tal y como se constituyen en el Pacto Internacional de Derechos Civiles y Políticos de 1976” y se les pide que “adopten medidas para poner fin a las violaciones de estos derechos” y a que “revisen sus procedimientos, prácticas y legislación relacionada con la vigilancia exterior de las comunicaciones privadas y la interceptación de datos personales de los ciudadanos en jurisdicciones extranjeras para garantizar el derecho a la privacidad”.

El texto incluye un mandato al Alto comisionado de Naciones Unidas para los Derechos Humanos para que elabore dos informes anuales en los próximos dos años sobre “la vigilancia indiscriminada y la violación de los derechos humanos” que incluya “recomendaciones para determinar y aclarar los principios y prácticas sobre las implicaciones de la vigilancia indiscriminada en los derechos humanos”.

La iniciativa de Alemania y Brasil ha sido respaldada por 19 países europeos y americanos, entre los que se encuentran socios de EE UU y objetivos de su espionaje, como México o Francia, y países más beligerantes, como Cuba, Venezuela, Ecuador o Bolivia. Se desconoce por el momento qué actitud vayan a adoptar Rusia, que ha dado asilo a Snowden, o China, en el punto de mira por el ciberespionaje, dos países que apenas han sido mencionados en ninguno de los documentos filtrados por el exanalista y que, hasta el momento, han eludido pronunciarse sobre el espionaje a líderes mundiales y las quejas que han suscitado.

Brasil rechazará cualquier acuerdo no ratificado por la ONU

JUAN ARIAS | Río de Janeiro

El Gobierno de la presidenta Dilma Rousseff es consciente de que Brasil Brasil el primer país en levantar la voz en las Naciones Unidas (ONU) contra las acciones de espionaje de la NSA. Por eso, como escribe el diario O Globo recogiendo fuentes del Ejecutivo de Rousseff, “Brasil rechazará cualquier acuerdo cibernético que no esté ratificado por la ONU”.

El diario informa que en el hemisferio sur, la posibilidad de un acuerdo franco-alemán “fue mal recibida”. De ahí que la diplomacia brasileña se moviera enseguida para conseguir el apoyo de Alemania a la resolución presentada por el Gobierno de Rousseff para defender la “privacidad de internet”.

Según el diario O Estado de São Paulo, la propuesta brasileña había sido inicialmente recibida con desconfianza sobretodo por los países ricos. ”Existía el temor de que algún tipo de regularización pudiese convertirse en censura en las comunicaciones, sobretodo en internet” escribe O Estado.

Ahora, Brasil, que ha buscado el apoyo de Alemania a su propuesta inicial, está dispuesto a reescribir el texto ya preparado para que pueda ser apoyado no sólo por Alemania sino por el mayor número de países en la Asamblea Nacional de la ONU.

Por el momento, tanto el Gobierno brasileño como el alemán – según afirma la prensa – no pretenden que el documento que está siendo escrito conjuntamente aborde el caso de espionaje ni que presente a los americanos como los “grandes villanos”.

La resolución conjunta Brasil-Alemania deberá, inicialmente, ampliar la protección para las comunicaciones online que no existía cuando fue creado el Pacto Internacional de Derechos Civiles y Políticos, uno de los tres instrumentos que componen la Carta Internacional de los Derechos Humanos, junto con la Declaración Universal de los derechos Humanos y el Pacto Internacional de los derechos Económicos, Sociales y Culturales.

Alemania y Brasil lideran en la ONU una iniciativa para controlar el espionaje | Internacional | EL PAÍS

23/05/2013

O 2º poste mais iluminado do mundo

Filed under: Angela Merkel,Dilma — Gilmar Crestani @ 9:00 pm
Tags:

 

Dilma Rousseff pisa los talones a Angela Merkel

La canciller alemana lidera por tercer año consecutivo la lista de las 100 mujeres más influyentes del mundo que elabora la revista ‘Forbes’

Yolanda Monge Washington 22 MAY 2013 – 16:16 CET37

La canciller alemana, Angela Merkel. / AP

Si el podio del año pasado era Angela Merkel, Hillary Clinton y Dilma Rousseff, el de este año es la prueba de que quien se mueve no sale en la foto. En la lista de este año de las 100 mujeres más poderosas del mundo que elabora la revista Forbes ha quedado desbancada la exsecretaria de Estado norteamericana Clinton a un honroso quinto puesto y la presidenta de Brasil gana posiciones y se coloca segunda tras la todopoderosa canciller alemana Merkel, que repite liderazgo por tercer año consecutivo. En tercer lugar, se sitúa Melinda Gates, que también ha escalado posiciones para dejar atrás el cuarto lugar que ocupaba en 2012. Irrumpe en el top de las cinco más poderosas Michelle Obama, la esposa del presidente de Estados Unidos que en 2012 estaba en séptima posición; en octava en 2011 y en cabeza en 2010 –los años anteriores no existía-.

Desde 2004, Forbes ha ofrecido su relación de las 100 mujeres que se adhieren a la definición tradicional de poder político y económico, pero también ha recogido a aquellas que han llegado a lo más alto de la escala social o cultural. En el listado de 2013 hay ocho jefas de Estado (incluída una reina que ya ha celebrado el 60 aniversario de su acceso al trono); 25 directoras ejecutivas que controlan cerca de 100.000 millones de dólares y 11 multimillonarias en cuyas arcas personales hay un total de más de 80.000 millones. Como cada año, Forbes lista también a las filántropas, esas potentadas que hacen algo más en la vida que contar su dinero.

La razón por la que Merkel sigue en la cresta de la ola no es otra que el declive europeo y su crisis económica, que han hecho que la canciller alemana haya estado presente en todos los años menos en uno. “Es la columna vertebral de la Unión Europea y carga el destino del euro sobre sus espaldas", escribe Forbes. Como para no ser la número uno.

Rousseff, primera mujer en la presidencia de Brasil -sucedió al carismático Lula da Silva tras ganar las elecciones en octubre de 2010-, ocupaba el 95º lugar en el ránking de la prestigiosa revista tan solo tres años atrás. Además de Rousseff, otra brasileña aparece entre las 20 primeras de la revista estadounidense: la presidenta de la petrolera Petrobras, Maria das Gracas Silva Foster, en el 18º puesto (la 20ª el año pasado). En cambio, la presidenta argentina, Cristina Kirchner, pierde diez lugares con respecto a la anterior lista, para situarse en la 26ª posición.

También baja enteros la única española que integra el listado del poder femenino. Rosalía Mera (69 años), fundadora de Zara junto a su exmarido Amancio Ortega, estaba el año pasado en el lugar 54 y este desciende al 66, aunque sigue estando entre las 100 por las mismas y filantrópicas razones: su buen corazón.

En la lista Forbes hay representadas 26 nacionalidades diferentes, aunque con un claro dominio de la estadounidense. En un claro síntoma de la importancia de las redes sociales, las 100 mujeres más poderosas del planeta tienen un total de 153 millones de seguidores en la red social Twitter. La más joven del ránking sigue siendo la cantante estadounidense Lady Gaga (de 27 años, en el lugar 45), y la mayor es la reina Isabel II de Inglaterra (de 87 años, en el 40).

La escritora británica J.K.Rowling se precipita hacia el final de la lista cada año que pasa: en 2012 estaba en el 78 y ahora se encuentra en el 93. Hay 14 nuevas entradas, incluida la primera mujer en acceder a la presidencia de Corea del Sur, Park Geun-hye; la física italiana Fabiola Gianotti y la multimillonaria más joven del mundo hecha a sí misma –nada de herencias- y presidenta de Spanx –la moderna faja-, Sara Blakely.

Dilma Rousseff pisa los talones a Angela Merkel | Gente | EL PAÍS

02/04/2013

Quando as mulheres ficavam “nuas e em pelo”

Filed under: Angela Merkel — Gilmar Crestani @ 9:30 am
Tags:

Hoje está fora de moda a expressão “nuas em pelo”… Fosse uma foto à moda contemporânea, como distinguir uma da outra. Seria como procurar pelo em ovo…

A primeira ministra alemã, Angela Merkel.

http://diariodocentrodomundo.com.br/wp-content/uploads/2013/03/Dava-um-caldo….jpg

20/01/2013

Alemania también sufre | Economía | EL PAÍS

Filed under: Alemanha,Angela Merkel — Gilmar Crestani @ 11:12 am

Como mostrei ontem aqui, o Brasil da Dilma, tão criticado pelos grupos mafiomidiáticos, cresceu mais do que a poderosa Alemanha de Angela Merkel. Enquanto o Brasil cresceu 1,3, Alemanha foi de 0,1%. Pode não ter sido o desejamos, mas foi melhor que teriam feitos os economistas do PIG.

