Uma observação simples nas mais variadas gestões do PSDB, federais e estaduais, mostra algumas persistências interessantes perpassando todas as esferas. A presença do PSDB na administração pública se sustenta sob três grandes eixos.
Neoliberalismo
No âmbito federal, o que vimos com FHC é a completa subordinação dos interesses nacionais ao capital internacional.
A imagem paradigmática do momento de desconstrução do Estado, à época, foi aquela foto do Clinton se apoiando nos ombros de FHC. Visto de hoje, é a privatização da Vale do Rio Doce. Entregue por valores inferiores à concessão de três aeroportos no governo Dilma, com a diferença de que os três aeroportos, depois de 20 anos, voltam às mãos do governo, já a Vale é um vale de lágrimas por onde passa.
A contrapartida desta política são as concessões públicas para a privada onde quem concede também recebe. Veja-se o caso do Aécio Neves, com concessão de rádio desde a tenra idade, as verbas públicas distribuídas pela irmã Andrea Neves para rádio e jornal da família ou a construção, com dinheiro público, de aeroportos em terras de familiares. O genro de FHC, Benjamin Steinbruch ganhou a Vale e a CSN.
Proteção mafiosa
As práticas estaduais mostram uma conjunção com as duas gestões de FHC no âmbito Federal. A entrega de patrimônio público para a iniciativa privada que demonstra a inaptidão do PSDB pela administração.
Uma governança partilhada com os grupos midiáticos. Seja no Ceará, com Jereissati; na Paraíba, com Cássio Cunha Lima; em São Paulo, onde o PSDB distribui milhares de assinaturas de Veja, Estadão e Folha nas escolas públicas; no Paraná, onde Beto Richa está no degrau mais baixo da lama da Samarco, mas cuja mídia o esconde muito próximo do paraíso. No RS tivemos o pior governo que este estado já teve com Yeda Crusius.
Não bastasse a apropriação do Estado por verdadeiras máfias, cujos desdobramento das investigações continuam rendendo fruto até hoje, sempre recordando o que disse o deputado gaúcho do PSDB, Jorge Pozzobom: “Me processa. Eu entro no Poder judiciário e por não ser petista não corro o risco de ser preso”. E aí entramos noutra seara que mantém estreitas ligações com o PSDB, a proteção do PSDB evidenciada pelo caso Rodrigo de Grandis, mas continuamente visto desde o Engavetador Geral, Geraldo Brindeiro, até o sumiço de um heliPÓptero com 450 kg de cocaína.
Tudo o que diz respeito ao PSDB é engavetado até virar pó.
Má educação
O terceiro tripé se sustenta sobre a violência em relação aos profissionais da educação. Tudo começou com o PDV, no tempo FHC, que expulsou das universidades os melhores professores. Essa ideia anti-educacional fica mais clara quando contextualizada com outras políticas no mesmo sentido. As mudanças nas regras previdenciárias em relação ao tempo de serviço necessário à aposentadoria pelos servidores, que levou FHC a chamar aposentados de vagabundos. Outro dado que aponta nesta mesma direção foi a Lei que proibia a criação de escolas técnicas e o total desinteresse pela criação de vagas e de novas universidades, num claro sentido que é uma política direcionada contra o conhecimento: a informação é extremamente nociva ao PSDB. Basta ver como Geraldo Alckmin, Beto Richa e Yeda Crusius trataram os professores.
Não bastasse isso, há outros dados que ajudam a compreender porque a informação é tratada, para lá dos cacetes e outros tipos de violência, como caso de polícia. Quando o principal porta-voz, Rubens Ricúpero revela o método de esconder o que é ruim e mostrar só o que é bom, mostra não só a captura de FHC, via Miriam Dutra, pela Rede Globo, como também que a informação é uma forma de dominação. Neste mesmo sentido veja-se o famoso escândalo da bolinha de papel. Nele, a máquina do PSDB em parceria com a Rede Globo buscou transformar uma bolinha de papel num ato de terrorismo. Não existisse internet e o monopólio da informação teria construído a ideia de uma horda de monstros agredindo José Serra.
E para fechar com chave de ouro este pé, basta dizer que Lula criou muito mais Universidades que todos os seus antecessores juntos. E por aí se verifica de onde brota todo ódio de uma classe média acostumada a não dividir o ensino gratuito de Universidades Federais com alunos oriundos de cotas raciais ou mediante acesso por um sistema mais democrático de ascensão social via educação.
Neste quesito é sintomática a direta associação do PSDB com uma classe média mal educada em todos os sentidos. A mesma classe média que manda a empregada bater panela ou a leva para tirar selfies em manifestações que pedem a volta da ditadura ao mesmo tempo em que torna Eduardo CUnha intocável. Viu-se isso também por ocasião da abertura da Copa do Mundo de 2014 quando os camarotes VIP do Itaquerão torcedores com camisa com o escudo da CBF, recrutados pela Multilaser e Banco Itaú, xingaram a Presidente Dilma. Deram-se a conhecer a milhões de telespectadores ao redor do mundo…
Resumindo e concluindo, o PSDB é um monte de merda que necessita ser atirado no esgoto da história do Brasil.
Comentário por pintobasto — 20/11/2015 @ 2:11 am |
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Pingback por O tripé do PSDB | Q RIDÃO... — 19/11/2015 @ 9:35 am |
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