Ficha Corrida

29/07/2015

O golpe paraguaio será midiático

Houve um verão em que se capturava um presidente mediante o uso de uma amante. Era o tempo em que o dito cujo era traído até pela amante e seus diplomatas tinham de tirar os sapatos para entrarem nos EUA.  Foi quando seus mentores da Rede Globo promulgaram, via Parabólica, a Lei Rubens Ricúpero.

Os mesmos grupos que fizeram editorial saudando a chegada da ditadura, esconderam os comícios pelas Diretas-Já continuam sabotando a democracia, seja oferecendo estatuetas compradas com dinheiro sonegado, trocando informação por dinheiro. A criminalização dos movimentos sociais, o ódio de classe está tatuado na paleta dos assoCIAdos do Instituto Millenium.

Foi assim no golpe na Venezuela (A Revolução Não Será Televisionada), e na Argentina, o que obrigou Cristina Kirchner a promulgar a lei de Médios. O Grupo Clarín, assim como o Globo, se locupletou com a ditadura. Na democracia encontrou o enfrentamento de um governo, ao contrário do Brasil, que lutou pela democratização de acesso à informação. Assim, ao contrário da Argentina, por não termos enfrentado como deveria o monopólio dos grupos mafiomidiáticos, estamos mais sujeitos ao golpe paraguaio. Na Argentina, a partir do momento que a Lei de Médios foi promulgada, o golpismo diminuiu.

Ou o Brasil acaba com o monopólio das cinco famílias (Civita, Frias, Mesquita, Marinho & Sirostsky) ou estas cinco famílias ainda vão reimplantar a ditadura.

Ignacio Ramonet: Maior batalha da esquerda na América Latina é contra ‘golpe midiático’

Pedro Aguiar | Quito – 24/07/2015 – 08h00

Ao abrir evento que comemora os dez anos de existência da emissora Telesur, jornalista falou sobre comunicação e avanço da esquerda na região

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O maior confronto enfrentado na América Latina atualmente é “a batalha midiática”, desde pelo menos o ano de 2002, quando a tentativa frustrada de derrubar Hugo Chávez na Venezuela deu início a um novo tipo de golpe de Estado, o “golpe midiático”, transferindo aos meios de comunicação privados o papel de partido político nas oposições aos governos da “guinada à esquerda”.

A avaliação foi feita pelo jornalista e professor Ignacio Ramonet, ex-editor do jornal Le Monde Diplomatique, na palestra de abertura do congresso “Comunicação e Integração Latino-Americana”, realizado entre os dias 22 e 23 de julho em Quito, capital do Equador.

Organizado pelo Ciespal (Centro Internacional de Estudos Superiores da Comunicação para a América Latina), o evento comemora nesta sexta-feira (24/07) os dez anos de fundação da Telesur, canal multinacional de televisão mantido por diversos governos da região. Fundada por iniciativa de Chávez três anos após o golpe fracassado, a emissora nasceu com o papel de promover uma alternativa na cobertura das notícias latino-americanas, feita por jornalistas e comunicadores da própria região.

Agência Andes (arquivo/2012)

Ex-editor do ‘Le Monde Diplomatique’, Ignacio Ramonet é jornalista e professor espanhol radicado na França

“Nos últimos 15 anos, todos os governos progressistas que chegaram ao poder democraticamente na região vêm sendo mantidos por via eleitoral. Nenhum deles foi derrotado nas urnas. Por isso, a resistência à mudança vem sendo cada vez mais brutal, apelando para novos tipos de golpes, alguns com fachada judicial, parlamentar, e sempre com forte ajuda da mídia”, disse Ramonet, lembrando os casos do Paraguai, Honduras e investidas recentes na Argentina e no Brasil.

Ao lado de Ramonet, a presidente da empresa, Patricia Villegas, lembrou que as principais coberturas do canal até agora foram justamente em países que não participam do consórcio, como a campanha militar contra a guerrilha das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o golpe contra o presidente Manuel Zelaya, em Honduras, em 2009.

“Naquele momento, o mundo só pôde acompanhar o que acontecia em Honduras, minuto a minuto, graças ao sinal da Telesur. Porque as emissoras privadas globais ou não estavam lá, e as que estavam preferiam ignorar”, disse.

Para Ramonet, o grande mérito da Telesur ao longo dessa década foi oferecer “uma outra leitura” sobre os acontecimentos da América Latina e do mundo, fugindo das perspectivas de redes privadas como CNN e Fox News que, para ele, seguem praticamente a mesma linha.

“Estou convicto de que a CNN vai desaparecer, não por falta de capital, mas por falta de audiência”, previu Ramonet, falando por teleconferência desde Caracas para a plateia de jornalistas, intelectuais e estudantes reunida no auditório equatoriano. “A Telesur não tem concorrência. Esse é o sonho de qualquer canal. Porque as outras fazem mais ou menos a mesma coisa”.

‘Convergência digital’

Segundo o jornalista — que é espanhol mas vive radicado na França desde 1972 —, a maior mudança na comunicação nos últimos dez anos foi a integração das várias plataformas, a chamada “convergência digital”: smartphones, tablets e computadores, que roubaram da televisão o posto de tela principal da mídia. E, se antes as inovações tecnológicas estouravam primeiro nas cidades ricas da Europa e dos EUA, aponta Ramonet, agora já são disseminadas simultaneamente nas grandes metrópoles da América Latina e de outras regiões em desenvolvimento.

“As novas plataformas abandonam a continuidade que obrigava o espectador a assistir tudo linearmente; agora ele pode ver o que quiser, na ordem que quiser. Os canais que se adaptarem melhor são os que têm mais chance de sobreviver”, aponta.

Patricia Villegas enfatizou que a adaptação às novas plataformas é uma de suas maiores preocupações da Telesur. “Não adianta fazer conteúdos-espelho, que se repetem de forma idêntica na TV, na web, no Facebook, no Twitter. Os conteúdos precisam ser complementares e diferentes, porque o público os consome de formas diferentes”, disse ela.

Divulgação/Ciespal

Congresso intitulado ‘Comunicação e Integração Latino-Americana’ acontece em Quito, capital equatoriana

Além do décimo aniversário, completado nesta sexta-feira, dia 24 de julho, a Telesur celebra também um ano desde o início da produção de conteúdos em inglês. “Não estamos traduzindo informações, mas produzindo diretamente em inglês”, enfatizou Patricia Villegas. Segundo ela, a entrada na esfera anglófona sinaliza a intenção da empresa em ampliar sua presença global. Por enquanto restrita ao site e às redes sociais, a Telesur em inglês espera iniciar em breve transmissões também como canal de televisão, com sede em Quito.

Sul geopolítico

“Na América Latina, vários intelectuais e lideranças políticas têm o vício de só ver a relação regional com o ‘gigante do norte’, os Estados Unidos. Mas também é extremamente importante considerar nossa relação com a China, a África, o Oriente Médio. A Telesur tem a tarefa de transportar a missão progressista da América Latina para o resto do mundo”, disse Ramonet.

Justamente por isso, Villegas diz que o canal continua expandindo seu universo de pautas para outras regiões, como o ataque da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, a aliança militar ocidental) na Líbia, em 2011, e mais recentemente na crise financeira da Grécia, quando o canal enviou jornalistas para Atenas e investiu na cobertura ao vivo. “Às vezes perguntam aos nossos repórteres: ‘O que vocês estão fazendo aqui?’. Estamos aqui porque a nossa ideia de ‘sul’ não é apenas geográfica, mas principalmente geopolítica. Enxergamos a informação como um serviço, e não como mercadoria”.

“Durante muito tempo na América Latina, o jornalismo era um privilégio das emissoras privadas, e as TVs públicas ficavam relegadas à programação educativa, cultural e folclórica. Daí a importância de investir em produzir informação numa tela pública. Não se trata de um monólogo do Estado, mas de dar voz também aos grupos comunitários, como indígenas e afrodescendentes, contra a folclorização dessas comunidades”, concluiu Patricia Villegas.

Da teoria à prática

A proposta do congresso em Quito é ser não apenas acadêmico, mas também proporcionar a troca de experiências práticas em jornalismo e gestão de mídia voltada para a integração regional, ambos sob uma perspectiva crítica. A ideia é que professores, intelectuais e estudantes de fato dialoguem com jornalistas, diretores de emissoras e agências de notícias e gestores públicos do setor.

“É fundamental a teoria que reflete sobre a prática para dar-lhe sentido e compreender melhor a realidade para fazer diferente”, comentou Ramonet.

O diretor do CIESPAL, o espanhol Francisco Sierra, lembrou na fala de abertura que a tentativa de descrédito sobre a Telesur e outras mídias públicas, assim como contra as iniciativas de regulação e democratização da mídia pelos governos da “guinada à esquerda”, lembra muito o ataque da mídia privada feito contra a campanha da Nova Ordem Mundial da Informação e Comunicação (NOMIC) e o Relatório MacBride da Unesco (Órgão da ONU para Educação, Ciência e Cultura), entre os anos 70 e 80.

Ele recordou o legado do comunicólogo boliviano Luis Ramiro Beltrán, falecido na semana passada, que não apenas teorizou sobre a comunicação latino-americana, mas ajudou a promover fóruns e encontros internacionais para criar iniciativas práticas de alternativas midiáticas na região naquela mesma época.

Nos dois dias do evento, que reuniu mais de 400 pessoas, também estarão presentes outros nomes do pensamento crítico da região, como o argentino Atilio Borón, do Clacso (Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais), e o colombiano Omar Rincón, do Ceper (Centro de Estudos de Jornalismo, em espanhol). Mais de 100 trabalhos acadêmicos foram inscritos para apresentação. Entre eles, o do geógrafo André Pasti, doutorando pela Universidade de São Paulo, que discutirá a trajetória das lutas pela democratização da comunicação no Brasil.

“É importantíssimo aprendermos e nos inspirarmos com os processos de democratização da comunicação em curso em outros países da América Latina. O congresso permite esse diálogo”, disse Pasti a Opera Mundi.

Leia abaixo a carta que o líder cubano Fidel Castro enviou à Telesur em comemoração ao décimo aniversário da emissora:



13/04/2014

Só os EUA e seus capachos odeiam a América Latina

Filed under: América Latina,Complexo de Vira-Lata,Fracassomaníacos — Gilmar Crestani @ 11:19 am
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Não fosse o Complexo de Vira-Lata e estaríamos ainda melhores. Acontece que são os fracassomaníacos que comandam a velha mídia. Felizmente, com a internet, quebra-se o muro de silêncio de compadrio e a$$oCIAção criminosa dos grupos mafiomidiáticos.

El intelecto emigra a Sudamérica

Centenares de licenciados españoles ocupan puestos en las universidades latinas

Elisa Silió Madrid 12 ABR 2014 – 21:09 CET497

Varios españoles, entre ellos profesores universitarios, emigrados a Cuenca (Ecuador). / Rafael López

Tras la Guerra Civil cientos de intelectuales españoles se instalaron en las universidades mexicanas huyendo de la persecución política. Y en 2014, otros cientos están haciendo las maletas para ocupar puestos docentes sobre todo en las facultades de Ecuador y Chile. Las ofertas laborales probablemente se abrirán pronto a otros países de la zona en pleno desarrollo económico y con una gran población sin formación. Entre 1970 y 2000 los jóvenes se duplicaron (de 72 a 144 millones) pero ese crecimiento se va a estabilizar. Aunque el porcentaje de ciudadanos con estudios terciarios no para de subir. En Perú se han multiplicado por 2,3 en grado y por cinco en posgrado en 14 años.

“Cada vez más países están dedicando las regalías —sobre todo de los recursos energéticos— a Educación y a Ciencia. Brasil, Colombia, Paraguay, Ecuador…”, cuenta Juan Carlos Toscano, de la Organización de Estados Iberoamericanos para la Educación (OIE). “Mientras, Argentina, con su programa Raíces, intenta recuperar investigadores”. Toscano considera que España ha dejado de ser el ejemplo de evolución del sistema universitario. “Eran miméticas en los años noventa, cuando se descentralizaron en España las universidades. Los modelos económicos son distintos y ahora lo adaptan a sus países”.

A la hora de reclutar profesorado se mira hacia España por el dominio de la lengua. “Es positivo que nuestros doctores e investigadores estén tan reconocidos internacionalmente, demuestra que aquí se recibe una gran formación”, opina Manuel José López, presidente de la Conferencia de Rectores. “Pero, por otro lado, asistimos a la fuga del talento de nuestras universidades. La tasa de reposición (solo se suple una de cada 10 jubilaciones) está ahogando a los jóvenes”. Desde 2008 se ha incrementado en un 35% las tesis leídas en España, un número de doctores inasumible para los claustros universitarios.