Alemania también sufre

Los duros ajustes en los países del sur comienzan a hacer mella en la mayor economía de la eurozona

Juan Gómez 20 ENE 2013 – 00:01 CET178

La canciller alemana, Angela Merkel. / J. EISELE (AFP)

Mal que les pese a los apóstoles del tijeretazo, las cuentas públicas alemanas confirmaron en 2012 una vieja máxima keynesiana: si vigilas el desempleo, el presupuesto se cuidará solo. Por tercera vez desde la costosa unificación de 1990, Alemania terminó el año con superávit en sus balances públicos, el 0,1% de su producto interior bruto (PIB). Los analistas coinciden en que no ha sido gracias a la austeridad que recetan la democristiana Angela Merkel (CDU) y su ministro de Hacienda, Wolfgang Schäuble, como panacea contra las diversas crisis relacionadas con la deuda, a cuál más grave, que padecen socios europeos como España o Grecia. Tampoco es un reflejo inmediato del crecimiento de su economía, que según cálculos provisionales de la Oficina Federal de Estadística (Destatis) se contrajo un 0,5% en el último trimestre del año recién concluido. Las cuentas de Schäuble cuadran gracias al considerable aumento de los ingresos de la Seguridad Social (pensiones, cajas de salud, jubilaciones…), así como la recaudación de IRPF y demás tasas, a su vez consecuencia de la boyante situación laboral. Los datos del PIB, que en 2012 solo creció un 0,7%, sugieren sin mucho margen de duda que el auge ha tocado a su fin. La recesión en la eurozona ya afecta a Alemania.

La rápida recuperación económica de 2010 y 2011 disparó la creación de empleo. A finales del año pasado, el número de personas con trabajo alcanzaba la marca histórica de 41,7 millones, 290.000 más que en 2011. El crecimiento, en cambio, fue pobre, más aún si se compara con los respectivos incrementos del 4,2% y el 3% en 2010 y 2011. Hace unos meses, los expertos todavía auguraban que el PIB alemán crecería un 1% este año. El parón sería una buena música de acompañamiento para el coro internacional que pide a Merkel que adopte medidas extraordinarias de estímulo económico, al que se sumó la semana pasada el presidente del Gobierno español, Mariano Rajoy. Pero al mismo tiempo que anunciaba un crecimiento de solamente el 0,4% del PIB para 2013, el Gobierno de Berlín insistía esta semana en que no cambiará nada.

El respaldo de los alemanes a la austeridad continúa siendo abrumador

En Alemania, el respaldo público al Gobierno en su política europea de ahorro y consolidación financiera sigue siendo abrumador. Hace 10 años que Alemania violó impunemente los tratados de estabilidad europeos para hacer frente a sus aprietos financieros y estimular su economía, estancada por el lastre de la unificación. Ahora, los dirigentes de la primera economía de Europa se aferran a su 0,7% de crecimiento como a un clavo ardiendo y rechazan cualquier medida expansiva para beneficiar a sus socios europeos. Merkel repite su cantilena machaconamente desde que empezó la crisis de la deuda hace tres años: no se debe financiar con créditos el crecimiento, ni siquiera en tiempos de superávit. La letanía oficial es tan preponderante que cuando la oposición critica la política fiscal del Gobierno es para pedirle que ahorre mejor. Así sucedió el jueves en la Cámara baja del Parlamento (Bundestag), donde el viceportavoz socialdemócrata Hubertus Heil acusó al ministro Schäuble de haberse “desayunado tres años de crecimiento” sin ahorrar.

Las voces disidentes se expresan casi disculpándose. “Nosotros también defendemos la consolidación”, certifica antes que nada Peter Hohlfeld, economista del Instituto de Macroeconomía e Investigación Coyuntural (IMK). Pero “estos ritmos extremos que se han marcado en la eurozona solo podían desembocar en la recesión general que están padeciendo nuestros socios europeos”. Gustav Horn, su jefe en el IMK, salió a la palestra hace 10 días para pedir a los países acreedores de la eurozona que “concedan más tiempo para hacer los ajustes” a sus socios en crisis. Considera que la recesión europea es “una losa sobre Alemania” y detiene su crecimiento. Horn explicó en una rueda de prensa que “hay nuevos estudios que demuestran que la austeridad estricta en una situación de enfriamiento económico frena el PIB más drásticamente de lo que se había pensado”. La Comisión Europea y la mayoría de expertos, dijo, pensaban que cada euro de recortes o de aumento de impuestos reduce el PIB [del país afectado] bastante menos de un euro. Pero según sus cálculos, cada euro retirado de la economía en una recesión “reduce el PIB hasta dos euros”. Y agrava así un círculo vicioso: menos crecimiento significa menos ingresos y más gasto para paliar las consecuencias sociales de la recesión.

El IMK, que depende de la poderosa Confederación Alemana de Sindicatos (DGB), aboga por la subida de los salarios y el aumento de las inversiones públicas en Alemania. Hohlfeld estima que un aumento general —entre el 3% y el 3,5%— en los salarios alemanes en 2013 “impulsaría la importación de productos europeos” y equilibraría las balanzas comerciales en la eurozona, que en los últimos años se han inclinado drásticamente a favor de Alemania. Las exportaciones son el motor económico de Alemania, que vende el 40% de ellas a sus socios del euro. En cuanto a la consolidación de las cuentas públicas, en el IMK recuerdan que las cuentas se han arreglado gracias a las mejoras salariales de los últimos dos ejercicios, sumadas a la creación de empleo. En 2011 y 2012, los sueldos subieron una media de entre el 2,8% y el 3%. No obstante, la media anual de los últimos 11 años ha rondado el 1,5%, menos que la inflación.

ampliar foto

Voluntarios empaquetan fiambreras para necesitados, en una iglesia de Stuttgart, al sudoeste de Alemania. / T. NIEDERMULLER (AFP)

Lamentan en el IMK que el Ejecutivo no haya subido los impuestos de sucesiones ni aumentado la presión fiscal sobre los que más ganan. Estos ingresos permitirían ampliar el gasto en infraestructuras y otros presupuestos públicos, como el de educación. El Gobierno de Merkel no solo renuncia a tocar los impuestos, tampoco ha recortado gran cosa los gastos. Las medidas domésticas de ajuste fiscal se han limitado a continuar una tendencia a reducir la inversión pública, que ya dura más de una década, excepción hecha de las medidas de estímulo anticrisis de 2008 y 2009. Berlín, eternamente en obras, puede dar la impresión de que la inversión pública atraviesa un periodo de auge, pero la ciudad “es una anomalía”. Así y todo, la pretendida austeridad de Merkel “ni por asomo podría compararse” a los recortes que se están aplicando en países como España. Pero en Alemania, “sobre todo en su Gobierno”, cunde “una especie de ceguera, una visión muy limitada de lo que está sucediendo en Europa”.

En la Federación Alemana de Cámaras de Industria y Comercio (DIHK) no sorprende gran cosa que el IMK abogue por subir los sueldos drásticamente. La DIHK, a la que están afiliadas 80 cámaras de comercio regionales, defiende ajustes drásticos del signo contrario. Según ha dicho estos días su presidente, Hans Heinrich Driftmann, “es demasiado fácil echar la culpa de todo a los mediterráneos”. El experto en coyuntura de la organización patronal, Dirk Schlotböller, recuerda la proximidad del IMK con los sindicatos, pero admite algunas coincidencias. Por ejemplo, cuando propone que aumente la inversión pública en unas infraestructuras “que se están anquilosando”. Schlotböller admite no obstante que sus “esperanzas son bastante limitadas”, sobre todo en lo relativo a la obra pública: “Me temo que no habrá mejoras reseñables para infraestructuras, como carreteras y otras grandes obras de ingeniería”. La inversión pública no llega al 10% de las inversiones totales, “demasiado poco para que Alemania siga siendo competitiva”.

Para algunos economistas, la austeridad "se ha quedado corta" y exigen más inversión en infraestructuras

Razonan los economistas del DIHK que los ajustes y la austeridad en Alemania “se han quedado cortos” en los más de tres años de coalición de centroderecha entre democristianos (CDU-CSU) y liberales (FDP). Los buenos ingresos, dice Schlotböller, “habrían permitido reducir el endeudamiento más de lo que se ha hecho”. La deuda alemana supera el 80% de su PIB. El Estado “gasta demasiado en cosas equivocadas”. Propone la patronal que el aumento de la inversión en infraestructuras y la moderación de los impuestos a las empresas se vean compensados por una reducción del gasto administrativo. Pero lo mismo que los sindicatos, el DIHK critica duramente que Merkel aprobara en otoño una nueva subvención estatal a las familias que renuncien a llevar a sus hijos a las guarderías públicas, algo que califica de “regalo preelectoral”.

