Éramos seis é um título de um livro que fez algum sucesso quando eu era estudante. As vivandeiras mais notórias entorno do impeachment estão indo, uma a uma, prestarem contas dos próprios malfeitos que viviam de pespegar em Dilma. A mãe dos golpistas, a Rede Globo, vai perdendo seus filhotes que tão cuidadosamente incubou e desovou. Como disse Dilma, “não sobrará pedra sobre pedra”.
1) Filho mais notório, o Napoleão das Alterosas, em plena síndrome de abstinência,foi abatido em pleno voo. Voos. Muitos voos, de Minas para todo e qualquer ponto turístico. O pior senador no ranking da Veja foi o primeiro a não saber perder. Partiu para o tapetão voador, mas é mais frágil que o próprio ar que aspira. Aécio Neves deve encabeçar qualquer lista das espécies mais nocivas a qualquer decência mínima de uma república.
2) Fernando Francischini montou a melhor estrutura de difamação no submundo da internet durante a campanha. Seu sucesso cacifou-o à Secretário de Segurança de Beto Richa. Bateram nos professores e acabaram apanhando da realidade. Hoje, igual ao pinhão guardado pelas gralhas azuis, é um post esquecido ao lado de outra araucária.
3) Ronaldo Caiado recebeu a melhor definição que se pode conseguir de seu próprio correligionário: “uma voz à procura de um cérebro”. Demóstenes Torres disse tudo o que poderia resumir o caráter de Caiado no próprio título do artigo.
4) Agripino Maia é o que se pode chamar de escândalo à espera de uma tomada. Falta o cinegrafista, mas a cena é antológica. Junto com Caiado e Carlinhos Cachoeira, Agripino rivaliza com Demóstenes Torres no papelão de acusador da honestidade alheia como forma de se safar.
5) Augusto Nardes, legítimo espécime do PP gaúcho, guindado ao posto do tCU pelo Severino Cavalcante, o breve, foi abatido não sem antes justificar a inutilidade de um Tribunal de Faz de Conta, já que não é tribunal e sequer sabe fazer contas. A Operação Zelotes se encarregou de coloca-lo em seu devido lugar. A história do lixo poderá reservar um lugar mais adequado em sua biografia.
6) Eduardo CUnha é o maior representante dos movimentos golpistas. Aos moldes de Severino Cavalcanti, foi escolhido para algoz. É como se escolhessem Judas para o lugar de Jesus. Não tem como errar. Basta conhecer a biografia. A chave de ouro deste soneto hexassílabo só poderia ser fechado com um legítimo herdeiro de PC Farias que guarda estreita relações com a incubadora dos golpistas, a Rede Globo. E mais não se precisa dizer por despiciente. Fez da Igreja um puteiro de seu gangsterismo.
Éramos Seis, mas, apesar de soltos, é o que há de mais nocivo. Por eles se explica porque há prisões e vazamentos seletivos como a moralidade dos imorais.
STF abre inquérito para investigar Agripino Maia por corrupção e lavagem de dinheiro
Supremo abre inquérito para investigar presidente do DEM por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. José Agripino Maia teria recebido propina da empreiteira OAS, investigada na Operação Lava Jato
José Agripino Maia, presidente do DEM (divulgação)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso abriu esta semana inquérito para investigar o senador José Agripino Maia (DEM-RN) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ministro atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa o parlamentar de receber propina da empreiteira OAS nas obras de construção do estádio Arena das Dunas, em Natal, para a Copa do Mundo de 2014.
As suspeitas contra o senador surgiram em depoimentos de investigados na Operação Lava Jato, mas a PGR pediu que o inquérito não fosse remetido ao ministro Teori Zavascki, relator dos processos oriundos da operação no Supremo. Para a procuradoria, as acusações não estão relacionadas com os desvios de recursos da Petrobras, principal linha de investigação da Lava Jato.
A assessoria do senador informou que ele ainda não foi notificado sobre a decisão e que só vai se manifestar após ter acesso às investigações. Na segunda-feira (5), após ser informado do pedido de abertura de inquérito, Agripino disse que a acusação é absurda, inverídica e descabida. Ele também se colocou à disposição do Judiciário para prestar esclarecimentos. A OAS nega as acusações.
Relatório da Coaf
O Coaf, órgão de inteligência financeira vinculado ao Ministério da Fazenda, detectou uma série de depósitos em espécie de forma fragmentada e sem identificação dos depositantes, no valor total de R$ 169,4 mil, em contas bancárias do senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM e um dos principais nomes da oposição. Segundo relatório do Coaf, a movimentação “sugeriria tentativa de burla dos mecanismos de controle e tentativa de ocultação da identidade do depositante”.
De acordo com o Coaf, movimentações suspeitas foram realizadas no mesmo dia, 27 de outubro de 2014, no final da campanha eleitoral do ano passado. As contas do senador receberam seis depósitos de R$ 9.900 mil cada um no caixa do banco em um total de R$ 59,4 mil, além de outros 44 depósitos em espécie, em envelopes no caixa eletrônico, cada um deles com R$ 2.500.
Entre outros depósitos para Agripino, com identificação, um motorista do Senado colocou R$ 95 mil, em espécie, na conta do senador, além de ter feito dois depósitos, um de R$ 9.000 e outro de R$ 9.100, “em espécie na mesma sessão de caixa” e na mesma agência. Outra servidora pública, lotada no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, fez quatro depósitos fracionados de R$ 9.000.
O relatório do Coaf integra o inquérito aberto pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
STF abre inquérito para investigar Agripino Maia por corrupção e lavagem de dinheiro