Los salarios latinoamericanos, a partir de 1.600 euros, resultan imbatibles frente a los españoles. Máximo Juan Pérez, del departamento de Empleabilidad de la Autónoma de Madrid, recuerda que en los primeros años de la crisis los doctores se marchaban a Alemania o Reunido Unido —en especial los de Ciencias— pero ahora las salidas laborales proliferan al otro lado del Atlántico.

En China las universidades solo cubren el 30% de clases de español porque apenas hay 600 profesores. Es, por tanto, otro buen nicho de empleo, pero las diferencias culturales hacen el destino menos atractivo que Sudamérica. En Brasil el idioma supone una barrera para los docentes pero, según el Anuario del Instituto Cervantes, se necesitan 20.000 profesores de español para todas las etapas educativas.

El intelecto emigra a Sudamérica | Sociedad | EL PAÍS

28/11/2013

Lula é unanimidade na América Latina

Filed under: América Latina,Lula — Gilmar Crestani @ 9:04 am
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Assunto vedado a invejosos e golpistas.

La electa diputada Camila Vallejo junto a Lula da Silva y la secretaria de la Cepal, Alicia Bárcena.

EL MUNDO › EL EX MANDATARIO DE BRASIL, LULA DA SILVA, APOYO EN CHILE LA CANDIDATURA DE BACHELET

“Latinoamérica necesita de usted”

Durante la apertura del seminario “Desarrollo e Integración de América latina”, en Santiago, Lula afirmó que América latina requiere de la convicción política de los gobernantes por la integración.También abogó por la unidad el ex mandatario Lagos.

Luiz Inácio Lula da Silva se mostró confiado en que los chilenos tengan la sabiduría de apoyar a Michelle Bachelet para que guíe los destinos de Chile durante los próximos cuatro años. Durante la apertura del seminario “Desarrollo e Integración de América latina”, organizado por la Comunidad Económica para América latina en la capital chilena, el ex presidente de Brasil afirmó que América latina necesita de la candidata presidencial. De la conferencia también participaron el ex presidente chileno Ricardo Lagos, el presidente del BID, Luis Alberto Moreno, y la secretaria ejecutiva de la Cepal, Alicia Bárcena. El ex mandatario chileno afirmó que los desafíos del futuro demandan que América latina actúe como un solo bloque y no en base a divisiones territoriales como la que plantea la Alianza del Pacífico.

Lula observó que no se puede atrasar más la integración física de la región. “No se hace integración si no hay convicción política por parte de los gobernantes y de la máquina burocrática”, dijo el líder del Partido de los Trabajadores y se refirió a los parlamentos nacionales. Asimismo, llamó a dar un salto cualitativo en la integración de América latina.

“La región reúne todas las condiciones necesarias para afirmarse como polo de desarrollo, paz y justicia social”, consideró el ex presidente en la capital chilena. “América latina puede avanzar en los próximos cuatro años y hacer todo lo que no hizo en los últimos diez”, precisó.

En una fuerte muestra de apoyo a Bachelet, Lula trató de “querida amiga” a la ex gobernante chilena, con quien se reunió en Santiago, en una cita en la que hizo un fuerte llamado a reforzar la integración de América latina. En este sentido, Lula expresó su esperanza de que aumente la presencia de la mujer en la alta dirigencia política en la región y advirtió que América latina necesita “cada día más de usted”, dirigiéndose a Bachelet. La líder socialista, que el 17 de noviembre, en la primera vuelta presidencial, obtuvo el 46,67 por ciento de los votos, se enfrentará en segunda ronda a la oficialista Evelyn Matthei, que alcanzó un 25,01 de los sufragios.

Lula llamó a que junto con la presidenta brasileña, Dilma Rousseff, y la gobernante argentina, Cristina Fernández, más Bachelet, las mujeres ocupen espacios para mejorar la calidad de la política en el continente. Además, aseguró que la ex mandataria chilena es la que está mejor preparada para enfrentar un segundo mandato y tiene “el corazón dispuesto a cuidar especialmente a las personas más pobres”. También recordó “el trabajo inestimable” que Bachelet prestó para construir la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur).

Por su parte, la ex mandataria chilena, favorita en todos los sondeos para ganar la segunda vuelta, el 15 de diciembre, agradeció la presencia de Lula, a quien calificó de fuerte figura de la integración entre los países de América latina. “Tenemos con él una profunda coincidencia. Representa la capacidad de diálogo y las conquistas sociales. Da prosperidad y gobernabilidad. Refuerza los canales de cooperación entre países que han sido muy amigos”, aseguró.

El líder petista ya había dado su total respaldo a la ex presidenta trasandina a través de un video en el que destacó el anterior mandato de Bachelet y elogió las reformas sociales instrumentadas en su período como jefa del Ejecutivo chileno.

Durante la apertura del seminario organizado por la Cepal, Lagos consideró que América latina pasa por un momento estelar respecto de la democracia, el manejo económico y el progreso social, pero advirtió que la región está en un nuevo ciclo económico, lo que trae consigo un aumento de las demandas de quienes dejaron atrás la pobreza.

Por otra parte, el ex gobernante de la Concertación chilena se mostró crítico con los resultados alcanzados en materia de integración, alcances sobre los que manifestó “no es para estar muy orgullosos”. En este sentido, cuestionó, por ejemplo, la división geográfica con la que se abordan algunas iniciativas como la Alianza del Pacífico que, en su opinión, implica incorporar también a los países del Atlántico.

“No podemos aceptar en el siglo XXI, cuando Europa actúa como un todo, que aquí entendamos que los países del Pacífico somos unos, los del Atlántico son otros y que tenemos intereses distintos”, dijo Lagos. “Eso no puede ser. Tenemos que actuar con una sola voz. Tenemos que entender cómo nos preparamos para actuar en el mundo del Pacífico, que va a ser el mundo del futuro y donde hoy la mayor parte del comercio tiene lugar, no solamente los países que miramos al Pacífico, sino que América latina como un todo”, aseguró. “Si queremos ser escuchados, los latinoamericanos debemos hablar con una sola voz en la escena mundial”, subrayó.

Por su parte, Bárcena invitó a los países a construir lazos productivos, promover empresas a nivel regional, trabajar en la expansión del comercio intrarregional y establecer alianzas entre los pueblos. La Alianza del Pacífico es un pacto promovido desde el 2011 por México, Colombia, Perú y Chile que muchos analistas señalan como un contrapeso del Mercosur.

Página/12 :: El mundo :: “Latinoamérica necesita de usted”

17/10/2013

Primeiro varreu o neoliberalismo, agora está de energia limpa

Filed under: América Latina,Energias Limpas — Gilmar Crestani @ 8:36 am
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Latinoamérica se convierte en la nueva frontera de la inversión en energía limpias

La región concentró el 6% del dinero movilizado en 2012 para financiar proyectos de renovables

Sandro Pozzi Nueva York 16 OCT 2013 – 08:00 CET6

En el negocio de las renovables, las economías de América Latina se están convirtiendo en un importante foco de inversión mientras Europa y Estados Unidos se toman un respiro. El 6% del dinero movilizado el pasado año para financiar proyectos a escala global fue a la región, sobre un total de 268.700 millones de dólares destinados a las denominadas energías limpias.

Pese a que América Latina aumentó en un año su peso relativo frente a otras regiones, también se observa que la inversión se contrajo casi un 4% entre 2011 y 2012, según un estudio elaborado por el Fondo Multilateral de Inversiones y Bloomberg New Energy Finance. En cualquier caso, es algo menor si se compara con el declive del 11% reigstrado en el negocio global de las fuentes renovables.

Los técnicos hablan de “nueva frontera” para las inversiones en energías de bajas emisiones de carbono, gracias a que “los marcos legales se expanden y fortalecen” en América Latina. Como señala Greg Watson, del Banco Interamericano de Desarrollo, “el rápido descenso de los costos y el mejor clima de inversión lo hacen un mercado interesante y asequible”.

El Fondo Multilateral de Inversiones proporciona asistencia técnica al sector privado en los países latinoamericanos. También da ayudas indirectas, préstamos e invierte en proyectos. Bloomberg New Energy Finance es su socio en Climacopio, una herramienta de evaluación de las energía limpias. Se lanzó el año pasado y pretende ayudar a inversores extranjeros a “navegar” por el sector.

La capacidad total de las energías renovables en los 26 países de América Latina y el Caribe pasó de 11,3 gigavatios en 2006 a 26,6 gigavatios en 2012. Sólo en 2012, la región incorporó 3,3 gigavatios de nueva capacidad renovable, lo que representa un incremento anual del 300%. En cifras de inversión, se movilizaron cerca de 16.800 millones en 2012. El grueso fue al sector eólico, con más de la mitad de la inversión total.

Freno en el crecimiento

El de 2012 fue el segundo año al alza en términos de inversiones a renovables. Aunque los organismos internacionales anticipan una moderación del crecimiento económico, los relatores no esperan bruscas caídas en la financiación de proyectos. “Vemos una actividad robusta, especialmente fuera de Brasil”, apunta Ethan Zindler, desde Bloomberg New Energy Finance.

Brasil, como mayor potencia de la región, es también la que ocupa el primer lugar en el Climascopio. Captó cerca de 9.200 millones. Pero si antes se llevaba cerca del 80% de la financiación total, ahora baja al 55%. Esto se debe a que redujo un 36% la inversión en energía limpia, aunque también se explica porque la inversión se está diversificando hacia pequeños países.

Excluyendo Brasil, la financiación en la región se disparó un 164% en 2012, alcanzando 7.500 millones. Chile es el segundo del Climatoscopio, tras multiplicar por cuatro la inversión en energías renovables. República Dominicana y Uruguay también registraron incrementos muy altos. México, que aparece el quinto en la lista, es el segundo país que más invierte, con el 17% del total.

Nicarauga, la tercera

Destaca el tercer puesto de Nicaragua en la clasificación, pese a tener de las rentas por habitante más bajas mientras la que más avanzó en el ranking fue República Dominicana, al subir siete puestos. Por lo general, el costo de la energía sigue siendo alto, lo se ve como una oportunidad para invertir. También se cita la alta demanda y el deseo de estos países de ser autosuficientes.

De hecho, hay un factor geopolítico importante a tener en cuenta al analizar la posición de América Latina como futuro polo de inversión para las renovables. “Muchos países quieren dejar de depender de las importaciones de carbón, gas natural y petróleo, para no depender de sus vecinos”, explica Zindler, “eso les motivará a sumar las renovables en el mix final”.

Uno de los segmentos de mayor potencial de crecimiento es la energía solar, donde la inversión es del 7%. “Eso está empezando a cambiar, se está sumando capacidad”, señala Zindler. Watson añade que el incremento de la demanda del consumidor meterá presión a los gobiernos para buscar nuevas alternativas energéticas a las tradicionales e incentivar las inversiones en renovables.

Latinoamérica se convierte en la nueva frontera de la inversión en energía limpias | Economía | EL PAÍS

29/09/2013

A vez das bicicletas

Filed under: América Latina — Gilmar Crestani @ 10:10 am
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Los latinoamericanos se suben a la bicicleta

Por: Alejandro Rebossio | 24 de septiembre de 2013

Antes el que andaba en bicicleta por Buenos Aires era, en primer lugar, un osado, pues desafiaba a temerarios automovilistas, y, en segundo término, un hippie, un deportista, alguien muy joven o con poco dinero. Ahora se han multiplicado las bicisendas, que ocupan un tercio de ciertas calles, para disgusto de los automovilistas, y también se han sumado a la carrera de los pedales desde oficinistas de traje hasta jubilados. Aunque Latinoamérica no es Ámsterdam, donde la mitad de los viajes se hace en dos ruedas y sin motor, cada vez más la región adopta la bicicleta como medio transporte. El Banco Interamericano de Desarrollo (BID) organizó una encuesta sobre el fenómeno y concluyó que, de seis grandes ciudades relevadas, Bogotá y Santiago de Chile son las que tienen más kilómetros de ciclovías.

La capital colombiana suma 376 kilómetros de bicisendas permanentes y otros 120 de recreativas, con lo que totaliza 496. Las recreativas son aquellas que se abren cuando se cierran las calles a los vehículos motorizados durante un horario determinado, lo que permite que el público participe en actividades físicas tales como correr, caminar o montar en bicicleta. Esto suele ocurrir los domingos, pero también otros días, según cada ciudad lo disponga. Santiago le sigue con 192 kilómetros de bicicarriles permanentes y 26,8 de recreativos, lo que hace un total de 218,8. Lima tiene 110 y seis, respectivamente, es decir, 116 si se suman los kilómetros. Buenos Aires, que en 2009 prácticamente carecía de ciclovías, ahora suma 100 kilómetros de las permanentes. Los más críticos del alcalde porteño, el conservador Mauricio Macri, bromean con que esto es lo único que ha hecho bien en seis años de gestión. La ciudad de México tiene 96,6 de ciclorrutas estables y 24 de las recreativas, con lo que totaliza 120,6. São Paulo cuenta con 68,3 kilómetros permanentes y 119,7 recreativos, por lo que suma 188, frente a una casi inexistencia de vías ciclistas hace cuatro años.