Sorprende a Schlotböller que el ministro de Economía, el liberal Philipp Rösler, anunciara un pronóstico de crecimiento tan bajo para el año en curso. Se malicia que podría tratarse de una táctica electoral —“ahora dicen que será peor de lo que esperan”— para así poder dar la buena noticia durante el año electoral 2013. En lugar del 0,4% anunciado por Rösler, la DIHK prevé que el PIB alemán crecerá un 0,7%, una décima menos de lo que esperan los economistas del IMK. Ninguno de los tres pronósticos prevé que la economía se contraiga en el primer trimestre de 2013. Los economistas hablan de recesión cuando el PIB retrocede por dos trimestres consecutivos. Según un estudio que publicó en diciembre el banco central alemán (Bundesbank), esto dependerá en buena medida del tiempo que haga durante lo que queda de invierno.

ampliar foto

Un empleado revisa rollos de chapa de acero en una fábrica del estado alemán de Baja Sajonia. / F. BIMMER (REUTERS)

El frío frena el trabajo al aire libre, así que las obras públicas y la construcción suelen griparse entre el otoño y la primavera. En 2012 se agotaron los últimos efectos de las inversiones extraordinarias aprobadas como parte del programa de estímulo económico durante la gran recesión de 2009. Pero este freno se vio compensado por el auge de la construcción de viviendas, alentada por los bajos tipos de interés y también por un efecto colateral de la crisis: la vivienda se convierte en un valor refugio para los alemanes y extranjeros que huyen de la volatilidad de los mercados de renta variable, de los riesgos de la deuda pública de los países periféricos y también de la mísera rentabilidad que ofrece la deuda alemana. Este invierno ha sido un tanto prematuro y ha enfriado el sector ya desde octubre, pero las últimas encuestas de confianza empresarial revelan una mejora en las expectativas.

En cuanto al mercado laboral, las empresas alemanas confían en crear hasta 180.000 nuevos puestos de trabajo. Continuará la sólida demanda de mano de obra cualificada, pero no servirá para reducir directamente el paro en el país. Tanto la DIHK como el IMK vaticinan que la tasa de desempleo superará levemente el 7%. No habrá mucho más de tres millones de parados. La cuota de desempleo estuvo en el 6,8% el verano pasado, menos de 2,75 millones de personas. Este catarro moderado permite a Schlotböller esperar que “el consumo privado contribuya al crecimiento”, como en los últimos dos años. En 2012 ya se registró un aumento del consumo, pero se vio lastrado por una caída de la inversión industrial. Se espera que la demanda industrial vuelva a incrementarse en el segundo semestre de 2013. Los sueldos subieron un 2,6% nominal en 2012. La patronal no descarta una evolución similar en 2013, que contribuiría al nuevo avance del consumo privado.

Las empresas alemanas no se quejan de problemas de financiación. Según el último estudio del instituto muniqués IFO, el acceso a crédito se mantiene estable desde principios de 2012 para el conjunto de las empresas, que se benefician de los bajos tipos de interés y de las excelentes calificaciones de riesgo del Estado, reducto de la calificación triple A en una eurozona sacudida por la crisis de la deuda. Además, el IFO anunció el mes pasado la segunda subida consecutiva de su barómetro de confianza empresarial, uno de los principales indicadores de la salud económica de Alemania.

El Bundesbank alerta de que el frenazo en la economía viene de la industria

El Bundesbank alertó de que el retroceso económico de los últimos meses parte en primer término de la industria. La producción se ha reducido ostensiblemente, sobre todo por la baja demanda de maquinaria y bienes de equipo. Dadas las facilidades de financiación y los bajos tipos de interés, hay que interpretar la caída de estas inversiones como un síntoma del temor a que la crisis europea golpee de lleno a Alemania. Los pedidos industriales desde los países europeos retrocedieron, lo mismo que los pedidos domésticos.

Sin embargo, el repunte del índice de confianza que confecciona el IFO y la paulatina recuperación de los mercados emergentes como China insuflan confianza en economistas como Rolf Schneider, de Allianz Economic Research. “No hay razones para el pesimismo” en 2013, proclama el economista en un informe de esta semana. Razona que el aumento de la demanda exterior devolverá la valentía a los inversores en Alemania y anuncia que el consumo privado pasará a crecer un 1% este año, tras mejorar un 0,8% en 2012. En un tono que se diría eufórico, Schneider escribe que “la economía alemana crecerá en 2013 con más fuerza que en 2012”. Nada menos que un 1,2%.

En Deutsche Bank Research no están de acuerdo. Desde la fracción menos risueña de los expertos alemanes, Stefan Schneider no espera más que una mejora del 0,3% en el PIB durante este año. Aun así, considera Schneider que está “siendo bastante optimista, porque se tendría que cumplir la premisa de que las cosas no se tuerzan aún más en la eurozona o en EE UU”. El precipicio fiscal en Washington, las primas de riesgo en la periferia italiana o española, el estancamiento de China… el economista va desgranando al teléfono los muchos codos que amenazan al vaso medio lleno de la economía alemana. “El 0,3% de crecimiento es una hipótesis en la que lo único casi indudable es que, si la economía mundial se recupera, Alemania se beneficiará”. ¿Está en vías de solución la crisis de la deuda? Con un punto de irritación, Schneider recuerda cómo el presidente del Banco Central Europeo, Mario Draghi, “se retorcía como una anguila para no responder con claridad a esta misma pregunta”.

Una conversación con Schneider se convierte enseguida en un repaso de todo lo que, a su juicio, Alemania no puede ni debe hacer para impulsar el crecimiento en Europa. La subida drástica de los sueldos, dice, supondría horadar la competitividad de la industria, con la consiguiente huida de los inversores. Ablandar las condiciones de los rescates europeos resultaría contraproducente y además ilegal. “Los acuerdos hay que cumplirlos”, afirma. A su juicio, un aumento de la demanda alemana sería inútil, porque no se reflejaría de la forma deseada en un aumento de las exportaciones de sus socios europeos.

El Gobierno de Merkel insiste en que no cambiará sus políticas

En general, en Deutsche Bank Research confían en los criterios ortodoxos del Bundesbank y se muestran escépticos respecto a cualquier tipo de estímulo del Gobierno alemán. En cuanto al superávit presupuestario alcanzado por Schäuble en 2012, Schneider es lapidario: “Cuando la economía se enfríe, nos daremos cuenta de que la reducción del déficit era en gran medida un efecto cíclico y no una rehabilitación sólida”.

Angela Merkel se presenta a su segunda reelección en el mes de septiembre. Cuanto más se acercan los comicios, menos probable resulta que se reedite la amenaza de una ruptura del euro. La estrategia electoral de Merkel es evitar cualquier sobresalto. Sólido o no, el superávit de 2012 es otra medalla para la canciller, más popular que nunca en Alemania. Pero si las cosas se tuercen y la coyuntura mundial empeora, Alemania entrará en una espiral de desempleo y recesión difícil de parar en pocos meses. Las medidas que mitigaron la recesión de 2009, como la subvención de las jornadas laborales reducidas para evitar el paro (kurzarbeit), no funcionarían ante una recesión prolongada. La precaria calma chicha económica podría convertirse en la tormenta final de Merkel.

Alemania también sufre | Economía | EL PAÍS

30/11/2012

Bulldog ou pastor alemão

Filed under: Alemanha,Angela Merkel,Bulldog — Gilmar Crestani @ 9:15 am

 

El ataque alemán desahucia a España

El pánico financiero y la austeridad que impone Alemania le reportan grandes beneficios y favorecen la apuesta de los grandes especuladores contra las deudas soberanas de los países del sur de Europa

Manuel Ballbé / Yaiza Cabedo29 NOV 2012 – 00:02 CET

EDUARDO ESTRADA

Los economistas reiteran hasta la saciedad que la imposición merkeliana de austeridad es un error, pero siguen sin entender que se trata de una truculenta estrategia del Gobierno y la banca alemana para desvalijar al sur de Europa con el fin de tapar el enorme agujero financiero alemán. Este expolio es posible debido a una desregulación jurídica que desde 2000 ha desplazado el capitalismo productivo por un “mercado casino” sin supervisión administrativa, en el que ha quedado suprimido el delito de información privilegiada y que funciona mediante apuestas en las que no hay que identificarse. Esta bolsa privada y sin transparencia, localizada en Nueva York y Londres, está en manos de un cartel compuesto por seis megabancos norteamericanos y seis europeos, todos quebrados y rescatados por sus Gobiernos, es decir, por los contribuyentes.

Este es el verdadero origen de la crisis: un nuevo capitalismo de casino y de apuestas en productos financieros tóxicos —como las hipotecas subprime—, que ahora especula con la deuda soberana de los países del sur. La causa de la crisis, pues, no es ni la burbuja inmobiliaria española, ni el endeudamiento —las deudas inglesa y alemana eran superiores—, ni la indisciplina fiscal. La burbuja ha sido hipotecaria: de titulizar y revender hipotecas tóxicas en el mercado. Precisamente, el Deutsche Bank fue uno de los mayores implicados, según reveló el Senado americano. Este banco ha colocado productos a sus clientes a sabiendas de que perderían dinero, tanto en Norteamérica (paquete “Gemstone VII”) como en Alemania, donde el Tribunal Supremo le condenó en 2011. Los ciudadanos alemanes fueron las primeras víctimas de la voracidad de sus bancos.

