Como dizia o velho Barão de Itararé, de onde menos se espera, de lá mesmo é que não sai nada.
Como esperar que alguém que confunde travesti com mulher, alhos com bugalhos, possa distinguir entre Aécio Neves e José Maria Marin.
Ronaldo não só não sabia que José Maria Marin é também responsável, ao mesmo tempo, pelo assassinato de Herzog, pelo roubo de medalhas, pela lavagem de dinheiro da FIFA, pela parceria com a Rede Globo, com José Hawilla, com Ricardo Teixeira, com Marco Polo del Nero.
Ronaldo é tão ignorante que quando viu escrito na porta, Traffic, entrou desavisado, pensando que era o hangar do helipóptero dos amigos do Perrella…
É por isso que ele não tem culpa. Claro, culpa é sempre do piloto ou do travesti, que vai pra a FAN FEST da FIFA com bolas escondidas entre as pernas…
Ronaldo dividiu comissão com Traffic e depois disse "a culpa não é minha, votei no Aécio".
A empresa do ex-jogador Ronaldo Nazário, aquele que participou de manifestações golpistas pedindo a volta da ditadura e o impeachment, já negociou rachar comissão com a empresa Traffic de J. Hawilla na intermediação de contratos de patrocínio da P&G ao Flamengo em 2012.
Pelo menos até agora não há notícias de irregularidades neste contrato, apenas mostrando que ambos já foram parceiros em negócios.
Ronaldo também se tornou sócio do Fort Lauderdale Strikers, time de futebol da Flórida. O time foi vendido por Hawilla em novembro de 2014. No mês seguinte Ronaldo virou sócio dos novos donos.
Hawilla está condenado nos EUA por crimes relacionados à corrupção no futebol. Ele mesmo admitiu os crimes e aceitou pagar quase meio bilhão de reais na Justiça dos EUA para abrandar as penas.
Tanto Ronaldo como Aécio não se manifestaram em seus respectivos facebooks sobre a prisão do ex-presidente da CBF, José Maria Marin e as investigações sobre a corrupção no futebol. O silêncio dos dois sobre o assunto chega a ser constrangedor.
Aécio sempre teve proximidade com cartolas de futebol, inclusive com Ricardo Teixeira e Marin. Em 2013 seu parceiro de senado Zezé Perrela (PDT-MG) agiu a pedido de Marin para enterrar uma CPI do futebol, convencendo 9 senadores a retirarem suas assinaturas. A manobra política foi vista como tendo o apoio de Aécio nos bastidores.