Entre 13 ciudades medianas relevadas, las que tienen más kilómetros de carriles bici estables son Cochabamba (Bolivia), con 32, seguida por Mar del Plata (Argentina), con 30, y Cuenca (Ecuador), con 13. Montevideo cuenta con 11,3 más 2,5 de recreativos, con lo que totaliza 13,8.

Bici

El informe del BID, que se presentó el pasado viernes, indica que, de cinco grandes ciudades analizadas, el 3% de la población de México DF y Santiago tiene en la bicicleta su principal medio de transporte. También el 2% de los ciudadanos de Buenos Aires y Bogotá, y el 0,5% de los de Lima. Entre las ciudades medianas, Cochabamba marcha a la cabeza con el 10%, seguida por La Paz y Asunción, con el 5% cada una, y Barranquilla (Colombia), con el 3%.

Uno de los problemas que enfrentan los ciclistas es el aparcamiento. Algunas metrópolis como Montevideo han instalado portabicicletas cerca de las estaciones de autobús o tren. Buenos Aires ha dispuesto que los parkings estén obligados a recibir bicis y cobrarles el 10% de la tarifa que corresponde a los coches. Cuando hay grandes conciertos, Lima permite el aparcamiento gratuito de hasta 1.000 bicicletas.

Otro inconveniente es el acceso a la bicicleta en un continente donde un tercio de la población vive en la pobreza. El Programa de Bicicletas Brasil establece que el 15% de los fondos recaudados con multas de tránsito se dirija a proyectos sobre uso de bicicletas en todas las municipalidades con más de 20.000 habitantes. En São Paulo, hay empresas privadas que auspician varios programas de préstamo de bicicletas; por ejemplo, el Banco Itaú financia Bike Sampa y una de las empresas de seguros más grandes del país apoya Usebike.

Algunas ciudades han creados sistemas de préstamo gratuito de bicicletas públicas, como Mejor en Bici en Buenos Aires, cuyo alcalde había anunciado este año que iba a empezar a cobrarlas pero después se arrepintió, y B’easy en Santiago. El EcoBici del DF exige un bajo precio por el alquiler. Montevideo y Cuenca comenzarán a ofrecer bicis públicas a finales de 2013 y Goiânia (Brasil) quiere seguirles los pasos.

Determinados ayuntamientos han orquestado créditos baratos para que los ciudadanos puedan comprarse sus propias bicis. La capital argentina ofrece por medio del Banco Ciudad un préstamo, pero restringido a determinados modelos. La presidenta brasileña, Dilma Rousseff, creó el plan Camino a la Escuela, por el que donó 100.000 bicicletas y cascos a los alumnos de escuelas públicas.

Bici1

“Muchos en América Latina y el Caribe aún ven a las bicicletas como un símbolo de clase socioeconómica baja”, advierte el documento del BID. “Sin embargo, hay estudios que indican un cambio en las percepciones de la bicicleta como una necesidad de la gente pobre hacia un signo de riqueza y cosmopolitismo”, añade el informe mientras ciudades como Buenos Aires se ven cada vez más costosas bicicletas plegables por los barrios aristocráticos o de moda. También por allí se repiten las bicicleteadas multitudinarias de Masa Crítica, un movimiento que apoya el uso de la bicicleta como medio saludable y ecológico de transporte en ciudades cada vez más colapsadas por los atascos y la contaminación. “Otras barreras (al uso de la bicicleta) son las preocupaciones vinculadas a la seguridad, miedo a ser asaltados, clima inhóspito, aversión al esfuerzo físico durante el traslado y falta de experiencia en su uso”, completa el BID.

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23/05/2013

A vez do Sul-Sur

Filed under: América Latina — Gilmar Crestani @ 9:24 am
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Latinoamérica, el otro Inicio

Por Jorge Alemán *

I

El Occidente desarrollado y Europa en particular se encuentran con su final. Sobre este final distintos pensadores ensayaron un diagnóstico anticipado. Marx, indicando cómo la Lógica del Capital y el “fetichismo de la Mercancía” iban a producir tal dislocamiento en la realidad, de tal modo que “todo lo sólido se desvanecería en el aire y se hundiría en las aguas heladas del cálculo egoísta”. Freud, mostrando cómo la civilización iba a ir intensificando sus exigencias de renuncia en los sujetos al servicio voraz de la pulsión de muerte. Heidegger, anunciando que la metafísica europea desembocaba en una “objetivación y emplazamiento” de la existencia humana que terminaría uniformizando al mundo como imagen. Por último Lacan, a partir de su teoría del Sujeto en relación con lo Real, concluiría que el nuevo malestar del capitalismo se definiría como una inédita extensión de la lógica del campo de concentración y el aumento incesante de nuevas formas de segregación. Marx, Freud, Heidegger, Lacan. En este sentido constituyen otro modo de pensar lo político por fuera de la racionalidad neoliberal que es en definitiva la metafísica dominante del capital.

II

Latinoamérica, al constituirse al final del siglo XX y comienzos del XXI en un intento de contraexperienca de la racionalidad neoliberal vigente, puede aparecer como la eventual invocación a otro Inicio. Un nuevo comienzo que ya no se trata de presentar al modo de las metáforas vitalistas que siempre aluden a Latinoamérica y su supuesto realismo mágico, tributarias aun del dictamen hegeliano que quiso ver a Latinoamérica fuera de la historia del Espíritu. Este inicio es una reapropiación radical de la tradición ilustrada europea y sus impasses, y a su vez es una relectura de los distintos proyectos históricos de la Emancipación. Por ello, las anticipaciones de Marx, Freud, Heidegger y Lacan encuentran una resignificación que intenta estar a la altura de las nuevas invenciones políticas que el otro Inicio requiere. El otro Inicio en Latinoamérica es una invocación a pensar en una universalidad no “eurocéntrica”. Esta vez el otro Inicio latinoamericano es lo que debe atender el mundo si quiere salvarse de su deriva nihilista en el Fin, una deriva que en Europa sólo promueve acontecimientos éticos o estéticos que no se articulan a proyecto político alguno.

III

El otro Inicio latinoamericano no es un comienzo absoluto, es un acontecimiento político que reinterpreta los legados latinoamericanos enviándole un mensaje al mundo, al Occidente que busca desde su archivo agotado los recursos de una nueva invención política. Pero esta nueva invención esta vez ha tomado existencia material en América latina, único lugar desde donde se podría convocar, como lo propuso Chávez, una quinta Internacional. El inicio, es necesario aclararlo, tiene un tiempo histórico impreciso, puede durar años y está, por ser un comienzo distinto del de la metafísica neoliberal, siempre amenazado, a punto de fracasar, asediado por enemigos que se multiplican, que intentan capturar su sentido para mostrarlo como lo de siempre, la mascarada política en la que se duerme el sueño corporativo del Poder. El otro Inicio es un deseo de despertar y por ello vive entre tensiones irreductibles. Por ello Latinoamérica, desde esta perspectiva, es el lugar de la Diferencia insuperable y no lo “diferente que siempre llama a lo diferente” en los espejismos de lo nuevo.

IV

Estas tensiones irreductibles son las que en el otro inicio se asumen y se encarnan para dar lugar a la Diferencia:

1) La diferencia entre la democracia y Estado de Derecho, como meros dispositivos jerárquicos e institucionales garantes de orden público, y la democracia y el Estado, como instrumentos de lucha frente al proyecto homogeneizante mundial del capital y sus agencias. En definitiva, aludimos aquí a la tensión irreductible entre el Derecho instituido y la Justicia siempre por venir.

2) La diferencia entre la ciencia moderna, con su construcción de la verdad y sus investigaciones, y la técnica que es una estructura tan acéfala como el capital, que ha emplazado a la democracia misma, y que sólo busca perpetuarse en su espectáculo ilimitado.

3) La diferencia entre la Sanidad pública y universal y las nuevas estrategias del “biopoder” que extienden sobre las poblaciones diversos dispositivos de evaluación al servicio de lógicas segregativas.

4) La diferencia entre la cultura del entretenimiento y la cultura popular que exige siempre la presencia de las teorías críticas que permitan decidir sobre la situación.

5) La diferencia entre Salud mental farmacológica y de clasificación tecnológica y las prácticas que respetan el carácter irrepetible del sujeto singular advenido al mundo de la palabra y el lenguaje.

Hay muchas más diferencias que se podrían establecer, pero todas configuran el campo de la Diferencia Absoluta, que es siempre una diferencia que no se puede reabsorber en ningún proceso dialéctico, en una síntesis final. En el otro Inicio siempre se trata de vivir en la tensión sin solución entre las mismas, pero admitiéndolas. Ningún progreso eliminará su fractura, pero al menos hay procesos políticos que, como el latinoamericano, serán depositarios de las huellas de dichas tensiones.

El otro Inicio no dispone de garantías a priori, está asediado por las reglas de juego del neoliberalismo vigente, pero Latinoamérica es, en este caso, el lugar donde la impronta de la Diferencia constituye una huella lo suficientemente insistente en su reaparecer, para que suscite un llamado a definir esa universalidad que ahora permanece apresada en la pinza metafísica de la razón eurocéntrica del Occidente dominante.

* Psicoanalista y escritor.

Página/12 :: Contratapa :: Latinoamérica, el otro Inicio

14/04/2013

Copa libertadora

Filed under: América Latina,Futebol — Gilmar Crestani @ 11:35 am
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Times latino-americanos tentam resgatar espírito democrático do futebol em Copa Amadora Alternativa

Na segunda edição do torneio, participantes homenagearam indígenas massacrados tanto nos tempos de colonização como nos dias atuais

Reprodução/Colectivo Hombre Nuevo

O campeonato foi disputado por 18 equipes masculinas e 4 femininas
Argentinos, brasileiros, chilenos, uruguaios e pessoas de variados países calçaram as chuteiras no mês de fevereiro em busca da conquista do título de campeão da América. A cena facilmente se ligaria ao início da Copa Libertadores. Mas, paralelamente à grande exposição e aos milionários patrocinadores que envolvem a principal competição de clubes do futebol profissional latino-americano, dezenas de equipes amadoras do continente se reuniram no balneário argentino de Gualeguaychú, província de Entre Ríos, para a segunda edição da Copa América Alternativa.
A proposta do evento é criar um ambiente que possibilite o intercâmbio esportivo, cultural e político a partir do futebol entre times de diferentes localidades. Por mais que as equipes tenham disputado a taça com seriedade, houve um esforço coletivo para colocar os ideais de solidariedade à frente da competição dos campos.
Imagens de Che Guevara e símbolos anarquistas e comunistas se juntavam a bandeiras de diversas lutas sociais estendidas entre as barracas dos participantes. As cerca de 300 pessoas que acamparam, entre os dias 14 e 17 de fevereiro, no Parque Unzué alternaram os jogos com atividades culturais, musicais e tarefas coletivas de manutenção do local, como a limpeza dos banheiros e vestiários.
De movimentos sociais a grupos de amigos, o campeonato reuniu 18 equipes masculinas e 4 femininas, além de coletivos artísticos e outras pessoas que foram ao torneio apenas para participar da confraternização. Alguns times eram compostos por colegas de universidade, escola ou militância que jogavam futebol semanalmente, outros eram times de bairro que disputam regularmente torneios amadores de futebol, enquanto uma menor parte foi formada apenas para esta segunda edição da copa.
Da Europa a Jesus Maria
A ideia de organizar um campeonato de futebol nesses moldes surgiu de um contato, em 2011, entre o Autônomos Futebol Clube, de São Paulo, e os argentinos do Club Social Atlético y Deportivo Ernesto Che Guevara. Ambos os clubes nasceram em 2006, com propósitos e práticas iniciais diferentes, encontrando pontos de convergência na crítica ao futebol mercantilizado e na ideia de aproveitar o potencial do esporte mais popular do planeta como meio conscientização e transformação social.
Inspirados por eventos semelhantes já tradicionais e frequentes na Europa (como a Copa do Mundo Alternativa e o Mondiali Antirazzisti), as equipes decidiram organizar a primeira edição do torneio em 2012 em Jesus Maria, uma cidade da província de Córdoba marcada pelos cultivos sojeiros de grandes proprietários de terras. Na ocasião, o Club Che Guevara, que promove a educação socialista por meio do futebol, recebeu dezenas de equipes e pessoas vindas de países da América Latina e Europa.