Alemania, además, es quien promovió las apuestas contra la deuda del sur. El Deutsche Bank fue uno de los artífices de este nuevo Merk-ado de deuda soberana —y de su índice de precios Markit— que disparó los ataques especulativos. Goldman Sachs asesoró a Grecia para ocultar su deuda y así logró entrar en el euro, después, con esta información privilegiada, apostó junto con Deutsche Bank que Grecia se hundiría. Atacar a países del sur fue la fórmula del Gobierno y bancos alemanes para recuperar las pérdidas de sus bancos ludópatas.

Semejante giro depredador contra la propia zona euro lo motivó la filtración del informe confidencial del supervisor financiero alemán, el BaFIN (confirmado por otro de Merrill Lynch), que valoraba en 800.000 millones los activos tóxicos del país en 2009. Dichos datos delatarían que una Alemania especulativa había reemplazado a su reputado capitalismo industrial. En vez de procesar a los responsables, cerraron filas e iniciaron el descrédito del sur para desviar la atención y sojuzgarlos.

Es rentable propagar el temor financiero; el dinero huye del sur por miedo a un ‘corralito’

Las Bankias alemanas han sido muchas: Hypo Real Estate fue rescatado con más de 100.000 millones de euros y en 2009 fue nacionalizado en un 90%; el Industriebank (IKB), con 10.000 millones de euros; los Landesbank (cajas autonómicas), como el Baden-Württemberg, el West o el Sachsen, recibieron unos 150.000 millones de euros; el Dresdner Bank, segunda entidad del país, quebró y fue absorbido por el Commerzbank, que a su vez recibió un rescate de 100.000 millones y cuyo 25% todavía está en manos del Gobierno de Merkel. El caso del Commerzbank es ilustrativo, pues el año pasado devolvió parte del rescate al Gobierno, 14.000 millones de euros. ¿De dónde sacó tan cuantiosos beneficios, si no es apostando en el casino con información privilegiada proporcionada por el propio Gobierno?

Este es el cambio clave del nuevo capitalismo de casino: los rescates y nacionalizaciones han transformado a los Gobiernos alemán, británico, suizo y norteamericano en cobanqueros que ahora disculpan la prolongación de ataques especulativos porque necesitan que estos bancos tengan beneficios rápidos y puedan devolver el dinero inyectado.

Además de estos rescates, Alemania —que se opone a que el BCE ayude a España— oculta que el Deutsche Bank recibió, solo en 2008, 20.000 millones de la Reserva Federal norteamericana junto con 60.000 millones para Credit Suisse y UBS (Unión de Bancos Suizos) a un tipo de interés regalado del 0,01%.

Se entiende cómo funciona un ataque especulativo tomando el paradigmático caso del imperio mediático alemán, Kirch. En 2001 los directivos de Deutsche Bank (Ackermann y Baumann) difundieron rumores falsos de que el grupo no podría pagar su deuda y que no conseguiría financiación. (¿Les suena de algo?) Provocaron la mayor quiebra contemporánea para apoderarse de él. En 2011 la justicia alemana esclareció el asunto y el presidente Ackermann, íntimo amigo de Merkel, dimitió y propuso una indemnización de 1.000 millones de euros para silenciar el escándalo. Como se ve, antes de Grecia, ya estaban curtidos en especulación contra empresas alemanas.

Idéntico sistema se está utilizando para desacreditar al sur. ¿Cómo se beneficia Alemania de este ataque a España?

Algunos países disculpan la especulación para que sus bancos intervenidos obtengan beneficios

1. Genera rumores para disparar el interés que pagará España cuando pida prestado dinero. 2. Impone privatizaciones de empresas rentables (aeropuertos, AVE, lotería…) que, de no resistir el Gobierno, pasarán a manos del norte a precio de ganga. 3. Provoca asfixia crediticia para devaluar las acciones de las multinacionales (Telefónica, Iberdrola, Repsol, Gas Natural…), con lo cual pueden apoderárselas grupos alemanes. 4. Pero lo más rentable al propagar pánico financiero —que es delito— es la huida de dinero por miedo a un corralito. De España en ocho meses de 2012 han salido 330.000 millones de euros (a los que hay que sumar su equivalente en Grecia e Italia), que van a parar a bancos de Suiza, Luxemburgo, Holanda y Alemania, cifras “sin precedentes”, según Bloomberg. El austericidio reporta grandes beneficios…

Bajo el disfraz de la “(in)dependencia”, Jens Weidmann, presidente del Banco Central alemán, ha contribuido a este pánico cuestionando cada test favorable a España. Sigue la línea de su predecesor, Axel Weber, quien el mismo año en que dejó el Bundesbank (2011) fue “premiado” por hostigar al sur con la presidencia de UBS, uno de los bancos privados del eje alemán que se beneficia de la deportación de miles de millones provenientes del sur.

El escándalo del líbor-euríbor y Barclays es la última prueba de las prácticas fraudulentas y especulativas de este cartel, el cual alteraba el precio al que se presta el dinero e incrementó el coste de las hipotecas de los europeos. Entre los implicados están el Deutsche Bank, Credit Suisse y UBS junto con Lloyds y Royal Bank of Scotland (RBS) —son las Bankias del Gobierno inglés, nacionalizados en un 40% y 80%—.

En cambio, nuestros principales bancos, Santander, BBVA y La Caixa, no están implicados en semejantes prácticas. Tampoco han necesitado rescate y el Santander es el mejor banco del mundo según Euromoney. Son un apetecible botín de guerra.

La Comisión Europea no ha detectado el cartel del líbor, ni el entramado especulativo sobre la deuda griega oculta, ni destapa el club bancario que controla el mercado casino de Londres (denunciado todo por la prensa norteamericana). Tampoco indaga quiénes son los beneficiarios del ataque especulativo que está desahuciando a los Estados del sur. ¿Seguirán la UE y el comisario Almunia haciendo la vista gorda a esta manifiesta vulneración del derecho de la competencia? Lo que sí sabemos es que su antecesor, lord Brittan (diseñador del mercado casino con Thatcher), se colocó como vicepresidente de UBS. Otro vicepresidente de la UE, Solbes, es hoy asesor de Barclays.

El Gobierno alemán, el gran desahuciador, pretende apropiarse del capital del sur hasta las elecciones de 2013. España tiene que resistirse al rescate draconiano y reaccionar para desenmascarar esta política perversa de austeridad con movilizaciones y demandas judiciales. El Tribunal de la UE (caso Sint Servatius, 2009) declaró justificada la restricción a la libre circulación de capitales si “socava el equilibrio financiero de las políticas sociales”. Más aún, si tal especulación socava la soberanía económica y la estabilidad de un país miembro. Presenciamos pasivamente la destrucción del mercado único europeo y la imposición de un mercado único euro-alemán.

Thomas Mann ya nos alertó: en vez de una europeización de Alemania, se está implantando una alemanización económica de Europa.

Manuel Ballbé es catedrático de Derecho de la UAB y Yaiza Cabedo, abogada.

El ataque alemán desahucia a España | Opinión | EL PAÍS

21/11/2012

Dilma, a anti-Merkel

Filed under: Angela Merkel,Dilma — Gilmar Crestani @ 8:29 am

Leonardo Attuch

LEONARDO ATTUCH19 de Novembro de 2012 às 20:47

A presidente brasileira encontrou seu lugar na arena global: em questões econômicas, ela representa a antítese da chanceler alemã

De todas as viagens internacionais da presidente Dilma Rousseff, nenhuma foi tão importante e teve tanto significado quanto a destes últimos dias à Espanha, onde participou de uma cúpula entre países ibero-americanos. De Cádiz, Dilma retorna com um papel definido na arena global: ela representa, a partir de agora, a antítese da chanceler alemã Angela Merkel. Ao menos, nas questões econômicas.

Entrevistada pelo El Pais, maior jornal espanhol, Dilma foi portadora de uma nova mensagem: a de que as dívidas dos países europeus não devem ser pagas com o sacrifício de suas populações. O resultado prático da política atual de austeridade, imposta pela Alemanha, é um círculo vicioso sem fim de crises econômicas, que demandam mais ajustes fiscais e geram mais recessões. Um receituário definido como “letal” pelo diretor do El Pais, Juan Manuel Cebrián.

Não por acaso, as populações de vários países da Europa, especialmente de países como Grécia, Portugal, Espanha e Itália, começam a se levantar contra a chanceler alemã. Uma figura que, aos poucos, se consolida como a grande vilã da crise europeia, num cenário de convulsão social que já lembra o dos anos 30, tão bem retratado no clássico “A Grande Transformação”, de Karl Polanyi.

