Autógrafo do autor de Cem Anos de Solidão, Gabriel García Márquez, a este escrevinhador.
Realismo Mágico é uma expressão cara à América Latina. Gabriel García Márquez é o maior representante deste ramo da literatura, como forma de reação, através da palavra, contra os regimes ditatoriais implantados pelos corruptos sob os auspícios dos EUA.
Quando escreveu a obra que o levou a ganhar o Prêmio Nobel, Cem anos de Solidão, situou as ações na pequena Macondo, que na língua Bantu significa banana. Mas não é dele a expressão que hoje se aplica de forma tão perfeita e acabada ao Brasil: República das Bananas.
Esta expressão foi criada por um humorista norte-americano, O. Henry, pseudônimo de William Sydney Porter, para explicar países latino-americano onde acontecem coisas que só o realismo mágico pode explicar. Só um humorista poderia empregar o termo “república” como eufemismo de ditadura. República das Bananas serve para identificar aqueles países onde uma elite governa corrompendo e oprimindo.
Portanto, um Buendia comandar, por comissão de uns e omissão de outros, um golpe com vistas a substituir uma mulher Presidenta por uma “do lar” faz todo sentido, se essa do lar for mencionada em dólar. E a expressão por excelência, que identifica o que pretende toda república bananeira, é cleptocracia, mesmo que lavada em Liechtenstein ou no Panamá.
A cleptocracia é o governo dos corruptos implantada com apoio e para benefício dessa mesma plutocracia. A massa adestrada segue a égua madrinha de forma bovina como um boi uma espiga de milho.
Em que lugar senão em Macondo uma decisão judicial em benefício da plutocracia demora apenas 28 segundos? Nem o Golpe Paraguaio, paradigma de indignidade jurídica, foi tão rápido. Em que país documentos comprovando corrupção na plutocracia fica engavetada por três anos e depois continua esquecida ad aeternum? Em que país um Ministro da Suprema Corte aceita receber estatueta de um grupo grupo acostumado a apoiar golpes (editorial) de estado e que, no mesmo dia abre empresa em paraíso fiscal para comprar apartamento por U$ 10 dólares, instaura um processo que registrará nos autos de condenação duas expressões emblemáticas que denunciam o verdadeiro caráter plutocrático: “foi feito pra isso, sim” e a “literatura jurídica me permite”?
Em que país se caça líderes populares para proteger a plutocracia, toxicômanos e larápios contumazes senão numa República Bananeira, em Bantu, Macondo! Onde senão em Macondo toda sorte de consumidores de prostitutas usam o código famiglia pode condenar uma pessoa honesta? No DNA da plutocracia pinta até pato pirata, emblema de que alguém vai pagar o pato. Como nas republiquetas de fundo de quintal dos EUA, os de sempre.
Viva Macondo! Viva a República Cleptocrática dos Plutocratas Brasileiros! Viva Marcola, Fernandinho Beira-Mar, Pablo Escobar, vocês venceram: também temos nossos Cem Anos de Solidão!
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