Longe da FIFA
A Copa América Alternativa possui diferentes significados para os grupos participantes: enquanto alguns apontam o futebol como um instrumento de luta em busca de “um homem novo”, outros enfatizam a experiência libertária e igualitária que emerge desses encontros. Todos desejam, no entanto, recuperar o espírito democrático do futebol longe das grandes empresas e associações que o regem.
“Consideramos que nossos garotos não são objetos e não possuem valor no mercado do futebol”, diz Monica, explicitando a ideia do clube em permanecer fora do futebol mercantilizado, dando a esses jovens a autonomia de decidir sua permanência ou transferência para outro clube sem o constrangimento de vínculos contratuais.

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Para poder chegar à edição de 2013 do torneio, o clube de Jesus Maria utilizou os laços comunitários criados em torno da equipe. Promoveu a venda das tradicionais empanadas e a realização de um bingo a fim de arrecadar a quantia necessária para percorrer os mais de 700 km que separam sua pequena cidade de Gualeguaychú.
À parte toda a experiência proporcionada pelo torneio, que colocou os garotos de Jesus Maria em contato com outras equipes do continente, dentro de campo o Che Guevara superou o cansaço das longas horas na estrada e realizou uma bela campanha. Eliminou nas quartas-de-final o Autônomos FC, que além de ter sido o campeão da edição passada detinha também, até então, a melhor campanha. Adiante, parou nas semifinais, quando perdeu para os anfitriões da vez, o La Cuchimarra.
Reprodução/Colectivo Hombre Nuevo

Além do campeonato de futebol, evento também contou com diversas atrações, como festas e apresentações musicais
O Club Social Deportivo y Cultural La Cuchimarra segue uma proposta que se assemelha ao Che Guevara. Formado em 2007, em um bairro popular chamado La Cuchilla, além participar de torneios amadores regionais, a equipe mantém um projeto social com jovens por meio do futebol. Junto com a CUBA-Mtr (Coordenação de Unidade Barrial, Movimento Teresa Rodríguez ), movimento social argentino que mantém uma seção no bairro, e o coletivo político-cultural Hombre Nuevo, o La Cuchimarra organizou a segunda edição do torneio.
Carnaval e papeleiras
Se fizermos um rápido esforço de memória, lembraremos que a pacata ‘Gualeguay’ teve seu nome mundialmente alçado quando a multinacional finlandesa Botnia se apresentou interessada em “investir e gerar empregos” no vizinho Uruguai e seu rio homônimo, que também corre pelo território argentino, tendo no Rio Gualeguaychú um de seus afluentes.
Reprodução/Colectivo Hombre Nuevo
Após enorme contenda diplomática entre os hermanos platinos, com direito a três anos de fechamento da ponte que liga os países, o projeto de produção de pasta de celulose nas margens do Rio Uruguai prosperou, o que não significa que o lado ora derrotado tenha desistido da reversão do processo.
Por onde se andava na cidade, liam-se pichações e cartazes “Fuera, Botnia”, “la lucha no terminó”, dentre outras mensagens desafiantes. “A papeleira já opera há cerca de cinco anos e nossa luta contra ela é necessária, pois dependemos muito de nossa natureza, até pela questão turística da cidade, e se ela continuar a operar será questão de poucos anos para os nossos rios morrerem. O Rio Uruguai tem baixa profundidade e é muito pouco caudaloso, de modo que as espécies que o habitam não terão como escapar da poluição produzida”, conta Ariel Olivera, representante do La Cuchimarra.
Além deste caso mais conhecido, é possível dizer que a cidade é um ignoto pedaço de Brasil em solo vizinho, sendo famosa entre os hermanos por seu animado carnaval, com desfiles e “sambódromo” nos moldes que conhecemos. E um adendo: os moradores locais gabam-se de possuir o “maior carnaval do mundo”, uma vez que as festividades percorrem todos os finais de semana que separam o carnaval da quaresma, isto é, são cerca de 40 dias permeados pela festa.
Com isso, a cidade de cerca de 80 mil habitantes tem sua população até quintuplicada, sendo também brindada por todo o repertório dos sucessos populares brasileiros, tocados em diversos bares e locais de festas pelos artistas locais.
As veias abertas da América Latina
Se a primeira edição em Jesus Maria foi batizada pelo Club Che Guevara como Copa América Alternativa “Hombre Nuevo”, em alusão à necessidade que o revolucionário argentino enfatizava de transformação do indivíduo, a edição de 2013 tratou de colocar luz em uma parte silenciada e esquecida da história latino-americana. O torneio ganhou o nome de Copa América Alternativa “Chanás Timbúes”, homenageando um grupo indígena que viveu perto do Rio Uruguai e que foi completamente dizimado durante o processo de colonização.
Na grande final do torneio, a equipe local enfrentou Los Imer, da cidade de Resistência, na província de Chaco, próxima à fronteira argentina com o Paraguai. A equipe de Resistência entra na categoria dos times formados de última hora, juntando militantes de movimentos sociais e comunitários que viajaram até Gualeguaychú para participar do torneio.
A escolha do nome que batizou a equipe remete a mais um triste capítulo dos 500 anos de massacres aos povos indígenas, de todo o continente e também do Chaco, onde mais de 70% da população é de ascendência aborígene. No início de 2013, Imer Flores, um garoto de apenas 12 anos, membro da comunidade Qompi Naqona’a, da etnia Qom, foi brutalmente assassinado. Seu corpo foi encontrado às margens do rio Bermejito, área em que o crescimento da atividade turística ao longo dos últimos anos convive com a situação de profunda miséria em que se encontra hoje o povo originário Qom, a exemplo do que tem ocorrido com indígenas de diversas regiões brasileiras exploradas pelo agronegócio e suas monoculturas.
Os jogadores de Resistência decidiram homenagear Imer Flores e manter viva, de alguma forma, uma longa história, marcada por episódios como o Massacre de Napalpi, em 1924, quando mais de 200 indígenas foram executados à bala pela polícia e por fazendeiros.
Maior taça não vai para o campeão
Dentro de campo, o maior entrosamento falou mais alto e o La Cuchimarra derrotou a equipe de Resistência na final pelo placar de 2 a 1. Na cerimônia de encerramento, ao lado da taça que coroava o campeão, foi apresentado outro troféu – maior e com mais cores. Feito pelo artista independente Martín Naef de Gchú, simbolizava o espírito daquela reunião de pessoas, coletivos e ideias. Formado por várias pequenas esculturas de homens com os braços erguidos, o troféu se transforma em um grande balão colorido ao ter reunidas todas as suas colunas. Cada equipe participante, independentemente do desempenho nos gramados, levou uma dessas partes para casa.
Reprodução/Colectivo Hombre Nuevo

Trófeu simboliza a união dos cerca de 300 presentes no evento
Apesar do clima de satisfação pela realização de tal evento, talvez sem nenhum similar anterior pelo continente, fica a impressão de que o curto tempo de encontro pode e deve ser melhor aproveitado entre os grupos presentes, de modo a afirmar a copa como um evento mais que esportivo.
“Acredito que tais encontros devem ser mais fluídos e promover maior contato com as organizações, compartilhando mais entre todos, para além do esportivo. Devemos avaliar bem o evento, por mais breve que tenha sido o tempo de convívio entre os que vieram. Mas temos de ter um momento para debater realidades de cada organização e transmitir as experiências de cada grupo e de seu contexto social”, afirmou Mônica, em um rápido balanço da segunda edição.
Em 2014, enquanto o mundo futebolístico direcionará os olhos para o Brasil, na sombra de toda essa imensa movimentação, em alguma cidade do continente, essas equipes terão o desafio de remontar o multicolorido balão dos sonhos e continuar a escrever novas páginas na, até aqui, breve história do futebol alternativo latino-americano. Quem sabe com sua terceira edição em solo brasileiro.

Opera Mundi – Times latino-americanos tentam resgatar espírito democrático do futebol em Copa Amadora Alternativa

13/04/2013

Dilma promulga Lei Áurea

Filed under: América Latina,Dilma — Gilmar Crestani @ 9:53 am
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Rousseff con la presidenta de la Federação das Trabalhadoras Domésticas. / AP

Brasil regulariza el trabajo de diez millones de empleadas del hogar

Juan Arias Río de Janeiro 46

Los restaurantes de Brasil ya no obligarán a estas mujeres a ir uniformadas “para no confundirlas con la familia”

Argentina también eleva los derechos de las asistentas

Alejandro Rebossio Buenos Aires 6

Hasta ahora, el millón de trabajadoras domésticas solo estaba amparada por un decreto de una dictadura militar de 1955

EL PAÍS Edición América: el periódico global en español

11/04/2013

Você decide: tentação populista x tentação ditadorial

Filed under: América Latina,Terrorismo de Estado — Gilmar Crestani @ 9:23 am
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Faça sua escolha, os EUA já fizeram a deles…

Latinoamérica y la tentación populista

En las elecciones democráticas cuentan más las exigencias inmediatas de los votantes que la sostenibilidad a largo plazo. El futuro nunca importa ahora. Rendirse al presente, sin embargo, entraña terribles riesgos

Nathan Gardels 11 ABR 2013 – 00:01 CET

EVA VÁZQUEZ

En el centro de Buenos Aires, las dos fachadas del edificio que alberga los ministerios de Sanidad y Desarrollo Social muestran sendos rostros gigantes de Eva Perón. El que da a los barrios pobres del sur, sonriente y compasivo. El que da a los barrios ricos del norte, enfadado, agitado y desafiante. Su imagen domina la capital argentina y su legado sobrevuela el futuro de Latinoamérica.

Poco antes de que Evita muriera, en 1952, el Congreso Argentino la nombró “Líder espiritual de la nación”, por su labor en favor de los descamisados en la Sociedad de Beneficencia que había fundado. En la cultura popular y la memoria colectiva de Latinoamérica, los Perón constituyen el populismo de las industrias nacionales protegidas y los programas sociales dispensados por un caudillo, financiados por una deuda insostenible que lleva a la inflación descontrolada, la corrupción, el caos y el descontento, y desemboca en un golpe militar.

Aunque hoy, en su mayoría, los ejércitos latinoamericanos ya no son intervencionistas, la política populista sigue siendo una tentación, incluso mayor que nunca, porque hay una clase media políticamente activa y pujante gracias al auge de las exportaciones de soja, maíz, cobre, petróleo y otras materias primas a una China voraz.

En las elecciones democráticas siempre cuentan más las exigencias inmediatas de los votantes que la sostenibilidad social a largo plazo. Por definición, el futuro no importa ahora. Existen enormes presiones para que toda esa riqueza se gaste ya, en subsidios a los pobres, ayudas para la compra de vivienda, pensiones generosas para los trabajadores o la ampliación de las redes de protección social. Es inevitable que la estabilidad macroeconómica y las inversiones en infraestructuras, enseñanza pública de calidad e I+D queden relegadas. Otra característica de ese populismo es la protección de las industrias nacionales frente a la competencia.

Sin embargo, la historia demuestra que el populismo que ignora las leyes económicas es insostenible a largo plazo, y entonces se repite el ciclo de deuda, inflación y autoritarismo. La responsabilidad fiscal y la competencia son necesarias para un Gobierno democrático sostenible.

Venezuela. El ejemplo más claro de populismo tradicional ha sido el chavismo. Hugo Chávez se propuso erradicar las terribles desigualdades dedicando el dinero del petróleo a amplios programas para los pobres. Sus vidas mejoraron, sin duda. Pero al morir Chávez, Venezuela tenía la inflación más alta del mundo, casi un 23%, y tuvo que pedir prestados 46.000 millones de dólares a China. En las últimas semanas ha devaluado dos veces su moneda.

Los programas sociales dispensados por un caudillo terminan en una inflación descontrolada

La hostilidad de Chávez a las inversiones extranjeras ha impedido modernizar la industria petrolera, que constituye el 95% de sus exportaciones, por lo que estas han disminuido una cuarta parte desde 1999.

Argentina. Vive de sus exportaciones de soja, trigo, vacuno y minerales a Brasil, China y otros lugares, pero ha gastado tanto que en 2001 fue incapaz de pagar su deuda exterior. Aunque la devaluación de su moneda estimuló las exportaciones y permitió una recuperación inicial, su crecimiento ha vuelto a estancarse y el viejo espectro de la inflación ha regresado, como muestra la enorme diferencia entre el tipo de cambio oficial del dólar —unos 5 pesos— y el “tipo paralelo” de más de 8 pesos por dólar. Todo el mundo tiene la aterradora sensación de que sus ahorros van a volver a evaporarse.