Em março deste ano, Dilma e Merkel se estranharam num encontro na Alemanha. Enquanto a brasileira criticou o “tsunami monetário” dos países riscos, a alemã condenou medidas protecionistas adotadas no Brasil. As duas fazem parte do trio de mulheres mais poderosas do mundo, apontado pela revista Forbes. A outra, Hillary Clinton, deixa o comando do Departamento de Estado norte-americano no fim do ano.

Restarão Dilma e Merkel na arena. E esse confronto de ideias fará bem à economia mundial.

Dilma, a anti-Merkel | Brasil 24/7

12/11/2012

Assim como Salazar, Coelho e Cavaco sem ajoelham a panzer

Filed under: Angela Merkel,Crise Financeira Européia,Portugal — Gilmar Crestani @ 7:47 am

 

La institutriz visita al buen alumno

La canciller participa en un acto con empresarios y dará una rueda de prensa antes de volver a Berlín

Antonio Jiménez Barca Lisboa11 NOV 2012 – 18:23 CET18

Un grafiti en una calle de Lisboa que muestra a la canciller alemana Angela Merkel controlando como títeres al primer ministro y ministro de exteriores de Portugal. / PATRICIA DE MELO MOREIRA (AFP)

Pocas visitas podrían suscitar este lunes más morbo, sorpresa, indignación y expectación en Lisboa que la de Angela Merkel, que llega mañana a la capital lusa. Estará cinco horas meteóricas, se entrevistará con el primer ministro, Pedro Passos Coelho, con el presidente de la República, Aníbal Cavaco Silva, participará en un acto con empresarios, dará una rueda de prensa con cuatro preguntas (dos para ella) y volverá luego a montarse en el avión de vuelta. Entremedias soportará varias manifestaciones en su contra, una con una pancarta explícita: “Merkel no manda aquí”. Y varias asociaciones ciudadanas han pedido a los lisboetas que ese día vistan de negro en señal de luto y que cuelguen en sus ventanas cintas negras para dejar patente el rechazo a la visita de quien consideran culpable de la política de austeridad y recortes que ahoga al país desde hace un año y medio.

La seguridad va a ser ingente. Más de 500 policías vigilarán en la calle el desarrollo de la visita. El espacio aéreo se cerrará en el momento del aterrizaje del avión de Merkel, a las 12.30, y volverá a cerrarse cinco horas después, cuando parta. El organismo oficial Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), consideró hace unos días como de “bastante probable” que la protesta degenere en “violencia”. Y añadía que no es nada descartable la hipótesis de un atentado. Es cierto que desde hace un mes, las protestas suelen terminar en frente de la Asamblea de la República con lanzamientos de botellas, contenedores quemados y encontronazos con la policía. También lo es que en todas estas protestas hubo manifestantes que esgrimieron carteles contra Angela Merkel.

Sabemos que no viene aquí para oírnos, pero nuestro deporte favorito por estos días es enviarle mensajes

La misma canciller ha sido objeto de reportajes, informes, artículos y crónicas en todos los medios portugueses, muy interesados en la visita, y casi todos aludiendo a lo mismo: la ojeriza creciente de todo lo alemán en Portugal. Dos ejemplos: el semanario Sábado titulaba hace unos días su principal reportaje Ángela Merkel, visita Lisboa como la mujer que todos odian y que manda en Portugal. El semanario Visão, por su parte, era más escueto: Merkel en Portugal. Por qué nos gusta odiar a los alemanes.

En el plano político, Merkel llega en un momento delicado para el primer ministro portugués, Pedro Passos Coelho. El conservador Passos se la ha jugado a una carta desde que ganó las elecciones, en junio de 2011, la de convertirse en el alumno ejemplar europeo, aceptando sin chistar y a costa de grandes sacrificios las imposiciones de la troika y de Alemania. Por eso, todo apunta a que Merkel alabará la estrategia del primer ministro portugués asegurando que la austeridad es la única vía posible para salir de la crisis. Después, Merkel se irá y Passos Coelho se quedará con las cifras que no cuadran (la economía recula este año un 3% y el paro escala hasta más allá de un 16%), la protesta que sube (el miércoles hay convocada una huelga general en Portugal coincidiendo con la española), un debate peliagudo en el Parlamento (la aprobación del presupuesto más restrictivo de la historia reciente de Portugal) y una decisión política de calado: el reciente anuncio de una futura aunque aún inconcreta “refundación del Estado” que acarreará un ahorro de 4.000 millones de euros más y al que la oposición ya se ha opuesto.

Varias asociaciones ciudadanas han pedido a los lisboetas que ese día vistan de negro en señal de luto

Varias asociaciones cívicas han aprovechado la visita de Merkel para escribir cartas abiertas al personaje odiado del momento. En alguna de ellas se le acusa de solo hablar con quien concuerda con sus ideas; en otra, firmada por un centenar de intelectuales y artistas portugueses, se le recuerda que en Portugal no se le ha votado nunca. Passos Coelho y sus ministros han recordado durante toda esta semana que la austeridad no es imposición de Merkel sino consecuencia de un conjunto de políticas erradas del pasado.

Sea como fuera, hay una verdadera fiebre-Merkel en Lisboa. Lo recordaba este domingo el director de la emisora de la cadena de radio TSF, Paulo Baldaia, en una columna titulada en el Jornal de Notícias, Exma. Senhora Merkel, en la que aseguraba: “Sabemos que no viene aquí para oírnos, pero nuestro deporte favorito por estos días es enviarle mensajes”. Y añadía: “Por aquí existe un amplio consenso sobre la necesidad de corregir nuestras cuentas […], pero no nos gusta ser víctimas de la usura o cobayas de experimentos condenados al fracaso”.

La institutriz visita al buen alumno | Internacional | EL PAÍS

25/05/2012

La ruptura entre París y Berlín bloquea la UE

Filed under: Alemanha,Angela Merkel,Eurozona,França,François Hollande — Gilmar Crestani @ 7:48 am

Los eurobonos se convierten en la principal divergencia entre Merkel y Hollande

Ambos gobernantes necesitan entenderse para armonizar austeridad y crecimiento

Luis Doncel Bruselas 24 MAY 2012 – 22:05 CET34

La canciller alemana, Angela Merkel, y el presidente francés, François Hollande, hablan antes del inicio de la cumbre informal europea en Bruselas. / LIONEL BONAVENTURE (AFP)

“Se suele decir que cuando Alemania y Francia no cooperan, tenemos un problema. Pero cuando lo hacen, tenemos otro”. Esta frase, salida de la boca de un diplomático de un pequeño país de la UE y recogida el miércoles por el Financial Times, resume a la perfección los nuevos vientos que recorren Europa.

más información

La victoria del socialista François Hollande ha acabado con el archifamoso directorio Merkozy, que generó bastantes resquemores entre aquellos socios que veían cómo París y Berlín —o mejor dicho, Berlín y París— cocinaban las decisiones que más tarde imponían al resto de la Unión.

Algunos se alegran de que la hasta ahora todopoderosa Angela Merkel, que apoyó sin tapujos a Nicolas Sarkozy antes de las elecciones, se haya topado con un contrapeso que le obligue a pensar en el crecimiento y en la creación de empleo, y no solo en la austeridad. Otros lamentan, sin embargo, que la ya de por sí errática dirección política de la UE pueda ahora atascarse en un momento clave.

La cumbre del miércoles sirvió para escenificar los nuevos tiempos, en los que los eurobonos se han convertido en la principal divergencia franco-alemana. “He presentado mi posición y el presidente francés ha expuesto la que ya había anunciado. Ha sido una discusión muy detallada”, aseguró la canciller, que solo estará dispuesta a garantizar la deuda de otros Estados cuando los alumnos díscolos hayan hecho todos los deberes en forma de reformas estructurales y dolorosos recortes.

La errática dirección de la UE puede ahora atascarse en un momento clave

Más directo fue el francés a la hora de explicar el encontronazo. “Merkel no considera un elemento de crecimiento, sino una perspectiva a largo plazo de integración. Yo creo que puede ser una ocasión de mutualizar la deuda futura que permita a los Estados una financiación más asequible”, aseguró Hollande en su bautizo en una cumbre.

La presentación en sociedad del flamante presidente francés fue precisamente, según fuentes comunitarias, uno de los motivos que llevaron al Consejo Europeo a convocar la cumbre informal del miércoles, más allá de la mencionada agenda por el crecimiento, cuya concreción llegará en la cumbre del 28 y 29 de junio. Otros motivos para que los jefes de Estado y Gobierno quisieran verse las caras, según las mismas fuentes, era la necesidad de Irlanda de mostrar el interés europeo por fomentar el crecimiento y la creación de empleo antes del referéndum del próximo 31 de mayo en el que sus ciudadanos se pronunciarán sobre la política de austeridad; así como la voluntad de evitar suspicacias entre los socios europeos y mostrar que las decisiones se toman entre los Veintisiete, y que Berlín y París ya no hablan por toda Europa.

Un experto recuerda que al principio Chirac y Schröder no podían verse

Pese al choque inicial, nadie garantiza que la pareja Merkollande no acabe encontrando puntos en común. Los dos se necesitan demasiado como para empezar una guerra. Expertos como el politólogo alemán Stefan Seidendorf recuerdan que su relación ha empezado mejor que la de Jacques Chirac y Gerhard Schröder —“que no podían verse”—, o incluso que la de la propia Merkel cuando se las tuvo que ver en 2007 con un recién elegido Sarkozy. “Es normal que al principio no estén de acuerdo. Y que poco a poco vayan limando asperezas”, subraya una fuente diplomática francesa.

Frente a la división en torno a los eurobonos, Merkel y Hollande coincidieron en el diagnóstico sobre la madre de todos los problemas: ambos apuestan por la permanencia de Grecia en el euro y por el cumplimiento de las obligaciones a las que se ha comprometido. Sin embargo, según informó Reuters, responsables gubernamentales de la eurozona ya han dicho a los Estados miembros que preparan planes de contingencia por si finalmente Atenas abandona el club. La agencia de noticias, que cita tres fuentes familiarizadas con las conversaciones, asegura que el pasado lunes tuvo lugar una teleconferencia en la que se pidió a cada país que se preparara para lo peor.

Sin embargo, una alta fuente comunitaria desmintió que Bruselas dé ya por descontada la primera expulsión de la unión monetaria. “Grecia no va a salir del euro. No hay plan de contingencia ni plan B”, señaló el jueves con rotundidad, al tiempo que justificaba la obligación de los griegos de cumplir con sus compromisos. “Hemos de respetar a los votantes de una democracia. Pero también a los contribuyentes de 16 países que han ayudado a Atenas con 150.000 millones de euros, que es más que todo el PIB griego”, añadió.

La ruptura entre París y Berlín bloquea la UE | Internacional | EL PAÍS

¿Y si expulsamos a Alemania del euro?

Filed under: Alemanha,Angela Merkel,Crise Financeira Européia — Gilmar Crestani @ 7:47 am

Por: Ramón Lobo | 25 de mayo de 2012

PeticionImagen(129)
Fabrizio Bensch (REUTERS).

Actualizado a las 09.45 /

Los líderes europeos han cumplido el guión previsto en la cumbre de Bruselas: ningún acuerdo en una UE que se expresa a través de una Babel con 27 voces. Los mercados han entendido el mensaje: el euro se desplomó ayer, cotizando en el mínimo de los últimos dos años.

Nadie confía en los pusilánimes, insinúa Gavin Hewitt en BBC.

Captura de pantalla 2012-05-24 a la(s) 16.09.21
Aunque el resultado es el mismo de otras cumbres, aplazar, aplazar, aplazar, en esta se ha producido una modificación escénica que ha dejado al descubierto la fractura interna, la pelea entre dos gallos mayores: la Alemania de Angela Merkel y la Francia de François Hollande.

Es difícil escoger hoy el bando ganador; es posible que pierdan los dos. Los datos del declive de la UE son demoledores: la actividad empresarial se encuentra en su nivel más bajo en tres años, y empeorando. El editorial del The New York Times sí toma partido: "La austeridad es un fracaso".

Captura de pantalla 2012-05-24 a la(s) 22.46.58

La negativa alemana a aceptar los eurobonos se mantiene; también a que el BCE tenga un papel activo en el mercado de la deuda (como desea España). Rechaza toda medida que ponga en riesgo el control de la inflación y el déficit. Algunos analistas sostienen que Hollande presentará batalla aparente hasta las elecciones legislativas francesas en junio, y que después cederá. Pertenecen al sector cínico, a los habituados a una política que rompe promesas electorales.

Captura de pantalla 2012-05-24 a la(s) 16.08.03

Entre estas elecciones francesas y las generales alemanas de septiembre de 2013 median 14 meses. Será tiempo para pactar un periodo de transición en espera de que los votantes alemanes decidan si insisten en Frau Nein o eligen a otro líder menos rígido. De momento el SPD mantiene la misma postura sobre los bonos, por si la otra le cuesta votos. Der Spiegel reconoce que Hollande ya le ha robado protagonismo a Merkel.

Erlich1337818223_727159_1337821304_noticia_normal
ERLICH, en El País.

Cullen Roche escribe en su web Capitalismo Pragmático que una opción es expulsar a Alemania del euro. Como boutade es divertida; él mismo lo reconoce, pero bajo el titular llamativo desarrolla una explicación de por qué Alemania está perjudicando al euro.

No ayuda a generar confianza, que los Dieciséis países del euro (17 con Grecia) estén preparando planes de contingencia por si se produce la salida de Atenas de la moneda única, y lo hagan con publicidad, sin disimulo y con algunas declaraciones imprudentes.

The Wall Street Journal publica un gráfico muy completo sobre la crisis y la situación de cada país.

Time advierte: la salida de Grecia del euro podría ser mucho peor de lo esperado. Reuter Insider se centra en el impacto en el comercio mundial. Y Gideon Rachman escribe en Financial Times que es mejor un divorcio a tiempo que prolongar la agonía. En el mismo diario económico, Jean Pisani-Ferry recupera una expresión de la Guerra Fría: MAD, destrucción mutua asegurada.

Captura de pantalla 2012-05-24 a la(s) 13.43.37

Captura de pantalla 2012-05-24 a la(s) 15.43.36
Viñeta publicada en Ekathimerin.

Habrá una nueva reunión de la UE a mediados de junio, después de las elecciones griegas del 17. Alexis Tsipras, líder de la llamada coalición de izquierda radical Syriza, es el gran protagonista de los comicios: encabeza las encuestas y representa a gran parte de la sociedad griega harta de ajustes y que demanda una renegociación en las condiciones draconianas pactadas con la troika. Tsipras aspira a presidir un Gobierno que obligue a Alemania a ceder. La partida del euro es simultánea; se juega en varios tableros.

Después de todo, el órdago del referéndum de Papendreu no era una idea tan mala: buscaba legitimidad para gobernar.

Esta prohibidísima canción de Mikis Theodorakis fue, y es, un himno contra la dictadura de los coroneles (1967-1974), la penúltima era oscura que vivió Grecia. Protagoniza también una celebrada escena en una comedia de Thanasis Veggos.

Y si nadie tiene memoria, queda Eurovisión 2012, que se celebra este año en Baku, Azerbaiyán, un ‘paraíso’ de los derechos humanos por los que nadie pregunta.

Excelente informe de la European Stability Inicative sobre los réditos políticos de la Diplomacia del Caviar azerbaiyana.

¿Hablamos de realidades, no de cumbres ni de estadísticas? Solo personas, Este tuit de Athens News muestra un tragedia cotidiana, la de los suicidios.

Captura de pantalla 2012-05-24 a la(s) 16.31.55

The Guardian se hace eco de las palabras de Andrew Bailey, director ejecutivo del Banco de Inglaterra; asegura que la libertad bancaria es un mito y amenaza con intervenir un sector al que muchos culpan del desastre.

Roto1337784155_168080_1337784254_noticia_normal
EL ROTO, en El País.

¿Y si expulsamos a Alemania del euro? >> Aguas Internacionales >> Blogs EL PAÍS

15/05/2012

Mui franco, pero “no” Aleman!

Filed under: Alemanha,Angela Merkel,França,François Hollande — Gilmar Crestani @ 8:01 am

Hollande, en la ceremonia de investidura. / fred dufour (afp)

El socialista Hollande, investido presidente de Francia

Miguel Mora París 27

"En Europa nos esperan y nos miran. Para superar la crisis que nos afecta, Europa necesita crecimiento y solidaridad", dice

París exigirá a Berlín el final del “duopolio francoalemán”

Francia exigirá a Merkel el final del “duopolio francoalemán”

Hollande toma hoy posesión, nombra al primer ministro y viaja a Berlín antes de formar Gobierno

M. M. París 14 MAY 2012 – 20:30 CET61

Activistas con máscaras de François Hollande y Angela Merkel fingen un matrimonio en Berlín. / JOHN MACDOUGALL (AFP)

Llegó la hora de la verdad. Se acabó la campaña en verso y la transición ritual. Es el momento de gobernar en prosa, y a toda velocidad. François Hollande, el segundo presidente socialista de la Francia posterior a la II Guerra Mundial, tomará posesión de su cargo este martes en el Elíseo, luego saludará al pueblo desde el balcón del Ayuntamiento de París, dará a conocer el nombre de su primer ministro (todas las quinielas señalan como favorito al germanófilo alcalde de Nantes, Jean-Marc Ayrault), y por la tarde viajará a Berlín para celebrar su primera reunión (una cena de trabajo) con la canciller Angela Merkel. Su gran objetivo, aparte de añadir el ya famoso apéndice sobre el crecimiento al pacto de disciplina fiscal, será convencer a una canciller cada vez más aislada de que Alemania y Francia no pueden decidir solas el destino de los 500 millones de europeos.