Brasil. Se dice que Brasil es el “milagro” de Latinoamérica, en gran parte debido a la demanda china de petróleo y soja. Gracias al rápido crecimiento económico y a programas como Bolsa Familia, que vincula la ayuda a las familias pobres a que sus hijos vayan a la escuela, 22 millones de personas han salido de la pobreza desde 2003 y la alfabetización ha mejorado. En su esfuerzo por apuntalar la economía y crear más empleo para los pobres, la presidenta Dilma Rousseff está recurriendo cada vez más a soluciones estatalistas que Lula da Silva y Fernando Cardoso habían rechazado.

Esta estrategia crea cuellos de botella que están retrasando el milagro económico brasileño. La mala inversión en infraestructuras hace que en los puertos haya cientos de camiones llenos de soja y que China haya anulado un contrato para comprar el 5% de la cosecha de soja del país porque el plazo de entrega no era fiable.

Para revivir el sector de la construcción naval, se ordenó al gigante petrolífero estatal, Petrobras, que comprara buques nacionales. Hoy, los costes desbordados y los retrasos en las entregas están retrasando el transporte de crudo. Y los hallazgos de petróleo de esquisto en todo el mundo amenazan la importancia de las exportaciones brasileñas para su economía.

Los altos aranceles a las importaciones hacen que muchos bienes de consumo sean caros y su economía esté poco diversificada. Frente a los acuerdos de libre comercio de México y Chile, Brasil solo tiene con la Autoridad Palestina, Egipto e Israel.

El reto es el de evitar políticas que, en nombre de los pobres, no generen avances duraderos

Chile. Se ha convertido en el Singapur del Hemisferio Occidental y es, con Colombia y México, de los paíeses que ha resistido la tentación populista. Con el 95% de sus transacciones basadas en acuerdos de libre comercio, en Santiago es posible adquirir cualquier cosa de cualquier país. Su clase política ha sabido hacer que la economía nacional no dependa de su principal materia prima, el cobre, que hoy se exporta casi por completo a China.

Durante la presidencia de Ricardo Lagos (2000-2006), se estableció un programa para dedicar los ingresos de futuros contratos de cobre a un fondo de I+D de nuevas tecnologías. Lagos me dijo: “El cobre se acabará algún día. Tenemos que utilizar los recursos actuales para financiar el futuro y diversificar la economía”.

Colombia. El actual presidente José Manuel Santos es un líder al estilo de la “tercera vía” de Bill Clinton y Tony Blair. Dice que el buen gobierno significa “todo el mercado posible y todo el gobierno necesario”.

Mientras intenta valientemente sacar a Colombia de su larga guerra civil con las FARC, está preparando un futuro basado más en el conocimiento que en las materias primas. Para ello, ha presentado un programa que llevará tabletas digitales a los alumnos más pobres y la conexión de banda ancha a 1.200 ciudades de todo el país, siguiendo el ejemplo de Corea del Sur.

México. Con Enrique Peña Nieto, México está alejándose de su pasado populista y aprovechando los logros de su predecesor, Felipe Calderón, y el acuerdo NAFTA de los años noventa. El año pasado la economía creció el 4%, y se espera que en 2013 crezca más. Tiene superávit. Posee una inmensa clase media y una economía diversificada que atrae inversiones extranjeras directas, gracias a su ingeniería y sus excelentes profesionales y a su proximidad con el mercado estadounidense. El aumento de los salarios en China está haciendo que vuelvan a México empresas que se habían ido allí. NAFTA y otros acuerdos comerciales han contribuido a la diversificación y han reducido los precios en un 50% desde el 2000.

En diciembre asistí a la toma de posesión de Peña Nieto en el Palacio Nacional de México. Se atrevió a prometer, delante de Carlos Slim, el magnate de las telecomunicaciones, y Emilio Azcárraga, el magnate de los medios de comunicación, que acabaría con los monopolios del sector en México. Prometió reformar el sindicato de enseñantes y “abrir” PEMEX, el mastodonte estatal del petróleo, a las inversiones extranjeras. Sin tecnología ni competencia, la empresa es un auténtico poder nacional y no ha sabido modernizarse.

Los asistentes se asombraron por el alcance del programa y, al día siguiente, Peña Nieto acabó con los resentimientos partidistas al anunciar un pacto de consenso con los demás grandes partidos en apoyo de sus reformas. No han pasado ni cinco meses y está cumpliendo sus promesas.

El papa Francisco. Nos ha recordado su “preferencia por los pobres”, pero la pobreza sigue siendo un grave problema para Latinoamérica. La brecha debería cerrarse a medida que crezca la clase media. Pero para no recaer en el pasado, los Gobiernos democráticos deben eludir la tentación populista que, en nombre de los pobres, ha causado tantas veces el regreso a la nada en vez de un avance sostenible y duradero. Ese es el reto actual de Latinoamérica.

Nathan Gardels es director de Global Viewpoint Network y coautor con Nicolas Berggruen de Gobernanza inteligemnte para el siglo XXI (Taurus).
© 2013 Global Viewpoint Network / Tribune Media Services.
Traducción de María Luisa Rodríguez Tapia.

Latinoamérica y la tentación populista | Opinión | EL PAÍS

29/03/2013

América Latina virou pesadelo conservador

Filed under: América Latina — Gilmar Crestani @ 7:55 pm
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À direita latino-americana sobrou o Papa Francisco e sua opção preferencial pelos ditadores e comparsas no grupos mafiomidiáticos.

La izquierda se afianza en Sudamérica

La opción política, desde su vertiente moderada a la radical, avanza en ocho de los 10 grandes países de la región y en algunos ni siquiera tiene un rival de peso

Alejandro Rebossio Buenos Aires 27 MAR 2013 – 20:24 CET

De izquierda a derecha, Cristina Fernández, Nicolás Maduro, José Mujica y Evo Morales ante el féretro de Hugo Chávez, el 6 de marzo en Caracas. / AP

Resulta equivocado observar a Latinoamérica como un conjunto homogéneo. Algunos partidos hegemónicos vuelven al poder, como el Revolucionario Institucional (PRI) en México el año pasado o como lo intentará el Colorado en Paraguay el 21 de abril próximo. Otros expresidentes quieren regresar, como la chilena Michelle Bachelet o el uruguayo Tabaré Vázquez, ambos socialistas. Muchos jefes de Estado buscaron su reelección y la lograron, como el fallecido Hugo Chávez en Venezuela en 2012 o Rafael Correa en Ecuador el mes pasado.

Sin embargo, algunos analistas observan tendencias comunes, como la del avance de la izquierda. “Estamos en una etapa excepcional en América Latina: hay gobiernos de más larga duración, con presidentes que terminan su periodo con alta popularidad y no tienen que huir en helicóptero de la casa de Gobierno”, opina el director de la carrera de Relaciones Internacionales de la argentina Universidad de Belgrano, Julio Burdman. El politólogo también señala que “en términos históricos, las izquierdas latinoamericanas —pues no hay una solo, sino que van desde el chavismo hasta la socialdemocracia—, están atravesando un buen momento y tienen perspectivas de continuidad”. Burdman aclara que en este sentido Sudamérica cada vez se parece menos a México y Centroamérica.

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Fuente: elaboración propia. / EL PAÍS

“Tras el regreso de la democracia a la región, en los ochenta, había rechazo a las reelecciones y ahora sucede lo contrario”, observa el director para América Latina de la ONG International IDEA, Daniel Zovatto. “Todos los que la buscaron ganaron, salvo Daniel Ortega en Nicaragua en 1990 e Hipólito Mejía en República Dominicana en 2002. Muchos presidentes cambiaron las constituciones para incorporar la reelección. Y han ganado las elecciones, con mucha comodidad, en primera vuelta y con mayoría en el Congreso”, añade Zovatto, que advierte sobre la falta de renovación de liderazgos y sobre el impacto en la política de una eventual desaceleración del alto crecimiento económico de la región, sobre todo de Sudamérica.

La izquierda bolivariana está logrando conservarse en el poder. Después del 54% de Chávez en octubre pasado, este año comenzó con el 57% de sufragios a favor de Correa. El calendario electoral latinoamericano continuará el 14 de abril con la contienda entre el sucesor interino del presidente venezolano, Nicolás Maduro, y el opositor Henrique Capriles. Algunas encuestas indican que Maduro tiene el 48% de la intención de voto, frente al 33% de Capriles, que ha optado por abrazar el centroizquierda inspirado en el expresidente brasileño Lula da Silva.

En diciembre de 2014 se celebrarán comicios presidenciales en Bolivia y se espera que Evo Morales vuelva a presentarse por un tercer mandato. La Constitución boliviana de 2009 prohíbe una segunda reelección, pero los seguidores de Morales argumentan que el presidente había sido elegido por primera vez, en 2006, bajo la anterior Carta Magna. La oposición rechaza este planteamiento, pero será la justicia la que determine su constitucionalidad.

Donde la izquierda socialdemócrata ha perdido un Gobierno es en Paraguay, después de la polémica destitución en 2012 del entonces presidente Fernando Lugo, el exobispo que había acabado en 2008 con 61 años del Partido Colorado en el poder. Para las próximas elecciones las encuestas marcan que los colorados pueden regresar al Gobierno, como lo hizo el PRI en México después de 71 años de hegemonía interrumpidos por otros 12 del conservador Partido Acción Nacional (PAN). El colorado Horacio Cartes cuenta con el 30% de la intención de voto en ciertos sondeos, frente al 22% del liberal Efraín Alegre, correligionario del actual presidente Federico Franco. La izquierda se encuentra dividida entre el periodista televisivo Mario Ferreira, que perdió el apoyo de Lugo, y el candidato del exobispo, Aníbal Carrillo, con el 19% y el 7%, respectivamente. Lugo, a quien la Constitución le prohíbe postularse a presidente, irá por un escaño en el Senado. Las elecciones normalizarán la situación institucional de Paraguay, que el año pasado fue suspendido como miembro de Mercosur y de la Unión de Naciones Sudamericanas (UNASUR) por lo que se consideró un golpe de Estado parlamentario gestado por colorados y liberales.

En Chile, Bachelet, que presidió el país entre 2006 y 2010, acaba de regresar a su país y tiene altas probabilidades de liderar el regreso al poder del centroizquierda, que gobernó durante 20 años hasta que la derecha de Sebastián Piñera la desplazó. Las elecciones se celebrarán el 17 de noviembre. Otro expresidente que vuelve es Vázquez, que gobernó Uruguay entre 2005 y 2010. Vázquez admitió que será candidato en octubre de 2014 si lo apoyan los dos sectores del Frente Amplio, el del presidente uruguayo, José Mujica, y el de su vicepresidente, Danilo Astori, que representan al ala izquierda y a la centrista.

Pero antes, a finales de este año, habrá elecciones legislativas en Argentina. Estos comicios resultan clave para ver si el kirchnerismo, que en la actualidad tiene mayoría en el Congreso, amplía su control a los dos tercios de los legisladores necesarios para reformar la Constitución y abolir la prohibición de que Cristina Fernández busque una segunda reelección en 2015. La jefa de Estado dijo el pasado 1 de marzo que no habrá reforma constitucional, pero ministros y gobernadores de provincia la alientan. Burdman cree en la palabra de Fernández y considera que sus seguidores en realidad buscan que no se anticipe la pelea por la sucesión, sobre todo ante las intenciones explícitas del gobernador de la provincia de Buenos Aires, Daniel Scioli, de sucederla siempre y cuando ella no se postule. Burdman considera que en las elecciones el peronismo decidirá si el próximo candidato presidencial será kirchnerista, o sea, más volcado a la izquierda, o algún referente de centro o derecha, como Scioli, que por ahora es fiel a Fernández. El Frente Amplio Progresista (FAP), del socialista Hermes Binner, deberá pelear en estos comicios por mostrarse como principal fuerza de oposición frente a la conservadora Propuesta Republicana (PRO), de Mauricio Macri, y al peronismo antikirchnerista.

En 2014 también habrá elecciones presidenciales en Brasil. En el gigante sudamericano se prevé que el Partido de los Trabajadores (PT) busque la reelección de Dilma Rousseff, frente a un Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB) que aún carece de un líder claro.

La izquierda se afianza en Sudamérica | Internacional | EL PAÍS

16/03/2013

Sólido panorama laboral en América Latina

Filed under: América Latina,PSDB — Gilmar Crestani @ 8:46 am
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A alta de desemprego nas hostes tucanas não tem afetado o mercado de trabalho. Assim que, mesmo com desocupação dos prédios públicos pelo PSDB, a taxa de desocupados continua a menor da história. Afinal, o PSDB sempre foi um partido pequeno…

Sólido panorama laboral en América Latina

La firma Manpower publica un estudio realizado en 42 países

Sandro Pozzi Nueva York14 MAR 2013 – 16:09 CET49

Un empleado en una planta de producción y envasado de leche en México. / Susana Gonzalez (Bloomberg)

Los “tigres” de América Latina siguen con hambre de crecimiento. La consultora laboral estadounidense Manpower acaba de publicar un estudio en el que certifica la expansión que vive la región frente a una Europa en dificultad. Y en sus proyecciones anticipa que Brasil, Panamá, México y Perú serán los países del subcontinente que van a liderar la creación de empleo mientras que España, Italia y Grecia aparecen como las economías más débiles.

La firma utilizó 42 países para elaborar su último estudio, que para el muestreo recurrió a 66.000 responsables de recursos humanos. La oferta de empleo en Brasil crecerá un 30% de aquí a mediados de año. Panamá no se queda muy lejos, con un crecimiento del 25%. En el caso de México y Perú rozará el 20%. La proyección para Colombia y Argentina es de un aumento de la oferta laboral del 16% en el mismo periodo.

Este clima positivo a la contratación en América Latina se entiende como una muestra de confianza hacia la marcha de la economía en la región. Los empresarios en EE UU, de acuerdo con la encuesta de Manpower, esperan que la oferta de empleo crezca un 13% de aquí al próximo verano. Pero como mostró ayer el último indicador de confianza empresarial, la incertidumbre pesa y provoca que los ejecutivos se lo piensen antes de contratar.

Como señalan los relatores, “parece que muchos responsables de empleo siguen esperando tanto una resolución final a la crisis de deuda soberana en Europa como señales de que la economía global vuelva a un sendero de crecimiento firme antes de que los mercados de empleo retomen su marcha de una manera sostenible”. De hecho, incluso en el caso de América Latina se observa una ligera moderación en el crecimiento de la oferta de empleo.

En relación con el primer trimestre, la expectativas mejoran o se mantienen estable en siete de los 10 países de las Américas, pero en la anual caen o siguen igual en ocho. Las perspectivas de trabajo más débiles están en Costa Rica, Guatemala y Estados Unidos. En el caso de México iguala con el 18% la del tercer trimestre de 2008. Al otro lado del Atlántico, sin embargo, España aparece con un negativo del 11%, lo que aventura más despidos. Junto a Italia y Grecia también son pesimistas en Bélgica, Holanda e Irlanda.

Sólido panorama laboral en América Latina | Economía | EL PAÍS

02/02/2013

Uma virada Histórica na América Latina: Cuba vai comandar a CELAC em 2013

Filed under: América Latina,Complexo de Vira-Lata,Independência ou Morte — Gilmar Crestani @ 10:36 am

MafaldaIndependete

Houve um tempo, vide Teoria da Dependência copidescada por um famoso sociólogo midiático, que para ser independente o chic era ser dependente dos EUA. E tínhamos de tirar os sapatos para lá entrar. Se era bom pros EUA, repetiam os ventríloquos, vira-bostas e vira-latas, também seria para nós. Foi-se! Ufa!

Uma virada Histórica na América Latina: Cuba vai comandar a CELAC em 2013

publicada sexta-feira, 01/02/2013 às 20:42 e atualizada sexta-feira, 01/02/2013 às 20:48

por Rodrigo Vianna
Tinha eu 20 e poucos anos quando a União Soviética e os regimes do Leste europeu ruíram. Olhando pra trás, a tendência de todos nós é relembrar daqueles episódios em bloco. Mas quem viveu aquilo de perto sabe bem que houve idas e vindas.
Quando Gorbachev propôs a Perestroika, em meados dos anos 80, muita gente se entusiasmou. Não se via aquilo como “o último suspiro da União Soviética”. Mas como a “renovação” do socialismo, que manteria o gigante na disputa pela hegemonia mundial. Lembro que meu irmão chegou a criar um time de futebol batizado de Perestroika. De outro lado, havia resistências. Um amigo, stalinista empedernido, comemorou quando a linha dura soviética tentou dar um golpe e chegou a prender Gorbachev durante algumas horas.
No fim das contas, nem “renovação do socialismo”, nem a volta aos tempos de Brejnev. Gorbachev debelou o golpe, ficou no poder mais alguns anos, mas a União Soviética desapareceria logo depois. Na mesma leva, vimos a queda do Muro de Berlim e a reunificação alemã, a “Revolução de Veludo” na República Tcheca, a vitória de Walesa contra os comunistas na Polônia. Sem falar na imagem que – na época – me marcou muito mais do que a dos pedaços de muro sendo arrancados em Berlim: o fuzilamento do casal Ceausescu na Romênia. No chão, jaziam os corpos, jazia a velha guarda do stalinismo. Jazia a história do século XX.
Relembrando de tudo agora, os mais novos talvez imaginem que tudo ocorreu ao mesmo tempo. Não foi bem assim. Entre a chegada de Gorbachev ao poder (1985) e o fuzilamento de Ceausescu, no fim de 89, transcorreram-se  4 longos anos.  Mas a queda final da União Soviética só viria em 1991, com o adeus definitivo a Gorbachev. No meio do caminho, Lula perdeu para Collor em 89, o Brasil de Lazaroni foi humilhado pela Argentina de Maradona em 90, e o coringão ganhou o primeiro campeonato brasileiro com o gol de Tupãzinho.
O mundo mudou, a Guerra Fria acabou. Mas, na época, muitas vezes perdíamos a capacidade de compreender a onda histórica que se desenhava. Foram necessários quatro ou cinco anos de distanciamento, para entender a exata dimensão do furacão que  passara pela Rússia e o leste da Europa.
Penso nisso tudo ao olhar para a nossa América Latina hoje.

Na semana que passou, Cuba assumiu a coordenação da CELAC (Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenhos), durante reunião do bloco ocorrida no Chile. O fato mereceu pouco destaque na nossa velha imprensa – talvez deprimida por ter sido, ela mesmo, a velha mídia, derrotada por esse proceso que assistimos na América Latina.

A CELAC é uma espécie de OEA, mas sem Estados Unidos e Canadá. E com a presença de Cuba. É o atestado de que a hegemonia da potência do norte está ruindo.

Em nosso Continente, o processo é até mais longo do que o corrido no Leste europeu. E talvez menos claro. É uma batalha ainda em andamento. Iniciou-se em 98, com a primeira vitória de Chávez. E da mesma forma que ocorreu com a queda do Bloco Socialista, houve idas e vindas. Chávez podia ter sido derrubado definitivamente em 2002. Não foi. Graças ao povo que desceu dos morros de Caracas e exigiu sua volta.

A permanência de Chávez deu força para Morales ganhar na Bolívia, enquanto no Brasil Lula vencia eleições (2002 e 2006) e debelava a crise de 2005.  O novo bloco à esquerda ajudou Kirchner a enfrentar os credores e reerguer a Argentina pós-Corralito. E serviu de modelo para Correa no Equador. Ainda vieram Tabaré e Mujica no Uruguai, Lugo no Paraguai, Humala no Peru…

Idas e vindas… Lugo caiu, a direita ganhou no Chile. Mas a virada histórica parece inquestionável.

E se Lula tivesse aceitado as pressões da direita brasileira durante a crise da Petrobrás com a Bolívia? A integração sul-americana talvez não tivesse andado. Mas Lula negociou, Morales e a Bolívia ficaram mais fortes, e a América do Sul manteve-se unida.

A História se constrói na tessitura de fatos miúdos e de fatos maiúsculos…  Um exemplo? E se Aldo Rebelo tivesse perdido a eleição para presidência da Câmara em 2005 (ganhou por vinte votos do tucano Thomaz Nonô), no momento em que o governo Lula parecia destroçado pela crise do Mensalão? Se a oposição comandasse o Parlamento, talvez ali tivesse a chance de avançar num processo de impeachment, ou de desgaste definitivo de Lula. A vitória de Aldo hoje é um fato miúdo. Mas ali se travou uma batalha definitiva para a consolidação do projeto lulista.

Daqui a 20 ou 30 anos, talvez não lembremos de todos esses detalhes. Mas, ao olhar em bloco para a América Latina, na entrada do século XXI, teremos que reparar em dois feitos impressionantes (consequência das pequenas batalhas ganhas no dia-a-dia):

– a derrota da Alca em Mar del Plata, em 2005, com o posterior fortalecimento da UNASUL (que reúne todas as nações da América do Sul;

– a construção da CELAC.

Não é pouca coisa o que acontece no Continente.  O que falta, talvez, seja capacidade teórica para entender o que se passa. Valter Pomar, dirigente petista que é também o secretário executivo do Foro de São Paulo (entidade que reúne os partidos de esquerda na América Latina), escreveu sobre isso nos últimos dias. O artigo dele, que você pode ler aqui, traz uma reflexão interessante: “No imaginário de grande parte da esquerda latinoamericana Che ainda suplanta Allende, apesar de que estamos todos envolvidos hoje numa experiência que tem mais a aprender com Allende do que com Che.”

A esquerda vai desenhando uma nova história na América Latina. Aos trancos e barrancos, sem muita formulação teórica. Só em duas ou três décadas, entenderemos a dimensão dessa virada histórica. Até para saber se ela de fato se consolidou. E aí veremos tudo em “bloco”, perdendo talvez a capacidade de entender que essa história se constrói também na miudeza, nos pequenos combates que, se perdidos, podem significar recuos definitivos.

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Uma virada Histórica na América Latina: Cuba vai comandar a CELAC em 2013 – Escrevinhador

27/01/2013

Lula, el anfitrión de un debate sin tabúes

Filed under: América Latina,Esquerda,Lula — Gilmar Crestani @ 10:53 am

 

EL PAIS › “PERSPECTIVAS DE LA IZQUIERDA PROGRESISTA EN LATINOAMERICA” FUE EL EJE DEL DEBATE EN SAN PABLO, BRASIL

Lula, el anfitrión de un debate sin tabúes

En el Instituto Lula, el ex presidente de Brasil reunió a políticos e intelectuales de la región para analizar la convergencia de proyectos y las dificultades de instrumentación. Un encuentro en que el debate afloró sin temores.

Por Horacio González

Lula, en el centro de una mesa en la que coincidieron intelectuales de Latinoamérica.

Como primera curiosidad de la reunión citada en San Pablo, el día 21 de enero, sobre “perspectivas de la izquierda progresista” en Latinoamérica, es que quien la presidía, el ex presidente Lula, además de hacer dos fuertes intervenciones que luego comentaremos, no dejaba de aludir a pequeños detalles de funcionamiento de la reunión –el cónclave, como solía decir la vieja revista Primera Plana–, en relación con cómo pedir la palabra, cómo debían circular los micrófonos, más allá de la excelente coordinación de Luis Dulci, presidente del Instituto convocante. Se escuchó allí la vibrante exposición de Luis Maira, ex embajador de Chile en Argentina, mostrando un cuadro completo y complejo de las alianzas mundiales y latinoamericanas, y de Aldo Ferrer(Aqui, no Ficha Corrida), con su concisa relación de sus propuestas de un desarrollo nacional autosustentado.

A su turno, intervinieron los altos funcionarios brasileños –actuales ministros y ex ministros de Lula y de Dilma, como Celso Amorim, actual ministro de Defensa, y Luciano Coutinho, presidente del crucial Banco de Desarrollo Económico–, con reflexiones breves y contundentes sobre los problemas de su área, siempre vinculados con un tema que fue recurrente: la alianza del Pacífico, con las preocupaciones que origina, tanto así como la ardua cuestión de la inflación. Abundaron las ineludibles menciones a las relaciones económicas con China, sin que se tratara de fijar políticas sino de presentar con fundamentos los puntos candentes de los que serán futuros y absorbentes temas de Sudamérica. Apenas insinuadas, se escucharon quejas sobre la opción mexicana, de la que al parecer se preveían menos entusiasmos en su relación con el problemático vecino del Norte.

En la exposición de Aldo Ferrer se dejó ver la maduración contemporánea de los clásicos trabajos de este economista, muy respetado en Brasil. En general Prebisch y la Cepal lo son, tomados como mojones de la historia intelectual en la economía brasileña que, por razones históricas conocidas, no ocupan el mismo lugar de prestigio en la Argentina. El presidente del Foro de San Pablo pidió por industrias culturales de nuevo tipo, sin que sea fácil decir cuál sería ese plano de enmienda a lo ya conocido, aunque viendo, en la desolación de nuestro cuarto de hotel (todos lo son, por más lujos calculados que tengan) la abrumadora televisión brasileña (pero ¿cuál no lo es?), impera el folletín de gran calidad técnica, pero con una trama cultural que presenta estructuras masivas de fosilización de la emotividad, lo que luego da un dudoso modelo para todo el lenguaje público.

No es, sin embargo, fácil establecerse en una sumaria noción de pueblo brasileño, que escapa de toda norma cultural fija sin dejar de presentar impresionantes unanimidades, todo lo cual se nota en las infinitas variantes del habla real. Al propio Lula, es interesante escucharlo en las innumerables capas de signos que tiene su discurso. No se ausenta, en los planos profundos, el gran embravecido de aquellas arengas en el conurbano de San Pablo, al promediar los años ’70. Pero ahora es también el cauto ironista que cita con pequeños deslices picarescos, los dichos de los políticos más encumbrados del mundo, sin dejar de mentar una idea consabida sobre “los porteños”, todo con afecto experimentado y amistosa complicidad. Lo cierto es que de la gran batería anecdótica de Lula surge de repente la reflexión profunda, matizada con un ligero aire de desafío con el que terminan las frases, ese “¿sabe?”, partícula que aparenta condescendencia pero es un ancestral toque airado y de inconformidad que anida en la lengua brasileña popular.

Lula presentó temas suyos, inesperados para el que hace tiempo no lo escucha, en especial el tema de la paradoja del “ex presidente”. Si hace algo, parece entrometerse; si no hace nada, parece indiferente. Pero su gran tema es el obstáculo político que presentan las burocracias estatales, junto al empleo de lo que llama en interesante paradoja, paciencia política. Algo así como la célebre “sophrosyne” griega, lo que a primera vista parece en efecto contradictorio. Son las burocracias las que se suelen aliar a la “lentitud de la paciencia”, lo que en la humorada de Theotonio dos Santos adquiere este gracioso aforismo: la inútil e irresoluble discusión de los que dicen “avanzar para consolidar” y de aquellos otros que prefieren “consolidar para avanzar”. Pero Lula cuestiona la aceitosa cotidianidad fáctica del Estado y en contraposición alienta el procedimiento de la “larga obstinación” como categoría casi decisionista.

En su respuesta al agudo cuestionamiento de Marilena Chauí –la filósofa brasileña que se halla preparando su segundo gran volumen, esta vez más ensayístico que el anterior, sobre la obra de Spinoza–, Lula había respondido repentinamente que “el sujeto es el Estado”. Sucede que esta filósofa hizo un alegato vehemente bajo la forma de incisivas preguntas, en torno de la noción de desarrollo y de sujeto de la historia, concluyendo su intervención con una crítica a la “teoría de la información”, un nuevo deconstruccionismo conservador que a todo –las estrellas, el hígado, el arte de la encuadernación, la política, etc.,– considera emitiendo signos “informacionales”. De ahí la pregunta sobre cuál es hoy el sujeto de la historia, al margen de los modelos estructural-desarrollistas que culminan en una sospechosa “sociedad del conocimiento”.

Lula no se intimida ante tales desafíos, sentado las ocho horas que duró la reunión, enfundado en su camperita con la insignia de la Confederación Brasileña de Deportes, y con una libretita de apuntes, incorporando temas, matizando respuestas enfáticas, en las que habita “el viejo Lula” con toques de la cauta sabiduría del nuevo Lula, que anunció haber superado enteramente su delicado trance de salud. El joven embajador venezolano en Brasil, presente en la reunión, en nombre del vicepresidente Maduro, anunció por su parte una leve mejoría en el estado de Chávez. Hubo un documento de base firmado por Marco Aurelio García, el asesor de relaciones internacionales de la presidencia, cuyo fin era el de analizar el despliegue de las izquierdas latinoamericanas en los últimos diez años. Es un documento sucinto y pleno de interés, poco analizado en la reunión, pero por los temas que plantea –la pregunta por el poscapitalismo– se convierte en una inusual sinopsis de una antigua y renovada discusión.

Hubo voces peruanas, bolivianas, ecuatorianas. El economista argentino Bernardo Kosacoff aportó datos complejos, pequeñas teorías encerradas en una gran dotación de referencias sustantivas de cómo funcionan los grandes aparatos productivos y de circulación de la economía regional; el ex ministro y ex senador chileno Carlos Ominami balanceó su exposición entre su profundo conocimiento de la política chilena desde el ángulo de la experiencia compleja de la izquierda de ese país, con referencias económicas que no pasaban por alto la importancia de la referida y preocupante “Alianza del Pacífico”.

Ser testigo y modesto participante de esa reunión del Instituto Lula resultó, pues, reconfortante. El ex presidente paraguayo de Itaipú Binacional citó al olvidado trabajo de Varsavsky, Estilos tecnológicos; el senador uruguayo Curiel intervino en desenfadado estilo que no le reduce agudeza. Todo permitió comprobar la vivacidad de la vida intelectual latinoamericana que explora caminos de transformación en medio de la tormenta, aunque nunca falta el ministro –como en este caso, el sutil Celso Amorim–, que proteste por la calificación de intelectual. La siente excesiva para un funcionario –dijo– que sólo exhibe su fuerte experiencia. ¿Pero cómo llamarla a esa misma experiencia, expuesta acabadamente por ese mismo ministro, sino una condensación de muchas décadas de debate intelectual en nuestros países? Nadie disimuló problemas, ni pareció predominar el rodeo al que obligan las jergas funcionariales. Se habló con plenitud, preocupación y moderado entusiasmo. Emir Sader, ex presidente de Clacso, festejó que alguien de origen obrero haya citado la reunión. Lula, imperturbable, escuchaba las numerosas referencias a su nombre como si se tratase de otra persona, un ente simbólico que con esa denominación arquetípica hubiese sido amasado por las heterogéneas arenas culturales de Brasil. “Siempre se está aprendiendo”, dijo. Y comparó su caso al del ex presidente Kirchner. Se inicia la tarea desde el asombro del aprendiz, y luego aparece el mundo con su drástico rostro desafiante.

Página/12 :: El país :: Lula, el anfitrión de un debate sin tabúes

Transformaciones de América latina

Filed under: América Latina — Gilmar Crestani @ 10:42 am

Por Aldo Ferrer *

En estos primeros años del siglo XXI convergen profundos cambios en nuestros países y en el mundo. En América latina, y particularmente en Sudamérica, se advierten nuevas tendencias en los siguientes campos.

La cuestión social: las grandes desigualdades que históricamente caracterizan a nuestros países, son reconocidas como el principal problema y un obstáculo fundamental al desarrollo. Las políticas para atender a los sectores vulnerables, erradicar la pobreza, educar e impulsar la cohesión social, ocupan actualmente una prioridad en las políticas públicas.

Calidad de los liderazgos: la prioridad de la cuestión social tiene profundas consecuencias políticas. Históricamente, sociedades que registran una profunda fractura, entre las minorías que concentran el poder económico y las mayorías populares, generan liderazgos que reproducen los privilegios y asimetrías establecidas y acumulan poder como agentes de intereses extranjeros. Desigualdad, subdesarrollo y dependencia están estrechamente asociados. Han surgido nuevos liderazgos en nuestros países que privilegian la resolución de la cuestión social y, consecuentemente, asumen un comportamiento distinto respecto de la gestión de la economía y sus relaciones externas.

Instituciones: la democracia se ha consolidado y esto confiere la estabilidad institucional necesaria para el desarrollo económico y social.

Las ideas: las nuevas tendencias implican la renovación de las ideas sobre el desarrollo económico y las relaciones internacionales. El fracaso de la estrategia neoliberal en América latina y el resto del mundo ha restablecido la vigencia del pensamiento desarrollista y las visiones de Raúl Prebisch, Celso Furtado y otros pensadores latinoamericanos. Es, en efecto, indispensable no subordinarse a la ideología promovida por los centros de poder internacional y analizar la realidad desde nuestras propias perspectivas.

Desde éstas, vuelven a plantearse ideas que constituyen el gran aporte del pensamiento latinoamericano a la estrategia de desarrollo económico. Entre ellas, las siguientes:

n La formación de un sistema económico y social avanzado exige articular la explotación de los recursos naturales con su industrialización e incorporación de valor agregado y tecnología. Las estructuras productivas reducidas a producir y exportar productos primarios desembocan en el subdesarrollo, la dependencia y la exclusión social.

n La presencia de las filiales de las empresas transnacionales es positiva, pero debe ser complementaria, no sustitutiva, del protagonismo del empresariado local. El aporte externo es útil cuando contribuye a la apertura de nuevos mercados, la transferencia de conocimientos, los equilibrios en los pagos internacionales y la integración de cadenas de valor de creciente valor agregado y tecnología. De otro modo, la dependencia del capital extranjero reduce el ahorro interno y la tasa de inversión. Culmina con niveles insostenibles de deuda externa, desequilibrios inmanejables y la subordinación a la irracionalidad de la especulación financiera. Vivir con lo nuestro, abiertos al mundo, en el comando de nuestro destino, es indispensable para el ejercicio efectivo de la soberanía y del derecho de construir un sendero propio en el orden global.

n El desarrollo económico es un proceso de transformación de la economía y la sociedad fundado en la acumulación de capital, conocimientos, tecnología, capacidad de gestión y organización, educación, capacidades de la fuerza de trabajo y de estabilidad y permeabilidad de las instituciones, dentro de las cuales la sociedad transa sus conflictos y moviliza su potencial de recursos. El desarrollo es acumulación en este sentido amplio y la acumulación se realiza, en primer lugar, dentro del espacio propio de cada país.

La cohesión social, la impronta nacional y social de los liderazgos, la democracia y el pensamiento crítico capaz de ver el mundo desde nuestras propias perspectivas, constituyen la densidad nacional. En estos primeros años del siglo XXI se ha fortalecido la densidad nacional de nuestros países. Una de sus consecuencias es la revalorización de la importancia de la integración regional que se refleja en el notable acercamiento de los contactos políticos entre los gobiernos, el fortalecimiento de esquemas de integración como el Mercosur y la creación de un nuevo espacio de convergencia, la Unasur.

El contexto mundial

Lo que está en crisis en la actualidad no es la globalización, que es una consecuencia inevitable del avance de la ciencia y la tecnología. La crisis es del neoliberalismo y de los estados neoliberales, cuya impotencia para administrar las fuerzas de la globalización provoca descalabros, como los que hemos vivido en nuestra propia experiencia y suceden, actualmente, en otras latitudes.

En China y otros países emergentes de Asia, el dinamismo de sus economías obedece, precisamente, a que no se han sometido al canon ni al Estado neoliberal. Prevalecen en estos países estados nacionales, capaces de administrar la globalización e impulsar el desarrollo. Las turbulencias y asimetrías en el orden mundial contemporáneo reflejan la coexistencia de “estados nacionales” en los países emergentes y “estados neoliberales” en el antiguo centro hegemónico.

Los latinoamericanos no tenemos, al menos todavía, mayor influencia en la resolución de los problemas del orden global. Sin embargo, disponemos de una capacidad decisiva para determinar si estamos, en ese orden, ejerciendo nuestro derecho al desa-rrollo o nos resignamos a reproducir nuestra histórica condición periférica.

Administrar la globalización es una condición necesaria para desplegar el potencial de desarrollo de nuestros países y ocupar una posición simétrica, no subordinada, en las relaciones internacionales. Para tales fines es imprescindible la gobernabilidad de la economía. Todos los países que despliegan exitosamente su potencial de desarrollo dentro del orden global mantienen una fuerte solvencia fiscal, superávit en sus balances de pagos en cuenta corriente, elevadas reservas internacionales genuinas no fundadas en deuda, sistemas monetarios asentados en la moneda nacional, tipos de cambio que sustentan la rentabilidad de la producción de bienes transables sujetos a la competencia internacional.

La integración

Nuestros países no han alcanzado, todavía, altos niveles de desarrollo económico y social. Sin embargo, en el plano de la cultura, son potencias de primera magnitud. El desafío consiste en poner la realidad económica y social a la misma altura de los niveles alcanzados en la cultura.

La integración es un instrumento fundamental para impulsar el desarrollo nacional de nuestros países y fortalecer su posición conjunta en el orden mundial. La integración se despliega en tres planos: las políticas nacionales, las reglas del juego de la integración y la proyección conjunta hacia el resto del mundo.

La clave del éxito de la integración no radica en la delegación de soberanía a órganos supranacionales comunitarios. La experiencia de la Unión Europea alcanza para demostrar cómo la cesión de soberanía termina subordinando a las partes más débiles al poder hegemónico de los más fuertes. Mucho peor, cuando en el régimen comunitario, como sucede en la Unión Europea, prevalece el paradigma neoliberal.

Nuestra integración no radica en la cesión de soberanía, sino en la construcción solidaria de la soberanía que nos falta en la ciencia y la tecnología, el desarrollo industrial y la inclusión social. En materia financiera, en tiempos recientes, se han dado pasos positivos en tal sentido, a través del desendeudamiento externo, la acumulación de reservas internacionales y los controles de los capitales especulativos. La integración consiste entonces en la complementación de las soberanías nacionales a través de reglas realistas de la integración.

Las diferencias actuales de dimensión de las economías no deben inducir a la suposición de que el destino de la integración es reproducir, en el espacio regional, una relación centro-periferia, entre un centro industrial y una periferia principalmente proveedora de alimentos y materias primas. El mejor socio es el plenamente desarrollado.

Tenemos así por delante el desafío de construir una relación viable, mutuamente conveniente, para lo cual es necesario profundizar el desarrollo industrial y tecnológico, integrar las cadenas de valor de la producción primaria con la participación creciente de componentes provenientes de nuestro propio acervo, impulsar el protagonismo de las empresas nacionales y regionales para el acceso conjunto a los mercados internacionales.

La emergencia de China, y otros nuevos centros dinámicos en la economía mundial, es un hecho positivo porque amplía las fronteras de la proyección internacional de América latina. Pero plantea el riesgo de reactivar el antiguo modelo centro-periferia que, en el pasado, nos subordinó a la situación de proveedores de productos primarios e importadores de manufacturas y capitales.

Es necesario avanzar, simultáneamente, en los tres planos de integración: construir, a partir de la fortaleza de las densidades nacionales, una densidad bilateral, mercosureña y sudamericana, fundada en la inclusión social, la eficacia de los liderazgos, la consolidación de la democracia y el pensamiento crítico. Cada país tiene la globalización y la integración que se merece, en virtud de la fortaleza de su densidad nacional.

Cuanto más se consoliden las situaciones nacionales más fluidos serán los intercambios, cuanto más flexibles y realistas las normas mejor serán las respuestas frente a los cambios en las situaciones nacionales y, finalmente, cuanto más solidaria sea la proyección conjunta en el escenario global, más libertad de maniobra tendrán las políticas nacionales y comunitarias.

Q Profesor emérito. Universidad de Buenos aires. Embajador argentino en Francia. Este texto es una reproducción de los pasajes salientes de la exposición Transformaciones de América latina en la última década, en el contexto mundial, realizada el 21 de enero de 2013, en el Encuentro con Intelectuales sudamericanos “Caminos progresistas para el desarrollo y la integración regional”, realizado en el Instituto Lula de San Pablo.

Página/12 :: El mundo :: Transformaciones de América latina

01/01/2013

Para horror dos vira-latas e vira-bostas

Filed under: América Latina,Vira-bosta,Vira-latas — Gilmar Crestani @ 10:02 am

Enquanto os vira-latas vão pra Miami, o Brasil e a América Latina atrai os que têm cérebros. É uma troca justa, mandamos FHC e sua manada embora e  ganhamos de presente, em troca do nada, quem tem dois neurônios.

Ideas para salir de la crisis cultural entre España y América Latina

EL PAÍS reúne a cinco intelectuales de España y América latina para analizar el declive y resurgimiento de una cultura amenazada

Rocío Huerta Puerto Rico1 ENE 2013 – 10:43 CET10

Hoy más que nunca España necesita de América, pero sin imposiciones, sin soberbias, sin vanidades, sin tutelas ni paternalismos, sino en situación de amigos y socios leales y respetuosos. Es la conclusión a la que llegan los cinco intelectuales de uno y otro lado del Atlántico reunidos por EL PAÍS, para debatir sobre una cultura común que, en el continente americano está floreciendo después de siglos a la cola de España, mientras el país europeo encuentra cada día unos presupuesto más mermados y se topa con las dificultades propias de la crisis que atraviesa y los salvajes recortes en Cultura.

Los escritores españoles, Almudena Grandes y Manuel Rivas, se reúnen en Puerto Rico, aprovechando el encuentro en el festival la Palabra, con el argentino Guillermo Martínez, el mexicano Jorge Volpi y el periodista puertorriqueño Héctor Feliciano.

La Cultura de la subvención

JORGE VOLPI: Hasta los años noventa no existía en México una institución que se encargara directamente de la Cultura y las Artes. Cuando se crea, aparecen un sinfín de ayudas a la creación a través de becas y estímulos a individuos de grupos más grande del mundo. México tiene innumerables de becas para creadores de todas las disciplinas, de todas las áreas y de todas las edades, y al mismo tiempo hay una infraestructura de actividades culturales bastante sólida.

Lo que sin embargo no ha habido hasta ahora manera de solucionar es el problema de la creación de públicos, del consumo cultural, y sobre todo de la distribución de los bienes culturales. Con estas becas se han escrito cientos de libros, de poemarios, se han pintado cientos de cuadros, se han hecho decenas de performances, cantidad de películas… Pero luego es difícil que lleguen al público. El cine que se produce en México se puede ver el la televisión o en los festivales, pero en las salas se ven películas americanas. Al contrario que ocurre en España, en México cada vez se abren más salas, pero solo se ven películas gringas.

MANUEL RIVAS: Lo preocupante es cuando se destruyen los hábitats, que es el problema que tenemos ahora en España y en parte de Europa. A veces se plantea la relación Cultura-Estado, en términos de si hay más o menos subvenciones, y entonces se ofrece una imagen caricaturizada de los creadores que responde al tópico "se quejaran porque no reciben esas sinecuras".

HÉCTOR FELICIANO: Hay que concebir la cultura como lo hace el gobierno francés: cabalmente. No como un producto en el mercado, sino como algo particular, excepcional, que se intercambia y nos enriquece inconmensurablemente.

ALMUDENA GRANDES: En España existe una prensa de extrema derecha mediática muy potente, que se ha dedicado durante años a caldear el ambiente presentando la Cultura como cuatro millonarios rojos de salón, que gritan en las manifestaciones para posar. Se ha conseguido instalar en esta sociedad la idea de que invertir en Cultura es apostar a caballo ganador de unos pijos millonarios que ya tienen bastante dinero, y esto va a destrozar la industria. La ruina del cine español es inminente porque se han abandonado los programas de subvenciones, y porque la gente no comprende que detrás de Almodóvar y detrás de Penélope Cruz hay una industria de la que viven miles de personas y se van a destruir cientos de puestos de trabajo.

GUILLERMO MARTÍNEZ: Bueno, todavía queda mucha estructura en España. Ustedes siguen estando en el tope, culturalmente hablando, en Latinoamérica. Lo que quizás no esté cerca del horizonte es que España vuelva a ser como antes.

A. G.: Que tampoco hace falta, por cierto. En España hemos perdido la noción de lo que era la pobreza. Quizás también por eso hay esa parálisis.

La experiencia argentina

G. M.: Quizás en Latinoamérica estemos más acostumbrados a estos ciclos económicos, por eso sabemos vivir las crisis. Sobre todo en Argentina, que hemos sufrido unos altibajos tremendos, y hemos tenido que buscar refugios en momentos de crisis. En los noventa, cuando estábamos en paridad uno a uno con el dólar americano, no había prácticamente industria cultural. A partir del proceso de endeudamiento aparecieron una gran cantidad de editoriales independientes. No creo que España la crisis sea crepuscular.

H. F.: En el periodo del Corralito, a principios del gran desastre financiero, la gente se agarró a la Cultura como boya de salvación. Se llenaron los teatros, se leyó más que antes, se empezó a crear. La gente lo hizo para reflexionar creativa y fructíferamente sobre lo que estaba ocurriendo. Hay que incentivar la creación, la reflexión, la juventud en estos momentos de crisis para abrir nuevos caminos y no para cerrarlos.En Colombia, otro ejemplo, con una guerrilla que cobraba fuerzas, con unos paramilitares que se inmiscuían en el Estado, el gobierno colombiano promovía la Cultura como forma de salir de la crisis, de recordar que es profundamente humano crear, pensar y presenciar el arte que se hace. Lo que sucede en España o en Puerto Rico es que los gobiernos olvidan que la Cultura no es algo que se le añade a la vida, es la vida misma. Y sin embargo la tratan como si estuvieran fabricando cucharas.

América Latina, espacio de esperanza

M. R.: La deformación de imagen, la caricatura de los artistas y creadores, es el principio de la destrucción del tejido cultural. Y no hablemos ya de los recortes en educación. Eso sí que es una destrucción grave. Que se cierren cines o librerías es la destrucción del hábitat y, en esta cuestión, América Latina es un espacio de esperanza. Los depósitos de esperanza han ido siempre unidos a la Cultura y la Educación. Siempre se ha asociado el niño con la barra de pan y el libro debajo de cada brazo. Pues ahora le han quitado el libro al niño y el pan a los padres. Por eso es importante la mirada hacia América Latina, porque es un halo de esperanza para España.

J. V.: Es muy impresionante cómo, en general, ni el Gobierno ni la gente mira hacia América latina. Nosotros hemos atravesado unas veinte crisis distintas y, muchas veces lo hemos hecho mal, pero de algunas otras hemos salido relativamente bien. La experiencia acumulada la tenemos, no se puede negar, y eso deberían saber aprovecharlo.

Rentabilizar el mercado común de la Cultura

H. F.: En cuestiones culturales, tenemos que aprovechar el hermanamiento de las culturas española y de América. Dentro del intercambio cultural el sector de mayor trascendencia es, a mi parecer, el editorial. Las editoriales españolas cumplen un papel muy importante uniéndonos por medio de nuestro idioma. Es una de las pocas empresas internacionales que intenta unirnos en un solo mercado común. Y no es el momento de cerrar mercados y de volver a aislarnos. Creo que este momento de crisis sería el idóneo para pensar en la fórmula para reforzar ese intercambio que se logra con los libros.

A. G.: Tengo la sensación de que yo pertenezco a una literatura que es la literatura de los que escriben en español, y no la literatura española. Formamos parte todos de una misma comunidad, y eso nos proporciona un beneficio instantáneo, porque estamos en el mismo lado. Estamos viviendo un momento de cambio, en el que el libro es electrónico también puede influir en el distanciamiento entre la literatura a un lado y al otro del océano, porque las editoriales pequeñas, independientes, van a tardar más en digitalizar sus fondos y en reciclarse, eso unido a la caída del consumo, a la subida del IVA, al empobrecimiento de las clases medias… Hay un panorama de nubes negras en torno al mercado del libro que temo pueda repercutir en una debilitación del contacto tan estrecho que hemos tenido.

Los miedos que acechan

H. F.: Los recortes en Cultura en nuestros países son una manera muy sagaz de dejarla morir lentamente, sin matarla de forma explícita. El peligro está en que ante esta postura de indefensión la gente no se anime a llevar a cabo iniciativas nuevas, que casi siempre nacen de ideas de los jóvenes. En Puerto Rico no han dejado de aparecer revistas digitales, como 80 grados, o lugares en los que se escucha y se practica la música joven, como la cooperativa de cantautores Taller Cé, o las artes escénicas impulsadas por los jóvenes, como el Teatro Samuel Beckett.

A. G.: A mí personalmente me conmueve mucho y me preocupa que pueda desaparecer todo el activismo cultural que se daba en los pueblos de España: los clubs de lectura, las universidades populares… En este país hay muchos pueblos, a través de la Cultura, que han funcionado como auténticas balsas de salvación para personas que estaba a un paso de la marginalidad, de la depresión. En algunos lugares la gente en riesgo de exclusión organizaba sus propias reuniones en torno a la lectura de un libro o una pintura, y de esa manera se veían, socializaban y hablaban. Todo eso puede desaparecer.

M. R.: Esa frase tópica en caso de emrgencia de "niños y mujeres primero" es, creo, la frase más hipócrita de la humanidad. Y me parece que con la boca se hizo un paralelismo con la Educación, la Cultura y la Sanidad. Ese es el discurso que todavía oímos: "Primero la salud, vamos a preservar la Cultura…". Pero al final Cultura y Educación son los que más sufren en situaciones de emergencia. Son los más abandonados.

Aspectos a imitar de Latinoamérica

M. R.: Lo mejor de la cultura de América Latina es su valentía creativa, la osadía, el ir más allá… Esa cualidad de la literatura en español tiene su manantial en América Latina. Y España ha jugado el papel de plataforma, sirve de hogar.

A. G.: Fuera de España existe la energía y la vitalidad, una cultura resistente, el deseo de gritar. Y eso precisamente es un contagio necesario para la cultura española que sufre con la crisis, pero que morirá si se deja arrastrar por el enemigo y por la tristeza.

Ideas para salir de la crisis cultural entre España y América Latina | Cultura | EL PAÍS

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