más información

El pensamiento de Hollande ante su primera entrevista con Merkel aparece con toda nitidez en una entrevista concedida hace unos días a la página web Slate.fr., la única sobre temas internacionales que ha dado hasta ahora. En ella, afirma: “No habrá ninguna secuela con la canciller Merkel. Creo tanto en el motor francoalemán cuanto recuso la idea de un duopolio. La construcción europea reposa sobre una relación Francia-Alemania equilibrada y respetuosa. Las parejas Schmidt-Giscard, Kohl-Mitterrand, e incluso Chirac-Schröder demostraron que las diferencias políticas no impiden el trabajo común. Pero estos dirigentes intentaban conjugar la marcha intergubernamental con el proceso comunitario, era la mejor forma de evitar que nuestros socios se sintieran descartados, o peor aun sometidos. Este equilibrio se ha roto en los últimos años. La relación franco-alemana ha sido excluyente. Las autoridades europeas han sido despreciadas, y algunos países, sobre todo los más frágiles, han tenido la desagradable impresión de estar frente a un directorio”.

Merkel ya sabe lo que le espera mañana. El inteligente rejón de muerte a la pareja Merkozy del nuevo presidente francés va acompañado de un detallado credo europeísta, y de las razones que explican por qué el estímulo de la economía es crucial si Alemania quiere superar el difícil momento político que vive Europa. “Si no reestablecemos la confianza entre los pueblos y la Unión Europea, asistiremos a un aumento de los populismos que acabará por trabar el proyecto europeo y un día acabará también con la zona euro. Hace falta un vuelco que fije nuevas perspectivas, abrir nuevas obras, proteger a los ciudadanos”.

Hollande cuenta también con la más que probable negativa de Merkel a tocar el tratado de austeridad. Su argumento será que, en las actuales circunstancias de eurorecelo, paro y crisis, “cualquier tratado institucional será muy difícil de ratificar si antes no se restablece la confianza de los ciudadanos en la Unión”. Y, al contrario, “un tratado sobre el crecimiento, el empleo y la energía podría movilizar a las opiniones públicas”. Además, Hollande ofrecerá a Merkel, como anunció en la campaña, un nuevo tratado bilateral a firmar el año próximo para conmemorar el 50 aniversario del tratado del Elíseo, y basado sobre todo en aspectos educativos, universitarios y culturales. Y la oferta parece difícilmente rechazable en el año en que Merkel debe jugarse la reelección”.

Hollande se ha preparado con rigor de opositor para lidiar las prevenciones que han generado sus ideas. Así, además de mandar un mensaje directo a David Cameron, primer ministro británico para que si no colabora, al menos no estorbe (“Europa no es un cajón y todavía menos un self service”), Hollande deja en esa entrevista-programa algunas frases que probablemente le dirá a Merkel en cuanto se vean: “La palabra crecimiento figura en el tratado presupuestario, pero sin contenido ni aplicación concreta. Si no emprendemos una actividad económica complementaria, será difícil o imposible reducir el déficit y controlar la deuda. En España, en Portugal, en Holanda, en Italia, todos admiten ya que solo con la austeridad no podremos equilibrar las cuentas públicas”.

Cuando se le ve de cerca, el sucesor de Nicolas Sarkozy destila tanta tranquilidad que se diría que no es consciente de que se ha erigido en la esperanza de millones de ciudadanos para cambiar el rumbo de Europa. El lunes compartió un aperitivo con los periodistas que han seguido su campaña (el Hollande Tour, lo llama él) en el cuartel general de los socialistas, y no había en él la menor sombra de inquietud. “Mañana cambiamos de inmueble”, señaló para empezar con su habitual ironía.

Después, durante media hora, no paró de gastar bromas con ese raro sentido del humor que le permite reírse de los demás mientras se ríe a la vez de sí mismo. Y dejó esta perla, a medias para la prensa y a medias para su antecesor: “Sé que no tendréis piedad ni indulgencia, que no debo esperar nada de vosotros. Y no espero nada. La campaña es un hábitat protector, pero ahora eso se ha acabado. Normalmente los presidentes son juzgados al final de su mandato, pero otras veces lo son al principio. Nosotros vamos a tener un inicio interesante viajando por el mundo”. Abróchense los cinturones.

Francia exigirá a Merkel el final del “duopolio francoalemán” | Internacional | EL PAÍS

Miguel Mora París 61

Hollande viaja por la tarde a Alemania para convencer a Merkel de que dos países no deben decidir sobre toda la UE

EL PAÍS: el periódico global en español

08/05/2012

Neoliberalismo europeu ressuscita esquerda e neonazistas

Filed under: Angela Merkel,Crise Financeira Européia,François Hollande — Gilmar Crestani @ 8:16 am

Na Grécia, por exemplo, o fracasso dos governos neoliberais, atrelados ao centralismo europeu de Merkel ressuscitou a esquerda, que cresceu no Parlamento, mas trouxe de lambuja o neonazismo xenófobo.

ELECCIONES FRANCESAS 2012 »

Europa recibe a Hollande a regañadientes

Bruselas y Berlín invitan al presidente electo francés a sendas reuniones para hablar de crecimiento

Merkel rechaza renegociar el pacto fiscal

La Comisión confirma que planteará ampliar los plazos para recortar el déficit

Juan Gómez / Claudi Pérez / Miguel Mora Berlín / Bruselas / París 7 MAY 2012 – 21:54 CET274

Angela Merkel, este lunes. / JOHN MACDOUGALL (AFP)

Para muchos europeos esto ya no es una recesión; es una depresión. Veinticinco millones de personas están desempleadas en el continente, el consumo está parado, la confianza de las empresas bajo mínimos y a diario se anuncian recortes del Estado de bienestar ante la interminable crisis fiscal y financiera. Las elecciones en Francia y en Grecia han funcionado como una especie de plebiscito sobre esa política de disciplina fiscal a rajatabla impuesta desde Berlín y Bruselas para calmar a los mercados: la tijera es muy necesaria, pero franceses y griegos abjuran de la cruzada ideológica impulsada por Alemania. Más allá de París y Atenas, Europa entera quiere volver a discutir la profundidad del ajuste, la velocidad a la que se recorta, la necesidad de acompañar la imprescindible tijera con políticas de estímulo. Bruselas, a regañadientes, empieza a moverse en esa línea. Berlín, no. Berlín sigue en sus trece.

más información

La canciller alemana, Angela Merkel, rechazó ayer categóricamente la posibilidad de renegociar el tratado que consagra la austeridad en la zona euro. Merkel aseguró que recibirá “con los brazos abiertos” al presidente electo de Francia, el socialista François Hollande, que a lo largo de la campaña ha prometido docenas de veces reabrir el tratado para añadir un anexo sobre crecimiento. Esa promesa y la tozudez de los hechos (con media Europa ya en recesión) obligan a cambiar el paso a la UE, a Alemania y al mismísimo Banco Central Europeo (BCE). Pero inmediatamente después de su calurosa bienvenida, Merkel aseguró que “no está en disposición” de asumir cambios en el tratado. Una de dos: o se trata de un movimiento táctico para tantear la entereza del nuevo inquilino del Elíseo, que no va sobrado de margen por la debilidad de la economía francesa, o lo que se avecina en Europa es un choque de trenes entre Francia y Alemania y esos “brazos abiertos” son para darle a Hollande el abrazo del oso.

 

Bruselas asiste aparentemente impasible a ese tacticismo que se deriva de los primeros escarceos entre París y Berlín, que se saldarán con una fórmula que satisfaga, dentro de lo que cabe, a las dos partes. “A nadie le interesa en Europa que el eje francoalemán se rompa”, según fuentes europeas, aunque las mismas fuentes aseguran que el dominio alemán de los últimos años, la falta de un contrapeso de Francia, ha sido contraproducente.

La UE no tiene una verdadera agenda del crecimiento desde el Libro Blanco de Delors, allá por los años noventa, o desde el fallido proyecto constitucional que impulsó Romano Prodi. El presidente de la Comisión, el conservador José Manuel Barroso, comenzó su mandato abrazando la desregulación y el laissez faire, para después apostar por los estímulos keynesianos tras la quiebra de Lehman Brothers. Cuando llegó la crisis fiscal, fue fiel aliado de Merkel y Sarkozy en la aplicación estricta del rigor fiscal y las reformas estructurales. Ahora la Comisión empieza a corregir el tiro: Barroso se reunirá próximamente con Hollande para discutir "cómo impulsar la economía a fin de generar un crecimiento duradero sobre bases saneadas y cómo crear nuevos empleos", aseguró una portavoz. En apenas unos días ha anunciado un plan de inversiones, y ayer Bruselas confirmó que va a suavizar los plazos para recortar el déficit en los países con problemas como España. Pero el equipo de Barroso considera que Bruselas lleva dos años promoviendo ese tipo de políticas procrecimiento. La realidad es otra: la austeridad se ha consagrado en los tratados, mientras que los estímulos apenas están en la cocina, en multitud de informes a la espera de que se sustancie el cambio de rumbo que ha imprimido Hollande a la política europea.

El debate que emerge en Europa es fundamental. Están en juego las relaciones francoalemanas sobre la base de la velocidad de los ajustes. El margen de Hollande es reducido: no puede repetir los errores de Mitterrand en los ochenta —un programa keynesiano de gasto público y social que retó al capitalismo financiero—, porque los mercados reaccionarían con una fuerte presión sobre Francia. “La gran pregunta es si Hollande puede conseguir un cambio en la inamovible posición de Merkel: si realmente Alemania cede y se liberan así fondos para impulsar el crecimiento. Tiene apenas unas semanas para conseguirlo. Hasta que se aclare el equilibrio de fuerzas políticas en Alemania”, apunta Guntram Wolf, vicedirector del laboratorio de ideas Bruegel. No hay mucho tiempo, y además los resultados de las elecciones griegas dejan en Europa una incógnita preocupante. El desplome de los partidos preeuropeos deja abierta una posibilidad —remota, eso sí— de abandono del euro. “Una mayoría preeuropea aclararía el horizonte y es posible, pero ni mucho menos segura. Y con el segundo programa de ayuda en marcha, el mercado empieza a preocuparse por cuánto va a durar el próximo Gobierno. Esa inestabilidad es preocupante”, advierte Daniel Gros, director del CEPS de Bruselas.

Esos interrogantes deben responderse con unas legislativas pendientes en Francia y unas elecciones regionales en Alemania, y en medio de toda la fanfarria ligada a un cambio en la presidencia de Francia, tan significativo para un continente dominado masivamente por la derecha. Algunos cambios no han tardado en llegar: el domingo por la noche terminó el ninguneo de la familia conservadora europea al presidente electo francés. Cuando la victoria fue un hecho, Merkel agarró el teléfono y llamó a Hollande. “Le felicitó, le mostró su voluntad de cooperar y le invitó a viajar a Berlín en cuanto tome posesión de su cargo”, resumió Pierre Moscovici, el director de campaña socialista. Ambos acordaron que el nuevo presidente francés viajará a Berlín en cuanto sea investido, el 15 de mayo. Según confirmó a este diario una fuente socialista, en su primer encuentro Merkel y Hollande abordarán ya los detalles del pacto de crecimiento que el nuevo jefe del Estado francés desea añadir al pacto fiscal. Francia no ratificará el tratado que consagra la austeridad en Europa tal y como está. En las próxima semanas se verá qué puede arrancarle a Alemania: parecen factibles la aprobación de la tasa Tobin, el impulso al Banco Europeo de Inversiones y el uso inmediato de los fondos estructurales bloqueados para estimular el crecimiento, e incluso la relajación de los plazos para reducir el déficit en varios países. Sobre la mesa hay también un par de ideas heréticas en Alemania: los eurobonos y el papel del BCE.

El ritual del traspaso de poderes

EFE

El presidente electo de Francia, el socialista François Hollande, tomará posesión del cargo el próximo día 15, última fecha posible para la ceremonia de traspaso de poderes. La fecha del traspaso fue definida conjuntamente por el equipo de Hollande y por el del presidente saliente, el conservador Nicolas Sarkozy, según fuentes de ambos partidos.

El mandato de Sarkozy se acababa, como máximo, diez días después de la celebración de la segunda vuelta de las elecciones, lo que hacía del 15 de mayo la última fecha posible para el traspaso de poderes.

Según la tradición, Hollande llegará al Palacio del Elíseo, donde será recibido por Sarkozy y, juntos, mantendrán un encuentro privado en el que, entre otras cosas, el saliente comunicará al electo el código de activación del arsenal nuclear francés, prerrogativa exclusiva del presidente. Posteriormente, el saliente abandonará la sede de la Presidencia y el entrante pronunciará un discurso.

Desde el palacio de los Inválidos, 21 salvas saludarán la llegada del nuevo jefe del Estado.

Sarkozy y Hollande han acordado que ambos participarán mañana martes en las ceremonias de conmemoración del armisticio de la Segunda Guerra Mundial.

Europa recibe a Hollande a regañadientes | Internacional | EL PAÍS

01/05/2012

Crise, hegemonia e discernimento histórico

Filed under: Angela Merkel,Crise Financeira Européia,Mariano Rajoy,Menem — Gilmar Crestani @ 7:40 am

Menen votou a favor da renacionalização da YFP, privatizada em 1992 em seu governo; Angela Merkel admite a necessidade de um plano de crescimento para uma Europa devastada pela receita de austeridade germânica; o discurso da extrema direita na França e na Grécia às vezes soa como um brado esquerdista contra o Estado fraco e o abandono da sociedade aos espoliadores ; no Brasil, Gilmar Mendes & outros, do STF, votam por unanimidade a favor do sistema de cotas na universidade; Alckmin diz que o PSDB sempre defendeu a ‘prevalência’ do trabalho sobre o capital; Murilo Portugal, da Febraban, tentou afrontar o governo na queda de braços dos juros com a velha soberba financista; foi retirado de campo rapidamente pelos bancões que anunciaram a adesão (perfunctória, é certo) aos cortes nas taxas … O que está havendo, além de oportunismo e conveniência episódica?
Talvez estejamos entrando no período mais decisivo da crise capitalista iniciada em 2008: aquele que coloca ao alcance da esquerda o desmascaramento histórico das idéias e agendas que hoje constrangem até personagens e força que por 30 anos subordinaram os destinos da economia e da sociedade à supremacia das finanças desreguladas.
A trágica herança desse período acumulou massa crítica na fornalha do discernimento social . Afogada em desemprego – que cresceu 66% entre seus Estados membros desde 2008, segundo a OIT – a União Européia tornou-se a chaminé sombria desse estágio terminal. A imolação da Espanha pelo governo direitista do PP corrige quem se iludiu com ‘a especificidade perdulária dos gregos’; ou relevou como tragicomédia o naufrágio italiano sob o comando de um Don Juan.
As histórias nacionais são sempre específicas. Mas a crise sistêmica que interliga gregos e troianos escancara o custo devastador da dominância financista ali onde ela não encontrou contrapesos no poder Estado, nem a resistência da democracia mobilizada.
O enlouquecido repto da direita espanhola escalpela a 4ª maior economia do euro em praça pública, ao custo de 5,6 milhões de desempregados, mais o desmanche do sistema de ensino e da saúde pública. E pur se muove : e mesmo assim os capitais continuam a fugir do país, a ponto de esculpir nuances de perplexidade no olhar catatônico do mandatário Mariano Rajoy que tudo faz a seu contento.
Nunca na série histórica do BC espanhol,desde 1990, houve registro de uma debandada tão persistente e graúda: desde junho investidores tiraram 128,5 bi de euros do país; a curva ascendente marcou novo pico em fevereiro com a saída de 25,5 bi de euros, quando os próprios espanhóis ricos remeteram outros 13 bi de euros para cofres estrangeiros. É uma sangria que todos enxergam e fingem não entender: o ajuste baseado em arrocho, recessão e consequente queda de receita conflita nos seus próprios termos com a meta perseguida de equilíbrio fiscal. A fuga ressalta o objetivo superior de obter liquidez, zerar posições, evadir-se, antes que seja tarde (nesta segunda-feira, pelo segundo trimestre consecutivo, a economia espanhola registrou resultado recessivo, com queda do PIB de menos 0,3%; 16 bancos locais tiveram avaliação piorada por uma agência de risco ingrata aos esforços do austericídio oficial).
As urnas francesas do próximo domingo, dia 6, vão testar a extensão desse discernimento na consciência européia. Pela primeira vez, a mistificação do debate sobre a natureza da crise e suas alternativas foi polarizada por uma visão consequente, personificada na candidatura de Mélenchon, cuja fatia de 11% dos votos pode ser decisiva à vitória de Hollande. Mais estratégica ainda será a persistência da pressão política da Frente de Esquerda num eventual governo socialista francês. Induzí-lo a adotar políticas que respondam de fato à natureza da crise -por exemplo, a regulação do sistema financeiro- será decisivo para saltar da revolta à construção de uma nova hegemonia política no coração do euro.

Postado por Saul Leblon

Carta Maior – Blog das Frases – Crise, hegemonia e discernimento histórico

Próxima Página »

Blog no WordPress.com.

%d blogueiros gostam disto: